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A CRUZ CABALÍSTICA (CB)

Fique em pé, voltado para o Leste. Imagine uma luz branca brilhante tocando o alto da sua
cabeça. Estenda o dedo indicador ou a lâmina de uma adaga para entrar em contato com a
luz e trazê-la para a testa.

Toque a testa e vibre “ATEH” (ah-ta, que significa “Para ti”).

Toque o peito e desça o dedo ou a adaga até tocar o coração ou a região abdominal,
apontando para o chão. Imagine a luz descendo da testa aos pés. Vibre “MALKUTH”
(mal-kooth, que significa “O Reino”).

Toque o ombro direito e visualize um ponto de luz nele. Vibre “VE-GEBURAH” (veh-ge-
boor-ah, que significa “O Poder”). Toque o ombro esquerdo e visualize um ponto de luz
nele. Veja o facho horizontal de luz se estendendo do outro ombro para se juntar a esse
ponto de luz. Vibre “VE-GEDULAH” (veh-ge-doo-lah, que significa “A Glória”).

Imagine uma cruz de luz, completa, passando da cabeça aos pés e de ombro a ombro.

Estenda as mãos para longe do corpo e depois junte-as de novo sobre o peito, como em
atitude de oração. Vibre “LE-OLAHM, AMEN” (lay-oh-lahm, que significa “Para sempre,
Amém”).

O RITUAL MENOR DE BANIMENTO DO PENTAGRAMA (RMBP)

Volte-se para o Leste e faça a Cruz Cabalística.

Use uma adaga de banimento ou o dedo indicador da mão direita para traçar um grande
Pentagrama Menor de banimento. Perfure o centro do pentagrama com a adaga ou o dedo e
vibre “YHVH” (Yod-hey-vav-hey. Mantenha o braço direito totalmente estendido, jamais o
abaixe. Os pentagramas devem ser visualizados em uma luz incandescente azul ou branca).

Vire-se, ande em sentido horário para o Sul e trace o mesmo pentagrama. Energize a figura
como fez antes, entoando “ADONAI” (ah-doh-nye). Siga para o Oeste e trace o mesmo
pentagrama. Energize-o com “EHEIEH” (eh-hey-yay). Siga para o Norte e desenhe o
mesmo pentagrama, dessa vez entoando a palavra “AGLA” (ah-gah-lah).

Mantenha o braço estendido. Volte para o Leste. Estenda os dois braços, formando uma
cruz Tau (na forma de um T), e diga: “À minha frente, RAFAEL”. Visualize diante de
você o grande arcanjo do ar elemental saindo das nuvens, vestindo um manto amarelo e
violeta e carregando um caduceu.

Atrás de você (Oeste), visualize outra figura e diga: “Atrás de mim, GABRIEL”. Veja o
arcanjo alado da água elemental saindo do mar como a deusa Vênus, vestindo um manto
azul e laranja, com um cálice nas mãos.

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À sua direita (Sul), veja outra figura alada – o arcanjo do fogo elemental, vestindo um
manto vermelho e verde incandescentes, brandindo uma poderosa espada. Diga: “À minha
direita, MIGUEL”.

Veja outro grande arcanjo alado, da terra elemental, à sua esquerda (Norte). Ele se ergue da
vegetação no solo, com um manto cor de terra, citrino, oliva, avermelhado e negro;
segurando talos de trigo maduro. Diga: “À minha esquerda, URIEL”.

Depois, diga: “Ao meu redor arde o pentagrama, e na coluna brilha a estrela de seis
pontas”.

Repita a Cruz cabalística como no começo.

A Cruz Cabalística

Praticamente toda cerimônia esotérica ou ritual de magia começa com a limpeza do


ambiente onde se vai operar. Da mesma maneira que um médico não vai fazer uma cirurgia
em um local contaminado, um magista não fará uma cerimônia em um ambiente
astralmente sujo.

Um dos rituais mais importantes de todos, se não for “O” mais importante de todos, é o
chamado Cruz Cabalística. É este ritual que demarcará no Plano Físico, espiritual,
emocional e mental os limites do trabalho magístico e da vontade do mago naquele
momento.

A Cruz Cabalística serve como elo de ligação entre o Magista e o Universo, buscando
energias de todas as sephiroth para abastecer todos os rituais que serão realizados em
seguida. Provavelmente este será o post mais importante que escreverei este ano.

Começando

- Fique de pé, no centro do local onde você irá traçar o círculo, voltado para o LESTE.

- Feche os olhos, respire fundo e devagar por três vezes, sentindo todo o seu corpo e o
ambiente ao seu redor.

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- Com a mão direita fechada, os dedos indicador e médio estendidos e o dedão sobre o
anular e mindinho, formando a chamada “posição de Athame” (ou, se você estiver
responsável pela abertura do círculo, pode ser o próprio athame mesmo).

- Visualize um raio de luz intenso, descendo do topo da Árvore da Vida, descendo do alto
do macrocosmos sobre você. esta luz tem de ser tão forte que ilumine o local onde você
estiver, fazendo sombra nas paredes ao redor e banhando totalmente o magista.

- Toque o Ajna Chakra (frontal, terceiro olho, etc…) com a ponta dos dedos e pronuncie de
maneira vibrante “ATAH” (“para ti”).

Visualize agora este raio de luz atravessando o chão, formando um pilar de luz que passa
através do corpo do magista, até o centro da Terra.

Este pilar, assim formado, ficará encarregado de trazer a energia que for necessária de Keter
para o ritual, e ao mesmo tempo dissipar qualquer excesso negativo em Malkuth.

- Enquanto imagina este pilar de luz descendo, desça também com a mão da testa até o
ventre/genitais, posicionando a mão na forma de uma figa e vibre “Mal-kuth” (“O Reino”).

Visualize agora, um dos braços da cruz (no mesmo formato da imagem que eu coloquei ao
lado), expandindo-se para a direita enquanto o magista desloca a mão direita para ombro
direito, formando um dos braços da cruz (a cruz dourada luminosa deve ter a altura
aproximada do magista, e seus braços o mesmo tamanho dos braços abertos).
- Toque o ombro direito e vocalize “Ve-Geburah” (“O Poder”).

Visualize o outro braço da cruz luminosa, traçando a trave de luz enquanto desloca a mão
direita do ombro direito para o ombro esquerdo.

- Toque o ombro esquerdo e vocalize “Ve-Gedulah” (“e a Glória”). Neste momento,


visualize a cruz cabalistica completa, brilhante em um dourado quase branco, iluminando
toda a sala onde você estiver. Sinta a sombra que esta fonte de luz faz nos objetos ao seu
redor.

- Abra os dois braços até formar por um segundo a cruz com o seu corpo, depois junte as
duas mãos sobre o chakra cardíaco em posição de prece. Este movimento é acompanhado
da vocalização “LE OLAM” (“Para todo o mundo”). O timing é importante nesta parte do
ritual. Enquanto você abre os braços, vocalize o “LEeeeee” até esticá-los. Então começe a
vocalizar “OLAaaaammm” enquanto junta as mãos em prece sobre o chakra cardíaco.

Com a cruz dourada brilhando sobre o magista, é o momento de se fazer a conexão com as
egrégoras que irão trabalhar. Os iniciados na senda rosacruz podem visualizar a rosa
vermelha no centro da cruz, os maçons visualizam o esquadro e compasso aberto no grau
em que estão (como disposto sobre o L:. L:.), os membros de ordens martinistas visualizam
a cruz Patté e assim por diante. Todas as egrégoras nas quais você foi iniciado podem ser
invocadas para que estas energias protejam o ambiente e façam a esterilização astral do

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recinto em conjunto com o magista. Esta visualização dura aproximadamente um ou dois
segundos, seguindo o timing.

- Por fim, junte seus dedos polegar, indicador e médio da mão direita no kubera mudra,
como se estivesse segurando um “giz invisível” e trace o seu sigilo pessoal na sua frente, na
altura do chakra cardíaco, na cor verde esmeralda (a mão esquerda permanece na posição
de prece). Não esqueça de fazer as respirações de acordo com o traçado!

- Junte novamente as duas mãos em prece e vocalize “AMEM”.

Parece complicado, mas não é. A parte difícil é fazer a vocalização (tem de sentir o som
vibrando na garganta) e o timing da visualização e desenho da cruz no formato certo…
Com a prática, você vai memorizar tudo em menos de uma semana.

Este ritual é a origem do famoso “sinal da cruz” dos cristãos, que seria uma versão bem
mais simples e reduzida de poder deste ritual de proteção e invocação de energias. A Cruz
começa e termina qualquer trabalho dentro da Árvore da Vida, inclusive os rituais do
pentagrama, hexagrama, rubi estrela e safira, além do exercício do pilar central e outras
meditações.

Quem for fazer o Sefirat ha Omer, pode fazer a cruz cabalística Antes e Depois da
meditação noturna, para abrir e fechar os trabalhos na egrégora.

RITUAL DE BANIMENTO – RITUAL DO PENTAGRAMA MENOR

Este ritual foi desenvolvido pela Ordem de S.L. Mac Gregor Mathers, a Goldem Dawn (aurora
dourada), que por sua vez, é praticado pelo aspirante para protegê-lo através da cruz cabalística, e
promove o seu contacto com o eu superior.

Ao mantrar os Nomes Divinos, deve-se sentir vibrar o corpo pôr inteiro, emitindo assim o som
pelos confins do universo. Praticando o ritual para banir, ele terá o propósito de eliminar os
pensamentos obsedantes e perturbadores que possam interferir nos feitos mágicos do praticante,
ao invocar seu objectivo será trazer as forças dos arcanjos para a protecção do invocativo (ao
"invocar" estará trazendo as forças para dentro de si, ao contrário de "evocar", pois esta prática é
feita para manifestar as forças externamente).

O ritual também pode ser mentalizado, utilizando assim as práticas de concentração, para fazê-lo
procure uma posição bastante cómoda ou utilize seu Asana (postura) preferido, mentalize-se de pé
e comece a executar o ritual mentalmente imaginando os pentagramas como estrelas flamejantes,
e no final a imagem a ser vislumbrada é de um círculo de fogo e, a sua volta, em cada quadrante
os pentagramas flamejando.

1. O RITUAL
Voltando-se para o leste, com o dedo indicador, toque a testa dizendo: ATHE (a ti);
Em seguida toque o centro do peito e diga: MALKUTH (o reino);
Tocando então o ombro direito diga: VE-GEBURAH (a força);
Prossiga tocando o ombro esquerdo dizendo: VE-GEDULAH (e a glória);
Juntando as mãos sobre o peito diga: LE OLAM ÁMEN (para sempre, amém).
Mentalize a flor de lótus no centro de seu peito ao fazer a cruz cabalística.

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Enquanto executa os gestos, o praticante deverá concentrar-se em visualizar fortemente uma linha
de luz branca que traçará do alto da cabeça até o plexo solar, e dali até os pés, representando
MALKUTH. Ele também deverá visualizar uma linha de luz vinda do seu ombro direito até o seu
ombro esquerdo, enquanto pronuncia VE-GEBURAH e VE-GEDULAH, desenhando assim uma
"cruz " em seu corpo. O praticante deverá também visualizar uma rosa no centro de seu peito ao
mantrar a palavra LE OLAHN AMEN, completando assim a primeira parte do ritual, a chamada
cruz cabalística.

2. TRAÇADO DO PENTAGRAMA
Sua figura terá que ser traçada no ar mantendo o seu braço direito erguido juntamente com o dedo
indicador ou com seu bastão.
Começando pela ponta representada pelo elemento terra terminado no mesmo local de início.
Pentagrama da Terra
Invocando e Banindo

1. OS QUADRANTES
Ponha-se de frente para o Oriente (leste), trace o primeiro pentagrama tomando uma respiração e
concentração profunda, aponte o dedo indicador para o centro do mesmo e pronuncie o nome
YHVEH ( pronuncia-se: YOD-HE-VAU-HE ) mantrado;
Mantenha o dedo apontado para o centro do primeiro pentagrama, e vire-se para o Sul (a sua
direita) repita o processo e mantre ADONAY; (pronuncia-se como se lê).
Como da primeira vez, volte-se para o Ocidente (oeste) repetindo o mesmo processo, mas
mantrando, agora, EHEIHE( pronuncia-se como se lê)
Virando-se a sua direita novamente (Norte) repita o mesmo processo e mantre AGLA (pronuncia-se
como se lê)

2. INVOCANDO OS ARCANJOS
Voltando-se para o ponto inicial, estenda ambos os braços (em forma de uma cruz) e diga
fervorosamente:
A minha frente RAPHAEL
Atrás de mim GABRIEL
A minha direita MICHAEL
A minha esquerda AURIEL, A MINHA VOLTA FLAMEJAM OS PENTAGRAMAS (concentre-se e
visualize os pentagramas que desenhou no ar, cada qual em seu quadrante, flamejando) E NA
COLUNA DO CENTRO ENCONTRA-SE O ESPLENDOR DE SEIS RAIOS (agora, mentalize um
hexagrama dourado no centro de seu peito).

3. FINALIZANDO O RITUAL
Voltando-se para o leste, com o dedo indicador, toque a testa dizendo: ATHE (a ti);
Em seguida toque o centro do peito e diga: MALKUTH (o reino);
Tocando então o ombro direito diga: VE-GEBURAH (a força);
Prossiga tocando o ombro esquerdo dizendo: VE-GEDULAH (e a glória);
Juntando as mãos sobre o peito diga: LE OLAM ÁMEN (para sempre amém).
Mentalize a flor de lótus no centro de seu peito ao fazer a cruz cabalística.
Enquanto executa os gestos, o praticante deverá concentrar-se em visualizar fortemente uma linha
de luz branca que traçará do alto da cabeça até o plexo solar, e dali até os pés, representando
MALKUTH. Ele também deverá visualizar uma linha de luz vinda do seu ombro direito até o seu

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ombro esquerdo, enquanto pronuncia VE-GEBURAH e VE-GEDULAH, desenhando assim uma
"cruz " em seu corpo. O praticante deverá também visualizar uma rosa no centro de seu peito ao
mantrar a palavra LE OLAHN AMEN, completando assim a primeira parte do ritual, a chamada
cruz cabalística.

A CRUZ CABALÍSTICA
Ritual individual diário

Composto de quatro partes:

1 - Cruz Cabalística

2 - Traçado do Pentagrama

3 - Invocação dos Arcanjos

2 - Final

1. A CRUZ CABALISTICA

1. Tocar a testa, dizendo: ATAH (A Ti)

2. Tocar o peito, dizendo: MALCHUTH (O Reino)

3. Tocar o ombro direito, dizendo: VE-GVURAH (E o Poder)

4. Tocar o ombro esquerdo, dizendo: VE-GDULAH (E a Gloria)

5. Entrelaçando os dedos das mãos sobre o peito (ou segurando sua arma à
sua frente) dizer: LE-OLAM AMEN (Para todo o Mundo Amen)

Enquanto executa o gesto, o praticante deve visualizar claramente a mão


como que traçando uma linha de Luz Branca (alguns preferem vê-la negra
brilhante) desde do alto da cabeça, descendo ao plexo solar, e dali até os pés,
a localização microcósmica de Malchuth.

Deve-se visualizar também uma linha de Luz desde o ombro direito até o
esquerdo, enquanto se diz VE-GVURAH, VE-GDULAH, formando assim a Cruz.

No centro destra cruz visualizar uma Rosa em sua forma natural ou em forma
estilizada. A Rosa deve ser visualizada enquanto se vibra a palavra LE-OLAM
AMEN.

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Completa-se assim a chamada Cruz Cabalistica.

2. O TRAÇADO DOS PENTAGRAMAS

Para o Ritual Menor do Pentagrama INVOCANDO, o Pentagrama usado será o


de terra, assim:

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A figura é traçada no ar, mantendo-se o braço erguido, enquanto se segura a arma


escolhida para traçá-lo.

a) De frente para o Oriente (no caso de Thelemitas, o NORTE), traçar o primeiro


Pentagrama, tomando uma inspiracao profunda, apontar a arma para o centro da
figura e dizer o nome divino YHVH (pronuncia-se YE-HO-VAH), usando todo o seu
alento.

b) Mantendo a arma apontada para o centro do primeiro Pentagrama (o braço


estendido em linha reta), virar-se para o SUL (à direita), repetir o mesmo processo
dizendo ADNI (AH-DO-NAI).

c) Voltar-se para o Ocidente (à direita) e repetir o mesmo processo, dizendo AHIH


(pronuncia-se EH-HE-YAY).

d) Finalmente, virar-se para a direita (Norte), repetir o processo dizendo AGLA


(pronuncia-se AGLA).

e) Entao, mantendo o braço erguido com a arma, retornar ao Oriente (ou Norte),
onde se iniciou, de modo que a arma fique apontada para o centro da figura ali
anteriormente traçada.

f) As linhas dos Pentagramas devem ser "visualizadas" como linhas intensamente


brilhantes. À medida em que cada Nome Divino é pronunciado, imagine-se que o
mesmo é transportado (ou expande-se) aos confins do Universo.

3. INVOCACAO DOS ARCANJOS

Ainda voltado para o ponto inicial (Oriente ou Norte), estender os braços em forma
de Cruz e dizer alto e claro:

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À minha frente RAPHAEL

Atrás de mim GABRIEL

À minha direita MICHAEL

À minha esquerda URIEL

Pois à minha volta flameja o Pentagrama e na Coluna do Meio está a Estrela de


Seis Raios

4. FINAL

Repetir a CRUZ CABALISTICA (1 a 5).

Este e' o Ritual de Invocação, o qual deve ser realizado, pela manhã ao acordar.

À noite, antes de dormir, faz-se o Ritual de Banimento, que consiste no mesmo,


mudando-se apenas a direção do traçado do Pentagrama, para o seguinte:

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Cruz Cabalística

O Sinal da Cruz foi bastante sacaneado pelo cristianismo, e acabou perdendo o sentido
original, que é aquele que importa pro exercício da Cruz Cabalística.

Em primeiro lugar, temos que limpar a nossa mente do significado que atribuímos à esse
símbolo, toda aquela história de sacrifício pela humanidade, blablabla... que a igreja impôs.

Vamos começar com a correlação das Sephiroth (as bolinhas da árvore da vida, que a nível
microcósmico representa cada nível da nossa consciência) com o nosso corpo.

Roubando a imagem (não só a imagem) dum livro do Israel Regardie:

Temos a correlação:

Malkuth - Pés
Yesod - Baixo-ventre
Tiferet - Coração
Kether - topo da cabeça.

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Dá pra tirar logo a relação com os chakras.

Todo o processo místico e mágicko tem como objetivo purificar o eu inferior, de modo que
aquele eu superior, que geralmente só nos ofusca e não está em plena encarnação, possa
descer para um veículo purificado e consagrado. A tradição teúrgica afirma que pela
execução da Cruz Cabalística, entre outras coisas, esse fim pode ser atingido.

O Procedimento:

Toque na testa e diga: "Ateh" (I am I)


Toque no baixo-ventre e diga: "Malkuth",(The Kingdom)
Toque no ombro direito e diga: "Ve Geburah", (The power)
Toque o ombro esquerdo e diga: "Ve Gedulah", (The Glory)
Junte as mãos em forma de palma em frente do coração e diga "Le-olam, Amen", (Forever
and ever. Let it be so!)

O problema é que só fazer o gesto e dizer os nomes NÃO vai gerar efeito nenhum. É
preciso entender o simbolismo, o que tudo isso representa, pra que possa ter algum
resultado.

Ateh - Traduzido como "À Ti", "Tu És" ou "Eu Sou Eu". Faz referência à Kether (puxa-se a
energia de Kether e toca-se a testa, marcando o primeiro ponto da Cruz). Kether é a
brancura primordial, o ponto mais Alto, a Mônada. Evoca-se essa força (de si mesmo)
fazendo este gesto conscientemente.

Malkuth - Traduzido como "O Reino", é a própria esfera com o mesmo nome, que tem
referência com os pés. É o ponto mais baixo, a densificação, a conclusão de Kether.
Representa o próprio corpo físico, tem correlação com o chakra básico. É relacionado com
os pés. (O Chakra básico e os chakras dos pés tem forte relação, pois os chakras das plantas
dos pés têm como função captar energia telúrica, da Terra, e mandar ao básico, que também
é chamado de "Chakra Raiz", por motivos óbvios.) Nesse caso, Toca-se o baixo ventre, pois
seria um gesto meio bizarro tocar a testa, depois se ajoelhar e tocar os pés. Toca-se o baixo-
ventre determinando que a ponta inferior da Cruz se estente até os pés.

Outro equívoco... Yesod aqui é relacionada com o baixo-ventre. Mas falando de chakras, o
chakra pubiano é subordinado ao chakra básico, acessa-se a energia do Muladhara tanto
pelos pés, pelo cóxis (onde fica a "abertura" do chakra) ou pelo baixo-ventre.

Alguns tocam a boca do estômago, outros tocam o coração... mas estendendo a haste até os
pés ou determinadno o significado como "O Físico", "Malkuth".

Ve Gebura - Referência à Geburah, na árvore da vida, que tem relação com o ombro direito.
Geburah é a força reguladora (Pense em Marte da astrologia, ou em Ares da mitologia
grega... Ou pensa nos signos de Áries e Escorpião, que são regidos por Marte, e vai sacar o
significado dessa esfera).

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Ve Gedulah - Referência à Esfera de Chesed, a Misericórdia (agora é só pensar em Júpiter,
Zeus, como provedor e pai protetor, ou em Peixes e Sagitário, que são regidos por Júpiter...
Mais pra frente talvez faça uma sessão de posts sobre as Esferas.)

Até aqui, chama-se a Mônada e levamos a energia até a Terra, em seguida, evocamos tanto
a energia da Severidade (Geburah) e da Misericórdia (Chesed). Logo, temos a noção de que
a Cruz representa o Equilíbrio dessas forças opostas. Ao cruzar as mãos sobre o Coração
(Tiferet, esfera do Sol... explicado a relação do Sol com o Equilíbrio no Último Post!) deixa
isso claro de vez!

Nota final: Se achar que vai se sentir idiota pronunciando esses nomes (vibrando eles na
verdade, mas tudo bem...), pode optar por fazer isso mentalmente enquanto toca os pontos
no corpo, pensando no significado tanto da região quanto do nome em questão. Com o
tempo e o costume, pode-se falar os nomes durante o exercício. O problema é que por se
"sentir retardado" quando pronuncia esses nomes "esquisitos" quebra totalmente o clima.

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