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Pós-graduação
Curso de Engenharia de Estruturas
Alvenaria Estrutural - Turma OF 1
Ipatinga
2017
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
2. CONFIGURAÇÕES TÍPICAS DE FISSURAS PROVOCADAS POR
MOVIMENTAÇÕES TÉRMICAS..................................................................................... 4
2.1 LAJES DE COBERTURA SOBRE PAREDES AUTOPORTANTES .................... 4
2.1.1 CORREÇÃO DAS PATOLOGIAS CAUSADAS POR MOVIMENTAÇÕES
TÉRMICAS DA LAJE DE COBERTURA ................................................................. 8
2.1.2 ISOLAMENTO TÉRMICO ............................................................................... 8
2.1.3. SUBSTITUIÇÃO DAS JUNTAS DE ASSENTAMENTO ................................ 8
3. FISSURAS CAUSADAS POR MOVIMENTAÇÕES HIGROSCÓPICAS .................. 10
3.1 MÉTODOS PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA ................................................. 11
3.1.1 FABRICAÇÃO DOS COMPONENTES CONSTRUTIVOS............................ 11
3.1.2 MATERIAL EXPOSTO ÀS INTEMPÉRIES DO AMBIENTE ......................... 11
4. FISSURAS CAUSADAS POR ATUAÇÃO DE SOBRECARGAS NÃO
DIMENSIONADAS ........................................................................................................ 11
4.1 MÉTODOS PARA SOLUÇÃO DO PROBLEMA ................................................. 12
4.1.1 RESISTÊNCIA DA ARGAMASSA ................................................................ 12
4.1.2 AÇÕES DE SOBRECARGA PONTUAIS ...................................................... 13
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 15
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1- INTRODUÇÃO
O estudo das patologias no setor civil é de grande importância, pois, alerta para
um eventual estado limite de serviço da estrutura, do possível comprometimento da
obra em serviço, além de exercer desconforto psicológico sobre os usuários.
Segundo Duarte (1998), as manifestações patológicas que mais
preocupam os usuários leigos são as fissuras. A ocorrência de fissuras
tem se tornado um incômodo que provoca crescente preocupação na
construção civil, onde o nível de exigência dos usuários vem
aumentando em função da própria mudança de mentalidade com a
criação de novos paradigmas, tais como a qualidade e a satisfação dos
clientes.
Porém, em decorrência de problemas patológicos, falhas construtivas ou
deficiência nos detalhamentos de projeto, poderão se originar e provocar danos que
podem comprometer a segurança e a integridade da edificação. A maioria das
patologias que podem afetar uma edificação causam sintomas visíveis e pelas suas
características permitem determinar o agente causador, possibilitando que medidas
corretivas possam ser implementadas.
O presente trabalho terá como finalidade a identificação de algumas patologias
nas edificações executadas em alvenaria estrutural, tendo como principal fonte de
estudo, as fissuras causadas por movimentações térmicas da laje de cobertura sobre
paredes autoportantes, fissuras causadas por movimentações higroscópicas e fissuras
causadas por atuação, de sobrecargas não dimensionadas.
As patologias aqui descritas serão apresentadas por meio de suas configurações
e histórico de ocorrência ao decorrer do trabalho em tópicos com seguintes temas:
causa/consequência, diagnósticos e suas origens e as medidas corretivas mais
adequadas para o tratamento patológico.
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2. CONFIGURAÇÕES TÍPICAS DE FISSURAS PROVOCADAS POR
MOVIMENTAÇÕES TÉRMICAS
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Figura 1 - Propagação das tensões numa laje de cobertura com bordos vinculados devidos a efeitos
térmicos. (Fonte: THOMAZ, 1989).
Figura 2 – Mecanismo de formação de fissuras na alvenaria em contato com a laje de cobertura sob
ação da elevação da temperatura (Fonte: THOMAZ, 1989).
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Figura 3 – Fissuras horizontais próximas ao teto nas paredes externas. (Fonte:
https://www.google.com.br/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fimage.slideshare, 2017).
Figura 4 – Fissuras nas paredes externas são recorrentes após reparos anteriores e ainda estão ativas.
(Fonte: https://www.google.com.br/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fimage.slideshare, 2017).
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Figura 5 – Fissuras de forma escalonada na parede interna, só estão presentes no último pavimento da
edificação.(Fonte: ttps://www.google.com.br/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fimage.slideshare, 2017).
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2.1.1 CORREÇÃO DAS PATOLOGIAS CAUSADAS POR MOVIMENTAÇÕES
TÉRMICAS DA LAJE DE COBERTURA
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Figura 7 – Detalhe de material redutor de atrito para dessolidarização entre alvenaria estrutural (parede
interna) e laje de cobertura. (Fonte: THOMAZ, 1989).
Figura 8 – Detalhe de material redutor de atrito para dessolidarização entre alvenaria estrutural (parede
externa) e laje de cobertura sem beiral. (Fonte: THOMAZ, 1989).
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3. FISSURAS CAUSADAS POR MOVIMENTAÇÕES HIGROSCÓPICAS
As fissuras causadas por movimentação higroscópica são provenientes das
diferentes modificações dos volumes dos materiais quando expostos a umidade. O que
acontece nas estruturas de alvenaria, que os materiais são porosos e tem a facilidade
em absorver água, causando a expansão desses materiais e quando expostos ao calor
se contraem devido à perda de água nos poros.
Segundo Thomaz (1990), a expansão das alvenarias devido a
movimentos higroscópicos, ocorre com maior intensidade nas regiões
da edificação mais sujeitas a variações de umidade. Por exemplo, a
base das paredes e o encontro entre a laje de cobertura e a platibanda
(local de possível empoçamento).
A umidade pode ter acesso aos materiais de construção através de diversas vias,
tais como:
Na fabricação de componentes construtivos à base de ligantes hidráulicos,
empregando-se uma quantidade de água superior à necessária para que ocorram as
reações químicas de hidratação. A água em excesso permanece em estado livre no
interior do componente e ao se evaporar, provoca a contração do material.
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Figura 9 – Horizontal por movimentação higroscópica (Fonte: THOMAZ, 1990).
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vizinhos, de maneira que a solicitação externa geralmente acaba sendo
absorvida de forma globalizada pela estrutura ou parte dela.
Claro que este pensamento, não pode ser generalizado. Cada estrutura possui
um arranjo estrutural diferente e diferentes carregamentos e redistribuição de carga.
Geralmente as trincas causadas por carregamento excessivo são verticais (ver
figura 10).
Segundo Duarte (1998), essas fissuras por carregamentos verticais de
compressão são causadas por esforços transversais de tração gerados
nos blocos pelo atrito da argamassa da junta, com a maior face dos
blocos, ao ser comprimida a argamassa se expande, como a
deformação da argamassa é maior que a deformação do bloco, ao se
expandir a argamassa gera esforços de tração no bloco, estes esforços
geram fissuras verticais.
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térmica, ou outras deformações da parede, que essas ocorram nas juntas e não no
bloco.
Segundo Duarte (1998), paredes estruturais de blocos cêramicos de
uma forma errada são executadas com furos horizontais, assim quando
a parede é solicitada, ocorre concentração de tensões ao longo dos
septos longitudinais externos, essa carga gera o rompimento desse
septo, provocando fissuras horizontais (ver figura 11), este tipo de
ruptura, é um tipo perigoso para os ocupantes da edificação, devido ao
ser surgimento ser rápido e explosivo, levando instantaneamente a
estrutura a um colapso, não permitindo aos ocupantes notar
préviamente a situação de perigo.
Figura 11 – Mecanismo de ruptura de paredes com blocos cerâmicos com furos horizontais. (Fonte:
Duarte 1998).
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Figura 12 – Ruptura localizada em alvenaria sob o ponto de aplicação da carga e propagação de fissuras
a partir desse ponto. (Fonte: Thomaz 1989).
Figura 13 – Fissura inclinada causada por sobrecarga concentrada. (Fonte: Caderno técnico 5 Prisma).
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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