Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Atividades Laboratoriais
Rui Pinhel
Atividades Laboratoriais abordadas:
Introdução:
1. “E” é a energia
2. “h” é a constante de Max Planck que tem o valor de 6,63×10-34 J.s.
Assim:
O Teste da Chama é um método importante de identificação, principalmente de
catiões metálicos, utilizado na análise química. Neste ensaio, ocorrem as
interações atómicas através dos níveis e subníveis de energia quantizada.
“Quando um objeto é aquecido, ele emite radiação, que pode ser observada
através da sua cor. Um exemplo é o aquecimento de metais nas indústrias
metalúrgicas, quando eles emitem uma cor vermelha intensa”.
Considerando o átomo de potássio, onde 19K = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1, o eletrão
4s1 é o mais externo, sendo que este pode ser facilmente elevado para o 4p,
ocorrendo a excitação eletrónica. O eletrão excitado apresenta tendência a voltar
a seu estado normal, 4s1, emitindo um quantum de energia (fotão), que é uma
quantidade de energia bem definida e uniforme. Neste caso obtemos uma
coloração violeta da chama.
Observações:
Podem-se usar outros sais que apresentem estes mesmos catiões, desde
que não sejam tóxicos ou possam causar algum tipo de dano à integridade
física dos operadores.
O cloreto de sódio normalmente contamina as demais amostras,
modificando.
Quando os fabricantes desejam produzir fogos-de-artifício coloridos, eles
misturam à pólvora compostos de certos elementos químicos
apropriados. A cor que um elemento confere aos fogos-de-artifício é a
mesma que ele possui no teste da chama.
Se usássemos o sulfato de bário em vez do cloreto de bário, por exemplo,
o resultado do teste da chama seria o mesmo, pois no teste da chama
identificamos catiões, de modo que o anião se torna irrelevante.
Os vulcões emitem predominantemente luzes amarelo-alaranjadas e
vermelho-alaranjadas devido a composição das rochas fundidas, que se
originam em profundidades abaixo da crosta terrestre, as quais dão
origem ao magma, sendo sua composição química de ferro e níquel
derretidos.
O ensaio de chama pode ser utilizado na identificação de minerais. Sabe-
se que esse simples teste teve importância histórica como sendo um dos
testes empregados na deteção de certos elementos em amostras
minerais. Atualmente há técnicas bem mais modernas, mas algumas
delas ainda se baseiam em princípios científicos relacionados ao teste da
chama, como a alteração na camada de valência dos eletrões em átomos
quando em estado excitado.
Procedimento:
1- Cada grupo de alunos tem a sua própria ansa que lava e limpa
rigorosamente antes de testar cada amostra.
2- Molhar uma ansa de Cr/Ni em água destilada e tocar no sal para que ele
adira à ansa. Levar a ansa à zona mais quente da chama (a zona mais
quente é logo acima do cone iluminado da chama, já na zona branca).
3- Testar cada um dos sais, observando a cor da chama. Confrontar com a
informação de uma tabela de cores de chama dos diferentes elementos
químicos para detetar o elemento em cada amostra.
AMOSTRA
PROCEDIMENTO
TEORIA
EXPERIMENTAL
(Ião Metálico)
Potássio Violeta-pálido Lilás
Cobre Verde azulado Verde-piscina
Bário Verde-amarelado Verde-amarelado
Estrôncio Vermelho-sangue Vermelho-sangue
Cálcio Vermelho-alaranjado Vermelho-alaranjado
Sódio Amarelo-alaranjado Amarelo-alaranjado
Questões laboratoriais:
1- Por que motivo os sais em estudo devem ser tão puros quanto possível?
R: Cada catião apresenta, quando aquecido, uma emissão de uma
determinada radiação, com uma frequência própria e bem definida. Assim,
cada catião irá produzir uma cor da chama própria e diferente dos outros
catiões, permitindo desta forma a associação da cor da chama àquele sal.
Assim, quando os sais contêm impurezas, dá-se a emissão de radiação que
confere uma cor à chama diferente da cor caraterística do catião, não sendo,
portanto, uma associação da cor da chama produzida pelo catião impuro
fiável, visto que esta é influenciada pelas impurezas presentes no sal. Logo,
quanto mais puro for o sal, maior serão as probabilidades de obtermos um
resultado fiável, que nos permita associar aquela cor da chama àquele sal.
2- Num teste da chama é preferível usar uma lamparina ou um bico de
Bunsen?
R: No teste da chama é preferível utilizar-se um bico de Bunsen, já que este
produz uma chama azulada, com uma parte branca na parte superior da
chama que pode atingir os 1600ºC, isto quando ocorre a mistura, na base do
tubo, do ar e do gás. A temperatura atingida pela chama num bico de Bunsen
é bastante superior à temperatura atingida na chama da lamparina. Sendo
assim, é preferível utilizar-se um bico de Bunsen que promove uma
transferência de calor maior para o sal em estudo, permitindo que os eletrões
do catião recebam uma quantidade de energia maior, promovendo o salto
energético (excitação) dos eletrões para níveis energéticos superiores, num
curto período de tempo. Quando estes regressam, espontaneamente, a
níveis energéticos inferiores libertam radiação eletromagnética. O facto da
chama ser mais quente, permite a excitação de um número maior de eletrões
num Delta tempo menor, promovendo, assim, uma cor mais forte à chama.
3- Explique com base na estrutura atómica:
a) A que se deve a cor emitida pela amostra de um sal quando é aquecido
à chama?
R: A chama emite energia sob a forma de calor. Esta energia é transferida
para o sal, ou seja, os eletrões do catião presente no sal absorvem
pacotes de energia quantizada (Quantum) que lhes permite realizar um
salto energético para níveis superiores, ou seja, ocorre a sua excitação.
Espontaneamente, estes eletrões regressam para níveis energéticos
inferiores, havendo emissão de radiação eletromagnética na região do
visível, conferindo uma cor à chama que depende da transição eletrónica
sofrida pela desexcitação dos eletrões, já que a cor emitida é uma
radiação com frequência bem definida.
b) Por que motivo a cor emitida por cada uma das amostras é diferente?
R: Cada elemento químico possui diferentes propriedades e por isso,
cada átomo possui eletrões que se encontram em níveis energéticos
estacionários com uma energia bem definida. Essa energia do nível
energético é diferente para cada elemento químico. Assim, quando o
catião absorve energia, os eletrões excitam, saltando para níveis de
energia superiores. Este salto energético é quantizado, pelo que, cada
elemento químico irá ter uma excitação diferente, ou seja, uns com a
absorção de determinada energia iram saltar para n=4, por exemplo, e
outros com os mesmos valores de energia iriam saltar para n=6, por
exemplo. Quando ocorre desexcitação do eletrão, a transição eletrónica
de um nível energético superior para um inferior irá ter influência na
radiação emitida, produzindo, assim, diferentes cores, com diferentes
frequências.
c) Por que razão a chama deve estar o mais quente possível?
R: A chama deve estar o mais quente possível para que haja um número
maior de eletrões a excitarem, que posteriormente, irão desexcitar e
produzir assim a emissão de radiação mais forte, promovendo uma cor à
chama também ela mais forte.
4- A que é devida a cor do fogo-de-artifício?
R: A pólvora quando explode, transfere energia para os sais de metais. Neste
momento, os eletrões destes sais saltam para níveis de energia superiores.
Imediatamente depois, os eletrões voltam para o estado fundamental e
emitem luminosidade.
Nos sólidos e nos líquidos, é comum utilizar-se a água destilada a 4ºC como
padrão para determinar a densidade relativa destes, uma vez que a densidade
da água a esta temperatura é 1g/cm3, logo a densidade relativa e a massa
volúmica são expressas pelo mesmo valor numérico. No entanto, para
determinar a densidade relativa de gases, toma-se como padrão a densidade do
ar atmosférico ou do hidrogénio, quando estes se encontram à temperatura de
0ºC e à pressão de 1 atm.
Tratamento de dados:
Análise crítica:
A determinação da densidade relativa de um sólido foi determinada pelo
método do picnómetro.
Depois de realizarmos os métodos necessários para determinar a densidade
relativa da substância determina-mos a sua massa e a da água, e
determinamos a sua densidade através da expressão:
Introdução:
Nesta experiência tratamos soluções. Uma solução verdadeira (solução
simplesmente), é uma mistura homogénea, de duas ou mais substâncias
(solvente e soluto), que constituem uma só fase, o meio dispersante, designado
por solvente, é o componente que satisfaz uma das condições: ter o mesmo
estado físico da solução; ou estar em maior quantidade. O soluto (meio disperso)
ou não ter inicialmente o mesmo estado físico da solução ou esta em menor
quantidade. Uma solução poderá ter mais do que um soluto, mas tem, apenas,
um único solvente. Existem soluções nos três estados físicos: sólido, líquido e
gasoso. Neste trabalho interessa-nos apenas as soluções líquidas e, dentro
destas, aquelas em que o solvente é água - soluções aquosas. As soluções mais
vulgarmente utilizadas num laboratório são preparadas a partir de solutos
sólidos, ou a partir de uma solução de concentração relativamente elevada e
conhecido o reagente que nos utilizamos para realizar esta experiência foi o
sulfato de cobre (II) penta-hidratado- CuSO4.5H2O.
As quantidades de soluto e de solvente existente numa dada solução podem
relacionar-se entre si através da grandeza concentração.
Uma das grandezas mais vulgarmente utilizadas em química é a concentração
molar, ou molaridade, que é a quantidade (número de moles) de soluto existente
numa unidade de volume de solução.
X= 124,86g de CuSO4.5H20
A.L. 2.3. – Diluição de soluções:
Introdução:
Solução
Uma solução é uma mistura homogénea, de duas ou mais substâncias.
Numa solução, a substância que se dissolve é chamada soluto e a
substância em que se dissolve o soluto é o solvente. O solvente da
solução é o componente que se encontrava, antes de ser realizada a
mistura, no mesmo estado físico que a solução final, ou, no caso de haver
mais do que um componente nesta situação, aquele que estiver em maior
quantidade química (número de moles). As soluções em que o solvente é
a água são chamadas soluções aquosas.
Podem existir vários tipos de solução:
Sólidas: Neste caso o solvente é sólido, e o soluto pode ser sólido, líquido
ou gasoso. Ex: bronze (cobre e estanho); liga de cobre e mercúrio; ouro
utilizado em jóias; paládio e hidrogénio;
Líquidas: O solvente é líquido, e o soluto pode estar em qualquer um dos
estados físicos: sólido, líquido ou gasoso. Ex: água açucarada; água
salgada; água da torneira; vinho;
Gasosas: Tanto o solvente como o soluto são gasosos. Ex: ar; qualquer
mistura de gases.
A composição qualitativa de uma solução indica quais os constituintes
dessa solução, enquanto a composição quantitativa indica a quantidade
de cada componente na solução.
A concentração de um soluto numa solução indica a quantidade de soluto
por unidade de volume da solução.
No caso de várias soluções do mesmo soluto, a solução mais diluída é a
que tiver um menor valor de concentração, sendo a mais concentrada
aquela que apresentar um maior valor de concentração.
Os valores de concentração das diversas soluções só podem ser
comparados se estiverem expressos nas mesmas unidades.
Solução insaturada:
Dizer que uma solução é insaturada relativamente a um determinado
soluto quer dizer que, a essa temperatura, ainda é possível dissolver uma
maior quantidade desse soluto nessa solução.
Solução saturada:
Uma solução está saturada quando não é possível dissolver nela, a essa
temperatura, uma maior quantidade de soluto. Se a uma solução saturada
for adicionado mais soluto, este ficará por dissolver.
Solução sobressaturada:
Em determinadas condições é possível dissolver uma maior quantidade
de soluto numa solução, excedendo o valor da solubilidade a essa
temperatura. Estas soluções são instáveis.
Ao diluir uma solução, a massa do soluto não se altera, sendo a mesma
na solução inicial e na final. A concentração, por sua vez, diminuirá. Logo,
pode-se concluir, pela fórmula: C=n/V que o volume e a concentração são
grandezas inversamente proporcionais, ou seja, o primeiro aumenta à
mesma proporção que o outro diminui.
Uma solução pode ser diluída, por adição de solvente. A concentração do
soluto (s) irá ser reduzida.
Apesar de haver variação da concentração do(s) soluto(s) nesta solução,
a quantidade química, de cada soluto é mantida:
n Inicial= n final
A relação de diminuição da concentração da solução é expressa pelo fator
de diluição.
Exemplo: Um fator de diluição igual a 4 indica que a solução final
apresenta uma concentração 4 vezes menor que a solução inicial.
Material:
Para preparar, uma solução de concentração 0,100 mol/dm3, por diluição
da solução anterior com concentração=1,00 mol/dm3 e 250mL de volume,
é necessário:
Pipeta volumétrica de 25 mL;
Pompete;
Balão volumétrico de 250 mL;
Esguicho com água destilada.
Procedimento:
Calcular o volume necessário da solução;
Mediu-se então com a pipeta volumétrica 25 mL da solução anterior e
transferiu-se para um balão volumétrico de 250 mL;
Adicionou-se água destilada até ao traço de referência, agitou-se para
homogeneizar e rolhou-se.
Cálculos necessários:
nf 𝑛𝑓
Cf= Vf (=) 0,1= 0,250 (=) nf= 0,025 mol