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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DEDC - CAMPUS VII

ELIANA MACÊDO DA SILVA

COOPERATIVAS DE CRÉDITO: AGENTES DE


DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
UMA ANÁLISE DA CREDI NORTE EM JAGUARARI

SENHOR DO BONFIM
2017
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ELIANA MACÊDO DA SILVA

COOPERATIVAS DE CRÉDITO: AGENTES DE


DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
UMA ANÁLISE DA CREDI NORTE EM JAGUARARI

Projeto de Pesquisa apresentado ao


Departamento de Educação - DEDC,
Campus VII da Universidade do Estado da
Bahia - UNEB, como requisito parcial para
obtenção do título de bacharel em Ciências
Contábeis.

Orientador: Prof. Dr. Raimundo Nonato Lima


Filho

SENHOR DO BONFIM
2017
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Dedico este trabalho ao meu esposo, pelo


incentivo, paciência e apoio nessa trajetória.
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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus, pois é o meu companheiro durante toda a minha
vida, me dando sempre força e coragem para ir adiante.
Quero agradecer a todos que me acompanharam nessa jornada, o meu carinho a cada
companheiro de classe que me estimulou a prosseguir; aos mestres que me encaminharam e
me ensinaram o melhor caminho para chegar até aqui. Ao querido Edval, pelo suporte nesses
anos todos de dificuldades, mas também de muitas alegrias e superação.
Quero demonstrar aqui todo meu amor e gratidão a minha família; ao Gilson dos
Santos meu esposo, aos meus irmãos, as minhas mães Maria Augusta e Eliane Costa e não
posso esquecer da minha sogrinha Maria Madalena, que foram e sempre serão o meu suporte
e a minha força.
Minha gratidão aos meus colegas de trabalho por todo o incentivo e paciência.
Muito obrigado a todos...
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“Transformar o medo em respeito, o respeito


em confiança. Descobrir como é bom chegar
quando se tem paciência. E para se chegar
onde quer que seja, não é preciso dominar a
força, mas a razão.

É preciso, antes de mais nada, querer.”

(Amyr Klink)
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO..............................................................................................07
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA........................................................................................09
1.3 OBJETIVO GERAL.......................................................................................................09
1.4 JUSTIFICATIVA...........................................................................................................10

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 COOPERATIVAS DE CRÉDITO...................................................................................11
2.2 CREDI NORTE ...............................................................................................................13

3. METODOLOGIA.........................................................................................................15

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................16
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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

O cenário que envolve o sistema financeiro nos últimos anos tem evidenciado,
especialmente pela grande expansão de novas instituições financeiras (bancos populares), um
mercado cada vez mais competitivo, que vem acirrando cada vez mais a concorrência entre as
instituições.
Conforme Lima (2011, p. 39), instituições tem regras ou códigos formais, mas também
informais. No caso dos Bancos oficiais, seu papel institucional é tanto aquele definido em
termos legais ou estatuários, por exemplo, conceder financiamento rural, quanto àquele que se
consolidou informalmente; atuar como regulador do mercado, e também prover liquidez
quando o mercado interbancário estiver paralisado, balizar as taxas de juros praticadas, etc.
São muitas as atividades realizadas por este tipo de instituições, observa-se, pelas
“vantagens” oferecidas e pela possibilidade de acesso ao crédito fácil, especialmente para
trabalhadores e aposentados, através destas instituições convencionais, aquilo que a principio
se apresenta como beneficio (o credito fácil), vem se tornando um grande problema de
endividamento para os credores. O acesso ao crédito através dos bancos oficiais (Caixa
Econômica, Banco do Brasil), diante das grandes exigências da sociedade, não tem crescido
na mesma proporção.
Neste contexto de disputas e com uma visão sustentável de desenvolvimento, surgem
os Empreendimentos Solidários e/ou Economia Solidária, a exemplo das Cooperativas de
Crédito, que vem ganhando espaço e surgem como uma importante alternativa para o
desenvolvimento econômico, fornecedora de crédito, com diferenciação dos bancos, é uma
instituição coletiva, que propicia assistência financeira a seus cooperados, promovendo o
desenvolvimento da comunidade através do microcrédito, da formação de poupança, e de
serviços direcionados ao empreendimento local.
Na busca de uma sociedade econômica e socialmente mais justa do que aquela a que
leva o capitalismo, concentrador de riquezas, e com menor limitação ao direito de
autodeterminação dos indivíduos imposta pelo socialismo estatal, estudiosos e pesquisadores
encontram, no cooperativismo, uma terceira forma de organização da sociedade KONZEN &
KRAUSE (2002).
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De acordo com a Lei 5764/71, as cooperativas “são sociedade de pessoas, com forma e
natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar
serviços aos associados.”, ou seja, são instituições financeiras, que oferecem produtos e
serviços aos cooperados, pautadas no anseio coletivo.
Santos (2009, p. 18), em sua obra “Estratégias Competitivas das Cooperativas de
Crédito”, esclarece porque as cooperativas de crédito são instituições financeiras.

As cooperativas de crédito são consideradas instituições financeiras, pois são


intermediadoras de crédito, elas facilitam e desburocratizam o acesso ao crédito a
grupos com recursos menores, que individualmente não conseguiriam determinadas
vantagens. Suas atividades de empréstimos são financiadas por depósitos de
poupança feitos pelos membros da cooperativa que compartilham de um vínculo
comum de associação, geralmente de natureza geográfica ou de natureza
ocupacional.

Com o objetivo de captar recursos financeiros através de empréstimos para financiar


atividades econômicas, conceder crédito, gerenciar poupanças e a prestação dos serviços de
natureza bancária, as cooperativas ainda promovem o desenvolvimento econômico e social
local, o cooperativismo uni pessoas em prol de melhores condições de trabalho e renda. As
cooperativas de crédito dispõe de uma variada gama de serviços voltados para os seus
cooperados, os principais serviços financeiros que as cooperativas de crédito oferecem aos
associados são: concessão de crédito, captação de depósitos, prestação de serviços de
cobrança, de custódia, de recebimentos e pagamentos por conta de terceiros sob convênio com
instituições financeiras públicas e privadas e de correspondentes no País, além de outras
operações específicas e atribuições estabelecidas na legislação em vigor. (SEBRAE, 2009, p
106).
A economia solidária é endossada com princípios que valorizam mais o trabalho e
seus participantes do que o lucro. São princípios como a detenção de posse e o uso dos meios
de produção coletivo, a autogestão é a feita por todo o elenco da associação, ou seja, todos
participam das decisões, e há o rateamento das sobras – resultado apurado no fim do exercício
das cooperativas – entre os cooperadores após discussões, negociações e aprovação de todos.
São vários os modelos de cooperativas, desde saúde, educação, habitação e outros. Há
também as cooperativas de crédito, que oferecem benefícios financeiros aos seus cooperados.
Todas, principalmente as de crédito, necessitam de instrumentos contábeis que mensurem,
registrem, controlem e evidenciem os fluxos de recursos gerados, bem como, as mutações
patrimoniais ocorridas nessa entidade. Contudo, tais instrumentos, quando inseridos nas
cooperativas encontram inúmeras dificuldades, muitas vezes pela ausência de compreensão
dos próprios membros, muitos são leigos a respeito da importância que tem a contabilidade
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para a evidenciação do patrimônio das cooperativas, bem como a falta de consultoria contábil
e assessoria administrativa.
Este sistema já é uma realidade mundial, e não é diferente em nosso país. No Brasil há
uma busca crescente pelas cooperativas de crédito, ampliando assim sua atuação no Sistema
Financeiro Nacional (SFN), esse evento nos remete ao aprofundamento do estudo para que se
possa obter uma melhor compreensão e análise sobre esta via de acesso ao microcrédito.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

As cooperativas surgiram como contribuição para o desenvolvimento da economia


local de modo inclusivo. Frente a esta problemática surge a nossa questão de estudo que é
entender “Como as cooperativas de crédito se tornam instrumento de desenvolvimento
econômico e social?” A abordagem com este estudo se volta para o caso da cooperativa
CREDINORTE no município de Jaguarari-Ba, buscando analisar a utilização da ferramenta
contábil no processo financeiro, administrativo e social da cooperativa em estudo que apesar
de utiliza-se de um sistema de crédito e lucro diferenciado, em favor dos associados, consegue
se manter no mercado.

1.3 OBJETIVO GERAL

Evidenciar como as cooperativas de crédito se tornam instrumento de


desenvolvimento econômico e social.

1.4 JUSTIFICATIVA

Este estudo sobre as Cooperativas de Crédito foi elaborado com a pretensão de


analisar a relevância das cooperativas de crédito como agentes de desenvolvimento
econômico e social para a comunidade onde ela está inserida, evidenciando os benefícios para
seus cooperados e as características relevantes para empoderamento de seus membros.
Portanto, será também discutida a definição do cooperativismo, sua evolução histórica, seus
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díspares das demais instituições financeiras e o uso da contabilidade como instrumento de


transparência.
Este estudo será de grande aporte para entendermos o papel desempenhado pela
cooperativa de crédito e suas contribuições para o desenvolvimento regional, sustentável, sem
provocar endividamento dos associados, em especial à contribuição da CREFDINORTE para
o desenvolvimento do município de Jaguarari.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 COOPERATIVAS DE CRÉDITO

A expressão cooperar nos remete a um cenário de pessoas se protegendo mutualmente,


com vínculos que levam ao um ambiente inclusivo de relação bilateral.
Partindo do pressuposto que ajudar ao próximo é bom e que a união faz a força, é que
nos apoiamos no significado de cooperativa nos dado por Crúzio (2005, p.07), “cooperativa é
uma união de pessoas, cujas necessidades individuais de trabalho, de comercialização ou de
prestação de serviços em grupo, e respectivos interesses sociais, políticos e econômicos
fundem-se nos objetivos coletivos da associação”.
O cooperativismo nasceu como uma forma de organização social que se contrapunha à
desigualdade crescente produzida pelo sistema capitalista, através da polarização entre
ganhadores e perdedores de um regime competitivo. Essa nova forma de organização,
predomina a igualdade entre todos os membros e a solidariedade. Para isto, os participantes na
atividade econômica devem cooperar entre si em vez de competir (SINGER, 2002).
No Brasil, a cooperativa pode ser definida e entendida como um conjunto de pessoas,
destinado a prestar serviço e proporcionar desenvolvimento econômico e social aos mesmos.
Em relação á sua origem, Schimmelfenig, (2008, p. 22), diz que o cooperativismo nasceu na
França, e quase ao mesmo tempo na Inglaterra, entre os anos de 1820 e 1845.
Entretanto, a primeira cooperativa de crédito, que é a luz desta pesquisa, se originou
em 1847 na Alemanha, fundada por Raiffesen, era uma associação de apoio à comunidade
rural. Esse modelo cooperativista alemão de Raiffeisen, inspirou várias outras que surgiram
em localidades como França, Itália e em outras localidades.
Em nosso país, a cooperativa de crédito teve início nos ano de 1902, pelas mãos do
Padre europeu Theodor Amstad, no Município de Nova Petrópolis, Rio Grande do Sul.
De acordo com Schardong, (2003, p. 63),

O Cooperativismo de Crédito chegou ao Brasil, trazido da Europa pelo Padre


Theodor Amstad, com o objetivo de reunir as poupanças das comunidades de
imigrantes e colocá-las a serviço de seu próprio desenvolvimento. (...) foi em Linha
Imperial, município de Nova Petrópolis, que o Padre precursor constituiu
formalmente a primeira Cooperativa da espécie, em 28 de dezembro de 1902.

O economista John T. Croteau, (1968, p. 58 ), afirma que “a cooperativa de crédito é


um instrumental econômico que diligencia em desenvolver entre os seus participantes uma
abordagem de eficiência empresarial na operação de suas respectivas realizações”.
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Contudo, o surgimento da cooperativa como uma forma ordenada e baseando-se em


regras válidas para todo o país, está regulada pela Lei 5.764/1971, que definiu a Política
Nacional de Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das cooperativas. Como elas se
equiparam as outras instituições financeiras, são controladas e fiscalizadas pelo Banco Central
do Brasil - BACEN, conforme dispõe o art. 92, I da lei que lhe regulamenta.
O crédito é um dos ramos mais dinâmicos do cooperativismo, sendo formado por
instituições financeiras sob a forma de cooperativas, as quais têm como propósito a prestação
de serviços financeiros aos associados, segundo o BACEN (2008). Essas organizações não
têm fins lucrativos, mas, sim o objetivo de propiciar crédito e prestar outros serviços
financeiros aos cooperados, com autorização e fiscalização do BACEN, como observam
Meloni (2005) e Geriz (2004).
As cooperativas de crédito são ferramentas de desenvolvimento em vários lugares do
mundo. No Brasil, segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), 2008, existem
1.148 cooperativas de crédito, com 2.851.426 cooperados e 37.266 empregados.
Quando se trata de crédito e sistema financeiro brasileiro, a maior parte dos estudos
restringe-se, naturalmente, ao sistema bancário, havendo uma escassez de trabalhos que
abordem o cooperativismo de crédito dentro dessa perspectiva (SILVA, 2011).
Deve-se ficar claro que este sistema não é um banco, é preciso reconhecer suas
diferenças e semelhanças, distinguir ambos é primordial, e o principal diferencial das
cooperativas de crédito em relação aos bancos é a ausência de lucro. As cooperativas de
crédito têm como finalidade prestar serviços financeiros aos seus associados, trazendo por
consequência uma melhor qualidade de vida devido ao acréscimo de renda.
As cooperativas são sociedades de pessoas, enquanto os bancos são sociedades de
capital. Inclusive, por força da resolução CMN 3.106, as cooperativas de crédito devem
adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Cooperativa", vedada a
utilização da palavra "Banco" (FONSECA, 2008).
As cooperativas são obrigadas a fazer sua escrituração contábil e demais obrigações
acessórias, devem seguir as convenções e o os princípios das Normas Brasileiras de
Contabilidade.
A partir disso Zdanowicz (2010, p. 35), ratifica que a atual legislação determina que,
ao final de cada exercício social, a diretoria da cooperativa deve apresentar com base nos
registros contábeis, os relatórios, as demonstrações, e os pareceres, expressando com clareza,
transparência e a situação de liquidez e rentabilidade da organização, bem como as mutações
patrimoniais ocorridas entre o exercício anterior e o atual.
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Todavia, mesmo entendendo que a contabilidade está presente em todas as entidades,


independente se seu sim fim será lucrativo ou não, sempre buscando evidenciar os fatos
contábeis em cada uma delas, Luconi e Karling (2011) observam que a contabilidade, de certo
período para cá, está voltado, sobretudo, para atender as grandes empresas e organizações do
sistema capitalista.
Diante disso, todo o aparato técnico contábil existente na atualidade se encontra quase
que voltado exclusivamente para se atender as necessidades das organizações capitalistas.
Porém, ainda é possível utilizar esses aparatos técnicos existente na atualidade, de forma
adaptada, para os empreendimentos solidários.
De acordo com o Bacen, as cooperativas são obrigadas a publicar na sua Circular nº.
1.561 de 19 de novembro de 1989, as seguintes demonstrações contábeis: balancete
patrimonial analítico e demonstração dos resultados do 1º semestre, como os relatórios da
demonstração do resultado do exercício, que na verdade esses últimos são demonstrações de
sobras ou perdas de acordo com a Resolução do CFC nº. 1013 de 21 de janeiro de 2005. Já
para os associados às Demonstrações Contábeis são mais abrangentes, de acordo com
Zdanawicz (2010, p. 36) “é composto pelos seguintes elementos: a) relatórios; b)
demonstrações financeiras; e c) pareceres”.
As cooperativas de crédito surgiram como uma via de acesso simples e prática ao
microcrédito, recheada de aditamentos. Como a especificidade de produtos a cada necessidade
do associado, empréstimos e financiamentos a juros simplórios, rapidez e flexibilidade nas
operações, poupança com maior rentabilidade. É um sistema que concentrasse na satisfação e
resolução das dificuldades de seus cooperados.

2.2 CREDI NORTE

Os três principais sistemas de cooperativas de crédito no Brasil, segundo Abramovay


(2004, pag 58), são o SICOOB (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil), o SICREDI
(Sistema de Crédito Cooperativo) e o UNICRED (Instituição Financeira Cooperativa da
União de Médicos do Brasil). O SICOOB e o SICRED são os mais organizados, voltados para
o agronegócio, dominam as operações de crédito rural, e cada um possui um banco comercial,
o BANCOOB e o Banco Cooperativo do SICREDI (BANSICREDI), respectivamente, com
estruturas enxutas e autonomia na prestação de alguns serviços exclusivos para atender seus
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associados, como o acesso direto à câmara de compensação bancária (SICOOB, 2007;


SICREDI, 2007).
O UNICRED é uma a cooperativa de crédito que foi criada para prestar apoio aos
profissionais da saúde, como médicos, psicólogos, fisioterapeutas, dentistas e outros
profissionais, estes vêem o UNICRED, como uma instituição de confiança, bem diferente dos
sistemas de créditos comum (BASTOS, 2010, p. 08).
A instituição em estudo é a CREDI NORTE (Cooperativa de Crédito Rural Norte do
Itapicurú), é uma cooperativa de crédito singular, instituição financeira não bancária,
constituída como sociedade de pessoas, de natureza civil, sem fins lucrativos e não sujeita a
falência. É uma Associação conveniada da ASCOOB (Associação das Cooperativas de Apoio
a Economia Familiar da Bahia), em contrapartida este sistema pertence ao SICOOB
(SICOOB, Ano 04, 2017, pag. 13).
A CREDI NORTE foi credenciada pelo Banco Central do Brasil a integrar o Sistema
Financeiro Nacional através de Carta Patente, e está autorizada a operar em Crédito Rural,
sendo Integrante do Sistema Nacional de Crédito Rural, e atende também o Micro
Empreendedor – ME e o Empreendedor individual – MEI. Iniciou suas atividades em 17 de
junho de 2003, hoje com 215 associados, com sede na Praça Alfredo Viana, Calçadão 02,
Centro, Jaguarari.
Tem como atividade preponderante operar na área creditícia, tendo como finalidade
proporcionar através de mutualidade, assistência financeira aos associados, na formação
educacional dos mesmos, no sentido de fomentar o cooperativismo, através de ajuda mútua,
da economia sistemática e do uso adequado do crédito.
Nas palavras de Ricciardi e Lemos (2000), o tipo de crédito das cooperativas é
diferenciado e utiliza um método de trabalho conjugado, ao mesmo tempo em que pode ser
visto como um sistema econômico peculiar, em que o trabalho comanda o capital. É que as
pessoas que se associam cooperativamente são as donas do capital e as proprietárias dos
demais meios de produção (terras, máquinas, equipamentos, instalações e outros), além de ser
a própria força de trabalho. Como essa disposição de se associarem tem o objetivo de realizar
um empreendimento que venha a prestar serviços mútuos, é óbvio que essa união busca a
elevação dos padrões de qualidade de vida desses associados.
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3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada será exploratória, já que se trata de um estudo de caso


efetuado na CREDI NORTE. Segundo Beuren (2010, p.84), o estudo de caso ”caracteriza-se
principalmente pelo estudo concentrado em um único caso”. Já Dias e Silva (2010, p. 47
Apud YIN, 2003), diz “que é uma investigação empírica que estuda um fenômeno
contemporâneo dentro do seu contexto real, especialmente quando os limites entre o
fenômeno e o contexto não são claramente evidentes”.
A pesquisa exploratória para Gonçalves e Meirelles (2004), procura descrever as
características de um fenômeno, buscando descobrir a existência de associação entre variáveis
a partir de dados proporcionando maior familiaridade com o problema, tornando-o mais
explícito.
Essa análise será realizada em consonância com a pesquisa bibliográfica e entrevistas
que serão realizadas com os Diretores Administrativos e Fiscais da Cooperativa, e alguns
cooperados, pessoas essas detentoras de experiências práticas com o problema pesquisado.
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4 REFERÊNCIAS

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contábil nos processos de autogestão dos empreendimentos de economia solidária. 2006.
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2010 pag. 08.

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Teoria e Prática. 3. ed. – 5. reimpr.- São Paulo: Atlas, 2010.

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As cooperativas de crédito equiparam-se a instituições financeiras, conforme dispõe a Lei
5.764 de 16 de Dezembro de 1971, disponível em:
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pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2004.

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SEBRAE - SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS.


As vantagens de se associar a uma cooperativa de crédito. 2009, modulo 1, p. 118.
Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/as-vantagens-de-se-
associar-a-uma-cooperativa-de-credito,e943ee9fc84f9410VgnVCM1000003b74010aRCRD.
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ZDANOWICZ, José Eduardo. Gestão financeira para cooperativas de produção,


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