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Mais saúde e boa forma nas Academias Populares

Academias populares fazem diferença para moradores de CG, mas faltam profissionais
qualificados em alguns pontos
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2016 apontam que
a população brasileira está envelhecendo e a projeção é que o número de idosos cresça acima
do esperado até o ano de 2030. Hoje o gráfico etário brasileiro informa que 12,09% da
população chegou a terceira idade e estima-se que em 2030 esse número chegue a 13,44%.
Parece pouco, mas se comparado aos números da população brasileira hoje são cerca de 26
milhões de idosos versus 30 milhões em 2030. Outro número que impressiona é a quantidade
de pessoas que estão acima do peso no país. Pesquisas realizadas pelo IBGE em parceria com
o Ministério da Saúde mostram que 49% da população brasileira está acima do peso e 14% já
apresentam algum tipo de sinal de obesidade.
Diferentes fatores explicam o crescimento desses números. Melhorias na qualidade de
vida como saneamento básico, moradia de qualidade, acesso à educação, saúde e diversos
indicadores são apontados como pontos positivos para o aumento do número de idosos no
país. Entretanto, novos hábitos alimentares, a industrialização do setor alimentício, a correria
do dia a dia em decorrência das novas rotinas da esfera do trabalho, acabam influenciando na
circunferência da silhueta do brasileiro.
Com o objetivo de atender grupos de riscos a partir de doenças como obesidade,
pressão alta, diabetes e em promoção da assistência básica, em 2011 o Governo Federal
lançou o Programa Academia da Saúde com a finalidade de promover a atividade física,
alimentação saudável, mudança no estilo de vida, entre outras práticas, por meio de ações
culturalmente inseridas e adaptadas aos territórios locais.
Em Campina Grande o projeto é conhecido como Mexe Campina e foi implantando
pela prefeitura municipal no ano de 2012. Funciona em diversos bairros da cidade, porém o
único ponto onde há atendimento constante aos moradores é localizado no Bairro do Catolé.
Trata-se de uma equipe de apoio com educadores físicos, fisioterapeuta e auxiliares de
enfermagem que fazem acompanhamento físico aos cidadãos cadastrados no projeto. De
acordo com James, educador físico do programa, “o projeto não distingue, idade, ou peso, é
aberto para toda a população e visa não apenas restaurar a saúde do usuário e sim manter o
condicionamento físico e a boa forma dos demais”. Esses serviços estão disponíveis à
comunidade de segunda a sexta feira a partir das 16:00 horas em torno do Açude Velho.
Nos bairros Cruzeiro e Sandra Cavalcante também foram construídas duas academias
da saúde através do projeto Mexe Campina, a diferença é que o local é apenas dotado de
infra-estrutura e não há presença de profissionais na área da saúde para acompanhamento dos
usuários. Qualquer exercício físico deve, por menor esforço que o corpo humano exija para
executa-lo ter a presença de no mínimo um educador físico para prestar orientação e executar
o exercício de maneira correta. A aposentada Cleovalda, de 55 anos, frequenta a academia
localizada no Sandra Cavalcante há seis meses e contou o quanto a prática de exercício
melhorou seu condicionamento físico se comparado à época de sedentarismo. No entanto,
revelou sentir falta do acompanhamento de um profissional da área no local.

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