Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula 02
Taxa de deformação
A reologia é o ramo da mecânica dos fluidos que estuda as propriedades
físicas que influenciam o transporte de quantidade de movimento num
fluido. Podemos então concluir que é a ciência responsável pelos estudos do
fluxo e deformações decorrentes deste fluxo, envolvendo a fricção do fluido.
n −1 n −1
dv x dv x dv x dv x dv x dv x
τ yx = k = k = µ ap
dy dy dy dy dy
14243
dy
µ ap
Alguns lubrificantes,
A viscosidade aparente diminui
Reopético conforme a duração da tensão
suspensão de pentóxido de
vanádio e argila bentonita.
Dependente do tempo
Suspensões concentradas,
A viscosidade aparente aumenta emulsões, soluções
Tixotrópico conforme a duração da tensão protéicas, petróleo cru,
tintas, ketchup.
A viscosidade aparente diminui Polpa de frutas, caldos de
Pesudoplástico conforme o aumento da tensão fermentação, melaço de
de cisalhamento . cana.
Suspensões de amido,
A viscosidade aparente aumenta
soluções de farinha de milho
Dilatante conforme a duração da tensão
e açúcar, silicato de potássio
de cisalhamento .
Independente do e areia.
tempo Este tipo de fluido apresenta
Fluidos de perfuração de
uma relação linear entre a
Plásticos de Bingham tensão de cisalhamento e a taxa
poços de petróleo, pasta
dental, maionese, mel, etc.
de deformação.
A relação entre a tensão de
Sangue, iogurte, purê de
Herschel-Bulkley cisalhamento e a taxa de
tomate, etc.
deformação não é linear.
2.5- Algumas propriedades dos fluidos
2.5.1- Massa específica
A massa específica de uma substância, designada por ρ , é definida como a
massa de uma substância contida numa unidade de volume. Esta
propriedade é normalmente utilizada para caracterizar a massa de um
sistema fluido.
ρ =
m kg ; g ; kg ; etc.
V m 3 cm 3 L
ρ fluido
SG fluido = ( Adimensional )
ρ água a 4 C
0
2.6- Lei dos gases perfeitos
Os gases são muito mais compressíveis do que os líquidos. Sob certas
condições, a massa específica de uma gás está relacionada com a pressão e a
temperatura através da equação:
m
PV = nRT = RT (lei dos gases perfeitos)
M
m
PM = RT = ρRT
V
P = Pressão absoluta do gás
M = massa molar do gás
PM
ρ =
RT R = constante universal dos gases ideais
T = temperatura absoluta
R = 82,05 cm 3 .atm/mol.K
3. Estática dos fluidos
3.1- Introdução
W = ρ∆x∆y∆z g (1)
( )
Fp = ( p x − p x + ∆x )∆y∆z i + p y − p y + ∆y ∆x∆z j + ( p z − p z + ∆z )∆x∆y k (2)
∑F = W + F p = 0 (3)
( 1 ) e ( 2) em ( 3 ):
ρ ∆ x∆ y∆ z g + (p x
− p x + ∆x )∆y∆ z i + (p y
)
− p y + ∆y ∆ x ∆ z j + (p z
− p z + ∆z )∆x∆y k = 0 (4)
Dividindo pelo volume ∆x∆y∆z , rearranjando os termos e fazendo o
limite quando o volume do elemento tende a zero, obtém-se
p x − p x + ∆x p y − p y + ∆y p − p z + ∆z
lim i + j+ z k = ρg (5)
∆x∆y∆z → 0
∆ x ∆y ∆ z
∂p ∂p ∂p
i + j + k = ρg (6)
∂x ∂y ∂z
O termo do lado esquerdo da equação (6) é a definição do
gradiente de pressão, em coordenadas retangulares, dado por:
∂p ∂p ∂p
∇p = i + j + k (7)
∂x ∂y ∂z
Portanto, a equação (6) pode ser escrita como:
∇p = ρ g (8)
gx = 0 gy = − g gz = 0
Assim, considerando um eixo y vertical com sentido positivo para
cima, conclui-se que a pressão varia somente em função de y, de
maneira que se pode escrever
∂p
= − ρg (9)
∂y
∇P = − ρ g ( 10 )
dp
= − ρg = constante ( 11 )
dy
A variação da pressão com a altura é determinada por meio da
integração da equação (11) com as condições de contorno
adequadas. Considerando que a pressão num nível de referência
y0 é p0 , determina-se a pressão p(y) numa altura y com a
integração da equação (11), de forma que:
p( y ) y
∫
p0
∫
dp = − ρg dy
0
p ( y ) − p 0 = − ρg ( y − y 0 )
g
Patm
0
+y h
P(h)
p( h ) h
∫
patm
∫
dp = ρg dy
0
p ( h ) − p atm = ρg (h − 0 )
p ( h ) = p atm + ρgh
( Equação da hidrostática ) p ( h ) = p atm + γ h ( 12 )
p ( h ) − p atm = γ h
A equação (12) é conhecida como a lei de Stevin , que diz que a
diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é
igual ao produto do peso específico (γ) do fluido pela diferença de
cotas entre dois pontos (h).
Assim, num fluido incompressível (ρ = constante):
- a pressão varia linearmente com a profundidade;
- a pressão é a mesma em todos os pontos sobre um dado plano
horizontal y no fluido.
Pressão atmosférica
Para se determinar a pressão atmosférica a uma dada altitude, é
necessário conhecer-se primeiro como a temperatura varia com a
altitude. Uma boa aproximação para a troposfera (altitudes de até
11000 km) é aquela que considera que a temperatura reduz-se
linearmente com a altitude. Nesse caso, e considerando o ar
atmosférico como gás ideal, a pressão à altitude z acima do nível do
mar, poderá ser estimada por meio da seguinte equação:
5, 26
B.z
p = p atm 1 − ( 13 )
T0
Por outro lado, utilizando a lei de Stevin com γar = 11,77N/m2, temos:
∇P = ρ g ( 14 )
PM ( 15 )
∇P = g
RT
( Barômetro de mercúrio )
Na Figura anterior, tem-se:
h é a altura da coluna de mercúrio no tubo de vidro;
Patm é a pressão atmosférica local; e
P0 é a pressão de vapor do mercúrio.
∇P = − ρg
dp
= − ρ Hg g
dy
pB h
∫ dp = − ρ g ∫ dy
pA
Hg
0
p B − p A = − ρ Hg gh
Pontos que estão a mesma altura, dentro do mesmo fluido, têm a
mesma pressão, de forma que pA = patm e como pB = p0 , obtém-se:
p 0 − p atm = − ρ Hg gh
ou
p atm = p 0 + ρ Hg gh ( 17 )
Em condições normais de temperatura e pressão, a pressão de
vapor do mercúrio é praticamente nula, ou seja, p0 ≈ 0,
resultando:
p atm = ρ Hg gh ( 18 )
A pressão atmosférica normal, ao nível do mar, corresponde a uma
coluna de mercúrio com altura h = 76 cm. Substituindo os dados,
ρHg = 13600 kg/m3 , g = 9,81 m/s2 , h = 0,76 m , na equação (18),
resulta:
patm = 101320 N/m2 (Pa) = 102,32 kPa
PC = PB + γ h 2 = PA + γ h 2 ( 19 )
PD = PA + γ h 2 ( 20 )
PD = Patm + γ LM h1 ( 21 )
Igualando as equações (20) e (21), resulta o seguinte resultado:
PA + γ h 2 = Patm + γ LM h1
PA = Patm + γ LM h1 − γ h 2 ( 22 )
PA = γ LM h1 − γ h 2 ( 23 )
SG fluido = ⇒
ρ água a 4 C
0 ρ óleo = SG óleoρ água a 4 C0
p B − p A = ρ água g[d1 − d 5 − SG Hg (d 2 + d 4 ) + SG óleo d 3 ]
kg m m
p B − p A = 10 3 9,81 2 [10 − 8 − 13,6(3 + 5) + 0,8x4]inx0,0254
3
m s in
kg m
pB − p A = − 25814,43 2 2
m s
N
pB − p A = − 25814,43 2 = − 25814,43Pa
m
1kPa = 103 Pa ; 1 atm = 101,325 kPa
pB − p A = − 25,81 kPa (x − 1)
p A − p B = 25,81 kPa
p A − p B = 0,25 atm
3.4.3- Piezômetro.
O piezômetro é o dispositivo mais simples para a medição de pressão.
Consiste na inserção de um tubo transparente no recipiente (tubulação)
onde se quer medir a pressão.
- O líquido subirá no tubo piezométrico a uma altura “h”, correspondente
à pressão interna;
- Devem ser utilizados tubos piezométricos com diâmetro superior a 1cm
para evitar o fenômeno da capilaridade;
- Não serve para a medição de grandes pressões ou para gases.
Aplicando a lei de Stevin (eq. 12), considerando somente a pressão relativa
em A (ou manométrica), temos:
PA = γ h ( 24 )
3.4.4- Manômetro metálico de Bourdon.
Diferentemente dos manômetros de tubo com líquido, o manômetro de
Bourdon (Eugène Bourdon, 1849, França) mede a pressão de forma
indireta, por meio da deformação de um tubo metálico, daí o seu nome.
Conforme indica a Figura a seguir, neste manômetro, um tubo recurvado de
latão, fechado numa extremidade e aberto na outra (denominada tomada de
pressão), deforma-se, tendendo a se endireitar sob o efeito da mudança de
pressão. Um sistema do tipo engrenagem-pinhão, acoplado à extremidade
fechada do tubo, transmite o movimento a um ponteiro que se desloca sobre
uma escala. O tubo recurvado de latão, por estar externamente submetido à
pressão atmosférica local, somente se deformará se a pressão na tomada for
maior ou menor que aquela.
Assim, a pressão indicada por este manômetro é sempre a pressão
relativa. Quando não instalado, o manômetro de Bourdon indica
zero, em qualquer altitude.
Quando este manômetro ocupa um ambiente onde a pressão seja
diferente da pressão atmosférica local, a pressão indicada Pindicada
(ou manométrica ) será dada por:
P2 = PA = γ Hg h (1)
Pambiente = P2 = γ Hg h (2)
Para o manômetro de Bourdon, temos:
14,7psi
Patm = 30,55inHg = 15psi
29,92inHg
As pressões nos compartimentos 1 e 2 não estão à pressão
atmosférica local. O manômetro indica a pressão absoluta (tomada)
em relação à pressão do ambiente local onde está instalado o
manômetro:
Pindicada, A = Ptomada, A − Pambiente
Ptomada,A = Pindicada,A + Pambiente
Ptomada,A = 45 + 15 = 60 psia