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Aula 00

Administração Geral p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)


Professor: Rodrigo Rennó

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Administração Geral p/ Auditor da RFB - 2016
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 00

Aula 0: Planejamento

Olá pessoal, tudo bem?


Meu nome é Rodrigo Rennó e tenho o grande prazer de iniciar com
vocês um curso de Administração Geral para o concurso de Auditor da
Receita Federal.
A Receita Federal já fez a solicitação ao MPOG para lançar o concurso,
que deve ser lançado nos próximos meses. Não espero grandes mudanças
nos temas trabalhados no edital passado.
Não espere o edital sair! Prepare-se com antecedência, pois quem
sai na frente costuma ser premiado com a aprovação. Se você nunca
estudou Administração, fique tranquilo. Nós temos tempo de sobra para
que você fique afiado nessa matéria!
Nosso objetivo é lhe preparar para conseguir uma das vagas
deste concurso!
Normalmente, a ESAF apresenta questões bastante aprofundadas e
extensas. Vamos comentar estas questões e mostrar como resolvê-las!
Antes de qualquer coisa, vou dizer um pouquinho sobre mim: sou
carioca e formado em Administração pela PUC do RJ, com Pós-Graduação
em Gestão Administrativa.
Como vocês, já fui concurseiro e disputei diversos concursos da área
de Administração, e sei como é encarar esse desafio. Atualmente, sou
também Gestor Federal no Ministério do Planejamento e estou lotado na
Assessoria Especial para Modernização da Gestão, tendo sido também
Auditor de Controle Interno na Secretaria de Fazenda do Governo do
Distrito Federal.
Sou professor de Administração Geral, Administração Pública e
Gestão de Pessoas desde 2007 e já lecionei em muitos cursos preparatórios
para concursos em todo o Brasil, tanto com material escrito quanto com
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material em vídeo.
Tenho o hábito de escrever como se estivesse conversando com o
aluno, portanto não estranhem o estilo “leve”, pois acredito que fica mais
fácil de passar o conteúdo, e, principalmente, mais agradável para vocês
dominarem essa matéria.

Prof. Rodrigo Rennó


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Além disso, sou autor de três livros na área, publicados pela editora
Elsevier:

Administração Geral para Concursos 2º Edição-


Teoria e mais de 800 questões

Administração Geral e Pública Cespe/UnB


Mais de 900 questões comentadas

Administração de Recursos Materiais para


Concursos - Teoria e mais de 370 questões
comentadas

Sei que muitos de vocês já estão na estrada dos concursos e já


estudaram algumas destes temas. O que proponho é que façamos um
estudo direcionado. Sei que os temas de nossa matéria são muitos,
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portanto temos de focar!


Professor, e como será o curso?
O curso que iniciaremos hoje será todo focado em provas anteriores
da ESAF, banca tradicional neste concurso, que deverá aplicar a prova de
vocês! Irei trabalhar a teoria necessária e comentar centenas de
questões para que vocês cheguem prontos para o que “der e vier”
no dia da prova!
Estarei não só resolvendo as questões desta banca famosa, mas
dando dicas das famosas “pegadinhas” deles! Comentarei também as
questões de Administração dos últimos concursos da Receita Federal.

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Além disso, a matéria de Administração tem sido cada vez mais
cobrada, tendo sido incluída em praticamente todos os concursos
importantes da área fiscal, como os concursos da Receita Federal, ICMS-
SP e ICMS-RJ, ISS-RJ, entre outros. Está mais do que na hora de você
“desencanar” desta matéria!
Depois deste curso, você vai deixar de se “estressar” quando
tiver uma prova de Administração Geral nas mãos!
Tenho o hábito de escrever como se estivesse conversando com o
aluno, portanto não estranhem o estilo “leve”, pois acredito que fica mais
fácil de passar o conteúdo, e, principalmente, mais agradável para vocês
dominarem essa matéria.
Tenho certeza de que esse material fará a diferença na sua
preparação, e, além disso, estarei presente no fórum do curso, que vocês
terão acesso exclusivo! Se aparecer uma dúvida qualquer estarei
disponível para esclarecer de modo direto e individualizado.
Os tópicos cobrados pela banca estão descritos no cronograma
abaixo:
Aula 0: Planejamento: planejamento estratégico; planejamento
baseado em cenários;
Aula 1: Gerenciamento de processos.
Aula 2: Gerenciamento de projetos.
Aula 3: Processo decisório: técnicas de análise e solução de
problemas; fatores que afetam a decisão; tipos de decisões. Governança
corporativa.
Aula 4: Comunicação organizacional: habilidades e elementos da
comunicação; Avaliação de desempenho.
Aula 5: Gestão de pessoas: estilos de liderança; gestão por
competências
Aula 6: Controle administrativo: indicadores de desempenho;
conceitos de eficiência, eficácia e efetividade; trabalho em equipe.
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Aula 7: Motivação.
Aula 8: Gestão das Mudanças.
Aula 9: Gestão do Conhecimento.

Vamos então para o que interessa, não é mesmo? Hoje veremos


o tópico de Planejamento, que tem sido muito cobrado ultimamente.

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Sumário
Planejamento. ...................................................................................... 5
Níveis do Planejamento. ........................................................................ 8
Planejamento Estratégico ..................................................................... 12
Missão e Visão e Negócio. ................................................................... 14
Análise SWOT. ............................................................................... 21
Objetivos, Metas e Planos. ................................................................... 23
Planejamento por Cenários. ..................................................................... 31
Métodos para a Construção de Cenários ..................................................... 34
Resumo ........................................................................................... 38
Questões Extras .................................................................................. 41
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 45
Gabarito .......................................................................................... 56
Bibliografia ...................................................................................... 56

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Planejamento.

O planejamento é um dos mais importantes processos na


administração. Sem ele, nenhuma empresa ou organização consegue
desenvolver-se. O mesmo pode ser dito para nossas próprias vidas: sem
um processo de planejamento, teremos muito mais dificuldade para
atingirmos nossos objetivos.
Imagino que você, mesmo que nunca tenha estudado este assunto,
tenha alguma ideia do que trata o planejamento, não é mesmo? Mesmo
que de forma simplificada, todos nós já utilizamos o planejamento em
nossas vidas.
Para passar em um concurso, por exemplo, devemos planejar quanto
tempo teremos diariamente para estudar, devemos analisar nossa situação
atual, definir quais serão as matérias que iremos focar, quais são os temas
que ainda temos dificuldade, dentre outros aspectos, para que tenhamos
sucesso em nossos certames.
Em uma empresa, o processo é, basicamente, muito semelhante. Só
que o processo é um pouco mais complexo. Como estamos nos referindo a
grandes organizações, deveremos utilizar algumas ferramentas que nos
auxiliam.
Nesta aula, iremos abordar os principais pontos cobrados pelas
bancas e as principais “pegadinhas” das bancas.
O planejamento está inserido nos quatro principais processos
administrativos (os outros são: organização, direção e controle). De certa
forma, é o processo de planejamento que influencia os demais processos.
É através do planejamento, por exemplo, que definimos aonde a
organização quer chegar, em que prazo de tempo e como faremos para
atingir estes objetivos. E para quê planejamos?
Basicamente, o planejamento serve para que um gestor busque
reduzir as incertezas na gestão de uma empresa. Não conhecemos o futuro,
não é mesmo? Mas devemos estar preparados para os principais desafios
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esperados e devemos estar sempre atentos para o ambiente que nos cerca.
O planejamento proporciona, assim, aos gestores uma capacidade de
“pensar o todo”, e não somente ficar “apagando incêndios”. A ideia é não
ficar preso ao curto prazo e também analisar as possibilidades e ameaças
futuras1.
Além disso, o planejamento auxilia o gestor no direcionamento dos
esforços e recursos onde eles são mais necessários. Fica mais claro para

1
(Sobral & Peci, 2008)

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todos (inclusive para a cúpula) quais são os objetivos estratégicos e quais
são as principais oportunidades e ameaças.
Com o processo de planejamento, todos os funcionários ficam
sabendo quais são os objetivos e quais são os planos de seus superiores.
Por isso, dizemos que o planejamento dá um “norte” aos membros de uma
empresa – todos passam a saber o que deve ser feito e quais são as visões
de futuro.
Além disso, o planejamento torna possível o processo de controle da
empresa, pois sem sabermos quais são os objetivos e metas, não
poderemos construir um sistema de controle (afinal, quem controla o que
não tem direção?).
Outro aspecto interessante é o constante aprendizado que o processo
de planejamento gera, em que os gestores passam a conhecer melhor a
instituição, seu ambiente e as forças externas.
De acordo com Sobral e Peci, as principais vantagens do
planejamento podem ser descritas:

Ajuda a focar os esforços

Define os parâmetros de controle

Ajuda na motivação e no comprometimento

Ajuda no autoconhecimento da empresa

Figura 1 - Vantagens do Planejamento - Fonte: (Sobral e Peci 2008)


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Desta forma, o planejamento é o processo que é utilizado pelas


organizações para buscar reduzir as incertezas e aumentar a possibilidade
de que a instituição tenha sucesso2.
De acordo com um conhecido autor, Djalma de Oliveira3, o
“Planejamento é um processo desenvolvido para o alcance de uma situação
futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor
concentração de esforços e recursos pela empresa”.

2
(Oliveira, 2007)
3
(Oliveira, 2007)

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Os principais autores concordam com esta visão: de que o
planejamento envolve a definição de objetivos e do modo de alcançá-los4.
Entretanto, a “doutrina” não concorda sobre as etapas ou passos do
planejamento.
Uma definição conhecida da ordem destas etapas ou “passos” do
planejamento seria a seguinte5:

Definição dos objetivos


Onde queremos chegar?

Determinar sua situação atual


Quão longe estamos dos nossos objetivos?

Desenvolver premissas sobre o futuro


Q
acontecer?

Analisar e escolher entre as alternativas


Quais são as melhores opções de ação?

Implementar o plano e avaliar os resultados


Executar o planejado e controlar os desvios

Assim, alguns autores acreditam que o planejamento inicia-se com a


definição dos objetivos. Já outros postulam que o planejamento
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começaria com a análise do ambiente interno e externo.

Não existe consenso sobre


Lembrem-se as fases do planejamento

4
(Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008)
5
(Schemerhorn Jr., 2008)

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Vamos ver como este tema já foi cobrado?
1 - (ESAF – STN / DESENV. INSTITUCIONAL – 2005) Planejamento
é um processo de
I. definir resultados a serem alcançados.
II. distribuir os recursos disponíveis.
III. pensar o futuro.
IV. assegurar a realização dos objetivos.
V. realizar atividades.
Escolha a opção que indica corretamente o entendimento de
planejamento.
a) III e V
b) II
c) I e IV
d) I
e) V

A primeira frase está correta, pois o processo de planejamento


envolve realmente a definição dos objetivos que devem ser alcançados. Já
a segunda frase está incorreta, pois o processo de distribuição (ou
alocação) dos recursos se relaciona com o processo de organização, não o
do planejamento.
A terceira frase foi considerada incorreta pela ESAF. Entretanto,
acredito que o “pensar” o futuro está relacionado com o planejamento.
Quando, por exemplo, estamos analisando cenários possíveis (e as
premissas envolvidas) estamos “pensando” o futuro.
A meu ver, a ESAF considerou que o planejamento é “mais” do que
apenas pensar o futuro, mas a também a ação sobre estas premissas ou
previsões. 00000000000

A quarta frase se relaciona com o processo de controle. Desta forma,


está equivocada. Da mesma forma, o planejamento é mais do que a simples
execução de tarefas. Portanto, o gabarito é a letra D.

Níveis do Planejamento.

O processo de planejamento acontece em todos os níveis da


instituição, mas cada nível apresenta certas diferenças. Quando falamos de
níveis do planejamento, estamos nos referindo aos tipos de planejamento
que são executados em cada nível da empresa.

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E quais são estes níveis?
Quando pensamos em uma empresa, normalmente dividimos a sua
estrutura em três patamares: o estratégico, o tático e o operacional.
Para facilitar a compreensão, o nível estratégico envolveria os diretores e
dirigentes máximos da organização.
Já o nível tático envolveria a gerência média da organização (por isso,
algumas bancas chamam este nível de gerencial). Finalmente, o nível
operacional estaria relacionado com os supervisores e com os executores
diretos das tarefas, ou seja, com o pessoal que “mete a mão na massa”.
Naturalmente, a preocupação de cada um destes “atores” é diferente!
Assim, o planejamento de cada nível também é feito de forma diferente e
com um foco distinto. As principais diferenças ocorrem em relação ao prazo,
à abrangência e ao seu conteúdo6.
A cúpula da organização, por exemplo, não está preocupada (ou não
deveria estar) com os detalhes de cada operação. Em uma empresa ou
órgão público grande, eles ficariam “doidos” se quisessem planejar todas
as suas operações, de cada atividade, não é mesmo?
Esta cúpula, que chamamos de nível estratégico, está sim
preocupada com os grandes assuntos da empresa. O foco é, portanto, no
“quadro global”, com as principais questões que podem gerar
oportunidades ou ameaças para estas organizações. Os objetivos não são
detalhados, específicos, mas sim gerais e abrangentes.
Além disso, este nível deve estar voltado não só para o “dia-a-dia”
da instituição, mas tente ter uma visão de mais longo prazo. São eles que
devem pensar o futuro da organização, como ele deve enfrentar seus
desafios em um prazo mais largo.
Assim, o foco do planejamento estratégico deve estar no longo
prazo7! Lembrem-se disso, pois cai “mais que o Neymar em jogo decisivo”
nas provas de concurso.
Já o nível gerencial ou tático deve receber do nível estratégico as
diretrizes e objetivos estratégicos. Assim, cada gerente deve, em sua área,
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cumprir o que já foi definido pela cúpula estratégica da empresa.


Sua preocupação já não será tão abrangente, pois eles estão
responsáveis por um departamento ou projeto específico, não é mesmo? O
mesmo pode ser dito quanto ao tempo: seu planejamento será voltado para
o médio prazo.
Portanto, o planejamento tático deve englobar os objetivos de cada
departamento (por exemplo, a Gerência de Marketing) para que os

6
(Chiavenato, Administração nos novos tempos, 2010)
7
(Sobral & Peci, 2008)

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objetivos estratégicos da empresa sejam alcançados. Lembre-se disso: o
planejamento tático é um desdobramento do planejamento
estratégico.

Nível Planejamento
Estratégico
Estratégico

Planejamento Planejamento
Nível Tático da área de da área de
Finanças Marketing

Nível Plano de
Captação de
Plano de
Gestão do Plano de Mídia
Operacional Recursos Fluxo de Caixa

Figura 2 - Níveis do Planejamento e seus desdobramentos

Finalmente, o pessoal do “chão de fábrica”, ou do nível operacional


está preocupado é como vão executar suas atividades dentro do esperado:
no prazo, dentro do custo orçado e com a qualidade necessária.
Naturalmente, estas atividades estarão inseridas dentro do que o
planejamento tático definir: quais são as ações importantes e que devem
ser realizadas para que os objetivos estratégicos e táticos sejam
alcançados.
Seus objetivos são bem detalhados e estão voltados para o curto
prazo. O plano operacional nada mais é do que um plano voltado para a
execução de alguma tarefa ou evento: o treinamento de funcionários, a
captação de um empréstimo, uma conferência entre parceiros, dentre
diversas atividades que ocorrem em todos os departamentos.
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Vamos ver um caso prático?


Você é o presidente de uma cadeia de hotéis. Sua preocupação maior
é a de como posicionar sua empresa para o crescimento de mercado e
aumentar sua lucratividade.
Como o mercado hoteleiro está se desenvolvendo? Como os hábitos
das pessoas estão mudando? Para quais destinos elas estão desejando ir?
Como os concorrentes estão se comportando? Todas estas questões devem
ser analisadas antes da tomada de decisão de construção de um novo
empreendimento, não é verdade?
Uma decisão estratégica poderia ser a de investir na construção de
um novo hotel “resort” em uma praia paradisíaca do Nordeste, por
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exemplo. Para construir este hotel, a empresa terá de investir cerca de um
bilhão de reais (hotelzinho bom esse!).
Com esta decisão estratégica tomada, os planos táticos terão de ser
adaptados para que a organização consiga realizar o hotel (planejamento
estratégico), não é mesmo?
Com isso, o gerente financeiro, por exemplo, deverá montar um
planejamento gerencial para conseguir captar esta quantia (um bilhão de
reais). Ele deverá gerar algumas alternativas de captação deste dinheiro
no mercado financeiro, como a emissão de debêntures (títulos de dívida).
Finalmente, com a decisão tática tomada, o nível operacional também
deverá obedecer a este planejamento tático para montar seu próprio plano
(o planejamento operacional).
O analista financeiro terá de planejar a operação de lançamento
destes títulos de dívida no mercado em seus mínimos detalhes, para que a
operação tenha sucesso.

Planejamento Decisão de
Construir o
Estratégico Hotel

Decidir a
Planejamento melhor
Tático alternativa de
captação

Planejar a
Planejamento operação de
Operacional lançamento
em detalhes

Figura 3 Exemplo do desdobramento do Planejamento 00000000000

Vamos ver como este tópico já foi cobrado?


2 - (ESAF – SUSEP / ADM FINANCEIRA – 2010) Um planejamento é
estratégico quando se dá ênfase ao aspecto:
a) de longo prazo dos objetivos e à análise global do cenário.
b) de prazo emergencial dos objetivos e à análise global do cenário.
c) de longo prazo dos objetivos e à análise da situação passada.
d) de médio prazo dos objetivos e à análise da situação atual.
e) de urgência dos objetivos e à análise da situação futura.

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A primeira frase está correta e é o nosso gabarito. O planejamento
estratégico está voltado para o “todo”, ou seja, a análise global do cenário
em que se encontra a organização.
Já a letra B está errada, pois não foca o curto prazo (ou prazo
“emergencial”). O mesmo ocorre com a letra C. A análise do cenário não
deve se limitar aos eventos passados, mas também ao futuro e ao presente.
Na letra D, o foco deve ser no longo prazo, e não no médio. Tampouco
deve se limitar à situação atual, como já vimos acima.
A banca repetiu a inversão de conceitos na letra E, pois citou a
“urgência” dos objetivos (curto prazo) e a análise futura (deve ser também
analisado o passado e o momento atual). Portanto, o gabarito é mesmo a
letra A.

Planejamento Estratégico

Dos níveis do planejamento, o planejamento estratégico é


“disparado” o mais cobrado em provas de concurso. Este tipo, como vimos,
refere-se à organização como um todo e abrange o longo prazo8.
Este planejamento está fortemente voltado para o ambiente externo,
apesar de considerar também o ambiente interno em suas decisões.
O planejamento estratégico deve dar as diretrizes que permitirão os
seus membros tomar as decisões apropriadas na alocação de pessoas e
recursos de modo que os objetivos estratégicos sejam alcançados9.
As principais etapas do planejamento estratégico são: a definição da
missão, valores, negócio e visão de futuro da organização; o diagnóstico
estratégico; a formulação da estratégia; a execução e a avaliação e controle
de todo o processo.
Desta maneira, devemos ter em mente quais são os valores e os
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princípios norteadores da atuação da organização, como ela se vê no futuro


e qual é sua situação atual, para que possamos construir uma estratégia
para alcançar sua visão de futuro.
Já a estratégia é o modo como executaremos o planejado. É a
alternativa de atuação que facilitará o alcance dos objetivos estratégicos10.

8
(Sobral & Peci, 2008)
9
(Daft, 2005)
10
(Kaplan & Norton, 2000)

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O planejamento estratégico normalmente tem uma abrangência de
dois a cinco anos de duração. Assim, deve estabelecer os passos
necessários para que os objetivos dentro desde período sejam atingidos 11.
O planejamento tem cinco características principais12:

 O planejamento estratégico está relacionado com a adaptação


da organização a um ambiente mutável – Ou seja, devemos
entender que estamos lidando com a incerteza. Portanto, todo
planejamento deve ser dinâmico – sendo constantemente reavaliado
e monitorado;
 O planejamento estratégico é orientado para o futuro – o
planejamento é voltado ao longo prazo, e como as decisões atuais
poderão impactar a organização neste futuro;
 O planejamento estratégico é compreensivo – desta forma,
envolve a organização como um todo. Todos os recursos e pessoas
devem ser envolvidos neste processo para que a organização tenha
sucesso;
 O planejamento estratégico é um processo de construção de
consenso – naturalmente existem pensamentos diferentes e
conflitantes dentro de uma organização. Entretanto, o planejamento
deve buscar o melhor resultado para todos dentro da organização.
Uma das características de um planejamento de sucesso é o
envolvimento e o comprometimento de todas as áreas e pessoas para
que ele seja bem executado;
 O planejamento estratégico é uma forma de aprendizagem
organizacional – como a prática do planejamento, tanto a
organização passa a se conhecer melhor, como a conhecer melhor
seu ambiente externo e seus desafios.
Vamos ver como este tópico já foi cobrado?
3 - (ESAF – MPOG / ECONOMISTA – 2006) Escolha a opção que
00000000000

completa corretamente a lacuna da frase a seguir:


“ ................ refere-se à maneira pela qual uma organização
pretende aplicar uma determinada estratégia, geralmente global e
de longo prazo, criando um consenso em torno de uma determinada
visão de futuro.”
a) Flexibilização Organizacional

11
(Daft, 2005)
12
(Matos e Chiavenato, 1999) apud (Barbosa & Brondani, 2004)

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b) Programa de Qualidade Total
c) Benchmarking
d) Planejamento Estratégico
e) Aprendizagem Organizacional

Questão bem tranquila esta, não é mesmo? O planejamento


estratégico é o processo que busca implementar uma estratégia global e
de longo prazo para alcançar uma visão de futuro.
A flexibilização organizacional é sua capacidade de se adaptar aos
novos desafios e demandas do ambiente, de modo a ter sucesso. Já um
programa de Qualidade Total busca melhorar continuamente os processos
de uma organização, de forma a fornecer mais valor aos seus clientes.
O Benchmarking é o processo de identificação das melhores práticas
e processos do mercado para que a organização possa, através de uma
comparação com suas próprias práticas, melhorar estes processos e
práticas.
Já a aprendizagem organizacional ocorre quando as empresas criam
um ambiente interno que possibilita o constante aprendizado e a
disseminação do conhecimento dentro de uma organização. O gabarito é
mesmo a letra D.

Missão e Visão e Negócio.

Um dos assuntos mais pedidos pelas bancas quando abordam o


planejamento em suas provas é a diferença entre estes conceitos: missão,
visão e negócio de uma organização.
A missão de uma organização é, basicamente, o motivo pelo qual
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esta instituição foi criada. Define e explicita qual é sua razão de ser. A
missão tem um objetivo: comunicar aos públicos internos e externos quais
são as intenções daquela empresa em relação à sociedade.
Vamos ver um caso prático? Todos nós conhecemos a Petrobrás, não
é verdade? Esta companhia nasceu como uma empresa no setor de
petróleo. Começou explorando e refinando petróleo. Atualmente, opera em
diversas áreas do setor de energia.

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Vejam como a missão da Petrobrás está descrita em seu site na
Internet13:
“Atuar de forma segura e rentável, com
responsabilidade social e ambiental, nos mercados
nacional e internacional, fornecendo produtos e
serviços adequados às necessidades dos clientes e
contribuindo para o desenvolvimento do Brasil e
dos países onde atua.”
Vamos ver outra situação? Uma universidade deve, basicamente,
gerar conhecimento na sociedade, não é verdade? Vejam como é a missão
da Universidade de Brasília14:
“Produzir, integrar e divulgar conhecimento,
formando cidadãos comprometidos com a ética, a
responsabilidade social e o desenvolvimento
sustentável. ”
Portanto, a missão é uma declaração de intenções, apresentando
para a sociedade e seus trabalhadores qual será sua contribuição para o
bem da coletividade, ou seja, qual é sua “razão de ser”.
Isto serve como um norteamento para seus principais colaboradores.
Fica mais claro para todos quais deverão ser as principais atividades e quais
deverão ser as prioridades daquela instituição. Além disso, serve como um
instrumento para que seja fortalecido o comprometimento dos empregados
perante a empresa.
Outro conceito importante é o de negócio da organização. Este
negócio seria relacionado com as atividades principais da empresa naquele
momento específico, seu âmbito de atuação. Ao contrário da missão, o
negócio é mais focado um contexto específico.
Enquanto a missão é uma declaração de intenções, a definição do
negócio busca afirmar quais são as atividades atuais e os setores de
atuação em que a organização atua – qual é o âmbito atual de operações.
Vamos ver esta diferença na prática? 00000000000

A missão das Lojas Renner é a seguinte15:


“Comercializar produtos de moda com qualidade a
preços competitivos e excelência na prestação de
serviços, conquistando a liderança, sempre
orientado pelo mercado.”

13
Fonte: http://www.petrobras.com.br/rs2010/pt/relatorio-de-sustentabilidade/missao-visao-atributos-da-
visao-e-valores/
14
Fonte: http://www.unb.br/unb/missao.php
15
Fonte: http://portal.lojasrenner.com.br/renner/front/institucionalMissao.jsp

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Já o negócio da mesma empresa é o seguinte:
“Varejo de vestuário, artigos de beleza e serviços.”
Perceberam como a missão é muito mais “abstrata” do que o negócio.
Isto ocorre para que os membros da organização não confundam as coisas.
A empresa pode estar operando uma usina hidroelétrica no momento (seria
o negócio), mas sua missão seria a de gerar energia de modo sustentável.
Futuramente, o negócio da empresa poderia ser outro, mas a missão
manter-se a mesma. De acordo com Vasconcelos e Pagnoncelli16,
“os benefícios advindos da definição do negócio
estão relacionados à determinação do seu âmbito
de atuação. Assim, a organização pode ajustar seu
foco no mercado e desenvolver seu diferencial
competitivo, orientando o posicionamento
estratégico da organização e evitando a miopia de
mercado exposta por Levitt.”
Entretanto, existem autores que utilizam dois tipos de definição de
negócio: um seria mais específico (descrevendo os setores de atuação) e o
outro seria mais amplo (descrevendo os benefícios oferecidos).
De acordo com Lobato, um exemplo seria o caso da Nokia17. Pelo
conceito restrito do negócio da empresa, ela seria uma fornecedora de
telefones celulares. Já de acordo com o conceito mais amplo, a empresa
“conectaria pessoas”18.
Infelizmente, esta definição mais “ampla” fica muito semelhante ao
conceito de missão e confunde muitos candidatos. Abaixo, podemos ver um
resumo do conceito de missão:

00000000000

16
(Vasconcelos e Pagnoncelli, 2001) apud (Lobato, Filho, Torres, & Rodrigues, 2009)
17
(Lobato, Filho, Torres, & Rodrigues, 2009)
18
(Rennó, 2013)

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Determina qual é o
Norteia os
papel da
membros da
organização na
organização
sociedade

Aumenta o
É a "razão de ser"
comprometimento
da empresa
da equipe

Figura 4 - Missão Organizacional

Finalmente, a visão de futuro indica como a organização se vê em um


futuro de longo prazo. O conceito de visão é bem intuitivo mesmo. Imagine
se estivéssemos falando da sua visão de futuro! Como você se vê daqui a
cinco anos? Um servidor motivado, com uma remuneração interessante?
O mesmo ocorre quando falamos de uma instituição. Toda
organização deve saber aonde quer chegar, ou seja, quais é seu “destino
desejado”! Vamos ver novamente um caso prático? A nossa já citada
Petrobrás tem a seguinte visão de futuro (no caso deles, para o ano de
2020)19:
“Seremos uma das cinco maiores empresas
integradas de energia do mundo e a preferida pelos
nossos públicos de interesse”
Desta maneira, a visão indica para os demais membros da
organização quais são os objetivos “últimos”, os “macro objetivos”. De
00000000000

certa forma, a visão indica o “resultado final buscado”, que deve ser
alcançado se todos os objetivos estratégicos forem atingidos.
Abaixo vemos no gráfico as principais características da visão:

19
Fonte: http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/estrategia-corporativa/

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Não estabelece
Como a
valores, mas
empresa se vê
uma direção
no futuro
geral

Destino desejado e
desafiador

Figura 5 - Visão de uma organização

Vamos ver mais algumas questões?


4 – (ESAF – RFB – ANALISTA – 2012) Na questão abaixo, selecione
a opção que melhor representa o conjunto das afirmações,
considerando C para afirmativa correta e E para afirmativa errada.
I. Objetivos estratégicos são afirmações amplas que descrevem
onde as organizações desejam estar no futuro.
II. O planejamento estratégico consiste no estabelecimento de
planos gerais que moldam o destino da organização.
III. O planejamento estratégico é realizado no nível operacional.
a) E - E - C
b) C - E - E
c) C - C - E 00000000000

d) C - E - C
e) E - C – E

A primeira afirmativa é polêmica. Da maneira como foi escrita, a


definição se assemelha à visão de futuro. De acordo com o TCU20,
“A visão de futuro é a expressão que traduz a
situação futura desejada para a instituição.”

20
(Tribunal de Contas da União, 2008)

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Já Chiavenato21 define a visão de futuro como:
“a imagem que a organização tem a respeito de si
e do seu futuro. Representa o sonho de realidade
futura de uma organização, o qual lhe serve
de guia.”
Entretanto, a banca considerou a assertiva como correta. A segunda
frase está claramente correta e dispensa comentários. No caso da terceira
afirmativa, o planejamento operacional é que é realizado no nível de
mesmo nome.
A questão foi objeto de recursos pelos candidatos, mas a banca não
mudou seu entendimento. O gabarito da banca foi mesmo a letra C.

5 – (ESAF – RFB – AUDITOR – 2012) Entre as opções abaixo


selecione a mais correta.
a) No nível institucional o planejamento envolve a determinação de
objetivos departamentais e operacionais.
b) No nível intermediário o planejamento é tático e trata da
alocação de recursos.
c) No nível intermediário o planejamento desdobra estratégias em
planos operacionais.
d) No nível operacional o planejamento desdobra planos
operacionais em planos estratégicos.
e) No nível operacional o planejamento desdobra planos
estratégicos em operacionais.

A primeira alternativa está incorreta, pois o nível institucional é o


mesmo que estratégico. Este nível não envolve a determinação dos
objetivos departamentais, mas de toda a organização.
Já a letra B está correta porque o planejamento que acontece no nível
00000000000

intermediário é realmente o tático ou gerencial. O erro da letra C é o


seguinte: o planejamento tático desdobra o plano estratégico em planos
táticos, naturalmente.
A mesma “pegadinha” ocorre na letra D e na letra E. O planejamento
operacional desdobra planos táticos em operacionais. O gabarito é mesmo
a letra B.

21
(Chiavenato, 1999) apud (Tribunal de Contas da União, 2008)

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6 - (ESAF – SUSEP / ADM FINANCEIRA – 2010) No planejamento
estratégico, “conjuntos imaginados de eventos que se pretende
alcançar em alguma época futura, ou deles se aproximar, se não
forem infinitos” são algumas das considerações que devem ser
feitas pelo administrador na definição
a) da missão.
b) da estratégia.
c) do orçamento.
d) dos objetivos.
e) da política.

A missão com certeza não pode ser nossa alternativa correta, pois se
trata da “razão de ser” da organização e não de eventos futuros que se
quer alcançar. A estratégia é exatamente o “caminho” para que possamos
alcançar estes objetivos, ou seja, estes eventos futuros.
A letra C também está incorreta, pois o orçamento é um plano
financeiro, de forma a estabelecer as receitas previstas e as despesas
esperadas em um período de tempo. A definição correta se relaciona com
os objetivos, pois estes realmente são eventos futuros que a organização
busca alcançar.
A letra E está errada, pois uma política organizacional reflete as
crenças e os valores de uma organização, que irão definir as normas de
atuação e os objetivos desejados por esta empresa.
O gabarito preliminar da banca foi realmente a letra D. Entretanto,
a banca acabou por anular a questão, sem informar o motivo desta
anulação.

7 - (ESAF – ANA / ANALISTA ADMINISTRATIVO – 2009)


Considerado uma ferramenta de mudança organizacional, o
00000000000

planejamento estratégico pode ser caracterizado pelas seguintes


afirmações, exceto:
a) está relacionado com a adaptação da organização a um ambiente
mutável, sujeito à incerteza a respeito dos eventos ambientais.
b) é orientado para o futuro. Seu horizonte de tempo são o curto e
o médio prazos.
c) é compreensivo, envolve a organização como um todo, no
sentido de obter efeitos sinergísticos de todas as capacidades e
potencialidades da organização.

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d) é um processo de construção de consenso, pois oferece um meio
de atender a todos na direção futura que melhor convenha à
organização.
e) é uma forma de aprendizagem organizacional, pois constitui uma
tentativa constante de aprender a ajustar-se a um ambiente
complexo, competitivo e suscetível a mudanças.

Esta questão foi bem “tranquila” para quem já conhecia a definição


das cinco características do planejamento estratégico de Matos e
Chiavenato, já citadas na aula22.
Mesmo quem não tinha este conceito de memória poderia ter
acertado por eliminação, pois o planejamento estratégico visa ao longo
prazo, não ao médio e ao curto prazo (indicado na opção B).
Assim sendo, o nosso gabarito é mesmo a letra B. O resto foi apenas
um “copiar e colar” das definições dos autores.

Análise SWOT.

Um dos passos fundamentais do planejamento estratégico é a que


“situamos” a organização frente a seu ambiente interno e externo. Muitos
autores chamam esta etapa de diagnóstico estratégico.
Em provas de concurso, o que você precisa lembrar é do nome da
ferramenta utilizada para fazer esse diagnóstico: análise SWOT (ou
FOFA).
Este nome SWOT é simplesmente a soma de siglas dos termos em
Inglês: “Strengths” (forças), “Weakness” (fraquezas), “Opportunities”
(oportunidades) e “Threats” (ameaças).
Assim, essa ferramenta nada mais é do que uma análise tanto do
ambiente interno, quanto do ambiente externo de uma instituição. O
00000000000

objetivo é sabermos como ela está em comparação com seus concorrentes


e desafios.
A análise interna busca perceber quais são os pontos fortes e
pontos fracos da organização em comparação com seus pares. Mas e o
que podem ser estes pontos?
Ter pessoal treinado e motivado, por exemplo, pode ser considerado
um ponto forte. Já ter uma dívida financeira alta seria um caso de fraqueza.

22
(Matos e Chiavenato, 1999) apud (Barbosa & Brondani, 2004)

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Lembre-se de uma coisa importante: o ambiente interno envolve
aspectos “controláveis”, ao contrário dos aspectos externos. Uma dívida
financeira pode ser paga com a venda de algum ativo, com a entrada de
um sócio, dentre outras medidas, não é mesmo? O mesmo poderíamos
dizer da falta de treinamento: isto pode ser corrigido pelo gestor.
No caso do ambiente externo, ele envolve ameaças e oportunidades.
Naturalmente, as ameaças são coisas negativas que podem ocorrer,
enquanto as oportunidades são fatores positivos que podem ajudar a
organização.
Uma crise econômica poderia ser uma ameaça para o planejamento
estratégico de uma instituição, reduzindo a demanda para seus serviços,
dificultando o acesso aos recursos financeiros, dentre outros problemas.
Já a falência de um concorrente, por exemplo, seria um caso de
oportunidade, pois abriria o mercado para os produtos da empresa.
Vejam que estes fatores estão “fora” do controle da organização.
Exatamente por isso, são considerados fatores “não controláveis”.
Eles não podem ser alterados por alguma ação do gestor. Este só buscará
adaptar sua organização para “sofrer” pouco (no caso de uma ameaça) ou
aproveitar ao máximo a oportunidade que surgiu.

00000000000

Figura 6 - Análise Swot

A maior parte das questões de concurso sobre este tema irá tentar
misturar os conceitos para confundir a cabeça de vocês.
Antes de responder a questão, faça sempre estas duas perguntas: é
fator controlável ou não? É fator positivo ou negativo? Isto ajudará na
resposta da questão.
Esta ferramenta é muito importante para que o planejamento
estratégico alcance sucesso, pois o planejamento estratégico busca
conciliar essas três dimensões: a visão de futuro, a viabilidade externa

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(as ameaças e oportunidades) e as capacidades internas (forças e
fraquezas). Deste modo, devemos conhecer quais são as capacidades
internas e como está desenhado o ambiente externo.

Objetivos, Metas e Planos.

Um objetivo é uma situação desejada pela organização. Algo que é


desejado pela empresa, onde queremos chegar. Estes objetivos podem ser
abrangentes ou específicos.
Um objetivo pode ser o de conseguir reduzir em 15% os gastos com
material de escritório, por exemplo. Ou contratar duzentos servidores. Só
que o objetivo não especifica “quando” chegaremos lá.
Quando especificamos um número e uma data que este objetivo deve
ser alcançado, geramos uma meta. Assim, a contratação de duzentos
servidores até o final do ano é uma meta!
Desta maneira, as metas são desdobramentos dos objetivos. Um
objetivo pode ter diversas metas intermediárias, de modo que estas
somadas levariam a empresa a alcançar o objetivo.
Já um plano de ação seria uma relação de ações e passos
necessários para que os objetivos sejam atingidos23. Um plano é o resultado
concreto de um processo de planejamento – uma descrição de como o
planejamento deve ser executado, com prazos e responsáveis por cada
etapa.
Vamos analisar mais algumas questões agora?
8 – (ESAF – RFB – AUDITOR – 2014) Analise os itens a seguir e
assinale a opção correta.
I. O planejamento estratégico é elaborado no nível institucional,
tem conteúdo detalhado e analítico abordando cada unidade
organizacional em separado.
00000000000

II. O planejamento impõe racionalidade e proporciona rumo às


ações da organização.
III. O planejamento estratégico é definido na área de intersecção
dos conjuntos definidos pelos parâmetros viabilidade externa,
capacidade interna e visão compartilhada.
a) Somente I e II estão corretas.
b) Somente II e III estão corretas.

23
(Schemerhorn Jr., 2008)

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c) Somente I e III estão corretas.
d) Nenhuma das afirmativas está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

A primeira frase está errada porque o planejamento estratégico deve


ser abrangente e genérico, não detalhado (uma característica do
planejamento operacional).
Já a segunda frase está certa: o processo de planejamento gera uma
racionalidade, ou seja, força um debate de ideias sobre o futuro da
organização.
Finalmente, a terceira frase está certa: o planejamento estratégico
busca conciliar estes três aspectos: a visão de futuro, a viabilidade externa
(as ameaças e oportunidades) e as capacidades internas (forças e
fraquezas). Deste modo, o gabarito é mesmo a letra B.

9 - (ESAF – CGU / AFC – 2012) Em seu sítio eletrônico, o Tribunal


de Contas da União informa que sua principal atividade é o
"controle externo da administração pública e da gestão dos
recursos públicos federais". Ao assim proceder, de fato o TCU revela
a sua (o seu):
a) Meta.
b) Negócio.
c) Visão de futuro.
d) Objetivo.
e) Missão.

A questão fala da principal atividade do TCU. Assim, não estamos


falando de uma meta (letra A) ou objetivo (letra D). A visão de futuro está
00000000000

relacionada com um destino desejado, com algo que a organização ainda


não é. Assim, também não pode ser nossa alternativa.
Finalmente, a missão é a razão de existir da empresa, uma
declaração de intenções que determina qual será o impacto desejado na
sociedade. A determinação das principais atividades da organização é
mesmo o negócio. Com isso, o gabarito é a letra B.

10 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2009) Tal como no esforço de


planejamento estratégico, uma organização que busque
estabelecer um modelo de desenvolvimento institucional deve
percorrer as seguintes etapas:

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I. Definição da missão, visão e negócio;
II. Análise do ambiente interno – pontos fortes e fracos;
III. Análise do ambiente externo – oportunidades e ameaças;
IV. Definição dos objetivos, metas e planos de ação.
Estão corretas:
a) todas estão corretas.
b) apenas I e III.
c) apenas II, III e IV.
d) apenas I, II e III.
e) apenas I e II.

Esta questão da última prova de gestor detalha todas as principais


etapas do planejamento estratégico. Não existem “pegadinhas” nestas
definições. Desta forma, o gabarito é a letra A, pois todas as frases estão
corretas.

11 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2005) As frases a seguir referem-se


ao processo de planejamento estratégico. Classifique as opções em
Verdadeiras (V) ou Falsas (F).
( ) O planejamento estratégico é capaz de estabelecer a direção a
ser seguida pela organização com objetivos de curto, médio e longo
prazo e com maneiras e ações para alcançá-los que afetam o
ambiente como um todo.
( ) O planejamento estratégico, de forma isolada, é insuficiente,
sendo necessário o desenvolvimento e a implantação dos
planejamentos táticos e operacionais de forma integrada.
( ) O planejamento estratégico é o desenvolvimento de processos,
técnicas e atitudes políticas, os quais proporcionam uma
00000000000

conjuntura que viabiliza a avaliação das implicações presentes de


decisões a serem tomadas em função do ambiente.
( ) O planejamento estratégico é, normalmente, de
responsabilidade dos níveis mais altos da organização e diz
respeito tanto à formulação de objetivos, quanto à seleção dos
cursos de ação a serem seguidos para sua consecução.
( ) O planejamento estratégico é uma ferramenta que tem como
fases básicas para sua elaboração e implementação o diagnóstico
estratégico, a definição da missão, a elaboração de instrumentos
prescritivos e quantitativos, além do controle e da avaliação.
Indique a opção correta.

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a) F, V, F, V, V
b) F, F, V, F, V
c) V, V, F, F, V
d) V, F, F, V, V
e) V, V, F, V, F

A primeira afirmativa está errada, pois o planejamento estratégico


foca suas atenções ao longo prazo, não no curto e médio prazo. Entretanto,
a segunda afirmativa está perfeita! De nada adianta o planejamento
estratégico sem o seu desdobramento nos planejamentos táticos e
operacionais.
Já a terceira frase está errada, pois o planejamento se preocupa com
as implicações futuras das decisões atuais, e não o contrário. As outras
duas frases estão perfeitas. Com isso, o gabarito da questão é a letra A.

12 - (ESAF – ANEEL / ANALISTA – 2006) Escolha a opção que não


apresenta corretamente uma razão para as organizações
investirem em planejamento.
a) Interferir no curso dos acontecimentos.
b) Enfrentar eventos futuros previsíveis.
c) Coordenar eventos e recursos entre si.
d) Analisar séries temporais.
e) Criar o futuro.

Para poder responder esta questão necessitamos saber o que são


séries temporais. Estas são uma série de observações feitas durante certo
período de tempo. Assim, poderíamos citar como exemplos de séries
temporais: o valor do dólar desde 1980 ou o índice de inflação desde o ano
00000000000

2000.
Com uma série temporal podemos ter uma noção do que ocorreu, e
analisar qual foi a tendência dos eventos. O problema é que toda a lógica
por trás destes estudos é a de que o passado, de certa forma, tenderá a se
repetir.
Se isto fosse sempre fato, não haveria a necessidade de um
planejamento, pois poderíamos “prever” com certa segurança o futuro, não
é mesmo?
Infelizmente, estas séries temporais não indicam a tendência futura,
pois apenas incluem a tendência dos dados passados, que nem sempre se
repetem. O gabarito é, portanto, a letra D.

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13 - (ESAF – MTE / AFT – 2009) Nos casos em que um gestor


público, visando ao planejamento estratégico de sua organização,
necessite realizar uma análise de cenário com base nas forças e
fraquezas oriundas do ambiente interno, bem como nas
oportunidades e ameaças oriundas do ambiente externo, é
aconselhável que o faça valendo-se da seguinte ferramenta:
a) Balanced Scorecard.
b) Reengenharia.
c) Análise SWOT.
d) Pesquisa Operacional.
e) ISO 9000.

Questão bem “tranquila”. Sempre que vocês lerem sobre uma análise
sobre o ambiente interno e externo, com suas forças e fraquezas, saibam
que provavelmente a banca está se referindo ao diagnóstico estratégico,
ou a análise SWOT.
O Balanced Scorecard é um sistema de gestão que “foge” do padrão
antigo de somente se avaliar e controlar os ativos tangíveis – os recursos
financeiros. Já a reengenharia é uma um processo de análise e mudanças
drásticas nos processos organizacionais de uma organização.
A pesquisa operacional é a utilização da matemática para a tomada
de decisões gerenciais. Já a ISO 9000 se relaciona com um conjunto de
normas técnicas em um sistema de Gestão da Qualidade. O nosso gabarito
é a letra C.

14 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2009) Ultrapassada a fase do


planejamento estratégico, impõe-se a execução dos planos,
oportunidade em que caberão, ao coordenador, as seguintes
incumbências, exceto: 00000000000

a) planejar o desenvolvimento das atividades estruturantes.


b) promover a compatibilização entre as diversas tarefas.
c) controlar e adequar prazos.
d) rever e alterar a fundamentação da estratégia adotada.
e) prever e prover soluções.

Para poder responder esta questão, é importante a compreensão de


que os planos de ação se relacionam com a execução do planejamento
estratégico, não a revisão deste planejamento.

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Ou seja, nesta fase o importante é como faremos para implementar
o que foi planejado, não em trabalharmos em sua revisão. Desta maneira,
o gabarito da questão é a letra D.

15 - (ESAF – MPOG / APO – 2010) Sobre o tema ‘planejamento


estratégico’, é correto afirmar:
a) a análise das ameaças e oportunidades do ambiente externo da
organização é mais importante que a análise dos pontos fracos e
fortes de seu ambiente interno.
b) é um processo que abrange a organização de forma sistêmica,
compreendendo todas as suas potencialidades e capacidades.
c) os conceitos de missão e visão se equivalem, podendo um
substituir o outro.
d) conta, atualmente, com uma metodologia padronizada para
aplicação nas diversas organizações, sejam elas públicas ou
privadas.
e) uma vez iniciado, pode ser revisto apenas de ano em ano, desde
que tais revisões tenham sido previstas em sua formatação
original.

A primeira frase está errada, pois a analise externa não é “mais


importante” do que a análise interna. Já a letra B está perfeita e é o nosso
gabarito.
A letra C está equivocada, pois os conceitos de missão e visão não se
equivalem, nem podem ser substituídos. Não existe um consenso entre os
autores sobre quais seriam as fases do planejamento estratégico, com
alguns acreditando que este se inicia na definição dos objetivos e outros
que se inicia no diagnóstico estratégico.
A letra E também está errada, pois não existe esta limitação na
revisão de um planejamento estratégico. Este pode ser revisado, por
00000000000

exemplo, de seis em seis meses ou quando ocorrer algum evento crítico


(como foi o caso do atentado terrorista ocorrido em 2001) que modifique
bastante as premissas sobre o futuro. O gabarito é mesmo a letra B.

16 - (ESAF – DNIT / ANALISTA – 2013) Leia os trechos a seguir.


Primeira afirmativa:
O planejamento estratégico é o processo de elaborar a estratégia –
trata-se de um conjunto de grandes decisões tomadas pelo grupo
diretivo. Os planos táticos se dão normalmente no nível gerencial e
geralmente consistem em operacionalizar as grandes decisões
estratégicas. Já os planos operacionais representam a

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materialização das decisões estratégicas e táticas. Assim, comprar
uma nova empresa, definir uma nova linha de produtos ou a nova
estrutura organizacional, e decidir se vai comprar de um fornecedor
ou de outro, bem como a política de preços da empresa, são
consideradas decisões que compreendem o planejamento
estratégico e os planos tático e operacional, respectivamente.

Segunda afirmativa:
Tais decisões caracterizam-se por ter influência no longo prazo e
por impactar a organização como um todo; por impactar no médio
prazo e sua extensão reduzir-se a um conjunto de áreas ou setores
da organização; e por ter impacto, em teoria, no curto prazo e sua
extensão afetar área ou setor específico, respectivamente.
A respeito dessas duas afirmativas, é correto afirmar que:
a) somente a primeira afirmativa está correta.
b) somente a segunda afirmativa está correta.
c) as duas afirmativas estão incorretas.
d) as duas afirmativas estão corretas e a segunda justifica a
primeira.
e) as duas afirmativas estão corretas, mas a segunda não justifica
a primeira.

Esta questão foi objeto de muitos recursos na época. Na primeira


frase, a banca citou algumas decisões que são tomadas pelos gestores e
buscou identificá-las com os tipos de planejamento.
O problema basicamente foi a seguinte decisão associada ao
planejamento operacional: “a política de preços da empresa“. A definição
das políticas da organização, inclusive a política de preços, costuma ser
associada ao planejamento estratégico – e não ao operacional.
00000000000

Sendo assim, a primeira frase deveria ter sido considerada errada,


mas a banca não viu desta maneira e considerou as duas frases como
corretas. A segunda frase está sim correta e não apresenta maiores
dificuldades. Portanto, o gabarito é mesmo a letra D.

17 - (ESAF – DNIT / TÉCNICO – 2013) Planejamento é uma


ferramenta importante na condução das organizações. Sobre esse
tema, indique a opção correta.
a) O plano tático estabelece missão, produtos e serviços oferecidos
pela organização.

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b) O planejamento estratégico alcança apenas os níveis
institucional e gerencial, não contemplando orientações para o
nível operacional.
c) O planejamento tático abrange toda a organização, definindo a
sua relação com o seu ambiente.
d) O plano operacional traduz o plano estratégico em ações
especializadas, como marketing, operações e outros.
e) Planejamento operacional define atividades e recursos que
possibilitam a realização de objetivos estratégicos ou funcionais.

A letra A está errada, pois é o planejamento estratégico quem


estabelece a missão, a visão, etc. A letra B também está equivocada porque
o planejamento estratégico deve ser desdobrado para todos os níveis. Não
faria sentido se o planejamento operacional, por exemplo, não fosse
baseado no que já foi decidido no plano estratégico, não é mesmo?
A letra C é incorreta também. O planejamento tático aborda cada
departamento, não toda a organização. A letra D está também equivocada,
pois as ações setoriais citadas na frase estão ligadas ao plano gerencial ou
tático.
Finalmente, a letra E foi considerada correta pela banca. A frase não
tem uma redação muito feliz, mas considero que esteja sim correta. O
planejamento operacional busca realizar os objetivos operacionais,
naturalmente.
Mas estes, somados, são os responsáveis pelo alcance dos objetivos
táticos e estratégicos. Desta forma, o gabarito é mesmo a letra E.

18 - (ESAF – PREF RIO / FISCAL ISS – 2010) Nas organizações


públicas, a aplicação dos preceitos de gestão estratégica implica
saber que:
a) o plano operacional deve ser concebido antes do plano
00000000000

estratégico.
b) a duração do plano estratégico deve se limitar ao tempo de
mandato do chefe do poder executivo.
c) tal como ocorre na iniciativa privada, missão e visão devem ser
estabelecidas.
d) por exercerem mandatos, os integrantes da alta cúpula não
podem participar da tomada de decisões estratégicas.
e) o orçamento é a peça menos importante dentro do processo de
planejamento.

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A primeira alternativa está errada, pois o plano operacional é um
desdobramento do pleno estratégico e, consequentemente, é feito depois.
A letra B também está equivocada, pois podem existir planos estratégicos
com um prazo maior do que os quatro anos de um mandato presidencial.
Mesmo considerando o PPA como o “único” planejamento estratégico
do governo, ele “avança” no mandato do seu sucessor, ou seja, não se
limita ao tempo do mandato.
Já a letra C está perfeita. Do mesmo modo que as entidades privadas,
o setor público deve definir sua missão e visão. No caso da letra D, a banca
“viajou”! Obviamente, os ocupantes de cargos políticos não só podem como
devem participar das decisões estratégicas.
Finalmente, a letra E também peca em afirmar que o orçamento é
uma “peça” menos importante, o que não é verdade. Assim, o gabarito é
mesmo a letra C.

Planejamento por Cenários.

Diante de um contexto de mudanças constantes, as empresas e


órgãos públicos precisam de ferramentas para que possam estar melhor
preparadas paras os desafios que podem aparecer.
A ideia por trás do planejamento por cenários é a de que devemos
estar preparados para repensar sempre nosso ambiente. Não devemos
confiar em uma projeção das tendências atuais. Coisas que tomamos como
“certas” podem não existir futuramente.
Quando falamos de cenários, estamos nos referindo a situações
futuras, condições, em que a organização pode se ver. Pense no termo
original – “cenário”. Um cenário não deixa de ser uma representação de
algum local, não é mesmo?
O mesmo ocorre quando fazemos cenários futuros de uma empresa.
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Como estará seu mercado? Que hábitos terão seus consumidores? Como
estará a economia como um todo? Que concorrentes teremos? Todos estes
aspectos estariam descritos em um cenário de futuro.
Os cenários são, portanto, estórias construídas para futuros
possíveis24. O objetivo é montarmos alguns cenários, mesmo que alguns
sejam improváveis, de modo a podermos pensar quais decisões atuais nos
preparariam melhor para cada contingência. Desta maneira, teríamos como

24
(Rennó, 2013)

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pensar em como nos comportaríamos se algumas destas “estórias” se
tornarem realidade25.
O planejamento por cenários tem como objetivo analisar como nossas
decisões atuais poderiam impactar nossa organização no futuro.
O planejamento por cenários é uma ferramenta nova, que veio tentar
suplantar a maneira tradicional de construir o planejamento – através de
projeções e extrapolações da situação presente.
Este processo de planejamento por cenários nos faz, como
administradores, repensar nossas certezas e analisar quais são nossas
deficiências e como devemos corrigi-las.
Entretanto, um dos pontos que devemos prestar atenção é o
seguinte: um cenário não é uma previsão do futuro. O ideal é que tenhamos
um número diverso de cenários (desde positivos até negativos).
O que queremos não é adivinhar nada, mas nos prepararmos para “o
que der e vier”. Este é um processo de aprendizado, não de adivinhação.
Apesar disso, existem alguns autores que citam dois tipos de
planejamento por cenários: o projetivo e o prospectivo26. O primeiro
seria basicamente, um processo de construir apenas um cenário futuro.
Seu nome, projetivo, vem exatamente disto: seria um cenário
baseado em uma “projeção”. Consideraria a tendência atual dos eventos.
Sua utilização seria bem pobre, entretanto. Muitos autores reconhecidos
nem consideram isto como planejamento por cenários. Mas fique esperto,
pois cai em provas de concurso!

Passado Presente Futuro


00000000000

Figura 7 - Abordagem Projetiva

Já o outro tipo, o prospectivo, não cria somente um cenário. A


abordagem prospectiva busca gerar diversos cenários, de modo que o

25
(Schwartz, 1996)
26
(Oliveira, 2007)

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gestor possa ter uma visão de vários “estados futuros possíveis” da
empresa.
Naturalmente, o planejamento por cenários pode ser utilizado não
somente em grandes organizações, mas também nas pequenas. O mesmo
pode ser dito quanto sua utilização no setor público, que é recomendável.

Figura 8 - Abordagem Prospectiva

Para que possamos montar cenários interessantes, temos de nos


preocupar que eles tenham as seguintes características: relevância,
plausibilidade, clareza e foco.
De nada adiantaria montar cenários impossíveis, não é mesmo? Ou
cenários sobre aspectos insignificantes no negócio da empresa. Não teriam
nenhum benefício sobre o aprendizado.
Da mesma forma, um cenário muito complexo, com um nível de
detalhamento excessivo pode dificultar a compreensão dos principais
gestores, prejudicando a utilização da ferramenta.
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Clareza Plausibilidade

Relevancia Foco

Figura 9 - Atributos dos Cenários

Métodos para a Construção de Cenários

Existem diversos métodos para a construção dos cenários atualmente


no mercado. Os principais são os seguintes27:

 Lógica Intuitiva – foi desenvolvida em paralelo pela Strategic


Research Institute International (SRI) e pela Shell a partir da década
de 1970, a técnica admite que as decisões são fundamentadas em
um conjunto de inter-relações e interdependências que envolvem
diversos fatores, quase totalmente fora da influência direta da
organização;
 Análise Prospectiva: método desenvolvido por Godet que engloba
00000000000

formas estruturadas de identificar a chance de que um evento ocorra.


O método tem basicamente seis etapas: delimitação do sistema e do
ambiente; análise estrutural do sistema e do ambiente; listagem dos
condicionantes do futuro; análise morfológica; testes de consistência,
ajuste e disseminação; e revisão e disseminação;
 Análise de impactos de tendências probabilísticas -
fundamenta-se em uma previsão isolada sobre a variável dependente
principal, que depois é ajustada pela concorrência dos possíveis

27
(Kato, 2007)

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eventos e seus impactos. A técnica alia modelos econométricos e
probabilísticos a análises qualitativas, com a presença de
especialistas nos temas envolvidos;
Vamos analisar agora mais algumas questões sobre este tema?
19 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2009) Em um contexto de
planejamento organizacional, desponta como correta a seguinte
premissa:
a) considerado o caráter temporário dos projetos, sua gestão
prescinde de um pensar estratégico.
b) para que a construção de cenários possa ser utilizada de forma
estratégica, é recomendável o uso exclusivo de técnicas objetivas.
c) planejar estrategicamente implica subordinar os fins aos meios.
d) a partir da fase de implementação das decisões, encerra-se a
possibilidade de os planos de longo prazo serem alterados.
e) para a construção de cenários em um contexto de incertezas e
mudanças rápidas, a abordagem prospectiva é preferível à
abordagem projetiva.

Os projetos são realmente temporários. Mas isto não significa que


não devem ser planejados. Desta maneira, a primeira opção está errada.
A letra B também está errada, pois na construção de cenários não
temos apenas dados objetivos (que podem ser quantificados), mas as
percepções da realidade (subjetivos).
A letra C é absurda, pois obviamente temos de perseguir os fins
(objetivos), não os meios. O mesmo ocorre com a letra D, pois o
planejamento pode e deve ser revisto quando as premissas que o basearam
mudarem. Se algo importante mudou no ambiente, temos de alterar o
nosso planejamento.
Por fim, a letra E está correta. A abordagem prospectiva é a indicada
00000000000

em ambientes dinâmicos, pois indica que o futuro é incerto. Já a abordagem


projetiva tem a premissa de que o passado irá se “repetir”, seguindo a
tendência anterior. O gabarito é mesmo a letra E.

20 - (ESAF – STN / DESENV. INSTITUCIONAL – 2008) A elaboração


de cenários é um procedimento de aprendizado sobre o futuro.
Nesse contexto, cenários são narrativas plausíveis sobre o futuro,
consistentes e cuidadosamente estruturadas em torno de idéias,
com propósitos de sua comunicação e de sua utilidade como, por
exemplo, no apoio ao planejamento estratégico. O processo de
construção de cenários leva a uma melhor compreensão das nossas
percepções e a uma melhor avaliação dos impactos que julgamos
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relevantes. Sobre o tema, é correto afirmar que os cenários devem
possuir os seguintes atributos, exceto:
a) Claros: devem ser transparentes a fim de facilitar sua
compreensão e o entendimento de sua lógica.
b) Determinísticos: devem possibilitar a predição exata do futuro,
de modo a otimizar a tomada de decisões por parte do gestor.
c) Focados: devem ser amplos sem perder o foco da área de
negócios.
d) Plausíveis: aqueles que não tiverem relação plausível com o
presente devem ser descartados.
e) Relevantes: devem produzir uma visão nova e original dos temas
abordados.

Esta questão mostra os principais atributos do planejamento por


cenários e tem uma alternativa claramente errada. Nenhum cenário será
determinístico! Ou seja, feito de forma a predizer exatamente o que
acontecerá no futuro.
Isto seria impossível. O processo de planejamento busca reduzir a
incerteza, não eliminá-la. O gabarito é, portanto, a letra B.

21 - (ESAF – RFB / ANALISTA – 2009) Sobre o planejamento


baseado em cenários, é correto afirmar que:
a) suas linhas metodológicas deram origem às escolas de lógica
intuitiva, de tendências probabilísticas e de análise prospectiva.
b) considera eventos como sendo séries métricas que se modificam
gradualmente ao longo do tempo, apresentando variações de longo
prazo e causando mudanças contínuas no sistema.
c) a escola de tendências probabilísticas despreza o uso da opinião
de especialistas. 00000000000

d) considera tendências como sendo fenômenos categóricos que


podem ocorrer ou não, em determinado momento no futuro,
repentina e inesperadamente, ocasionando impacto importante no
comportamento do sistema.
e) contribui para diminuir a flexibilidade do planejamento, uma vez
que, estabelecida a visão de futuro, não mais se deve alterar o
plano estratégico.

A letra A está perfeita e é o nosso gabarito. Estes métodos citados


são parte do planejamento de cenários. Já as letras B e D estão erradas. A
banca trouxe duas definições: eventos e tendências e inverteu os conceitos.

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A letra B descreve mesmo conceito de tendência, enquanto a letra D
nos traz o conceito de evento. A letra C está equivocada porque este
método não despreza o uso de especialistas, muito pelo contrário.
Finalmente, a letra E está errada, pois o planejamento por cenários
não diminui a flexibilidade do planejamento, nem o planejamento deve ser
“inalterado”. O gabarito é mesmo a letra A.

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Resumo

Memorex

Definição de Planejamento

De acordo com um conhecido autor, Djalma de Oliveira28, o


“Planejamento é um processo desenvolvido para o alcance de uma
situação futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo,
com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa”.

Vantagens do Planejamento

• Dá um “norte” para a empresa


• Ajuda a focar os esforços
• Define os parâmetros de controle
• Ajuda na motivação e no comprometimento
• Ajuda no autoconhecimento da empresa

Níveis do Planejamento

Nível Tempo Abrangência Conteúdo

Engloba a
Genérico e
Estratégico Longo Prazo instituição como
sintético
um todo

Engloba o
Medianamente
Tático Médio Prazo departamento
detalhado
ou unidade

Engloba a
Detalhado e
Operacional Curto Prazo atividade ou
00000000000

analítico
tarefa

Características do Planejamento Estratégico

• Está relacionado com a adaptação da organização a um


ambiente mutável;
• É orientado para o futuro - voltado ao longo prazo, e como as
decisões atuais poderão impactar a organização neste futuro;

28
(Oliveira, 2007)

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• É compreensivo – envolve a organização como um todo Ajuda na
motivação e no comprometimento;
• É um processo de construção de consenso;
• É uma forma de aprendizagem organizacional.

Referenciais Estratégicos

A missão de uma organização é, basicamente, o motivo


pelo qual esta instituição foi criada. Define e explicita qual
Missão é sua razão de ser. A missão tem um objetivo: comunicar
aos públicos internos e externos quais são as intenções
daquela empresa em relação à sociedade.

A visão reflete o “destino desejado” ou o “resultado final


buscado”, que deve ser alcançado se todos os objetivos
Visão
estratégicos forem atingidos. Indica como a organização
se vê em um futuro de longo prazo.

O negócio da organização é relacionado com as


atividades principais da empresa naquele momento
Negócio
específico, seu âmbito de atuação. Ao contrário da
missão, o negócio é mais focado um contexto específico.

Análise SWOT

Ferramenta de diagnóstico estratégico. Análise SWOT (ou FOFA). é a


soma de siglas dos termos em Inglês: “Strengths” (forças), “Weakness”
(fraquezas), “Opportunities” (oportunidades) e “Threats” (ameaças).

Fatores Internos Fatores Externos

Positivos Forças
00000000000

Oportunidades

Negativos Fraquezas Ameaças

Planejamento por Cenários

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Os cenários são estórias construídas para futuros possíveis29. O objetivo


é montarmos alguns cenários, de modo a podermos pensar quais
decisões atuais nos preparariam melhor para cada contingência.
O planejamento por cenários é uma ferramenta nova, que veio tentar
suplantar a maneira tradicional de construir o planejamento – através de
projeções e extrapolações da situação presente.
Este processo de planejamento por cenários nos faz repensar nossas
certezas e analisar quais são nossas deficiências e como devemos corrigi-
las.

Tipos de Planejamento por Cenários

Gera apenas um cenário de futuro – baseado em


Projetivo
uma projeção.

Prospectivo Gera diversos cenários de futuro.

Métodos para Construção dos Cenários

Técnica desenvolvida em paralelo pela Strategic


Research Institute International (SRI) e pela Shell
a partir da década de 1970.

Lógica Intuitiva Postula que as decisões são fundamentadas em


um conjunto de inter-relações e
interdependências que envolvem diversos fatores,
quase totalmente fora da influência direta da
organização.

Engloba formas estruturadas de identificar a


chance de que um evento ocorra. Tem seis etapas:
delimitação do sistema e do ambiente; análise
Análise
estrutural do sistema e do ambiente; listagem dos
Prospectiva
condicionantes do futuro; análise morfológica;
testes de consistência, ajuste e disseminação; e
00000000000

revisão e disseminação.

Fundamenta-se em uma previsão isolada sobre a


variável dependente principal, que depois é
Análise de
ajustada pela concorrência dos possíveis eventos
impactos de
e seus impactos. A técnica alia modelos
tendências
econométricos e probabilísticos a análises
probabilísticas
qualitativas, com a presença de especialistas nos
temas envolvidos.

29
(Rennó, 2013)

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Questões Extras

22 - (FCC – TRT 24°/MS – TEC ADM – 2011) O nível de planejamento


que tem como objetivo otimizar determinada área, e não a
organização como um todo, é o
(A) departamental.
(B) tático.
(C) setorial.
(D) operacional.
(E) estratégico.

Como vimos acima, existem três níveis no planejamento: estratégico,


tático e operacional. Estamos nos referindo ao nível estratégico quando
pensamos na organização como um todo.
Do mesmo modo, estamos no nível tático quando estamos pensando
um setor ou unidade. Assim sendo, estamos lidando com o planejamento
operacional quando focamos em uma tarefa em específico.
Neste caso, a questão pediu o planejamento que tem como objetivo
aperfeiçoar uma área. Portanto, refere-se ao planejamento tático, não é
mesmo? O gabarito é a letra B.

23 - (FCC – TRT 24°/MS – TEC ADM – 2011) Sobre o Planejamento


Estratégico, analise:
I. É o mesmo que planejamento, mas com ênfase no aspecto de
longo prazo dos objetivos.
00000000000

II. É o mesmo que planejamento, porém com ênfase no aspecto de


curto prazo dos objetivos.
III. É o mesmo que planejamento, mas com ênfase na análise global
do cenário.
Está correto o que consta APENAS em
(A) III.
(B) II e III.
(C) II.
(D) I e III.
(E) I e II.

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A primeira frase está correta, pois o planejamento estratégico


realmente está focado nos objetivos de longo prazo. Já a segunda frase
está errada, pois o planejamento estratégico não está voltado para os
objetivos de curto prazo (seria o nível operacional).
Entretanto, a terceira frase também está correta. O planejamento
estratégico realmente deve analisar o cenário global da empresa
(economia, governos, consumidores, fornecedores, etc.). Nosso gabarito é
a letra D.

24 - (FCC – ARCE – ANALISTA REG. – 2006) A experiência


acumulada no mundo contemporâneo tem demonstrado que a
eficácia da gerência depende, em grande parte, da capacidade do
dirigente de desenvolver futuros alternativos para a sua
organização, estabelecendo transações ambientais que levem ao
alcance da missão organizacional. Essa é a capacidade de pensar
de forma
(A) operacional.
(B) tática.
(C) estratégica.
(D) holística.
(E) racional.

Esta pergunta é um pouco mais difícil, pois dá uma “camuflada” no


que ela está pedindo, não é mesmo? Entretanto, quando a questão fala em
“desenvolver futuros alternativos” e “alcance da missão governamental”,
está nos dando uma dica de que o assunto é planejamento.
Desta forma, a alternativa que melhor se refere ao alcance da missão
organizacional é a capacidade estratégica de pensar. O gabarito é a letra
00000000000

C.

25 - (FCC – METRÔ – ADMINISTRAÇÃO – 2008) O diagnóstico


estratégico da organização apresenta componentes que
consideram o ambiente e suas variáveis relevantes no qual está
inserida. As oportunidades de negócios compõem esse ambiente
estratégico e constitui a variável
(A) externa e não controlável.
(B) interna e não controlável.
(C) interna e controlável.

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(D) externa e controlável.
(E) interna híbrida.

O diagnóstico estratégico está relacionado com a análise interna e


externa. A primeira pergunta que você se deve fazer é: uma oportunidade
de negócio é um fator interno ou externo?
Bom, fatores internos devem estar relacionados a empregados,
máquinas, estrutura física, etc. Neste caso (oportunidades de negócios),
temos um fator externo, não é mesmo?
Assim sendo, já eliminamos as alternativas B, C e E. Agora só falta
sabermos se um fator externo é ou não controlável.
As bancas de concurso tem aceitado a ideia de que os fatores
externos não são controláveis, ou seja, que só podemos nos adaptar a eles
e não alterá-los. Desta maneira, nosso gabarito é a letra A.

26 - (FCC – TRF 5° Região – ANAL ADM. – 2008) No planejamento


estratégico, a análise externa tem por finalidade estudar a relação
existente entre a empresa e seu ambiente em termos de
(A) oportunidades e ameaças.
(B) pontos fortes e pontos fracos.
(C) oportunidades e pontos fortes.
(D) ameaças e pontos fortes.
(E) pontos fracos e oportunidades.

Vejam como estas questões da FCC são tranquilas. Para você acertar
esta questão, basta saber quais são os fatores importantes na análise
externa: as oportunidades e as ameaças.
Pontos fortes e fracos relacionam-se com a analise interna. Nosso
00000000000

gabarito é a letra A.

27 - (FCC – ALESP/SP – GESTÃO PROJETOS – 2010) Com referência


ao nível funcional, o planejamento estratégico tem como objetivo
(A) determinar a missão da empresa, em termos de segmento de
mercado.
(B) definir as unidades de negócios geridas como centros de lucro.
(C) alocar os recursos segundo a lucratividade das unidades de
negócio.

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(D) alinhar as ações setoriais com as estratégias de negócios e a
missão da organização.
(E) influir na tomada de decisões de longo prazo que a empresa
deva tomar.

Nesta questão, a banca fala de nível funcional. Este nível é o tático,


ou seja, o desdobramento do plano estratégico para o nível tático. Desta
forma, se você analisar a alternativa D, verá que ela se relaciona com as
ações a nível tático que devem ser feitas para que o planejamento
estratégico aconteça.
Entretanto, todas as outras alternativas tocam em aspectos ou
decisões do nível estratégico, estando desta forma incorretas. O gabarito é
a letra D.

28 - (FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR – 2009) O elemento


organizacional que serve para clarificar e comunicar os objetivos e
os valores básicos e orientar as atividades da organização é
denominado
(A) política operacional.
(B) visão.
(C) estratégia.
(D) indicador.
(E) missão.

Como vimos acima, o elemento do planejamento estratégico que


serve para clarificar e orientar às atividades de uma organização é a
missão. A política operacional não se refere a isso, e sim as atividades e
operações da organização. A visão é um estado futuro desejado.
A estratégia é o “como”, ou seja, qual será a maneira da empresa
00000000000

atingir seus objetivos. Já os indicadores servem como ferramentas de


controle dos resultados e esforços empenhados. Nosso gabarito é mesmo
a letra E.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1 - (ESAF – STN / DESENV. INSTITUCIONAL – 2005) Planejamento é um


processo de
I. definir resultados a serem alcançados.
II. distribuir os recursos disponíveis.
III. pensar o futuro.
IV. assegurar a realização dos objetivos.
V. realizar atividades.
Escolha a opção que indica corretamente o entendimento de planejamento.
a) III e V
b) II
c) I e IV
d) I
e) V

2 - (ESAF – SUSEP / ADM FINANCEIRA – 2010) Um planejamento é


estratégico quando se dá ênfase ao aspecto:
a) de longo prazo dos objetivos e à análise global do cenário.
b) de prazo emergencial dos objetivos e à análise global do cenário.
c) de longo prazo dos objetivos e à análise da situação passada.
d) de médio prazo dos objetivos e à análise da situação atual.
e) de urgência dos objetivos e à análise da situação futura.

3 - (ESAF – MPOG / ECONOMISTA – 2006) Escolha a opção que completa


00000000000

corretamente a lacuna da frase a seguir:


“ ................ refere-se à maneira pela qual uma organização pretende
aplicar uma determinada estratégia, geralmente global e de longo prazo,
criando um consenso em torno de uma determinada visão de futuro.”
a) Flexibilização Organizacional
b) Programa de Qualidade Total
c) Benchmarking
d) Planejamento Estratégico
e) Aprendizagem Organizacional

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4 – (ESAF – RFB – ANALISTA – 2012) Na questão abaixo, selecione a opção
que melhor representa o conjunto das afirmações, considerando C para
afirmativa correta e E para afirmativa errada.
I. Objetivos estratégicos são afirmações amplas que descrevem onde as
organizações desejam estar no futuro.
II. O planejamento estratégico consiste no estabelecimento de planos
gerais que moldam o destino da organização.
III. O planejamento estratégico é realizado no nível operacional.
a) E - E - C
b) C - E - E
c) C - C - E
d) C - E - C
e) E - C – E

5 – (ESAF – RFB – AUDITOR – 2012) Entre as opções abaixo selecione a


mais correta.
a) No nível institucional o planejamento envolve a determinação de
objetivos departamentais e operacionais.
b) No nível intermediário o planejamento é tático e trata da alocação de
recursos.
c) No nível intermediário o planejamento desdobra estratégias em planos
operacionais.
d) No nível operacional o planejamento desdobra planos operacionais em
planos estratégicos.
e) No nível operacional o planejamento desdobra planos estratégicos em
operacionais.

6 - (ESAF – SUSEP / ADM FINANCEIRA – 2010) No planejamento


00000000000

estratégico, “conjuntos imaginados de eventos que se pretende alcançar


em alguma época futura, ou deles se aproximar, se não forem infinitos”
são algumas das considerações que devem ser feitas pelo administrador na
definição
a) da missão.
b) da estratégia.
c) do orçamento.
d) dos objetivos.
e) da política.

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7 - (ESAF – ANA / ANALISTA ADMINISTRATIVO – 2009) Considerado uma


ferramenta de mudança organizacional, o planejamento estratégico pode
ser caracterizado pelas seguintes afirmações, exceto:
a) está relacionado com a adaptação da organização a um ambiente
mutável, sujeito à incerteza a respeito dos eventos ambientais.
b) é orientado para o futuro. Seu horizonte de tempo são o curto e o médio
prazos.
c) é compreensivo, envolve a organização como um todo, no sentido de
obter efeitos sinergísticos de todas as capacidades e potencialidades da
organização.
d) é um processo de construção de consenso, pois oferece um meio de
atender a todos na direção futura que melhor convenha à organização.
e) é uma forma de aprendizagem organizacional, pois constitui uma
tentativa constante de aprender a ajustar-se a um ambiente complexo,
competitivo e suscetível a mudanças.

8 – (ESAF – RFB – AUDITOR – 2014) Analise os itens a seguir e assinale a


opção correta.
I. O planejamento estratégico é elaborado no nível institucional, tem
conteúdo detalhado e analítico abordando cada unidade organizacional em
separado.
II. O planejamento impõe racionalidade e proporciona rumo às ações da
organização.
III. O planejamento estratégico é definido na área de intersecção dos
conjuntos definidos pelos parâmetros viabilidade externa, capacidade
interna e visão compartilhada.
a) Somente I e II estão corretas.
b) Somente II e III estão corretas. 00000000000

c) Somente I e III estão corretas.


d) Nenhuma das afirmativas está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

9 - (ESAF – CGU / AFC – 2012) Em seu sítio eletrônico, o Tribunal de Contas


da União informa que sua principal atividade é o "controle externo da
administração pública e da gestão dos recursos públicos federais". Ao assim
proceder, de fato o TCU revela a sua (o seu):
a) Meta.
b) Negócio.
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c) Visão de futuro.
d) Objetivo.
e) Missão.

10 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2009) Tal como no esforço de planejamento


estratégico, uma organização que busque estabelecer um modelo de
desenvolvimento institucional deve percorrer as seguintes etapas:
I. Definição da missão, visão e negócio;
II. Análise do ambiente interno – pontos fortes e fracos;
III. Análise do ambiente externo – oportunidades e ameaças;
IV. Definição dos objetivos, metas e planos de ação.
Estão corretas:
a) todas estão corretas.
b) apenas I e III.
c) apenas II, III e IV.
d) apenas I, II e III.
e) apenas I e II.

11 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2005) As frases a seguir referem-se ao


processo de planejamento estratégico. Classifique as opções em
Verdadeiras (V) ou Falsas (F).
( ) O planejamento estratégico é capaz de estabelecer a direção a ser
seguida pela organização com objetivos de curto, médio e longo prazo e
com maneiras e ações para alcançá-los que afetam o ambiente como um
todo.
( ) O planejamento estratégico, de forma isolada, é insuficiente, sendo
necessário o desenvolvimento e a implantação dos planejamentos táticos e
00000000000

operacionais de forma integrada.


( ) O planejamento estratégico é o desenvolvimento de processos, técnicas
e atitudes políticas, os quais proporcionam uma conjuntura que viabiliza a
avaliação das implicações presentes de decisões a serem tomadas em
função do ambiente.
( ) O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos
níveis mais altos da organização e diz respeito tanto à formulação de
objetivos, quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua
consecução.
( ) O planejamento estratégico é uma ferramenta que tem como fases
básicas para sua elaboração e implementação o diagnóstico estratégico, a

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definição da missão, a elaboração de instrumentos prescritivos e
quantitativos, além do controle e da avaliação.
Indique a opção correta.
a) F, V, F, V, V
b) F, F, V, F, V
c) V, V, F, F, V
d) V, F, F, V, V
e) V, V, F, V, F

12 - (ESAF – ANEEL / ANALISTA – 2006) Escolha a opção que não apresenta


corretamente uma razão para as organizações investirem em
planejamento.
a) Interferir no curso dos acontecimentos.
b) Enfrentar eventos futuros previsíveis.
c) Coordenar eventos e recursos entre si.
d) Analisar séries temporais.
e) Criar o futuro.

13 - (ESAF – MTE / AFT – 2009) Nos casos em que um gestor público,


visando ao planejamento estratégico de sua organização, necessite realizar
uma análise de cenário com base nas forças e fraquezas oriundas do
ambiente interno, bem como nas oportunidades e ameaças oriundas do
ambiente externo, é aconselhável que o faça valendo-se da seguinte
ferramenta:
a) Balanced Scorecard.
b) Reengenharia.
c) Análise SWOT. 00000000000

d) Pesquisa Operacional.
e) ISO 9000.

14 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2009) Ultrapassada a fase do planejamento


estratégico, impõe-se a execução dos planos, oportunidade em que
caberão, ao coordenador, as seguintes incumbências, exceto:
a) planejar o desenvolvimento das atividades estruturantes.
b) promover a compatibilização entre as diversas tarefas.
c) controlar e adequar prazos.

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d) rever e alterar a fundamentação da estratégia adotada.
e) prever e prover soluções.

15 - (ESAF – MPOG / APO – 2010) Sobre o tema ‘planejamento estratégico’,


é correto afirmar:
a) a análise das ameaças e oportunidades do ambiente externo da
organização é mais importante que a análise dos pontos fracos e fortes de
seu ambiente interno.
b) é um processo que abrange a organização de forma sistêmica,
compreendendo todas as suas potencialidades e capacidades.
c) os conceitos de missão e visão se equivalem, podendo um substituir o
outro.
d) conta, atualmente, com uma metodologia padronizada para aplicação
nas diversas organizações, sejam elas públicas ou privadas.
e) uma vez iniciado, pode ser revisto apenas de ano em ano, desde que
tais revisões tenham sido previstas em sua formatação original.

16 - (ESAF – DNIT / ANALISTA – 2013) Leia os trechos a seguir.


Primeira afirmativa:
O planejamento estratégico é o processo de elaborar a estratégia – trata-
se de um conjunto de grandes decisões tomadas pelo grupo diretivo. Os
planos táticos se dão normalmente no nível gerencial e geralmente
consistem em operacionalizar as grandes decisões estratégicas. Já os
planos operacionais representam a materialização das decisões
estratégicas e táticas. Assim, comprar uma nova empresa, definir uma
nova linha de produtos ou a nova estrutura organizacional, e decidir se vai
comprar de um fornecedor ou de outro, bem como a política de preços da
empresa, são consideradas decisões que compreendem o planejamento
estratégico e os planos tático e operacional, respectivamente.
00000000000

Segunda afirmativa:
Tais decisões caracterizam-se por ter influência no longo prazo e por
impactar a organização como um todo; por impactar no médio prazo e sua
extensão reduzir-se a um conjunto de áreas ou setores da organização; e
por ter impacto, em teoria, no curto prazo e sua extensão afetar área ou
setor específico, respectivamente.
A respeito dessas duas afirmativas, é correto afirmar que:
a) somente a primeira afirmativa está correta.
b) somente a segunda afirmativa está correta.

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c) as duas afirmativas estão incorretas.
d) as duas afirmativas estão corretas e a segunda justifica a primeira.
e) as duas afirmativas estão corretas, mas a segunda não justifica a
primeira.

17 - (ESAF – DNIT / TÉCNICO – 2013) Planejamento é uma ferramenta


importante na condução das organizações. Sobre esse tema, indique a
opção correta.
a) O plano tático estabelece missão, produtos e serviços oferecidos pela
organização.
b) O planejamento estratégico alcança apenas os níveis institucional e
gerencial, não contemplando orientações para o nível operacional.
c) O planejamento tático abrange toda a organização, definindo a sua
relação com o seu ambiente.
d) O plano operacional traduz o plano estratégico em ações especializadas,
como marketing, operações e outros.
e) Planejamento operacional define atividades e recursos que possibilitam
a realização de objetivos estratégicos ou funcionais.

18 - (ESAF – PREF RIO / FISCAL ISS – 2010) Nas organizações públicas, a


aplicação dos preceitos de gestão estratégica implica saber que:
a) o plano operacional deve ser concebido antes do plano estratégico.
b) a duração do plano estratégico deve se limitar ao tempo de mandato do
chefe do poder executivo.
c) tal como ocorre na iniciativa privada, missão e visão devem ser
estabelecidas.
d) por exercerem mandatos, os integrantes da alta cúpula não podem
participar da tomada de decisões estratégicas.
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e) o orçamento é a peça menos importante dentro do processo de


planejamento.

19 - (ESAF – MPOG / EPPGG – 2009) Em um contexto de planejamento


organizacional, desponta como correta a seguinte premissa:
a) considerado o caráter temporário dos projetos, sua gestão prescinde de
um pensar estratégico.
b) para que a construção de cenários possa ser utilizada de forma
estratégica, é recomendável o uso exclusivo de técnicas objetivas.
c) planejar estrategicamente implica subordinar os fins aos meios.

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d) a partir da fase de implementação das decisões, encerra-se a
possibilidade de os planos de longo prazo serem alterados.
e) para a construção de cenários em um contexto de incertezas e mudanças
rápidas, a abordagem prospectiva é preferível à abordagem projetiva.

20 - (ESAF – STN / DESENV. INSTITUCIONAL – 2008) A elaboração de


cenários é um procedimento de aprendizado sobre o futuro. Nesse
contexto, cenários são narrativas plausíveis sobre o futuro, consistentes e
cuidadosamente estruturadas em torno de idéias, com propósitos de sua
comunicação e de sua utilidade como, por exemplo, no apoio ao
planejamento estratégico. O processo de construção de cenários leva a uma
melhor compreensão das nossas percepções e a uma melhor avaliação dos
impactos que julgamos relevantes. Sobre o tema, é correto afirmar que os
cenários devem possuir os seguintes atributos, exceto:
a) Claros: devem ser transparentes a fim de facilitar sua compreensão e o
entendimento de sua lógica.
b) Determinísticos: devem possibilitar a predição exata do futuro, de modo
a otimizar a tomada de decisões por parte do gestor.
c) Focados: devem ser amplos sem perder o foco da área de negócios.
d) Plausíveis: aqueles que não tiverem relação plausível com o presente
devem ser descartados.
e) Relevantes: devem produzir uma visão nova e original dos temas
abordados.

21 - (ESAF – RFB / ANALISTA – 2009) Sobre o planejamento baseado em


cenários, é correto afirmar que:
a) suas linhas metodológicas deram origem às escolas de lógica intuitiva,
de tendências probabilísticas e de análise prospectiva.
b) considera eventos como sendo séries métricas que se modificam
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gradualmente ao longo do tempo, apresentando variações de longo prazo


e causando mudanças contínuas no sistema.
c) a escola de tendências probabilísticas despreza o uso da opinião de
especialistas.
d) considera tendências como sendo fenômenos categóricos que podem
ocorrer ou não, em determinado momento no futuro, repentina e
inesperadamente, ocasionando impacto importante no comportamento do
sistema.
e) contribui para diminuir a flexibilidade do planejamento, uma vez que,
estabelecida a visão de futuro, não mais se deve alterar o plano estratégico.

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22 - (FCC – TRT 24°/MS – TEC ADM – 2011) O nível de planejamento que
tem como objetivo otimizar determinada área, e não a organização como
um todo, é o
(A) departamental.
(B) tático.
(C) setorial.
(D) operacional.
(E) estratégico.

23 - (FCC – TRT 24°/MS – TEC ADM – 2011) Sobre o Planejamento


Estratégico, analise:
I. É o mesmo que planejamento, mas com ênfase no aspecto de longo prazo
dos objetivos.
II. É o mesmo que planejamento, porém com ênfase no aspecto de curto
prazo dos objetivos.
III. É o mesmo que planejamento, mas com ênfase na análise global do
cenário.
Está correto o que consta APENAS em
(A) III.
(B) II e III.
(C) II.
(D) I e III.
(E) I e II.

24 - (FCC – ARCE – ANALISTA REG. – 2006) A experiência acumulada no


mundo contemporâneo tem demonstrado que a eficácia da gerência
depende, em grande parte, da capacidade do dirigente de desenvolver
00000000000

futuros alternativos para a sua organização, estabelecendo transações


ambientais que levem ao alcance da missão organizacional. Essa é a
capacidade de pensar de forma
(A) operacional.
(B) tática.
(C) estratégica.
(D) holística.
(E) racional.

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25 - (FCC – METRÔ – ADMINISTRAÇÃO – 2008) O diagnóstico estratégico
da organização apresenta componentes que consideram o ambiente e suas
variáveis relevantes no qual está inserida. As oportunidades de negócios
compõem esse ambiente estratégico e constitui a variável
(A) externa e não controlável.
(B) interna e não controlável.
(C) interna e controlável.
(D) externa e controlável.
(E) interna híbrida.

26 - (FCC – TRF 5° Região – ANAL ADM. – 2008) No planejamento


estratégico, a análise externa tem por finalidade estudar a relação existente
entre a empresa e seu ambiente em termos de
(A) oportunidades e ameaças.
(B) pontos fortes e pontos fracos.
(C) oportunidades e pontos fortes.
(D) ameaças e pontos fortes.
(E) pontos fracos e oportunidades.

27 - (FCC – ALESP/SP – GESTÃO PROJETOS – 2010) Com referência ao


nível funcional, o planejamento estratégico tem como objetivo
(A) determinar a missão da empresa, em termos de segmento de mercado.
(B) definir as unidades de negócios geridas como centros de lucro.
(C) alocar os recursos segundo a lucratividade das unidades de negócio.
(D) alinhar as ações setoriais com as estratégias de negócios e a missão da
organização.
(E) influir na tomada de decisões de longo prazo que a empresa deva
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tomar.

28 - (FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR – 2009) O elemento organizacional


que serve para clarificar e comunicar os objetivos e os valores básicos e
orientar as atividades da organização é denominado
(A) política operacional.
(B) visão.
(C) estratégia.
(D) indicador.

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(E) missão.

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Gabarito

1. D 11. A 21. A
2. A 12. D 22. B
3. D 13. C 23. D
4. C 14. D 24. C
5. B 15. B 25. A
6. X 16. D 26. A
7. B 17. E 27. D
8. B 18. C 28. E
9. B 19. E
10. A 20. B

Bibliografia
Barbosa, E. R., & Brondani, G. (Dez-Fev de 2004). Planejamento
Estratégico Organizacional. Revista Eletrônica de Contabilidade -
UFSM, V.1(2).
Chiavenato, I. (2008). Administração Geral e Pública (2° ed.). São Paulo:
Elsevier.
Chiavenato, I. (2010). Administração nos novos tempos (2° ed.). Rio de
Janeiro: Elsevier.
Daft, R. L. (2005). Management. Mason: Thomson.
00000000000

Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (Sep-Oct de 2000). Having trouble with your
strategy? Than map it. Harvard Business Review.
Kato, J. (Jul-dez de 2007). Um modelo para a construção de cenários
aplicado à Indústria de Transportes Rodoviários de Cargas no Brasil.
Revista da FAE, 179-197.
Lobato, D. M., Filho, J. M., Torres, M. C., & Rodrigues, M. R. (2009).
Estratégia de Empresas. Rio de Janeiro: FGV.
Oliveira, D. d. (2007). Planejamento Estratégico - conceitos, metodologias
e práticas (24° ed.). São Paulo: Atlas.
Rennó, R. (2013). Administração Geral para Concursos. Rio de Janeiro:
Campus Elsevier.

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Schemerhorn Jr., J. R. (2008). Management (9° ed.). Hoboken: Wiley &
Sons.
Schwartz, P. (1996). The Art of the Long View - planning for the future in
an uncertain world (1° ed.). New York: Doubleday.
Sobral, F., & Peci, A. (2008). Administração: teoria e prática no contexto
brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Tribunal de Contas da União. (2008). Guia de Referência do Sistema de
Planejamento e Gestão. Brasília: TCU.

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