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A Solidariedade
Mundial dos Jovens:
O Alvorecer de uma
Nova Era de Esperança
Enviada às Nações Unidas (ONU)
por ocasião do 42o aniversário da SGI, em 26 de janeiro de 2017
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A Solidariedade Mundial dos Jovens:
O Alvorecer de uma Nova Era de Esperança
SGI, nos determinamos a hastear bem alto a ban- simbiose, à proteção da natureza e do meio am-
deira da cidadania mundial, do espírito de tolerân- biente.
cia e do respeito aos direitos humanos. Embasados 10. A SGI contribuirá para a promoção da educa-
no humanismo budista, no diálogo, nos esforços ção, da busca da verdade e também do desenvolvi-
práticos e no firme compromisso com a não violên- mento da ciência para capacitar as pessoas a apri-
cia, dispomo-nos a desafiar as questões mundiais. morar o caráter e desfrutar uma vida plena e feliz.
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A Solidariedade Mundial dos Jovens:
O Alvorecer de uma Nova Era de Esperança
A Solidariedade
Mundial dos Jovens:
O Alvorecer de uma
Nova Era de Esperança
Dr. Daisaku Ikeda,
presidente da Soka Gakkai Internacional
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A Solidariedade
Mundial dos Jovens:
O Alvorecer de uma
Nova Era de Esperança
Revisão: Thiago de Mello
Sessenta anos se passaram desde que Em 8 de setembro de 1957, sob o límpido céu
meu mestre, segundo presidente da Soka azul que se abriu após um tufão, ele se dirigiu
Gakkai, Josei Toda (1900–1958), fez sua de- a cerca de 50 mil jovens reunidos no Estádio
claração pela proibição e abolição das armas Mitsuzawa em Yokohama: “Àqueles que se
nucleares. consideram meus alunos e discípulos, peço
Josei Toda lutou ao lado do presidente fun- que herdem a declaração que fiz hoje e que
dador, Tsunesaburo Makiguchi (1871–1944), propaguem seu propósito pelo mundo intei-
em prol da paz e da humanidade. No cerne ro”.2 Até agora o som da sua voz ecoa dentro
do seu pensamento está uma concepção de de mim.
cidadania global enraizada na filosofia de res- A partir de então, os associados da Soka
peito à dignidade inerente à vida conforme Gakkai no Japão e em todo o mundo traba-
ensina o budismo. lham com pessoas e organizações que par-
É uma convicção de que ninguém, de qual- tilham os mesmos interesses e labutam pela
quer país ou de qual grupo pertença, seja dis- proibição e abolição das armas atômicas.
criminado, explorado ou tenha seus interes- Em dezembro passado, num contexto de
ses sacrificados em benefício de outros. Está crescente reconhecimento internacional da
no apelo que as Nações Unidas faz à comuni- natureza desumana das armas de destruição
dade internacional para que se construa um em massa, a Assembleia Geral das Nações
mundo onde “ninguém fique para trás”.1 Unidas aprovou uma resolução histórica que
Este sentimento profundo levou o Sr. Toda pedia o início de negociações de um tratado
a condenar as armas nucleares como mal para a proibição dessas armas. A primeira
absoluto, ameaça fundamental ao direito de conferência de negociação foi programada
viver dos povos do mundo, e a clamar por para ser realizada na sede da Organização
amplo movimento popular pela sua proibição. das Nações Unidas (ONU), em Nova York,
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GRUPO INTERNACIONAL Representantes de diversos países fazem apresentações culturais na Convenção dos Jovens (Japão, jul. 2014)
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diálogo Dr. Pérez Esquivel e Dr. Ikeda no Centro Internacional da Amizade Soka, Tóquio (Japão, dez. 1995)
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humanismo Crianças sírias refugiadas estudam em sala de aula com voluntários em Istambul (Turquia, mar. 2016)
composta por refugiados participou dos Jogos ODS mostram a realidade presente de viver
Olímpicos pela primeira vez. As palavras que neste planeta junto com nossos semelhantes,
disseram nessa ocasião continuam a ressoar um modo de vida dedicado ao esforço diário
em muitos corações. Um deles expressou o de construir uma sociedade unida pela alegria
desejo de aproveitar a oportunidade de correr de viver.
nos Jogos Olímpicos para passar a mensagem Quando o jovem consegue iluminar o can-
aos companheiros refugiados de que a vida tinho em que vive, ele o transforma em um lu-
pode ser transformada para melhor; enquanto gar seguro, onde todos recuperam a esperan-
outro relembrou suas experiências e afirmou ça e o gosto de viver. A chama da determina-
que delas extraiu sua força e que competia ção de viver juntos, acesa neste espaço, brilha
com a esperança de que os refugiados pudes- como manifestação da sociedade global em
sem ter uma vida melhor.19 que ninguém é deixado para trás, inspirando
Essas palavras expressam o fato de que a coragem nas pessoas que vivem em outras
verdadeira essência dos jovens não está no comunidades e que enfrentam desafios se-
passado, nem no futuro, mas sim no desejo de melhantes.
fazer algo para o benefício das outras pessoas Na minha proposta de três anos atrás, sa-
no momento presente. lientei que os jovens de hoje são a geração
Para os jovens, a visão dos ODS — de não que pode agir efetivamente para alcançar os
deixar ninguém para trás — nada tem de um ODS. Propus também que a ONU e a socieda-
sonho a ser alcançado. É uma conquista. Os de civil trabalhassem em conjunto para pro-
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por alguém que lança sua vida e a si mesmo Antes nossa aldeia ficava na escuridão
a ‘aventurar-se no mundo’”.40 com o entardecer, mas agora há luz. Agora
Arendt descreve essa aventura como o ato mesmo duas crianças vieram buscar a lan-
de “tecer nosso fio numa rede de relaciona- terna solar que arrumei para eles. Estavam
mentos”. Embora reconhecendo a incerteza com sorrisos largos no rosto. Hoje à noite
do resultado — “O resultado disso nunca sa- poderão fazer a lição de casa.42
bemos” —, Arendt expressa sua forte convic-
ção da seguinte forma: Acredito que este seja um excelente exem-
plo de um ciclo virtuoso que faz os ODS pro-
[Essa] aventura só é possível quando gredirem como agenda do povo. O empodera-
há confiança nas pessoas. Uma confian- mento de uma mulher não apenas fez com que
ça — que é difícil de conceber, mas fun- energias renováveis fossem disponibilizadas
damental — no que é humano em todas para as pessoas numa aldeia da Tanzânia, mas
as pessoas. Caso contrário, a aventura não provocou uma mudança visível nas atitudes
poderia ser vivida.41 em relação às mulheres, e as crianças tiveram
acesso a maior oportunidade de estudo.
Esta confiança, como enfatiza Arendt, O trabalho desta mulher, silencioso, mas
é fundamental e dirigida não apenas a nós inestimável, demonstra o que Arendt disse
mesmos e aos outros à nossa volta; é tam- com “tecer nosso fio”, melhorando as condi-
bém a confiança no sentido de enfrentar ções no lugar onde está agora. Vejo nisto o
o mundo em que vivemos sem perder a verdadeiro brilho da autêntica humanidade.
esperança. A capacidade de resolver problemas não é
No ano passado, a Entidade das Nações exclusiva de pessoas especiais: é um caminho
Unidas para a Igualdade de Gênero e o que se abre diante de qualquer um de nós,
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Abolição das
armas nucleares:
ultrapassar a dissuasão
Em seguida, apresento propostas concre-
tas sobre três áreas prioritárias cruciais para O aplicativo “Mapting
a conquista de sociedades pacíficas, justas e O Mapting (“mapeamento” e “ação”, em
inclusivas que são o propósito dos ODS: inglês) é um aplicativo criado para rastrear e
mapear as atividades que contribuem para a
1. Proibição e abolição das armas realização dos Objetivos de Desenvolvimen-
atômicas; to Sustentável (ODS) lançados nas Nações
2. Reagir diante da crise dos refugiados; e Unidas em novembro de 2016. O aplicati-
3. Construir uma cultura de direitos vo foi desenvolvido em conjunto pela Soka
humanos. Gakkai Internacional (SGI) e a Carta da Terra
Internacional (CTI), que colaboram há mais
Em relação à primeira delas, em dezem- de quinze anos na criação de exposições de
bro de 2016, a Assembleia Geral das Nações conscientização que promovam a educação
Unidas aprovou uma resolução histórica que para o desenvolvimento sustentável.
pedia o início das negociações sobre um ins- O propósito do aplicativo é envolver os jo-
trumento juridicamente obrigatório para proi- vens no desafio de tornar os 17 ODS uma rea-
bir as armas nucleares. A resolução prevê lidade até a data-limite de 2030, possibilitan-
uma primeira conferência a ser convocada no do que postem fotos ou vídeos de qualquer
final de março e uma segunda entre meados ação, projeto ou ideia que fomente a reali-
de junho e início de julho, ambas na sede da zação dos ODS e os compartilhem em um
ONU, e incentiva os governos participantes a mapa do mundo. O aplicativo funciona como
se esforçarem diligentemente para a conclu- uma ferramenta educacional e um instrumen-
são antecipada de um tratado. to para inspirar os usuários a agir e a compar-
No nosso mundo hoje, ainda existem tilhar soluções, mudando assim o foco dos
mais de 15 mil ogivas nucleares.44 Os pro- problemas que estamos enfrentando para as
gressos pelo desarmamento nuclear se es- soluções que existem.
tancaram, enquanto os planos para a moder-
nização dos arsenais nucleares progrediram. Para participar, visite: <www.mapting.org>
A ameaça representada pelas armas malig-
nas está crescendo.
Quando era presidente dos Estados
Unidos, John F. Kennedy (1917–1963) usou permanece suspensa acima da nossa cabeça
uma parábola da Grécia antiga para nos aler- como ameaça de inconcebível destruição à
tar sobre esse perigo. A espada de Dâmocles humanidade e ao ambiente. Não é coisa do
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patrimônio mundial Memorial da Paz de Hiroshima ou Cúpula da Bomba Atômica, Japão
dissuasão falhou e o conflito tem sido o resul- De fato, é exatamente por ser a dissuasão
tado em inúmeras ocasiões. Como podemos algo enraizado na natureza humana que pre-
estar confiantes de que a dissuasão, que fa- cisamos enfrentar os grandes riscos que es-
lhou tanto no passado, será infalível no caso tão escondidos em seu íntimo.
das armas atômicas? O conceito de dignidade inerente à vida
Em seu recente trabalho Five Myths About tem sido desenvolvido no budismo pela pro-
Nuclear Weapons [Cinco Mitos sobre Armas funda análise da natureza humana. Creio ser
Nucleares], Ward Wilson persegue esta relevante neste aspecto. Citarei as seguin-
questão. Wilson avalia a história da huma- tes palavras de Shakyamuni, atribuídas a ele
nidade de 6 mil anos de guerra e violência quando estava mediando um conflito entre
de grupo. Analisar apenas os sessenta anos duas tribos sobre os direitos à água.
após o fim da Segunda Guerra Mundial é, em
suas palavras, a afirmação de uma tendên- Vejam aqueles a lutar, prontos para ma-
cia baseada em 1% dos dados. Ele comenta: tar! O medo surge ao pegar em armas e se
“Sobretudo quando se está lidando com um preparar para atacar.52
fenômeno aparentemente enraizado nas pro-
fundezas da natureza humana, parece insen- É notório como Shakyamuni observa o
satez”.51 E afirma que a devida consideração funcionamento do coração daqueles que en-
desta questão requer o tipo de perspectiva frentam um confronto hostil: eles não pegam
milenar desenvolvida por Arnold J. Toynbee em armas com medo do oponente, mas se
que leva em conta a ascensão e a queda de enchem de medo no momento em que pe-
múltiplas civilizações. gam as armas. Embora sentissem raiva do
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brado Porta-voz dirige-se à multidão em reunião contra armas nucleares como
parte de evento organizado pela Global Zero em Washington, DC (Estados
Unidos, abr. 2016)
O momento
da sociedade civil
Hoje, mais de duas décadas depois, será
em breve convocada uma conferência da
ONU para negociar um tratado que proíba
as armas nucleares. Agora é o momento da
sociedade civil expressar um forte apoio à
conferência e criar ímpeto para estabelecer o
tratado como uma forma de lei internacional
do povo para o povo.
Apelamos como seres humanos aos se- Esta conferência se tornou uma necessida-
res humanos: lembrem-se de sua humani- de real não apenas pelos esforços diplomáticos
dade, e esqueçam o resto.59 dos países que se empenham pela resolução
da questão das armas nucleares, mas também
Como essas palavras demonstram, o ma- pelo trabalho de indivíduos e grupos de vários
nifesto é uma expressão do sentimento hu- campos, incluindo hibakusha de Hiroshima,
mano comum e não a lógica das nações ou Nagasaki e em todo o mundo, médicos, advo-
Estados. Os leitores são incentivados a en- gados, educadores e pessoas de fé.
xergar as armas nucleares como um perigo à Indivíduos e grupos podem entrar em ação
“vida delas e a de seus filhos e netos”,60 e não de várias formas, tais como a emissão de decla-
num contexto nacional. rações, que seriam parte de uma reivindica-
O notório parecer consultivo sobre a ção das pessoas por um mundo sem armas
ameaça ou o uso de armas nucleares emitido nucleares, ou realizar eventos populares sobre
pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) em a importância do tratado, a fim de aumentar o
julho de 1996 foi o resultado de uma podero- apoio público. Cada uma dessas ações asse-
sa campanha da sociedade civil com o Projeto gurará “a participação e contribuição das or-
do Tribunal Mundial. “Declarações de cons- ganizações internacionais e dos representan-
ciência pública”, por cerca de 4 milhões de tes da sociedade civil”,61 como solicita a reso-
pessoas em 40 idiomas, foram apresentadas lução da ONU que determinou a conferência,
à CIJ no início das audiências. sustentando desse modo um possível tratado.
A CIJ concluiu que a ameaça ou o uso de Isso proporcionará um apoio inestimável que
armas aniquiladoras é geralmente incom- aumenta a eficácia e a universalidade do tra-
patível com o direito internacional e afirmou tado, demonstrando de forma tangível a na-
claramente que os Estados têm a obrigação tureza profundamente comprometida do sen-
de prosseguir e concluir as negociações que timento popular, inclusive nos Estados com
levem ao completo desarmamento nuclear. armas atômicas e dependentes delas.
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A paz dá sentido
à vida
Uma multidão de vozes clama por esta
ação. Por exemplo, mais de 7.200 cidades em
162 países e territórios — incluindo Estados
com armas nucleares e dependentes de ener-
gia nuclear — são membros do Mayors for
Peace, organismo internacional que reivindica
a abolição total das armas nucleares.
Novamente eu me recordo das palavras do
Dr. Pérez Esquivel, que uma vez ofereceu à ci-
dade de Hiroshima uma escultura de bronze
de sua própria fabricação. Ele enfatizou em
nosso diálogo que “a paz é a dinâmica que dá
sentido e vida à humanidade”.62
Um regime de segurança que depende de jovens da Divisão dos Universitários da Coreia do Sul realizam exposição
armas nucleares para sua manutenção pode pela paz e promovem abaixo assinado pela abolição das armas nucleares na
Universidade Sejong, em Seul (jun. 2014)
exibir esse tipo de dinâmica? Tenho a certeza
de que a resposta seja não; isto requer, mais
propriamente, a paz que surge quando as pes- apresentadas, no ano passado, ao Grupo de
soas se reúnem além de todas as diferenças Trabalho Aberto (GTA) sobre desarmamento
em prol de um compromisso comum com a nuclear e a Primeira Comissão da Assembleia
dignidade da vida. Geral da ONU, que trata do desarmamento e
A SGI lançou a Década do Povo pela segurança internacional.
Abolição Nuclear em 2007 como parte do Em agosto de 2015, a SGI contribuiu
nosso movimento de paz baseado na decla- para a realização da Cúpula Internacional
ração pela abolição das armas nucleares, de da Juventude pela Abolição Nuclear em
1957, do presidente Josei Toda. Hiroshima. Uma rede internacional de jovens
Tudo o que Você Valoriza — Por um Mundo dedicada à abolição das armas atômicas,
Livre de Armas Nucleares, uma exposição Amplify Network, foi criada em 2016 para le-
lançada em colaboração com a Campanha var adiante o trabalho da cúpula.
Internacional pela Abolição das Armas Neste verão, a SGI realizará uma cúpula
Nucleares (Ican), foi exibida em todo o mun- da juventude em prol da renúncia à guerra na
do. Também reunimos mais de 5 milhões de província de Kanagawa, local da declaração
assinaturas em 2014 em apoio ao Nuclear antinuclear de Josei Toda, para comemorar
Zero, uma campanha global que luta por ações seu sexagésimo aniversário.
de boa-fé para o desarmamento atômico. A convicção que sustentou nossos esfor-
Participamos na elaboração de declara- ços ao longo da última década foi expressa
ções conjuntas apoiadas pelas Comunidades num documento de trabalho que apresenta-
Religiosas Preocupadas com as Consequências mos ao GTA em maio de 2016, como registro
Humanitárias das Armas Nucleares, que foram oficial da ONU:
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esperança António
Guterres, secretário-geral da
ONU, assume mandato de
cinco anos a partir de 1o de
janeiro de 2017. O juramento
foi ministrado por Peter
Thomson, presidente da
Assembleia Geral, na Carta
das Nações Unidas.
Sr. Guterres dirige-se à
Assembleia após expressar
seu juramento
pessoas forçadas a deixar sua casa.70 Seria do trabalho, seja no sentido de receber salá-
necessária a reunião de iniciativas humani- rio, ter a satisfação de conquistar algo, ou dar
tárias e de desenvolvimento, com a coopera- uma contribuição para a sociedade”.71 Afirmou
ção ativa das Nações Unidas e dos Estados- ainda que a perda do emprego representa uma
-membros, para criar programas de formação ameaça à própria dignidade humana.
profissional e de aquisição de competências Em nosso diálogo, revisamos o impacto
relacionadas aos ODS para refugiados e re- dos programas do New Deal que o presiden-
querentes de asilo. te Franklin D. Roosevelt (1882–1945) lançou
O trabalho é, naturalmente, a melhor for- em resposta ao desemprego em massa de-
ma de manter a própria subsistência. Dá sen- sencadeado pela Grande Depressão, que
tido à vida e é um esforço para registrar pro- começou em 1929. Conforme o New Deal,
vas positivas da existência dessas pessoas na além da construção de barragens e outros
sociedade. projetos de infraestrutura, criou-se o Corpo
O ex-presidente da Fundação para a Paz de Civil de Conservação para manter e melhorar
Sydney, Dr. Stuart Rees, coautor de um diálo- parques e florestas nacionais. Mais de 3 mi-
go que recentemente publiquei, afirma que a lhões de jovens participaram do programa e
garantia de emprego é preponderante na rea- plantaram mais de 2 bilhões de árvores. Com
lização da justiça social. Em nosso diálogo, ele estas atividades, os participantes recupera-
afirmou sua convicção de que, à medida que ram sua autoestima, a satisfação de ser útil e
um número crescente de pessoas perde o em- contribuir para outras pessoas e a sociedade.
prego, “está sendo negado a elas o profundo Além disso, até hoje esses parques e florestas
sentimento humano de autoestima que vem nacionais preservam a diversidade biológica
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Educação em
direitos humanos
A terceira área prioritária que quero discu-
tir é a construção de uma cultura de direitos futuro Crianças participam de oficina de desenho em festival familiar
humanos. beneficente organizado em regiões com maior quantidade de refugiados da área
de Donetsk. (Ucrânia, jun. 2016)
Além do longo conflito armado e da guer-
ra civil, outra séria ameaça que a sociedade
global está vivendo é a frequente ocorrência violento, bem como meios para sua preven-
de ataques terroristas e a ascensão do ex- ção, particularmente a importância de inicia-
tremismo violento. Há muitos casos em que tivas abrangentes para incentivar formas de
os jovens, lutando para encontrar sentido na abordar problemas e diferenças sem recorrer
vida, desprovidos de esperança no futuro, são à violência.
atraídos para o extremismo violento. Acredito que o elemento-chave aqui deve
Em novembro passado, o Instituto Toda ser a promoção da educação em direitos
para a Paz Global e Pesquisa Política copatro- humanos.
cinou uma conferência de dois dias na Eastern Ano passado marcou o quinto aniversário
Mennonite University, na Virgínia, para discu- da adoção da Declaração das Nações Unidas
tir formas de prevenir a disseminação do ex- sobre Educação e Formação em Direitos
tremismo violento. Humanos. A SGI, como organização da socie-
Com um número crescente de Estados que dade civil, tem apoiado desde a fase de reda-
aceitaram a ideia de que as medidas punitivas ção desta importante Declaração da ONU, na
são a forma mais eficaz de prevenir a violên- qual os Estados-membros das Nações Unidas
cia, os participantes questionaram a real efi- pela primeira vez concordaram com as nor-
cácia dessa abordagem e fizeram relação com mas internacionais para a educação em direi-
fatos por meios de uma análise de estudos de tos humanos.
caso em diferentes regiões do mundo. Além Para celebrar o quinto aniversário de sua
disso, eles estudaram maneiras de promover adoção, foi realizado um painel intergover-
iniciativas de consolidação da paz em áreas namental durante a sessão do Conselho de
de tensão contínua. Direitos Humanos, em setembro, com a pre-
A reunião também se concentrou na iden- sença de representantes da SGI. Nas suas
tificação de fatores que levam ao extremismo palavras, a Alta Comissária Adjunta para os
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SGI Representantes de 48 países se reúnem na 2a Conferência das Mulheres pela Paz (Japão, nov. 2015)
organizações da sociedade civil — enfatizou nos. Além disso, em colaboração com outras
no painel intergovernamental mencionado ONG, esperamos incentivar a opinião pública
anteriormente. global para a adoção de uma convenção, juri-
As ações internacionais para garantir os dicamente vinculativa, sobre educação e for-
direitos humanos, que se baseiam na DUDH, mação em direitos humanos.
ficaram concentradas inicialmente na defini-
ção de padrões, estabelecendo os direitos a Igualdade de gênero
serem protegidos e, em seguida, fornecendo O último tema que desejo abordar é a im-
acesso à solução em caso de violações. Hoje, portância da igualdade de gênero, profunda-
a atenção se volta para a criação e firme con- mente relevante para a construção de uma
solidação de uma cultura de direitos humanos cultura de direitos humanos. A igualdade de
na sociedade, com a valorização mútua da di- gênero é a garantia da igualdade de direitos,
versidade e um compromisso comum com a responsabilidades e oportunidades de mu-
proteção da dignidade de todos. lheres e homens, meninas e meninos, sem
A SGI, com a colaboração de agências da discriminação.
ONU e outras organizações parceiras, desen- O objetivo é, como enfatiza a ONU
volveu uma nova exposição sobre educação Mulheres, criar uma sociedade na qual os
em direitos humanos que será lançada a partir interesses, as necessidades e as prioridades
do final de fevereiro, em conjunto com a con- de homens e mulheres sejam valorizados e
vocação do Conselho de Direitos Humanos. a diversidade de diferentes grupos seja re-
Com essas iniciativas, desejamos inspirar um conhecida. Um dos ODS é a conquista da
novo compromisso na sociedade civil com a igualdade de gênero em toda a Terra e a eli-
criação da solidariedade, em constante ex- minação de todas as formas de discrimina-
pansão por uma cultura dos direitos huma- ção até 2030.
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união Companheiros do Canadá cantam durante intercâmbio no Centro Cultural de Mukojima (Japão, fev. 2016)
sua própria iluminação, mas é um erro. Ela de todas as pessoas só seria possível se os
está repreendendo-o: “Veja como se atinge direitos das mulheres fossem reconhecidos
o estado de buda”.81 explicitamente.
A ONU Mulheres iniciou o HeForShe
Dessa forma, Daishonin salienta a ligação Movement [Movimento ElesPorElas], uma
inseparável entre a menina-dragão perceber a ação global para incorporar o envolvimento
plena dignidade de sua vida e Shariputra fazer de homens e meninos na luta pela igualdade
o mesmo. Ao reconhecer e respeitar a supre- de gênero. É inaceitável que qualquer pessoa
ma dignidade e o valor da menina-dragão, que seja privada dos seus direitos e liberdades e
representa todas as mulheres, Shariputra, temos de lutar para garantir que todas as pes-
que representa todos os homens, chega a per- soas, em toda a sua diversidade, gozem dos
ceber plenamente sua dignidade interior em seus direitos.
sua inteireza. O objetivo da igualdade de gênero é abrir
Este retrato concreto da dignidade ineren- caminho para que todas as pessoas, indepen-
te à mulher dá significado e pleno poder ao dentemente do gênero, manifestem a sua dig-
princípio da dignidade de todas as pessoas. nidade interior e humanidade de forma que
Do mesmo modo, o fato de os direitos das seja fiel ao seu próprio eu.
mulheres estarem inscritos na Carta permitiu A SGI, com os jovens à frente do nos-
que o espírito dos direitos humanos assumis- so movimento, vai trabalhar para florescer a
se uma forma particularmente clara na ONU. solidariedade das pessoas, unidas pela cau-
Tenho certeza de que o grupo de mu- sa da construção de uma cultura de direitos
lheres que se manifestou na conferência de humanos. Tocando o sino da esperança para
São Francisco em 1945 estava agindo com a humanidade, vamos continuar a lutar pela
a convicção de que construir uma socieda- criação de uma sociedade onde ninguém seja
de que verdadeiramente defenda os direitos deixado para trás.
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Notas
1. Assembleia Geral da ONU, Transforming Our World [Transformando Nosso 47. Perry, My Personal Journey at the Nuclear Brink [Minha Jornada Pessoal na
Mundo], p. 1.
Iminência Nuclear].
2. Toda, Declaração pela Abolição das Armas Nucleares. 48. Toda, Declaração pela Abolição das Armas Nucleares.
3. Assembleia Geral da ONU, Transforming Our World [Transformando Nosso 49. Oppenheimer, Atomic Weapons and American Policy [Armas Atômicas e a
Mundo], p. 12.
Política Americana], p. 529.
4. Centro de Notícias da ONU, Interview [Entrevista].
50. Toda, Declaração pela Abolição das Armas Nucleares.
5. Norman (tradução), Therag th , p. 65. 51. Wilson, Five Myths About Nuclear Weapons [Cinco Mitos sobre as Armas Nu-
6. (Tradução de) Jaspers, Die grossen Philosophen [Os Grandes Filósofos], p. 142.
cleares], p. 96.
7. Müller (tradução), The Sutta-nipata [O Sutta-nipata], c. 1, n. 11, p. 1.
52. (tradução de) Nakamura, Budda no kotoba [Palavras do Buda], p. 203.
8. (tradução de) Nakamura, Genshi butten o yomu [Interpretação dos Primeiros 53. Hoffman, The Dead Hand [A Mão Mortal], p. 152.
Sutras], p. 273.
54. Assembleia Geral da ONU, Taking Forward Multilateral Nuclear Disarma-
9. Chalmers (tradução), Buddha’s Teachings [Ensinamentos do Buda], p. 109. ment Negotiations [Avanço nas Negociações Multilaterais pelo Desarmamento
10. Thurman (tradução), Vimalakirti Nirdesa Sutra [Sutra Vimalakirti Nirdesa], Nuclear], p. 3-4.
p. 70.
55. NPDI, Joint Statement [Declaração Conjunta], p. 7.
11. Watson (tradução), The Vimalakirti Sutra [O Sutra Vimalakirti], p. 65.
56. MOFA, G7 Foreign Ministers’ Hiroshima Declaration [Declaração de Hiroshi-
12. Ibidem, p. 59.
ma dos Ministros dos Negócios Estrangeiros do G7], p. 2.
13. Watson (tradução), The Lotus Sutra [O Sutra do Lótus], p. 154.
57. Obama, Remarks by President Obama and Prime Minister Abe of Japan at
14. Watson (tradução), The Lotus Sutra [O Sutra do Lótus], p. 180.
Hiroshima Peace Memorial [Declarações do Presidente Obama e do Primeiro Mi-
15. Nichiren, The Record of the Orally Transmitted Teachings [Registro dos Ensina- nistro Abe do Japão no Memorial da Paz de Hiroshima].
mentos Transmitidos Oralmente], p. 72. 58. Assembleia Geral da ONU, Treaty on the Non-Proliferation of Nuclear Wea-
16. Ikeda, A Forum for Peace [Um Fórum pela Paz ], p. 195. pons [Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares], p. 5.
17. (tradução de) Ikeda e Esquivel, La fuerza de la esperanza [A Força da Espe- 59. Pugwash, The Russell-Einstein Manifesto [Manifesto Russell-Einstein].
rança], p. 30.
60. Ibidem.
18. Ibidem, p. 80.
61. Assembleia Geral da ONU, Taking Forward Multilateral Nuclear Disarma-
19. Acnur, These 10 Refugees Will Compete at the 2016 Olympics in Rio [Estes 10 ment Negotiations [Avanço nas Negociações Multilaterais pelo Desarmamento
Atletas Refugiados Competirão nos Jogos Olímpicos Rio 2016] Nuclear], p. 4.
20. Departamento de Informação Pública das Nações Unidas, 244 Million Inter- 62. (tradução de) Ikeda e Esquivel, La fuerza de la esperanza [A Força da Esperan-
national Migrants Living Abroad Worldwide [Número de Migrantes Internacionais ça], p. 198.
Chega a cerca de 244 Milhões] 63. Assembleia Geral da ONU, Nuclear Weapons and Human Security [Armas
21. InterAction Council, Global Ethics [Ética Global], sessão presidida por H. E. Dr. Nucleares e a Segurança Humana], p. 2-3.
Franz Vranitzky.
64. ACNUR, Global Trends: Forced Displacement in 2015 [Tendências Globais:
22. (tradução de) Ikeda, Sekai no shidosha to kataru [Recordações de Meus Encon- Deslocamento Forçado 2015], p. 2.
tros com Grandes Personalidades], p. 72.
65. ONU, Joint United Nations Statement on Syria [Declaração Conjunta das Na-
23. Ibidem, p. 67.
ções Unidas sobre a Síria].
24. Kato, Weizsäcker, p. 59.
66. Centro de Notícias da ONU, Interview [Entrevista].
25. Sen, The Idea of Justice [A Ideia de Justiça], p. xv.
67. Ibidem.
26. Ibidem, p. 20.
68. ACNUR, Global Trends: Forced Displacement in 2015 [Tendências Globais:
27. Ibidem, p. 76.
Deslocamento Forçado 2015], p. 2.
28. Ibidem. 69. PNUD, Building Resilience of Refugee Hosting Communities [Construção de
29. Toynbee, Acquaintances [Conhecidos], p. 248-249.
Resiliência em Comunidades Acolhedoras de Refugiados].
30. Reutter e Rüffer, Peace Women [Mulheres Pacifistas], p. 49.
70. OIT, Global Migration Crisis [Crise Global da Migração].
31. Judson, Jane Addams no shogai [A História de Jane Addams], p. 4.
71. (tradução de) Ikeda e Rees, Heiwa no tetsugaku to shigokoro o kataru [Diálogo
32. Judson, City Neighbor [Vizinho da Cidade], p. 80.
sobre a Filosofia da Paz o Espírito Poético], p. 285. Veja também Rees, Rodley e Sti-
33. Ikeda e Wahid, The Wisdom of Tolerance [A Sabedoria da Tolerância], p. 105.
lwell, Beyond the Market: Alternatives to Economic Rationalism [Além do Mercado:
34. Ibidem, p. 20.
Alternativa ao Racionalismo Econômico], p. 222.
35. Campanha do Milênio das Nações Unidas, We the Peoples [Nós, os povos], 72. ACNUR, Syrian Refugee Eyes Rio Olympics [Refugiada Síria de Olho nas Olim-
p. 4-13.
píadas do Rio].
36. Assembleia Geral da ONU, Transforming Our World [Transformando Nosso 73. EACDH, Opening Statement by Kate Gilmore [Declaração Inicial de Kate
Mundo], p. 12.
Gilmore].
37. Ibidem, p. 5.
74. Ibidem.
38. Watson (tradução), The Lotus Sutra [Sutra do Lótus], p. 328.
75. UNFPA, The Power of 1.8 Billion [O Poder de 1,8 Bilhão], p. ii.
39. Nichiren, The Record of the Orally Transmitted Teachings [Registro dos Ensina- 76. Assembleia Geral da ONU, United Nations Declaration on Human Rights Edu-
mentos Transmitidos Oralmente], p. 174.
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40. Arendt, Men in Dark Times [Homens em Tempos Sombrios], p. 73-74. em Direitos Humanos], p. 3.
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Vista: Eisha Mohammed].
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nable Development Goals [Jovens que Impulsionam a Promoção e a Implementa- lheres e Homens].
ção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável]. 79. Ikeda e Wider, The Art of True Relations [A Arte das Relações Verdadeiras], p. 63.
44. SIPRI Yearbook 2016 [Anuário SIPRI 2016].
80. Associated Press, Researchers: Latin American Women Got Women into UN
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ment Negotiations [Avanço nas Negociações Multilaterais pelo Desarmamento Carta da ONU].
Nuclear], p. 2.
81. Nichiren, The Record of the Orally Transmitted Teachings [Registro dos Ensina-
46. SIPRI Yearbook 2016 [Anuário SIPRI 2016].
mentos Transmitidos Oralmente], p. 109.
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A Solidariedade Mundial dos Jovens:
O Alvorecer de uma Nova Era de Esperança
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proposta de paz
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A Solidariedade Mundial dos Jovens:
O Alvorecer de uma Nova Era de Esperança
2017 — A solidariedade mundial dos jovens: o alvorecer de uma nova era de esperança
2016 — Respeito universal pela dignidade humana: o grande caminho da paz
2015 — Compromisso de todos com um mundo mais humano: acabar com a miséria da Terra
2014 — Criação de valores humanos: a construção de um mundo solidário,
capaz de se recuperar de tantas aflições
2013 — Compaixão, sabedoria e coragem — Para a humanidade viver em paz
2012 — Segurança humana e sustentabilidade: compartilhar o respeito pela dignidade da vida
2011 — Por um mundo digno de todos: triunfo da vida criadora
2010 — Novos valores para uma nova era
2009 — Competição humanitária: nova esperança na história
2008 — A humanização da religião a serviço da paz
2007 — Resgatar a nossa humanidade: primeiro passo para a paz mundial
2006 — A nova era do povo: uma rede mundial de indivíduos conscientes e fortes
2005 — Uma nova era de diálogo: o triunfo do humanismo
2004 — Revolução interior: uma onda mundial pela paz
2003 — Por uma ética global — A dimensão da vida: um paradigma
2002 — O humanismo do caminho do meio — O alvorecer de uma civilização global
2001 — O desafio da nova era: construir a todo instante o “Século da Vida”
2000 — A paz pelo diálogo — É tempo de falar: uma cultura de paz
1999 — Pela cultura de paz — Uma visão cósmica
1998 — A humanidade e o novo milênio: do caos para o cosmos
1997 — Novos horizontes de uma civilização global
1996 — Rumo ao terceiro milênio: o desafio da cidadania global
1995 — Criando um século sem guerras por meio da solidariedade humana
1994 — A luz do espírito global: uma nova alvorada na história da humanidade
1993 — Rumo a um mundo mais humano no século vindouro
1992 — Uma renascença de esperança e harmonia
1991 — O alvorecer do século da humanidade
1990 — O triunfo da democracia: rumo a um século de esperança
1989 — A alvorada de um novo globalismo
1988 — Entendimento cultural e desarmamento: os blocos edificadores da paz mundial
1987 — Propagando o brilho da paz: rumo ao século do povo
1986 — Rumo a um movimento global por uma paz duradoura
1985 — Novas ondas de paz rumo ao século XXI
1984 — Criando um movimento unido para um mundo sem guerras
1983 — Nova proposta para a paz e o desarmamento
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proposta de paz
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