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SP-1977.00002
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Fig, 1 . Localização do material orgânico no solo
mpedindo, rcmbern , que ela sofra aqueci- insetos, co leopteros e outras), que têm
lento demosiodo. AI~m disto, perrnit e que a missão de destruir os fracos e decompor
flora microbiana do solo desenvolvo suo os mortos pora possibi Iitar nova vida.
tividade normal. Atuam na agregação biol~gica das partf-
A porosidade desse solo beneficia seu culas pri~rias do solo (argila, limo e
rejamento e a infiltração e drenagem da areia), estabelecendo a estrutura grumosa
gua da chuva. E a terra, com elevoda capo- do soI0(Fig.4). Esta,por sua vez, permite
idade de retenção d e ~gua (complexo orga- reaçães quf mi cas oxidativas e o desen-
o+ mi rre ro l}, supre sorisfo tcr iorne o+e os vege- volvimento normal das rafzes- condiçães
iis , mesmo durante os per icdos de seca. b~sicas poro O crescimento vigoroso das
Desta forma, o planta compensa a pobrezo plantas. A atividade dos organismos no
, solo tropical atrav~s de um maior desen- solo ~ importante para o estabelecimento
,I vi mento radicular, que exploro maior de uma vida superior.
rlume de terro. A porosidade fovorece a Esgotamento dos Solos - Ao mesmo tempo
esença de colônias de microorganismas em que os solos foram se esgotando, surgiram,
re , constituindo uma comunidade v ito l com os adubos com seus resultados fabulosos.
rafzes, beneficiam os plantas pela fixação Depois de certa ~poca, todavia, começou-se
'nitrogênio, produção de hormÔnios de ,a observar que os adubos, balanceados
escimento, antibi~ticos, etc. mediante uma an~lise do solo, não mois
UR~
proporcionavam aqueles efeitos surpreenden- No campo ecológico notava-se que:
•.... tes, mesma em terras corrigidos ou comple- - ocorria a formoção de vossoroccs e at~
_.
• #-
a destruição do habitat animal e humano,
.,
-- ..
mentadas com micronutrientes.
" .' . , O problema vem se repetindo h~ tempo • atrav~s da erosão;
.. ..
•. ~
.
~
No primeiro e segundo
safras são boas. fv\cJs, depois,
ano de cultivo
declinam com
as - a erosão
';guas dos' açudes,
aumentava o turvamento
dos represas
das
e dos cursos
, ou sem adubos(cana,soja,trigo,milho,arroz, fluviais com O solo carreodo. (A erosão leva
algodão}. No caso da soja, por exemplo, são 4 kg de terra/ha/ano em solos de mata,
obtidos 60 socos/ha no primeiro ano, 35 no 400 kg/ho/ano em terrenos cobertos por
segundo e 20 no terceiro.De 70a 80sacos/ha postagem e cerca de 26 t/ha/ano em solos
de milho no primeiro ano, o rendimento cai cobertos por cultura capinada, como algo-
pora 25 sacos/ha no tercei ro. dão);
As t~cnicas e os adubos são os mesmos, - aumentavam as enchentes na area;
contudo, as colheitas não correspondem, - os periodos de seca se prolongavam,
apontando-se, muitas vezes, o clima como opesar do volume total de chuvas por ano
causa do problema. Todavia, em algumas continuar o mesmo;
propriedades onde se registrava queda nos - começavam a aparecer tempestades de
rendimentos, notava-se a ocorrência de outros poeira;
fatores, apontados como provove is respon- - ocorriam modificações no microclimo;
s';veis. No campo agricola via-se que: - ti'nha inicio a formação de oreos deser+
. - o solo levantava mais poeira a cada ano, ticas, encontradas em diversas regiões de
quando era passada a grade para desmanchar norte a sul do Brasil.
os empedramentos formados na oro çdo , prin- ~ evidente que surgiram muitos produtos e
cipalmente nas terras rnedios e pesadas; id~ias fisico-quimicas para resolver estes
- aparecia uma crosta imperrneovel ~ ';gua problemas. fv\cJs, opos um bom resultado
na superfic ie do solo, cpos uma forte chuva iniciol, estes perdiam o efeito ou, mesmo,
e sol, mesmo nos terrenos bem hortados não funcionavam em muitas creos , A nova
otrcves de uma aração e 3 gradagens conven- tecnologia porec ic muitos vezes,
i apressar a
cionais. O fenômeno ocorria tamb~m nos situação calamitosa.
solos de horta, sendo a causa, muitas vezes, Apesar da calagem eda adubação quimico ,
de falhas na germinação e nascimento das com o endurecimento dos solos, as culturas
sementes. Esta crosta rachava em terras mais diminuem sua produção. Temos visto, na
pesadas (argi losas ou Iimosos}, permanecendo prc+icc , que o bom desenvolvimento e ele-
inteira em solos com maior teor de areia; vada produção das plantas se d'; em terras
- começava a surgir areia solta na super- fofas. Uma cultura viçosa e produtiva ~ mais
ficie, mesmo em solos pesados; observada. em solos esponjosos do que nos
- a erosão laminar aumentava, embora o empedrados.
volume total das chuvas não tivesse crescido O problema da baixa nos rendimentos dos
em relação aos anos anteriores. Mesmo bem cultivos reside na decadência da estrutura
construidos, os terraços eram rompidos com porosa do solo, na falta de ar na terra, na
moior frequência. Isto ocorria, muitas vezes, pequena capacidade de infiltração e retenção
em terrenos não mui to inc I inados; de ';gua na restrita possibilidade da raiz se
- o solo retia menos ';gua, fazendo com desenvolver.
que as plantas sofressem mais ceda (murcha-
mento) em pericdcs secos; Causas - Estudos na Europa e, mais recen-
- o solo esquentava mais. Sabe-se que, em temente no PQfs/determinQr~m como causa
temperaturas de solo acima de 33,?C,as raizes do problema a morte dos solos, ressaltando
geralmente reduzem ou paralizom suas ativi- que uma terra produtiva ~ um ser vivo, cuja
dades fisiol~icas, como a absorção de estrutura respi ro , tem temperatura pr';pria e
nutrientes; possui ';gua e nutrientes circulando pelo seu
- ocorria, ainda, a formação progressiva sistema poroso.
de uma lage dura no solo arado, abaixo da Com a morte dos solos (de sua bialogia)
superfic ie , sendo que a terra era mais macia ocorreu a desagregação dos grânulos porosos,
abaixo da soleira do arado (aração com restando seus constituintes minerais prim';rios
profundidade de 18 a 25 cm; - areia, limo e argila. Com isto, deu-se o
- as raizes das plantas se desenvolviam desmoronamento de sua estrutura biol';gica.
menos e nos vegetais de raizes pivotantes Os grumos se desfazem e ocorre a reaco-
ocorriam retorcimentos ou afinamentos. modação das portfculas, seu assentamento e
Nos lugares onde estes fenômenos eram conseqUente diminuição do volume poroso
observados com maior expressão, a produção - condutor de ';gua e ar, que limita o desen-
quonti-qualificativa por unidode de ';rea volvimento das raizes. Sem os agentes de
decaia progressivamente. Isso se verificava, agregação e estabilização orgânicos - resul-
apesar de todos os esforços dispendidos pe Ia tado da atividade biol';gica, as pcr+iculos
moderna tecnologia mecânico-quimica. isoladas do sala apresentam f';cil movimen-C>
JJ
. f a fim de dar passagem às raizes. A lage
~o agdcola atual
sere tanta mais espessa quanta maior forem
a desagregação do solo e a tear de por+lculos
finos. Finalmente, pode acorrer o fusão da
crosta superficial com a lage, dando-se o
tato I adensamento do solo ar~vel. Neste
caso, qualquer quantidade de ~gua a mais
) no volume poroso
mente a taxa de ar no solo,
podere reduzir drastica-
provocando
/ dist~rbios na zona radicular.
{ Com O adensamento, O solo tem sua produ-
tividade de calor aumentada, e o fato de
estar exposto à ação solar pode provocar seu
aquecimento demasiado (00 redor de 50'?C
em clima tropical, conforme sua granulome-
orgânico trio e grau de decadência). Em cul turas
capinadas, ocorrere maior aquecimento do
ar aci ma do solo, em prejuízo da produção
densidade aparente densidade aparente
0,9-1,2 g/cm3 1,3-1,8 9/cm3 vegetal, em culturas capinadas que, entre
A B outras, sofrerão um tipo de 'sauna" que
Fig. 2 . Constituintes físicos do solo mineral cumen+o a perda de ~gua pelos plantas.
A alteração do microclima, com a influên-
, cia do regime hidrico e t~rmico da região,
se prende 00 fato de que os solos. desprote-
gidos e od ensodos (exceto os de areia)
esquentam e provocam uma maior movimen-
fton •••... "" tação de massas de ar, tanto horizontal como
"''''0 verticalmente. Sobre ~reas de mata densa e
superfícies liquidas, a velocidade do ar
ascendente gira' em torno de 5 a 10 km/h,
podendo chegar aos 80 km/h em solos despro-
tegidos.
A baixa velocidade ascendente provoca os
chamado v~cuos que reduzem a sustentação
Fig. 3· Fração orgânica de um solo de pastagem (Tischler) tanto de aeronaves, voando a baixas altitu-
des, como de nuvens que, neste caso, caem
mais facilmente. As nuvens atingidas pelo
ar ascendente precisam ser mais pesadas para
cair.' Este fenômeno explica, em parte, as
chuvas pesadas e espaçadas sobre uma ~rea
agricola ou pastoril.
Todos estes fatores reduzem drasticamente
a produção agropecu~ria. A eles devem ser
_--
somadas, ainda, a falta de quebra-ventos
arbustivos ou orboreos que impedem a ação
.. dos ventos
constantes
(quentes. ou frios) e das brisas
que afetam sensivelmente a fisio-
logia das plantas (transpiração e taxa de
C02).
por aspersão),
da superficie
tados pelo i mpacto da chuva
ou de pardculas
do solo, desgos-
(ou irrigação
aluvionais,
finas. °
(empastamento) dos poros
empastamento
m~dios e pesados
com por+iculos
~ maior em solos
e constitui uma barreira
terra ~ realizada
acelerar
com a finalidade
o aquecimento,secamento
Iiz cçôo da vida do solo que, durante
de se
e a mobi-
o
com conseqOente diminuição do espaço para a descida das pardculas finas durante inverno, fica coberto de· neve. Com esta
poroso. A ~gua de erosão horizontal, ou de o percolo çôo do ~gua infiltrondo o perfil do prctico , conseguiu-se uma agricultura mais
infiltração o troves do perfil do solo,ocasiona solo. A argila, por exemplo, impedida de produtiva. Porem, o desgaste maior do poten-
uma segregação de Iro çóes minerais e' o segui r paro o subsol a(i un tamente com a ~guo, cial orgânico e seu menor retorno j~ se faz
arrastamento dos partfculas mais finas,ficando que estagno). acumulo-se .sobre a soleira, sentir pela morte lenta de seus solos. No
o oreia na superfi cie . Quando for argilosa criando uma camada adensada de baixo paro Brasil,acreditamos não ser necess~rio degelar
ou barrenta, a crosta se rocha com o re sse> cima. os solos.
comento, o que não ocorre se for arenoso. Esta lag~ ("pan") diminui a or eo ~til de Com o tombamento do sol~eralmente a
A erosão laminar aumento devido ao impe- exp loroçcio das raizes, pois apresento menor 20 cm ou mais) promove-se, principalmente,
dimento do infiltração de ~gua, mesma em volume poroso e, assim, menor possibilidade o seu arejamento e a sua exposição direta
solos de topografia plano. A lage duro torna- paro o deslocamento ·das por+lc olos minerois ao sol e à ação cin~tica das ~guas pluviais'.
34 A GRANJA
sem os mi nerais, nado metabol iza. Por isso,
se o solo não permitir o funcionomento ade-
quado dos raizes, de ncda valera a melhor
programação gen~tica.
A
Solo Grumoso - t no sola que se localiza
a raiz ~ o ~rgão de absorção dos nutrientes
necessarios poro a manutenção e produção Fig. 5· Decadência da estrutura grumosa do sola
JANEIRO 1977 35
do solo, em blocos angulares (densidode derada, portanto, como privilégio de hortas
opor ent e moior que 1,5). Nestas terras, e pequenos propr.i e dodes rnistos . Para isto,
a adubação tero pouco ou nenhum contudo, ~ necess~rio identificar:
efeito. - os problemas - com o ouxílio do teste
O emprega da po reto pode ajudor no da pÓ e do roiz, determina-se o grau de
locol izoção de umo camodo adensada. O decadência do estrutura granular ou grumasa
procedimento,
ção de amostrogem
quimica,
no coso, ~ o mesmo do obten-
do solo para an~lise
com a ~nica diferença que o tijolo
--- ...•....•. ._-
do terreno,
profundidade.
numa camada de 25 a 30 cm de
Anotam-se,
superfic ia I, adensamentos,
também, a crosta
deformações das
de terra deve ser de 30 cm. Este deve ser /
rcrz es , e tc ,
retirado sem quebror. A seguir, uitlizando-se - a causo da decadência - que pode ser
uma escarti I ha, deve-se procuror determi nar o falta de retorno de material orqoruco ,
os planos de ruptura (no sentido da largura) corência de nutrientes(principolmente cálcio,
do tijolo. A camada fofa cair~ em forma f';sforo e micronutrientes), pressão de pneus
granulada. Quando a terra cair em forma de dos máquinas, preparo do solo com umidade
blocos de 10 o 20 mm de diómetro, com os inadequado (empastamento), exposição da
v~rtices arredondados-angulares, temos uma terra desnuda à ação das chuvas ou, ainda,
camada no primeiro grau de decadência, o i luviação (carreamento para dentro do solo)
completamente est~ri I" Oucndo a camada de por ticulos finos que preenchem os poros,
porecer um bloco duro, sem raizes, de 300 diminuindo o volume poroso, entre outras.
300 mm de diómetro, o solo se encontra num - os fatores a serem manejados - como, por
estado muito avançado de decadência. exemplo,ar e ~gua do solo, fonte de material
As profundidades em que ocorrerem as dife-
rentes estruturas do solo deverão ser anotadas --- ._- orgânico
mesmo esterco,
(odubo verde, restos de culturas, ou
tortas, bagaços, compostos,
(Fig.5). Fig. 6 - Efeito da aração e subsolaçãa
humus,etc)e nutrientes pora alimentar micro-
- teste da raiz - procura-se confirmar os organismos, al~m de roizes vegetais ativos,
dados coletados do solo com o tipo de desen- través das folhas: o aerênquima. Assim, todos máquinos, sombreamento do solo {contra inso-
volvimento da raiz. Cada obstccu!o, seja ele conhecem o milho amarelo e rcquitico em lação di reta e a oçõo dos ~guas das chuvas).
o assentamento do solo ou a falta de poro- ~reas que foram inundadas. - meto - na reconstrução da estrutura
sidade para a penetração, ~ acusado na raiz O solo decadente pode ser reconhecido, grumosa a meta ~ um solo produtivo. Para
pivotante o+roves de torceduras·, deformações, também, pelo tamanho dos torrões de terra, isto, deve-se promover o cqr eqoçôo ouímica
afinamentos e ausência de raízes secund~- trazidos à superfície pelo arado, e que ( co lo ides minerais: argilas, hidrÓxidos de
rias, olem de desenvolvimento deficiente. precisam ser destarroados, e pela poeira que ferro, alumínio e c~lcio ) e b io loqico das
Numa camada de terra adensada, nota-se levanta durante a gradagem. Um solo é tanto por+iculos primárias do solo.
que o raiz apresenta torceduras procurando mais decaído quanto mais passadas de grades A .semi-incorporação de restos de cultura,
penetrar no solo, ou mesmo afinamentos. exigir para possibilitar a semeadura. Solo enriqueci das com cc lc lo , f';sforo e micronu-
Nesta zona, a presença de raízes secund~rias decadente s'; produz razoavelmente se o tr.ientes (usar fontes não sol~veis em ~gua),
~ pequena ou praticamente ausente.As raizes clima for bastante favor~vel. Colheitas que cria condições aer';bias e semi-aeróbias no
podem sofrer apodreci mento por fa Ita de ar, fracassam devido à m~ distribui çôo das chuvas solo. Todavia, na ausência destes elementas,
quando o adensaménto do solo ~ agravado crescem somente em terras esgotadas. surgem no terreno fungos como o Penicillium
com a estagnação da ~gua. Ocorre que a urticare, Trichoderma lignorum, Fusarium
raiz necessita de oxigênio para sua respira- Reconstrução da Estrutura Grumosa - A lignorum e outros, que possibilitam a vida de
çõo, e sem ela não consegue absorver nem reconstruçôo da estrutura grumosa do solo, bact~rias como a Sporocitophaga e Citapha-
ógua nem nutrientes, com excessôo do arroz ativa e resistente à ~gua, é uma meto viável ga. Estas agregam os partículas minerais
irrigado e outras plantas oqucticcs , que pos- econ~micamente tamb~m em áreas extensas, atrav~s de col';ides orgónicas não sal~veis em
suem um sistema de ventilação radicular a- a curto e médio prazo. Não pode ser consi- água, como os ácidos h~micos produz idos na
decamposi çôo de material orgónico na pre-
sença de Ca. Na ausência de Ca ocorre c
formação de ócidos fl~vicos, que são sol~veis
em ógua e atuam, assim, no empobrecimento
químico do solo durante sua lixiviação.
• As bact~rias agregam as partículas mine-
rais, tombem, otrcves de colas orgânicas
estáveis à 'ógua (como ácidos poliurónicos
ariginados na decomposição do moteriol
orgónico) ou dos obtidas por excreção ou
secreçõo dos próprios microorganismos (ou
plantas, minhocos, etc), como as gel~ias
bacterianas. A união das pcr+iculcs pode se
dar, ainda, orroves de hífens de fungos,
oct lnomic e tos e fi lamentos de algas que
formam os chamados grumos estóve is à ógua.
36 A GRANJA
zada. Par exemplo: 6 cm (primeira torcedura
farte) + 2 cm (1/3 de 6 cm) = 8 cm que deve
ser, pois, a profundidade da araçõa. Assim,
evita-se que ~terra fofa seja abafada por pH p
AJ extr.
uma camada estéril, a que piara a situação ppm ppm
da sala. Se ararmos a 20 cm, teremos uma
camada de 14 cm (20-6 = 14) de sala inerte 8 800
cobrindo a camada fofa de 6 cm e, portanto,
destruindo-a (Fig.6). 17
Quando a oro çco é feita em profundidade
7 15 700
de 1/3 a mais do que a camada fofa, o obje-
tivo deve ser o incorporação de .umo camada 13
fina de terra inerte ao solo ativado biolo-
gicamente. Isto contribui poro o melhora- 6 11 600
mento gradativo do solo, através do desen-
volvimento das raizes. 9
I
Isto porque, em nossas condições e l irnc+lccs ,
~iZ~ um solo decadente (sem vida e inst~vel à
~gua) deixodo muita tempo descoberto pro-
AI, Fe, Mn ~""'M' picia o ressecamenta das por+iculcs minerais,
( "."'. .:
nutri entes 'mo disp.,
num prazo de 3 a 6 semanas. Portanto, sua
proteção e enraizamenta é de primordial
i mportânc ia .
textura (tipo de argila) ,-- ESTRUTURA '- +-_+ água e ar do solo Aconselha-se, pois, a cobertura rror to
\
."
( I).~
/ DO SOLO
microorganismol
do solo
o-•• ica
( mulching ) poro a época da seca, a fim
de monter o solo mais fresco e evitar uma
perda excessiva
voso, a cobertura
~gua no terreno,
nutrientes
de ~gua. No periodo chu-
favorece
por lixiviaçãa.
a penetração
pro movendo a perda
Por isso, o enlei-
da
de
JANEIRO 1977 37
·.
interdilares ou de proteção (cover crop).
, './""
Assim, os nutrientes levados pelas ~guas, que em presença de calcio + fosforo, umidade,
se infiltram no terreno, são captados pelas ar e inoculação com terra. estó sendo Corretamente manejado para a
raizes da cultura de proteção e bombeados instalação de umo cultura econômica.
novamente à superficie, atingindo as folhas Nutrientes - O adubo quimico, odequada-
(plantas de raizes profundas como os legu- mente uti Iizado, ~ um poderoso instrumento Ação das Raizes - As raizes são fundamen-
minosas). na recuperação e conservação dos solos. Em tais para manter um solo ativo e produtivo.
A cobertura ~ de grande importôncia, pois terros carentes em cole io , f~sforo, ni trogên io POSsuem" ação rompedora, com seu trabalho
protege o solo da exposição ao sol e do e micronutrientes - como ~ o nosso caso _I de cunho entre as frestas formadas pelo ume-
impacta das chuvas tropicais. Por isso, o estes elementos devem ser aplicados princi- decimento-secomento do solo e pela atuação
palmente para: dos implementos (arados, subsolodor, grade
famoso dry-farming que tonto benefic ia os
solos de zonas secas em clima temperado - acelerar o desenvolvimento da cultura, aradora, etc), existindo,por outro lado, uma
(chuvas mansos)é impr~prio em clima tropical de modo queem pouco tempo ela possa cobrir proporção definida entre o volume radicular
(fortes chuvas). Em terrenos tropicais haveria O solo, protegendo-o do impacto das chuvas. e o tamanho da planta e sua produção.
a formação de crostas, adensamentos e ca- - dirigir a decomposição da matéria orgâ- Logo, pode-se compreender que uma mono-
madas imperme~veis. E, ao invés de penetrar nica, produzindo substâncias agregadoras do cultura ~ prejudicial para um solo, princi-
no solo, a ~gua escorre, causando erosão e solo. Na ausência de c~lcio, a decomposição palmente quando tiver raizes superficiais, pois
enchentes. do material orgânico origina ~cidos fClvicos, pouco penetram na terra, deixando um grande
Obs: Todos sabem que Com o manejo muito solCveis em ~gua, que promovem o volume sem enraizar e proteger. Sabe-se que
atual, o solo sem proteção apresenta uma empobrecimento do solo. Na presença de raizes de plantas congêneres se evitam
camada superficial que resseca facilmente, c~lcio, h~ formação de ~cido hCmico, inso - mutuamente, por excretorem substâncias de-
conforme suo textura. Isso, mui tas vezes, ICvel em ~gua, com o conseqllente enrique- fensivas, e que prejudicam as raizes de seus
cimento do solo. pares. Cada cultura ~ mais ou menos tolerante
obriga ao plantio mois profundo das semen-
tes.Mas haja semente com reserva nutricional - favorecer o vida de minhocas, que res- consigo mesma. Porém, raizes de plantas dife-
e vigor de crescimento tal que consiga pondem pela produtividade do solo. A rentes são capazes de se entrelaçar no mesmo
conduzir a plantinha por uma camada de ausência desses animais ~ devida à falta de espaço de solo. Por isso é importante plantar
terra até J 5 em, profundidade em que alguns sombra, material orgânico, c~lcio e f~sforo. culturas com ro{zes vigorosos e abundantes
chegaram a plantar soja no Mato Grosso ~ Em solo insolada a vida desaparece. Pode- em rotaçõo com cultivos de raizes fracas
Assim, o solo que mantiver umidade na remos consideror O aparecimento espontâneo ( por exempla, trigo e soja).
superficie, garanti r~ a germinação e o Cres- de minhocas como um sinal de que o solo As raizes com sua microflora, que afrouxam
cimento inicial das plantinhas, que poderão e agregam a terra, são as respons~veis pela
Ser plantadas na profundidade Correta.
No dry-farming, o solo lavrado permanece
durante Um ano sem cultivo e Sem ervas
daninhas para que a ~gua ali se acumule sem
Ser gasta pelas plantas.Assim,a cada segundo -,
7 .._
A GRANJA
ampliação do volume poroso do solo, ole m po e o do raiz ( ou somente este .~Itirro ), nho, soja granifera, feijão-de-porco, etc).
de estabe lecer sua fofura e produtividade. dando, por exemplo, 8 cm. No caso de se Assim, o solo Fico protegida da insolação
Quando se encontra uma cultura com bom dispor de restos de cul turas, estes deverão direto, do ação dos águas. e dos ínços ,
desen"talvimento de raizes sadias pode-se ter ser picados o fim de facilitar o manejo das Quando não se plantam estas culturas de
certeza de que a colheita sero elevado e máquinas ( uso do picador de polha nas co- proteção em nossos condições climáticas,
econômica, com aproveitamento ideal dos Ihedeiras, enxada rotativa ou colhedeira ). pouco se pode melhorar o solo com cul tivos
fertilizantes aplicados e a exploração con+ Mediante uma análise quimico , determi- ·de milho, cana ou algodão, que possuem
veniente da capacidade gen~tica de produção nam-se os teores de cálcio, potássio e fósforo pouca agressividade, principolmente em solo
da variedade utilizada. que, estando baixos, deverão ser aplicados decaido.
porte a lanço, em forma de fosfato cálcico Em culturas como soja gran(fera, onde o
Irrigação - A irrigação e necessaria em (esc';ria, termofosfato, fosforita, etc) na base inter-plantio de um cultivo protetor;; inviá-
áreas onde ocorrem perlodos prolongados de de JOO a 300 kg/ha, conforme o grau de vel,o sistema é diverso.U-sa-se uma adubação
seca. As exigênc ias de água poderão ser decadência, juntamente com polha. Deve-se, químico que acelereao máxima ocrescimento
dimrnuidas, caso se aumente a capacidade tombem, fazer a correção do solo. juvenil do própria cultura, que fecha o solo.
de retenção e disponibi Iidade do Iiquido no Com O emprego de arado, sabe-se que o No Rio Grande do Sul, onde a soja ~ plan-
solo,alimentando-se os lençóis freáticos ade- disco deverá ser aprofundado at~ 10 cm no tado apc;s o trigo, no inicio do ~poca seca,
quadamente. AI~m disto, deve-se contar com máxi mo, para incorporar somente uma camada a palha de trigo picada e espalhada na
plantas sadias, que apresentam menor taxa fina de terra inerte ao solo vivo da super- superficie do solo (com incorporação máxima
de transpiraçãa (suco celular mais viscaso, f(cie. Os restos de cultura, em condições de 5 crn com grade) ~ a melhor maneira de
tecido celular mais resistente), e instalar semi-aeróbicas (superficialmente incorpora- proteger o solo, até podemos instalar o
quebra-ventos. dos) e enriquecidos com Ca + P, não neces- plantio direto convencional (quando nao
T~nica - A fim de melhor ilustrar a t~cni- sitam ser acrescidos de nitrogênio. Isto porque houver mais lage nem crosta).
co de campo a ser aplicada, imaginerros um a microvida que se instalará captará este No caso de culturas perenes, na época dos
solo com um grau elevado de decadência ele men to do ar atmosf~ri co. chuvas, planta-se uma leguminosa protetora
(crosta, lage espessa ), onde se desejo plan- Depois disto, possa-se um p~-de-pato ou que, na seca, ser'; incorporada superficial-
tar uma cultura anual espoçada ( mais que 50 subsolador para romper o restante da lage. mente com uma grade leve ou enxada
cm entre linhas, corro no milho) na epoca O terreno· deve estar enxuto, pois, do con- rotativa. Ao mesmo tempo, apl ica-se um
das águas.A profundidade do inicio do aden- trário,este será um serviço perdido e nocivo. fosfato cálcico. No cafezal, por exemplo,
samento do so 10 fo i determinado pelo·teste da Existem arados de arrasto com O p~-de-poto s'; se mont~m limpo a "saio" deixando-se
ou subsolador acoplados que real izam o as ervas dani nhas crescerem entre os fi lei ros.
serviço numa só operação. Pode-se usar, Num plantio novo de cafeeiros, com grande
tombem, uma grade pesada (crcdoro} que fará área de solo desprotegida, planto-se uma
o trabalho de ambos a uma profundidade de leguminosa de raizes potentes de modo a ir
20 cm, ou, ainda, utilizar em lugar da grade aFrouxando e melhorando o solo em 'profun-
ou pe -de-poto uma plantadeira com este didade, assim como beneficiar as raizes em
implemento acoplado, após a cro çco ou crescimento da cultura principol.Esta prótica
gradagem superficial. tambémé válida para outras culturas perenes,
Para o plantio, deve-se, primeiramente, como c itrus.
destruir a crosta superficial, romper a lage No caso de pastagens, o maior problema
e dar inicio ~ ativação da rnicro-v ido na diz respeito ao desnudamento de manchas de
superflcie (com material orgânico). solo pelo pastoreio não dirigido do gado.
Nessas manchas, se instalam as invasoras e
Cobertura do Solo - Finalmente, cobre-se tem inicio a decadência do solo. Um manejo
o solo o mais rapidamente possivel: rotativo do pastejo e uma adubação de pas-
- se a epocc de plantio ainda demorar uns tagens produtivas. Todavia,os postos implan-
3 meses, semeia-se uma leguminosa de porte tados em solos destruidos pela cul tura do
ereto, densamente, pora garanti r sua enver- algodõo, milho,cana-de-aç~car, nunca serão
gadura baixa. Passa-se uma grade antes do produtivas, a não ser quando se plantam, no
plantio ou se planta diretamente com implan- minimo, capins nobres como o colonião.
tadeira. Em solo descompactado biologicamente,sem
- se o preporo foi realizado ~s vésperas crostas superfic iais e adensamentos, pode-se
do plantio, procede-se a semeadura da plantar diretamente após a colheita, conse-
cultura.Na ~poca da primeira carpa, implan- guindo-se melhores resultados.Em terras cuja
ta-se um cu Itivo interca lar (de preferênc ia estrutura não ~ boa, o plantiodireto conven-
uma leguminosa de rápido crescimento e cional (o semeadeira com pé-de-poto aco-
raizes potentes que combine com a cultura piado poderá ser usada quando não houver
principal) a fim de cobrir o solo e evitar o crosta superficial) é desaconselhóvel porque
desenvolvimento das ervas daninhas. Por não melhora o terreno, embora o conserve.
exemplo: guandu, feijão-de-porco na cultura Nos terrenos deser+icos , totalmente desa-
de milho ou feijão-fradinho, crotclor lo ou gregados e adensados, com capocidade de
soja gran (fera na cana-de-aç~car. retenção de fertil izantes baixa ou ausente,
- outro sistema de cobertura ~ usar somente utiliza-se uma fonte de material orgânico,
a quantidade de herbicida que permita a bem curtido, que provenha de fora da área
instalação da cultura de interesse e plantar de ativ idade, ou se uso adubação semi -verde ,
logo em seguida uma leguminosa nas entre- Esta prática, que tem por objetivo permitir
linhas. O objetivo dessa prática ~ proteger a instalaçõo razoovel da cultura principal,.
o solo e suprimiras invasoras,que não vingam pode ser usado paro acelerar o melhoramento
na falta de luminosidade e nem mesmo do solo em pequenas áreas.
quando rebrotam de raiz profunda. De posse de todos os dados e situações, e
- plantar a cultura principol e, entre depois de estabelecida a meta a atingir,
~ direita, ra ízes de toiceira de cana resseca linhas, a cultivo de proteção (feijão-fradi- rnooro-se um esquema de trabalho poro recu-I>
JANEIRO 1977 39
»:
per~ção do solo, que seja flexi'vel e adap- •
tado ao local e ~ poss ib ilidade econômica.
Os resultados disto não podem ser esperadas
num prazo de 2 meses, par exemplo. Isto
parque, mui tos vezes, a terra vem senda
destrufda h~ anos. Com o manejo correto,
um solo pode ser recuperado satisfatoriamente
dentro de 3 a 4 anos.
Pode parecer que o manejo biodinômico
seja mais caro que o convencional. Os custos
poderão ser maiores nas 3 primeiras culturas,
mos os lucros também ser oo . em condições
normais. A partir daf, as despesas tenderão
a baixar progressivamente, com o conseqllente
.
aumento das lucros. Somente através do
manejo correto do solo conseguiremos melho-
rar a situação da população rural e o fim da "
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afirmar, contudo, que a sua impartôncia é • L
vital não somente na influência do micra- Micélio de fungo firmando partículas de terra
clima como, também, na nutrição normal dos
plantas. em canseqllência de um manejo inadequado a produção de substâncias orgânicos:
Em um trabalha de especialização, na para nosso c Iima.
esPira ão energia(+)
Europa, conduzimos uma competição de
variedades bros i lei rcs de milha (Agraceres,
Culpa-se
natural
o clima tropical e a pobrezo
de nossos solos por sua baixa produ-
gl icose
~
!
substâncias orgânicos
Cargi 11, triga(Tarapi, Catiparã)e soja(Hardee, ção. Mas, como se explica a crescimento
°
Santa Rosa) com européias.
experimenta foi conduzido
pura, ou seja, foi dispensado o subs+roto ~-
em hidrapania
impressionante de nossas florestas,
vezes superior que em clima temperado?Por
que as primeiras colheitas
até
em terras recém-
10
(+) em condiçães
oxigênio)
aerbbias
no solo h~ produção
(presença
de
de
lido, utilizando-se somente ~gua + nutrientes desmctcdcs sempre são boas? Par que o aban- 673 mil ca10rias/1vIoI de glicose. Em
a n(vel de raiz. Em iguais condi çoe s de dona do sola par 8 a 15 anos restabelece a meio anaeróbico (solo adensado, ou
micra-clima e com a nutrição sem as impedi- sua produtividade?t dificil crer.que este fato encharcado, como pequeno vo lume
mentos de acidez, campactaçãa de sola, falta se dê em virtude da acumulação de nutrien- poroso ) são produzidos somente 20
de 02, seco , temperatura elevada de subs- tes na solução da solo. Todavia, a solução mil calorias/1vIo1 de glicose.lsto quer
trata, doenças e pragas a nfvel de raiz, não é quimicc , mas bio-f(sica. Não ocorre dizer que o planto necessito de mui-
conseguiu-se determinar (orroves de oncl ise ccumo lc de nutrientes, mas a exploração de to mais moterial fotossintetizado po-
vegetal) que a capacidade de absorção de um volume muito maior de sola pelas raizes. ro conseguir o energia essencial à
nutrientes das variedades brasi leiras era Uma raiz que explora 1 kg de terra é piar formação de substâncias orgânicos.
semelhante ou até superior ~ das cultivares nutrida da que outra que aproveita 10 kg de Como o ausencia de oxigênio o nf-
europe iosfumo norte-americana), consideradas terreno. Isto porque, em condições de aden- vel de raiz, há uma perda excessivo
de alta produção. samento (que impede o desenvolvimento radi- e desnecessário de energia e, com
As variedades européias produzem,a campa, cular) h~ uma redução no teor de oxigênio, isto, uma queda brusco no produção.
uma média nacional de 3 a 5 t de triga/ha o que afeta drasticamente o metabol ismo da É certo que não conseguiremos solucionar
(na Holanda, em certas orecs , chegam até planta no tocante à produção de energia a este problema se não modificarmos nosso
8 t/ha, contra as 900 a 1.200 kg/ha na partir das carbohidratos. metodologia de manejo do solo, considerartda
Brasil), de 6 a 7 t de mi lho Zho (contra 1 a Na fotossintese ocorre a s(ntese de glicose o importância do biologia e do matéria orgâ-
t/ha na Brasil) e de 2 a 3 t 'de saja/ha (até (C6HI206), a partir C02 (g~s carbônico) nica.Os dados apresentados o seguir dão uma
4t/ha nas EUA contra 1,5a2t 'ha na Brasil). + água + luz. A partir desta glicose temos idéio dessa importânc ia.
40 AGRANJA
Em visto disto, verifico-se que, além dos do que e reálmente o solo (não somente um b - ausência da crosta na superf icie do
nossos solos sofrerem um desgoste muito maior ser vivo produtor de plantas) pode-se iniciar solo, com:
que nos climas temperados (com altos produ- uma novo era que revolucionar~ a agrope-
ções agr~las por unidade de orec), também cuório,ossim como nosso economia e a socie- 1- maior infiltração de aguas pluviais
possuem o fase mi neral com capocidade de dade operante. Se produzirmos desertos (solos - menor escorri mento de ~guas
retenção de ~gua e nutrientes mui to ma is mo~tos) pelos métodos atualmente empregados - menor erosõo laminar, desgaste e
reduzido. Iv\os, através do retorno do ma téria estaremos propiciando O fome e, portanto, perda de nossos solos
orgânico, ql!e incentiva os processos biol~- homens famintos e noções rniserove is , que - menor despesa na manutençõo de ter-
gicos,é possível restabelecer o produtividade cremos não ser nossa meta atualmente. raços e curvas de n{vel
dos solos. Como material orgânico conside- - menos enchentes (calamidades p~bli-
ramos, principolmente, os restos de culturas Solos Manejados - Os solos biodinamica- ccs)
que, enriquecidos com f~sforo-e c~lcio,darão mente manejados apresentam os seguintes - menos quedas de pontes, solapamento
origem ã uma microvida altamente benéfica beneffcios: de estradas
ao solo. Pelo retorno da matéria orgânica o - ausência de pans (sobre o soleira de açudes, represas e cursos de ~gua com
pode-se aumentar a CTC do solo (a CTC do orado) e adensamentos, com: menos pardculas minerais (argila, li-
matéria orgânico varia entre 190 o 500) e a - maior espoço poro O desenvolvimento mo) em suspensão (e adubos e defen-
capacidade de retenção de ~gua, que é de radicular sivos)
8 a 20 vezes maior que a da fr,\ção mineral. melhor drenagem do solo - menor {ndice de mortandade de
O conjunto ffsico-qufmico-biol~ico do menor prob lemo de encharcamento do peixes por asfixia (e intoxicações)
solo, harmonicamente ajustado, podere ofe- zona radicular - menor intensidade no assoreamento
recer condições paro uma elevado produção melhor arejamento da zona radicular de açudes e borroqensfrombern hidro-
por unidade de ~rea, sem muitos transtornos. melhor aproveitamento dos nutrientes elétricos)
Com esta conscientização e o novo conceito existentes ou adubados - maior repos! çôo de ~guas subterrâ-
neas, isto e, nascentes e poços
menor periodo de seco (calamidade
p~blica
- cursos de agua com fluxo mais
continuo a parti r das nascentes
n{vel mais est~vel dos cursos de ~gua
(navegação, etc)
- menor erosão vertical, com menor
formaçõo de camadas arenosos na
superf{cie dos solos, e lages no seu
interior
2- maior beneffcio agro-econômico
- maior disponibilidade de ~gua na
camada ar~vel
- menor problema de aquecimento no
solo
- maior atividade micro e mesobiol';-
gica (maior agregação dos por+iculos
de solo e grumos est~veis 'a ~gua, e
equi Ifbrio das populações)
menor modificação microclim~tica
- menor problema de geJ!" i nação das
sementes
melhor crescimento das culturas
maior produção qual i-quantitativo de
alimentos e maior rentabilidade por
A hectare e maior lucro
esquerda, maior volume de produtos agrope-
planta cuarios para expcrtcçéo (balança
em solo comerciál)
fofo. maior facilidade de competição e
No melhor preço no mercado (qualidade
centro do produto)
eà - reflexo positivo sobre o nutrição de
direita, animais (maior (ndice de conversão
plantas dos alimentos)
em - menos gosto de combustfvel (menos
- mancha passagem de rncquinos]
de menor desgoste de mcqui nos (solos não
solo compactados, plantas menos xerofi-
assentado. zadas)
(mesma 3- menor fndice de aridização das
semente, areas, e migraçães populacionais
adubação, 4- menor i ncidência de tempestades de
época poei ra
de 5- maior equi Ifbrio ecoloqlco ,
plantio
e solo) Eng!> Agr!> Odo Primavesi O
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