RESUMO
ABSTRACT
The history of German immigration to Brazil is fairly embracing and has some aspects
not yet fully clarified, especially those involving transatlantic travel between Germany
and Brazil. In these trips, marked in many cases by fatality, the documentation is very
incipient. In investigating the origin of the Fey families that came to Rio Grande do Sul,
it was verified that the history of one of the ships involved, called the ship Cäcilia
contained historical reports that raised doubts. Within this context, the bibliographical
research involving the voyage of the mentioned vessel was developed. The aim of this
work is to reveal some aspects and data of the research, aiming to enable future
researchers to continue to solve the doubts that remain about the history of this ship,
which is rooted in the tradition of the municipality of Dois Irmãos in the Rio Grande do
Sul, destination of a good part of the passengers that were in the supposed ship called
Cäcilia.
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1. Introdução
Esta pesquisa foi desenvolvida como uma espécie de tributo aos meus ancestrais
alemães e não tem nenhum vínculo com qualquer instituição de ensino ou de pesquisa.
No início do ano de 2017, após me aposentar da área de ensino, resolvi pesquisar a
origem da família Fey, sem contar com nenhum conhecimento da área de Genealogia e
nem da história da colonização alemã no Rio Grande do Sul e no Brasil.
Nasci na cidade de Caxias do Sul, tradicional cidade de imigração italiana no
Rio Grande do Sul, onde meus pais se encontraram e posteriormente se casaram. Ele de
sobrenome Fey (família alemã imigrada em 1825 para o Rio Grande do Sul), transferiu-
se de Montenegro para Caxias do Sul na década de 1940, nascido em Brochier e ela de
sobrenome Balico (família italiana imigrada provavelmente na década de 1880)20,
nascida em Caxias do Sul. Convivendo com os italianos, desenvolvi um certo grau de
conhecimento do dialeto praticado em minha cidade. Por parte do pai, quase nada era
dito em relação aos ancestrais alemães, seus costumes e idioma.
Dentro deste contexto citado, nesta pesquisa dos ancestrais contei com a ajuda
de diversos componentes de grupos de discussão e comecei a montar uma pequena
biblioteca com livros sobre a imigração e colonização alemã. Visitei a biblioteca da
Unisinos em São Leopoldo, a biblioteca da Universidade de Caxias do Sul (UCS), as
bibliotecas dos municípios de Dois Irmãos, São José do Hortêncio, Nova Petrópolis e,
finalmente, a biblioteca municipal de Caxias do Sul (onde localizei algumas obras sobre
a colonização e imigração alemã).
Além dos livros físicos, as informações dos grupos de discussão e pesquisa livre
na Internet foram muito úteis para buscar uma familiaridade mínima com o tema
pesquisado.
Ao estudar especificamente a família Fey que acabou se instalando no município
de São José do Hortêncio, acabei me deparando com o relato da viagem do navio
Cäcilia em diversos livros, sites e listas de discussão.
Ao analisar com mais detalhes os relatos da viagem do Cäcilia, verifiquei
também que alguns autores consideram a saída do navio Cäcilia a partir de Bremen e
outros a partir de Hamburgo. Alguns consideram a partida no início do ano de 1827 (a
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maioria dos autores pesquisados, como Amstad10, Hunsche4, Petry6) e outros no início
de 1828 (Oberacker Jr11 e Hüttenberger7).
Chamou a atenção pontos divergentes nos diversos relatos encontrados e,
especialmente, aquele descrito no site de genealogia da família Sander2, onde há um
alerta para uma possível inconsistência nas informações descritas sobre possíveis
passageiros do navio Cäcilia:
Nesta seção apresentamos um resumo do que foi escrito sobre o navio Cäcilia
por autores brasileiros, a maioria gaúchos (nascidos no estado do Rio Grande do Sul).
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Inicialmente, cabe destacar que são mais de quatro dezenas de navios que foram
utilizados para trazer imigrantes alemães para o Brasil, na década de 1820 a 1830. No
link http://ademarfey.com.br/?download=relacao-de-navios-com-imigrantes-alemaes-
para-o-brasil-rgs-1824-1830 temos uma lista atualizada dos navios transatlânticos no
período de 1824 a 1830.
O padre Amstad10 aparentemente foi o primeiro escritor a citar o navio Cäcilia
ao escrever o seu livro em comemoração ao centenário da colonização alemã no Rio
Grande do Sul (1924). Amstad, no entanto, não cita as fontes de suas informações, não
cita a data da saída do navio, nem quem foi o informante dos relatos da viagem do
Cäcilia e nem mesmo se alguém lhe auxiliou na coleta dos dados. Todavia, localizamos
informações de que Arno Philipp foi um grande colaborador de Amstad em seu livro.21
Arno Phillip, alemão radicado em Porto Alegre em 1889, possui uma vasta produção
literária e muito jovem trabalhou no jornal mais antigo da América do Sul, o Deutsche
Zeitung (cujo primeiro exemplar foi publicado em agosto de 1861 e o último em 1917,
após a entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial).
Cabe lembrar também que Amstad chegou ao Brasil em 18856 (50 anos após a
viagem do suposto navio Cäcilia) e trabalhou na região onde muitos dos passageiros
poderiam ainda estar vivos, principalmente os mais novos na época da viagem.
Engelman15 menciona que o navio Cäcília, seria um veleiro holandês de três
mastros, que saiu do porto de Bremen com cerca de 300 colonos Algumas fontes citam
o porto de Hamburgo como de partida. Engelmann cita o relato de Spindler (passageiro
do Cäcilia que escreveu uma carta relatando a viagem) em que este indica como sendo a
partida supostamente em 06/01/1827 e no porto de Bremen.
Hunsche4, talvez um dos maiores escritores do assunto da imigração e
colonização alemã no Rio Grande do Sul, segue inicialmente o livro de Amstad.
Hunsche também cita a partida como sendo na data de 06/01/1827, valendo-se do relato
de Spindler. Ao longo de suas obras ele vai tentando desvendar o mistério acerca do
Cäcilia, mas reconhece em seus últimos textos que existem ainda dúvidas pendentes.
Sobre o capitão do navio, no livro Germanidade no Brasil (Das Deushtum in
Brasilien), Porto Alegre, Sociedade Germânica, 2007, na página 60, a autora Nina
Tubino cita, ao narrar a viagem do Cäcilia, “parece comandado por um capitão
holandês”. Amstad e Hunsche, as duas principais referências bibliográficas utilizadas,
não citam o nome do comandante deste navio.
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São Leopoldo em 16/12/1827. Outro Mathias Altmayer e sua esposa chegaram a São
Leopoldo na mesma data. Constatamos que ambos foram passageiros do veleiro
Epaminondas, não podendo, portanto, estar a bordo do Cäcilia.
Prosseguindo no relato da viagem, o veleiro foi socorrido por um navio inglês e
levado para o porto de Plymouth, segundo Amstad. Algumas fontes citam o porto de
Falmouth, como Spindler (passageiro que deixou uma carta com detalhes da viagem) e
Gauer16.
A história do Cäcilia com algumas pequenas variações e um pouco mais de
detalhes também é contada por Monsenhor Mathias Gansfeith (Os fundadores de
Baumschneis ou Picada Dois Irmãos RS. 2º Simpósio da imigração e colonização
alemã. 1972. P. 191-205, publicado originalmente em 1924) baseando-se em dados
fornecidos por Miguel Schmitz, bisneto de Filipe Schmitz. Hunsche, Quadriênio, vol. I,
página 202, reproduz uma descrição parcial do relato de Monsenhor Matias José
Gansweidt.
O capitão vendeu os destroços do navio e não devolveu o dinheiro aos
imigrantes. Segundo Amstad, o imigrante Hann-Peter Schimidt perdeu toda a sua
fortuna (que teria entregado ao capitão).10
Hunsche4 na página 200 do livro Quadriênio, volume I, reproduz a carta de
Spindler. Nela o passageiro cita “O capitão, simplesmente, vendeu o navio e
desapareceu com o dinheiro e com nossa caução que tivemos que depositar no banco de
Amsterdã.” Neste ponto fica a dúvida, os passageiros do navio partiram do porto de
Bremen ou do porto em Amsterdã? Haveria uma “agência” do Banco de Amsterdã em
Bremen em 1827?
Depois disso os imigrantes ficaram aguardando ajuda para seguir viagem para o
Brasil.
Segundo Amstad, desembarcaram no Brasil (Rio Grande), em 29/09/1829. Esta
data ficou conhecida em Dois Irmãos, segundo Amstad, como Kerb de São Miguel
(feriado municipal17). Das cem famílias que estavam no navio Cäcilia, vinte delas
teriam se estabelecido no município de Dois Irmãos: Altmayer, Becker, Bruxel, Kieling,
Marmit, Sander, Schmidt, Schüler, Wile, Wingert, entre outras.10
Em torno de outras vinte famílias se estabeleceram na picada dos portugueses
(atual município de São José do Hortêncio): Fey, Fritsch (2), Gauer, Hammes,
Hermann, Juchem, Karling, Müller, Nedel, Petry, Reichert, Schmitz, Spindler, Stump,
Weber, Welter, Winter, entre outras.10
7
Como se pode constatar, Amstad cita a família Fey como estando no Cäcília e
indo para a picada dos portugueses (São José do Hortêncio). Posteriormente descobri
que esta família não possui ramificação com os Fey que são meus ascendentes.
A família Bohnemberger estabelece-se na Linha Berghan (Bom Jardim, hoje
Ivoti) e depois em Bohnental (Picada Feijão, distrito de Ivoti).10
O navio que os trouxe para o Brasil foi chamado de “St. Michels-Schift” por
Amstad (pag. 74 e 75). Posteriormente descobrimos que o navio na realidade se
chamava James Laing.
Fica a dúvida de porque a data de 29/09/1829 como a celebração da chegada dos
passageiros no Brasil se o James Laing chegou em fevereiro de 1829,
comprovadamente?
Além dos autores citados, outros relatam a viagem do Cäcilia supostamente
usando outras fontes (muitas destas informações não puderam ser confirmadas), senão
vejamos:
No livro Pote de Geleia o autor Carlos Bento Hofmeister Filho18 usa um
personagem chamado Ludwig que estaria entre os passageiros do Cäcilia. Ele é o
narrador da história sobre o navio Cäcilia no livro. Há uma passagem interessante neste
livro onde o autor cita que alguns passageiros do Cäcilia, que estavam em Plymouth
aguardando ajuda para prosseguir a viagem, teriam vindo para o Brasil a bordo de um
navio que passou por aquela cidade e que estaria vindo para cá. Este grupo de
passageiros (incluindo o Ludwig e um tal de Schmitz, marceneiro de profissão) teria
comprado a passagem e conseguido chegar ao destino antes do grupo principal, que
ainda aguardava ajuda para sair de Plymouth. Assim narra esta passagem Hofmeister
Filho18 (pag. 37)
... Após meses depois da sumanta no capitão fujão, entrou no porto um
outro veleiro transoceânico, bem grande, com emigrantes alemães para
aqui para a província do Rio Grande do Sul. Para o cúmulo da sorte,
eram também de nossa terra natal da Renânia e alguns passageiros até
conheciam uma família das nossas. O tal veleiro chamava-se “Anna
Luise”, era a sua segunda ou terceira viagem para o Rio de Janeiro.
Zarpara também de Hamburgo. Fora mandado escalar em Plymouth
para nos oferecer uma nova oportunidade, por especial interesse da
Imperatriz Amélia de Leuchtenberg...
Continua Petry9 (pag. 23) falando do navio Olbers e depois do Cäcilia (Cecilia)
Petry em outro livro seu, Carvalhos e Palmeiras20 (publicado entre 1935 a 1940),
dedica um capítulo (pag. 5-16) chamado “Abandonados” ao episódio da viagem do
Cäcilia, citando os passageiros Fellipe Schmitz, o grande (que teria lutado pró Napoleão
e cujo irmão Pedro faleceu na guerra), Fellipe Schmitz, o pequeno (que teria lutado
contra Napoleão), Ludwig, Bonhenberger e Altmayer, entre outros. Segundo Petry, o
Cäcilia saiu de Hamburgo em 1827. Durante a tempestade nasceu João Nikolau
Bonhenberger (Rosa3 cita um Nicolau Bohnenberger nascido em 06/01/1826 (sic?) e
Hunsche cita João Nicolau apenas como nascido em 1828). O capitão e os marinheiros
abandonam o navio numa baleeira. Petry afirma em uma nota ao final do livro que a
narrativa é verdadeira, baseada em declarações de moradores de Dois Irmãos e também
numa crônica de Gansweidt, já anteriormente citado, a qual por sua vez teria sido
baseada em dados fornecidos pelo Schmitz, o grande.
Oberacker Jr11 em seu livro que trata dos navios contratados por Shaeffer para
realizar o transporte dos colonos alemães para o Brasil, apenas cita o navio Cäcilia, sem
entrar em detalhes. Após uma análise dos navios utilizados e sua história, acreditamos
que Oberacker Jr se baseou em Amstad para citar o navio Cäcilia em seu livro. Os
passageiros do Cäcilia provavelmente contrataram o navio por conta própria (assim
como ocorreu com o navio Helena Maria, tratado a seguir), portanto, sem intervenção
de Schaeffer.
Obviamente Hunsche4 também discorre sobre o navio Cäcilia e talvez tenha sido
o historiador brasileiro que mais se dedicou ao assunto. De um modo geral, como já
citado, a sua exposição segue a linha do descrito no livro do Amstad, fora os avanços
que ele fez sobre o assunto. A maioria dos passageiros que Hunsche cita como estando
na Cäcilia, em seu livro Quadriênio (1827 a 1829), foram confirmados no navio James
Laing (abordado em próximas seções). Ao longo de seus livros e artigos Hunsche fez
uma série de “correções históricas” sobre os navios que trouxeram os imigrantes
alemães para o Brasil.
10
3. Referencial Metodológico
5. Considerações finais
Baseado na análise realizada, referente aos dados coletados, conclui-se que não
há como confirmar a existência do navio Cäcilia, com os dados disponíveis.
Também é possível dizer que caso, ele tenha existido, os supostos passageiros
estavam naufragados em Falmouth, aguardando ajuda para seguirem para o Brasil.
Os passageiros do Helena Maria estavam, de forma comprovada, em Falmouth
aguardando a ajuda para seguirem viajem para seu destino.
Também baseado nos dados coletados a partida do suposto navio naufragado
teria sido em 1828 e não 1827.
Um número considerável de supostos passageiros do Cäcilia estava, de fato, no
Helena Maria.
Uma pergunta que fica: porque Amstad (ou seus colaboradores) teria utilizado o
nome do navio como Cäcilia?
Observa-se que ao analisar os navios que trouxeram imigrantes alemães para o
Rio Grande do Sul no ano de 1829, Padre Amstad afirma claramente que desconhece
um dos nomes dos navios (pag. 76). Aparentemente não teria tido motivos para alterar
ou “inventar” o nome do navio Cäcilia que teria viajado em 1827. Acredita-se que não
se possa especular a respeito do uso do nome Cäcilia sem localizar-se alguma fonte
primária que esclareça os fatos.
Da mesma forma, para esclarecimento final, em relação aos passageiros do navio
James Laing, seriam necessárias fontes primárias que confirmem a hipótese de que
todos estariam em Texel/Amsterdã e que teriam embarcado no Helena Maria.
17
A carta de Weber é clara quanto a sua estada no navio Helena Maria. Clara
também em relação à data de saída, 07/01/1828, e que a saída ocorreu no porto de
Texel/Amsterdã. Quanto à carta de Spindler (o qual não cita a data de saída, nome do
navio, nome do capitão do navio e nem define claramente o porto de saída) deixa
dúvidas que podem originar interpretações distintas.
Hunsche considera que Spindler se refira ao Cäcilia, já Hüttenberger e outros
historiadores interpretam como se referindo ao Helena Maria.
Do meu ponto de vista a carta de Spindler não esclarece totalmente as questões
acima citadas e há discordância em outros pontos cruciais que são relatados nas cartas
de Weber e de Spindler, tais como:
Além das conclusões acima, o que se pode também deduzir é que o naufrágio do
navio Helena Maria foi uma espécie de tragédia anunciada. Explica-se.
Ao sair de sua terra natal, os imigrantes do navio Helena Maria não tinham ideia
e não poderiam supor que o navio em que viajariam estava sendo transformado de um
navio de dois para três mastros. É possível supor que isso foi feito para abrigar um
maior número de passageiros e para obter autorização para viagens transatlânticas, o
que possivelmente acabou colaborando para o naufrágio, pois o navio Helena Maria
saiu do porto sobrecarregado (a carta de Weber já relata isso).
O navio Helena Maria foi construído em 1813 em Maassluis, Holanda,
recebendo o nome de Welbedagt. Era um navio veleiro, com dois mastros e dois decks,
tipo brigue. Em 04/07/1823 foi vendido e recebeu o nome de Thalia. Em 12/12/1827 o
18
navio sofreu a alteração de 2 para 3 mastros e recebeu o nome de Helena Maria, sendo
adquirido por Bartolomeus Karstens, oriundo de Amsterdã. Nesta alteração o navio teve
suas dimensões gerais diminuídas (informações obtidas no site de Marhisdata e da
secretária Gerry Mulder).
O fato é que depois de transformado para um navio de três mastros o navio
Helena Maria não sucumbiu à primeira adversidade sofrida em alto mar. Foi sua
primeira e última viagem com imigrantes. Não causa assombro que, após ser restaurado
em Falmouth, os passageiros do Helena Maria não concordaram em seguir viagem com
o mesmo.
Para concluir acreditamos que fontes primárias no Brasil ou no Exterior
poderiam comprovar as hipóteses levantadas neste trabalho. Não tivemos acesso, mas
sabemos que existiam muitos jornais e almanaques na colônia alemã de São Leopoldo e
em Porto Alegre (almanaques como o Deutscher Kalender de 1854 e jornais como o Der
Kolonist, de 1852, por exemplo12). É possível também que existam documentos e
jornais na Alemanha e Holanda que possam revelar detalhes que elucidem a viagem do
suposto navio Cäcilia.
Estamos cientes das limitações de nossa pesquisa, pois não tivemos acesso a
documentos anteriores ao escrito de Amstad em 1924, mas esperamos ter levantado
algumas hipóteses que possam servir de base para novas pesquisas sobre este episódio
que marcou a imigração alemão para o Rio Grande do Sul na sua primeira fase, de 1824
a 1830.
Para concluir, como uma espécie de homenagem aos primeiros imigrantes
alemães, cabe bem a passagem de Petry onde ele escreveu, na década de 1950
Quem hoje viaja pela zona colonial do nosso município, deleita a vista
com a contemplação dos belos edifícios, dos verdejantes campos,
povoados de fogosos corcéis e bem nutridos bovinos, das plantações
que se estendem de horizonte a horizonte, não se lembra, talvez, dos
trabalhos passados, das dificuldades vencidas, dos obstáculos superados
pelos primeiros imigrantes, que por aqui aportaram (PETRY, 1959, p.
22).
realidade de enfrentar uma terra selvagem e um ambiente muitas vezes adverso, tendo
que retirar dali o sustento e o progresso para sua família.
Referências
11. OBERACKER Jr. Carlos H. Jorge Antônio Von Schaeffer: criador da primeira
corrente emigratória alemã para o Brasil. Porto Alegre: Editora Metrópole,
1975.
12. WESCHENFELDER, Greicy. A imprensa alemã no Rio Grande do Sul e o
romance-folhetim. Porto Alegre: PUC, 2010.
13. FAMÍLIA BREITENBACH. 1º Imigrante - Mathias Breitbach. Disponível em:
<http://familiabreitenbach.blogspot.com.br/2010/01/1-imigrante-mathias-
breitbach.html>. Acesso em: 30/04/2017.
14. VIER, Nelcindo José. História da família Welter.
<http://padrefabiofoz.blogspot.com.br/2013/12/historia-da-familia-welter.html>
Acesso em: 17/01/2017
15. ENGELMANN, Erni Guilherme (Org.). A saga dos alemães: do Hunsrück para
Santa Maria do Mundo Novo. 2004. Disponível em:
<http://sagadosalemaes.faccat.br/indexp.htm>. Acesso em: 18/04/2017
16. FAMÍLIA GAUER. História da Imigração. Disponível em:
<http://www.familiagauer.com.br/historia_imigracao.htm>. Acesso em:
30/04/2017.
17. CÂMARA DE VEREADORES DE DOIS IRMÃOS. Historia de Dois Irmãos.
<http://www.doisirmaos.rs.leg.br/historia/historia-de-dois-irmaos/>. Acesso em:
20/05/2017.
18. HOFMEISTER FILHO, Carlos Bento. O pote de geleia. Porto Alegre: EST, 1980.
19. BALICO, Elizabete R. O. Humildade: a espada de um vencedor. Biografia de
Vitorio Sebben Balico. Edição do autor. Gráfica da UCS. Caxias do Sul: 1994?
20. PETRY, Leopoldo. Carvalhos e Palmeiras. Porto Alegre: A Nação, 1935 a 1940.
21. PIAIA, Miquela. Rastros da Literatura Brasileira na História da Colônia
Neuwürttemberg. Frederico Westphalen: setembro de 2009.
* Sobre o autor
Mantém um pequeno blog sobre a família FEY no estado do Rio Grande do Sul
(https://wordpress.com/view/familiafeynors.wordpress.com) e outro (em
desenvolvimento) com suas publicações na área de educação e história
(ademarfey.com.br).
Rev06 de 15/01/2018