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Os bens dominicais, não estando afetados à finalidade pública específica, podem ser

alienados por meio de institutos do direito privado (compra e venda, doação, permuta)
ou do direito público (investidura, legitimação de posse e retrocessão).

A concessão, assim como a Permissão dependem de licitação previa. A única


modalidade que a dispensa é a Autorização de uso.

Doação/permuta: licitação dispensada. (Lei 866690 - Art. 17 - I - b/c)

Compra de bens imóveis: Lei. 8666/90 - Art. 23. (...) § 3o A concorrência é a


modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na
compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas
concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste
último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou
entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não
houver fornecedor do bem ou serviço no País.

Alienação de bens imóveis: A alienação de bens da Administração Pública,


subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de
avaliação e obedecerá às seguintes normas: I - quando imóveis, dependerá de
autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e
fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação
prévia e de licitação na modalidade de concorrência. (Lei 8666/90 - Art. 17 - I).

A alienação de um bem móvel pode ocorrer mediante permuta entre entidades da


administração pública. permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou
entidades da Administração Pública;

Cessão de uso é aquela em que o Poder Público consente o uso gratuito de bem
público por órgãos da mesma pessoa ou de pessoa diversa, incumbida de desenvolver
atividade que, de algum modo, traduza interesse para a coletividade.

A grande diferença entre a cessão de uso e as formas até agora vistas consiste em que o
consentimento para a utilização do bem se fundamenta no benefício coletivo decorrente
da atividade desempenhada pelo cessionário. O usual na Administração é a cessão de
uso entre órgãos da mesma pessoa. Por exemplo: o Tribunal de Justiça cede o uso de
determinada sala do prédio do foro para uso de órgão de inspetoria do Tribunal de
Contas do mesmo Estado.

bens de uso comum do povo: são os que podem ser utilizados por todos em igualdade
de condições. Ex: ruas, praças, estradas, águas do mar, rios navegáveis e ilhas
oceânicas.

Di Pietro (2003, p. 545), consideram-se bens de uso comum: “aqueles que, por
determinação legal ou por sua própria natureza, podem ser utilizados por todos em
igualdade de condições, sem necessidade de consentimento individualizado por parte da
Administração”.
Autorização para a administração: Casamento na praia, Carnaval não é uma reunião e
sim um evento. Logo, tem que pedir autorização para a administração. É ato
discricionário e precário que independe de prévia licitação.

bens de uso especial: aqueles de utilização pública a exemplo dos imóveis onde se
encontram instaladas as repartições públicas da Administração municipal, estadual ou
federal. Ex: escolas publicas, hospitais públicos, etc.

Posse ad interdicta é a que se pode amparar nos interditos, caso for ameaçada, turbada,
esbulhada ou perdida.

Posse ad usucapionem é quando der origem ao usucapião da coisa desde que


obedecidos os requisitos legais.

CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento


da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens


pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito
privado.

Os bens dominicais, não estando afetados à finalidade pública específica, podem ser
alienados por meio de institutos do direito privado (compra e venda, doação, permuta) ou do
direito público (investidura, legitimação de posse e retrocessão).

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis,
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Afetação (ou consagração) significa destinação do bem à prestação do serviço público.

Pode ser expressa ou tácita:


haverá afetação tácita quando não houver manifestação da Administração. Como a afetação
significa dar destinação pública, ou seja, conferir qualidade especial a um bem, protegendo-o,
ela pode ser realizada de todas as formas, expressa ou tácita, até mesmo pelo simples uso (ex:
prefeito que leva as cadeiras e móveis para nova sede é suficiente para afetar o bem).
Observação.: não se admite a desafetação pelo desuso.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

O particular que invade imóvel público pode ajuizar ação possessória para
proteger sua posse?

Se for em face do PODER PÚBLICO: NÃO. Por isso, não cabe usucapião (imóveis
públicos não podem ser usucapidos).

Se for em face de TERCEIRO: SIM (mas para defesa da sua posse em face desse
terceiro).

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

Costuma-se citar o exemplo da cobrança efetuada a motoristas para que possam


estacionar seus automóveis em algumas vias públicas. Trata-se de retribuição
pecuniária pela utilização transitória de bens públicos de uso comum do povo (ruas,
avenidas, praças, etc).

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