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I
S É R I E
A
Esta 1.a série do Diário
da República é apenas
constituída pela parte A
DIÁRIO DA REPÚBLICA
Sumario109A Sup 0
SUMÁRIO
Ministério da Defesa Nacional Decreto-Lei n.o 130/2002:
Cria o sistema multimunicipal de abastecimento de
Decreto-Lei n.o 128/2002: água e de saneamento do Centro Alentejo, para cap-
Altera o Decreto-Lei n.o 153/91, de 23 de Abril, que tação, tratamento e distribuição de água para consumo
aprova a reorganização do Conselho Nacional de Pla- público e para recolha, tratamento e rejeição de efluen-
neamento Civil de Emergência (CNPCE) e das comis- tes dos municípios de Alandroal, Borba, Évora, Mou-
sões sectoriais de planeamento civil de emergência . . . 4420 rão, Redondo e Reguengos de Monsaraz . . . . . . . . . . . . 4428
Nas Regiões Autónomas, a execução administrativa Para os efeitos do disposto no presente Regulamento,
do Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios entende-se por:
compete aos órgãos e serviços das administrações a) «Isolamento sonoro a sons de condução aérea,
regionais. normalizado, D2 m, n» — diferença entre o nível
N.o 109 — 11 de Maio de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4423
médio de pressão sonora exterior, medido a 2 m 3 — O projecto de condicionamento acústico deve ser
da fachada do edifício (L1,2 m), e o nível médio instruído com uma declaração do técnico que ateste
de pressão sonora medido no local de recepção a observância das normas gerais sobre prevenção do
(L2), corrigido da influência da área de absorção ruído e das normas do presente Regulamento.
sonora equivalente do compartimento receptor: 4 — A declaração a que alude o número anterior
A reveste a natureza de um termo de responsabilidade
D2 m, n=L1,2 m – L2 – 101 g A0
dB dispensando a apreciação prévia dos projectos por parte
onde: dos serviços municipais, bem como o parecer a que se
refere o n.o 6 do artigo 5.o do Decreto-Lei n.o 292/2000,
A é a área de absorção sonora equivalente de 14 de Novembro.
do compartimento receptor, em metros
quadrados; Artigo 4.o
A0 é a área de absorção sonora de refe- Acompanhamento da aplicação e apoio técnico
rência, em metros quadrados (para com-
partimentos de habitação ou com dimen- 1 — Ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil
sões comparáveis, A0=10 m2); compete acompanhar a aplicação do presente Regu-
lamento, bem como prestar o apoio técnico necessário
b) «Isolamento sonoro a sons de condução aérea, à boa execução das normas previstas no mesmo.
normalizado, Dn» — diferença entre o nível 2 — A divulgação e o acesso à normalização portu-
médio de pressão sonora medido no compar- guesa, europeia e internacional é assegurado pelo Ins-
timento emissor (L1) produzido por uma ou tituto Português da Qualidade, nos termos da legislação
mais fontes sonoras, e o nível médio de pressão aplicável.
sonora medido no compartimento receptor (L2),
corrigido da influência da área de absorção CAPÍTULO II
sonora equivalente do compartimento receptor:
A Requisitos acústicos dos edifícios
Dn=L1 – L2 – 101 g A0
dB
Artigo 5.o
c) «Nível sonoro de percussão normalizado, Edifícios habitacionais e mistos
LMn» — nível sonoro médio (Li) medido no com-
partimento receptor, proveniente de uma exci- 1 — A construção de edifícios que se destinem a usos
tação de percussão normalizada exercida sobre habitacionais, ou que, para além daquele uso, se des-
um pavimento, corrigido da influência da área tinem também a comércio, indústria, serviços ou diver-
de absorção sonora equivalente do comparti- são, está sujeita ao cumprimento dos seguintes requisitos
mento receptor: acústicos:
A
LMn=Li + 101 g dB a) O índice de isolamento sonoro a sons de con-
A0
dução aérea, normalizado, D2 m, n, w, entre o
d) «Nível de avaliação, LAr» — o nível sonoro con- exterior do edifício e quartos ou zonas de estar
tínuo equivalente, ponderado A, durante um dos fogos deverá satisfazer as condições seguin-
intervalo de tempo especificado, adicionado das tes:
correcções devidas às características tonais e i) D2 m, n, w » 33 dB (em zonas mistas);
impulsivas do som; ii) D2 m, n, w » 28 dB (em zonas sensíveis);
e) «Tempo de reverberação, T» — intervalo de tem-
po necessário para que a energia volúmica do b) O índice de isolamento sonoro a sons de con-
campo sonoro de um recinto fechado se reduza dução aérea, normalizado, Dn, w, entre compar-
a um milionésio do seu valor inicial. timentos de um fogo (emissão) e quartos ou
zonas de estar de outro fogo (recepção) num
Artigo 3.o edifício deverá satisfazer a condição seguinte:
Projecto de condicionamento acústico Dn, w » 50 dB
1 — Na elaboração dos projectos de condicionamento c) O índice de isolamento sonoro a sons de con-
acústico dos edifícios abrangidos por este Regulamento, dução aérea, normalizado, Dn, w, entre locais
para os efeitos previstos na alínea b) do n.o 4 do artigo 5.o de circulação comum do edifício (emissão) e
do Regulamento Geral do Ruído, aprovado pelo Decre- quartos ou zonas de estar dos fogos (recepção)
to-Lei n.o 292/2000, de 14 de Novembro, são aplicáveis deverá satisfazer as condições seguintes:
as normas sobre requisitos acústicos dos edifícios, cons-
tantes dos artigos 4.o a 9.o do mesmo Regulamento. i) Dn, w » 48 dB;
2 — Os projectos de condicionamento acústico devem ii) Dn, w » 40 dB (se o local emissor for um
ser elaborados e subscritos por técnicos qualificados que, caminho de circulação vertical, quando
sendo engenheiros, possuam especialização em enge- o edifício seja servido por ascensores);
nharia acústica outorgada pela Ordem dos Engenheiros, iii) Dn, w » 50 dB (se o local emissor for uma
ou, não o sendo ou não tendo esta especialização, garagem de parqueamento automóvel);
tenham recebido qualificação adequada por organismo
ou entidade credenciada para o efeito, nos termos do d) O índice de isolamento sonoro a sons de con-
Decreto-Lei n.o 73/73, de 28 de Fevereiro, e demais dução aérea, Dn, w, entre locais do edifício des-
legislação aplicável. tinados a comércio, indústria, serviços ou diver-
4424 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 109 — 11 de Maio de 2002
são (emissão) e quartos ou zonas de estar dos ii) O valor obtido para o índice de isolamento
fogos (recepção) deverá satisfazer a condição sonoro a sons de percussão, LMn ,w, diminuído
seguinte: do factor I (I=3 dB), satisfaz o limite regu-
Dn, w » 58 dB lamentar;
iii) O valor obtido para o nível de avaliação, LAr,
e) No interior dos quartos ou zonas de estar dos diminuído do factor I [I=3 dB (A)], satisfaz o
fogos (recepção), o índice de isolamento sonoro limite regulamentar.
a sons de percussão, LMn, w, proveniente de uma
percussão normalizada sobre pavimentos dos
Artigo 6.o
outros fogos ou de locais de circulação comum
do edíficio (emissão), deverá satisfazer a con- Edifícios comerciais, industriais ou de serviços
dição seguinte:
LMn, w « 60 dB 1 — A construção de edifícios que se destinem a usos
comerciais ou de prestação de serviços e industriais deve
f) A disposição estabelecida na alínea anterior não cumprir os seguintes requisitos acústicos:
se aplica, se o local emissor for um caminho
de circulação vertical, quando o edifício seja ser- a) O índice de isolamento sonoro a sons de con-
vido por ascensores; dução aérea normalizado, D2 m, n, w, entre o
g) No interior dos quartos ou zonas de estar dos exterior dos edifícios (emissão) e os locais iden-
fogos (recepção), o índice de isolamento sonoro tificados no quadro I (recepção) do anexo ao
a sons de percussão, LMn, w, proveniente de uma presente diploma, do qual faz parte integrante,
percussão normalizada sobre pavimentos de deverá satisfazer a condição seguinte:
locais do edifício destinados a comércio, indús-
tria, serviços ou diversão (emissão), deverá satis- D2 m, n, w » 30 dB
fazer a condição seguinte:
LMn, w » 50 dB b) No interior dos locais indicados no quadro I
do anexo ao presente Regulamento, conside-
h) No interior dos quartos e zonas de estar dos rados mobilados normalmente e sem ocupação,
fogos, o nível de avaliação, LAr, do ruído par- o tempo de reverberação, T, correspondente à
ticular de equipamentos colectivos do edifício, média aritmética dos valores obtidos para as
tais como ascensores, grupos hidropressores, sis- bandas de oitava centradas nas frequências de
temas centralizados de ventilação mecânica, 500 Hz, 1000 Hz e 2000 Hz, deverá satisfazer
automatismos de portas de garagem, postos de as condições indicadas no quadro referido;
transformação de corrente eléctrica e escoa- c) Nos locais situados no interior do edifício, onde
mento de águas, deverá satisfazer as condições se exerçam actividades que requeiram concen-
seguintes: tração e sossego, o nível de avaliação, LAr, do
i) LAr « 35 dB (A) (se o funcionamento do ruído particular de equipamentos do edifício
equipamento for intermitente); deverá satisfazer as condições seguintes:
ii) LAr « 30 dB (A) (se o funcionamento do
equipamento for contínuo); i) LAr « 45 dB (A) (se o funcionamento do
iii) LAr « 40 dB (A) (se o equipamento for equipamento for intermitente);
um grupo gerador eléctrico de emer- ii) LAr « 40 dB (A) (se o funcionamento do
gência). equipamento for contínuo).
de uma excitação de percussão normalizada 5 — O edifício, ou qualquer das suas partes, é con-
sobre pavimentos de outros locais do edifício siderado conforme aos requisitos acústicos aplicáveis,
(emissão), deverá satisfazer as condições seguin- quando preencher todas as condições seguintes:
tes:
i) O valor obtido para o índice de isolamento
i) LMn, w « 60 dB (se o local emissor for cozi- sonoro a sons de condução aérea, normalizado,
nha, refeitório ou oficina); D2 m, n, w ou Dn, w, acrescido do factor I (I=3 dB),
ii) LMn, w, « 65 dB (para os restantes locais satisfaz o limite regulamentar;
emissores); ii) O valor obtido para o índice de isolamento
sonoro a sons de percussão, LMn, w, diminuído
d) No interior dos locais constantes do quadro VI do factor I (I=3 dB), satisfaz o limite regu-
do anexo ao presente Regulamento, do qual faz lamentar;
parte integrante, considerados mobilados nor- iii) O valor obtido para o nível de avaliação, LAr,
malmente e sem ocupação, o tempo de rever- diminuído do factor I [I=3 dB (A)], satisfaz o
beração, T, correspondente à média aritmética limite regulamentar;
dos valores obtidos para as bandas de oitava iv) O valor obtido para o tempo de reverberação,
centradas nas frequências de 500 Hz, 1000 Hz T, diminuído do factor I (I=25 % do limite regu-
e 2000 Hz, deverá satisfazer as condições indi- lamentar), satisfaz o limite regulamentar.
cadas no referido quadro;
e) O paramento interior da envolvente dos cor-
redores de circulação interna deve ser dotado Artigo 9.o
de revestimentos absorventes sonoros, cuja área Recintos desportivos
de absorção sonora equivalente, A (metros qua-
drados), correspondente à média aritmética dos 1 — A construção de edifícios que se destinem a usos
valores obtidos para as bandas de oitava cen- desportivos deve cumprir os seguintes requisitos acús-
tradas nas frequências de 500 Hz, 1000 Hz e ticos:
2000 Hz, deverá satisfazer a condição seguinte:
No interior dos recintos desportivos, considerados
A » 0,25 × Splanta mobilados normalmente e sem ocupação, o
tempo de reverberação, T, correspondente à
em que Splanta se refere à superfície de pavi- média aritmética dos valores obtidos para as ban-
mento dos locais considerados, em metros das de oitava centradas nas frequências de
quadrados. 500 Hz, 1000 Hz e 2000 Hz, deverá satisfazer as
A área de absorção sonora equivalente, A, condições seguintes (nas quais V se refere ao
deve ser calculada pela expressão seguinte: volume interior do recinto em causa):
A=amed × S i) T500 Hz-2kHz « 0,15 V 1/3;
ii) T500 Hz-2kHz « 0,12 V 1/3 (se os espaços forem
em que amed se refere à média aritmética dos dotados de sistema de difusão pública de
coeficientes de absorção sonora (aSabine) no mensagens sonoras).
intervalo 125 Hz – 2 kHz e S se refere à super-
fície do revestimento absorvente sonoro; 2 — A determinação do tempo de reverberação deve
f) No interior dos locais de recepção indicados no ser efectuada em conformidade com o disposto na nor-
quadro VI do anexo ao presente Regulamento, malização portuguesa aplicável ou, caso não exista, na
o nível de avaliação, LAr, do ruído particular normalização europeia ou internacional.
de equipamentos do edifício deverá satisfazer 3 — Nas avaliações in situ destinadas a verificar o
as condições seguintes: cumprimento dos requisitos acústicos dos edifícios deve
i) LAr « 38 dB (A) (se o funcionamento do ser tido em conta um factor de incerteza, I, associado
equipamento for intermitente); à determinação das grandezas em causa.
ii) LAr « 33 dB (A) (se o funcionamento do 4 — O edifício, ou qualquer das suas partes, é con-
equipamento for contínuo). siderado conforme aos requisitos acústicos aplicáveis,
quando verificar a seguinte condição:
2 — A determinação do índice de isolamento sonoro O valor obtido para o tempo de reverberação, T,
a sons de condução aérea, normalizado, D2 m, n, w ou diminuído do factor I (I=25 % do limite regu-
Dn, w, do índice de isolamento sonoro a sons de per- lamentar), satisfaz o limite regulamentar.
cussão, LMn, w, do tempo de reverberação, T, e do nível
de avaliação, LAr, deve ser efectuada em conformidade
com o disposto na normalização portuguesa aplicável Artigo 10.o
ou, caso não exista, na normalização europeia ou
internacional. Estações de transporte de passageiros
3 — Na determinação do nível de avaliação, LAr, 1 — A construção de átrios ou salas de embarque
adopta-se a metodologia definida no anexo I do Regime nas estações de transporte de passageiros deve cumprir
Legal da Poluição Sonora, aprovado pelo Decreto-Lei os seguintes requisitos acústicos:
n.o 292/2000, de 14 de Novembro.
4 — Nas avaliações in situ destinadas a verificar o No interior dos átrios ou salas de embarque das
cumprimento dos requisitos acústicos dos edifícios deve estações de transporte de passageiros, de volume
ser tido em conta um factor de incerteza, I, associado superior a 350 m3, considerados mobilados nor-
à determinação das grandezas em causa. malmente e sem ocupação, o tempo de rever-
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beração, T, correspondente à média aritmética determinar a aplicação das sanções acessórias que se
dos valores obtidos para as bandas de oitava cen- mostrem adequadas, nos termos da lei geral sobre ilícitos
tradas nas frequências de 500 Hz, 1000 Hz e de mera ordenação social.
2000 Hz, deverá satisfazer as condições seguintes
(nas quais V se refere ao volume interior do
recinto em causa): Artigo 14.o
Processamento das contra-ordenações,
i) T500 Hz-2kHz « 0,15 V 1/3; aplicação e produto das coimas
ii) T500 Hz-2kHz « 0,12 V 1/3 (se os espaços forem
dotados de sistema de difusão pública de O processamento das contra-ordenações, a aplicação
mensagens sonoras). das respectivas coimas e sanções acessórias e a afectação
do produto das coimas regem-se pelo disposto nos n.os 10
e 11 do artigo 98.o do Decreto-Lei n.o 177/2001, de
2 — A determinação do tempo de reverberação deve 4 de Junho.
ser efectuada em conformidade com o disposto na nor-
malização portuguesa aplicável ou, caso não exista, na Artigo 15.o
normalização europeia ou internacional. Produto das coimas
3 — Nas avaliações in situ destinadas a verificar o
cumprimento dos requisitos acústicos dos edifícios deve O produto das coimas previstas no artigo 12.o é afec-
ser tido em conta um factor de incerteza, I, associado tado da seguinte forma:
à determinação das grandezas em causa.
4 — O edifício, ou qualquer das suas partes, é con- a) 40 % para a entidade que levanta o auto e pro-
siderado conforme aos requisitos acústicos aplicáveis, cessa a contra-ordenação;
quando preencher a seguinte condição: b) 60 % para o Estado.
vente marcado de forma significativa pela intervenção c) Os órgãos de gestão, sua composição, forma de
humana passada, território esse que integra e dá sig- designação dos seus titulares e respectivas atri-
nificado ao monumento, sítio ou conjunto de sítios, cujo buições e competências;
ordenamento e gestão devam ser determinados pela d) O prazo de elaboração do plano de ordena-
necessidade de garantir a preservação dos testemunhos mento.
arqueológicos aí existentes.
2 — A criação de parques arqueológicos é obrigato-
riamente precedida de inquérito público.
Artigo 3.o 3 — O inquérito público previsto no número anterior
consiste na recolha de observações sobre a proposta
Objectivos de criação do parque arqueológico, sendo aberto através
São objectivos dos parques arqueológicos: de editais nos locais de estilo e de aviso publicado em
dois dos jornais mais lidos nos concelhos abrangidos
a) Proteger, conservar e divulgar o património pelo parque arqueológico, um dos quais de âmbito
arqueológico; nacional.
b) Desenvolver acções tendentes à salvaguarda dos 4 — Nos avisos e editais referidos no número anterior
valores culturais e naturais existentes na área indica-se o período do inquérito, o qual deverá ser de
do parque arqueológico; 20 a 30 dias, e a forma como os interessados devem
c) Promover o desenvolvimento económico e a apresentar as suas observações e sugestões.
qualidade de vida das populações e das comu- 5 — O decreto regulamentar de criação de um parque
nidades abrangidas. arqueológico pode interditar ou fixar condicionamentos
ao uso, ocupação e transformação do solo dentro da
área abrangida pelo parque arqueológico.
SECÇÃO I
Criação dos parques arqueológicos CAPÍTULO III
Do plano de ordenamento
Artigo 4.o
Artigo 6.o
Proposta
Plano de ordenamento
1 — Quaisquer entidades públicas ou privadas podem
propor ao Ministério da Cultura, através do Instituto 1 — Os parques arqueológicos dispõem obrigatoria-
mente de um plano especial de ordenamento do ter-
Português de Arqueologia (IPA), a criação de parques ritório, adiante designado por plano de ordenamento
arqueológicos. de parque arqueológico.
2 — A proposta de criação deve ser acompanhada 2 — Os planos de ordenamento de parque arqueo-
dos seguintes elementos: lógico estabelecem regimes de salvaguarda do patrimó-
a) Caracterização da área quanto aos valores nio arqueológico e asseguram a permanência dos sis-
arqueológicos, bem como quanto aos aspectos temas indispensáveis ao ordenamento e gestão da área
geográficos, biofísicos, paisagísticos, arquitectó- do parque.
3 — À elaboração, aprovação e execução dos planos
nicos e socioeconómicos; de ordenamento de parque arqueológico aplica-se o
b) Memória descritiva instruída, obrigatoriamente, regime jurídico relativo aos planos especiais de orde-
com carta arqueológica, dados técnicos e grá- namento do território previsto no Decreto-Lei
ficos, estatísticos ou outros, que fundamentem n.o 380/99, de 22 de Setembro, com o conteúdo material
a proposta de criação de parque arqueológico; e o conteúdo documental definidos nos artigos seguintes.
c) Programa para a conservação, gestão e divul- 4 — Com a publicação da resolução do Conselho de
gação do património arqueológico integrado no Ministros que aprova o plano de ordenamento de parque
parque arqueológico a criar. arqueológico são revogadas as disposições relativas a
actos e actividades proibidos ou condicionados previstos
3 — A análise das propostas de criação de parques no decreto regulamentar de criação do parque arqueo-
arqueológicos compete ao IPA, o qual, recolhidos os lógico.
pareceres das entidades interessadas, designadamente Artigo 7.o
da direcção regional do ambiente e do ordenamento
Conteúdo material
do território, elabora o parecer final.
4 — O parecer referido no número anterior acom- Os planos de ordenamento de parque arqueológico
panhará a proposta de criação de parque arqueológico estabelecem regimes de salvaguarda do património
e é enviado para o Ministro da Cultura para homo- arqueológico, fixando os usos e o regime de gestão com-
logação. patíveis com os objectivos que presidiram à criação do
parque arqueológico.
Artigo 5.o
Criação Artigo 8.o
1 — A criação de parques arqueológicos é feita por Conteúdo documental
decreto regulamentar, o qual define: 1 — Os planos de ordenamento de parque arqueo-
a) A delimitação geográfica da área e os objectivos lógico são constituídos por:
específicos do parque arqueológico; a) Regulamento;
b) Os actos e actividades condicionados ou proi- b) Planta de ordenamento, que representa o modelo
bidos; de estrutura espacial do território do parque
N.o 109 — 11 de Maio de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4431
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