2017
Parte VII- (Junho/Dez)
(@wanine_marcelle)
ARMA ABSOLUTAMENTE INAPTA (07/06/2017)
Saiu uma decisão do STJ (18/05). Agravo em recurso especial 765.902) que versava sobre o
porte ilegal de arma de fogo de uso permitido que estava desmuniciada. A decisão dizia que o crime
previsto no art. 14 é de perigo abstrato, sendo irrelevante a arma está desminuiciada ou até mesmo,
desmontada ou estragada.
Isso levou a alguns professores a interpretar que o STJ entendia que a arma absolutamente
para realizar disparo iria configurar infração penal.
A ementa traz o teor: desmontada ou estragada! O Zouk discorda do posicionamento desses
professores com os seguintes fundamentos:
- Essa ementa versa sobre arma desmuniciada e fez alusão a outro julgado do STJ o qual não
versava sobre arma absolutamente inapta para realizar disparos e, sim sobre arma desmuniciada e
em momento algum analisou arma absolutamente inapta para realizar disparos.
Zouk entende que, ao falar em arma estragada, se refere a arma relativamente inapta. O STJ,
no agravo de recurso espcial 397.473 já trouxe que não há necessidade da arma ser aprendida para
um agente responder por porte ilegal de arma de fogo, mas uma vez apreendida, tem que ter a
perícia.
O pensamento do STJ quanto à arma absolutamente inapta continua sendo o mesmo, não á
que se falar na materialização do delito do art. 14 e 16. Zouk não verifica mudança de entendimento.
Quando STJ fala estragada, se refere àa arma relativamente inapta.
EX: Tício e Mévio presenciaram o Paulo portando arma de fogo. Acionaram a polícia. A polícia
chegou e Paulo correu e jogou a arma dentro do lago. Paulo responde por porte ilegal, sem
necessidade de apreensão por ser crime de perigo abstrato. Se a arma é apreendida e a perícia
constata ser absolutamente inapta a realizar disparo, não terá crime. Seria crime impossível.
Equipara-se a arma de brinquedo.
Entender que arma absolutamente inapta o agente responderia, se utilizada durante o roubo
teríamos o roubo majorado.
Arma desmuniciada, tanto para STJ quanto para STF, continua sendo infração penal. É crime
de perigo abstrato. Objeto tutelado é a segurança pública e a paz social.
Porte de munição? Consitui infração penal.
S eu tiver uma arma absolutamente inapta para realizar disparo, mas ela está municiada? O
agente vai responder pela munição e não pela arma.
- Homicídio X Porte de arma de fogo: EX: Paulo saca uma arma de fogo e atira em Mévio,
provocando a morte da vítima, tem o homicídio. Mas, se falar que Tício, em janeiro, adquiriu uma
arma de fogo e que em novembro realizou disparos e matou Mévio, ele vai responder por homicídio
e pelo porte (contextos fáticos distintos).
- Porte de arma de fogo de diversos calibres; a doutrina entende que é crime único. STJ
entende que é concurso formal de crimes. Se fossem armas de mesmo calibre seria crime único e a
quantidade seria utilizada na dosimetria.
EX: Policiais estavam na rua e Tício fala que na casa de Mévio está cheio de armas. Os policiais
entram na casa. O flagrante é válido? Simples informação não é fundada razão, logo, não e válido.
Sùmula 711, STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Com esse entendimento, o flagrante é relaxado, o que não quer dizer que o inquérito nõa
continua com seu desenvolvimento. A ilegalidade é somente da prisão.
Um flagrante levado ao juiz que entende não ter sido o flagrante legal. EX: Tício matou Mévio
e três dias depois foi rpeso em flagrante. Delegado lavra o flagrante. O juiz entende em relaxar o
flagrante por ser ilegal, mas não necessariamente o colocaria em liberdade, se observar que cabe a
preventiva.
A prisão preventiva é possível sem ação penal? Sim, nessa naálise do flagrante acima
(decretada de ofício pelo juiz).
No direito norte americano, tem que adverter quanto ao direito ao silêncio e, querendo falar
a verdade, faz um juramento de falar a verdade, sob pena de configurar o delito de perjúrio.
O direito brasileiro não tem o crime de perjúrio, querendo o acusado falar e mentir para nã o
se auto incriminar, tem o que se chama de direito ao silêncioparcial (pode responder algumas
perguntas e outras, não).
Hoje se tem a relativização uanto a busca da verdade real. Deve considerar a teoria dos jogod
no processo penal: o PP é um jogo, onde se faz um acordo e se tem um benefício (transação penal).
Para essa corrente, o juiz deve considerar a mentira na dosimetria da pena, considerando a
personalidade negaiva do agente.
No depoimento do tatuador, ele fala que torturou como forma de casito pelo menor ter
subtraído a bicicleta dele. Não pode ser considerado tortura castigo porque o tatuador não tem a
guarda, poder ou autoridade (ausência de elementar do tipo).
Após ter tatuado a testa do menor, o menor ficou sendo forçado a confessar o fato diante da
filmagem, ainda configura a tortura.
Na opnião do Zouk, esse caso configura tortura confissão.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a
sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de
medida legal.(Tortura do encarcerado)
EX: Policial Tício prende Mévio em flagrante e sem a intenção de castigar, e começa a bater
em Mévio. Prisão em flagrante é legal. Entra na tortura do encarcerado?
Temos duas correntes:
1ª Se o policial bate no preso no momento da prisão, se qualquer finalidade, tem a tortura do
encarcerado. Mesmo chamando de prisão captura, porque ainda depende da homologação do
delegado, a pessoa está presa.
2ª se a tortura ocorre sem motivação na hora da prisão em flagrante, não há que se falar em
tortura do encarcerado.
Considerando a 1ª corrente, na hipótese do flagrante facultativo, poderia uma pessoa do povo
responder pela tortura do encarcerado.
Nos julgados, quando há uma tortura sem qualquer tipo de motivação, no contexto de prisão
captura, tem somente o abuso de autoridade e a lesão corporal causada.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro
a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
Tortura para confessar e ensejar lesão grave ou gravíssima, te duas correntes a cerca desse
resultado:
1ª entende que a lesão corporal pode ser dolosa ou culposa, não respondendo em concurso
pela deformidade permanete ou gravíssima.
2 ª entende que deve ser necessariamente culposo.
Quanto a morte da vítima, não tem discussão de doutrina, tem que ser necessariamente
culposa.
Se que uero matar a vítma, muito embora eu tenha vontade de obter a confissão, e se utiliza
da tortura, responde no art. 121, §2, III.
A aividde de tatuar é regulada por lei. Quando tem o consentimento do cliente, eles está no
exercício regular de direito, desde que não seja um menor (pois aí configura lesã colporal).
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o
cumprimento da pena em regime fechado.
STJ entende que não há a necessidade de iniciar no regime fechado.
STF: 1ª turma entende que tem que iniciar no fechado;
No caso concreto, o tatuador prendeu em flagrante. Na vsão do Zouk Tem a tortura c/c §3.
EX:Tício, caminhoneiro foi abordado levando um carregamento de drogas. Tício possui três
veículos; um desses veículos ele emprega diretamente para o tráfico; a Kimbi é parada. Ocrrendo um
defeito no caminhão que transporta drogas, ele pega a Kombi para transportar e, nessa
eventualidade, a PM o abordou. Delegado, conhecedor do art. 62 d alei 11.343, apreendeu a Kombi
e lavrou o APF. O art. 62 não fala que foi confiscado, a propriedade da Kombi continua com Tício.
A Kombi foi utilizada de forma eventual.
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que
couber, o disposto no art. 5º.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e
reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.
Será que a utilização de veéiculo de forma eventual no tráfico, enseja o confisco desse bem ou
há necessidade da habitualidade do uso do veículo?
STF em repercussão geral entendeu que não há necessidade da habitualidade porque a CF
assegura no art. 5, XXII o direito de propriedade, mas nenhum direito é absoluto. A própria CF
relativiza alguns direitos. O dirieto de propriedade é relativizado (desapropriação). O ministro
considerou que a propriedade utilizada para o tráfico, foi relativizada.
O art. 243, §único não inclui a habitualidade do uso.
OBS: Na associação para o tráfico é eu te que ter a estabilidade. NÃO FAZER CONFUSÃO.
EX: Tício encontra Mévio e o chama para vender drogas. Isso ocorreu eventualmente, então,
não pode falar em associação para o tráfico porque falta a habitualidade/estabilidade. Teria tráfico
em concurso de pessoas, com fundamento no art.29 que materializa a teoria monista/unitária (todo
aquele que contribui para o crime responde pelo crime, na medida da sua culpabilidade.
Pode um partícipe receber pena maior que um autor? Para teoria monista, todo aquele que
contribui para o crime responde na medida da sua culpabilidade. Se o partícipe tem extensa ficha
criminal em relação ao autor, seria possível sim. A punibilidade do partícipe vai ser de acordo com
sua culpabilidade.
A associação requer estabilidade, art. 3. Não havendo estabilidade, configura concurso de
pessoas(participação e autoria).
EX: Tício diz para Mévio que se a polícia chegar, ele avise, sem nada receber por isso. Mévio
vai apenas colaborar com um ato, não sendo habitual. Pela teoria monista, Mévio responderia na
medida de sua culpabilidade. Ao se criar o art. 37, é uma excessão pluralista à teoria monista, pois,
no art. 37 muito embora responda por crime autônomo, ele é partícipe do art. 33.
O art.37 não pode fazer parte da associação. EX:Tício e Mévio monatam uma associação para
o tráfico, se dividindo em tarefas. Tício cuida do dinheiro, Mévio fica encarregado de avisar se a
polícia chegar, mas também faz parte do lucro da associação. Mévio, fogueteiro que participa
também do lucro da divisão, avisa da polícia e a polícia pega. Configura o art. 35 +33 e, não somente
o art. 37. Há divisão de tarefas, ele esá estável porque faz parte da associação.
Art. 35 não combina com art. 37.
EX: Tício colabora como fogueteiro com Mévio, traficante individual. Polícia pega Tício, de
forma eventual. Tício reponde pelo art. 37? O art.37 fala em colaborar com grupo, organização ou
associação e, não com traficante individual. Tício responde no art. 33.
Ofende o princípio da proporcionalidade jogar o art. 37 como partícipe do art. 33 quando ele
trabalha somente com traficante individual e a pessoa que colabora com associação ou grupo, jogar
no art. 37 que nem é tráfico? A doutrina entede em aplicar a analogia in buona parten, aplica-se ao
colaborador do traficante individual, o art. 37.
O relator Luiz Fux entendeu não constituir pressuposto do confisco a utilização do bem com
habitualidade. Também falou do princípio da proteção vedação da proteção deficiente. Cita que no
direito comparado há um tratamento legislativo mais gravoso no que se refere ao tráfico de drogas.
Relator também fez referência ao mandato de criminalização.
Os ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio não conrdaram. Para eles, deveria se
observar o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade. É razoável apreender um veículo que
foi utilizado de forma eventual? Outra coisa, o §único do art. 243 não é independente, ele é acessório
do caput.
Art. 243, CF: As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização
ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art.
5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo
especial com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de
2014)
Na verdade. O que vai ser objeto de confisco é propriedade urbana e rual. Se o veículo tivesse
dentro da propriedade, poderia ser e, não um veículo que não tenha qualquer ligação com essa
propriedade.
O ministro Marco Aurélio, que acompanhou o Ministro Ricardo, foram vencidos.
Para prova: Não há de se falar somente em propriedades rurais e urbanas, o veículo pode sim
ser objeto de confisco, não havendo a necessidade de sua utilização de forma habitual no tráfico,
porque o art. 243, §único não criou esse pressuposto da habitualidade. Noutro giro, no julgado, a
minoria entendeu que o §único é acessório do caput que faz referência apenas à ropriedades rurais e
urbanas.
Estatuto da Primeira Infância, lei 13.257 trouxe diversas autorizações, sobretudo quando se
trata da prisão domiciliar.
Diversos casos estão sendo levados ao STJ e STF.
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só
podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
Art. 317, CPP a prisão domiciliar é espécie de cautelar ou uma forma de cumprimento de
prisão preventiva?Adoutrina diverge. Tem quem entenda que seja uma forma de cautelar, com o
fundamento no art. 318 (Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando
o agente for), então não é a mesma coisa de prisão preventiva.
Outra parte da doutrina entende que a prisão domiciliar é uma forma de cumprimento de
prisão preventiva.
Zouk entende que é uma forma de cumprimento da prisão preventiva porque a prisão
domiciliar, muito embora traga em seu bojo qunaod o juiz pode substituir, o fundamento para o
cerceamento de liberdade decorre de outra cautelar. EX: Uma mulher, gestante, vai permanecer
presa preventivamente, mas em casa O fundamento vem da prisão preventiva que o juiz substituiu
pela domiciliar. Além dos requisitos do art. 318, tem que visualizar também os requisitos do art.312.
A lei 13.257 ensejou diversas alterações. Uma alteração importante é referente à prisão
domiciliar.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:).
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência;
IV - gestante; (Basta que seja gestante, não há mais a necessidade de ser 7 meses ou de risco)
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos.
Basta que a vítima esteja gestante ou que tenha filho menor de 12 ano?
Foi levado uma situação em sede dde STJ e STTF de uma mulher com filho menor de 12 anos,
e eles entenderam que a substituição da preventiva pela domiciliar não é automática, deve ser
analisado oc aso concreto.
Tem um julgado do STJ de uma mulher com filho de até 12 anos incompletos, que além
responder por tráfico, respondia por associação criminosa também, sendo a chefe. Como foi
caracterizado que ela chefiava, o STJ entendeu pelo indeferimento do HC.
Julgado recente da ª turma do STJ, seguindo STF, analisando um caso de uma mulher
envolvida em associação para o tráfico e foi decretada a preventiva entendnendo que havia
omprometimento da ordem pública devido à possibilidade de reiteração de prática delituosa. A
defesa alegou que não estavam presentes os pressupostos da preventiva e que a mulher tinha um
filho menor de 12 anos com patologia grave e, necessitava de seus cuidados. O STJ entendeu que
haviam pressupostos para preventiva, mas, avaliando o caso concreto, a mulher é primária, possui
bons anteceentes e residência fixa, sendo a conduta um caso isolado na vida da mulher, entendendo
pela reversão da custódia da cautelar em prisão domiciliar. A gravidade do delito, por si só, ou a
periculosidade da ré não impedem a conversão da preventiva em domiciliar, devendo analisar o caso
concreto. Não bastam somente os requisitos do art.318.
HC 134.069/DF (21/06/201) o STF entendeu que a conversão não é automática.
A lei alterou os art.6, 185, 304 e 318.
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva
decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
Diz que a preventiva pode ser decretada na fase investigatória e na fase processual.
O juiz, de ofício, só pode decretaar no curso da ação penal. Não pode o juiz decretar de ofício
em sede de investigação. (princípio da imparcialidade).
O art. 311 afasta a síndrome de Dom Casmurro no Processo Penal (juiz investigador).
O juiz pode decretar prisão preventiva fora da fase de instrução processual? A doutrina
menciona que não devido o sistema acusatório. A doutrina traz uma xceção: art. 310:
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art.
312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão (aqui
não tem ainda uma ação penal proposta, sendo então o juiz decretando em sede de investigação).
Doutrina diz que esse inciso II seria manifestação da síndrome de Dom Casmuro e ofenderia o
princípio do acusatório.
O art. 310 entra em conflito com o art. 311.
Os tribunais entendem que é possível o juiz decretar preventiva de ofício mesmo sem a manifestação
do MP (na audiência de custódia, por exemplo).
O art. 311 menciona que o querelante e o assistente podem representar pela preventiva.
Pode representar em sede de investigação? O assistente somente pode ser habilitado quando já tiver
uma instrução processual.
O assistente pode participar de apuração de ato infracional? STJ entende que não!
A prisão preventiva é uma decisão rebus sic standibus? Sim, pois uma vez decretada a
preventiva pode ser modificada. EX: Tício matou Mévio e foi decretada sua preventiva por haver risco
dele deixar o Brasil. O advogado de Tício entrega o passaporte, havendo assim uma mudança nos
fatos, não havendo mais a necessidade da preventva, podendo ser revista e revogada.
O IP também é uma decisão rebus sic standibus (no caso de excludente de ilicitude,
posicionamento do STF por não fazer coisa julgada material).
Art. 310 Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o
fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante
termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
EX: Tícia chega à delegacia sendo conduzida pelos policiais com uma faca na mão por ter
acabado de praticar um homicídio. As testemunhas dizem que a vítima subjulgou a vítima com uma
faca para cometer um delito sexual e, Tícia, em legítima defesa deu um golpe em Mévio que vveio a
morrer no local.
Pode o delegado, diante das excludentes de ilicitude, conceder liberdade provisória?
O parágrafo único fala em ‘juiz’ para conceder a liberdade provisória.
A 1ªcorrente diz que o CPP não tem fundamente para possibilitar ao delegado de conceder a
liberdade provisória em legítima defesa, devendo ser verificada pelo juiz.
Uma 2ª corrente entende que é possível, pois, se trata de direito fundamental de ir e vir, não
havendo restrição de liberdade, não podendo submeter essa liberdade provisória a condição
jurisdicional. Em interpretação extensiva, ao ler juiz, estende a autoridade policial também. Essa
corrente entende que a redação não restringe direitos e que o delegado clocando a vítma em
liberdade, está homenageando o direito de ir e vir. (falta uma estrutura do crime, a antijuriciade, não
podendo o delegado lavrar o flagrante).
Zouk não lavra flagrante em situação dessa.
ART. 240 X 241 E 241-A DO ECA X STF ESTJ (20/06/2017)
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:
Reprodução é divulgar o que foi criado.
Cena de sexo explícito ou pornográfico: conceito contido no ar. 241-E
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou
pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais
explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins
primordialmente sexuais.
EX: Tício fotografou Mévia, 13 anos, em posição sensuaisl. Tício não tirou a roupa dela.
Pode dizer que configura o art. 240? Não tem atividade sexual e nem exibição de órgãos
genitais de Mévia, Parte da doutrina não enquadra a conduta de Tício nessa conduta para não ferir o
princípio da legalidade (atipicidade do fato).
Posicionamento do STJ é que constitui crime, mesmo sem nudez. O art. 240, quando define
pornografia infantil, ele não é completo, devendo ser interpretado lançando mão da proteção da
criança e adolescente em desenvolvimento peculiar, art. 6. Sendo assim, há incidência do ECA, não só
nos casos de fotografias de crianças nuas, como também quando a nudez não é expressa, desde que
ocorra incontroversa finalidade atividade libidinosa das imagens.
Em uma prova discursiva: De acordo com o princípio da legalidade, não teria como enquadrar
a conduta desse agente que está fotografando a criança em posição sensual, mas de roupa. Noutro
giro, segundo o STJ não há necessidade de ocorrer nudez, basta as fotos com fins libidinosos.
EX: Joana, 12 anos, filha de João é fotografada pelo pai em posição sensual.
O delito demanda dolo específico, tem que ter a finalidade de sexo explícito ou pornográfico.
O STJ entende que deve complementar o art. 241-E com o art. 6 porque ele que traz o
conceito de sexo explícito ou pornográfico. Recurso especial 1543267
Art. 240, §1: Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo
intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem
com esses contracena.
EX: Tício contracenando com Mévia. Mévia tem 15 anos. Mévia consentiu com o ato. Incide o
art. 240§1.
EX: Tício contracena com Maria, que tem 13 anos. Mesmo Maria consentindo, seu
consentimento não tem valor porque se tem estupro de vulnerável. Tem uma corrente que entende
responder somente pelo estupro de vulnerável; outra corrente entende responder em concurso com
art. 240, §1.
O examinador vai colocar na prova: constitui crime no ECA, vender ou expor a venda ,
fotografia, vídeo ou ouro registro que conteha sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou
adolescente. OK. Diz também que a pena aumenta de 1/3 se o agente comete o crime prevalecendo
das relações de parentesco consanguíneo ou afim até o 3°. ERRADO, essa causa de aumento faz
referência ao art. 240 e não ao art. 241. O legislador vai colocar as causas de aumento do §2 e colocar
no art. 241. CUIDADO!!! Se o agente vende ou expõe fotografia, ele não fotografou, e é familiar da
vítima: não vai ter aumento de 1/3 porque essa causa de aumento se refere ao art. 240 e não a art.
241!
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer
meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
I - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que
trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
II - assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens
de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são puníveis quando o responsável
legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que
trata o caput deste artigo.
O art. 241-A fala da pessoa que transmite à outra pessoa fotos de criança em cena de sexo
explícito ou pornográfica.
EX: Tício publicou em um site fotos de uma criança em cena de sexo explícito ou pornográfica,
praticando o delito do art. 241-A. De quem é a competência para processar e julgar? O art. 109, CF
estabelece que compete à Justiça Federal processar infrações previstas em tratados ou convenções
internacionais em que o Brasil sja signatário (ex: Tráfico internacional; Pornografia e pedofilia). STF:
Se há publicação de foto da criança na rede mundial de computadores, e essa foto pode ser acessada
fora do Brasil, não havendo a necessidade da foto ser visualizada, bastando que seja possível a
visualização. Tem-se o atributo da internacionalidade, sendo competência da Justiça Federal. (R Ext.
628.624/MG).
EX: Tício trocou fotos com Mévio, através o whastapp e facebook. O fato de ele ter utilizado a
rede mundial de computadores, atrai a competência para justiça federal? O STJ se posicionou no
conflito negativo de competência, entendendo que a mensagem trocada pelo ‘whats’, o remetente
escolhe o destinatário, não tendo o atributo da internacionalidade. Em tese, tem a competência da
justiça estadual, muito embora tendo utilizado a internet. A 3ª sessão, no conflito negativo de
competência nº 150.564/MG, julgado em 26/04/2017 entendeu que simples fato de utilizar a
internet não atrai a competência para JF, pois não demanda o atributo da internacionalidade.
Pode-se constatar que se, por exemplo, Tício tivesse trocado essas mensagens com uma
pessoa no exterior, Zouk entende ser JF por ter o atributo da internacionalidade. Para Zouk, o julgado
se posicionou diferente orque o destinatário da mensagem estava no Brasil.
EX: TA polícia está investigando Tício. O inquérito identificou que Tício estava mandando
mensagem para Mévio. As investigações continuaram, foram proszidas provas, inclusive uma busca e
apreensão deferida pela justiça estadual. Mais na frente, descobriu-se que ele enviava para Mévio e
Mévio mandava para um estrangeiro. Havia então um concurso de pessoas. Essas provas produzidas
por juiz estadual são válidas? (juiz estadual descobriu que não era competente). SIM, são válidas.
Aplica-se a teoria do juízo aparente, pois, no início da investigação o juiz aparentava competência.
O legisladorpode dizer: constitui crime no ECA, aliciar, assediar, mitigar ou constranger por
qualquer meio de comunicação, criança e adolescente com fim de com ela praticar ato libidinoso.
Você vai achar que isso foi lido no ECA realmente pois, o ECA sempre utiliza a palavra criança e
adolescente, MAS no srt. 241 menciona somente CRIANÇA.
A conduta do ator foi enquadrada como desacato, resistência e dano ao patrimônio público.
Zouk já tratou do desacato e do dano.
Revisão rápida do delito de dano, abordando os principais pontos.
Dano
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Art. 62, §ú (lei 9605): Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:
A pichação caracteriza o crime de dano quando recai em monumento urbano. EX: Tício vai a
uma área de fazenda e pixa. Configura dano e não crime ambiental, pois a edificação é rual e não se
fala em crme ambiental. Se falar em veículo, veículo não é monumento, então configura-se o dano e
não crime ambiental.
Imóvel rural é dano e não crime ambiental; veículo também não é monumento.
- O caso de danificação de celas para fuga de preso:
O art. 352 trata da evazão mediante violência contra pessoa.
Utilizar violência contra coisa, provocando um dano contra a cela, tem dois osicionamentos:
- STF: há a figura do dano qualificado, pois, é dispensável a finalidade do agente prejudicar o
patrimônio alheio, bastando a destrição ou deterioração da coisa. EX: Tício quebrou a cela para fugir,
para o STF vai responder por dano qualificado.
- STJ: se o agente tinha a finalidade de fugir e acabou danificando a cela, não tem o dano
qualificado configurado-> o fato é atípico porque a violência foi em relação à coisa e não contra a
pessoa e o dano provocado foi para a fuga. Não há finalidade de causar prejuízo a patrimônio de
outrem. Para ter dano o gente não pode ter a intenção de fugir; se ele tem a intenção de fugir, não
tem o dano configurado.
Art. 163,
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave
III - contra o patrimônio da União, de Estado ou de Município;
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou
sociedade de economia mista;
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
Dano simples a ação é panl privada; dano qualificado (I, II e III), a ação penal ´pública e
incondicionada.
Analisando o art. 331, o agente ofende o funcionário público querendo menosprezar a sua
função.
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
O art. 329 fala da resistência passiva. EX: Se o ator tivesse se jogado no chão ou tivesse se
agarrado no psote dizendo que não ia; o fato ia ser atípico porque a resistência é passiva.
Caso concreto:
Fábio teria se metido em uma confusão, discutido com populares e começou a ofender os
olíciais. Se ofendeu os policiais no exercício da função, cometeu desacato. Comentendo desacato, os
policiais, no estrito cumprimento do dever legal, deram voz de prisão e realizaram a prisão captura.
Com a prisão captura, Fábio começou a forçar para soltar-se, tendo resistência ativa, configurando o
crime de resistência.
Já dentro da viatura, Fábio danificou a viatura. Viatura é bem público.
Fato chega ao delegado. Delegado tem que analisar os vários crimes.
Vamos supor que só tinham os crimes de desacato e resistência, ambos crimes de menor
potencial ofensivo, o delegado tem que somar as penas, o que ultrapassa os dois anos, tendo que
lavrar o auto de prisão em flagrante. Depois o delegado verifica se é possível arbitrar fiança (não
ultrapassando 4 anos).
Não é o que ocorre na prática, devido a grande demanda de flagrantes por dia. O que se faz é
o TCO, pois não somam as penas dos crimes de menor potencial ofensivo.
Para a prova: Somam-se as penas dos crimes de menor potencial ofensivo e realiza o auto de
prisão em flagrante.
EX: O Fábio tivesse lesionado uma vítima qualquer e junto com ela fosse levado à delegacia. A
vítima na delegacia não representa pelo delito de lesão corporal (ação penal pública condicionada de
regra geral e incondicionada se for no âmbito doméstico). O delegado pode lavrar um TCO se a vítima
não representar a lesão corporal? Em IP o delegado precisa da representação da vítima, pois, é uma
condição de procedibilidade, mas, a lei 9099 não diz que lavratura de TCO e condicionada ao tratar
de crimes de ação penal pública condicionada a representação (ler art. 69 da lei 9099). Lavratura de
TCO não se submete a condição de procedibilidade.
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o
encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos
exames periciais necessários.
Ase não tem provas para dizer que fulano deu causa á lesão, mesmo assim tem que lavrar o
TCO e encamihar autor e vítima para o judiciário.
EX: Tício, menor, ameaçou a Mévia, e foi levado a delegacia da criança e do adolescente.
Mévia não quis representar. Pode o delegado lavrar o TCO por Tício ter cometido ato infracional
análogo ao crime de ameaça? Sim, não interessa se o ato é análogo a um crime e que o
procedimento submete á ação penal privada ou ação penal pública condicionada; sempre vai ser
instaurado. Na justiça infância e juventude há o princípio da proteção do menor e no estado em
apurar esse fato.
EX: O Fábio Assunção passou pela viatura da PM do DF e com intenção, deu um soco na
viatura, danificando-a. a PM/DF. O fato foi levado a degelgacia, qual o procedimento? Em tese, teria
o dano qualificado pela destruição da viatura.
STJ: Dano ao patrimônio público do DF é dano simples, não cabendo APF e sim TCO (dano
simples pena não superior a 6 meses).
Art. 163, no inciso III não traz o DF, e como o direito enal adota o princípio da legalidade, o STJ
diz que o dano ao patrimônio do DF é simples (HC 154.051-DF de 04/12/2012). Lado outro, TJ/DF,
numa interpretação teleológica, o código quis proteger o bem público, não importando de onde é,
até mesmo porque o código é da década de 40 e o DF foi criado depois.
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Dano qualificado
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou
sociedade de economia mista;
EX: Sendo advogada no DF, o cliente foi preso pela prática de dano qualificado por ter
quebrado a viatura da PM. O delegado entendeu pela comcepção do TJ/DF e o cliente encontra-se
preso em flagrante. Cliente não tem dinheiro para pagar fiança. A advogada, antes de entrar com
pedido de liberdade provisória, tem que entrar com pedido de relaxamento da prisão com bse no
julgado do STJ.
Situação: indivíduo praticou um delito e se evadido do local. Foi perseguido por PMS e na
tentativa de se furtar da ação, entrou na residência dele. Os PM’s entrram também para prendê-lo. A
questão perguntava se os policiais podiam entrar na residência. CESP no gabarito informou que não!
Quando se tem o flagrante róprio, temos duas correntes:
- Minoritária etende que policiais não podem entrar, buscando como fundamento o art. 150
(violação em domicílio), e no §3 tem as excludentes e no inciso II diz que o crime teria que está
sendo rpatcado no momento da entrada na casa para configurar o flagrante próprio. Foi essa
corrente adotada pela CESP
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou
tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais (faz referência ao mandato de prisão e
não a situação de perseguição), para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de
o ser. (o crime tem que está sendo rpaaticado dentro da residência)
O mandato judicial de prisão só pode ser cumprido durante o dia no caso em que a pessoa se
encontra dentro da sua residência, estando o infrator em via pública, o mandato pode ser cumprido a
qualquer hora.
- Majoritária entende que a pirâmide de Kelsen vê a carta magna acima da legislação
infraconstitucional e na CF há ossibilidade da relativização da inviolabilidade do domicílio quando do
cumprimento de mandato judicial durante o dia e faz referência que também é possível na situação
de flagrante delito, sem mencionar se, próprio ou impróprio.
Art. 5, XXXIX positivado o princípio da estrita legalidade. Nesse artigo tem o prncpio da
reserva legal ou estrita leglidade e o da anterioridade.
Nas provas verificamos esse princípio com o nome de princípio da legalidade. A doutrina
critica e utiliza o termo princípio da reserva legal ou estrita legalidade, pois legalidade faz referência
as espécies normativas constantes no art. 59.
Numa prova múltipla escolha, pode marcar entre as alternativas a que menciona princípio da
reserva legal ou da estrita legalidade e não marcar princípio da legalidade. Se a questão traz princípio
da legalidade e não tem nenhuma das utras alternativas, ai marca essa.
Na prova discursiva é para dizer que a dotrina critica o uso da legalidade fazendo referência a
necessidade de uma lei para dar roupagem criminosa a uma conduta, porque a legalidade então
estaria ligada ao art. 59, CF que traz em seu bojo as diversas espécies normativas, entre elas, medida
provisória e resolução, que não podem tratar de matéira penal, como regra (somente se a matéria
penal for mais benéfica é que a MP pode tratar de matéria penal).
A retroatividade da lei penal benéfica navega na órbita da aplicabilidade da lei penal no
tempo, direito intertemporal.
Norma incriminadora há necessidade de ter sido instituído através de uma lei em sentido
estrito, ou seja, essa lei tem que decorrer necessariamente da União.
Quando uma lei entra em vigor, regulará os fatos que ocorrerem durante a sua vigência.
Lei penal quando entra em vigor vai produzir efeitos até outra le vir a revoga-la, expressa ou
tacitamente. A revogação pode ser total (ab-rogação) ou parcial (derrogação).
Lei quando entra em vigor e começa a produzir efeitos, só pode ser revogada mediante
publicação de uma nova lei, devido princípio da continuidade das leis penais.
Quando diz que há necessidade para que uma lei venha parar de produzir efeitos e seja
retirada do ordenamento, há necessidade de outra lei posterior tratando do tema diferente ou essa
lei expressamente revogue a lei anterior, começa a enxergar que não existe possibilidade de
costumes revogarem lei penal. Costumes, muito embora figurem como fonte formal mediata, só
pode ser utilizados se de acordo com a lei.
Uma lei quando entra em vigor pode trazer em seu bojo um conteúdo benéfico, EX: alei 8072,
pois inicialmente, quem praticava crime equiparado a hediondo cumpria em regime integralmente
fechado e, hj, o STF entende que não há essa obrigatoriedade. Essa lei que alterou os crimes
hediondos é uma lei penal benéfica.
Ua lei benéfica vai retroagir, em homenagem ao princípio da retroatividade.
Uma lei que não tenha conteúdo mais benéfico,é uma noacio legis in pejus, e não retroage.
A lei penal quando publicada, produz efeitos para diante. Mas há excepcionalidades: se for
uma lei penal benéfica, estará revestida da extratividade, e a lei vai retroagir, ou ser ultraiva (ainda
que revogada, se aplica ao fato).
Se a lei penal benéfica pode ser ultrativa, essa lei se prende ao fato (efeito carrapato da lei
penal). Aplica-se a lei ainda que revogada.
EX: Lei A está em vigência e a lei B, uma novatio legis in mellius, entra em vigência. Lei B se
encontra em eríodo de vacatio. Tìcio é julgado qunado a lei B já exisia, mas estava no período de
vacation. Essa lei B pode ser aplicada? Temos duas correntes:
1ª O princípio da retroatividade fala que ‘lei’ benéfica se aplica, e a lei B é lei, logo, é aplicável.
2ª STF entende que lei que se encotra na vacatio ainda não roduz efeitos, não podendo ser
aplicada, ainda que benéfica.
EX: Tício praticou homicídio simples (pena 6 a 20 anos) no dia 10/07/2016. No dia 15/09/2017
começou a viger uma lei passando as ser a pena do homi´cidio de 5 a 15 anos, portanto, sendo mais
benéfica. No dia 20/12/2017 saiu nova lei dizendo que a pena passou a ser de 10 a 20 anos. Quando
essa última lei saiu, Tìcio estava sendo julgado. Temos uma lei intermediária que durante sua vigência
não ocorreu os fatos e nem o julgamento. A lei intermediária é mais favorável, pelo fato de ser mais
benéfica, não interessa se fatos ou julgamentos ocorreram ‘fora’ dessa lei, é ela que será aplicada.
EX: Tício, primário, bons antecedentes, praticou tráfico na vigência da lei 6368. Nessa época,
ele foi condenado quando tinha uma pena de 3 a 15 anos (não teve a diminuição de pena porque na
época não existia a causa de diminuição). Em 2006 saiu a lei 11.343 tratando do tráfico, revogando a
lei 6368. Nessa nova lei a pena do tráfico foi aumentada e foi criada uma causa de diminuição de
pensa (ou seja, essa lei é mais benéfica quando trata da causa de diminuição e, maléfica quando
aumenta a pena do tráfico). Será possível pegar o §4 da lei nova (causa de diminuição) e combinar
com o caput da lei antiga? Duas correntes:
1ª É possível, art. 2 §único menciona lei posterior que ‘de qualquer modo’... Se pode retroagir
a lei toda, porque não poderia retroagir somente uma parte?
2ª STF e STJ Dizem que não é possível a combinação de leis.
A 6ª turma do STJ entendia pela possibilidade da combinação de leis, porém a 3 sessão
pascificou a divergência entre a 5ª e 6ª turma, entendendo que não há possibilidade, que a lei pode
até retroagri, mas na sua integralidade, ou o juiz vai esá criando uma nova lei ( a função d juiz é julgar
e, não criar lei).
-No art. 2° tem o abolitio criminis que é uma causa extintiva da punibilidade. Constituiria uma
novatio legis in mellius? Não, pois apenas exclui a roupagem criminosa de uma conduta como crime e
não compara com outra norma.
Na abolitio retira os efeitos penais, mas permanecem os efeitos civis (obrigação de reparar o
dano).
Na abolitio não basta a revogação formal, tem que ter também a revogação material.
PRISÃO PREVENTIVA- EXCESSO DE PRAZO X SÚMULAS 21 E 52 (07/07/2017)
Súmula 21/STJ - 08/03/2017. Pronúncia. Constrangimento ilegal. Excesso de prazo. Superação. CPP,
art. 408, § 1º. Lei 5.941/73.
Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo
na instrução.
A Súmula 52/ STJ: Segundo a qual, "encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de
constrangimento ilegal por excesso de prazo".
Analisando a súmula 21, não haveria justa causa numa ação de HC para considerar essa prisão
ilegal, porque a súmula diz que depois de pronunciado não pode alegar excesso de prazo.
A súmula 52 também traz que, encerrada a instrução, não será mais possível.
O excesso de prazo pode decorrer de ato exclusivo da defesa (súmula 64), o que não irá
configurar o constrangimento ilegal.
Súmula 64/STJ: Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado pela
defesa.
A lei 8072 quando entrou vigor trouxe algumas alterações. A lei manifestou uma maior
preocupação ao tratamento penal àqueles que praticavam crimes hediondos. Quando a lei ntrou em
vigor, o regime era integralmente fechado, e lançando mão do princípio de individualização da pena,
ocorreu uma alteração legislativa, passando o início da pena ao regime fechado e possibilitando a
progressão de regime. Hoje, o STFI entendeu como inconstitucional a obrigatoriedade de iniciar no
regime fechado.
A 1ª turma do STF deu uma decisão, em relação à lei de tortura, entendendo que no crime de
tortura deve iniciar no regime fechado.
A lei 8072 com espírito mais gravoso a quem comete crime hediondo, alterou o art. 83 do CP:
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e
tiver bons antecedentes;
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho
no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho
honesto;
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo,
prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave
ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições
pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir.
- No tráfico de drogas, há a necessidade (por força do art. 50, §1), para fins de lavratratura do
auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por
pessoa idônea. Laudo preliminar para lavratura do flagrante e, via de regra, necessita de laudo
definitivo para condenação. É possível uma pessoa ser condenada com base apenas em laudo
preliminar?
O laudo preliminar pode ser firmado por perito oficial ou por pessoa idonêa. O STJ entende
que se o laudo preliminar for assinado por perito criminal, e a droga for de fácil identificação, é
possível a condenação.
- Tício foi condenado pelo art. 33 e 35 da lei de drogas. É possível a incidência da causa de
diminuição de pena?
O art. 35, associação, quer dizer que Tìcio integra associação criminosa, não tendo direito ao
benefício da causa de diminuição.
O art. 35 é associação de duas ou mais pessoas. A pessoa que está associada se dedica a
tividade criminosa, tem habitualidade no tráfico.
Art. 35 não convive com o art. 33, §4.
O art. 35 convive com o caput do art. 33
Agente pode responder por associação de tráfico e ter diminuição d epena? Não, há
incoerência.
O art. 33 é um tipo penal de conteúdo variado. Tem o verbo importar e exportar. Quem
importa ou exporta comete tráfico, e tem pena de 5 a 15 anos. No art. 40 usa o verbo importar ou
exportar para aumentar a pena de1/6 a 2/3. Não seria bis in iden, considerando que já tem esses
verbos no art. 33? O art. 33 tem escala penal própria. O que eveidencia a transnacionalidade do
delito é importar ou exportar. STJ entende que não há bis in iden na aplicação do aumento de pena
pela transnacionalidade com as condutas de importar e epotar previstas no art. 33, pelo simples de o
agente trazer consigo a droga já configura atipicidade formal do delito.
O mesmo entendia o STF quando falava da fraude em certame público, antes de ser tipificado.
Analogia in buona aprtem: aborto sentimental, humanitário- art. 128, II. O aborto teria que
ser praticado por médico, ser decorrente de estupro e ocorrer o consentimento da vítima ou de ser
representante. O art. fala que isso ocorre se a gravidez resulta de estupro, não mencionando o
vulnerável. A doutrina aponta que com aplicação da analogia in buona parten, aplica-se a excludente
do art. 128, II ao médico que faz o aborto em vítima de estupro de vulnerável.
EX: Tício quer adquirir uma arma de fogo e compra essa arma sabendo que é produto de
crime. A doutrina diz que responde por porte ilegal de arma de fogo, aplicando o princípio da
especiabilidade. STJ: entende que são bens jurídicos distintos, na receptação (patrimônio protegido)
e na aquisição de arma de fogo (bem jurídico é a paz pública), praticando dois crimes distintos em
concurso formal de crime.
A doutrina entende que se aplica o princípio da especialidade e seria concurso formal
impróprio; dolos distintos.
EX: Tìcio está querendo comprar uma arma de fogo o e soube que Mévio (imputável) furtou
uma arma e está vendendo. Tìcio compra o veículo de Mévio. A aquisicação de veículo subtráido por
um inimputável caracteriza a receptação?
Quando se raciocina dentro da órbita finalista o conceito analítico de crim como crime sendo
fato típico, antijurídico e culpável ou o crime é fato típico, antijurídico e a culpabilidade sendo é
pressuposto da pena. Para o finalismo o dolo e a culpa estão alocados no fato típico. Se adoto o
conceito tripartido, como pode ter uma receptação, considerando que o louco não consegue
entender o caráter ilícito do fato? Tem que dizer que no momento da subtração da coisa ele tem que
ser considerado imputável. Louco não pratica crime e Tício não teria praticado receptação, pois, falta
um elemento do crime (culpabilidade) para Mévio. Atenção: art. 180,§4 diz que é crime mesmo que
isento de pena o autor do crime.
A doutrina diz que o CP adotou o conceito tripartido de crime, mas diversos dispositivos levam
a acreditar que o CP adota o conceito bipartido (art. 180, §4 é aquela pessoa que praticou sendo o
crime fato típio e antijurídico).
O conceito quadripartico: crime é fato típico, antijurídico, culpável e punível. Ou seja, um
crime que se encontra prescrito perde a roupagem de conduta criminosa.
Art. 180, §4 responde por receptação ainda que desconhecido ou isente o autor do crime.
- Atos infracionais:
EX: Tício, menor, furtou arma de fogo e Mévio adquiriu essa arma. Ato infracional também
caracteriza crime de receptação.
Muito embora entanda-se que retirando a culpabilidade não teria o crime, aquele que adquire
a arma de um louco, entra na receptação.
Aquisição de arma de fogo produto de crime configura porte ilegal de arma de fogo no verbo
adquirir ou receptação e porte ilegal de arma de fogo? Temos dois posicionamentos:
1º A doutrina entende pelo princípio da especialidade, ou seja, o agente responde apenas
pelo delito de porte ilegal de arma de fogo. Art. tem tipo misto alternativo de condutas múltiplas.
2ª STJ o agente comete dois crimes: contra o patrimônio (receptação) e crime do estatuto do
desarmamento (art. 14 e 16), pois temos bens jurpidicos distintos: patrimônio e paz social.
- Se um louco subtrai arma de fogo e vende para Tício. Tício compra a arma sabendo que se
trata de produto de crime, é receptação? Se adotar o conceito analítico de crime majoritário, como
fato típico, antijurídico e culpável, é arricado errar a questão, pois, o louco não praticaria crime (falta
a culpabilidade) por faltar a estrutura de um elemento da estrutura do crime. Com esse raciocínio,
Tício não poderia responder por receptação.
O CP dá indícios que o conceito analítico de crime adotado é o conceito bipartido, sendo fato
típico e antijurídico (art. 180, §4).
A doutrina majoritária entende que foi adotado o conceito tripartido.
Se Tício adquire arma de fogo de um louco, tem materializado a receptação.
Conceio tripartido: culpabilidade faz parte da estrutura do crime, logo, se praticado por um
louco não pode dizer ser crime.
O art. 180, §4 fala que a receptação é punível ainda que isento ou desconhecido autor de
CRIME. Ou seja, crime é fato típico e antijurídico, sendo conceito bipartido.
Imputabilidade faz parte da culpabilidade. Numa concepção finalista, dolo e culpa estão no
fato típico (tem o que se chama de culpabilidade vazia, por ter deslocado dolo e culp para o fato
típico). Finalismo tem o dolo neutro.
O furto e roubo são crimes contra o patrimônio. No furto tem a forma simples e a qualificada.
Considerando maior reprovabilidade da pessoa para furtar, ela distrói ou rompe obstáculos ou lança
mão do abuso de confiança, ou fraud, ou até mesmo usa uma chave falsa ou age em concurso de
pessoas, o legislador estabeleceu uma escala penal diferenciada.
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de
multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
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Uma das qualificadoras do furto, onde tem a esclaa penal de 2 a 8 anos, é quando o frto é
praticado mediante concurso de duas ou mais pessoas. O roubo tabém, por sua vez, quando
praticado em determinadas circunstâncias (Ex: subtrai a oisa mediante violência ou grave ameaça;
mantém a vítima em seu poder restringindo sua liberdade) o legislador deu um tratamento mais
severo, aumentando a pena.
No furto em escala penal própria de odobro da pena quando praticado em concurso; no
roubo mediante concurso, tem apenas uma causa de aumento. Não ofende o princípio da
proporcionalidade? Considerando que o roubo é uma subtração do patrimônio e considerando a
violência ou grave ameaça, sendo a conduta mais reprovável do que a do furto, não poderia puxar a
causa de aumento do roubo e aplicar no furto, ou seja, aumentar a pena do furto simples de 1/3 até
a ½, considerando que é uma conduta menos reprovável do que a do roubo?Não podia lançar mão da
analogia in buona parten?
Uma 1ª corrente entende que poderia, ou seja, no lugar de lançar mão da escala penal de 2 a
8 anos no furto qualificado, puxar apenas a majorante (aumenta-se d 1/3 até a 1/2 e considera o
furto simples).
Uma 2ª corrente entende que não pode: o roubo é uma conduta mais reprovável do que o
furto, mas o legislador já deu tratamento diferenciado. A diferença do furto qualificado para o furto
simples é de um ano e o roubo, a pena mínima é de 4 a 10 anos e tem a causa de aumento. Veja que
a pena mínima do roubo simples é uma pena alta; e quando vai se tratar das causas de aumento já
tem um aumento expressivo (1/3 até a 1/2). Se considerar a pena mínima do roubo simples e quando
circunstanciado tem essa causa de aumento, estria dando tratamento diferenciado,não havendo em
falar em princípio da proporcionalidade. Tem outro fundamento, também estaria tratando de forma
diferente as outras pessoas que teriam praticado furto qualificado em outras circunstâncias que não
o concurso de pessoas.
Essa corrente também diz que não há de se falar em analogia porque não há lacuna na lei.
Existe escala penal; existe preceito secundário, não havendo em se falar em norma penal em branvo
ao revés.
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
EX: Tício praticou homicídio em face do presidente da república lá fora. Tício foi condenado a
1 anos aqui no Brasil e nos EUA a 10 anos.
Tem que conhecer a lei de segurança nacional (7170/83), nos art. 26 e 29:
Art. 26 - Caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos
Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato
ofensivo à reputação.
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.
O fato de Tício ter sido condenado duas vezes, no Brasil e nos EUA, não ofende o princípio d
bis in iden? Para não ofender o princípio, o legislador projetou na lei o art. 8 que trata da detração
penal.
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Tendo cumprido 10 anos nos EUA, tendo as penas diversas, tem que subtrair as penas. Tício
vai cumprir no Brasil 5 anos de pena.
EX: Tício praticou tráfico de drogas e foi condenado nos EUA por 6 anos de reclusão; no Brasil
ele pegou 10 anos de reclusão. Tendo cumprido 6 anos nos EUA, quanto tempo ele vai ter que
cumprir no Brasil? Sò se aplica a detração nos casos de xtraterritorialidade incondicionada (inciso I), e
não é o caso do tráfico de drogas. Ao analisar o inciso II (extraterritorialidade CONDICIONADA),
encontra-se o tráfico (os crimes que que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir),
tendo que aplicar o §2. Não se aplica a detração!
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes
condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.
EX: Tício subtraiu a carteira do presidente em um hotel na Argentina. É extraterritorialidade
condicionada, pois roubo é crime contra o patrimônio e não está entre os casos da
extraterritorialidade incondicionada.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
Esse art. dá legitimidade do exercício do direito de efetuar uma prisão. É facultado ao cidadão,
agir ou não, em situação flagrancial. É o flagrante facultativo. Noutro giro, as autoridades policiais
deverão prender (flagrante compulsório).
A primeira parte do art. ‘qualquer do povo poderá’, visuaiza-se o exercício regular de direito.
Quando uma pessoa do povo realiza a prisão de alguém, restringindo a liberdade desse alguém,não
há de se falar em constrangimento ilegal porque há uma excludente (exercício regular do direito). AO
tratar das autoridades, tem outra excludente: estrito cumprimento do dever legal.
OBS: Para Zaffaroni não há de se falar em excludente, pois, numa visão de tipicidade
conglbante há uma incoerência quando àquele que age atendendo um comando legal, ter sua
conduta considerada típica. Um funcionário do Estado que está agindo de acordo com mandamento
legal não pod ser considerado fato típico.
A restrição de direitos, via de regra, demanda uma ordem judicial. Quando se trata do
exercício regular do direito e qualquer do povo realiza a prisão de um particular, ele está no que se
chama de ‘ atuação pro magistratu’, ele age como se magistrado fosse.
Alguns doutrinadores criam espécies de exercício reular do direito e uma das espécias sera a
atuação pro magistratu e o direito ao castigo (pai que corrige o filho).
Cuidado que o exercício regular do direito do pai que castiga o filho é possível, mas não pdoe
ter excesso, sob ena de configurar agressão injusta e ensejar a legítima defesa do filho.
Para o STJ, o tráfico é crime de ação múltipla e a prática de um dos verbos do tipo é suficiente
para a consumação da infração sendo prescindível a intuição de vendas do entorpecete. EX: Se Tício
adquiriu a droga para tráfico (dolo), não há a necessidade que ele venha a realizar a venda.
Laudo preliminar: art. 50,§1: necessidade do laudo preliminar para lavratura do flagrante.
§1º: Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da
materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga,
firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.
- Pode ter condenação baseada em laudo preliminar? STJ entende que laudo preliminar é
questão de procedibilidade para o desenvolvimento da relação processual. Entende que o laudo
definitivo e a regra, mas que excepcionalemnte pode ser condenado com laudo preliminar quando
for assinado por perito oficial e a droga for de fácil identificação. (não pode o laudo ser assinado por
pessoa idônea). Embargos de divergência 1544057/RJ.
- Menor na associação:
O menor, para configurar associação e para implicação da causa de aumento do art. 40, VI,
seria bis in idem?
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
STJ entede que são delitos autônomos, respondendo por associação E por tráfico com a causa
de aumento.
- Transnacionalidade de drogas:
EX: Tício está em SP e vai levar a droga para ser vendida nos EUA. Em SP ele foi abordado, não
chegando a embarcar. Há necessidade de transposiçãl de fronteiras? STJ entende que não, basta
configurar a intenção da venda e que o desino era para os EUA, sendo competência da justiça federal.
Se a droga está saindo de outro país e entrando aqui no Brasil a competência é do local de
apreensão da droga.
EX: Tício mora no DF e comprou uma droga para tráico que vem dos EUA. A droga chegou em
SP atravessando o estado de MG. O fato de a droga ter atravessado por MG vai incidir no tráfico
internacional a causa de aumento do tráfico interestadual? Se a transposição de fronteira foi
puramente geográfica qundo do território brasileiro, tem somente tráfico internacional (para incidir o
tráfico interestadual há a necessidade da pulverização da droga).
EX: Tício mora no DF e comprou uma droga para tráico que vem dos EUA. A droga chegou em
SP e Tício vende em MG até chegar ao DF. Aqui, configura as duas causas de aumento, tráfico
internacional e aumento do tráfico interestadual.
OBS: quando se tem duas causas de aumento, aplica-se uma e a outra é considerada na
dosimetria da pena. NÃO é concurso material de crimes!!!
- Princípio da insignificância:
-> Em face do tráfico: STJ e STF entendem que não é possível aplicar.
-> Em face do uso: STJ entende que não é possível. STF emtemde que é possível.
- Crimes hediondos:
Foi declarado inconstitucional o art. 2, §1 que declarava ter que iniciar no regime fechado,
porque ofende o princípio da individualização da pena e da dignidade da pessoa humana, como
também a separação dos poderes.
- Tortura:
STJ: pode iniciar em outro regiem que não seja o fechado.
STF: tem precedente de 2016 onde entendeu quando for tortura, deve iniciar no regime
fechado.
- STJ entende que para o crime de associação ao tráfico é imprescindívelo dolo de se associar
com estabilidade e permanê ncia.
Art 35 é um crime de consumação antecipada, de resultado cortado. Se se associou não tem a
necessidade que venha a vender a droga; se vender responde por 35 e 33.
EX: Tício chama Mévio para vender uma droga que recebeu, somente naquele dia. Configura
somente o concurso de pessoa no tráfico. Teoria Monista, art. 29.
Pode ter um partícipe respondendo com pena maior em relação ao autor. EX: João, partícipe,
tem a ficha criminal extensa e se junta a José, que praticou a conduta principal, mas é a primeira vez
que está no crime. Esse partícipe pode receber pena maior, pois concorre na medida da sua
culpabilidade (culpabilidade do fato).
Concurso de pessoa não configura causa de aumento. Pode ter uma situação de concurso que
enseja causa de aumento: quando no tráfico envolve menor.
Associação não é tráico. Raciocinando com crimes hediondos, tem a exigência do
cumprimento de 2/3 da pena para o livramento condicional para crime de tráfico. Se associação não
é tráfico, tem que seguir as regras do CP para concessão do livramento? STJ: diz que tem que, muito
embora associação não seja tráfico, o art.44, §ú da lei 11.343 diz que os crimes do art. 34 a 37 da lei
tem que cumprir 2/3 da pena para obter o livramento condicional, ou seja, tem seguir o que
determina a lei especial, 11.343.
- Quantidade da droga:
STJ: A quantidade da droga pode indicar atividade criminosa e afastar o privilégio; para o STF,
a quantidade por si só não indica dedicação a atividade criminosa.
- Disk droga: aquisição de droga por telefone configura tráfico consumado, não hpa
necessidade do recebimento.
-Ônus da prova:
STJ: entende que o ônus da prova de que a droga é para tráfico e não para uso, recai sobre o
MP.
EX: Tício construiu uma farmácia para vender remédios, que estão inseridos na portaria da
Anvisa, falsificados. Responde por tráfico ou pelo art. 273? STJ: enentende que configura o art. 273,
CP e não vai para lei de drogas.
-Participação do menor:
EX: Tício praticou tráfico com Mèvio, menor. Responde pelo tráfico e por corrupção de
menores?
STJ entende que não.
Caso o delito configurado entre os art. 33 e 37, e seja praticado por menor, agente responde
por tráfico com causa de aumento e não por corrupção de menores.
Havendo uma estabilidade, pode ser usado o menor para que configure a associação.
FURTO ADULTERAÇÃO DE SINAL MEDIDOR DE ENERGIA - DOUTRINA X STJ (27/07/2017)
Tício em 2012, querendo pagar menos energia, promoveu a adulteração do medidor, dando
um prejuízo à concessionária de 14 mil reais. MP entendeu que ao adulterar o medidor de energia,
Tício induziu o funcionário a erro quando ia aferir o medidor mensalemente e essa conduta se
enquadra no art. 171. A defesa alegou que antes da propositura da ação penal, Tício havia pagado o
que devia, vislumbrando somente o ilícito civil. Por ser o dirieto penal subisidiário, há possibilidade
de analogia in buona partem com a prática do crime tributário, extinguindo a punibilidade. A defesa
apresentou essa tese com o intuito de trancamento da ação penal.
TJ de Santa Catarina entendeu que não haveria possibilidade de aplicação da insignificância,
considerando que o valor tinha sido de 14.000,00; a lei 9249 trata de tributo e não de preço público,
não podendo falar de analogia porque não há lacuna; que está configurado o delito de estelionato. O
TJ negou o trancamento da ação penal, dando razão ao juiz de piso.
A defesa fez um recurso ordinário para o STJ, que entendeu que o ressarcimento do preço
público em razão a subração de energia elétrica, antes do recebimento da cdenúncia acarreta
extinção de punibilidade em homenagem ao princípio da isonomia e da subsidiariedade do direito
penal; acolhendo a tese da defesa.
Adulteração do sinal medidor que o MP denunciou como estelionato, para o STJ, se realizou o
pagamento antes do oferecimento da denúncia, não há justa causa.
Pedra de toque 1: pagamento do preço público antes do oferecimento ou antes do
recebimento da denúncia, tem a extinção de punibilidade.
Pedra de toque 2: STJ entendeu que adulteração do medidor é furto mediante fraude e não
estelionato. A doutrina entende como estelionato. HC 62437/SC (julho de 2016).
Cuidado, pois, se for analisar alguns casos tecnicamente não cai e furto mediante fraude. EX:
Tício chegou na concessionária querendo comprar um veículo (‘caô’). Tício, já com dolus malus,
apresenta uma identidade falsa. Ao realizar o test drive, e leva o carro. Analisando tecnicamente, ao
apresentar a identidade, o funcionário entregou o carro à Tício (o que caracteriza o estelionato). Já
no que se refere a energia, a concessionária não entregou a energia, teve o furto.
Dependendo do modos operante, no test drive pode ter furto ou estelionato. EX: Tício vai
fazer o test drive e sai junto com o vendedor, no meio do caminho diz que o pneu furou e pede que
ele vá conferir, saindo e deixando ele na rua. Aqui se tem o furto mediante fraude.
STJ, seguindo a política criminal, tem entendido test drive tudo como furto mediante fraude
porque as seguradoras não cobrem o estelionato.
No test drive pode ter também a apropriação indébita. EX: Tício chega na concessionária para
realização do test. Entrega seus documentos verdadeiros. Durante o test, Tício se empolga com o
carro e decice não devolvê-lo.
Equipara-se a coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
STJ sustentou durante muit tempo que subtração de sinal a cabo seria subtração de energia.
Assim entendia Nucci.
STF e Bittencurt, energia é o que se esgta e sinal a cabo não pdoe ser energia.
Recentemente o STJ mudou de entendimento que o furto de sinal a cabo não caracteriza
furto, mas irá configurar o delito do art. 35 d a lei 8977/95. Ao chegar nesse tipo penal, ele não tem
preceito secundário (norma penal em branco).
- Sêmem pode figurar como objeto de furto? A doutrina adota que seria forma de energia
genética, podendo sim ser objeto de furto.
Quando da desistência voluntária (DV), tem o início dos atos executórios? Sim.
Quando da DV, o resultado não ocorre por desejo próprio do agente. DV é fomra de tentativa
abandonada. Na DV, tecnincamente não tem uma tentativa (porque na tentativa não ocorre por
vontade alheia do agente) e na DV não ocorrepor vontade do agente, respondendo ele por isso por
todos os atos praticados. A doutrina chama de entativa abandonada (porque ele abandonou o que
estava fazendo).
Quando há esgotamento dos atos executórios, e o agente adota providência contrária, não
quer dizer que chegou ao final da esfera da tentativa (porque pode ainda não ter ocorrido a
consumação). Esgotamento dos atos executórios não imorta necessariamente na consumação do
delito. EX: Tício foi atingido por Mévio. Uma viatura do Samu passou e levou ao hospital. Mévi
responde por homicídio tentado.
Quando se tem o esgotamento dos atos executórios e o agente adota medida contrária ao
resultado, tem-se o arrependimento efeicaz (AE). Estando ainda na fase da tentativa porque ainda
não ocorreu a consumação. A tentativa só termina com a consumação.
EX: Tício realiza os atos executórios e depois adota uma providência para o resultado ocorrer.
Essa providência aconteceu na esfera da tentativa (se isso aconteceu é porque ele não queria
continuar na tentativa, abandonando a tentativa). Por isso AE também pe forma de tentativa
abandonada.
Uando se tem o bem jurídico coisas ou pessoas, pode usar a classificanção de tentativa
cruenta ou incruenta.
Cruenta/vermelha: pessoa foi atingida.
Incruenta/branca: vítima não foi atingida.
Há uma reprimenda penal quando o cidadão pratica ato para ceifar a vida de outrem.
-Art. 121:
Homicídio é crime material, instantâneo de efeito permanente (uma vez consumado, não há
como fazer desaparecer seus efeitos).
Objeto jurídico tutelado é a vida humana.
Só pode pensar em infanticídio quando visualiza o trabalho de parto. Antes do trabalho de
parto só se fala em aborto.
Para a pratica do homicídio pode ser aplicado meiso diretos (arma de fogo) ou indireto (cão
feroz incitado para alcançar a vítima).
Tício eifando a vida de alguém, necessariamente não se tem o homicídio. EX: Tício está
ceifando a vida do presidente da república. Vai se enquadrar no art. 29 da lei 7770, crime de
segurança nacional.
No homicídio o agente age com animus necande. Pode ser dolo direto (EX: Tício quer matar a
vpitma e atira para isso) ou eventual (agente assume o risco).
Art. 18 materializa dolo direito e o dolo eventual.
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado (dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo
(dolo eventual);
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.
Adota-se duas teorias:
- Teoria da vontade: no dolo direito
- Teoria do consentimento ou assentimento: dolo eventual.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;(chamado
também de homicídio mercenário, remunerado ou cicariato).
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossivel a defesa do ofendido;
Feminicídio
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição.
III- outro meio insidioso: interpretação analógica. EX: Mévio quer matar Tício e tira o óleo da
direção do veículo.
Insidioso é qualquer meio dissimulado.
O veneno é um meio insidioso. É toda substância que introduzida no organismo humano,
figura como substãncia letal.
Qualquer substância pode figurar como veneno. EX: Aúcar para diabpetico, desse que seja de
conhecimento do agente.
O veneno pode constituir um meio insidioso.
Insidioso é o que a vítima não toma conhecimento.
EX: Mévio está injetando veneno no Tício. Tício sabe que é veneno. Esse homicídio é
qualificado por emprego de veneno? Não, pois o meio não é dissimulado. O homicídio vai ser
qualificado, mas pelo meio cruel.
Se a vítima tem conhecimento que se trata de veneno, tem homicídio qualificado, mas pelo
meio cruel.
EX: Tício trabalha em uma obra e sempre leva seu almoço. Mèvio sempre pega a comida de
Tício. Tício resolve colocar veneno dentro de sua comida. Paulo abre a geladeira e pega a comida de
Tício, vindo a óbito. Erro quanto a pessoa.
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o
crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser
também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
O art. traz o erro na execução por acidente.
EX: Tício injeta veneno em Mévio, que acaba aindo no chão. Tício, achando que Mévio está
morto, o joga em um lago com a intenção de ocultar o cadáver. Laudo aponta que Mévio morreu em
decorrência da asfixia. Asfixia qualifica o homicídio também. Tem o erro no nexo de causalidade
(aberratio causae). É um erro de tipo acidental. A asfixia não entrou na esfera de conhecimento de
Tício, afastando a qualificadora de asfixia. Ao jogar o corpo no lago, seu dolo era ocultar o cadáver.
Quanto à ocultação de cadáver o crime pe impossível por se encontrar vivo no momeno, tendo então
um delio putativo por erro de tipo. Tício tentou matar com emprego de veneno, e a doutrina entende
que deve considerar a qualificadora que ele desejava e tinha conhecimento, pelo meio insidioso,
muito embora teha morrido por asfixia.
E: Tício realiza isparos em Mévio, achando que ele estpa morto, joga no lago. Responderia por
homicídio simples.
EX: Tício quer matar Mévio. Paulo, muito amigo de Mévio vai levar açúcar para évio fazer um
suco. Tício, sabendo disso, substitui o açúcar por veneno. Mévio bebe o suco e morre. Tem o erro
determinado por terceiro; autoria mediata. Paulo está em erro, tem que verificar se vencícel ou
invencível. Tício vai ser autor imediato do homicídio qualificado por emprego de veneno.
EX: Paulo trabalha na farmácia, e com seu conhecimento técnico desconfiu que o açúcar era
veneno. Msmo assim ele ainda está em erro, mas é erro vencídl (exclui o dolo, mas responde por
culpa).
EX: Paulo identificou que era veneno e também querendo morte de Mévio, resolve levar o
veneno. Aogora tem o liame subjetivo, formando o concuso de pessoas. Quem entrega o veneno
para Mévio morrer é Paulo, sendo ele o autor e Tício é o partícipe. Não se fala em autoria mediaa
porque tem o concurso de pessoas.
EX: Mévio, querendo se matar, pede um veneno para Tício. Mévio bebe o veneno e morre (ou
acontee lesão grave). Tício responde por participação em suicídio.
EX: Mévio, de 14 anos, querendo se matar pede veneno para Tício. Para considerar
participação em suicídio com menor de 14 anos tem duas correntes:
-Agente responde por homicídio (simples porque a vítima sabia ser veneno) porque o
consentimento do menor não é nada; essa corrente entede que a causa de aumento do menor só
abrange o menor de 14 a 18 anos;
- Entende como menor o menor de 18, tendo a participação em suicídio.
EX: Tício e Mévia querendose matar, cruzam os talheres com veneno. Mévia morreu e Tício
ficou vivo. Tício responde pelos aps executórios, respondendo por homicídio (ela sabia que era
veneno). Não fala em participação em suicídio porque Tício praticou atos executórios.
EX: Tício é noivo da Mévia, eles saíram juntos e Tício bebeu uma cerveja. Tício pega a estrada
em alta velocidade e acaba perdendo a direção do veículo, resultando do acidente a morte da Mévia.
Para concessão do perdão judicial, faz necessário o agente ser atingido de forma grave. STJ entende
ser necessário um vínculo afetivo.
EX: Tício está na boate e conhece Maria, decidem sair juntos e ocorre o acidente. Não cabe o
perdão judicial porque não tem o vínculo afetivo.
EX: Tício, conduzindo veículo automotor, perde o controle do veículo, atingindo uma vítima
que veio a óbito e Tício ficou tetraplégico. Nessa hipótese cabe o perdão judicial porque as
consequências do acidente atingiu o próprio agente.
A conduta de subtrair coisa alheia já é reprovável, mais reprovável ainda quando ele quebra
um obstáculo que quebra a coisa.
EX: Tício quebrou a vidraça para subtrair um bem. Responde por dano e furto qualificado?
Seria bis in iden. O dano é absorvido pelo furto qualificado eplo rompimento de obstáculo.
EX: Tício quebrou a vidraça do veículo para subrair um relógio que estava no interior do
veículo. STJ e STF entendem que ele responde por furto qualificado. Tem corrente minoritária que
entende responder por furto simples por ser ofensa ao princípio da proporcionalidade. Esse
posicionamento de que se quebrar o próprio veículo para roubar o veículo seria furto simples, há
divergência no STJ, pois tem julado de 2014 da 5ª turma entendendo que qualifica furto
Qualificado. A 6ª turma entende que se quebrar o próprio veículo é furto simples.
O que é pacificado em sede de STJ e STF é que se quebra o vidro do veículo para roubar
relógio é furto qualificado.
Para o agente responder por furto qualificado por rompimento há necessidade de perícia? STJ
entende ser possível o exame pericial indireto.
EX: Tício, querendo subtrair um objeto na casa de Mévia, pegou a chave de fenda e
desparafusou a janela. Remoção de obstáculo configura a qualificadora do rompimento? Não, bem
como retirada de telhas.
- Mediante fraude: agente utiliza de meio ardil para diminuir ou retirar a vigilância da vítima.
Esse furto se parece com estelionato e a apropriação indébita.
EX: Tício queria comprar um relógio. Acorda cedo e decide furtar o relógio. Vai até uma loja e
pede a Mévia para olhar os modelos, que os coloca em cima do balcão. Enquanto Tício pergunta
quanto custa um relógio que está na vitrine, furta um que estava em cima do balcão. FURTO
MEDIANTE FRAUDE (ação é do agente).
EX: Tício acorda querendo um relógio, mas já decidido em não pagar por isso. Pega uma
identidade falsa e pede para comprar um relógio no crédito, apresentando a identidade falsa. A
vendedora entrega o relógio para Tício. ESTELIONATO (a vítima entrega a coisa).
EX: Tício está numa loja que ende e aluga relógio. Coloca o relógio no pulso e decide ficar com
o relógio, não devolver. Ele queria apenas alugar, mas teve o dolo subsequente alterado.
APROPRIAÇÃO INDÉBITA.
No furto mediante fraude e no estelionato, o dolus malus é desde o início. A vontade de
praticar o crime está desde o início da ação.
STJ: configura furto mediante fraude: test drive, saque eletrônico (competência do local da
agência onde se deu o prejuízo), flanelinha que subtrai o veículo.
- Mediante escalada: qualquer acesso mediante via anormal (escada, corda, via subterrânea,
etc).
Se a casa tem janela ou muro baixos, não configuram a qualificadora.
Há necessidade de exame pericial? Se houver meios de provar que o agente utilizou de
esforço incomum, ou sistem de filmagem de segurança, já é suficiente, dispensando a perícia.
- Destreza:
Se a vítima percebe a subtração da coisa antes de inverter a posse, não está reestida de
habilidade. Seria configurada tentativa de furo simples.
Se a vítima não percebe a inversão da posse, mas peessoas próximas percebem, configura
furto qualificado.
Não há que se falar em destreza se a vpitima está dormindo ou embriagada, a não ser que o
próprio agente tenha colocado o sonífero ou algo do tipo, onde teria roupo com violência imprópria.
(a violência é imprópria porque foi colocado antes de subtrair a coisa).
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou
a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
- Estupro virtual:
EX: Tício, através do computador, ameaça a Mévia em outra cidade a masturbar. Se Mévia se
auto masturba configura o estupro virtual.
STJ: a conduta de contemplar lascivamente, sem contato físico, mediante pagamento, menor
de 14 anos desnuda em um motel pode permitir deflagração da ação penal para apuração do estupro
de vulnerável.
O julgado ainda diz se há uma lesão na vítima mediante violência, essa violência é
considerada na dosimetria da pena, Ou seja, pode ter estupro com e sem violência.
Para o STJ, essa vulnerabilidade aqui é a permanente Ex: portador de patologia mental),
porque se a vulnerabilidade for transitória, a ação penal é pública condicionada a representação (Ex:
pessoa embreagada).
EX: Mévio pede que Tícia tire a roupa para somente contemplar. Também é estupro, porque o
STJ entende que contemplar é ato libidinoso.
-É possível a tentativa na hipótese da extorsão virtual. EX: Tício liga diendo que está com a
filha de Mévia e pede dinheiro. Se Mévia não se entiu intimida, tem a tentativa.
-Não é possível continuidade delitiva ente o roubo e a extorsão. Tem o concurso material de
crimes.
EX: Tício subtrai o veículo e dois dias depois exige dinheiro para não atear fogo no veículo.
Tício responde por dois crimes, roubo e extorsão.
Para Nelson Hungria, se utilizar a violência ou grave ameaça para fazer com que a vítima te
entregue a coisa, é extorsão; para corrente majoritária é roubo.
- Extorsão e concussão:
Extorsão tem violência e grave ameaça.
Funcionário público utiliza violência ou grave ameaça para exigir vantagem econômica,
configura a extorsão e NÃO, concussão.
Concussão não é a extorsão praticada por funcionário público. Extorssão tem suas
elementares de violência e grave ameaça.
- Causa de aumento:
Art. 158, § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma,
aumenta-se a pena de um terço até metade.
Quando diz que o crime é comentido por duas ou mais pessoas, a doutrina, raciocinando com
a teoria restritiva sob o prisma objetivo formal, tem entendido que as duas pessoas devem praticar
os atos executórios. Tendo autor e partícipe não incide a causa de aumento. Aqui não é concurso, diz
que o crime é cometido por duas ou mais pessoas.
De acordo com a teoria do domínio final do fato que se o agente tem o domínio do fato ele é
considerado autor, e se é autor, ele está praticando o delito.
A maioria da doutrina vem trabalhando que o CP adotou a teoria restritiva, muito embora os
tribunais venham adotando a teoria do domínio final do fato.
EX: Tício aborda Mévio e mediante grave ameaça pede dinheiro a Mévio, enquanto isso, Paulo
faz a segurança do local. Não se tem a extorsão com a causa de aumento porque Paulo é partícipe de
acordo com a teoria restritiva.
-Sequestro relâmpago:
É extorsão ou roubo com restrição?
Roubo com restrição de liberdade da vítima: agente restringe a liberdade da vítima para
facilitar a ação criminosa. EX: Aborda a vítima no carro e pede que ela caminhe junto com ele para
que ninguém note, depois a libera. Essa restrição tem que ser de período curto, caso contrário
configura a privação da liberdade, vindo a responder em concurso por roubo e sequestro.
Extorsão: art. 158. A causa de aumento do §3 da restrição de liberdde da vítima: aqui
necessita de colaboração da vítima. EX: Leva a vítima ao caixa eletrônico.
Art. 58, § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa
condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas
no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.
-Sobre a extrosão com liberdde da vítima ser hediondo, tem duas correntes:
1-Entende que seria um desdobramento do caput, sendo somente uma forma qualififcada.
Somente deve ser considerado hediondo quando houver morte.
2- Entende que não é hediondo porque adotamos o critério legal para dizer quem são os
crimes hediondos.
Prevalece a 2 corrente, que adota o critério legal.
Como o delegado deve se portar diante de uma situação de vítima da lei Maria da Penha?
Ler: art. 10, 11 e 12 antes da prova.
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro
da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem
prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se
apresentada;
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas (coloca que tem que ser de forma
imediata), expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas
protetivas de urgência; (Se o juiz receber, vai para o art. 18, tendo o prazo de 48 sobre as medidas
protetivas).
OBS: Não é o delegado que representa pelas medidas protetivas. A vítima é quem faz o
pedido e o delegado somente encaminha ao juiz.
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros
exames periciais necessários;
V - ouvir o agressor e as testemunhas;
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais
contra ele;
VII - remeter, no prazo legal (não é no prazo de 48hr) , os autos do inquérito policial ao juiz e
ao Ministério Público.
§ 1º O pedido da ofendida (medidas protetivas) será tomado a termo pela autoridade policial
e deverá conter:
I - qualificação da ofendida e do agressor;
II - nome e idade dos dependentes;
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por
hospitais e postos de saúde.
EX: Tício agrediu Mévia, que foi levada à delegacia. Chegando lá, Mévia pede que o delegado
somente ‘aperte’ Tício, sem querer propor ação. O delegado, sabendo ser crime de ação penal
pública incondicionada, aplica a lei e o prende em flagrante (art. 41 da lei 11.340 menciona: Art. 41.
Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da
pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099). A lei 9099 tem a representação como condição de
procedibilidade quando da lesão corporal. Assim, afasta a representação no crime de lesão corporal
no âmbito da violência doméstica contra a mulher.
Delegado vai autuar Tício em flagrante: tem que ‘se ligar’ na escala penal, de olho no art. 322
CPP e o arbitramento da fiança:
- Maria da Penha é possível aplicação da fiança. Não há transação penal.
- Se a vítima não for lesionada, somente ameaçada: delegado lavra APF também, pois, mes mo
ameaça send um crime de menor potencial ofensivo, o art. 41 afastou a aplicação da lei 9099,
consequentemente afastou tamb´ém o TCO, tendo que lavrar o APF.
O afastamento da representação como condição de procedibilidade, em que possibilita o
delegado lavrar o APF, independente de manifestação da vítima, faz referência somente à lesão
corporal; em se tratando de ameaça, a vítima tem que representar.
EX: Mévia chega à delegacia dizendo que Tício a xingou ofendendo a sua honra. (injúria). O
delegado não pode lavrar o APF de forma imediata afastando a lei 9099. Se tem o requerimento da
vítima, tem o APF lavrado, porque o art. 41 afasta a lei 9099. Se o art. 41 afasta a lei 9099, não se
pode lavrar o TCO em sede de injúria, tem que ser o APF, mas para isso será preciso o requerimento
da vítima porque injúria é de ação penal privada.
EX: Mévia foi lesionada, injuriada e Tício ainda pegou o celular dela e jogou no chão. Delitos:
lesão corporal, ameaça , injúria e dano. Mévia representou os delitos que demandam representação.
Delegado lavra o APF, mas para arbitrar fiança, tem que analisar a pena de todos os crimes, para não
ultrapassar o estabelecido no art. 322. Há concurso de crimes.
EX: Mévia chega à delegacia dizendo que Tício deu diversos empurrões, mas não quer que o
delegado o prenda, somente ‘aperte’ ele. Empurrões materializam contravenção penal do art. 21,
vias de fato, e a ação penal é pública indondicionada, porque afasta a lei 9099.
O art. 41 diz que nãos e aplica a lei 9099 aos CRIMES praticados com violência doméstica, mas
o STJ e STJ entendem que se aplica também à contravenção penal, de forma etensiva.
EX: Tício, policial militar, que realizou disparo de arma de fogo em local habitado. Na
delegacia, foi lavrado APF no art. 15 da lei 10.826, pena de reclusão de 2 a 4 anos, o que estaria
dentro do limite de aplicação de fiança do delegado. Mas, para arbitrar fiança, o delegado tem que
considerar as causas de aumento. Nesse caso, a pena é aumentada no art. 20.
Todos os crimes previstos no estatuto do desarmamento são afiançáveis !!! O delegado é que
só pode até 4 anos.
EX: Mévia casada com Tício, o ameaça. Ao chegar à delegacia, o delegado não vai lavrar APF
porque nesse caso pode ser aplicada a lei 9099. Ameaça é crime de ação penal pública condicionada
á representação, mas para lavrar TCO não é preciso representação da vítima (TCO não tem como
condição de procedibilidade a representação; isso é somente para o inquérito). TCO não se submete
a condição de procedibilidade.
EX: Mévia xingou Tício e foi levada á delegacia. Delegado lavra o TCO. Não seria prisão em
flagrante? Seria presa somente se ela não assinar o termo de compromisso de comparecer ao
juizado.
EX: Mévia lesiona Tício. Aplica-se a lei 11.343 sendo vítima homem? Delegado não vai lavrar
TCO, memo tendo lesão corporal. Art. 129, §9 diz que a reclusão não ultrapassa os 3 anos nesse caso,
não é crime de menor potencial ofensivo, sendo a mulher presa em flagrante.
A vítma sendo homem, em regra, não se aplica a lei 11.340. O Art. 41 afasta a lei 9099 nos
crimes contravenções em sede de violência doméstica em que tem a mulher no polo passivo.
Afatstando a lei 9099 tambpema fasta a representação como condição de procedibilidade ao tratar a
lesão corporal leve e culposa, tendo ação penal pública incondicionada.
Não se fala da aplicabilidade da lei 11.340 quando tem o homem no polo passivo, como regra,
esa prisão da mulher no exemplo citado vai demandar representação da vítima.
Entendimento recente: Art. 33, §4 traz o tráfico privilegiado. A simples condição de mula
significa que é integrante da organização criminosa? STF no HC 132459 entende que não, sendo
imprescindível, para tanto, prova inequívoca do envolvimento estável e permanente. Para o STJ, a
última decisão (abril de 201- HC 387.077/ SP) se filiou ao entendimento do STF, onde a simples
condição de mula não é suficiente para ser integrante de O.C, sendo possível a incidência da causa de
diminuição do privilégio para a mula. Conseguindo comprovar que dentro da OC a função dele é
transportar droga, aí ele faz parte da O.C.
STF
entenhttps://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEwiSq8z94_jWAhVKEJAK
HatnAwoQFggnMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fleis%2F2003%2FL10.741.htm&usg=AOv
Vaw1RBuXPowKXDU3fqGYQq11ude que na 3 fase de Hungria, que pode considerar a atividade de mula
com maior reprovabilidade da conduta, ensejando uma menor diminuição da pena.
STF e STJ entendem que a quantidade da droga é indicador que o agente se dedica à atividade
criminosa, afastando o privilégio.
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não
ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de
1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo
Penal.
Quando o estatuto do idoso entrou em vigor, tivemos duas correntes: (o estatuto alterou o
conceito de menor potencial ofensivo???)
- 1ª disse que o art. 94 é possível aplicar a lei 9099 e os institutos despenalizadores estão na
lei 9099, então é possível aplicar esses institutos despenalizadores em crimes cuja pena PPL seja
inferior a 4 anos, o estatuto teria então alterado o conceito de crime de menor potencial ofensivo.
Para essa corrente, o crime de menor potencial ofensivo seria então o que não ultrapassa os 4 anos.
- 2ª disse que numa interpretação teleológica, a lei não foi criada para criar benefícios
(transação penal) àquele que pratica crime contra o idoso. A intenção do legislador era dar uma
celeridade à apuração esses delitos. Entendeu que não ocorreu a alteração de crime de menor
potencial ofensivo, apenas deu tratamento mais célere a investigação desses delitos.
Prevalece que a lei não alterou os crimes de menor potencial ofensivo, a 2ª corrente.
Aos crimes previstos no Estatuto do idoso não se aplicam a transação penal. Certo ou Errado?
Depende. Aos crimes do estatuto que superam os 4 anos aplica-se a lei 9099, mas sem a
transação penal porque não foi alterado o conceito de crime de menor potencial ofensivo. Mas se
colocar um delito do estatuto com pena que não supera 2 anos, além da lei 9099 será possível
também os institutos despenealizadores.
REVISÃO- PÓS AULÃO ADELANTE
-Tortura: se o agente pratica tortura em face de uma cirança ou adolescente e, essa torura
ocorre onde há prevalência de relação doméstica e de coabitação, ele responde por tortura com a
causa de aumento (§4) e aplicabilidade da agravante genérica prevista no art. 61, II, ‘f’ (STJ entende
que não constitui bis in iden).
Ler as causas de aumento da tortura.
- ECA:
01)- Aquele que fornce a adolescentw, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório ou
munição de uso restrito ou proibido, fica sujeito a sanção penal prevista no ECA, em decorrência do
princípio da especialidade. ERRADOS, art. 16, §ú da lei 10826, é crime previsto no estatuto do
desarmamento. No art. 242 do ECA:. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de
qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo. Então, considera crime no ECA
somente as armas brancas. Se for arma de fogo ou munições será crime do estatuto.
02)- Constitui crime do ECA a conduta de produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar e
registrar, por qualquer meio cena de sexo explícito ou pornográfica. O conceito de cena de sexo
explícito ou pornográfica está no art. 241-Eara efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão
“cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de
uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. STJ entende que não há necessidade
da nudez.
CORRETA, ela transcreve a conduta típica do art. 240 e §1.
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena
de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescentePena – reclusão, de 4 (quatro) a
8 (oito) anos, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo
intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou
ainda quem com esses contracena.
O art. 240, §1 tem causa de aumento.
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou
por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título,
tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento.
3)- Constitui crime previsto no ECA a conduta de adquiri, possuir ou armazenar por qualquer
meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfico de crança ou adolescente. CORRETA, art. 241-B.
No art. 241-b tem uma causa de diminuição: § 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois
terços) se de pequena quantidade o material a que se refere o caput deste artigo. O legislador vai
pegar as causas de aumento do art. 240 e vai jogar aqui no art. 241.
4)- Constitui crime do ECA a conduta de vender ou expor a venda fotografia, vídeo ou outro
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfico que contenha criança ou adolescente,
bem como, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar, divulgar em qualquer meio,
fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfico que
contenha criança ou adolescente, sendo que, em todos os casos citados a pena é aumentada de 1/3
se o agente comete o crime prevalecendo- se de relação parentesco, consanguíneo ou afins até o
terceiro grau. ERRADO, a causa de aumento não se aplica ao art. 241 e 241-A.
STF e STJ entendem ser possível aplicação do princípio da insignificância nos atos infracionais.
Internação pela prática da reiteração de atos infracioanais: STJ entende que não há
necessidade de praticar 3 atos.
-ECA: súmula 492, STJ. “O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente”.
Súmula 500, STJ: A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva
corrupção do menor, por se tratar de delito formal.
- Lei de trânsito:
01)- Bentinho que é médico, vinha conduzindo seu veículo falando ao celular e não percebeu
a retenção do trânsito e atingiu a traseira da motocicleta de Capitu. Parou o veículo, chamou socorro
e prestou os primeiros atendimentos à vítima que ficou gravemente ferida. Chegando a ambulância,
Capitu foi levada ao hospital, onde veio a falecer. A PM preservou o local do acidente e apresentou
Bentinho a autoridade policial. A autoridade policial, após advertir o dieito ao silêncio (aviso de
Miranda), verificou que o conduzido portava CNH regular. Bentinho confirmou que falava ao celular
no momento. Deve a autoridade policial instaurar IP por portaria, não impondo prisão em flagrante e
nem exigir fiança.
Art. 301 CTB: Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima,
não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro
àquela.
O delegado não pode lavrar o APF. Instaura inquérito por portaria.
Sai de lesão corporal culposa para homicídio culposo na direção de veículo automotor.
- Lesão corporal na direção de veículo automotor vai incidir causa de aumente se ocorrer nas
mesmas situações que incidiram no homicídio culposo.
03)- Segundo STJ, constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de
veículo automotor a pessoa que não seja habilitada ou que se encontre em qualquer das situações do
art. 310, independente de lesõ ou perigo concreto na condução do veículo.
CORRETA, súmula 575, STJ. Aquele que entrega a chave a pessoa não habilitada vai responder;
quem dirige, só responde se gerar o perigo, caso contrário é fato atípico.
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada,
com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de
saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança.
Para o STJ, o delito do art. 309 foi absolvido pela conduta de praticar lesão corporal culposa
na direção de veículo automotor, tipificada no art. 303.
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano.
- Lavagem de dinheiro:
01)- Para caracterização do delito de lavagem de dinheiro, a legislação de regência prevê um
rol taxativo dos crimes antecedentes, geradores de origem ilícita, sem os quais o crime não subsiste?
ERRADA, pode derivar de qualquer infração penal. Art. 1.
* Art. 1,§4 lei 9613 menciona que a pena é aumenta da de 1 a 2/3 se os crimes forem
cometidos de forma reiterda por OC.
O que vem a ser justa causa duplicada? No art. 2,§1 menciona: A denúncia será instruída com
indícios suficientes da existência da infração penal antecedente (na prova vai dizer que exige prova),
sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou
extinta a punibilidade da infração penal antecedente.
Tem que ter indícios que irão configurar a justa causa da infração antecedente + a justa causa
de que ocorreu a lavagem.
Teoria da cegueira deliliberada: busca ientificar o dolo eventual para responsabilizar o agente
que, deliberadamente, se coloca na situação de ignorante.
Torres de vigia na lavagem de dinheiro: a lei menciona que algumas instituições devmem
informar movimentações estranhas.
04)- Em tema de LD, layring ouo dissimulação, é a fase da lavagem de capitais em que se
busca a introdução do dinheiro ilícito no sistema financeiro, dificultando sua procedência, como por
exemplo a execução do fracionamento de grande quantia em pequenos valores, objetivando escapar
do controle administrativo imposto as instituições financeiras.
Fases da lavagem:
1- Playcement ou colocação: introdução do dinheiro, via de regra, em poucas quantias. É um
procedimento conhecido como smurfing.
2- Layring ou Dissimulação.
3- Integration: dinheiro com aparência lícita é introduzida no sistema financeiro.
- Crime Organizado:
01)- Considera-se O.C.associação de 4 ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais com pena
não superior a 4 anos ou de caráter transnacional.
CORRETA
02)- O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder perdão judicial, reduzir em 2/e a PPL
ou subsituí-la por PRD daquele que colabora efetiva e voluntariamente com a investigação e processo
criminal , desde que dessa colaboração advenha a revelação da estrutura hierárquica da OC ou
recuperação total do produto ou provento da O.C. ou até mesmo outros resultados previstos na lei
12850 (art. 4).
03)- O líder de determinada O.C. foi preso e no curso do IP se prontificou a contribuir com a
coleta de provas, mediante a prestação de colaboração com o objetivo de, oportunamente, ser
premiado por sua conduta.O MP pode deixar de oferecer denúncia contra o colaborador?
ERRADO, o colaborador não pode ser o líder para o MP deixar de oferecer denúncia.
Estatuto do Idoso:
01)- A pessoa que abandonar idoso em hospitais, casa de saúde ou entidades de longa
permanência ou não provê suas necessidades básicas quando obrigado, comete o crime do Estatuto
do idoso, com aplicação da lei 9099 e dos institutos despenalizadores?
ERRADO. Irá aplicar a lei 9099, mas quanto ao instituto despenalizadores vai depender do
tempo de PPL. No caso concreto, não será possível a transação penal por ter pena de 3 a 8 anos de
PPL.
02)- Constitui crime previst no estatuto do idoso a conuta de reter cartão magnético de conta
bancária relativa à benef[icios, proventos ou pensão do idoso.
CORRETO.
Crimes Ambientais:
04)- Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de
PRD ou de multa previstas no art. 76 somente poderá ser formulada desde que tenha tido a prévia
comprovação do dano ambiental de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada
impossibilidade de fazer.
CORRETO.
Ler art. 27; art. 28, I, II, III e IV.
05)- Nos crimes de maus tratos contra animais domésticos, o bem jurídico tuteltado é a
conservação da natureza.
ERRADO, é crime contra a fauna, sendoo meio ambiente.
No art. 48, STJ entende que para configurar o delito é dispensável qe a área seja de
preservação permanente.
EX: A polícia recebeu diversas ligações anônimas infomando que o Tìcio tem um depósito de
drogas em sua residência. O delegado com base nessas ligações representou pela busca e apreensão.
Como ligações anônimas não caracterizam fundadas razões, o delegado representou pela
busca. O juiz deferiu a busca. É possível a decretação de busca e apreensão com base em denúncia
anônima?
Não. O que poderia acontecer é o delegado dar uma roupagem a sua conduta pode alegar
erro de tipo, entendendo que estava e estrito cumprimento do dever legal putaivo por achar que
tinha droga na casa e por isso entrou. Assim, como ele poderia evitar, é um erro de tipo vencível,
exclui o dolo, respondendo somente a título de culpa e não existe abuso de autoridade culposa.
O erro de tipo vencível ou invencível exclui o dolo. Erro de tipo é chamado de cara negativa do
dolo porque é sempre dolo negativo, sempre excluído.
Não há necessidade de IP instaurado para decretação da busca e apreensão, basta a
investigação em curso.
Há necessidade de IP instaurado para representar por uma prisão temporária? Muito embora
a lei da temporária determina ser cabível quando ncesário para investigações de IP. A doutrina
majoritária entende que não, basta investigação em curso.
Busca e apreensão tem natureza jurídica de meio de obtenção de prova e não meio de prova.
Na busca e apreensão de um documento, a busca seria o meio de obtenção da prova e o documento
seria o meio de prova.
Um advogado pode representar pela buca e apreensão, em sede de instrução processual.
Art. 240, CPP
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
EX: Eu tenho um cliente que está respondendo por homicídio, onde o sistema de
monitoramento da casa acabou filmando a ação. O Advogado alega que foi legítima defesa e o dono
da casa não quer dar a filmagem. O advoado requerer pela busca e apreensão em defesa do seu
cliente.
O art. 242 não limita a busca à autoridade policial ou ao MP.
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.
A busca pessoal, trazida pelo CPC, se a pessoa estiver portando instrumento do crime. Não
demanda autorização judicial.
Voltando ao caso conreto, EX: A polícia recebeu diversas ligações anônimas infomando que o
Tìcio tem um depósito de drogas em sua residência. O delegado com base nessas ligações
representou pela busca e apreensão. E o juiz deferiu. Há possibilidade da decretação de busca e
apreensão com base, exclusivamente, em ligações anônimas?
O MP entende que o delegado não tem capacidade postulatória e no ato do delegado
representando pela busca, deve o juiz abrir vistas ao MP, e o MP receber como mera peça de
informação e quando for dar o parecer, ele representar o pela busca.
1ª turma do STF entende que não há possibilidade de mandado de busca e apreensão com
base exclusivamente com base em denúncia anônima, como também de deferimento de intercepção
telefônica. (HC 106.152 de 29/03/2016).
Não pode o delegado representar com base exclusivamente em denúncia anônima, mas se o
delegado receber denúncia anônima e realizar diligência e em decorrência dessas diligências
constituir a justa causa, será possível representar pela busca e apreensão.
-Os crimes em que é possível a interceptação telefônica, oque são punidos com reclusão, são
denominados crime de catálogo/listel.
O indivíduo que realiza a interceptação sem autorização judicial, comete o crime do art. 10 da
lei 9296.
A justa causa para instaurar IP afasta inclusive a instauração de IP por fato atípico.Também
desafia um HC para trancamento desse IP.
Se outra delegacia, não do local da consumação, instaurar o IP? Temos mera irregularidade
(STJ).
Características do IP:
-IP navga na órbita do Estado (princípio da oficialidade).
A CF prevê para apuração de infrações penais comum, a polícia judiciária.
- IP é oficioso: uma vez instaurado o IP, o delegado não necessita da parte para dar
continuidade as diligências. O IP se desenvolve de ofício.
STJ entende que os atos de polícia judiciária são exclusivamente desenvolvidos pela polícia
judiciária. Não pode a Abin praticar atos típicos de polícia judiciária.
Investigação de infração penal comum por parte da PM: a PM pode investigar crimes
militares.
MP pode praticar atos de investigação: a CF não atribui poderes investigatórios ao MP, mas o
STF lança mão da teoria dos poderes implícitos e entende que o MP pode investigar (se ele pode
propor ação penal, por que não poderia investigar?).
- IP é sigiloso:
* Sigilo interno: oponível as partes (não pdoe ser oponível ao MP e ao juiz). Advogado tem
acesso as provas produzidas e já documentadas.
* Sigilo externo: oponível a sociedade.
A lei 13.245/2016 alterou o estatuto da ordem, possibilitando maior participação do advogado
na investigação. Tornou um IP em um procedimento em contraditório?? Não, o IP continua sendo
discricionário do delegado.
Súmula vinculante 14 possibilita o aceso do advogado ao IP (das provas produzidas e já
documentadas). Se o delegado negar acesso aos autos ao advogado comete crime de abuso de
autoridade (art. 3 da lei 4898/65), mas para isso o delegado tem que ter o dolo. Podendo o advogado
fazer reclamação ao STF por descumprimento de SV.O advogado também pode lançar mão do MS<
pois te o direito líquido e certo. O investigado que não tem acesso aos autos pelo seu advogado,
pode lançar mão de HC.
IP tem valor probatório relativo. Não há possibilidade de o juiz condenar com base,
eclusivamente, indiciárias. O juiz não pode condenar, mas pode absolver!!!
EX: Delegado se dirige ao local da infração, acidente de trânsito com vítima fatal, tendo Mévio
alterado o local do crime.
Alterar o local do crime onde as provas irão produzir futuros efeitos penais, se for no âmbito
de trânsito, não pode o delegado lavrar a prisão em flagrante com base no art. 347 do CP (porque,
como dobra a pena, não pode lavrar TCO), pois, pelo princípio da especialidade irá aplicar o art. 312
CTB e lavrar TCO. Se o delegado realizar APF (auto de prisão em flagrante), será ilegal, cabendo o
relaxamento.
Art. 347 CP- Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o
estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não
iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
Art. 312 CTB. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na
pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o
estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da
inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
EX: Um acidente de trânsito e está Tício alterando o local da infração. Esse acidente é sem
v´tima.
Agora aplica-se o art. 347 do CP.
Art. 6,II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;
EX: Tem uma arma de fogo que foi empregado na ação criminosa. Chegando o delegad ao
local da infração, a arma não se encontra, sendo informada que está na casa do Tício. O delegado não
tem a certeza que está lá, então tem que representar por uma busca e apreensão.
Se o delegado tivesse recebido essa informação por denúncia anônima, não poderia cm base
nisso representar pela busca, teria que ter uma investigação primeiro.
Art. 6, III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
Aqui, entra a busca.
Art. 107 CPP: Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito,
mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
Temos duas correntes doutrinárias:
1ª Entende que o art. não foi recepcionado pela CF, e possibilita sim a arguição de suspeição
ao delegado.
2ª STJ entende que não há possibilidade de arguir suspeição via delegado de polícia,
entendendo que as provas produzidas na fase de investigação não tem a certeza de serem utilizadas
na ação penal e essas provas serão contraditadas em juízo. O judiciário não pode afastar o delegado
por suspeição.
O IP, via de regra, não tem o contraditório. Exceção: lei 6815 no art. 7 que prevê o
contraditório para a expulsão do estrangeiro.
Alteração do estatuto da ordem não tornou o IP incontraditório, o IP continua inquisitorial,
mas com maior participação do advogado em série de investigação.
O IP tem sua função garantista: tem função preservadora e garantista de direitos
fundamentais porque ele evita uma acusação temerária, pois, a justa causa foi formada com base em
uma investigação.
IP, por não ter o contraditório, é um procedimento administrativo inquisitorial, por isso, tem
seu valor probatório relativo, assim, suas as provas produzidas em sede de IP devem ser
contraditadas na instrução processual e o juiz não pode condenar com base exclusivamente nas
provas produzidas no IP.
STJ entende que mesmo havendo a inobservância do art. 226, é uma nulidade relativa.
O reconhecimento fotográfio é possível em fase de investigação? Sim. Está rpevisto no CPP?
Não, é denominado prova inominada.
O reconhecimento fotográfico pode ser considerado um meio de prova? SIM, mesmo não
estando no CPP.
O retrato falado não é meio de prova, é somente um mecanismo de auxílide investigação.
Uma prova produzida seguindo o rito, é chamada de prova ritual. Prova irritual é a que não
sege o rito, eivada de ilicitude.
Delegado querendo ouvir uma testemunha em outro Estado, manda que ela seja ouvida lá
(prova fora da terra, produzida por precatória).
Art. 6, VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outras perícias;
Pode realizar o exame de corpo e delito via indireta, através do prontuário médico.
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
Tem que fazer uma leitura de acordo com a lei 12.037 que menciona que o possivelmente
identificado não estará sujeito à identificação criminal, salvo nos casos previstos nesta lei.
STJ e STF entendem que é crime atribuir falsa identidade, ainda que em situação de alegada
auto defesa.
Ele tem direito a permanecer calado quanto ao conteúdo dos fatos, mas quanto a
identificação, é obrigado a responder.
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social,
sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
Auto de acareação: art. 229 ocorre diante de versões conflitantes. O investigado não é
obrigado a participar.
Naturea jurídica da busca e apreensão é de obtenção de prova. Prevista no art. 240 do CPP.
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou
contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a
fim delituoso;
STF entende que, havendo fundadas razões, não é necessário o mandado para realização da
busca e apreensão, inclusive à noite.
A busca no inquérito não é possível com base em representação fundada exclusivamente em
denúncia anônima, é necessária a justa causa.
EX: Delegado realizando investigação de suposta OC e representa pela busca e apreensão
(tem que ser determinada). Juiz deferiu. Realizada a busca e apreendido muitos documentos e
computadores. O delegado, diante da quantidade de documento não conseguiu lacrar todas as
caixas. A defesa alegou nulidade dessas provas pela falta de lacre, pois não tinha garantia que todo
aquele material que continha na caixa tinha sido encontrada na casa de seu cliente.
5ª turma do STJ falou que a arguição de nulidade está no art. 563 do CPP que menciona que
nenhum ato será declarado nulo se não restar prejuízo para acusaão ou defesa. A defesa tem que
demonstrar que o material foi adulterado e não somente alegar a nulidade. Ausência de lacre em
todo material apreendido, se não for demonstrado o prejuízo, não há de se falar em nulidade. Rec
em HC 59.414 (27/06/2017). Presunção de validade dos atos dos policias que realizaram a busca.
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13
de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o
delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da
iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
conterá:
I - o nome da autoridade requisitante;
II - o número do inquérito policial; e
Quando o delegado estiver diante desses contextos fáticos, a lei possibilita que o delegado e o
MP possam requisitar dados cadastrais. Na prova vai dizr que pode realizar quebra de sigilo, ERRADO.
As empresas tem até 24hr para atender essa requisição.
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de
pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante
autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.
Quebra de ERB não induz a interceptação telefônica, onde terá que utilizar a lei 9296.
O juiz tem um prazo de 12h para decidir. Caso o juiz não decida, a empresa irá quebrar a ERB e
somente depois irá comunicar ao juiz.
§ 4 Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente
requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao
juiz.
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
O delegado é quem preside o IP.
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade
policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
O relatório não é imprescindivel ao oferecimento da denúncia. Não pode o MP devolver o IP
solicitando o relatório.
O indiciamento decorre de juízo de valor do delegado, mas o ato de indiciamento não é ato
em que o delegado pode fzer sem qualquer fundamento.
Se o delegado indicia alguém sem justa causa, cabe HC.
Juiz e promotor não podem mandar o delegado indiciar, pois, eé ato privativo d delegado.
O juiz pode mandar desindiciar.
A doutrina indica que aqui estaria o juz manifestando o que chamamos de Síndrome de Dom
Casmurro (síndrome mental paranoico) no processo penal, determinando prisão preventiva até
mesmo em sede de investigação.
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes
do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas
da prisão; ou
Porque aqui, ao converter o flagrante em preventiva está decretando uma preventiva de
ofício e ainda não tem uma ação penal. Aqui é o juiz agundo em série de investigação.
- Conclusão do IP: a regra 10 para indiciado preso e 30 dias para indiciado solto. Tem os prazos
especiais como a lei de drogas, por exemplo.
Ao concluir o IP, o delegado elabora um relatório. Esse relatório comporta juízo de valor? Via
de regra o delegado não externa juízo de valor no relatório, exceto na lei de drogas, que diz que o
relatório tem que ter juízo de valor.
O IP policial é encaminhado diretamente ao MP ou ao juiz?
Art. 10 CPP: O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou
sem ela.
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente.
De acordo com o artigo, o relatório é encaminhado ao juiz, muito embora o MP seja o titular
da ação.
O juiz abre vista ao MP, que denuncia (se entender qe tem justa causa para isso); arquivar ou
requisitar novas diligências.
Na justiça federal tem uma resolução que entende que o relatório deve ser encaminhada
diretamente ao MP, e o STJ em controle de legalidade entendeu ser legal.
Uma lei estadual entendeu que o relatório deve ser encaminhado ao juiz. Foi levado em sede
de ADIn e o STF entendeu como inconstitucional, prevalecendo o art. 10.
01- Alceu, imputável, já decidido a praticar o crime de roubo procura Laércio e solicita
que, uma vez efetivado o crime patrimonial, mantenha o proveito do crime guardado em sua casa,
a fim de torna-lo seguro. Laércio aceita unicamente com a intenção de ajudar Alceu, que já
realizara o roubo. Contudo, a autoria do roubo é descobeeta e Alceu condenado por roubo. A
polícia consegue recuperar o proveito do crime que estava com Laércio. Verifica-se, pois, que
Laércio cometeu o crime de favorecimento real.
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado
a tornar seguro o proveito do crime:
CERTO. A questão leva a acreditar que eles agiram em concurso de pessoa, não podendo
Laércio figurar como autor do favorecimento real.
Requisitos do concurso de pessoas: pluralidade de condutas, liâme subjetivo; unidade de
infração e relevância causal. O fato de Alceu já ter chegado decidido a praticar o crime de roubo, a
participação do Laécio é irrelevante. Não tem uma relevância causal no que se refere ao Laércio.
O crime de favorecimento real trata-se de um crime acessório/crime difusão/crime parasitário.
Há a necessidade de umc rime antecedente. É um crime contra a administração da Justiça. Não pode
ter interesse econômico; a pessoa foi por gentileza ou amizade. Havendo interesse econômico tem-
se a receptação e não o favorecimento real.
Se o objeto for tornar seguro proveito de contravenção, não caracteriza o crime mencionado.
Se Laércio aceitasse guardar ua faca que Mévio teria utilizado para matar Tício, não seria
favorecimento real porque faca é instrumento de crime, configura então favorecimento pessoal.
Favorecimento real impróprio:
Art. 349-A: Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho
telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento
prisional
Se a condutaé praticda por agente público que deixa de cumprir seu dever de vedar ao preso
acesso telefônico tem-se a prevaricação imprópria. (mesmo o aparelho celular sem crédito ou
descarregado).
02)- Segundo o stj, para que haja a ocorrência do delito de estupro, há necessidade do
contato físico com a vítima. Dessa forma, a denominada contemplação lascívia mediante violência
ou grave ameaça, não é suficiente para materialização do delito.
Rec. Em HC 70.976/MS. Para o STJ não há necessidade do contato físico. O agente pode orbigar
a vítima a se auto masturbar ou à vítima a ficar desnuda somente.
- Estupro- sujeito passivo: qualquer pessoa. Se a conduta resulta lesão corporal grave (ou
gravíssima) ou a vítima seja maior de 14 e menor de 18 anos, reclusão.
A doutrina discute se a lesão tem que ser culposa ou dolosa.
Estupro com resultado morte não importa se seja culposa ou dolosa
Vunlerável: STJ entende que pode ser comprovado por meio de outros documentos que não
seja a certidão de nasicmento.
03)- (Funcab- Delegado- ES 2012) Lucileide, ao sair de sua residência, foi rendida poe dois
homens, que portavam armas de fogo, e colocada no porta-malas do seu próprio veículo. Os
marginais percorreram por muitas horas vários bairros, sendo exigido sempre de Lucileide efetuar
vários saques bancários em contas de sua titularidade, sempre sob a ameaça de armas, inclusive
sob a ameaça de ser violentada sexualmente. Logo, Lucileide foi vítima do delito de extorsão
qualificada pela restrição de liberdade da vítima (art. 128, §3 do CP).
Ocorreu o cerceamento de liberdade da vítima. Passar nas agências bancárias para realizar
saques, havendo a necessidade de levar a vítima até a agência, sendo imprescindível a colaboração
da vítima para obtenção da vantagem econômica, tendo então o sequestro relâmpago. Doutrina
majoritária entende que extorsão com cerceamento de liberdade da vítima não se equipara a crime
hediondo.
Ao utilizar arma de fogo, eles respondem pela extorsão e aumento de pena do §1? STJ entende
que sim.
CORRETO.
Lmebrete: Roubo adota a teoria da Amotio, onde a consumação nasce com a inversão da posse,
independente do deslocamento, ainda que a posse não seja mansa e pacífica, assim entende STJ e
STF.
Roubo no interior de coletivo, perpetrado em face de patrimônios distintos, ainda que no
memso contexto fático caracteriza concurso formal de crimes e NÃO crime único.
STJ caso tenha abordagem a mais de uma pessoa, mas somente um patrimônio é subtraído,
temos crime único.
No caput do art. 157 trata roubo próprio, que pode ter violência própria ou imprópria (roubo
por aproximação: a violência é sempre própria.
Roubo próprio: violência própria ou imprópria.
Roubo imrpóprio: violência sempre própria.
Causas de aumento do roubo: emprego de arma (branca ou de fogo); concurso de duas ou mais
pessoas (o menor conta!); vítima a serviço de tranpor te de valores (a vitima tem que conhecer essa
situação); subtração de veívulo automotor par aoutro estado; restrição de liberdade da vítima
Se a arma estiver desmuniciada, STJ entende que não aplica a majorante; STF entende que sim.
Arma de brinquedo configura o roubo, mas sem a causa de aumento.
Arma totalmente inapta para efetuar disparos configura o roubo, mas não o aumento.
Quando tem menor envolvido no roubo, configura o aumento do concurso, respondendo o
maior pelo roubo substanciado e também por scorrupção de menores.
STJI entende que transportar valores abrange qualquer tipo de mercadoria, não somente
dinheiro.
Restrição de liberdade é breve; privação é demorado.
Latrocínio é crime agravado pelo resultado.
Patrimônio único e pluralidade de mortes: STJ entende que é um crime só, pois considera o
patrimônio. .
04)- (Funcab- Delegado- ES 2013) Geraldino permitiu seu encarceramento pelo patologista
André, para se submeter a uma experiência científica. Ao terminar o período da experiência,
Geraldino procurou a delegacia de polícia da circunscrição de sua residência, alegando que fora
cítima de crime, em face do seu encarceramento. Do relato apresentado, conclui-se que André
praticou o crime de sequestro ou cárcere privado qualificado, preceituado no art. 148, §2 (se
resulta a vítima, em razão de maus tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou
moral) do CP.
ERRADO. O consentimento do ofendid constitui causa supralegal de ilicitude.
Caso sequestro seja praticado com a finalidade de obter declaração ou confissão da vítima, será
tortura!
A restrição de liberdade da vítima, quando se tem o roubo e restrição curta: responde por
roubo majorado pelo cerceamento de liberdade; se o cerceamento for demorado, aí será privação:
responde por roubo e sequestro.
Internação fraudulenta: sequestro da vítima com internação em hospital.
Sequestro para praticar o estupro com a vítima (com a finalidade de) responde pelo sequestro
qualificado se ainda não tiver iniciado o estupro (somente pela finalidade de). Praticado qualquer ato
libidinoso vai responder por sequestro + estupro em concurso material.
05)- (FUncabe- Delegado- RO 2009) Tìcio, 2 anos, convence Felisbela, sua namorada de 13
anos, a juntos visitarem o Motel Lua Nova, recentemente inaugurado, sob o argumento de que se
tratava de obra de importante interesse cultural para a cidade. Felisbela aceita, inocentemente o
convite e não reiste aos apelos de Tício, terminando por mantes relações sexuais com namorado.
Sobre a conduta descrita, é correto afirmar que a conduta descreve o tipo de violação sexual
mediante fraude.
Mesmo Tìcio usando uma fraude, tem que considerar a idade dela, então teremos estupro de
vulnerável. O fato de ela consentir não é considerado devido ela ter menos de 14 anos.
Violação sexua mediante fraude: curandeir que diz ter que passar a mão na vítima para ela se
curar; o ginecologista que diz ter que fazer um exame mais apurado; irmão gêmeo que se passa pelo
outro e tem relação sexual com a namorada do irmão.
EX: Dois irmãos gêmeos, João sentado no sofá com a namorada e Pedro na cozinha. A
namorada faz carinho em João. João se levanta e vai ao banheiro; Pedro se aproveita da situação e
senta no sofá. A namorada faz carinho empedro, pensando ser João. Nesse exemplo não tem
violência sexual mediante fraude porque o art. 215 tem os verbos ter ou pratica, não tem o verbo
permitir. Portanto, Pedro somente permitiu que a namorada do irmão fizesse, logo, a vítima quem
praticou o ato e isso é atípico.
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude
ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
O art. 213 (estupro) fala em praticar ou permitir que com ele pratique.
A doutrina ainda aponda que a fraude grosseira não configura vilação sexual medianta fraude,
mas depende do caso concreto.
7)- Os delitos de furto mediante fraude e estelionatoo são considerados crimes contra o
patrimônio, porém, em se tratando de crime de furto mediante fraude, a vitima ludibriada entrega
voluntariamente a coisa ao agente, por seu turno, no crime de estelionato a fraude é apenas uma
forma de reduzir a vigilância da vítima sobre a coisa, de forma a permitir a sua retirada.
ERRADO, é o inverso. No furto mediante fraude o agente utiliza uma manobra para reduzira a
vigilância da vítima sobre a coisa; o agente subtrai a coisa. No estelionato a vítima induzida entrega a
coisa.
8)- O crime de apropriação indébita pressupõe a posse de detenção lícita, mas vigiada, do
agente sobre a coisa móvel alheia com subsequente inversão do título da posse ou detenção.
Requisitos da apropriação indbita é posse desvigiada e entrega voluntária.
Há um dolo malus subsequente.
Não há crime se a posse recair sobre coisa imóvel.
Consumação ocorre quando o agente se apropria da coisa, invertendo o comportamento, ou
quando é solicitado a devolver e ele se nega.
Reparo do dano após a consumação não retira a tipicidade do delito, pode configurar um
arrependimento posterior.
Não há necessidade de interpelação judicial para configurar o delito. Nâo prcisa mandar
notificação judicial para a pessa.
Se a autora foi em uma loja já com a vontade de ter o vestido para ela, e ao ir ao vestiário com
vestido, coloca na bolsa e vai embora com ele, não tem apropriação indébita porque o dolo é desde o
início. (tem estelionato porque ela induziu a vendedora a erro).
EX: Tícia vai a uma loja e aluga um vestido. Na data da devolução, Tícia esquece. Não
configura apropriação indébita porque foi culposo.
Se a conduta da apropriação indébita é praticada por funcionário público na sua função, tem-
se o delito de peculato apropriação.
Art. 102 do estatuto do idoso, pelo princípio da especialidade não responde pro apropriação
indébita.
Art 158-A: apropriação indébita previdenciária. STJ e STF entendem que é possível aplicação
da insignificância, desde que, a quantia não ultrapasse R$ 10.000,00.
9)- Em relação ao crime de receptação, pode se afirmar que na hipótese do crime ser
cometido no exercício de atividade comercial aumenta-se a pena de um sexo até a metade.
ERRADO. Receptação qualificada a pena é de 3 a 8 anos. (crime próprio).
O caput não admite o dolo eventual; mas na recptação qualificada admite (STF)
Receptção imprópria é quando o agente influencia terceiro de boa fé a adquirir produto de
crime.
Art. 180, § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o
valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso:
§3 traz a receptção culposa (não tem o verbo ocultar). Crime de menor potencial ofensivo.
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de
que proveio a coisa.
§4 dá uma ideia de que foi adotado o conceito analítico de crime, bipartido.
Se um louco (isento) subtrai coisa alheia móvel ou um menor que pratica ato infracional e
vendem para Tício, configura a receptação.
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art.
155.
§5 Perdão judicial, que se aplica na receptação culposa.
Se a receptção for dolosa se aplica o priviléio do art. 155, §2.
Receptação de animal
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a
finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que
abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime:
O agente que pratica delito de fuurto, não pode ao mesmo tempo ser agente da receptação.
11)- Para que o crime de extorsão seja consumado, é necessário que o autor do delito
obtenha vantagem indevida.
ERRADO, a extorsão é um crime formal (caput não é hediondo).
O entendimento é que a vantage tem que ser indevida e de valor econômico.
Extorsão é um crime de resultado cortado ou de consumação antecipada.
Consuma-se com a exigência, independe da obtenção da vantagem.
Competência é o local da exigência do pagamento. Súmula 96.
É possível tentativa (extorão virtual).
STJ entende que a grave ameaça extorão pode recair ao patrimônio. EX: Tício subtraiu o veículo
do Mévio e uma semana depois ele liga para Mévio e diz que vai atear fogo no veículo se Tìcio não
pagar determinada quantia. Tem-se roubo e extorsão. Para o STJ ameaça de dano ao patrimônio é
considerado grave ameaça.
A extorsão tem que ter uma finalidade, tem dolo específico. (caso contrário configura o
constrangimento ilegal ao praticar o constrangimento sem exigir nada).
A extorsão por funcionário público não necessariamente é chamada concursão, se ele faz uso
de violência ou grave ameaça para exigir vantagem indevida, seria extorsão.
A extorsão pode ter a causa de aumento se praticada por 2 ou mais pessoas (crime
acidentalmente coletivo: pode ser praticado de forma individual ou coletivo).
Causas de aumento:
- Art. 158, § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma,
aumenta-se a pena de um terço até metade.
O §1 não fala em concurso de agentes, ele menciona 2 ou mais pessoas (entende que se refere
a cautoria e não a participação). Os dois devem praticar os atos executórios (teoria restritiva) para ter
o aumento de pena.
O emprego de arma é qualquer tipo de arma.
02)- Delegado/ RO-2014 Em relação a lei de drogas, são causas de aumento de pena do
referido delito de um sexto a dois terços se a natureza, a procedência da substância ou do produto
apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transacionalidade do delito e se
caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o DF.
COORETA.
Tráfico intenacional: competência da JF onde ocorreu a apreensão da droga.
Tráfico doméstico: também tem a causa de aumento.
Estudar o art. 40 da lei!!!
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do
fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão
de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,
esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos
ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou
qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
04)-Delegado- PA- 2016 Nos delitos relacionados ao tráfico de drogas, as penas podem ser
reduzidas de 1/6 a 2/3 dsde que o agente eja primário, de bons antecedentes e não se dedique a
atividade criminosa, nem integre associação criminosa.
Refere-se ao tráfico privilegiado.
A súmula 512 do STJ foi cancelada. Assim, tanto para o STF como para o STJ, o tráfico
privilegiado não tem mais a hediondez. O privilégio afasta a hediondez do crime.
O tráfico privilegiado, tanto para o STF como para o STJ, a quantidade da droga pode ser
considerada para indicar que ao agente se dedica a atividade criminosa, afastando o privilégio.
STJ e STF entendem que a condição do mula, por si só, não quer dizer que ao gente integre
organização criminosa, afastando o privilégio.
Um agente pode responder pela assosicação e ter a incidência da causa de diminuição? Pode
ter associação e tráfico com a causa de diminuição? Não. Se ele está associado, ele se dedica à
atividade criminosa. Associação não convive com o tráfico e a causa de diminuição. Ele responde por
associação e tráfico (sem causa de dimunição).
Associação e tráfico é possível.
Há vedação da combinação de leis do §4 do art. 33 c/c antigo art. 12 da lei 6368 para ensejar
o privilégio.
É possível ter a retroatividade da lei 11.3434, desde que seja na sua integralidade. ( §4 c/c art.
33).
05)- Deletad0-2015 A lei 11.3434 não prevê como típica a condut do sujeito viciado que
oferece drogas eventualmente, se intuito de lucro, a um amigo com o intuito de juntos
consumirem.
ERRADO. Tem a figura do uso compartilhado (que nã é tráfico). Para que tenha uso
compartilhado: oferta, eventualidade, ausência de lucro, pessoa do relacionamento e uso conjunto.
06)- Delegado- PA- 2016 Aquele que colaborar, como informante, com grupo, organização
ou associado, destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos art. 33, caput e §1, e 34 da
leuu 11.3434, deve responder nas penas previstas no respectivo delito no qual colaborou, em
atendimento a teoria monista, não havendo previsão de figura típica autônoma na citada lei.
ERRADA. A teoria monista, adotada pelo CP no art. 29: quem, de qualquer modo, concorre
para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Nesse caso, temos
exceção à teoria monista. Muito embora ele tenha colaborado, a lei traz o crime do informante.
EX: Tem uma associação criminosa e Tício tem a função de soltar fogos, pois é muito travado
para se relacionar com o comprador. A polícia chega e aborda Tício. Tício apenas soltava fogos, mas
era uma função dentro da organização (divisão de função) logo, responde por tráfico.
Para responder no art. 37, não óde fazer parte da associação e nem receber pelo lucro do
tráfico.
Art. 37 não convive com o art. 35 e com 33.
Pode ter um policial na figura do art. 37. EX: Um policial que trabalha na delegacia informa
aos traficantes que vai ter ação da polícia na boca de fumo.
Informações complementares:
- Art. 41, delação premiada;
- Art. 42 fixação da pena do tráfico (pureza da droga não entra)
- Art. 35 associação não é tráfico; o menor conta para associação.
O livramento condicional na associação dar-s-á após o cumprimento de 2/3 da pena.
- Art. 32 destruição das drogas. Flagrante o delegado tem 15 dias para destruir a droga
apreendida; sem flagrante o prazo do delegado é de 30 dias; plantações a destruição é imediata.
Lei 10.826
01)- Delegado- RO-2014 De acordo com a lei 10.826, Estatuto do Desarmamento, aquele
que, em via pública, porta arma de fogo de uso permitido com numeração suprimida responde
penalmente como incurso nas penas do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitiro,
dispsto no art. 14 do referido Estatuto.
ERRADO. Arma de fogo adulterada responde nas penas do art. 16 (tem que ter o dolo na
adulteração).
02)- Delegado- RJ-2012 Sobre o Estatuto do Desarmamento, é correto afirmar que o
proprietário de empresa de segurança que não registra ocorrência policial e não comunicar à
Polícia Federal nas primeiras 24hrs depois do ocorrido o roubo de arma de fogo responde apenas
administrativamente e pratica o crime de contrabando ou descaminho aquelee que importa ou
exporta arma de fogo de uso permitido sem autorização da autoridade competente.
ERRADO. Tem o crime de omissão de cautela (art. 13, tipo híbrido: caput culposo e o §único é
dolodo).
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse
ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato.
EX: PM chega em casa e deixa a arma em cima da mesa, já querendo que o filho menor dele
pegue, responde no art. 13 porque tem o dolo.
EX: Tício é proprietário de uma empresa e recebe comunicação que uma arma foi extraviada
enquanto tomava um café. Com o decorrer do dia, ele esqueceu de comunicar o extraviu da arma.
Não responde por omissão de cautela porque não tem o dolo, responde pelo §único do art. 13.
O prazo de 24hr inicia após o conhecimento do fato pelo proprietário, para evitar
responsabilidade penal objetiva.
Pelo princípio da especialidade, não pratica contrabando e descaminho, e tráfico internacional
de arma de fogo. Se o tráfico é de arma proibida ou restrita tem o aumento de ½ da pena (art. 19).
Outra causa de aumento é o art. 20, onde um policil realiza disparo em local habitado.
Delegado não pode arbitrar fiança porque tem que considerar a causa de aumento.
03)- Delegado- RJ-2017 Aos residentes em áreas rurais, maiores de 21 anos, que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar e familiar, será
conseguido pela polícia federal o prote de arma de fogo de uso permitido na categoria de caçador.
ERRADO. São aos maiores de 25 anos.
04)- Segundo entendimento do STJ, o orte de arma de fogo desmuniciada configura o delito
previsto no Estatuto do Desarmamento por ser crime de perigo abstrato, entretanto o porte de
munição desacompanhada da rerspectiva arma é fato atípico, visto que não gera perigo à
incolumidade pública.
ERRADO. Os crimes do estatuto são de perigo abstrato.
Arma desmuniciada configura infração penal.
Porte de munição configura infração penal.
05)- Delegado- PA-2016 É típica a conduta do policial civil qu reaiza disparo de arma de fogo
em via pública. Porém, diante de tal contexto, a autoridade policial poderá arbitrar fiança.
ERRADO. O art. 20 traz causa de aumento por esse delito quando cometido por policial civil,
aumentando da ½, ultrapassando para de 3 a 6 anos, e apenas o juiz pode arbitrar fiança.
Art. 20 não inclui a posse irregular.
Informações complementares:
Porte x Posse:
- Diversas armas de calibres diversos responde por dois crimes.
- Não se aplica a insignificância na posse de apenas uma munição.
- Policial aposentado perde o porte.
Porte X homicídio
- Se a questão falar que Tício adquiriu arma em janeiro e em dezembro matou Mévio, são dois
contextos, respondendo por homicídio e o porte.
Lei 8072
01) Os crimes hediondos são suscetíveis de anistia, graça e indulto, embora seja admitido
fiança.
ERRADA. O art. 2 traz anistia, graça, indulto e fiança.
É admitido liberade provisória sem fiança.
Informações complementares:
- Livramento condicional: cumprimento de + 2/3 da pena.
-Progressão de regime: cumprimento de 2/5 ou 3/5 da pena.
Lei 9.455
01)- Crisóstomo, PM, e Elisvvão, agente da PC, agindo em comunhão de esforços e com
desígnos, buscando a confissão de um crime, provocarão intenso sofrimento a Carlos. O delegado,
ao saber do ocorrido opta por não investigar o caso, visando abafá-lo. A conduta do delegado é
equiparado a hediondo?
CORRETO. A conduta do delegado foi de tortura omissão e não é equiparada a hediondo. Os
policiais respondem por tortura confissão.
03)- Promotor- AC-2014 Condenação de agente público por delito previsto na Lei de Tortura
acarreta, como efeito extrapenal automático da sentença condenatória, a perda do cargo, função
ou emprego público e a interdiçãopara seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada,
segundo entendimento do STJ.
CORRETA. A perda do cargo é automátia, independe de fundamentação da sentença.
Para o STI não há necessidade de iniciar no regime fechado. STF discorda, entendendo que
tem que iniciar no fechado.
Informações complementares:
Para o STI tortura configura ato de improbidade administrativo.
É possível concurso entre tortura e abuso de autoridade.
Lei 4898
01)- Delegado-RO-2009 A ação penal depende de representação do ofendido, que será
exercida or meio de petição dirigida à autoridade policial.
ERRADA. Crime de abuso de autoridade é crime de ação penal pública incondicionada.
03)- Delegado- R)-2009 Considera-se autoridade, para os efeitos dessa lei, quem exerce
cargo, emprego ou função pública de modo definitivo e mediante remuneração.
ERRADA. Art.5
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou
função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
04)- Delegado- DF-2015 A conduta de um delegado que deixa de comunicar, imediatamente,
ao juiz competente a prisão de determinada pessoa poderá configurar prevaricação, mas não
abuso de autoridade.
ERRADA. No art. 4, ‘’
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais
ou com abuso de poder; Comparar com o art. 230 se a vítima é criança ou adolescente, tem o ECA e
não abuso de autoridade.
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não
autorizado em lei; Comparar com o art. 232 do ECA
Informações complementares:
Abusode é autoridade é crime de dupla subjetividade passiva, dupla objetividade jurídica;
Compete a justiça comum julgar e processar militar por abuso de autoridade, súmula 172;
Lei 11.340
01)- Delegado- PA-2016 Sobre a lei de violência doméstica e familiar contra a mulher, é
correto afirmar que o delegado poderá, de imediato, determinar o afastamento do agressor do
local de conveniência com a agredida.
ERRADO.
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade
policial deverá, entre outras providências:
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério
Público e ao Poder Judiciário;
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida;
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do
local da ocorrência ou do domicílio familiar;
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.
O delegado não representa por medidas protetivas, somente encmaminha em 48hr.
02)- Delegado- PA- 2016 nas relações íntimas de afeto, a aplicação da Lei Maria da Penha,
exige a coabitação entre agressor e agredida.
ERRADO. Art. 5.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexu al ou
psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de
pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são
ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação
sexual.
É possível aplicar a lei em relações homoafetivas, desde que a mulher seja vítima.
Quanto ao transexual, temos duas correntes:
-1ª Depende da situação jurídica.
-2º Corrente biológica
03)- Delegado- BA A violência psicológica, uma das espécies de violência contra a mulher
previstas na Lei Maria da Pena, resulta de conduta que cause, entre outros problemas, dano
emocional e diminuião da autoestima da vítima.
CORRETO.
A violência de dar adjetivo negativo à mulher, mesmo qtingindo a parte psiocólgia da mulher,
não é violência psicológica. Será violência moral.
É possível a violência patrimonial.
Informações complementares:
Segundo STJ, configura caso da Maria da Penha: filha x mãe; pai x mãe; irmão x irmã; genro x
sogra; nora x sogra; companheiro da mãe x enteada; tio x sobrinha; ex-namorado x ex- namorada.
STJ: Descumprimento de medida protetiva de urgência não configura cirme de desobediência.
Aplica-se também as contravenções penais.
Súlua 542, STJ: lesão corporal resultante de violência doméstica é de ação penal pública
incondicionada.
Sùmula 536: suspensão condicional do processo e transação penal não se aplicam nessa lei.
Informações complementares:
- Torres de vigia: instituições dos bancos, contadores devem informar movimentações
estranhas.
- Justa causa duplicada: tem que ter um lastro probatório mínimo do crime antecedente.
- Medidas assecuratórias: art. 4
- É uma lei de terceira geração.
Lei 12.850
01)- Delegado- DF- 2015 A infiltração de agente de polícia em tarefas de ainvestigação pode
decorrer de representação do delegado de plícia ou de requerimento do MP e será
obrigatoriamente procedida de autorização judicial.
CORRETO.
A infiltração na lei dos crimes organizados há a necessidade de autorização judicial, ar t. 11;
diferentemente da ação controlada onde é necessária somente a comunicação.
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa
para si ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior;
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
Delito de roubo do caput trata do roubo próprio, e a violência pode ser própria (grave ameaça
ou violência à pessoa) ou imprópria (reduzindo a impossibilidade de resistência para subtrair o bem).
EX: Tício deu uma coronhada na vítima. (violência prória).
EX: Boa noite cinderela (violência imprópria).
EX: Tício está com Mévia na sala. Quando Mévia vai ao banheiro, Tìcio tranca Mévia no
banheiro para poder roubar o relógio que estava na sala. (violência imprópria, pois, Tício reduziu a
apossibilidade de resistência de Mévia).
A violência imprópria vai ocorrer sempre que for reduzida a possibilidade de resistência da
vítima. Pode ser reduzida através de pozinho na bebida da vítima; trancando a vítima no banheiro,
etc.
Amarrar a vítima já é utilizar violência própria.
O roubo do art. 157 é chamado de roubo próprio, que admite dois tipos de violência, a própria
e a imprópria.
EX: Tício e Mévia, sentados na sala. Tício se apodera do telefone de Mévia. Para sair dessa
situação, Tício coloca um pó na bebida de Mévia para que adormecesse, evadindo-se do local. Aqui
não é roubo com violência imprópria porque, pois, a violência tem que ser empregada antes de se
apoderar do bem. Teríamos então o furto.
No roubo impróprio/ roubo por aproximação: não tem a violência imprópria. A violência é
empregada, necessariamente, após a subtração e tem que ser a violência própria.
No roubo impróprio, a violência tem que ser própria.
Roubo próprio: violência própria ou imprópria.
EX: Tício entrou na residência do Mévio e tentou cortar o cadeado que prendia a bicicleta.
Nessa hora chega Mévio. Tício dá um soco em Mévio e se evade do lacal sem levar a coisa. Como ele
não levou a coisa, seria um roubo impróprio tentado. Na doutrina orevalece que não existe roubo
impróprio tentado. Como Tício não subtriu, não inverteu a posse, não pode ter roubo impróprio.
Roubo é majorado pelo emprego de arma, aumento da pena de 1/3 até a 1/2. Se o agente
emprega arma de brinquedo (arma fantasia; simulacro) caracteriza a elementar grave ameaça, mas
não caracteriza a incidência da causa de aumento.
Não há necessidade da apreensão da arma de fogo, mas uma vez apreendida, tem que ser
periciada.
Porte de arma desmuniciada, tanto para STF quanto para STJ, configura infração penal.
Roubo com emprego de arma desmuniciada tem dois posicionamentos:
- STJ: não há incidência da majorante.
- STF: configura majorante.
EX: Tício empregou arma municiada para abordar Mévio e subtrair seu carro em julho de
2017. Em dezembro de 2017 Tício é abordado com a arma de fogo que utilizou para aboradar Mévio.
STJ não há que se falar em bis in iden, respondendo pelo roubo e pelo porte ilegal, pois tem contexto
fático diferente.
Art. 157, §2, V o roubo vai ser majorado se o agente mantém a vítima em seu poder,
restringindo a liberdade. Diferente do sequestro relâmpago, pois aqui a restrição é para subtrair
valores; ele depende da colaboração da vítima.
A lei fala em restrição!!!
EX: Tício aborda Mévia no carro e fica um dia rodando com ela no carro. Isso não é mais
restrição e sim, privação. Se for privação, tem o sequestro. Respondendo por roubo em concurso
formal com sequestro.
EX: Tício abordou três senhoras dentro de um carro, que quando visualizaram a arma do Tício
as três morreram de susto. Tício foi embora sem subtrair o carro.
Art. 157, §3 diz que se da violência resultar morte. A morte das vítimas ocorreu da grave
ameaça, não havendo de se falar em latrocínio. É tentativa de roubo com homicídio em concurso
formal.
EX: Tício, servidor púlico está sendo acusado de desvio de verbas públicas, lavagem de
dinheiro e fraude a licitações. O MP começou a investigar esses delitose desenvolveu a investigação.
MP pode investigar? Posicionamento pacífico de que o MP pode sim, STF. O MP pode investigar e
propor a ação penal dessa investigação. O fato de o MP investigar Mévio, não há de se falar em
imparcialidade para propor ação penal (súmula 234, STJ).
O MP, oficou diretamente um banco em que a prefeitura mantém conta corrente,
requisitando informações financeiras da conta da prefeitura. Ocorreu quebra de sigilo bancário se
autorização judicial. A defesa alegou a ilicitude da prova. STF entendeu que a conta é pública,
pertencente a prefeitura. Um dos princípios que norteia a adm. pública é a publicidade e em relação
a contas públicas não há necessidade de autorização judicial para a quebra do sigilo.
STF entende que cabe ao MP requisitar os registros de operações financeiras a partir de
contas públicas.
Zouk entende que o delegado também pode requisitar diretamente das instituições a
publicidade das contas públicas.
Fundamentar no art. 37, CF c/c art 129 que o STF entende que não há necessidade de
autorização juidical para a quebra de sigilo das contas do município.
Julgado Rcurso em HC 133118/Ce (26/09/2017).
Dizer que Tìcio manteve relações sexuais com Mévia, que é deficiente mental, não quer dizer
que tem estupro de vulnerável, pos tem que analisar a capacidade de discernimento dessa pessoa.
Ao tratar do estupro, a regra é que a ação penal seja pública condicionada à representação,
mas se a vítima for vulnerável ou menor de 18 anos, a ação será pública incondicionada.
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede -se mediante ação
penal pública condicionada à representação
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a
vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (STJ entende que a vulnerabilidade é
permanente).
Quando for fugaz a vulnerabilidade, ou seja, transitória, a ação penal será pública
condicionada à representação. Exemplo de vulnerabilidade fugaz: Embriaguez.
Para ser estupro de vulnerável a deficiência descrita no Art. 217-a, § 1º deve ser capaz de
afetar a consciência/consentimento da vítima. Segundo o STJ, a deficiência deve ser PERMANENTE.
STJ já tinha se posicionado, diversas vezes, que a vulnerabilidade era absoluta como menciona
a decisão externada no Resp 1480881/PI de 2014, onde o consentimento da vítima ou o fato de ter
expeiência sexual anterior não afasta a ocorrência do crime. Assunto repetido na súmula 593.
EX: Mévio namora Tícia de 13 anos. Mesmo Tìcia consentindo, Mevio praticou estupro.
Os juízes considerando o direito comparado, utilizam a teoria ou exceção de Romeu e Julita:
diz qe se a diferença entre vítima e autor não é maior que 5 anos, tendo a vítima consentido, tem que
relativizar a vulnerabilidade. Alguns estados Norte Americanos adotam essa teoria. O Brasil NÃO
adota essa teoria, pois, o STJ entende que a vulnerabilidade do menor de 14 é absoluta.
Estupro bilateral: é quando tem dois menores de 14 anos praticando sexo, de forma
consentida.
EX: Tício conheceu Mévia em uma boate. Converando com ela, convenceu de manter relação
sexual. Méiva é menor de 14 anos e Tício não sabia. Tício erra no contexto fático, assim, tem um erro
de tipo.MP propôs ação penal pelo estupro de vulnerável, pois a ação é pública e incondicionada.a
Na audiência Tício diz não saber que Mévia era menor de 14 anos e que inclusive tinha consentido a
relação. Ao erar no contexto fático, alega erro de tipo. Quando o juiz viu Mévia, deu como erro
invencível, que exclui o dolo e a culpa, e Tício não responde por nada.
Se desse para verificar que Mévia era menor de 14 anos, o juiz diria que o erro seria vencível,
excluindo o dolo, mas respondendo por culpa. Não existe estupro culposo, não respondendo por
anda.
Erro de tipo é chamado também de cara negativa do dolo, porque o dolo é excluído no erro
de tipo vencível ou invencível.
A questão de analisar Erro é na fase de instrução processual.
Erro de tipo vencível exclui o dolo, responde o agente por culpa. Tratando deestupro que não
há natureza culposa no crime, o agente não responde.
.
A intenção do legislador em relação projeto de lei 230/2014 era coibir crimes praticados
através do emprego de arma, coibindo porte ilegal de arma. O autor do projeto, para justificar a
hediondez de um simples prote de arma de gfogo, utilizou-se que elas são empregadas para praticar
ações criminosas. Assim, nasce o espírito da lei.
Esse projeto foi proposto com a intenção de dar roupagem de crimes hediondos ao crime de
porte ou posse de arma de uso restrito, como também com comércio ilegal de arma de fogo.
O que impulsionou esse projeto a ser aprovado agora as pressas foi o descontrole total do
poder estatal no Rio de Janeiro. Para dar uma repsosta mais rápida, fizeram desse crime um crime
hediondo.
Antes, todos os crimes do estatuto eram afiançáveis, seria pelo delegado ou na esfera judicial.
Agora, com a roupagem de crime hediondo, não é mais possível.
Para decidir se um crime é hediondo ou não, temos dois critérios: o critério legal e o critério
judicial (o juiz no caso concreto). Há também o critério misto. O Brasil adta o critério legal, onde
somente a lei pode dizer quem é hediondo.
A Lei 13.497/2017 alterou a Lei 8.072/1990 para incluir o crime de posse ou porte ilegal de
arma de fogo de uso restrito no rol dos crimes hediondos.
O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito está pr evisto no art. 16 do
Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003).
O art. 1 da lei 8072 passa a ter como parágrafo único o seguinte texto:
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime de genocídio previsto nos arts.
1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de
uso restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou
consumados.”
Pergunta-se: hediondo vão ser somente a descrição típica do art. 16 ou também as figuras
equiparadas que se encontram no parágrafo único do referido artigo?
Uma primeira corrente entende que o parágrafo único não mencionou somente o caput do
art. 16, se ele assim quisesse, assim teria feito a retrição. Para essa corrente, a técnica legislativa
utilizada na lei 8072 foi que a lei menciona caput quando houver necessidade de também considerar
hediondo os parágrafos daquele dispositivo. Ex: crime de extorsão.
Considera-se hediondo todo o disposto no art. 16, qual seja: caput e figuras equiparadas. O
legislador mencionou na alteração da Lei 8.072/1990 o art. 16 sem qualquer restrição ao “caput”. Se
houvesse a intenção de considerar hediondo somente o caput, assim teria o feito.
Para uma segunda corrente, quando a lei de crimes hediondos quer fazer referência
somente ao caput, ela não o menciona. Ex: homicídio.
Com o estudo da técnica, verifica-se que o legislador não mencionou o “caput” na alteração
legislativa, pelo fato de só se considerar o caput do crime, a forma simples do art. 16 da Lei 10.826.
Para o Zouk, aplica-se somente ao caput do art. 16, não as figuras equiparadas.
Para justificar a hediondez de um crime simples de posse/porte de arma de fogo, utilizou-se
a justificava de que as armas são empregadas para prática de ações criminosas (Espírito da lei).
O projeto de lei foi proposto com a intenção de dar uma nova roupagem aos crimes
hediondos, não só para a posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, como também o
comércio ilegal de arma de fogo e o tráfico internacional de arma de fogo.
O delito previsto no art. 16, da Lei 10.826/2003, faz menção a arma de fogo, munição e
acessórios.
Com a alteração da Lei. 8.072/1990, a qual incluiu o parágrafo único o art. 16 da Lei
10.826/2003, a posse ou porte de arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito é hediondo.
Segundo o Professor Zouk, o STF deve se posicionar de maneira diferente a partir da alteração
legislativa. (Tendência de mudança) A 2ª Turma do STF no HC 133984, com unanimidade absolveu
cidadão condenado por portar munição proibida como pingente de colar que, segundo a relatora, a
atitude do réu não gera perigo abstrato, nem concreto, aplicando o princípio da insignificância. Esse
HC foi julgado antes da alteração da Lei 13.497/2017.
Agora com a mudança legislativa, como aplica-se o princípio da insignificância a um crime que
é hediondo????
ZOUK acredita que o STF irá afastar a hediondez quando se tratar de munição em pequena
quantidade para que seja aplicado o princípo da insignificância, pois, é incoerente a aplicação de tal
princípio da insignificância para crimes hediondos.
O STF deve se posicionar a não aplicabilidade do princípio da insignificância ou quanto o
afastamento da hediondez quanto trata-se de munição de uso restrito em pouca quantidade.
A quantidade de menores que estão sendo corrompidos pelo agente maior qualifica a
pluralidade de crimes? SIM.
Responde: Delito qualificado em concurso + corrupções ( a depender do número de menores).
A lei 13.497 que alterou a lei de crimes hediondos, entende o ZOUK que somente caput tem
roupagem hedionda.
Hoje, pela lei, o porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Abrange também a
munição e o acessório.
O STF vai ter que se posicionar a respio da posse ou porte de munição e a aplicação do
princípio da insignificância. Ou o STF afasta a hediondez quando se tratar de munição em pouca
quantidade para que se possa aplicar a insignificância no porte ou posse de munição. Caso contrário
fica incoerente aplicar a insignificância a crime hediondo, onde um dos requisitos para sua a plicação
é que a conduta tenha pouca reprovação, e, para a conduta ser considerada hedionda é porque ela
tem alto grau de reprovação. Ou o STF abandona esse posicionamento da aplicação da insignificância
no porte ou posse de munição.
Julgados do STF:
- HC 133984, onde a 2ª turma entendeu pela absolvição do agente que usava um pingente de
munição de uso proibido, aplicando o princípio da insignificância.
O STJ não aplica o princípio da insignificância aos crimes do estatuto do desarmamento por
entender serem todos crimes de perigo abstrato. Os delitos do estatuto não se restringem a
incolumidade física, abrangem também a paz social e a segurança pública.
- HC 132876, a 2ª turma entendeu não haver tipicidade material, somente tipicidade formal,
no caso de uma mulher possuindo apenas uma munição de uso restrito, aplicando o princípio da
insignificância.
Ricardo Lewandowski assim de posicionou: “Trata-se,portanto, de conduta
formalmente típica, a qual, todavia, a meu ver, não se mostra típica em sua
dimensão material. Isso porque não é possível vislumbrar, nas circunstâncias,
situação que exponha o corpo social a perigo, uma vez que a única munição
apreendida, na espécie em exame – é preciso novamente frisar -, guardada na
residência da paciente e desacompanhada de arma de fogo, por si só, é
incapaz de provocar qualquer lesão ao bem jurídico tutelado (a incolumidade
pública)”.
O ministro deu essa decisão com o aval do Ministério Público, vejamos: “Não
se desconhece a classificação do crime de posse ilegal de munição de uso
restrito, previsto no art. 16, caput, da Lei n. 10.826/03, como de perigo
abstrato e nem a jurisprudência no sentido de inaplicabilidade, nesses casos,
do princípio da insignificância. Entretanto, na espécie, estão presentes os
requisitos essenciais a excepcionar a regra geral. A paciente foi denunciada
porque possuía, no interior de sua residência, uma munição, calibre 9mm, de
uso restrito. Tal conduta não representa qualquer lesão efetiva, ou mesmo,
perigo abstrato, aos bens juridicamente tutelados pela norma, a saber,
segurança pública e paz social. A ação não atingiu a intensidade mínima
reclamada pelo princípio da ofensividade”
O MP pode investigar?
A CF liga a investigação à polícia judiciária.
O STF, RE 593727 entendeu que o MP tem pode investigatório, com base na Teoria
Portuguesa dos poderes implícitos (quem pode o mais, pode o menos).
O MP representou por uma intercepção telefônica, que foi desenvolvida e acompanhada por
PM (e não da PC). Analisando a lei 9296, o art. 3 dá legitimidade a representação de interceptação à
autoridade policial e ao MP. Hoje discute-se se o delegado tem capacidade postulatória, com
fundamento de que o MP é que seja titular da ação penal. O ZOUK discorda, pelo fato de inúmeros
procedimentos investigativos o legislador inclui o delegado, dando roupagem de legitimidade: art.
312, a lei 9296, todos mencionam o delegado de polícia.
MP representou, em sede de investigação. O art. 6 da lei 9296 diz que o procedimento de
interceptação tem que ser conduzido pelo delegado de polícia. No caso concreto, foram PM’s que
connduziram a interceptação. A defesa pediu a nulidade do processo.
STJ entende que não pode restringir o art. 6, não somente a polícia judiciária pode
desenvolver o procedimento de interceptação. É possível que o MP represente e a PM desenvolva o
procedimento.
Se um PM dá outra destinação a essa interceptação comete o crime do art. 10, chamado
também de barriga de aluguel (incluir número que não tem vínculo com a investigação).
Os crimes em que é possível a interceptação são chamados de crime de catálogo.
Interceptação telefônica por prospecção/ pré delitual: para apurar fato futuro, baseado na
periculosidade. Homenageia o direito penal do inimigo.
O STJ, nesses julgados que entendem que não deve ser interpretado de froma restritiva o art.
6, mencionou julgados muito importantes entendnendo que não há a necessidade da PC realizar os
procedimentos da interceptação, pois, é possível a PM realizar, mediante representação do MP.
Tem uma decisão no HC 409283/SP que, no mandado de busca e apreensão representado por
PM foi considerado como prova legal. O STJ nessa decisão cita um trecho da decisão do juiz de 1ª
instância: “Apesar disso, não se pode ouvidar que a prisão do acusado deu-se após um cumprimento
de um mandado de busca domiciliar solicitado, previamente, pelos policiais militares em razão de
denúncias anônimas e de investigações anteriores realizadas pelo serviço de inteligência da polícia
militar, inclusive com filmagem da intensa movimentação de pessoas que dariam conta que o
acusado vendia drogas no local”. A defesa nada alegou que a PM não poderia representar por essa
busca por era de crime comum. O STJ, mesmo assim não qui saber e disse que eles tinham uma
investigação anterior realizada pela PM. Nesse julgado, os próprios PM representaram pela
interceptação.
O art. 241, CPP não foi recepcionado, porque hoja, a entrada na residência, mesmo pelo
delegado, há necessidade de busca e apreensão. Hoje, o delegado e o MP precisam representar pela
busca e apreensão.
Furo mediante destreza: a vítima não percebe que está sendo furtada. Agente se utiliza de
habilidade específica, fazendo com que a vítima não perceba que seu bem está sendo subtraído.
Essa conduta é um furto qualificado; há maior reprovabilidade da conduta.
Art. 155§4, II: traz o furto mediante destreza. Agente subtrai a coisa com habilidade física ou
manual. É o chamado punguista, a=batedor de carteira ou batedor de celular.
- Destreza X embriaguez:
EX: Tício, verificando que Mévo está deitado, aproveita-se e se utiliza da habilidade específica
para subtrair a coisa.
Seria furto qualificado pela destreza? Roubo imprórpio? Furto simples?
Tem-se o furto simples, pois não foi Tício que reduziu a resistência da vítima.
Também não caracteriza destreza, pois a pessoa embriagada não tem como não perceber que
está sendo furtada. Sua condição não permite. Não tem como dizer se a habilidade é eficaz ou não
para caracterizar a qualificadora.
Tentativa de furto simples: EX: O agente coloca a mão no bolso da vítima e puxa a carteira. No
momento em que ele esta puxando a carteira e a vítima percebe.
EX: O agente puxa a carteira e a vítima não percebeu, mas alguém grita dizendo que ele foi
furtado. Nesse caso já tem consumado o furto mediant destreza porque já ocorreu a inversão da
posse. (teoria da amotio/apreensio: que materializa a consumação do furto ou do roubo).
Teoria da amotio:basta a inversão da posse para consumar. Não precisa da locomoção com a
coisa.
Teoria da motio/ ablatio: para consumar o fato, tem que haver deslocamento da coisa.
Teoria da contrectatio: a consumação ocorre com o simples contato do agente com a coisa.
Teoria da ilatio: se materializa quando o agente se desloca com a coisa para o local de destino.
Teoria da locupletatio: além de inverter a posse, o agente tem que vender a coisa, auferindo
lucro.
- Destreza X Tentativa:
Há possibilidade de ter furto qualificado mediante destreza tentado: EX: Tício coloca a mão no
bolso de Mévio e quando está puxando a carteira, um terceiro avisa do furto.
- Trombadinha:
Não pode caracterizar a destreza porque na trombada a vítima percebe o impacto.
Tem três correntes para explicar:
1ª Nucci diz que se foi empregada a violência (trombada), tem-se o roubo.
2ª Rogério Grecco entende que a trombada não é para diminuir a resistência da vpitima e sim
para distrair a vítima. Para ele caracteriza o furto.
3ª STJ a trombada foi somente para distrair a vítima caracteriza o furto; mas se a trombada foi
querendo lesionar a vítima e reduzir a resistência da vítima, tem-se o roubo configurado.
Conceito analítico de crime eu posos ter dois conceitos ao tratar da órbita finalista: um
conceito bipartido (onde crime é fato típio, antijurídico seio da culpabilidade pressuposto da pena) e
o conceito tripartido (crime é fato típico, antijurídico e culpável).
Na órbita finalista, dolo e culpa, saíram da culpabilidade e foram alojados no fato típico.
A racionalizar com a teoria finalista, tem que entender os elementos da culpabilidade na
órbita finalista.
EX: Mévia coloca veneno na marmita do marido, mas quem comeu a marmita foi o filho do
casal. Tem-se um acidente, que navega na órbita do erro da execução. Consideram-se as qualidades
do marido de Mévia.
O art. 73: erro na execução. Quando por acidente ou erro nos meios de execução.
Conceito analítico de crime, de acordo com a teoria finalista, podemos ter dois conceitos:
1- Bipartido: crime é fato típico e antijurídico; sem a culpabilidade, que e pressuposto da
pena;
2- Tripartido: crime é fato típico, antijurídico e culpável.
Na teoria finalista, dolo e culpa saiu da culpabilidade e foram analisados no fato típico. Ao
raciocinar com esa teoria, tem que entender quais são os elementos da culpabilidade na órbita
finalista.
Culpabildade é um juízo de censura do agente pelo fato praticado com a finalidade de se
verificar a necessidade de aplicação da pena. A culpabilidade recai no agente, mas em decorrência do
fato em que ele praticou (por isso, não é culpabilidade do autor e, sim culpabilidade do fato= direito
penal do inimigo).
O fato de dolo e culpa terem migrado da culpabilidade para o fato típico na teoria finalista, a
culpabilidade é chamada de culpabilidade vazia.
A culpabilidade vazia, mesmos endo vazia, ainda possui três elementos.
- Modalidades de embriaguez:
Não acidental: não afasta a imputabilidade e o agente responde.
- Voluntária/ intencional: EX: Tício queria beber e começou a beber, entrando em estado de
embriaguez e praticou o delito.
- Culposa:
EX: Tício, não querendo beber, por incentivo dos amigos começou a beber e terminou por
ficar embriagado.
Acidental:
- Caso fortuito/ acidental: se for completa, o agetne não responde porque exclui a
imputabilidade. Se for parcial, tem uma redução de pena de 1/3 a 2/3.
EX: Tício mora ao lado de uma fábirica de bebida e terminou por inalar a bebeido, vindo a
praticar o delito.
- Força maior:
EX: Tício forçou Mévio a beber, ficando em estado de embriaguez e praticando o delito.
Patológica: o agente já virou doente. Analisa se o agente é inimputável ou semimputável.
Preordenada/ dolosa: daí surgiu a teoria da ctio libera in causa. Responde pelo delito e pela
agravante genérica.
Pegadinha:
O direito penal brasileiro só admite a teoria actio libera in causa na embriaguez não aciedental
e na preordenada. A pegadinha vai dizer que a teoria é adotada em todas as modalidades de
embriaguez.
O art. 28, II diz que não exclui a imputabilidade penal substância análoga à bebeida. A droga é
análoga à bebida alcóolica. Não precisa está na portaria da Anvisa.
A inimputabilidade na lei de drogas é do agente que é doente. Aqui é somente a pessoa que
utilizou droga e praticou o delito.
Querendo mostrar conhecimento na prova discursiva: falar que a teoria foi desenhada na
Itália, e consta na exposição de motivos no art. 21. Que foi desenhada para embeiaguez
preordenada, mas aqui no Brasil se admite também na embriaguez não acidetal/ voluntária ou
culposa. Alguns doutrinadores visualizam nessa teoria a responsabilização penal objetiva. Mencionar
que a embriaguez tme três elementos, incidindo a embriaguez na imputabilidade.
Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
A lei 13.531/2017, atendo o reclamo da jusrisprudência do STJ alterou o inciso III no art. 163,
inserindo o Distrito Federal e Empresa pública ao dano qualificado e a receptação qualificada no art.
180 §3.
O crime de dano, o objeto tutelado é a coisa alheia, móvel ou imóvel. Importante falar que o
objeto tem que ser alheio.
No furto, o objeto é a coisa alheia móvel.
No crime de dano, cmo regra, se o proprietário danifica sua coisa, não responde por crime de
dano. EXCEÇÃO: se o objeto é seu, mas está em depósito com outra pessoa.
EX: Justiça determina que o bem de Tpicio fique em pdoer de terceiro e Tício vai e o destrói.
Não vai responder por dano, mas responde por crime contra a administração da justiça.
EX: Mévio destriui seu carro todo para receber o segro. Não caracteriza o danoporque o bem
não é alheio, mas configura o estelionato, pois, utilizou-se da fraude para recebimento de
indenização de seguro.
- Dano X Animal
EX: O cachorro pertence a Mévia e Tício subtraiu o animal. Se o cachorro está inserido no
patrimônio de Mévia, tem-se o furto configurado (não é abigeato porque o animal não é de
produção).
EX: Mévio estava visitando uma fazenda e adora pichar. Mévio escreveu na porteira da
fazenda. É dano ou crime ambienta configurado? Olhando o caput do art. 163, percebe-se que é um
crime de ação múltipla.
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
No art. 163, caput traz o dano simples, que tem pena de 1 a 6 meses ou multa.
O delegado está na delegacia e chea Mévio dizendo que Tício danificou seu automóvel na
garagem. É crime de ação penal privada. Para o delegado lavrar o TCO não há necessidade de
manifestação de vontade da vítima, de acordo com a lei 9099. Pode o delegado lavrar o TCO
independente de manifestação de vontade da vítima. A lavratura do TCO pelo delegado é de ofício.
Pedra de toque:
O dano qualificado não se trata mais de crime de menor portencial ofensivo, devendo o
delegado lavrar o auto de prisão em flagrante e arbitrar fiança, e não mais um TCO.
Antes da lei em questão, a jurisprudência entendia com a 1ª corrente, de acordo com o
princípio da legalidade, no art. de qualificação do dano não trazia o DF, se tornand dano simples. A
emrpesa pública também não consta no inciso III, antes da lei também era dano simples.
A 2ª corrente entende que o CP vei depois do DF, e quando o CP foi criado, ele pesou em
todos os entes federativos existentes na época, mas tinha a intenção de proteger todos os bens
públicos. Em interpretação teleológica, o DF estaria abarcado no art. 163, III, de acordo com o
princípio da igualdade.
Obs: art.163 caput: ação penal privada; incisos I, II e III, ação penal pública incondicionada;
Inciso IV é ação penal privada.
No julgado do STJ quando decidiu que dano ao patrimônio público do DF e de EP seria dano
simples e que ganharia configuração de dano qualificado, o examinador teria que tomar providência
e criar uma lei nesse sentido.
Agora, com a lei, o art.163,§ú, III:
III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de
autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
concessionária de serviços públicos; Tornou o dano ao patrimônio do DF e de Empresas Públicas
como dano qualificado.
A lei alterou também o delito de receptação qualificada.
Art.180, 6º Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de
Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou
empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste
artigo.
No delito de dano qualificado, o delegado vai lavrar o auto de prisão em flagrante e arbitrar
fiaça. Não pode lavrar TCO.
No caso da recptação, e o bem for público, a pena é dobrada e o delegado não pode mais
arbitrar fiança.
O legislador procurou corrigir essa divergência, em função da vedação do princípio da
proteção eficiente.
Art. 155, § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior .
O art. não faz referência ao DF, inserindo em dano simples.
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior;
Esse art. também poderia se alterado para se o veículo for transportado para o DF.
Considerar no art. 155 e 157 o DF, seria analoia in malan parten??
- Dano X res nullius
Coisa de ninguém é fato atípico.
-Dano X res
Coisa perdida tem proprietário. Configura o dano.
Obs: Crime a prazo é coisa achada. Achar uma coisa e quebrar, tem o dano.
O cunhado teria, em tese, realizado o disparo de arma de fogo na nuca do agente que,
outrora tentara subjulgar a Ana e sua irmã.
Subjetiva:
EX: Um agente, de pouca estrutura corporal, é atacado por alguém muito forte. A vítima, na
tentativa de se defender, acaba desferindo um soco no agreso. Devido uma alteração de ânimo, a
vítima perde a noção do que está fazendo e desfere vários socos, sem perceber que o agressor já
desmaiou, continua batendo. Essa LD que decorre da alteração de ânimo é chamada de LD subjetiva.
Aqui navega na culpabilidade, sendo causa exclusão da culpabilidade, por inexigibilidade de conduta
adversa.
Cuidado nas provas: o examinador aproveita o nome LD (que é causa de exclusão da ilicitude)
e diz que a LD subjetiva também exclui a ilicitude!!!
Existe outra LD, a chamada sucessiva: quando o agressor atual vai lançar mão, após ter sido
imobilizado, de uma agressão. Quem era a vítima passa a ser agressor.LD sucessiva é oponível ao
excesso.
EX: Tício começou a agredir Mévio. Mévio consegue imobilizar Tício, cessando a agressão.
Tício e passa a agredir Tício. Apesar de Tício ter iniciado agressão não quer dizer que ele não pode
lançar mão da LD.
Caso Concreto:
Conhecimento dos fatos em cima do que a impresa diz. O agressor teria entrado no hotel de
luxo onde estaria hospedado a Ana, sua irmã e seu cunhado. O agressor abordou o cunhado com
uma arma de fogo (temos uma iminente agressão) e pediu que ele o leva-se ao local em a Ana estava.
Chegando ao local, o agressor abordou os três.
AO que tudo indica, o cunhado percebeu uma facilidade em retirar a arma do agressor e
entrou em luta corporal com ele. Na luta corporal, o agressor disparou um tiro que atingiu a irmã de
Ana. Na e sua irmã fugiram do lcal. Ficou o cunhado e o agressor em luta corporal (o que configura
LD). EM dado momento, o cunhado conseguiu imobilizar o agressor e o desarmou. Após desarmá-lo,
há informação que ele havia efetuado mais disparos.
Ao imobibilzar, cessa a agressão e não há mais agressão injusta. Ao continuar a agredir o
agressor (três disparos), tem-se nitidamente um excesso configurado.
O processo está na fase do juízo de pronúncia, para decidir se o cunhado vai para o tribunal
do júri.
O MP entendeu pelo excesso, tendo o homicídio doloso simples (poderia entender ser na
forma qualificada pel fato da vítima está de costas e impossibilitar sua defesa).
A lei não autoriza matar; ela autoriza a agir em LD, mesmo que em sua defesa você precise
matar. A defesa precisa tseguir os requisitos.
Tem que analisar todo um contexto.
Para o leigo, que não estudou a técnica, vai entender que ao acusar o cunhado de Ana,
estamos a defender um vagabundo (o agressor).
Ao analisar com a técnica, entende-se que houve o excesso.
Vamos supor que no meio dos disparos, um atingiu a nuca do agressor, que mesmo assim
conseguiu reagir e tivesse atirado no cunhado, que viria a óbito. Ele iria responder? Teríamo a LD
sucessiva por parte do agressor, pois o tiro na nuca seria uma agressão injusta.
É possível ED e LD simultânea?
Sim, é o fato do agente está acobertado por duas excludentes ao mesmo tempo.
EX: Tício está ao lado de um PM. Mévio com uma arma vai na direção de Tício. Tício subtrai a
arma do PM e atira em Mévio. Tício está em ED em relação ao PM e em LD em relação a Mévio.
Lei
RESOLVENDO QUESTÕES CESPE- ESTATUTO DO DESARMAMENTO (21/12/2017)
1)- (CESPE DELEGADO PE/2016) Segundo o STJ, configura crime consumado de tráfico de
drogas a conduta consistente em negociar, a aquisição de entorpecentes e disponibilizar veículo
para seu transporte, ainda que o agente não receba a mercadoria, em decorrência de apreensçao
do material pela polícia, com o auxílio de interceptação telefônica.m
Configura tráfico (devido a comercialização) e o STJ entende que não há necessidade que a
droga sea entregue para que o crime seja consumado.
2)- (CESPE DELEGADO GO/2017)O crime de associação para o tráfico se consuma com a
mera união dos envolvidos, ainda que de forma individual e ocasional.
Associação para o tráfico é a associação de 2 u + pessoas.´É um crime permanente, mas não é
tráfico, por isso não se equipra aos crimes hediondos.
Associação é ≠ Concurso de pessoas. EX: Tício chama Mévo para vender uma droga com ele e
dividem o ‘apurado’. Eles não tiveram nenhum outro tipo de contato e nem estabeleceram qualquer
vínculo de estabilidade. Esse encontro foi ocasional. Tem aqui o tráfico de drogas em concurso de
pessoas e NÃO a associação para o tráfico.
A associação tem que ter a habitualidade, a organização, divisão de lucros, e etc.
A associação majora o crime de tráfico, o concurso, não.
Se o concurso for com um menor, tecnicamente falando, seria um pseudo concurso porque o
menor não tem culpabilidade. O menor é considerado para efeito de qualificadora.
A questão: ERRADA, pois associação demanda estabilidade. A união ocasional configura o
concurso de pessoas.
Associação envolvendo menor: pode utilizar o menor para configurar a associação e o STJ
entende que não configura bis in iden considerar o menor para associação e para incidência da
majorante do art. 40 (participação de menor no tráfico).
Mesmo associação não sedo tráfico, STJ entende que o livramento condicional qunado se
trata de associação deve seguir o previsto na lei de drogas, pois é uma lei especial, tendo que cumprir
2/3 da pensa se o agente não for reincidente específico e 3/5 se for.
3)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Confime a lei 11.343, o juiz, na fixação das
penas considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do CP, a natureza e a
quantidade de substâncias ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.
CERTA O art. 59 trata das circunstâncias judiciais. Ao tratar da lei de drogas tem que seguir o
art. 42 da lei, por ser lei especial.
Art. 42: O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art.
59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a
conduta social do agente .
4)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Dado o instituto de delação premiada previsto
nessa lei (11.343) ao acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial podem ser
concedidos os benefícios de redução de pena, do perdão judicial ou da aplicação de regime
penitenciário mais brando.
Na lei de drogas, lei de lavagem de dinheiro e na lei 12.850, há possiblidade da delação
premiada.
Na lei da lavagem e na 12.850, há também a possibilidade do perdão judicial. A lei de drogas
não tem o erdão, tem apenas no art.41 uma diminuição de pena.
5)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo o STJ, para a incidência da majorante
prevista no art. 40, V da lei 11.343 é desnecessária a efetiva transposição de fronteira entre
estados da federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico
internacional.
CORRRETO. Não há a necessidade da transposição de fronteiras, basta a intenção.
O tráfico estadual també é chamado de trpafico doméstico.
Tráfico interestadual é de competência da polícia estadual, mas a PF pode investigar. O fato
da PF investigar um tráfico interestadual não desloca a competência para justiça federal.
Tráfico interestadual é uma majorante.
EX: Tício está no DF e pede uma droga que vem dos EUA. Quando essa droga entra no Brasil,
foi apreendida em SP. A competência para processar e julgar vai ser da PF de onde a droga foi
apreendida. Se a droga chega até o DF, precisando passar por Minas só irá configurar também o
tráfico interestadual se em Minas e em SP a dorga tiver sido vendida (tem que haver a pulverização
da droga). A condição somente geográfica da droga não configura a majorante entre os estados (STJ).
Se a droga não for considerada substância entorpecente na ciade de origem (EX: cloreto de
etila na Arentina) nõa é tráfico internacional. Se o clreto de etila passa por algumas fronteiras aqui
dentro do Brasil, iria configurar o tráfico doméstico.
6)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo STJ, é possível o reconhecimento do
tráfico privilegiado, com a consequente redução de pena de um seto a dois terços, ao agente
transportador de drogas, na qualidade de mula, uma vez que a simples atuação nessa condição não
indiz, automaticamente, a conclusão de qie este seja integrante de organização criminosa, fato
que, quando constatado, inviabiliza o benefício.
CORRETO. STJ em decisão recente, no HC 387.077/SP entendendo que a simples condição de
mula não induz que o agente seja parte de uma organização criminosa.
Para o STF a simples condição de mula não inviabiliza a concessão do benefício.
O tráfico privelgiado, para a concessão do benefício tem que seguiur aluns requisitos. STF se
posicionou que o tráfico privilegiado não tem roupagem de crime hediondo. O STJ entendeu por
realinhar-se com o STF e cancela a súmula 512 e hoje entende que o trpafico privilegiado não tem
roupagem ao crime equiparado ao hediondo.
7)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo o STJ, a quantidade da droa pode ser
considerada para indicar que o aente se dedica a atividade criminosa, impossibilitando a aplicação
da causa de diminuição prevista no art. 33, §4 da lei 11.343.
CERTO. No STF há divergência; a 1ª turma entende que sim (HC 130.981- inf. 844); a 2ª turma
(a maioria) entende que não. O STJ entende que a quantidade da droga pode ser considerada para
afastar o privilégio.
Quantidade da droga, por si só, não é elemento para dizer que o agente é traficante. Art. 28,
§2.
Art. 28,§ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a
ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
Uma pessoa que responde por tráfico de drogas e que tem ações penais em curso, com
diversos IP instaurados, para o STJ são elementos indicadores de que o agente se dedica a atividades
criminosas.
STJ entende que ônus de provar que é traficante cabe ao MP e não o acusado que tem que
provar que é ussuário.
Art. 33, §3 é o uso compartilhado. Para configurar o uso compartilhado é necessário ter a
oferta, a eventualidade, a ausência de lucro, a pessoa tem que ser do relacionamento e tem que sedr
utilizado em conjunto. Faltando um dos requisitos irá configurar o tráfico.
Semente não constitui matéria prima para configurar o art. 34, STJ mudando de
posicionamento.
8)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo STJ, na hipótese do agente praticar os
delitos previstos nos artigos 33 a 37, da lei 11.343, juntamente com menor de 18 anos, será
possível a condenação do agente com a incidência da causa de aumento prevista o art. 40, VI, bem
como pela prática do delito de corrupção de menores, art. 244-B, do ECA, em concurso formal de
crimes.
Quando se estuda o delito de corrupção de menores e um delito que seja qualificado pelo
concurso de pessoas, o entendimento é que o menor conta para a formação do concurso e também
vai ser considerado vítima, respondendo ao gente por corrupção de menores (independe se o menor
já é corrompido).
No que se refere a lei de drogas, o STJ entende que quem pratica tráfico juntamente com o
menor responde por tráfico com incidência da majorante do menor; não respondendo o agente por
corrupção de menores (entendimento do STJ), respondendo apenas pela incidência da majorante.
Não há que se falar em concurso formal de crimes.
OBS: No furto, o maior responde por furto em concurso de pessoas e corrupção de menores.
Não fazer confusão no caso do menor contar para o delito de associação e para incidência da
causa de aumento.
Haveria possibilidade do agente responder por um crime da lei de drogas e corrupção de
agente: porque o julgado que diz que não se aplica a corrupção de agente aos crimes da lei de drogas
só se refer aos crimes dos artigos 33 a 37 (HC no Rec especial 1622.781MT).
9)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segunto STF, a aplicação da causa de aumento
de pena prevista no art. 40, III da lei 11.343, se justifica quando constatada a comercialização de
drogas nas dependências ou imediações de estabelecimentos pricionais, sendo irrelevante se o
agente infrator visa ou não frequentadores daqueles estabelecimentos.
CORRETO.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do
fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão
de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,
esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos
ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou
qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime
O art. 40, III menciona que há incidência da causa de aumento quando o tráfico for praticado
nas imediações de estabelecimentos prisionais, transportes públicos, etc. STJ entende que não há
necessidade do agente visar atingir pessoas dos estabelecimentos.
Onde há a mesma razão, aplica-se o mesmo direito: Zouk entende que se aplica também aos
hospitais, estabelecimentos de ensino e seus frequentadores.
Na causa de aumento do art. 40, III tem o transporte público. STJ e STF entendem que se a
infração tiver ocorrido com utilização de transporte público, é necessário que o agente comercialize a
droga dentro do transporte. Se cair na prova a letra da lei, não faz explicação se há necessidade da
comercialização dentro do automóvel.
Autofinancimanento (quem financia e quem vende a droga) responde pelo tráfico com a
causa de aumento. So responde no art. 36 quem financia e não vende.
Emprego de arma: a arma tem que ser empregada para traficar.
10)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo STJ, a condenação por tráfico de
drogas e por associação para o tráficode drogas prescinde da efetiva apreensão de entorpecentes
na posse de um acusado específico, cuja responsabilidade pode ser definida racionalmente, a
despeito de apreendida a droga na posse de terceiro, com base no contexto probatório, a autorizar
o provimento condenatório.
CORRETO. STJ entende que não há necessidade de apreensão da droga para configurar o
tráfico ou associação. Se tem interceptações telefônicas que vinculem esse agente á prática do tráfico
ou associação, pode apreender a droga na mão de outra pessoa e o agente mesmo assim ser
condenado.
HC131455/MT-2012 o STJ entendeu possível a condenação por tráfico com ausência da
apreensão da droga.
STJ entende que laudo preliminar de constatação, assinado por perito criminal, constitui
exceção a necessidade do laudo definitivo para materialização do delito de tráfico de drogas. Para o
STJ, há possibilidade de condeação apenas em laudo preliminar, desde que o laudo seja assindo por
perito crimnal e a droga, de fácil constatação.
Princípio da insignificância no porte de droga para uso próprio: STF entende que é possível;
STJ entende que não.
STJ e STF entendem que não é possível aplicar a insignificância para o crime de tráfico.
Art.38 é o único crime culposo da lei de drogas.
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou
fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar :
EX: Médico de forma dolosa prescrevea substância entorpecente responde no art. 33, porque
tem o dolo.
3- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Júlio, policial civil sem qualquer motivo
justificado, estando de folga, na saída de uma boate sacou sua arma de fogo e realizou disparo para
o alto em via pública. Imediatamente, Júlio foi abordado por policiais militares e encaminhado à
delegacia. Considerando o contexto fático, o delegado de plantão deverá autuá-lo em flagrante
delito por incurso nas penas previstas no art. 15, caput da lei 10.826 (disparo de arma de fogo) e
ato contínuo, arbitrar fiança.
ERRADO.
Art. 15 traz o disparo de arma de fogo, com pena de 2 a 4 anos, podendo o delegado
arbitrar fiança. MAS o art. 20 traz as causas de aumento de pena de ½. Assim, para arbitrar fiança o
delegado deve considerar o aumeno de pena.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei .
A quantidade de disparos para o alto não são contados como se crimes diferentes fossem,
correspondem na dosimetria da pena.
O disparo absorve o porte de arma.
Irá responder por porte e disparo se ficar comprovado que o agente já possuía a arma a
muito tempo, em contextos fáticos diferentes.
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
- Porte X homicídio:
Porte é absorvido pelo homicídio.
Se a questão mencionar que a arma de fogo foi adquirida anteriormente, em outro
contexto fático, irá responder pelos dois crimes.
EX: Tício portava arma de fogo se autorização legal, adquirida em janeiro. Encontra Mévio,
que saca arma de fogo para o matar. Tício, então, saca sua arma e atira em Mévio, matando-o.
Na situação de homicídio tem a excludente da legítima defesa, respondendo somente no
porte de arma.
- Porte de arma X Policial civil aposentado: STJ entende que o porte funcional não se
estende ao PC aposentado.
- Porte de granda de gás lacrimogêneo/gás de pimenta: STJ entende que não há que se
falar no delito do art. 16, §único.
EX: Tício, policial civil, encontra Mèvio, também policial. Tício pede que Mévio leve sua
arma para casa, enquanto fica jogando bola. Ao encaminhar para casa, Mévio é abordado pela polícia
e diz que pode portar a arma por ter porte de arma de fogo. STJ entende que o simples fato de ser
policial não enseja possibilidade de protar qualquer arma; só pode portar arma que esteja em seu
nome ou que seja da instituição e esteja acautelada em seu nome.
Porte ou posse é crime de ação permanente. (aplica-se súmula 711).
- Praticante de tiro esportivo: pode transpirtar arma municiada, mas tem que ter a guia de
tráfico.