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Universidade Federal Fluminense - PUVR

Física Experimental II
Experiência: Campo Magnético da Terra

1 Objetivos

1. Estudar conceitos básicos do campo magnético produzido por uma


bobina.
2. Calcular a componente paralela BM|| do campo magnético da terra em
Volta Redonda.

2 Material e equipamentos

Multímetro digital, cabos, fonte de tensão, bobina, bússola, placa com


componentes elétricos.

3 Fundamentos teóricos

Na Fig. 1 representamos o circuito a ser montado. Este circuito con-


siste numa fonte de tensão fem em série com uma resistência (R) e uma
bobina. Uma corrente elétrica I é gerada desta forma no circuito. Sabe-
mos que partículas carregadas em movimento produzem campo magnético.
Em partícular, quando uma corrente elétrica passa por uma bobina o campo
magnético BB produzido no centro do eixo que atravessa a sua seção reta é
dada por
µ0 IN
BB = , (1)
2R
sendo µ0 a permeabilidade do vácuo, N o número de espiras na bobina e R
o raio das mesmas.
Para calcular o campo magnético da terra, usaremos o fato de que uma
bússola sempre aponta para o norte geográco da terra. Realizamos o seguinte
procedimento: localizamos a bússola no centro da bobina tendo o cuidado

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Figura 1: Circuito para a experiência

de deixar a agulha da bússola perpendicular ao campo magnético que será


produzido pela bobina, veja Fig. 2(a). Finalizado este processo conectamos a
fonte de tensão ao circuito produzindo uma corrente I no mesmo. Quando a
corrente circule pela bobina se observará uma deexão da agulha da bússola.
Isto é devido a que a bússola apontará agora na direção do campo resultante
B~ R produzido pela soma dos campos B ~B e B~ M , como mostra a Fig. 2(b).
||
Analisando o ângulo de deexão θ, em função da corrente que atravessa a
circuito I , poderemos calcular o valor de BM||

Figura 2: (a) Localização correta da bússola em relação à bobina no caso em


que não há corrente circulando. (b) Deexão da agulha da bússola por causa
do campo magnético produzido pela bobina.

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4 Procedimento

1. Varie a tensão aplicada ao circuito até obter uma deexão do ângulo


θ = 5o . Meça a corrente I que passa pelo circuito.

2. Repita o procedimento anterior aumentando de cinco em cinco graus o


ângulo θ até atingir uma deexão total de 30o .
3. Encontre a expressão que relaciona a corrente I na bobina e a tangente
do ângulo entre o campo magnético da Terra e o campo produzido pela
bobina.

5 Análise dos dados

1. Construa o gráco tan θ vs I . Que tipo de dependência foi encontrada


no gráco? Justique se o gráco está de acordo com o esperado teori-
camente. Usando o método de mínimos quadrados determine o valor
de BM|| . Escreva o resultado na forma padrão.
2. Compare o valor obtido no item anterior com aquele tabelado para a
região.

6 Elaboração do relatório

De posse dos dados obtidos, dos cálculos, das tabelas, dos grácos e das
respostas da Seção 5, elabore um relatório contendo pelo menos os itens:

1. Folha rosto com os nomes dos integrantes do grupo devidamente assi-


nado por eles.
2. Título.
3. Introdução: Importância da experiência e caracterização do problema.
4. Objetivos: O que se pretende realizar? O que se tenciona provar?
5. Fundamentação teórica.
6. Material e equipamentos utilizados.
7. Montagem da experiência: Descrever a montagem da experiência assim
como também os cuidados tomados na mesma.

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8. Resultados: Apresentação de tabelas, desenhos e leituras de instrumen-
tos de medida.
9. Discussão dos resultados: Os resultados do relatório necessariamente
precisam de uma análise de erro cuidadosa. Os resultados estão em
acordo com a teoria? Sim? Não? Justique. Que diculdades foram
encontradas durante a experiência?
10. Conclusão: O que aprederam? O que conseguiram (ou não conseguiram)
provar? Como poderia ser melhorada a experiência? Como poderia ser
melhorada a coleta de dados? Etc.
11. Bibliograa.

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Formulário:

q PN
i=1 (Ti −T̄ )
2
σ= σm = √σ
N −1 N
q
f (x, y, . . .) ⇒ ∆f = | ∂f
∂x
|2 ∆x2 + | ∂f
∂y
|2 ∆y 2 + . . .

Mínimos quadrados (erros diferentes):

Y = aX + b;
P P P P
( i wi )( wi yi xi ) − ( i wi yi )( i wi xi )
a= ;

P P P P
( i wi yi )( i wi x2i ) − ( i wi yi xi )( i wi xi )
b= ;

P P
2 ( i wi ) 2 ( i wi x2i )
σa = ; σb = ;
∆ ∆
X X X 1
∆=( wi )( wi x2i ) − ( wi xi )2 ; wi = 2 .
i i i
σi
Mínimos quadrados (erros iguais):

Y = aX + b;
P P P
N ( i yi xi ) − ( i yi )( i xi )
a= ;

P P P P
( i yi )( i x2i ) − ( i yi xi )( i xi )
b= ;

P
2 N 2 2 ( i x2i ) 2
σa = σ ; σb = σ ;
∆ ∆
X X
∆ = N( x2i ) − ( xi ) 2 ;
i i

OBS: Se os erros da variável y são desconhecidos, os mesmos podem ser


calculados com a seguinte expressão:
P 2
i (∆Yi )
2
σ = onde ∆Yi = yi − (axi + b).
N −2

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