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Algas e musgos

Não prima esta obra de ourivesaria


Por leve, caprichosa e delicada,
Como devera ser, como pedia
Pequena tela de oiro trabalhada...

Nem de ouro sempre: a lâmina talhada


Foi do metal que às mãos acaso havia,
Logo que me soava uma harmonia
E eu via a frase em mole dança enleada.

Casando o ritmo ao frêmito das cores,


Vergéis em vale estreito enchi de flores,
Sob a cúpula azul de um céu ardente:

E indo gravar as mais triunfantes gemas,


Para as pôr dando luz em meus poemas,
Algas e Musgos burilei somente.

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