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4, SET 1987 086 13S ESCOLA POLITECNICA DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO Departamento de Engenharia de Construcao Civil BT-09/87 POROSIDADE DO CONCRETO VICENTE C. CAMPITELI Gi Boletim patiocinade pele COMPANHIA CIMENTO PORTLAND ITAU eS BOLETIN TECNICO DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUGRO CIVIL "ESCOLA POLITECNICA DA UNIVERSIDADE DE SKO PAULO SS EDITOR RESPONSAVEL Prof. Norberto B. Lichtenstein CONSELHO EDITORIAL, Prof. Fernando H. Sabbatini Prof:Dr. Joao da Rocha Lima Jr. Prof.Dr. Orestes M. Goncalves Prof.Dr. Vahan Agopyan Prof.Dr, Witold Zmitroutez — © BOLETIN TECNICO & uma pyblicagiio do Departa- Bento de Engenharia de Construgce Civi} ca Eace la Politécnica da Universidade de Sao Pauloctra to de peaquisas realizaas por decentes ©. pe quisagores desta Universidade. ESCOLA POLITECNICA DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUCKO. CIVIL Cidade Universitaria ~ Seo Paulo'= SP Brasil Caixa Postal 61548 - CEP oss08 Telex 011.92237 - Fone: 815.9322 R.234 — POROSIDADE DO CONCRETO Vicente C. Campitelli * CANPITELI, Vicente C. Porosidade do Concrete. Conatrucéo Civil da EPUSP, 1987. Sio Paulo, Departamento de Engenharia de Pp. BT = PCc 09/87, ntadas as nocSes bisicas sobre po le de pastes © concretos se cinents hidréulico e un estudo experimental sobre a. @eterminacéo ca porosidade de pastes de ci- mento endurecia: © trabalho experimental foi realizado com amostras de pastas endurecidas de cimento Portland (clinquer e gesso) com adicées de 20, 40, 60 e 80 porcento em ma Me Ses empregadas foram: escoria granulada dé alto forno, cinzes volantes, cinzas de cas= de arroz e residuo ceramico moido. A porosidade destas amostras foram obtidas através de ensaios de: absorcio de égua por Amersdo e vacuo e porosinetria por intrusao de mercirio. Observou-se uma agdo eficiente das adicoes Ra modificacao da porosidade amostras, com relacio aquelas de cimento portland sem adigdes, tomadas como padrio. Cimento hidréulico. Concreto. Poros. Porosidade. Porosimetro. Absorcéo de igua. Tntrus CAMPITELT, Vicente - Contrete Porosity. Construgdo Civil da EPusP, 1987. Hydraulic cement. Concre Pore: de mercirio. Distribuicéo dos poros por tamanhos. Sho Paulo, Departamento de Engenharia de pe BT - PCC 09/87 The basic ideas on porosity of hardened ce ment pastes and concrete are presented and the results of an experimental research on the porosity of hardened cemeft pastes are also indicated, ‘The experinental work was carried out on hardened cement pastes where the binder vas the portland cenent (clinker and" gypsum) with 20, 40, 60 or 80 percent of additions by weight. “Blast furnace slay, fly aehy ri ce-hulis ash, and ground residues were uss as cement additions. The porosity of the samples were measured by: water absoption on by immersion and vacuum, and mercury porosimeter. ‘The cement addition have an efficient effect fon the porosity of the samples. Porosity. Porosimeter. water ° absorption. Mercury penetration. Fore size distribution. ‘* Mestre em’ Engenharia, Professor de Materiais de Construcéo Civil da Universidade Esta~ dual de Ponta Grossa vicewrs 0, cawprrenr 2. EyPRoDUGKO, ©_uso do concrete como material de constru - Go no Brasil tornou-se uma pratica quase in ispensavel na maioria das obras de Engenh. ria Civil. Com isso, as técnicas de produgaa, de aplicagéo ¢ de controle tecnolégico ten melhorado, para atender is crescentes exigén cias técnicas, econdmicas @ estéticas. ono consequéncia do grande use do concreto cono material de construgso, © engeaheiro tem se deparado com problemas” _patologicos que precisa resolver. Por esta rao exis~ fem atualmente aprofindadas pesquisas no campo da cigneia dos materiais,aplicadas acs coneretos. “Entre estas pesquisas, a porosidade tem ocu- pado lugar de destaque, Devido as dimensées dos poros variaren desde alguns angstrons até varios micronetros, bem como as suas for mas serem bastante irregulares, as técnicas utilizadas no seu estudo variam desde opera~ goes © equipamentos simples até bastante so- Histicados. * As informagies técnicas a respeito _ estas questées néo estado vulgarizadas na literatu- za técnica brasileira e cate & 0 objetivo deste trabalho. As infornagses a seguir apre sentadas dao uma nogéo sobre porosidade dos concretos, em particular da pasta de cimento endurecida. Ura pesquisa sobre porosidade de pastas de Cimento endurecidas aconpanha © trabalno. Antes de abordar o tema proposto, & necessé- rio apresentar algunas informagées a respei- to dag propriedades estruturais dos poros © das técnicas de determinagdo que se conhecem 1.1, Propriedades estruturais dos poros As propriedades estruturais, fundanentais pa ra a descrigao dos materiais porosos, $40: 3 porosidade, ‘a area especifica e a distribui- Gao dos poros por tamanhos. A porosidade de um material 6 a sua proprie- dade de apresentar poros ou vazios, & repre- sentada pela fragao do volume total de uma amostra porosa, que é ocupada por poros ou por espagos vazios. a especifica de um material poroso & a relaggo entre a area superficial das paredes dos poros e 0 volune ou a massa do. material poroso. A distributgio dos poros por tamanhos 6 a fragao dos pores abertos, cuja fragao é en = quadrada numa faixa estabelecida de tamanhos. Numa comparagdo, a curva de distribuigao dos pores por tamanhos correspondente & curva de Gistribuicao granulonétrica de uma areia, por exenplo, $6 que em vez de graos, tense poros. Essas trés propriedades dos poros sdo essen Cfalmente geonétricas, havendo ainda umd Pce 98/87 POROSIDADE DO coNcAETO quarta propriedade geonétrica, a forma do oro, que pode ser também de fundamental im- porténcia, enbora seja menos quantificivel do que as anteriores, Por se tratar de medidas muito pequenas, incerteza envolvida nos resultados & signifi cativa; por essa razao existen varios méte aos ‘deterninagio das propriedades dos. po: cada nétodo destacando alguns aspectos, no todos, A tabela‘l.1 indica uma reli gio de métodos diretos © indiretos para tas determinagées., ‘Mea. ~ mrt Sy ada ett pre eterna dae cae SE SES eit Se Satan No estudo da porosidade das pastas de cimen- to endurecidas, determina-se, principalmente, a distribuigao dos poros por tananhos, a po~ Fosidade aberta ea area especifica. A dis- tribuigae dos_poros por tananhos e a porosi- dade aberta sa0 determinados por intrusso de morcirio sob pressao © a area especifica por béorcso de nitrogenio, pelo métode BET. | Ou tros métodos sao utilizados, porém, estes vree cauprrece 1.2. Porosinetria por intrusio de mercirio A deterninagéo da distribuigao de poros pelo Rétodo de injegae de nercirio € basesta "ne comportanento de Ifquidos nao molhantes em capilares. Un Liquide que tenha um angalo de contato maior do que 90 graus, nao pede pe Ear expontaneanente em um por, sevide °° "s tenséo superficial. Essa tensso superficial pode ser superada, exercendovse una’ certa Pressdo externa. A pressio requerida & fun- G40 do tomanho do pore. A relagio entre o tamanhe do poro ¢ a pres - exercida expressa pela seguinte equa — sao: Pir = 2.ts.cos 9 rato do poro; pressao absoluta exercida; Ts= tensdo superficial do nercGrio: J = ngulo de contato. Usando morciric com tensao superficial igual 4480 dinas/cm, com Angulo de contato igual a,141,3 graus ¢ admitindo que todos os poros séo cilindricos, obtén-se a seguinte relagio entre 0 raio do'poro e a prossau: x = 75,000/8 onde: r = raio do poro em anystrom; P= pressao absoluta aplicade en kgf/om2 A amostra a ensaiar deverd ter uma massa’ que Gepende da porosidade. Se a amostra for mui= to porosa, a massa deverd ser pequena, da ordem de 0,2 g a 1,0 ¢ ¢ se for pouco’ pore Sa, poderé ‘chegar a 5 q. Quanto maior a mas, Sa’ da anostra, menor a incidéncia de errd has leituras do porosimetro de mercirio. A amostra é colocada em um frasco de vidro en cuja tampa esta acoplado um tubo capilar de vidro de 10 cm de comprinento, com diane- tro interno de 3 mn ou 6 mm. Este frasco cha ma-se dilaténetro. O dilatémetro com a amostra & conectado a um nédulo de preenchinento, onde & feito vacuo, ApSs 0 vacuo, o dilatonstro & preenchido com mereario puro. © dilatémetro & colocado numa autoclave no Forosimetro, onde so aplicadas pressdes ores Gentes até 1.500 kgf/en2. Os deslocamentos no capilar do dilaténetro, juntamente com as Pressdes correspondentes, sido automat icamen= te registrados em un diagrama. A partir dos dados de volune de mercrio in jetado © das pressées aplicadas, sao calcula Gas a porosidade e a distribuigao dos poros, por tomanhos, cuja distribuigae @ representa da sob trés formas graficas: curva acumulatt va, curva diferencial ¢ histograma. Reconen= dazse que o ensaio seja repetido pelo menos trés vezes para tornar reprodutivets os re = sultados. Este método permite determinar a distribuigso de poros de dimensces entre Br pce 09/87 Pow szDA ‘oNcKETO 75.000 e 50 angstroms. 2. POROSIDADE D0 CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND, A porosidade nos concretos é causada pelos seguintes fatores: dgua da mistura, porosida de'dos agregados, alteragoes na zona de co tato entre a pasta e os agregados, fissura - G0 € deficiéncias da produgdo dos concretos. Os estudos da fissuragio e da produgio dos concretos nao serdo abordados heese trabalho. © estudo da porosidade da PCE serd apresenta do em outro capitulo. 2.1. Ascengdo da gua da mistura Os concretos normais, nao aditivados, para serem adensados convenientemente, necessitan mais Agua do que a necessaria para a hidrata go completa do cinento. Durante © apés o adensamento, a Sgua sobe,em maior ou em menor quantidade, fornando cana Lfticos de dimensdes que variam de l0ym a. 200um (02 e 03). Essa Agua que sobe dentro do conereto, pode encontrar una particula de agregado ou uma barra de armadura, espalhando-se neste local. Pode ocorrer também que a gua em excessa su ba até a superficie, dando origem ao que sé ghana “nata® sobre a superficie do concreto, Se, sobre a Agua exsudada, for langada outra camada. de concreto, ela ficaré parcialnente retida entre essas duas camadas. A Agua om excesso sob as particulas de agre- gados ou sob as barras da armadura provocara © descolanento da pasta, criando vazios nes sas regides, © também, pelo excesso de agua, formara uma’ zona de acentuada porosidade, Da mesma forma, 0 excesso de Agua na superficie do conereto’ou presa entre duas camaGas, pro vocara 0,aumento da porosidade. 2.2. Porosidade dos agregados Para o8 agregados comuns, 0 espago de poros acessiveis (abertos) pode-se constituir "nun volume de aproximadamente 08 ate 20%, ser do, em geral, de 0,5% até 54(04 @ 05)-A Tabe 1a‘2.1 apresénta alguns valores de porosida- des‘ de rechas comuns, Tabela 2.1.Porosidade de algumas rochas co uns (06) ~eupo__ Porostaade Tey arenito 0,0 - 48,0 Quartzito 1j9 = 15,1 Caleareo oso = 376 Granito oe = 38 0s poros dos agregados variam muito em tama~ ho, sendo que os maiores podem ser vistos a micfoscépio Sptico ou a olho nu, Mas, mesmo 2 VICENTE Ci CAMPITEGE 08 poros menores sio, em geral, maiores do que os poros de gel da pasta dé cimento endy recida (06), A Sigua pode penetrar nos poros dos agregados, sendo que a quantidade ¢ 2 extensao dessa pe. netragao dependen das dimensdes, continuida~ de e volume total dos poros. 33, a pasta de cimento, devido a viscosidade, nao | consegue penetrar até uma profundidade grande, seno os poros maiores. Por meio de ensaios de permeabilidade das ro chas, pode-se constatar a grande influsncia do tamanho dos poros. Rochas con mesma poro- sidade, apresentam diferentes valores de per meabilidade (07), Comparando-se as permeabi Mdades de algunas rochas e de pastas de ci- mento endurecida, pode-se constatar a influ: @ncia do tamanho'dos poros nas rochas, uma vez que as PCE tén porosidade que pode che- 2508 (Tabela 2.2). Tabela 2.2 - Comparagio entre permeabilidades a gua de rochas e pastas de cL mento endurecidas (06) Goeficionte de Rel, Fochas Pemesbilidade pastas mduras, con we) oual permeabilidade oe =a Denso 2,47 x 10 0,38 Basalto it Diorito 8,24 x 10 7 0,42 Memore 2,69 x 10 “3 0,48 Miumore 5,77 «10 72 0,66 cxansto 5,35 «10 7 0,70 arentto 1,23 x 10 “20 on crentto 1,56 x 10 on POROSTDADE DO coNcRETO pasta nessa regiio. Em misturas pobres em aglomerantes ou devido deficiéncia de homogencizagao da mistura , pode ocorrer falta de envolvimento dos agre- gados pela pasta, 0 que acarretars porosida- je na interface. Con relagio a0 carreganento externo, & medi- 4a que s¢ processa 0 carreganento, sunentan- ao as defornagoes, 0 niimero ¢ a extensac dos Gescolanentos auncnta (09 e 10). Esses desco Lanentos dependen das propriedades do agreg 40 grado. A resistancia de aderencia entr ‘a pasta e os agregados & influenciada pelas facteristicas da guperticie, pela forna fo tipo de agregado, para una dada pasta Se cinento endurecida (08). 2.4. Quantidade de poros no concreto Mum concreto de boa qualidade, as primeiras idades, a porosidade 6 de 208'a 25 e, a uma idade madura, 6 de 108.2 158. Mas, no @ possivel para un concreto, ter um volume de vazios de menos de 108 (4). Os concretos podem ser clasificados de acor * do com a sua porosidade, conforme a Tabela 2.3, Tabela 2.3 - Valores médios da porosidade dos coneretos (08). Qualidade do concreto _ Porosidade () Excelente toa i Boa ' ala ls Satistatéria 16 a 18 Mediocre 19 a 22 Ruim's muito ruin 22 Foran observadas porosidades de 308 ‘A porosidade dos agregados & de grande impor tancia para a qualidade dos concretos, tanto que alguns paises especificam a qualidade dos agregados para concreto em fungao de sua porosidade, entre outras propriedades rele - vantes (08) No caso de agregados leves, o volume de va~ ios varia de 308 a 608 (04), esse caso,os yaslos 30 relativanonte grandes @ interliga 8. 2,3, Zona de contato entre a pasta e 0 ag Wa zona de contato entre a pasta de cimento endurecida e os agregados (interface) pode ocorrer excesso de porosidade por aumento de Felagao Agua-cimento, por deficiéncia de. aglonerante ou por tensGes provenientes de cargas externas. Sgua-cimento, _causado pela exsudagdo da agua durante ou'apds 0 adensamento, a qual se espalha sob os agrega dos, provocaré o descolamento entre a pasta @ 03 agregados € 0 aumento da porosidade da Br cc 09/87 2.5. absorgio de Agua Absorgio & um processo ffsico pelo qual 0 concreto retém agua nos poros @ condutos ca ares e 6 fungao dos poros que tém comuni= gdo como exterior. A agua tem acesso aos poros do concreto pela agéo de pressao ow. pelo fendneno de capilaridade, A captlaridade, que & caracterfstica dos ma~ terials higroscépicos, se desenvolve por suc gao capilar, independente de pres: ext Flor @ necegsita apenas contato com 0 de umidade. A agua absorvida por capilarida- de, permanece na rede capilar, podendo — so- frer evaporagio através das extremidades ex- ternas dos vasos. A absorgio & a maneira de se medir 0 volume dos pores abertos, isto &, acessiveis 2 Sigua. A partir do volume de Agua absorvida , Rodgiee doterminar a porosidade, que & a re~ fagao entre o volune dos poros ¢ 0 volume to ‘do. corpo de prova. A porosidade deteras: nada por absorgéo de agua, chama-se porosida de aberta ou aparente. VICENTE Cc. CANPITELT © valor de absor¢ao, obtido nos ensaios, va- Tia om funcao do'método utilizado, conforme mostra a tabela 2.4. Verifica-se que 0 en- Sato gue subnete o corgo de prova 2 secagen S'T00He* eneraso om Sgua por Wh, om nals Sh aullgSs éacondi gio tis Cigoresa, A norma americana ASTH C 6{2 preconiza esta metodolg gia. A variagio da absorgio também é sensfvel com © consumo de cimento, sendo que quanto maior © consumo, em concretos bem dosados, — menor ser a absorcio, A porosidade aparente do concreto ten sido determinada também por imersao © vacuo, - em vez de fervura, A porosidade absoluta, 40. gonereto (inclusive os poros nao acessiveis), € determinada por una relagdo entre as mas~ sas especificas das amostras secas © _apas moagem. Os resultados obtidos com imersio fervura; imerséo ¢ vacuo e apés moagen so aproximadamonte iguais (08) - Tabela 2.4 - Valores de absorgao de Agua de concretos, determinados por di. versos nétodos (11). POROSIDADE DO CONCRETO Tabela 3,1 - Classificagio dos poros quanto ao tamanho, em pasta de cimento ‘endurecida’ (12). Designagéo Descrigao Didmetro Unid. Captlares grandes 10- 0,5 um Poros a Coptlares _Capilares médios 50-10 rm ‘Capilares pequencs 10- 2,5 rm Foros & cel Microparos: 2,5-0,5 om “interlarelares" oS om 2vm = 1,000 nm Tabela 3.2 Relacdes entre a porosidade e as propriedades da pasta de ci, mento endurecida (12). z ; Poros Papel da gua” propriedades ones Rbsorgio = Bropriedads 3 > faae secagan a c 2 Capiiares antida conoResdsténcia 100 26 grandes agua livre” Permeabili= 102 dade aoe Capilares Gera forgas Resisténcia 6° medion de modersaaPermeabili= Super dade etracdo, sob A absorgio no pode ser usada cono medida de a lcaeeaa! qualidade de un concreto, as grande parte dos concretos de boa qualidade ten absorgae eee eee zacio a S08 ben abaixo de 10%, beer erent eee Tana coe. tensio super Iativa fetal 3. POROSIDADE DA PASTA DE CINENTO ENOURECIOA Waa nAt on Epon iadeeet et Maasaray A toro estrutura da pasta de cinento endure mente adr egormagio e1da (PCE) é constitulda pelos produtos al viday no Denes Maratagio do einento e pelos poros. Os po- fo 2 Fos en uma PCE se caracterisan por’ tefem auantiaade,formas @ dinensdes muito variadas. — wicroporog Agua eatrutural RetragGo “tneer lam en Deforsagio Ag propriedader da ree vacian con a porosida _-imeefione givouviga en Befornay de."Para se relacionar as propriedades. com @ Porosidade, @ necessirio classificar os po” Fos quanto’ao tananho, pois esta é uma, das caracteristicas dos poros que mais influen ~ €1a as propriedades.. A tabela 3.1 apresenta uma classificagao dos poros quanto ao tama — nho ea tabela'3.2, as relagdes entre a poro sidade e as propricdades. a Br cc 09/87 3.1 - A mtcro-estrutura da PCE eo papel da Gel_S © none que se a4 aos produtos da hidra tagiio do cimento, tais como o Silicato Hidri tado de calcio (C-S-H), a Portlandita ou Hi: aréxido de Célcio (cH), 0 Sulfato-aluminato de Calcio Hidratado ou'Etringita, o Monosul- VIceNte c, cAaMprneLT foaluminato de CAlcio Hidratado, etc. Estes compostos se apresentam na forma cristalina, com morfologia bem variada, tais como fibras ho C-S-Hi, placas hexagonais finas no CH, agu Anas alongadas na Etringita, placas hexago = Rais longas e finas ou rosetas no monosulfoa Luminato, etc. Na pasta de cimento endurecida ocorre tam bém a presenca, maior ou menor, de gros de cimento néo Ridratados ou parcialmente hidi tados. Esses res{duos de cimento nao hidra dos poden persistir até om cimentos bem hi aratados. Ocorrem também pequenas quantid: es de hidrGxido de magnésio. Esses compo = nentes podem ser encontrados em até 54 om .volume nas pastas maduras, embora os resf- duos ndo hidratados prevaiecam en pastas com pequenas idades. © papel da Agua no interior da pce é de gran de inportancia, pois exerce grande influen = cia nas suas propriedades. E um de ‘seus constituintes essenciais, pois toma parte nas reagdes de hidratagao e, una vez que @ esqueleto estrutural tenha se formado, & atraida para as superficies s6lidas ‘dentro do gel. A agua esta presente entao, de dife- rentes maneiras dentro da PCE. De acordo con a dificuldade de remogio _ da Agua por secagon, as situagdes em que a Agua Be apresenta dentro da PCE s40 as seguintes: a) VAPOR DE AGUA - A PCE raramente nio con tem varios no seu interior eos vazios frequentemente contém ar advindo do am bignte exterior ou da agua no interior da pasta. Bn consequéncia, os vazios tam bam contin vapor é'igua exercendo a_ pri so de vapor apropriada & unidade relati vae a temperatura. b) AGUA LIVRE ~ A Sgua Livre esté iocaliza da principalmente nos capilares, nas tail bén'nos maiores poros do gel e esta, por definicéo, suficientenente longe das su- perficies slides para estar livre. das Forgas do atragio daquolas superficies. ©) AGUA ADSORVIDA - Ao contrario da agua 1L vre, a agua adsorvida esta sob a influ cia'das forcas de superficies © assim, eg fa sobre a superficie. A primeira cam: da & frequentenente dito estar quimissor vida e esta rigidamente mantida, podendo Ser considerado como parte do sdlido. As proximas quatro ou mais camadas molecula Fes 40 atraidas fisicamente e suas ener glas de ligacao diminuen coma distancia até a superficie. 4) AGUA INTER-LAMELAR - Como em algunas ar gilas, a agua pode penetrar nas camad: estruturais do gel, s6lido ou dentro, dos eepacos inter-cristalinos. Esta @ a Agua Jamelar, algunas vezes chamadas de jua zeolitica. A sua renogso resulta em uma diminuigio do espago inter-lanolar- Br ~ PCC 09/87 POROSIDADE DO coNcRETO @) AGUA COMBINADA QUIMICANENTE - Um nome al ternativo & Sgua de hidratagéo. Esta & @ agua que se combina como cimento do hidratado nas reagées de hidratacao e a qual faz parte integrante dos produtes 36 Lidos 3.2. Retireda da Sgue Para a determinacio da porosidade das PCE, cono de outros materiais & base de cimento ; @ necessario retirar todg a agua dos varios, pols os métodos se baseian en medidas = de. Raseas saturadas de agua e masgas isentas unidade, Para a desumidificagéo das PE, Utilizados trés processos, chanados de sec: gen: secagem-P, secagem-D e secagem en fufa. A tabela 3.3 apresenta as condigées destas secagens. Tabéla 3.3 - Condigées de secagen _padrao, Uesdae para determinar 0 con teGdo de agua na PCE (12). Tipe ao [presste, co Bedagen’ [renpecature|vanee 36308 secagea | amtente | 1.2 105% a * pa x 0,0075 = 1 torr = 1 mig ‘+ Temperatura de sublimagdo do C02 sélido ten-se procurado métodos de secagem que reti rem amaior quantidade de umidade das amo: tras e que nso altere o grau de hidratacao do cimento no momento da secagem. Quando utiliza métodos de secagem com calor, a in- ‘de energia no sistena acelera o pro Gesso de hidratagdo durante algum tempo, mo dificanda, a micro-estrutura da PCE. Por es sa razao, a secagem em estufa tem sido rejel tada quando se requer maior rigor no estudo das propriedades dos poros. 0s poros capilares io formados pela caida @a agua da mistura em excesso, que néo pa ticipou das reacées de hidratacao do cimen~ to. Essa agua em excesso, antes da hidra! 80, provoca afastamento dos gréos de cil fo numa magnitude tal, que os cristais = em crescimento podem ou Ado colmatar, esses es pages disponivers. Assim, a porosidade ca Pilar sera tanto maior, quanto maior for VICENTE c. CAMPITECT quantidade de agua adicionada § mistura @ quanto menor for 0 grau de hidratacdo. A Classificagdo dada na tabela 3.1 considera co mo poros capilares, aqueles onde ocorre fo: macdo de menisco, os poros menores, sao cha mados de micropores. com relagSes agua-cimento maiores que cerca de 0,36 (12), 0 volume de gel ndo é sufici- ente para encher todo 0 espaco disponivel , de modo que sobrara um certo volume de poros capilares, mesmo que o proceso de hidra 0 tenha’ sido completado. Esses poros varian em tamanho, cono se vé na tabela 3.1, ¢ fornam un sistem. do, distribuido aleatérianente pela PCE. BS ses poros capilares interconectados $40 | 08 principais responsaveis pela permeabilida- de da pasta de cinento A agua. A hidrat do aumenta o conteido sélido da pasta @, om Pastas maduras, os capilares podem ficar ol truldos pelo gél e segnentado de tal modo que se transfornen en poros capilares inter- conectados somente pelos poros de gel. Pa Fa que os capilares sejam segnentados pelos Produtos da hidratacao, 4 necessirio que a amostra permaneca um tempo mais ou mems lon go em cura imida, cujo tempo depende do fa~ for Agua-cimento (eabela 3.4). Tabela 3.4 + Idade aproxinada, necessaria 3 maturidade, para duc os capilares ‘sejam sognertados (06) Relacdo Sgua-cimento 0,40 0,45 0,50 0,60 0,70 0,70 Para relacées igua-ciment mo a hidratagéo completa nio produziria gel bastante para obstruir todos os capilares. No cago de cimentos extrenanente finos, a re lacio Agua-cimento maxima seria maior, pos sivelnente até 1,0, No caso de cimentos grossos seria menor que 0,7 (06). 3.4. Poros do gel, 0s poros do gel sio os espacos varios exis tentes entre os produtos da hidratacao e tam én graos de cimento ndo hidratados ou par clainente nidratados, menores do que os “po ros capilares. Os poros de gel ocupam cerca de 26% do volu- me total do gel (12), considerando-se como 861ido o material remanescente apés a seca~ gem. A porcentagem real dos poros do gel, durante o andamento da hidratacao, & carac: teristica para cada tipo de cimento. Desde que haja dgua suficiente para hidratar com BT PCC 09/87 POROSTDADE DO CONCRETO pletanente o cinento, a porosidade do gel é independente da relagéo agua-cimento. Como 0 volume total de gel_aumenta com o Prosseguinento da hidratagio, o volume de po ros de gel também aunent. ssim, a porosi dade do gel depende sonente do grau de hidi tacdo, ou da maturidade, da pasta. 3.5. Influéncia da porosidade nas propric: a) Resistancia - A resisténcia 4 compres: de amostras de pastas de cimento dev. ras relagdes égua-cimento © a vérios es je maturidade, curadas a tenperaty ra normal, varia conforme a rela rica: fe = fo. x onder fe = resisténcia & compressio; xistica constante do rece representar a ‘do gel de cimento (D) X= relagdo gel-espaco, que para uma pasta completamente Ridratada 6 es sencielmente (1-Pc), onde Pe é a porosidade capilar (14); n= Suna constante que vale de 2,6 a 3,0 dependendo das caracteristicas 0 cimento (15). Como acontece com outros materiais porosos, a resistencia da pasta de cimento __depende Preliminarmente da porosidade e, como se viu acima, da porosidade capilar. "A nature: quimiga exata dos produtos da hidratacao | Ronos significativa (12)- b) Permeabilidade ~ A porosidade domina tam bém a permeabilidade da PCE. Pastas con alta porosidade capilar tém alta permeabi lidade, pois a 4gua flui facilmente at Pastas hidrata gua-cimento tén permeabilidades muito baixas quando compa Fadas’ com pastas de alta relacdo a/c. ©) Mudanagas de Volume - As variagdes de vo lume, devidas As modificagées de umidade ambiénte (retracao e inchamento}, so fun GSex das mudancas na umidade interna co material e dag caracteristicas de tensdo- tica endo eldstica. Embo ra a retragdo e 0 inchamento sejam inde= a porosidade, eles o séo da in ‘@ parte sélida da pasta e a entrada ou a saida da agua. 4) Médulo de Deformacio - 0 médulo de defor- macao das anostras de pasta de cimento & Proporcional a aproximadamente a tercei Fa potancia da relagao gel-espago- a POROSIMETRIA EM PCE, POR INTRUSKO DE MER- coxuoCFFCSCSCSCS—~CS Para se conhecer a influéncia de algumas adi eSes na porosidade e na distribuicéo dos po VICENTE c, caMPITeLD ros por tamanhos, de pastas de cimento endu- recidas, foi realizado uma pesquisa de porg simetria por intrusao de mereirio om | amos= tras com 90 dias de idade, com fator Sgua~ cimento de 0,40 © com teores variados de adi cées. As adicdes escolhidas para a pesquisa foram: escéria granulada de alto-forno, cinzas vo lantes, cinzas de cascas de arroz e residuo ceramico moido. As adiges foram mistura das ao cimento portland "puro" (elinquer mot do com gesso), nos teores de 20%, 408, 608 € 808 relativo 4 massa de mistura, As’ andli ses quimicas desses materiais sdo apresenta’ das a seguir e foram realizadas pelo Labora- t6rio de quinica dos Materiais da Divisio de Bdificacdes do Insticuto de Pesquisas Tecno Idgicas de sao Paulo. a Tabela 4.1 - Resultados das andlises quimi cas dos materiais, utiliza= dos (16) 2) Cimento Portland | Composicéo Potencial Andlise Quimica ‘de Bogue Perda ao fogo 1,458| Geaso 7,108 5102 18,508 1,03 aise] c3s_ 55,508 e203 3,718 cad) 60,408] c25 10,408 M30 5,848 303 3,308] c3A 058 azo Ori6e 20 0,778} © C4AP 11,308 205, 1,048 Insoldveis ovat Sal livre" 1/028 Alcalis 0,678 POROSIDADE DO coNcRETO ©) Materiais Pozoldnicos = Andlise Quimica Cinza Ginza de | Resfano Tipo Volante |Cascas de | Ceramico (3)___farroz ie) {| _10) Perda ao fom} 2,86 9,40 0,98 sioz 49,20 | 91,40 66,10 Al, 0, 25,20 1,10 19,60 Fedo} 16,00 0,78 7,84 cad 2,50 0,84 0,21 4g0. 18, 1413, 1,82 s03 0116 0,34 0,03, wa20 0,34 0,04 ona 20, 1,78 2,88 Bald ~ Alealis Disponiveis Cinga |Cinza de | Residuo Tipo Volante |Cascas de | Ceramico a) croz_{8)_| i) Na20 0,06 0,01 0,03 20 0,62 0,52 oat ‘Teor da dlca~ is (en Na20) | 0,47 0,38 0,30 0s materiais ensaiados apresentaram as carag teristicas fisicas mostradas na tabela ¢.2. Tabela 4.2 ~ Caracterfsticas fisicas dos ma teriais ensaiados (16). b) Escéria Granulada de alto Forno Andlise Quimica Perda ao fogo 1,418] azo o,a88 8102 ‘3 5,608] K20 0,528 a1,0, 10,798] Hn203 01758 Feio$ 0/818] sulfeto ovo7e cao 42,708] Perro metstico 0/420 go 8157] Insolaveis 0,758 803 0,098] Teor de Alcatis 014ee Br Fcc 09/87 Durante as verificagées da xeologia, consta~ tounse que as misturas com 608 @ 604 de cin zas de cascas de arroz ea mistura com 80% de reside cerinico nofdo deixaran de. spresen tar 0 conportamento caracteristico das pas tas @ passaram a se conportar como "terra Uni aa". 4.1, Anostras @ ensaios Ag misturas do cimento portland com as adi- goes foran feitas a seco © apos, foram adi- Gionadas 4 agua numa arganassadeira mecani- ca.” Depois de homogencizadas, as pastas fo Fan noldadas en cilindres de sna de. diane tro e estocadas em agua saturada de cal por 90 dias. Depois de desnoldadas, as anoc~ tras foran secas om estufa a 105°C. Com as amostras, foram realizados ensaios de VICENTE Cc, canProecr porosidade e de distribuicéo dos poros por tamanhos com 0 porosimetro de merciric e en saios de porosidade © massa especifica por A porosidade, em porcentagem, con 05 dados do porosimetro, foi pela seguinte equacao: volume de vazios x 100 vol, de variost massa/massa espec.)x 10 © volume de vazios corresponde ao volume to tal de mercGrio introduzido na anostra, medi do diretanente pelo porosimetro. determinada ‘calculada orosmape = A massa da amostra seca foi determinada an- tes de iniciar o ensaio com o porosimetro e ‘a massa especifica calculada pela seguinte equacao. (g/cm) ond massa especifica: massa da anostra seca en estufa magsa da amostra imersa em agua, apés saturacio por inersao e vacuo (processo hidrostatico) . ero A tabela 4.3 apresenta os resultados de mas sas especificas referidas acima. Tabela 4.3 - Resultados de massas especificas das PCE, utilizados no calculo das pordsidades com os dados do porosimetros (16). PoROSTDADE D0 coNcaETO este critério apresenta dificuldades, devido 2 grande aispersio dos resultados. Como os valores de massa especifica absoluta obtida por moagen ¢ os de massa especifica aparente Obtida por imersio e vicuo sSo aproximada- mente iguais, optou-se pelo uso das massas especificas aparentes. : A distribuicdo dos poros por tamanhos é de terminada pela aplicacao da equacéo aprese: tada em 1.2, com a determinagac dos raios dos pores, considerados cilindricos, a partir Gas pressdes aplicadas pelo porosinetro. Os resultados obtides serdo apresentados mais adiante. A porosidade obtida pelo ensaic de imersio e vacuo é determinada com a aplicacio da se guinte equacdo: cna e=3 POROSIDADE = x 100 () onde: A= massa da anostra seca em estufa; B= massa da anostra imersa om agua, apéa saturacao por imersio e vacuo (processo hidrostatico) ; C= massa da amostra saturada por imer 0s resultados de porosidade obtidos com os dados do porosinetro e com os dados de imer 80 e vacuo ndo sdo exatamente iguais, como Bode ser constatado pelos dados da “abel ae Tebela 4.4 - Resultados de porosidede das RCE, obtidos com os dados do po rocinetro e por imersao e vacuo Wassas eape- Masses a6). Foostra | cfticas arostra | cfficas (e/on') (a/en!) Puro 2,49 Porosidade (¥) 20E 2148 20.2 245 ad we 2145 40 235 60 E 2139 60 A 2,23 Puro | 37,2 | 28,0 Boe 2,30 80.8 2s aoe | 39,5 }27,1 20a] 42,7 20 FA 2,46 207 2,47 aoe | 36,8 [28,3 40a] 47,3 40 FA Dias 49,7 249 6oe | 33,1 [27,4 Goal 50.4 60 FA 245 oot 2,53 208 | 28,7 | 28,6 80a) 68,0 80 FA 2i52 80 7 2,53 zo ral 29,6 |32,6 207] 31,0 4o ra} 30,7 [33,9 407] 31,8 0s simbolos apresentados na tabela 4.3 té@m 60 FA| 34,3 [37,1 60 T | 33,1 05 seguintes significados: eo ra] 43,4 [42,2 sor] 42,2 Puro = Cimento Portland: E = Escéria granulada de alto fornos FA = Cinzas volantes; A © Cinzas de cascas de arroz; T = Residue ceramico moido: 20 - 40 ~ 60 ~ 80 = Teor de adicéo nas mis ras. Um valor mais exato para este cAlculo de po- rosidade @ obtido con 0 uso das massas espe cificas absolutas, determinadas por moagen das amostras a um alto grau de finura, porém br Pcc 09/87 Da andlise da tabela 4.4 observa-se que hou ve um aumento de porosidade dae PCE, quando Teut parte do cinento pelas adicoes enealadas, exceto no caso da escéria. 0s resultados de porosidade obtidos por imer aioe vicuo foram adotados cono representa tivos das porosidades das PCE ensaia: Go en vista tratar-se de umensaio nais usual: devido a sua simplicidade. VICENTE Cc, cAMPITELT 4.2, Distribuigio dos poros por tamanhos © porosimetro de nercirio, durante as opera: s8es do ensaio, fornece os dados de pressoes aplicadas ¢ de deslocamentos do nivel do nercirio no tubo capilar do dilatmetro. Co Ro 0 diametro do capilar § conhecide, caleg la-se, para cada presséo aplicada, 0° volune ae mercirio introduzido na anostra. vel calcular o raio dos poros qué 1.2), com isso tem-se os pa= volume de mercirioe raio de valores: do poro. Como a quantidade de dados obtidos € muito grande, convén tratar esses dados estatisti- Gamente, como pode ser visto nas figuras 4.1 e 4.2. D) Histograma Figura 4.1. Tabela de dados e histograma, de terminados a partir da porosine: tria de mercirio de una. anostra de cimento “puro™ (16). Br PCC 09/87 F.ROS:DADE DO coRCRETO a) Curva Diferencial ») Curva Acumlativa Figura 4.2. Curva diferencial e curva acumy Jativa da distribuicéo de pores Por tamanhos, de uma amostra de cimento “puro” (16). Com os resultados de porosinetria, obtidos Para todas as misturas 4 referidas, fez-se um estudo comparativo, juntando em wm 86 gr: fico os dados das misturas com um mesmo tipo de adicéo, confrontando-os com os dados do. cimento “puro”. Ei studos comparativos foram feitos com as curvas diferenciais e com as curvas acumulativas (figuras 4.3 a 4.6). poneenTAoDH Ox LONE cae a) Curvas Diferenciais Ccunva AcuMuTna 04 STRIBNCIO OF FOROS. tecenon “ponosias pur no See | om see oat om vet me roncentagen Figura 4.3. b) curvas Acumulativas Estudo comparativo de curvas diferenciais e curvas: acumulativas, obtidas de amostras de cimento “puro” @ de cimento com adigdo de escéria granulada de al to forno (16). 10 went eras ‘onze vounve 0 008 roR08: 4) Curvas Diferenciais Ccunva ACUMULATIA oA @STRIBUELO OF FORCE ‘ange vounre txoenoe Poncentaaen AcvmULADA no 008 pomas 0 b) Curvas Acumulativas Figura 4.4. Estudo comparativo de curvas diferenciais e curvai acumulativas, obtidas de amostras de cimento "puro ede cimento' com » an cums pirenencus ‘C6. beannez wzcewoa [rommorns Sr. Fn 9 [or20 es oon aa ok sea rorcenasee ew voUMme sntto 008 Ponas ew anceron a) Curvas Diferenciais cum AcuuuLArivs 04 oxsrewucho Be roso8 roncenmacy acuwutaca 16.06 annoz b)- Curvas Acumulativas Figura 4.5. Bstudo comparativo de curvas diferenciais e curvas acunulativas, obtidas de amostras de cimento "puro" e de cinentos com adicdo de cinzas de cas roz (16). ede ar 12 ronctavaea fe vous [RAIO 08 ronos tu AncsTAOM a) Curvas Diferenciais ‘cum ACUMULATIVA BE asrRIBUCo GE ROROS accenuee PomeentaDt AQABA ‘taro pos ponos eu anosTmoN b) Curvas Acumulativas Figura 4.6. Estudo comparativo de curvas diferenciais e curvae acumulativas, obtidas de amostras de cimento "pu ro" e¢ de cimentos com adicao de residuo ceramico moido (16). 13 VICENTE ¢. CAMPITELT Do estudo das figuras 4.3 a 4.6 © das tabe~ las de dados de todas as anostras (3 para ca 4a tipo), chega-se aos dados da tabela 4.6- Tabela 4.6 - Porcentagens de poros, de acor do. com os tamanhos.' Média de trés ensaios (16). Raios em angstroms Tipo 1.000] 1.000 | 660 | 330 | 190 | 70 Puro |¥ 9,57] 3,2 | 2,6 [13,5 | 22 | a5 POROSTDADE 20 CONCKETO As altas concentracdes de poros com raios de 190 ¢ 70 angstrons pode ter ocorride devido ao seguinte: = 08 poros de raios de cerca de 190 AU? pL fo) e de cerca de 70 A (2? pico) podem ter a forna de garrafas de gargalo estreito. Resim, quando a pressso atinga um valor tal que injete mercurio atraves dos garga los, grandes volumes de mercirio penetran nos vazios que se situan apés oa gargalos, antes inaceasivels devido 43 pressdes mend 5. CONSIDERACOES PINATS 208 | 10,75] 3,2 | 3,2 fas.e | a7 | as aoe | 13:48] 3,0 | 3:0 | ea | 17 | 16 6oe | 10,63] 5,3 | o8 farsa | 20 | 13 80 £ | 10,54] 2,0 | 0,0 | 8,0 | 22 | 12 éaia | 11,35] 3,4 | 1,8 [io.7 | 19 | as 20 ral 8,o4{ 2,1 | 0,0 |3,¢ | 27 | 12 40 Fa} 5,90) 2:1 | a6 | 4s9 | 28 | 17 60 Fal 7,76) 3,0 | 0,0 | 4;1 | 20 | 17 go ral 5,14) 1,6 | 0,9 | 6,0 | 29 | 15 Média | 6,71 o6 | 7.2] 26 | a5 20a | 10,84 2488] 25 | 14 aoa | iia 3:2] 98 | 20 | 16 60 A | 17,53 2,7 | aye | 14 | ie 80 A | 29,44 36 | 6,9 | 10 | 16 Media| 17,25] 3,1 | 3,0 | 8,5 | 37 | 16 207 | 7,02] 2,7 | 6,7] 9,4] 22] 8 aot} 740{ 16 | 16 | 7.3 | 22 | 16 sot | 453] 33 | 04 | a8} 22 | 16 807 | 3,72] 2,0 | 5,0 jis.9 | 6 | 20 média} 5,67| 2,4 | 3,4} 9,1 | 20 | 35 Média Total | 10,20] 2,8 | 2,2 | @,9 | 21 | as Da tabela 4.6 das figuras 4.3.4 4.6, des, tacan-se as seguintes constatacses a) bas figuras 4.3 a 4.6, observacse que a Presenca das adicées provocou um desio- camento das curvas para a direita, en re Tagéo a do cimento "puro", signi ficando que houve uma diminuicae do tamanho dos poros; b) As curvas diferenciais ¢ a tabela 4.6 mostran que a maioria dos poros (cerca de 90%) tém raios menores do que 1.000 A. Observa-se também que a presenca de pores se torna mais significativa para Faios menores do que 660 A; ©) As curvas diferenciais apresentam dois picos, correspondentes aos raics de Fos de 190 e 70 angetroms, significando que ocorreu uma alta concentragao de po Br PCC 09/87 A porosidade do concreto & influenciada pe- Jos seguintes fatores, conforme foi apresen- tado nos capitulos anteriores: a) Exsudagdo. Para evitar a exsudacéo, de- ve-se dosar concretos com minimo fator gua-cimento, compative! com a trabalhabi Lidade necessaria, ¢ aumentar a guantids de de finos com dimetro menor do qu 0,15 my b) Agregados. 0s agregados devem ter, se Possivel, forma cabica, textura dspera, Alguna atividade quimi¢a ago expansiva com a pasta (agregados calcdreos ou alta~ mente solicosos), pequeno teor de poros e ter poros de pequeno tananho; c) Interface pasta-agregados. A zona de con tato entre a pasta e os agregados seré me Thorada ge, alan de atender as recomend: goed do itén b, adicionar-se materiais po Zolanicos tais'cono cinzas volantes ou mi Grossitica; a) Pasta. A pasta que compée 0 concreto ti ra porosidade minima nas seguintes condi= ce = ter baixo fator 4gua~cimento (abaixo de 0,55 1/kg - ver tabela 3.4); = quanto maior a idade, para uma dada tem peratura; = quanto mais cuidadosa e prolongada for 2 cura; e) AdigSes. 0 uso de adigées, tais como es céria granulada de alto forno, cinzas vo lantes, microssilica, cinzas de cascas de arroz ‘'e outras de eficiéncia comprovada, provecan a diminuigéo do tamanho dos po- Fos, se forem convenientenente dosadas: £) Aditivos. Uso de aditivos redutores de Agua ou superplastificantes, que possi- biliten redugao do fator a/e, mantendo trabalhabilidade adequada- Todas essas recomendagdes serdo Gteis por o- casiao da dosagem do concreto, quando o tecnologista devera compatibilizar os mate rlais existentes na regiso com as condicoes da obra. a4 VIceNre Cc. cawprretr Além das recomendacSes anteriores, um concre to bem dosado, com materiais de boa quali de, tera baixa’porosidade se as operages de tura, transporte, adensanento © cura. £0 rem cuidadosamente atendidas. Além disso, ag formas utilizadas devero ser estanques , no absorventes (impermedveis ou saturadas com agua antes do langamento) e também deve réo ser indeformiveis. © conhecimento das causas que levan um con exeto a ser pouco poroso ou imperneavel, pos sibilitam ao construtor ou ao. teenologiata tomar providéncias antes ou durante 0 and mento de uma obra, para se evitar problemas patolégicos futures, 6. REFERENCIAS BIBLTOGRAFICAS 02. HAYNES, J. M. 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BOLETIM TECNICO - textos publicados Teohnicat Bulletin = Iaeued Papere Br Br Br er er er 01/06 02/86 03/86 04/86 05/86 06/86 07/86 08/66 09/87 Ago do incéndio sobre as estruturas de concreto armado The effect of fire on reinforced concrete structures Arganassas de assentamento para paredes de alvenaria resistente Mavonry mortar for structural brickwork Controle de qualidade do concreto Qquatity control of the conorete Fibras vegetais para construgio civil-fibra de coco Vegetable fibres for building - coin fibres ‘As obras piblicas de engenharia e a sua fungio na estruturagao da cidade de Sao Paulo The public works of civil engineering and ita function on structuring the city of Sao Paulo Patologia das construgdes. Procedimentos para diag- néstico © recuperagao Building pathology. Diagnosis and recovering procedures Medidas preventivas de controle da temperatura que induz fissuragdo no concreto massa Preventive measurement to control the temperature wich produces oracking in maze concrete © computador e 0 projeto do editicio The computer and the building design Porosidade do Concreto Conorete Porosity FRANCISCO R,LANOT FERNANDO H,SABBATINI PAULO R.L.HELENE HOLMER SAVASTANO JR, WITOLD 2MITROWICE NORBERTO B, LICHTENSTEIN GEORGE INOUE FRANCISCO F,CARDOSO VICENTE C, CAMPITELT BOLETIN ESPECIAL - Textos publicados Special Bulletin ~ Teoued Papore BE 01/87 ~ Carta de Brasilia J.C, PIGUETREDO PERRAZ

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