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Correção do teste de Português

10.º ano
Módulo 1 – Poesia trovadoresca

Grupo I
A

1. O texto pertence ao género das cantigas de amigo, uma vez que nele se
expressa um sujeito poético feminino (“Fui eu, fremosa”, associado ao
“eu”, vv. 1, 5, 9 e refrão), que confessa que foi queimar candeias e rezar
não por devoção, mas para ver se encontrava o seu amigo “non por mia
alma, mais que viss’ eu i / o meu amigo. A referência ao ambiente
religioso sugere o ambiente de cantiga de romaria.

2. . A donzela foi “fazer oraçon” (v. 1), ou seja, partiu em peregrinação.


Contudo, como a própria confessa, a decisão de ir “rogar muit’ a Nostro
Senhor” (v. 13) e “candeas queimar” (v. 8) não se deveu à sua devoção e
religiosidade, mas antes ao desejo de encontrar, no espaço da romaria, o
seu amigo: “non por mia alma, mais que viss’ eu i / o meu amigo” (vv. 2-3);
“non por mia alma, mais polo achar” (v. 9); “non por mia alma [...], / mais por
veer o que eu muit’ amei” (vv. 14-15). Como ele “non vẽo” (vv. 10 e 16) e
não o pôde ver (v. 3), a donzela mostra-se angustiada, conforme o primeiro
verso do refrão confirma.

3. O sujeito poético dirige-se às amigas – “amigas” (v. 4) e “mias amigas” (v. 8),
a quem revela as suas verdadeiras intenções ao partir em romaria e com
quem partilha os seus sentimentos. Assim, como é típico na cantiga de
amigo, as amigas funcionam como confidentes da donzela e testemunhas do
seu estado emocional e das causas que o motivam.

4. . O “amigo” (v. 3), não tendo aparecido na romaria, é caracterizado como


“traedor” (v. 16), sugerindo que o encontro estaria previamente marcado. Por
não ter comparecido, frusta as expetativas da donzela, que sente justificado
o seu sofrimento, conforme salienta no refrão.

5. A composição poética é constituída por 3 coblas/estrofes de quatro versos-


quadra, acompanhadas cada uma por um refrão de dois versos – dístico. O
esquema rimático da primeira estrofe é ABBACC, designando-se a rima de
interpolada e emparelhada. Quanto à métrica, os versos apresentam-se
decassilábicos, conforme se pode verificar:
Fui/ eu,/ fre/mo/sa,/ fa/zer/ o/ra/çon/,
Non/ por/ mi/a al/ma/, mais/ que/ vi/ss’ eu/ i/
6. A. F – O rei D.Duarte….
B. V
C. V
D. F – Ambas as personagens
E. F – Mestre de Avis

Grupo II

Versão 1 versão 2
1. (C). (A)

2. (C). (D)

3. (D). (D)

4. (A). (C)

5. (C). (B)

6. (A). (D)

Versão 1 versão 2
7. a. Palatalização e Apócope . Palatalização
b. Sonorização. Apócope e sonorização

Versão 1
8. O referente é “autores oriundos das classes populares”. Aceitei quem
colocou “conjunto de jograis”.
Versão 2
O referente é “arte trovadoresca galego-portuguesa”

Grupo III.

Síntese – sugestão

Segundo a autora, Santiago de Compostela tem sido, ao longo dos tempos, um


local de peregrinação utilizado com diferentes intenções, onde se cruza o
catolicismo com manifestações célticas e druídicas. Para sedimentar a sua
importância, o catolicismo criou uma lenda de modo a apoderar-se daquele
local, que fora palco de manifestações religiosas de outros povos e religiões.
Na opinião da investigadora, na idade média, sentiu-se necessidade de dar
àquele espaço uma dimensão mais sagrada. Atualmente há peregrinos que se
dirigem a Santiago para reencontar o misticismo pagão de outrora.

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