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A não-violência, em sua
concepção dinâmica, significa
sofrimento consciente. Não quer
absolutamente dizer submissão
humilde à vontade do malfeitor,
mas um empenho, com todo o
ânimo, contra o tirano.
Assim um só indivíduo, tendo como
base esta lei, pode desafiar os poderes
de um império injusto para salvar a
própria honra, a própria religião, a
própria alma e adiantar as
premissas para a queda e a
regeneração daquele mesmo império.
Mahatma Ghandi
Editorial _____________________________________________________________________________________________
Q uando entrar setembro e As Boas Novas andar nos campos... Mês da primavera, da aurora, do Dia Internacional da Paz, da
Árvore. É chegado o Equinócio da primavera no hemisfério Sul; é chegado o equilíbrio. O sol começa a se fazer mais
presente, enquanto a vegetação responde alegre, florida e bela, nos extasiando.
Sim, o mês da primavera é assim. Estação do ano adotada para expressar a chegada de mais um natalício. “Ele
completou mais uma Primavera!”
Este mês nos traz ótimas recordações da história sócio-política do país. Muito dificilmente não encontraremos a
participação direta da Maçonaria ou da ação de grupos de Maçons que souberam honrar seu juramento em tornar feliz a
humanidade.
Haja vista os bastidores da Independência do Brasil que foi totalmente estruturado pela Maçonaria. Irmãos como
Gonçalves Ledo, José Bonifácio, Cônego Januário e tantos outros se eternizaram por suas incansáveis investidas que culminou
com a Independência.
Especialmente em setembro, além do Advento da Independência do Brasil, lembremos a maior rebelião da história
brasileira – a Revolução Farroupilha, deflagrada também dentro de uma Loja maçônica, em 18/set/1835, cujo Venerável
Mestre era nada mais nada menos que o Irmão Bento Gonçalves.
Mas o setembro maçônico não pára por aí. Em 04/set/1850 era promulgada a Lei Eusébio Queiroz (Maçom) que
proibia o tráfico de escravos; em 28/set/1871 de autoria de Visconde do Rio Branco (Maçom) era sancionada a Lei do Ventre
Livre e nesta mesma data, vinte quatro anos mais tarde, de autoria de José Antonio Saraiva (Maçom), a Lei dos Sexagenários.
A história não se cansa de registrar, o que nos enche de orgulho, inúmeros movimentos maçônicos. O que não podemos
é nos debruçar nos feitos desses ilustres Maçons do passado e pensarmos que a Maçonaria de hoje adormeceu para os
problemas de nosso país.
Nossa atuação sempre foi junto à sociedade, defendendo seus interesses e exigindo de nossos políticos, representantes
legais do povo, uma postura digna do cargo que estão investidos. A Maçonaria somos todos nós!
Parabenizamos à Maçonaria Fluminense pela fundação, no último dia 25 de agosto, da Academia Maçônica de Letras,
Ciências e Artes do Estado do Rio de Janeiro, novo centro da cultura maçônica, na qual tive a honra de tomar posse, como
Membro Fundador ocupando a Cadeira nº 25, cujo Patrono é o ilustre Maçom Benjamin de Almeida Sodré, junto a ilustres
nomes da Maçonaria do Estado do Rio de Janeiro. Esta egrégia Casa nasce como um Sol espargindo raios de sabedoria ao
mundo maçônico.
Por fim, desejamos a todos nossos leitores um feliz Dia Internacional da Paz. Aproveitemos este dia para uma profunda
e sincera reflexão sobre o que estamos contribuindo, por ação ou omissão, para o momento caótico brasileiro. Será mesmo esse
mundo que pretendemos deixar para nossos filhos e netos?
Temos um encontro marcado na próxima edição!
Arte Real ____________________________________________________________________________________________
Arte Real é um informativo maçônico virtual de publicação mensal que se apresenta como o mais novo canal de
informação, integração e incentivo à cultura maçônica em todo o Brasil, especialmente às Lojas do Sul de Minas de Gerais.
Editor Responsável: Francisco Feitosa da Fonseca.
Colaboradores nesta edição: André Trigueiro – Elí José Cesconetto - João Ferreira Durão – José Maria Campos -
Paulo Roberto Marinho – Zélia Scorza Pires.
Matéria da Capa: Homenagem ao Dia Internacional da Paz - Pensamentos de Mahatma Ghandi.
Contatos: artereal@entreirmaos.net ou feitosa@entreirmaos.net
Empresas Patrocinadoras: Arte Fios - Condomínio Recanto dos Carvalhos -
CH Dedetizadora – CONCIV Construções Civis – Maqtem - Objetiva - Restaurante e Pizzaria
Recreio – Santana Pneus - Sul Minas Laboratório Fotográfico – Perfumatumm – Livro “Do
Meio-Dia à Meia-Noite”.
Frases de Rodapé – Mahatma Ghandi.
Distribuição gratuita via Internet.
Os textos editados são de inteira responsabilidade dos signatários.
Nesta Edição ____________________________________________________________________________________
Destaques __________________________________________________________________________________________
A ACAD-M-RJ tem por Que DEUS abençoe a todos os Confrades que com suas excelências
princípios gerais integrar Maçons pessoais, esbanjaram competência na aplicação do saber e como
regulares com reconhecido trabalho, verdadeiros artistas da vida se desincumbiram maravilhosamente
experiência e estudos maçônicos, com de seus papéis, encontrando no apoio mútuo as forças necessárias
contribuições comprovadas para o para vencerem os obstáculos e promoverem algo que valeu mais
aperfeiçoamento humano e que se que a própria vida, pois ficará após a nossa passagem, marcando
dediquem a estudos, pesquisas, o caminho e servirá de Luz e Guia para aqueles que virão depois de
debates e estejam dispostos a difundir nós. Parabéns!!! particularmente tenho orgulho de todos os
os preceitos da Maçonaria Universal. Senhores.”
É de fundamental importância a criação de tão egrégia Casa Sinto-me eternamente honrado em ocupar a titularidade da
de Cultura, principalmente, nos dias atuais onde a inversão de Cadeira nº 25 da ACAD-M-RJ a fim de somar com meu parco
valores adentra, sem pedir licença, em nossos sacrossantos lares conhecimento maçônico aos de tão valorosos e abnegados Irmãos
enaltecendo o que é, foi e sempre será por demais errôneo e imoral, que, renunciando parte de seu precioso tempo, dedicam-se
tentando nos afastar do caminho reto que nos conduzirá com incondicionalmente em prol da cultura maçônica.
segurança à evolução e ao progresso.
As belas e emocionadas palavras do Acadêmico Luís
Antônio Luciano dos Santos – Secretário Geral de nossa Academia é
a verdadeira expressão da magnitude desse momento para
Maçonaria Fluminense, as quais transcrevo abaixo:
“Existem momentos que são feitos de pura magia.
Momentos pelos quais vale a pena viver, vale a pena lutar. Deles
levaremos a lembrança no coração por toda a vida. No último
sábado, dia vinte e cinco de agosto de dois mil e sete, vivemos um
desses momentos em que as forças astrais se conjuminaram e nos
proporcionaram um evento único, esplendoroso, em que tudo deu
certo e apreciamos uma série de atividades que transcorreram
próximas da perfeição, desenvolvidas por pessoas super
motivadas, que acreditaram no que estavam fazendo acontecer.
Destaques __________________________________________________________________________________________
Trabalhos __________________________________________________________________________________________
Trabalhos __________________________________________________________________________________________
Desse modo, se um homem progredir espiritualmente, o mundo inteiro progride com ele,
Trabalhos __________________________________________________________________________________________
"Só quando se vêem os próprios erros através de uma lente de aumento, e se faz
exatamente o contrário com os erros dos outros, é que se pode chegar à justa avaliação
de uns e de outros.”
Mahatma Ghandi
Ritos Maçônicos _____________________________________________________________________________
As Colunas B e J
Paulo Roberto Marinho
Alguns pesquisadores argumentam que as Colunas B e J por aludem quaisquer
serem denominadas “Vestibulares” e, por isto, devem ser representações – ligações
instaladas no vestíbulo, ou seja, no Átrio; outros contra- simbólicas ou alegóricas
argumentam que não podem ser vestibulares, pois, no Templo relacionadas ao Átrio ou ao
de Jerusalém estavam situadas, externamente, à porta do exterior – estão solitárias
Templo e não no vestíbulo, ou Átrio. não refletem “Estabilidade e
O posicionamento das Colunas “B” e “J” sempre foi Firmeza”, “Força e Apoio”.
motivo de controvérsias, há contradição entre os próprios Diga-se a bem da
Rituais das Obediências. Na GLMERJ, no Ritual do Grau de verdade que não há nas
Apr∴Maçom as Colunas estão dispostas no interior do escrituras sagradas das
Templo, já nos Rituais dos Grau de Comp∴e de M∴Maçom religiões, ligadas ao
(novas edições) figuram no Átrio. Podemos notar como simbolismo hebraico,
trabalham alguns “adequadores” sem espírito de pesquisas – referências a esferas
não pesquisam sequer o próprio Ritual que alteram –; não se representando o mapa do “Globo Terrestre” e do “Globo
dão ao trabalho de antes de alterar a figura do Plano do Celeste” encimando as Colunas “B” e “J”. Estas esferas
Templo, pondo as Colunas no Átrio, lerem as instruções de existem, no Painel do Grau de Comp∴Maçom, por
Circulação em Loja do mesmo Ritual: criatividade alegórica de nossos Irmãos dos tempos em que os
“O Obreiro circulando em Templo nunca deve Painéis eram desenhados no chão – hábito de desenhar a Loja
passar por trás dos Pilares J e B, e sim pela frente dos – e a lenda do Templo ainda não fazia parte dos Ritos que
mesmos...” praticavam. O primeiro globo terrestre foi construído em 1492.
Ora, como poderia o Obreiro circular, em Templo, por “...Na Mina, conheceu Martim Behaim, geógrafo que
trás dos Pilares estando estes no Átrio? acompanhara a expedição de Diogo Cão e que em 1492 concluiria
As Colunas B e J não têm, nem tiveram nos “tempos um grandioso projeto: a fabricação do primeiro globo terrestre,
bíblica” função de sustentação; são colunas decorativas, por reformulando as idéias de Ptolomeu”. (Eduardo Bueno - A
isto, o que importa é sua representação – alegorias contidas Viagem do Descobrimento - Editora Objetiva).
nas instruções de cada Grau –, suas referências simbólicas. O Nos Rituais passados, há relatos que segundo as
Templo Maçônico não é, e nunca foi, como muitos insistem tradições maçônicas as Colunas eram ocas para que ali fossem
em “arraigar” nas mentes dos Aprendizes, réplica do Templo guardados as ferramentas e os tesouros dos Aprendizes e
de Salomão. As reuniões de nossos antigos Irmãos, no período Companheiros, porém, algumas Obediências acrescentaram-
de transição da Maçonaria operativa para a dos Aceitos ou lhes a qualidade de Maçom registram: Aprendizes MAÇONS e
Especulativa, eram realizadas nas Tabernas e nos Átrios das Companheiros MAÇONS, tal como Adonhiram, que no Ritual
Igrejas. Os primeiros Templos Maçônicos foram construídos de Instalação recebe, do mesmo modo, o tratamento de Mestre
na Inglaterra, no século XVIII, como já dissemos antes, por MAÇOM. As Lendas das antigas civilizações, nas quais a
projetos inspirados nas arquiteturas dos prédios públicos da Maçonaria espelha sua doutrina, seus Mistérios e sua filosofia,
época, principalmente, dos Templos Anglicanos e o do por lendas, não têm nenhum compromisso com verdades
Parlamento Britânico. Destes se originam o Átrio, o Mosaico, históricas. As lendas maçônicas, fundamentadas naquelas, são
as Colunas, etc., Inclusive a Sala dos Passos Perdidos copiada episódios adaptados pela imaginação para gerar as alegorias
do Parlamento e, até os dias de hoje existe e assim de cunho moral e filosófico, engendra o sincretismo didático
denominada. Os Templos maçônicos atuais, do R:.E:.A:.A:. maçônico.
representam a terra e o universo, e, isso é claramente visível: a “... Nada, historicamente, autoriza a hipótese de uma
Abóbada Celeste, as Colunas Zodiacais, o Norte, o Sul, o divisão de Obreiros, durante a construção do Templo de
Oriente, o Ocidente, o Zênite e o Nadir. (Ver na quinta Jerusalém, o primeiro, o de Salomão; esta lenda é mais medieval,
instrução do Grau 1 da GLMERJ – o primeiro diálogo entre o com base nas corporações de Ofício da Idade Média, as quais,
Ven∴ e o 1º Vig∴) essas sim, possuíam essa divisão”. (Frederico G. Costa e José
Nesta concepção as Colunas “B” e “J” representam os Castellani - Manual do Rito Moderno - Editora A Trolha).
pontos solsticiais; alinhadas ao eixo do Templo definem as As mentes mais ávidas por grandiosidades maçônicas,
paralelas que se estendem e alcançam o Sol no Oriente; os e até mesmo, por superestimação e Amor a Ordem, costumam,
trópicos de câncer e de capricórnio (ver sexta instrução do à revelia, dar veracidade as lendas e converter à Maçonaria
Grau 1); estão inseparavelmente ligadas ao Zodíaco que seus personagens. Denominar os construtores do primeiro
ornamenta as 12 Colunas ao norte e ao sul do Templo; Templo de Jerusalém como Maçons leva a crer que naquela
integram as alegorias que época haveria uma instituição com a denominação de
contemplam as instruções de cada Maçonaria. E isso, dá força à imaginação de alguns Maçons
Grau, como as Colunas de fogo e que adoram antiquar a Ordem aos tempos de Cristo, Noé e até
nuvens que guiava e protegia o povo mesmo Adão, desacreditando a Maçonaria e os Maçons
hebreu na fuga do Egito e da ira do perante a comunidade literária universal à luz da história da
Faraó. No interior do Templo as humanidade. Na remota antiguidade encontramos associações
Colunas preponderam; estão sempre semelhantes à Maçonaria onde a mesma filosofia era
“vivas” e ativas no simbolismo e ministrada a seus adeptos. Entretanto, se confundirmos os
analogias. Isoladas do Templo, não títulos maçônicos com a filosofia maçônica, e procurarmos a
origem desses títulos em sua forma atual, somente as escolas de arquitetura e ensinaram a arte dos construtores
encontraremos após o século X, ou seja, distantes 1900 anos entre os povos libertos ... Dessa escola saíram os construtores
da construção do Templo. que naquele tempo eram conhecidos como Francomaçons e
Do Ritual da Grande Loja do Rio de Janeiro, editado que do X ao XVI século, percorreram toda a Europa”.
na década de 60, transcrevemos sintetizada a seguir, a
narrativa sobre a Origem da Maçonaria, história aceita pela
maioria dos pesquisadores maçônicos como a mais próxima
da verdade:
“... Desde os primeiros dias o povo romano
distinguiu-se por seu ativo espírito colonizador, e logo que
suas legiões dominaram os povos semi-bárbaros da
Espanha, Gália, Alemanha e Bretanha, eles, aí, deram início
ao estabelecimento de colônias e edificaram cidades. Cada
legião que era enviada à conquista de novas terras, levava
uma sociedade do grande corpo de Roma, que marchava e
acampava com a tropa e, quando era fundada uma colônia,
nela ficava para cultivar as sementes da civilização romana,
inculcar os princípios das artes romanas e construir templos
às divindades e casas e acomodações para os habitantes... Os
descendentes dos antigos colégios romanos estabeleceram
Reflexões ____________________________________________________________________________________________
Reflexões ____________________________________________________________________________________________
Sites
MMCC - O Movimento Maçônico Contra a Corrupção é uma ação civil e apartidária da Maçonaria Capixaba para todos os cidadãos de
bem do País, idealizada pela Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo e pelo Grande Oriente da Maçonaria do Espírito Santo,
que objetiva tão somente o exercício pleno da cidadania, para resgatar os valores morais e éticos que andam sumidos das instituições e
da sociedade, em todos os níveis. Clique no banner do MMCC e conheça esse altruístico trabalho.
Visitem o site www.consultaremedios.com.br - de grande utilidade, pois reúne medicamentos de todos os laboratórios, inclusive
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Livros
Indico o livro do nosso Irmão Moacir Outeiro Pinto - “Do Meio-Dia à Meia-Noite – Compêndios Maçônicos do Primeiro Grau”
editado pela Madras. Um belo trabalho e bom auxiliar de pesquisas maçônicas.