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INTRODUÇÃO
Esta apostila surgiu da crescente dificuldade de muitos alunos de diferentes cursos
da UA em acompanhar o conteúdo programático da disciplina. Ao longo de dez anos
verifiquei que os alunos recém ingressos nestes cursos, não haviam tido contato com
Zoologia no 2º Grau, apenas na 6ª série do 1º Grau. Portanto, o principal objetivo desta
sinopse zoológica é facilitar a compreensão e o acompanhamento das características
morfofisiológicas gerais e da diversidade dos principais filos animais abordados durante a
ministração das disciplinas de Zoologia Geral para os Cursos de Ciências, Geologia,
Engenharia de Pesca, Engenharia Florestal e Agronomia. Ela contém os principais Filos
Animais que serão discutidos durante as aulas, além de constituir uma ferramenta útil para
o aluno acompanhar a sequência evolutiva desses grupos, os quais terão seu conteúdo
complementados por diferentes estratégias didáticas. Estas estratégias incluem a projeção
de vídeos, aulas práticas de laboratório e de campo, além de leitura complementar dos
livros listados na bibliografia constante nos planos de ensino destas disciplinas. Espera-se
que o aluno de graduação, encontre nesta Sinopse Zoológica Comentada, a base para sentir-
se estimulado a procurar outras fontes e procure descobrir, através de pesquisas
bibliográficas, no campo ou durante as aulas práticas, os desenhos referentes aos diferentes
representantes de cada grupo animal abordado no curso e as principais espécies amazônicas
e, desta forma esta apostila possa contribuir em sua formação profissional.
DIVERSIDADE ANIMAL
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Obviamente, a zoologia dos invertebrados ou dos vertebrados não podem ser
consideradas campos especiais e distintos da zoologia; certamente não no mesmo sentido
que a protozoologia ou a entomologia. Um campo que abrange todos os aspectos biológicos
- morfologia, fisiologia, embriologia e ecologia - de 95% do Reino Animal não representa
uma área distinta da própria zoologia. Pela mesma razão, nenhum zoólogo pode ser
verdadeiramente chamado de zoólogo especializado em invertebrados, ou vertebrados. Ele
é protozoólogo, malacólogo, entomólogo ou ictiólogo, ou está interessado em alguns
aspectos da fisiologia, embriologia ou ecologia de um ou mais grupos de animais. Além
destas áreas limitadas, o número e a diversidade dos invertebrados e dos vertebrados é
grande demais a ponto de não permitir mais do que um bom conhecimento geral dos
grandes grupos. Cada grupo possui peculiaridades estruturais, terminologia anatômica
especial e distinta classificação. Todos estes fatores tendem a exagerar as diferenças entre
os grupos e a ofuscar as semelhanças funcionais e estruturais que resultam dos modos
similares de existência e das condições similares do ambiente, ignorando ainda, as
homologias que surgiram das íntimas relações evolutivas. Será proveitoso ter sempre em
mente alguns princípios biológicos básicos. Todos os animais devem satisfazer os mesmos
problemas quanto à existência: obtenção de alimento e de oxigênio; manutenção do balanço
hídrico e salino; remoção dos restos metabólicos e; perpetuação da espécie.
A estrutura corpórea necessária para satisfazer estes problemas está, em grande
parte, correlacionada com três fatores: o tipo de ambiente em que o animal vive, o tamanho
do animal e o modo de vida do animal. Dos três ambientes principais - água salgada, água
doce e terra - o ambiente marinho é, geralmente, o mais estável. A flutuabilidade da água do
mar reduz o problema da sustentação, é isotônica em relação aos fluidos tissulares da
maioria dos animais marinhos, facilitando assim a manutenção do balanço hídrico e salino,
além de oferecer um meio ideal para a reprodução animal. Os ovos na água marinha podem
ser liberados e fertilizados e sofrer o desenvolvimento como embriões flutuantes com
menor perigo de dessecação, desequilíbrio hídrico, etc. Os estágios larvais fornecem um
recurso para uma ampla dispersão das espécies. A água doce é um meio bem menos
constante do que a água do mar. Os rios variam grandemente em turbidez, velocidade e
volume, não apenas espacial, mas também sazonalmente, como resultado de inundações,
vazantes ou fortes chuvas. Como a água salgada, a água doce também tem flutuabilidade e
ajuda na sustentação, porém a baixa concentração de sais, cria dificuldades para a
manutenção do balanço hídrico e salino. Portanto os animais que vivem nestes ambientes
desenvolveram mecanismos de regulação osmótica bombeando água em excesso e retendo
sais no corpo. Os animais terrestres vivem no ambiente mais severo. A sustentação
conferida pela flutuabilidade da água está ausente. Mais crítico, porém, é o problema da
perda de água pela evaporação, cuja a solução foi o fator primordial na evolução de muitas
adaptações para a vida terrestre. O tegumento dos animais terrestres representa uma melhor
barreira entre o meio interno e externo quando comparado ao apresentado pelos animais
aquáticos.
Um segundo fator relacionado com a natureza da estrutura animal é o tamanho do
animal. Nos animais pequenos, a área da superfície é suficientemente grande em relação ao
volume do corpo, de modo que a troca de gases e resíduos podem ser executados por
difusão através da superfície corpórea geral. Além disto, o transporte interno pode ocorrer
apenas por difusão. Entretanto, à medida que o corpo aumenta em tamanho, faz-se
necessário mecanismos de transportes mais eficientes. Isto levou os animais maiores, ao
desenvolvimento de sistemas celômicos e vasculares, ou seja, a aquisição de uma cavidade
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interna no corpo (celoma verdadeiro) é um dos pontos chaves na grande diversificação dos
eumetazoos. Afora isto, através de dobras e circunvoluções, a área superficial dos orgãos
internos e as porções da superfície externa foram aumentadas para facilitar a secreção, a
absorção, as trocas gasosas em alguns grupos animais.
O terceiro fator relacionado com a natureza da estrutura animal é o seu modo de
existência. A captura do alimento frequentemente coloca uma seleção na locomoção e
cefalização. Os animais de vida livre apresentam, comumente simetria bilateral. O sistema
nervoso e os orgãos dos sentidos são então concentrados na extremidade anterior do corpo,
pois é esta a parte que primeiro entre em contato com o meio ambiente. Tal animal é dito
cefalizado.Animais fixos, ou sésseis, são radialmente simétricos ou tendem para uma
simetria radial, na qual o corpo consiste de um eixo central ao redor do qual partes
similares encontram-se simetricamente arranjadas. Os mecanismos de alimentação dos
animais estão usualmente correlacionados com seu modo de vida. Os animais que nadam
ou rastejam ativamente são frequentemente predadores. Os mais lentos podem ser
saprófagos ou herbívoros. Aqueles que habitam sedimentos do substrato são
frequentemente comedores de detritos. Animais sésseis podem se alimentar de presas que
passam, ingerir materiais depositados, ou subsistir de detritos orgânicos ou de plantas e
animais microscópicos suspensos na água circundante. Mais frequentemente o animal é
adaptado à filtração de partículas, podendo esta ser produzida pelo animal através de cílios,
ou ser uma corrente natural.
Portanto, a locomoção apresenta uma relação funcional com as cavidades do corpo e
com a segmentação do animal. Esta análise fornece a visão geral das tendências amplas da
evolução dos eumetazoos, quando tomamos a locomoção como o tema dominante. Do
tempo quando vermes pequeninos foram os eumetazoos dominantes, progredimos para os
vermes maiores, os quais necessitaram locomoção pedal. À medida que estas formas se
multiplicaram, alimentando-se de algas, protozoos e outros vermes, elas cresceram. Nesta
época (seguramente ainda no Pré-Cambriano) os fundos dos mares poderiam ser vistos
como dominados por uma variedade de vermes. Não apenas a locomoção pedal foi uma
necessidade mas a cavação foi também vantajosa para a obtenção de alimentos e
principalmente a fuga de predadores. Os que desenvolveram conchas (Mollusca) ou
exoesqueletos (Arthropoda) fizeram uso limitado do hábito de cavar e sofreram evolução de
outros meios para se protegerem e se movimentarem (segmentação do corpo) para
alimentação eficiente através da natação. Portanto, com o aparecimento de corpos bem
desenvolvidos, em cujo o mesoderma e cavidades, uma variedade de sistemas de orgãos
poderia ser alojada, e com a diversidade crescente de formas disponíveis como suprimento
alimentar, o potencial evolutivo para diversificação nos animais começou a se expressar
totalmente. O resultado é a extraordinária diversidade dos eumetazoos. Quando um número
grande destas formas estava bem evoluído, os mares estavam ricamente povoados com
animais tendo partes duras. Isto poderia ser o ponto de partida do registro fóssil, que
datamos até o período Cambriano da era Paleozóica. Naquela época, todos os grupos
principais de animais (Sarcodina, Porifera, Celenterata, Mollusca, Arthropoda e
Equinodermata), exceto o dos Chordata, estavam bem representados e os cordados
apareceram no fim do Paleozóico.
A história evolutiva de vários filos frequentemente é usada como base para a
compreensão da diversidade adaptativa dentro do filo ou da classe. Na discussão das
relações filogenéticas (evolutivas), é conveniente o uso de termos como primitivo, inferior,
superior, e especializado. Infelizmente, porém, estes termos nem sempre são entendidos
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pelos estudantes e tendem a criar a errônea impressão de que a evolução prosseguiu de um
grupo ao outro rumo a algum estado de perfeição ideal. Termos como primitivo são
relativos e significativos principalmente na discussão da evolução de um grupo particular
de animais. Por exemplo, espécies primitivas são aquelas que possuem muitas
características conspícuas que se acredita fossem comuns nos indivíduos pertecentes a um
estoque ancestral de onde se originaram os membros ora existentes do grupo.
Especializado geralmente se refere a características das espécies que são especialmente
adaptados a um nicho ecológico particular. Não se deve imaginar, porém, que o termo
especializado signifique mais perfeito ou melhor, pois as alterações usualmente resultam do
domínio de novas condições ambientais ou da adoção de diferentes hábitos e estilos de
vida. Além do mais, embora certas espécies possuam algumas características primitivas,
estas mesmas espécies são frequentemente especializadas em relação a outros aspectos.
Animais multicelulares evoluíram a partir de formas unicelulares, os protozoários são em
relação a esta característica, primitivos quando comparados aos filos multicelulares.
Entretanto, em outros aspectos, os protozoários não são necessariamente primitivos se
comparados aos metazoários pois aqueles sofreram um grande desenvolvimento evolutivo
ao nível celular que os conduziu a uma especialização intracelular não igualada pelas
células dos animais metazoários. Os termos superior e inferior geralmente se referem aos
níveis dos quais as espécies ou os grupos derivaram a partir de certas linhas principais da
evolução. Assim, frequentemente, referimo-nos às esponjas e aos cnidários como filos
inferiores, uma vez que se acredita que eles tenham se originado perto da base da árvore
filogenética do Reino Animal. Isto não implica em que as esponjas e os cnidários sejam
primitivos em todos os aspectos pois eles, como todos os outros grupos animais, seguiram
certas linhas independentes de especialização. Ademais, isto não faz supor necessariamente
que os grupos superiores tenham evoluído diretamente através de esponjas e cnidários. Os
termos primário e secundário são frequentemente usados para distinguir uma condição
primitiva de uma condição que é similar, embora especializada. Por exemplo, platielmintes
provavelmente evoluíram de um ancestral que não possuia ânus. Assim, a ausência de ânus
em platielmintes é primitiva ou primária.
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Esta classificação baseia-se em comparações críticas das semelhanças e das
diferenças estruturais e morfofisiológicas e atualmente bioquímicas e genéticas (DNA), de
tal maneira a obter uma disposição que obedeça, tanto quanto possível, a ordem
filogenética.
Para os seres vivos, foi elaborado um método de classificação universal,
denominado de SISTEMA BINOMINAL DE NOMENCLATURA, no qual a unidade
básica de classificação é a ESPÉCIE. São considerados da mesma espécie os indivíduos
que apresentam grandes semelhanças físicas e fisiológicas e são capazes de cruzar-se entre
si, gerando descendentes férteis.
O sistema binominal de nomenclatura foi criado por Karl Von Linné (LINEU) em
1758, um médico e botânico sueco. O conceito de espécie utilizado hoje em dia é o que foi
proposto por Mayr em 1969 “Grupos de populações naturais capazes de se intercruzarem e
que estão reprodutivamente isoladas de grupos semelhantes, os quais constituem outras
espécies”.
No sistema criado por Lineu, além da classificação em ESPÉCIE, existem grupos
maiores: GÊNERO, FAMÍLIA, ORDEM, CLASSE, FILO E REINO, que são chamados
de categorias taxonômicas.
CONCEITO DE TIPO
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Nome vulgar ou comum (piranha preta).
Inicial do termo indicativo de Gênero deve ser escrita com letra maiúscula; a da
espécie com letra minúscula. Quando se tratar de subespécies, o nome é “trinominal”, deve
ser escrito sempre com inicial minúscula depois do nome da espécie.
Ex. Crotalus terrificus terrificus (cascavél)
Nos casos de subgênero, o nome é também “trinominal” e deve ser escrito com uma
inicial maiúscula, entre parênteses e depois do nome do gênero.
Ex. Anopheles (Nyssurhynchus) darlingi (carapanã)
PROTOZOÁRIOS
Introdução: Os protozoários consistem de uma reunião heterogênea de cerca de 50.000
organismos unicelulares, que possuem organelas celulares típicas, envolvidas por
membranas (eucarióticas). Por serem móveis e heterótrofos em sua maioria, este conjunto
de animais foi tratado, no passsado, como um único filo do Reino Animal - o filo Protozoa.
Sabe-se hoje, que este grupo consiste de inúmeros e diferentes filos unicelulares que,
juntamente com a maioria dos filos das algas, são colocados no Reino Protista. Alguns
destes grupos protozoários estão relacionados entre si; alguns provavelmente evoluíram
independentemente, a partir de ancestrais eucarióticos remotos, e outros são membros de
diversos grupos de algas.
O nível unicelular de organização é a única característica pela qual podem ser
descritos todos os protozoários; em todos os outros aspectos, eles podem apresentar uma
grande diversidade. Os protozoários exibem todos os tipos de simetria, uma extensa gama
de complexidade estrutural e uma adaptação para todos os tipos de condições ambientais.
Como organismos, os protozoários se mantiveram ao nível unicelular mas evoluíram ao
longo de numerosas linhagens através da especialização de partes do protoplasma
(organelas) ou da estrutura do esqueleto. Portanto, simplicidade e complexidade refletem-se
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no número e natureza de suas organelas e esqueletos, da mesma forma que simplicidade e
complexidade nos animais multicelulares refletem-se no desenvolvimento dos sistemas de
tecidos e orgãos.
Ocorrem protozoários sempre que a umidade está presente - no mar, em todos os
tipos de água doce e no solo. Existem espécies comensais, mutualísticas e parasitárias. De
fato, os esporozoários são inteiramente parasitários. Embora a maioria dos protozoários
ocorra como indivíduos solitários, existem numerosas formas coloniais. Algumas formas
coloniais atingiram alto grau de interdependência celular que, como Volvox, aproximam-se
de um verdadeiro nível multicelular quanto a sua estrutura. Tanto as espécies solitárias
quanto as coloniais podem ser de vida livre ou sésseis.
A grande maioria dos protozoários é microscópica. Anaplasma, um parasita
sanguíneo, é tão pequeno que ocupa apenas 1/6 a 1/10 do volume de um eritrócito. No
outro extremo, o ciliado de água doce, Spirostomum, pode alcançar o comprimento de 3
mm e ser visto a olho nu. Nummulites, um foraminífero fóssil da era Cenozóica,
apresentava 19 cm de comprimento, possivelmente o maior tamanho atingido por um
protozoário.
FILO MASTIGOPHORA
FILO SARCODINA
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com carapaças (tecamebas), que são na sua maioria restritas à água doce, são cobertas por
uma carapaça composta de material orgânico secretado ou de material mineral estranho
cimentado. Um grande orifício permite a protusão de pseudópodos delicados.Os
foraminíferos, que são principalmente bentônicos, possuem uma carapaça calcária que é
usualmente formada por câmaras múltiplas. Os helizoários são Sarcodina esféricos, com
arranjo radial, flutuantes e bentônicos, na maioria restritos à água doce. Pseudópodos
longos, radiais, semelhantes a agulhas (axópodos) são usados na captura de alimento. Os
radiolários são Sarcodina marinhos planctônicos com corpos esféricos e pseudópodos
radiais, com esqueletos complexos de dióxido de silício ou sulfato de estrôncio dentro do
citoplasma extracapsular, organizados na forma de esferas reticuladas ou espinhos radiais
ou de ambas as formas. Tanto os foraminíferos como os radiolários são contribuintes
significativos para os sedimentos oceânicos profundos.
FILO CILIOPHORA
Os ciliados compreendem o maior filo dos protozoários. São também os que mais se
parecem com animais e que exibem o maior nível de desenvolvimento de organelas.
Possuem cílios para locomoção e, em muitas espécies, para comer suspensões. A parede
corporal é uma complexa película viva contendo alvéolos, tricocistos e outras organelas
além do conjunto infraciliar (cinetossomos+sistema de fibrilas). Primitivamente, a
superfície corpórea está uniformemente coberta por cílios, os quais funcionam na
locomoção. Houve uma tendência, entretanto, para que este conjunto ciliar somático se
reduzisse ou, então, se tornasse especializado (cirros), e ou membranas ondulantes para
captação de alimentos em suspensão. Além de comer suspensões como bactérias e outras
partículas, alguns ciliados alimentam-se de algas, sendo outros ainda carnívoros,
alimentando-se de outros protozoários e animais microscópicos. O citóstoma e a citofaringe
abrem-se num vacúolo digestivo. Os restos não digeridos são expelidos através de um ânus
celular fixo (o citoprocto). A posição de descarga dos vacúolos contráteis também é
constante (Paramecium). Os ciliados reproduzem-se assexuadamente por fissão transversal
e sexuadamente por conjugação.
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Animais Metazoários - Os metazoários são organismos multicelulares, móveis e
heterótrofos, os quais se desenvolvem a partir de embriões. Os gametas nunca se formam
no interior de estruturas unicelulares sendo, antes, produzidos dentro de orgãos sexuais
muiticelulares ou, pelo menos, no interior de células somáticas. Esta se torna a definição
dos animais ou de todo o Reino Animal no caso de serem os protozoários removidos e
tratados como filos do Reino Protista. Os metazoários compreendem quase tudo o que é
geralmente tido como animal. Sua diversidade é enorme havendo 29 filos - dependendo
de quem está contando - e apenas um deles, Chordata, possui animais que não são
invertebrados.
Diagnose de uma esponja: sésseis; sem extremidade anterior; primitivamente radiais mas
a maior parte delas é irregular. Boca e cavidade digestiva ausentes; com nível simples de
organização corporal em torno de um sistema de canais e câmaras para a circulação de
água, animal filtrador, não apresenta quaisquer orgãos ou sistemas de orgãos
especializados.
Habitat: ambiente aquático, a maioria das espécies é marinha.
Exemplo: poríferos usados como esponjas de banho (gênero Spongia)
Dados de anatomia e fisiologia:
Sistema digestivo: ausente (alimento fagocitado por coanócitos)
Sistema circulatório: ausente (difusão de substâncias através dos espaços entre as células).
Sistema respiratório: ausente (trocas gasosas por simples difusão)
Sistema excretor: ausente (excreções lançadas, por difusão, na água circundante)
Sistema nervoso: ausente.
Reprodução: assexuada, por fragmentação e brotamento; sexuada, com desenvolvimento
indireto (anfiblástula).
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Radiata - Animais radiados tentaculados com poucos orgãos. Cavidade digestiva sendo
a boca a principal abertura para o exterior.
FILO CTENOPHORA (90) - Ctenóforos. Vida livre; birradiais, com dois tentáculos e oito
fileiras longitudinais de pentes ciliados (membranelas) . Marinhos.
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Diagnose de um platelminto: animal de corpo achatado dorso-ventralmente; formado por
três tecidos embrionários (triblástico); corpo sem cavidade (acelomado) preenchido por
mesênquima; quando presente, com uma única abertura, a boca; parasitas ou de vida livre.
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completo e células-flama. Os machos são diminutos e, em muitas espécies, degenerados ou
desconhecidos. A maioria de água doce, alguns marinhos e alguns habitantes de musgos.
FILO LORICIFERA (32) - Corpo com uma cabeça anterior, eversível ou introverte,
portando nove voltas de espinhos dirigidos para trás ou escálides em forma de dentes e um
cone oral protrátil circundado por 8 ou 9 rígidos estiletes orais, um pescoço curto com
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placas e um tronco coberto por uma lórica cuticular. Intersticiais, marinhos até 8000 metros
de profundidade.
FILO PRIAPULIDA (9) - Animais marinhos providos de uma grande probóscide anterior.
Superfície do corpo coberta com espinhos e tubérculos. Peritônio do celoma bastante
reduzido.
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Cephalopoda. Maioria dos moluscos nadadores, tendo o pé dividido em
tentáculos ou braços. Concha, quando presente, normalmente dividida em câmaras, com o
animal vivo ocupando apenas a mais nova.
SUBCLASSES: Nautiloidea. Maioria dos cefalópodes fósseis com conchas enroladas ou
retas. Nautilus é o único gênero vivo.
Ammonoidea. Cefalópodes fósseis. Conchas enroladas com septo pregueado.
Coleoidea. Concha interna ou ausente. Lulas (Loligo), polvos (Octopus),
sépsias.
Habitat: animais de vida livre, terrestres e de água doce ou salgada; raras formas parasitas
têm larvas que vivem em brânquias de peixes.
FILO EQUIURA (100) - Vermes marinhos cilíndricos com probóscide anterior achatada e
não retrátil. Tronco com um grande par de cerdas ventrais.
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em frente ao pigídio. Os segmentos mais velhos do corpo, são portanto, anteriores e os mais
novos são posteriores.
Oligochaeta. Anelídeos de água doce e minhocas terrestres (3100 sp), parapódios ausentes
e o prostômio é geralmente um pequeno lobo arredondado ou um pequeno cone sem
apêndices sensoriais. Oligoquetos Cavadores, Arborículas, Comensais e pelo menos um é
Parasita. ex. o naidídeo Schmardaella vive nos ureteres de pererecas. O clitelo é uma
estrutura reprodutora característica dos oligoquetos, inclui alguns segmentos adjacentes nos
quais a epiderme se apresenta bastante intumescida, com glândulas unicelulares que
formam um cinturão que envolve parcial ou totalmente o corpo do verme, da porção dorsal
para baixo. Copulação é a regra, gonóporos fazem a transferência dos espermatozóides e
óvulos, com formação de casulo.
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Sistema circulatório: presente, do tipo fechado (presença de vaso pulsáteis - corações
laterais; sangue dotado de pigmentos respiratórios - hemoglobina por exemplo)
Sistema respiratório: nas minhocas terrestres, de água doce e nas sanguessugas (trocas
gasosas ocorrem pela superfície corporal, rede capilar bem irrigada de sangue) e, em
estruturas muito variáveis chamadas de brânquias nos poliquetos.
Sistema nervoso: presente (composto por uma cadeia nervosa ventral, com um par de
gânglios por segmento; gânglios cerebróides bem desenvolvidos). Em todos os
representantes do grupo existem orgãos sensoriais como: terminações nervosas livres,
células sensoriais com cílios terminais e células fotorreceptoras, olhos e papilas sensoriais.
FILO POGONOPHORA (80) - Animais de águas marinhas profundas com um longo corpo
no interior de um tubo quitinoso. Extremidade anterior do corpo apresentando de um a
muitos tentáculos. Trato digestivo ausente.
Introdução: O filo Arthropoda (gr. arthros, articulação + podos, pé) é um vasto conjunto
de animais que inclui os caranguejos, camarões, cracas e outros crustáceos (Subfilo
CRUSTACEA), os insetos (Classe INSECTA), as aranhas, escorpiões, carrapatos e seus
afins (Classe ARACHNIDA), as centopéias e lacraias (Classe CHILOPODA), os piolhos-
de-cobra ou embuás (Classe DIPLOPODA) e outros menos conhecidos como os Límulos
(Classe MEROSTOMATA) e formas fósseis como os trilobitas (Subfilo
TRILOBITOMORPHA). Foram descritos pelo menos três quartas partes de um milhão de
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espécies, o que representa três vezes o número de todas as outras espécies animais. A
enorme diversidade de adaptação dos artrópodos têm-lhes permitido sobreviver em
praticamente todos os habitats; pois domina todos os ecossistemas terrestres e aquáticos em
número de espécies ou de indivíduos ou em ambas; a maior parte da energia desses
sistemas passa pelo corpo dos artrópodos. Este é o único dos grandes filos dos
invertebrados com muitos membros adaptados à vida terrestre, independente de ambientes
úmidos; e os insetos são os únicos invertebrados capazes de voar.
Os artrópodos ocorrem em latitudes acima de 6.000 metros em montanhas e
crustáceos a profundidades de mais de 9.500 metros no mar. Este filo representa a
culminação do desenvolvimento evolutivo nos protostômios. Estes animais tiveram origem
a partir de um tronco primitivo de poliquetos ou de um ancestral comum a ambos; as
relações entre os artrópodos e os anelídeos se manifestam nos seguintes aspectos:
EXOESQUELETO
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segmento está dividida em quatro placas primárias: um tergo dorsal, duas pleuras laterais e
um esterno ventral. Este padrão desapareceu em muitos casos, seja por fusão secundária,
seja por subdivisão.
O exoesqueleto cuticular dos apêndices, como o do corpo, encontra-se dividido em
segmentos tubulares, unidos entre si por membranas articulares, criando deste modo, uma
articulação em cada ponto de união. Estas articulações tornam possíveis os movimentos dos
segmentos dos apêndices e do corpo (e daí o nome do filo Arthropoda: pés articulados). Na
maioria dos artrópodos, a membrana articular entre os segmentos do corpo forma uma
dobra por baixo do segmento anterior. Em alguns artrópodos, o desenvolvimento adicional
de côndilos e alvéolos articulares lembra estruturas esqueléticas dos vertebrados.
O esqueleto dos artrópodos é secretado pela camada subjacente de células epiteliais
tegumentares, conhecida como hipoderme. A epicutícula é composta de proteínas e, em
muitos artrópodos, de cera. A procutícula completamente desenvolvida consta de uma
exocutícula e uma endocutícula. Ambas as camadas são compostas de quitina e proteínas
ligadas para formar uma glicoproteína complexa, mas a exocutícula, além disso, é curtida,
isto é, com a participação de fenóis sua estrutura molecular é estabilizada ainda mais pela
formação de ligações cruzadas complementares. A exocutícula está ausente nas articulações
e ao longo das linhas pelas quais o esqueleto se abrirá durante a muda. Nos crustáceos
ocorre deposição de carbonato de cálcio e fosfato de cálcio na procutícula.
Apesar das vantagens locomotoras e de suporte de um esqueleto externo, ele
apresenta problemas ao animal em crescimento. A solução para este problema,
desenvolvida pelos artrópodos consiste no desprendimento periódico do exoesqueleto,
processo chamado de muda ou ecdise. A camada epidérmica (hipoderme) se desprende do
esqueleto e secreta uma nova epicutícula. A hipoderme secreta agora enzimas-quitinase e
protease - que passam através da nova epicutícula e digerem a endocutícula não curtida. As
inserções musculares e as conexões nervosas não são afetadas e o animal pode continuar a
se mover. Após a digestão da endocutícula, a epiderme secreta uma nova procutícula. Neste
momento o animal está alojado em dois esqueletos, um velho e um novo, o velho esqueleto
se rompe agora ao longo de linhas predeterminadas e o animal sai do envoltório antigo.
Enquanto a nova cutícula ainda estiver mole e expansível, o artrópodo expande seu corpo
através de bombeamento de ar ou água, os quais depois são substituídos por um real
crescimento de tecidos.
Os estágios entre as mudas são conhecidas como instars e a duração dos instars se
torna maior à medida que o animal envelhece. Alguns artrópodos, como as lagostas e a
maioria dos caranguejos, continuam sofrendo mudas durante toda a vida. Outros
artrópodos, tais como os insetos e as aranhas, têm um número mais ou menos fixo de
instars, alcançando o último com a maturidade sexual. Proteínas e outros compostos
orgânicos são sintetizados durante o período da intermuda, repondo fluídos absorvidos após
a ecdise. Todo o ciclo da muda é controlado pelo sistema endócrino. Pelo menos dois
hormônios atuam nele, a ecdisona (secretada pelas glândulas protorácicas em insetos) que
inicia o ciclo, e um outro que inibe a muda.
CLASSIFICAÇÃO
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lobos; cabeça distinta; abdome com 2 a 29 segmentos e uma placa caudal fundida; todos os
segmentos, exceto o último, com extremidades bi-remes; marinhos; dominantes do
Cambriano ao Permiano a cerca de 600 milhões de anos atrás.Ex. Triarthrus.
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CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS PRINCIPAIS ORDENS DE ARACNÍDEOS
Aguilhão e Veneno - O aguilhão está preso à parte posterior do último segmento e consta
de uma base bulbar e uma ponta curva aguda que injeta o veneno. O veneno da maioria dos
escorpiões, embora suficientemente tóxico para matar muitos invertebrados, não é
prejudicial ao homem, no máximo, a picada é equivalente a de uma vespa. Entretanto,
existem certas espécies que possuem um veneno (neurotóxico) que pode matar o homem,
como o dos gêneros Androctonus e Centuroides. A ação do veneno é muito dolorosa e pode
causar paralisia dos músculos respiratórios ou parada cardíaca em casos fatais.
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Circulação - O sistema circulatório é aberto (lacunar), dorsal e formado por um coração
dorsal, de forma tubular, o qual envia sangue pelos vasos a todas as partes do corpo. Nas
lacunas corporais ocorrem as trocas entre o sangue e as células. A hemolinfa dos aracnídeos
possui o pigmento respiratório hemocianina, responsável pelo transporte do gás oxigênio.
Respiração - As trocas gasosas são realizadas apenas pelos pulmões foliáceos. A difusão
dos gases ocorre entre o sangue circulante no interior da lamela e o ar dos espaços
interlamelares, que se abrem de uma câmara (átrio) em aberturas chamadas de estigmas.
Reprodução e história de vida - Exibem pouco dimorfismo sexual, apesar dos machos
poderm ser um pouco maiores que as fêmeas. A característica mais útil na distinção sexual
é o gancho presente nas placas operculares do macho. Os túbulos ovarianos encontram-se
entre os divertículos do intestino médio, no pré-abdome, equivalendo ao sistema reprodutor
masculino também. Antes do acasalamento, os escorpiões executam um longo ritual de
corte. Todos os escorpiões são ovovivíparos ou autenticamente vivíparos, isto é, incubam
seus ovos no trato reprodutivo feminino. Os ovos da espécies ovovivíparas são grandes,
telolécitos e exibem uma clivagem meroblástica; o desenvolvimento ocorre no lúmen dos
túbulos ovarianos, enqunto que os ovos das vivíparas possuem pouco vitelo e apresentam
clivagem total e igual. Através de uma estrutura análoga a um cordão umbilical dos
mamíferos, o embrião recebe substâncias nutritivas. O desenvolvimento prolonga-se
durante vários meses com produção de 6 a 90 jovens, dependendo da espécie. Ao nascer, os
jovens têm poucos milímetros de comprimento e imediatamente se arrastam sobre o dorso
da mãe, onde permanecem até a primeira muda. Abandonam a mãe gradualmente e após
cerca de um ano e com cerca de 7 mudas tornam-se adultos.
ORDEM ARANEAE - Com exceção talvez do grupo Acarina, que compreende os ácaros
carrapatos, as aranhas constituem a ordem mais ampla de aracnídeos. Foram descritas
aproximadamente 32.000 espécies e isto representa, provavelmente, apenas uma parte do
número real. Muitas adaptações das aranhas tornam-nas animais especialmente
interessantes: a grande variedade de usos aos quais se destina a seda em diferentes famílias;
seus hábitos alimentares; a utilização de veneno; a visão bem desenvolvida em algumas
aranhas caçadoras e as modificações dos pedipalpos, no macho, para formar um orgão
copulador.
Morfologia - As aranhas variam de tamanho desde pequenas espécies com menos de 0,5
mm de comprimento até os grandes megalomorfos tropicais (chamados tarântulas,
caranguejeiras ou aranhas-macaco em diferentes partes do mundo) que medem 9 cm,
podendo a extensão das pernas ser muito maior. A carapaça convexa geralmente possui 8
olhos anteriores. Um grande esterno está presente na superfície ventral e uma pequena
placa mediana, conhecida como lábio está fixa diretamente em frente do esterno.Cada
quelícera é de tamanho moderado e consiste de dois segmentos, um basal, largo e robusto, e
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um terminal em forma de garra ou ferrão. Os pedipalpos da fêmea são curtos e semelhantes
a pernas, mas no macho eles se modificaram, formando orgãos copuladores. As pernas, de
tamanho variável, geralmente constam de 8 segmentos: uma coxa basal, um trocânter
pequeno, um fêmur longo, uma patela curta, uma tíbia longa, e um metatarso e um pequeno
pré-tarso distal que termina em 2 ou 3 garras. O abdome globoso ou alongado não é
segmentado, salvo em alguns grupos de aranhas primitivas. As aberturas reprodutoras e os
estigmas dos pulmões foliáceos estão localizados em uma depressão transversal conhecida
como sulco epigástrico. Na extremidade do abdome destaca-se um grupo de apêndices
modificados conhecidos como fiandeiras, orgãos especializados na produção de seda,
responsáveis pelas teias de aranha.
Seda - A seda das aranhas é uma proteína composta de glicina, alanina, serina e tirosina e é
similar à seda das lagartas. A maioria das aranhas produz mais de um tipo de seda e os
vários tipos são secretados por 2 a 6 tipos diferentes de glândulas sericígenas. A seda
desempenha um importante papel na vida das aranhas e é utilizada para capturar presas,
como fio de guia, construção de ninhos, envolvimento dos ovos, proteção, comunicativa,
etc.
Circulação - O sistema circulatório das aranhas é similar ao dos escorpiões, embora varie
em comprimento e em número de óstios. Estas variações estão aprentemente realcionadas à
natureza dos orgãos de trocas gasosas.
Respiração - Os orgãos de trocas gasosas nas aranhas adotam duas formas, pulmões
foliáceos e traquéias. As aranhas consideradas primitivas, como as migalomorfas, não
possuem traquéias mas têm dois pares de pulmões foliáceos derivados dos segundo e
terceiro segmentos abdominais. Quase todas as outras aranhas possuem apenas um par de
pulmões foliáceos, já que o par posterior converteu-se em traquéias, com a fusão das
aberturas traqueais formando um só estigma.
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orgãos excretores. Os resíduos de guanina são excretados não apenas pelas células dos
túbulos de Malpighi mas também pela parede cloacal.
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Alimentação - Os ácaros exibem uma enorme diversidade e especialização de dietas e
hábitos alimentares apesar de, em geral terem conservado o hábito aracnida de ingerir
líquidos, e quandi se alimentam de alimentos sólidos, há uma digestão externa inicial e
liquefação.
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crustáceos são comensais ou parasitos de vários animais aquáticos, de hidróides até baleias.
Algumas espécies parasitas são de tal forma modificadas que sua posição de crustáceo é
mostrada somente em seus estágios larvais. Os Crustáceos constituem o grupo dos
artrópodos que é dominante no ambiente aquático. Também são um grupo muito antigo
com fósseis que datam desde o Cambriano, que retêm muitas formas primitivas viventes.
Esta grande diversidade de forma, a presença de muitas formas primitivas e a grande
radiação adaptativa refletem-se na taxonomia do grupo.
Excreção: Duas grandes glândulas verdes, ventrais na cabeça e anteriores ao esôfago, com
uma região glandular e um ducto ventral, de onde é excretada a amônia. As cavidades dos
orgãos excretores e genitais são chamados de hemocelo.
Sist. Nervoso / Orgãos Sensoriais: Sistema nervoso ventral, com gânglios supraesofágicos
"cérebro", um par de conectivos periesofágicos unidos aos gânglios subesofágicos na
extremidade anterior do cordão nervoso ventral duplo. Nervos destes gânglios passam para
as glândulas verdes, músculos e outros orgãos. A maior parte do corpo é sensível ao toque
em função de numerosos pêlos tácteis ligados a nervos sensitivos. O sentido químico
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(gustação + olfato) reside em pêlos das antênulas, antenas, peças bucais e extremidades das
quelas. O sentido do equilíbrio ou orientação à gravidade deve-se ao estatocisto no artículo
basal de cada antênula ligados ao nervo "auditivo". Olhos compostos com córnea, milhares
de facetas, omatídios repousam sobre uma membrana basal, ligada a uma fibra nervosa,
através de 4 gânglios ópticos, ao nervo óptico, o qual se une ao cérebro. A imagem é
formada em mosaico, e há indícios que seja composta de diferentes cores.
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todo. As antenas preênseis e o corpo geralmente azul ou púrpura caracterizam um
ergasilídeo. A espécie Gamispinus diabolicus penetra nas fossas nasais de bagres causando
perfurações com retroestiletes presentes nos lados do tórax. A morte dos peixes infectados
ocorre em função da redução da eficiência das brânquias e pela abertura de caminho para
invasões bacterianas secundárias. TRATAMENTO: Nenhum tratamento efetivo é
conhecido. A prevenção consiste da não introdução de peixes infestados dentre os peixes
sadios.
Branchiura. Branquiúros pequenos, com forma de escudo que parasitam a pele e o
interior da câmara branquial de peixes, medem de 2 a 30 mm de comprimento. Na
Amazônia, as espécies do gênero Argulus e Dipteropeltis possuem as primeiras antenas e
ambos os pares de maxilares modificados em estruturas semelhantes à ventosas adaptadas
para segurar-se à pele do peixe e em Dolops terminadas em garras e a pigmentação é verde
ou amarela. Copulam enqunato nadam, os ovos são colocados em rochas ou em troncos,
após 10 a 20 dias, os jovens argulídeos eclodem e nadam a procura de um peixe. Perfuram
a pele do peixe, injetam anticoagulantes e secreções digestivas, ingerem sangue e células
epiteliais e podem produzir anemia primária, com infecções secundárias podendo em pouco
tempo levar à morte os peixes jovens e alevinos. TRATAMENTO: no aquário, banho de 2
minutos numa preparação contendo NEGUVON na concentração de 20 ml para cada litro
de água, ou uma solução a 5% de hipoclorito de sódio por 10 horas. Os tanques infestados
deverão ser drenados e deverá ser espalhada CAL VIRGEM sobre o fundo. Após 2 dias
poderão ser reutilizados.
Cirripedia. Cracas. Crustáceos altamente modificados, nos quais os adultos são
hermafroditos, encerrados em uma concha calcária e de hábitos sésseis, fixando-se em
rochas ou em navios, outras em caranguejos, tubarões, tartarugas ou baleias e ainda outras
são parasitas de equinodermos, corais e outros crustáceos.
Malacostraca
Ordem Decapoda. Extremidades torácicas geralmente unirremes; os primeiros 3
apêndices torácicos são maxilípedes; 10 (5 pares) de pernas locomotoras; muitos
comestíveis. Todos os camarões, lagostas (Cambarus), siris e caranguejos marinhos e
espécies de água doce que possuem maior tamanho e são mais conhecidos. Na Amazônia o
gênero economicamente mais importante é o Macrobrachium com várias espécies em
diferentes habitats. O camarão Penaeus possui as formas larvais náuplio, protozoea, zoea,
mysis e adulto.
Ordem Amphipoda. Anfípodos geralmente marinhos, corpo geralmente
comprimido lateralmente; sem carapaça; abdome dobrado ventralmente entre o terceiro e
quarto segmentos; telso usualmente distinto.
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Devido a sua voracidade , os cymotoídeos estão localizados no limite entre a predação e o
parasitismo. TRATAMENTO: Por serem visíveis a olho nu podem ser removidos do
aquário, em tanques de piscicultura o único recurso é drenar e desinfectar os mesmos.
Características gerais: Todos têm longos troncos com muitos segmentos e apêndices.
Neste aspecto eles são como os onicóforos. O exoesqueleto não possui uma epicutícula
cerosa.
Morfologia dos quilópodos: Possuem um par de pernas por segmento. Em muitos grupos,
o tronco foi reforçado para correr por meio de tergitos sobrepostos ou tergitos de tamanhos
desiguais, os maiores se estendendo sobre os segmentos adjacentes.
Morfologia dos diplópodos: Possuem dois pares de pernas por segmento, uma condição
derivada da fusão de dois segmentos origunais. Os diplossegmentos parecem uma
adaptação para marchar empurrando. O tronco ganha força de impulso gerada por um
grande número de pernas.
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Reprodução: Os miriápodos transferem os espermatozóides indiretamente. Esta ação
envolve espermatóforos, exceto em muitos diplópodos. Presença de partenogênese nos
diplópodos (pselafognatos).
Diagnose de um inseto: Cabeça, tórax e abdome distintos; cabeça com 1 par de antenas
(exceto PROTURA); peças bucais para mastigar, sugar ou lamber, consistindo de
mandíbulas, maxilas e lábio (segunda maxilas fundidas); tórax de 3 segmentos com 3 pares
de pernas articuladas e geralmente 2 (1 ou nenhum) pares de asas; abdome de 11 segmentos
ou menos, as partes terminais modificadas como genitália. Possuem de 0,25 (besouros,
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colêmbolos) a 260 mm (besouro venezuelano). A maior envergadura das asas encontra-se
nas mariposas tropicais (280 mm).
Sistema digestivo: Trato digestivo completo com boca, faringe anterior, esôfago, papo,
proventrículo (moela com dentes ou uma simples válvula), intestino anterior, válvula
estomodeal, cecos gástricos, intestino médio e posterior; boca com glândulas salivares
(mucos, pectinase, veneno, anticoagulantes e antígenos) e glândulas mandibulares. Os
insetos adaptaram-se a todos os tipos de dietas, com peças bucais bastante modificadas,
mais associadas a obtenção do alimento do que à dieta, com mandíbulas mastigadoras,
rasgadoras, cortadoras, moedoras, perfuradoras, sugadoras, mordedoras, picadoras, etc.
Sistema circulatório: Coração delicado localizado no seio pericárdico dorsal com uma
aorta anterior e fechado na parte posterior, hemolinfa (geralmente de cor esverdeada ou
incolor: amebócitos, fagócitos, aminoácidos livres, ácido úrico dissolvido, fosfatos
orgânicos e tri-halose) fluindo no sentido póstero-anterior, com ostíolos laterais ; sem
capilares ou veias; espaços do corpo, hemocelos (celoma reduzido). O fluxo sanguíneo
pode ser aumentado através de estruturas pulsáteis acessórias na cabeça, tórax, pernas, asas
ou por contrações do diafragma dorsal.
Sistema excretor: 2 até 250 túbulos de Malpighi finos, fixos na extremidade anterior do
intestino posterior (exceto em COLLEMBOLA, excreção através de glândulas tubulares
cefálicas). A excreção do ácido úrico reduz a perda da água devido a metabolismo de
proteínas. A reabsorção de água pelo reto conserva a água que seria perdida por excreção e
egestão, urina hiperosmótica. As células pericárdicas ou nefrócitos, recolhem detritos
particulados ou complexos para degradação intracelular.
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glândulas prótorácicas constituem os centros endócrinos. Orgãos sensitivos (sensilas)
geralmente nas antenas, pernas e peças bucais, fotorreceptores como olhos simples e
compostos, quimiorreceptores para olfato nas antenas e para paladar perto da boca e pêlos
tácteis variados; alguns com meios para produção e recepção de sons (orgãos timpânicos e
cordotonais), porém, sem estatocistos.
Sistema reprodutor: Sexos separados; gônadas de túbulos múltiplos com 1 ducto mediano
na porção posterior; vagina, espermateca, bolsa copuladora e um par de glândulas
acessórias nas fêmeas. Um par de testículos, um par de ductos laterais e um ducto mediano
que se abre em um pênis ventral, ducto ejaculatório, vesícula seminal, e clásperes nos
machos das libélulas, moscas verdadeiras, borboletas e mariposas. A fecundação é interna;
às vezes a cópula é realizada durante o vôo, e a fertilização ocorre conforme os óvulos vão
passando pelo oviduto na época da postura. Muitos insetos acasalam-se apenas uma vez
durante a sua vida e nenhum inseto acasala-se mais do que umas poucas vezes. Os ovos
cleidóicos com muito vitelo e casca protetora (clivagem tipicamente superficial, exceto em
COLLEMBOLA que é holoblástica) são depositados por um ovipositor derivado do oitavo
ou nono segmento (exceto em colêmbolos). Um tipo de postura interessante é aquele
associado à formação de galhas (himenópteros e dípteros).
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Hymenoptera (formigas, abelhas e vespas), com uma grande variedade na complexidade da
organização social.
Ordem Protura. Proturos. Insetos pequenos e sem olhos com cabeças em forma de cone,
decompositores.
SUBCLASSE PTERYGOTA - Insetos alados, ou, quando sem asas , esta condição é
secundária.
Ordem Ephemeroptera. Efêmeridas. Insetos alongados cujas as nervuras das asas formam
retículo. As primeiras asas são mantidas na vertical quando em repouso. Antenas pequenas
e peças bucais vestigiais em adultos de vida curta. MG.
Ordem Odonata. Libélulas. Insetos predadore com asas longas com nervuras formando
um retículo, olhos grandes e peças bucais mastigadoras. MG.
Ordem Isoptera. Cupins. Insetos sociais. Corpo mole e pálido com o abdome articulado ao
tórax. Asas anteriores e posteriores do mesmo tamanho. MG.
Ordem Plecoptera. Plecópteros. Adultos com antenas longas, peças bucais mastigadoras,
dois pares de asas membranosas bem desenvolvidas ou então asas vestigiais. Aquáticos.
MG.
Ordem Dermaptera. Lacrainhas. Insetos alongados lembrando besouros, com peças bucais
mastigadoras, olhos compostos e grandes cercos em forma de fórceps. MG.
Ordem Embioptera. Embiópteros. Insetos pequenos , moles e delgados com cabeça e olhos
grandes, vivem em túneis de seda. MG.
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Ordem Psocoptera ou Corrodentia. Piolhos-de-livros, piolhos-de-cascas-de-árvore,
pequenos, frágeis e pálidos com peças bucais mastigadoras. Com ou sem asas. MG.
Ordem Zoraptera. Insetos pequenos, coloniais, pálidos e moles lembrando delicados cupins
com peças bucais mastigadoras. MG.
Ordem Anoplura. Piolhos. Similares aos piolhos mordedores menos nas peças bucais que
são adaptadas para sugar. Ectoparasitas de aves e mamíferos. MG.
Ordem Thysanoptera. Trips. Pequenos edelgados insetos com peças bucais adaptadas para
raspar e sugar. Com ou sem asas e se alimentam de ácaros e outros insetos. MG.
Ordem Lepidoptera. Borboletas e mariposas. Insetos de corpo mole cujas as asas, corpo e
apêndices são cobertos por escamas pigmentadas. Peças bucais modificadas numa
probóscide enrolada. Larvas são lagartas. MC.
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Ordem Diptera. Moscas verdadeiras, mosquitos, mutucas, mosquinhas. Ordem grande na
qual todos têm asas anteriores funcionais e asas posteriores reduzidas (halteres). Peças
bucais variáveis como o é a forma do corpo. Os adultos são vetores de doenças e as larvas
causam danos à vegetação e a animais domésticos. MC.
Ordem Hymenoptera. Formigas, abelhas e vespas. Grande e variada ordem, todos com
peças bucais mastigadoras mas também modificadas em algumas formas para lamber e
sugar, com ou sem asas, quando presentes transparentes e com pouca nervuras. As larvas
são lagartas. MC.
Ordem Siphonaptera. Pulgas. Pequenos insetos sem asas com o corpo laterallmente
achatado. Pernas longas com grandes coxas adaptadas para saltar, peças bucais oicadoras e
sugadoras que se alimentam do sangue de mamíferos e aves. MC.
FILO ENTOPROCTA (60) - Corpo fixo por um pedúnculo. Boca e ânus circundados pela
coroa tentacular. Principalmente marinhos.
FILO BRACHIOPODA (280) - Corpo fixo por um pedúnculo ou por uma das conchas
quando adultos, obtêm alimentos por meio de tentáculos ciliados; possui duas valvas
(conchas) calcárias desiguais dorso- ventralmente orientadas, assemelham-se
superficialmente a bivalves, cerca de 280 espécies vivas e 3.000 extintas.
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Mesoderma e celoma desenvolvem-se pela formação de bolsas enterocélicas a partir do
intestino primitivo (blastocele).
FILO CHAETOGNATHA (50) - Animais marinhos planctônicos de vida livre, com o corpo
em forma de flexa apresentando nadadeiras. Possuem celoma, trato digestivo completo e
extremidade anterior apresentando espinhos que flanqueiam uma câmara ventral pré-oral.
Sist. digestivo: Completo. Nos ofiuróides falta o ânus. Nos crinóides o tubo digestivo
curva-se em u. Digestão extracelular. Uma parte do celoma transformou-se em um sistema
de canais hídricos com projeções externas usadas na alimentação e na locomoção (pés
ambulacrários) localizados ao redor de um eixo oral-aboral.
Sistema circulatório: Ausente. Sistema de lacunas que contem um líquido com amebócitos
realizando um sistema de transporte.
Sistema excretor: Ausente. Excretas são absorvidas por amebócitos e eliminados através
das pápulas, parede intestinal, pés ambulacrários e árvore respiratória.
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A LINHAGEM DOS VERTEBRADOS
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Introdução: Antes que possamos compreender a filogenia, ou a historia ancestral dos
vertebrados, é necessário saber alguma coisa sobre os membros inferiores do filo Chordata,
ao qual eles pertencem. As principais características dos cordados são: presença de
notocorda, uma estrutura flexível semelhante a uma vara, que representa o esqueleto axial
primitivo, estendendo-se da região anterior à região posterior do corpo, dorsalmente ao
intestino; um tubo nervoso dorsal oco, acima da notocorda e fendas branquiais na faringe,
pelo menos, durante a vida embrionária ou em alguma época da vida. Marinhos, terrestres e
de água doce.
SUPERCLASSE PISCES
O primeiro peixe não tinha mandíbula e era dotado de forte notocorda ao longo de
seu corpo. Esses peixes sem mandíbula, chamados ostracodermos (Classe Agnatha), no
Siluriano e Devoniano foi um grupo grande e diversificado, agora são representados
somente pelas mixinas marinhas e pelas lampréias dulcícolas e marinhas, que constituem os
mais primitivos vertebrados vivos. Como o Amphioxus, eles conservam a notocorda pela
vida inteira. Embora seus ancestrais tenham tido esqueleto ósseo, os agnatas atuais têm
esqueleto cartilaginoso, são desprovidos de escamas e ossos verdadeiros, são muito
flexíveis, com fecundação externa e desenvolvimento indireto e direto nas mixinas e
pertencem a Classe Cyclostomata.
Os tubarões e as raias formam a Classe Chondrichthyes, a segunda maior entre os
peixes. Também possuem esqueleto completamente cartilaginoso e seus ancestrais foram
animais ósseos (placodermas). A pele é coberta por dentículos pontiagudos que constituem
as escamas placóides, cuja a estrutura se assemelha à dos dentes dos vertebrados, brânquias
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com aberturas em fendas, fecundação exclusivamente interna e desenvovimento direto com
poucas espécies de água doce. A terceira grande classe de peixes, é a Classe
Osteichthyes, abrange os de esqueleto predominantemente ósseo, com diferentes tipos de
escamas ósseas, brânquias cobertas por um opérculo e bexiga natatória presente. Esse grupo
inclui a maioria das formas conhecidas, marinhas e de água doce e apresenta
predominantemente fecundação externa e desenvolvimento indireto.
Segundo a evidência existente, os peixes evoluíram em água doce. Os
Chondrichthyes voltaram ao mar logo no começo do seu desenvolvimento, enquanto os
peixes ósseos passaram a maior parte da sua evolução em água doce e espalharam-se nos
mares em período muito mais recente. Alguns ainda recapitulam, em cada ciclo vital, essa
transição fisiológica. O salmão, por exemplo, retorna à água doce para desovar. As enguias
deixam as águas do continente para retornar ao mar dos Sargaços na época de reprodução,
daquele ponto distante, os peixes jovens começam a longa e difícil jornada, que muitas
vezes dura diversos anos, de volta aos rios e lagos.
Alguns Osteichthyes primitivos têm bexigas natatórias que funcionam como uma
espécie de pulmão (peixes dipnóicos). Esses pulmões não são muito eficientes e servem
apenas como estruturas acessórias das brânquias, constituíram adaptação especial à água
doce, que, ao contrário da água do mar, pode estagnar e tornar-se pobre em oxigênio
dissolvido, por causa da decomposição de material orgânico, devido a grande
desenvolvimento de algas, ou mudanças na plataforma continental. Existem atualmente
poucos peixes dipnóicos, que podem viver em água cujo oxigênio não é suficiente para
suprir as necessidades de outros peixes. Subindo à superfície, eles tragam ar para o
pulmões, de modo parecido com o de certos caramujos aquáticos de respiração aérea, que
chegam à superfície e enchem as cavidades do seu manto. Com esse suprimento adicional
de oxigênio, os dipnóicos primitivos podiam rastejar pelo fundo lodoso de rios prestes a
secar, em busca de águas mais profundas, ou mesmo passar de um leito d'água para outro.
Os dipnóicos eram os peixes mais comuns nos mares do fim do período Devoniano. Na
maioria deles, o pulmão evoluiu para bexiga natatória. Muitos Osteichthyes modernos têm
uma bexiga natatória cheia de ar que serve como câmara de flutuação (hidrostático) ou
como orgão para produzir som (bagres). Um peixe pode elevar-se ou submergir na água
adicionando gases à bexiga natatória ou dela expelindo oxigênio. O oxigênio é fornecido e
removido pela corrente sanguínea. Outros peixes dipnóicos mantiveram o pulmão e
aumentaram-lhe a eficiência, iniciando assim o caminho evolutivo na direção dos anfíbios.
Hábitats dos peixes – Peixes existem nos mares polares Norte e Sul, passando pelo
Equador, desde a superfície até profundidades superiores a 3.500 metros ou em água doce,
a mais de 4.200 metros de altitude, nos Andes. Vivem em águas abertas, em fundo arenoso,
rochoso ou lodoso; em baías salgadas e estuários; em rios e lagos de água doce e mesmo
em águas quentes, a tilápia por exemplo, vive em águas de temperatura de 44 graus
centígrados. Várias espécies migram da água salgada para a doce para desovar e outras
como as enguias fazem o contrário. Algumas espécies marinhas migram largamente dentro
dos oceanos, mas a maioria dos peixes tem distribuição restrita ao longo das costas
continentais. Os peixes ósseos perca, enguia, linguado, lambari, pintado, carpa, tilápia, etc,
habitam todos os tipos de água salobra, salgada, quente, fria ou doce. Já os peixes
cartilaginosos (tubarões e raias) são encontrados quase que exclusivamente nos oceanos,
apenas com poucos representantes de água doce, como por exemplo, as raias de espinho da
amazônia.
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CLASSE CYCLOSTOMATA (cerca de 50 sp.)
Sist. digestivo: Completo, boca anteroventral com língua provida de dentes córneos,
sugadora em lampréias e eversível e mordedora em peixes-bruxa, sem estômago, válvula
espiral (tiflossole) associada ao fígado no intestino. Orgãos olfativos pares mas com 1
abertura no focinho. Algumas lampréias são ectoparasitas de outros peixes, as feiticeiras
comem vermes e outros invertebrados marinhos, peixes mortos ou doentes.
Sist. circulatório: Ventral, coração com 2 câmaras, aurícula e ventrículo. Múltiplos arcos
aórticos na região branquial. Sangue com leucócitos e eritrócitos circulares nucleados,
múltiplos corações nos peixes-bruxa.
Sist. excretor: Rins mesonéfricos com ductos para a papila urogenital. O pronefro persiste
nos adultos dos peixes-bruxa, excretam principalmente a amônia.
Sist. nervoso: Dorsal, encéfalo diferenciado, com 8 ou 10 pares de nervos cranianos; cada
"ouvido" com dois canais semicirculares (ou um nos peixes-bruxa). 1 par de olhos e 1 olho
pineal.
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CLASSE CHONDRICHTHYES (cerca de 750 sp.)
Sist. digestivo: Completo, boca anteroventral com dentes com esmalte e dentina, estômago,
a área sueprficial do intestino curto é aumentada pela válvula espiral. Orgãos olfativos
pares. A maioria dos tubarões são predadores carnívoros e raias são predadoras de pequenos
invertebrados marinhos, outras são filtradoras (Manta), assim como o tubarão baleia.
Sist. circulatório: Ventral, coração com 2 câmaras, aurícula e ventrículo. Múltiplos arcos
aórticos na região branquial. Sangue com leucócitos e eritrócitos circulares nucleados.
Sist. excretor: Rins opistonéfricos com ductos para a papila urogenital, e excretam
principalmente a uréia.
Sist. nervoso: Dorsal, encéfalo diferenciado, com 10 pares de nervos cranianos; 1 par de
olhos e um sistema de pequenos poros distribuídos pela superfície anterior do corpo
internamente em contato com as ampolas de Lorenzini, com a função de eletrolocalização.
CLASSIFICAÇÃO
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Subclasse Elasmobranchi - fendas branquiais abrindo-se independentemente na superfície
do corpo; escamas placóides presentes, sistema de linha lateral embutida na pele.
Ordem Selachii - Tubarões
Ordem Batoidea - Raias
Subclasse Holocephali - Quimeras (escamas ausentes, mandíbula superior fusionada com
o crânio, fendas branquiais revestidas por um opérculo, linha lateral em forma de sulcos
abertos).
Introdução: A maioria dos peixes atuais é óssea, membros da classe Osteichthyes (do
grego osteon, osso + ichthys, peixes), com cerca de 24.000 espécies. A classe inclui
algumas espécies tais como o esturjão, salmão, tambaqui, tucunaré, bodó, puraquê e peixes
pulmonados. Os veretbrados terrestres evoluíram dos crossopterígeos, que são primitivos
membros deste grupo.
Sist. circulatório: Ventral, coração com 2 câmaras, aurícula e ventrículo. Múltiplos arcos
aórticos na região branquial. Sangue com leucócitos e eritrócitos circulares anucleados.
Sist. respiratório: As aberturas branquiais abrem-se numa câmara comum, coberta por um
opérculo ósseo.
Sist. excretor: Rins opistonéfricos com ductos para a papila urogenital, e excretam
principalmente amônia.
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Sist. nervoso: Dorsal, encéfalo diferenciado, com 10 pares de nervos cranianos; 1 par de
olhos e um sistema de pequenos poros distribuídos pela superfície lateral do corpo
internamente em contato com terminações nervosas, a linha lateral que funciona como
orgão sensitivo, com a função de mecanorrecepção e nas espécies da Superordem
Ostariophysi que compreende 85% das espécies de peixes da Amazônia, presença de
aparelho de Weber que associado ao ouvido interno e à bexiga natatória funciona como um
ouvido médio.
CLASSIFICAÇÃO
Subclasse Sarcopteryigii - Peixes com nadadeiras pares lobuladas com um eixo central
carnoso e ósseo.
Ordem Crossopterygii - apenas um gênero existe atualmente, Latimeria, Celacanto e
Osteolepis ancestral dos anfíbios.
Ordem Dipnoi - peixes pulmonados, dentes em forma de placas para trituração, 3 gêneros
contemporâneos confinados à Austrália (Neoceratodus), África (Protopterus) e América do
Sul (Lepidosiren).
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Composição da Ictiofauna da Amazônia (Sinopse da principais famílias de peisxes)
Classe Chondrichthyes
Ordem Rajiformes : 2 a 3% das espécies (peixes cartilaginosos)
POTAMOTRYGONIDAE - Raias de água doce
PRISTIDAE - peixes-serra
Osteichthyes
Ordem Dipnoi : 1 espécie (peixe pulmonado, nadadeiras carnosas, pirambóia)
LEPIDOSIRENIDAE - Lepidosiren paradoxa
Ordem Clupeiformes : 20 espécies (peixes de origem marinha)
Ordem Characiformes : 45% das espécies (maior número de espécies na América do Sul,
representantes na África, sempre em água doce, diversas famílias nas quais:
ERYTHRINIDAE - traíra, jeju, carnívoros
CTENOLUCIDAE - bicuda, carnívora
PROCHILODONTIDAE - jaraqui e curimatã, detritívoros
CURIMATIDAE - branquinha, detritívoro
HEMIODONTIDAE - jatuarana, cubiu, omnívoros
ANOSTOMIDAE - piaus, aracus, frugívoros
SERRASALMIDAE - tambaqui, piranhas e pacus, frugívoros a carnívoros
CHARACIDAE - sardinha, matrinchã, piabas, peixes-cachorro (maior família da Amazônia
com muitas espécies comerciais e relativos africanos.
Ordem Siluriformes : 35% das espécies (bagres em geral, tem relativos na África e na
Ásia, maior tamanho de água doce está na Ásia)
a) bagres de pele nua
PIMELODIDAE - grandes bagres, jaú, pirara, dourada, piramutaba, piraíba, suribim,
mandi, barbado, filhote, surubim, omnívoros a piscívoros
AUCHENIPTERIDAE - mandi peruano, carnívoros
AGENEIOSIDAE - mandubé, carnívoros
HYPOPHTHALMIDAE - mapará, filtrador
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TRICHOMYCTERIDAE - candirú, hematófago a necrófago
CETOPSIDAE - candiru-açu, carnívoro a necrófago
b) uma série de placas ósseas laterais
DORADIDAE - bacu, cuiu-cuiu, bacu pedra, omnívoros
c) duas séries de placas ósseas laterais
CALLICHTHYIDAE - tamoatá, detritívoro
D) três séries de placas ósseas laterais
LORICARIIDAE - acari-bodó, acari-cachimbo, cascudo, jotoxi, iliófagos a detritívoros,
muitas espécies de aquário. É a maior família da ordem Siluriformes na Amazônia. As
espécies de placas ósseas, se distribuem unicamente na América do Sul e por isso, apesar
do aspecto primitivo, são consideradas entre as mais modernas dos Siluriformes.
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Ao fim do período Devoniano, a cerca de 400 mulhões de anos, alguns dipnóicos
começaram a desenvolver estruturas esqueléticas em suas nadadeiras carnosas. Três
gêneros atuais de dipnóicos (entre eles a pirambóia) têm nadadeiras com ossos internos ,
correspondentes aos ossos das patas dos vertebrados terrestres, mas foi outro grupo menos
especializado que deu origem aos anfíbios. Trata-se do grupo dos crossopterígios, cujo o
crânio e esqueleto são quase idênticos aos dos primeiros anfíbios fósseis. Os primeiros
anfíbios do Devoniano que deram origem aos labirintodontes do Permiano inferior
pareciam mais peixes quadrúpedes do que anfíbios modernos, eram maciços, lentos e
desajeitados, com patas pequenas, grandes cabeças achatadas e caudas curtas. Alguns eram
grandes, medindo de 1 a 2 m de comprimento. Embora pudessem andar na terra, deviam
passar a maior parte do tempo na água, nem mesmo seus descendentes, os anfíbios de
agora, se libertaram inteiramente da água.
A maioria dos anfíbios põe ovos na água e os machos os fertilizam externamente,
depois da postura. Para reproduzir-se, portanto, os anfíbios têm de viver perto da água ou
voltar a ela em intervalos regulares. Além disso, se não ficam mergulhados ou em ar úmido,
perdem rapidamente, por evaporação a partir da pele fina e sem escamas, útil como
importante orgão acessório de respiração.
Nos estádios iniciais de desenvolvimento, todos os anfíbios são claramente
semelhantes a peixes. As larvas, chamadas girinos, vivem na água possuem nadadeiras e
respiram por brânquias, mais tarde (após 5 a 25 semanas nas espécies amazônicas), com a
metamorfose completa adquirem patas, a cauda regride e o animal começa a procurar a
terra e a respirar por meio de pulmões. Este tipo de reprodução ocorre nos anfíbios
pertencentes à Ordem Salientia que incluem os sapos, rãs e pererecas, sem cauda quando
adultos. Porém algumas espécies desta ordem desovam em lugares úmidos fora da água e o
sapinho sai dos ovos já na forma de adulto. As espécies de salamandras que
pertencem a Ordem Caudata são ovíparas, mas algumas espécies não têm o estágio larval
aquático, completando o seu desenvolvimento dentro do ovo. Algumas espécies de
salamandras, como o axolotle, não completam sua metamorfose e permanecem como
formas larvais essencialmente aquáticas. Certas espécies com formas semelhantes a larvas
podem ser induzidas a metamorfosear-se em adultos, por meio de hormônios, indicação de
que não perderam completamente a capacidade genética de atingir o estádio ulterior de
desenvolvimento.
A Ordem Gymnophiona na qual se incluem as chamadas cecílias ou cobras-cega,
apresenta em geral como forma de reprodução a viviparidade, os filhotes alimentam-se de
secreções dentro do oviduto da mãe, mas algumas espécies têm larvas aquáticas como é
típico nos sapos.
Caracteres gerais:
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4. Esqueleto em grande extensão óssea; crânio com 2 côndilos occipitais; costelas, quando
presentes, não presas ao esterno.
5. Coração tipicamente com três câmaras, duas aurículas e um ventrículo, mas o septo atrial
é incompleto nas salamandras que têm a função pulmonar reduzida ou ausente; um (ou três)
pares de arcos aórticos; glóbulos vermelhos nucleados e ovais.
6. Respiração por brânquias, pulmões, pele, mucosa bucal, separadamente ou em
combinação; brânquias presentes em algum estágio da vida; cordas vocais em sapos e rãs.
7. Encéfalo com 10 pares de nervos cranianos.
8. Excreção por meio de rins mesonéfricos; a uréia é o principal produto de excreção
nitrogenada dos indivíduos metamorfoseados.
9. Temperatura do corpo variável (pecilotérmicos ou ectotérmicos).
10. Fecundação externa ou interna; maioria ovípara; ovos com algum vitelo e encerrados
em cápsulas gelatinosas; clivagem holoblástica, mas desigual; sem membranas
embrionárias; geralmente um estágio larval aquático com metamorfose para a fase adulta.
Veneno
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As plantas vasculares libertaram-se da água pelo desenvolvimento da semente.
Analogamente, os vertebrados tornaram-se verdadeiramente terrestres como
odesenvolvimento do ovo amniota, que contém seu próprio suprimento de água e pode
assim sobreviver em terra. O ovo reptiliano, bastante parecido, no plano básico, com o ovo
de galinha, contém uma gema grande - alimento para o embrião que se desenvolve, clara
abundante e suprimento de água. Uma membrana, o âmnio, circunda o embrião em um
espaço cheio de líquido, que substitui a lagoa ancestral. Também os mamíferos, embora
nesse caso os ovos se desenvolvam tipicamente no interior das mães, os embriões ficam
envoltos em água, dentro de uma membrana amniótica.
Acredita-se que esse desenvolvimento evolutivo tenha sido altamente vantajoso para
os répteis, pois, ao aparecerem em terra firme, encontraram pequeno número de predadores,
em contraste com grande número de predadores aquáticos. Adequando-se à sua existência
terrestre, os répteis também desenvolveram pele seca, coberta por escamas protetoras
(precursoras das e do pêlo).
De um dos ramos dos répteis primitivos evoluíram todas as aves e, de outro, os
mamíferos; muitos outros ramos mantiveram características reptilianas, sendo
representados hoje pela Ordem Squamata, subordem Ophidia (cobras e serpentes),
subordem Lacertilia (lagartos), Ordem Chelonia (tartarugas, jabutis), Ordem Crocodilia
(crocodilos e jacarés).
Caracteres gerais:
1. Maior resistência da pele à perda de água (quando comparada com a dos anfíbios). As
glândulas cutâneas, importantes para a respiração cutânea dos anfíbios, perderam
importância à medida que os pulmões assumiram o papel primário na respiração e as
glândulas de veneno foram substituídas por outros métodos de defesa.
2. O espessamento e a cornificação da pele, juntamente com o abandono de seu papel
respiratório. A pele aumentou a proteção contra o atrito e a perda de água nos ambientes
secos. Entretanto, pequenas áreas de pele fina permaneceram entre as escamas dos répteis,
dando flexibilidade às partes que, se não fosse por isto, teriam se tornado uma armadura
dérmica rígida.
3. Garras que protegem a extremidade dos dedos e artelhos e auxiliam na locomoção sobre
superfícies ásperas.
4. Um orgão copulador (ausente ou incomum nos vertebrados inferiores) para a
transferência direta de espermatozóides para o trato reprodutor da fêmea.
5. Ovos com casca resistente à perda de água e contendo uma câmara cheia de líquido, a
cavidade amniótica que protege o embrião em desenvolvimento contra a dessecação e
lesões mecânicas.
6. Redução da perda de água pela urina por meio de uma mudança para a produção de urina
hipertônica e excreção de ácido úrico como produto de excreção nitrogenada.
7. Um aumento e um estreitamento gerais da amplitude de temperatura selecionada para a
atividade, permitindo uma maior exploração das partes mais quentes do ambiente térmico;
provável alcance da endotermia em alguns grupos fósseis, inclusive em alguns dinossauros.
8. Ação da língua no transporte de informações químicas do ambiente externo para os
orgãos de Jacobson na ausência de transporte aquático, como ocorre nos anfíbios.
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Espécies comuns na Amazônia:
No que diz respeito à sua estrutura esquelética, as aves são, essencialmente, répteis
altamente especializados para o vôo. Ao contrário dos répteis, possuem penas, uma das
características distintivas da classe, e mantêm a temperatura do corpo alta e constante, uma
das condições para a elevada produção de energia requerida para o vôo. Seus corpos
tornam-se menos densos devido aos sacos aéreos e porque seus ossos são ocos. A fragata,
espécie oceânica com 2,5 metros de envergadura, tem um esqueleto que pesa somente 12
gramas. O osso mais maciço do esqueleto da ave é o esterno, em cuja quilha ficam
ancorados os enormes músculos que operam as asas. As aves voadoras livraram-se de tudo
que pudesse representar excesso de peso; o sistema reprodutor feminino foi reduzido a um
único ovário, que só na estação de acasalamento se torna suficientemente grande para ser
funcional. A maioria das aves não voadoras conhecidas - p. ex. o pinguim e a ema - deve ter
evoluído secundariamente de tipos voadores.
Com cerca de 9.000 espécies auais, as aves distribuem-se por quase todo o globo
terrestre, ocupando habitats muito variados. São colocadas em um grande número de
ordens, sendo que a Passeriformes – os pássaros – inclui cerca de 57% das aves atuais. A
América do Suyl e Central (Região Neotropical) conta com aproximadamente 2.650
espécies de aves residentes e o Brasil com cerca de 1.640 espécies. A grande maioria das
espécies de aves apresenta hábitos diurnos e se orienta principalmente pela visão. Nas
espécies de hábitos noturnos, como as corujas, a audição é utilizada para localizar a presa.
Caracteres gerais:
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vértebras, mas aberta ventralmente; esterno grande, geralmente com quilha mediana;
poucas vértebras caudais, comprimidas na parte posterior.
4. Coração com 4 câmaras (2 aurículas, 2 ventrículos separados); persiste apenas o arco
aórtico (sistêmico) direito; glóbulos vermelhos nucleados, ovais e biconvexos.
5. Respiração por pulmões compactos, muito eficientes, presos às costelas e ligados a sacos
aéreos de paredes finas que se estendem entre os orgãos internos; caixa vocal (siringe) na
base da traquéia.
6. 12 pares de nervos cranianos.
7. Excreção por meio de rins metanéfricos; o ácido úrico é o principal produto de excreção
nitrogenada; urina semi-sólida; sem bexiga urinária (exceto nas emas e nos avestruzes); um
sistema porta-renal.
8. Temperatura do corpo essencialmente constante (endotérmicas ou homeotérmicas).
9. Fecundação interna; ovos com muito vitelo, envolvidos por uma casca calcária dura e
depositados externamente para incubação; segmentação meroblástica; membranas
embrionárias (âmnio, cório, saco vitelino e alantóide) presentes durante o desenvolvimento
dentro do ovo; ao eclodir, os filhotes são alimentados e vigiados pelos pais.
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desenvolver-se. Em sua maioria, os mamíferos são placentários - assim chamados porque
têm uma eficaz conexão nutritiva, a placenta, entre o útero e embrião. Por causa disso, os
filhotes se desenvolveram até um estádio muito mais avançado antes de nascer. Assim têm
proteção durante seu período mais vulnerável, não perturbando a mobilidade da mãe. Os
primeiros placentários eram pequenos, ariscos e provavelmente noturnos; comiam, sem
dúvida, insetos, vermes e ovos, e gastavam muita energia evitando os dinossauros
carnívoros. Os musaranhos, que se assemelham de perto a esses mamíferos primitivos,
conservam seus hábitos ariscos.
Os mamíferos têm ossos cranianos menos numerosos e maiores do que os dos
répteis e dos peixes - prova de que "mais simples" e "mais primitivos" podem ter
significados diferentes. Nos mamíferos, uma plataforma ou repartição óssea desenvolveu-se
para separar as passagens nasal e bucal até bem abaixo, na garganta, o que permite ao
animal respirar enquanto come. Os ossos maxilares foram fundidos em uma única
mandíbula, muito maior e mais poderosa do que a dos répteis; por outro lado, os mamíferos
perderam a capacidade que o réptil de desarticular a mandíbula - habilidade que torna
possível a uma jibóia, por exemplo, engolir um porco inteiro.
Nos mamíferos placentados existem quatro linhas principais de evolução. Um grupo
compreende os coelhos e os roedores. O segundo grupo é constituído dos mamíferos, como
as focas e as baleias. O terceiro inclui os carnívoros (como leões, cães e gatos) e os
ungulados (cavalos, touros, carneiros, porcos e semelhnates). O quarto grupo consiste de
comedores de insetos (os musaranhos, a toupeira, o porco espinho), os morcegos (o único
mamífero voador) e primatas (lemurianos, macacos, chimpanzés e o homem).
Os primatas caracterizam-se por possuírem (1) placenta, (2) três tipos de dentes
(caninos, incisivos e molares), (3) polegar oponível, (4) duas mamas peitorais, (5) cortex
cerebral expandido, (6) tendência a parto de um só filhote. O homem distingue-se dos
outros primatas pela postura ereta e pela grande redução de pelos no corpo. De todos os
mamíferos, é o menos especializado sob vários aspectos. Sendo onívoro, alimenta-se de
muitos tipos de frutas e legumes, e também de outros animais. Suas mãos assemelham-se às
de um insetívoro primitivo, em contraste com as patas dianteiras altamente especializadas
presentes nas baleias, morcegos, gidões, tigres, e cavalos. Seua orgãos sensoriais são
grosseiros em comparação com os dos insetos ou com os de muitos outros mamíferos. O
homem tem entretanto, uma área de extrema especialização: o cérebro. Por causa do seu
cérebro, o homem é o único, entre todos os animais, com capacidade de raciociner, falar,
planejar e aprender.
Caracteres gerais:
1. Corpo geralmente coberto com pêlos (poucos em alguns) mudados periodicamente; pele
com muitas glândulas (sebáceas, sudoríparas, odoríferas e mamárias).
2. Crânio com 2 côndilos occipitasi; cada metade da mandíbula consiste de um único osso
(dentário); três ossículos auditivos; região nasal geralmente delgada; boca com dentes
(raramente ausentes) em alvéolos, nos 2 maxilares e diferenciados em relação aos hábitos
alimentares.
3. Aberturas do ouvido externo geralmente circundadas por um pavilhão carnoso. Língua
geralmente móvel; olhos com pálpebras móveis.
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4. Coluna vertebral com 5 regiões bem diferenciadas: cervical, torácica, lombar, sacral e
caudal.
5. 4 membros (cetáceos e sirênios sem membros posteriores); cada pé com 5 (ou menos)
artelhos e variadamente adaptados para andar, correr, trepar, cavar, nadar ou voar; artelhos
com garras, unhas ou cascos córneos e frequentemente almofadas carnosas.
6. Coração completamente dividido em 4 câmaras (2 aurículas, 2 ventrículos distintos);
persiste apenas o arco aórtico esquerdo; glóbulos vermelhos anucleados, geralmente em
forma de discos bicôncavos.
7. Respiração apenas por pulmões; laringe com cordas vocais (exceto nas girafas); um
diafragma muscular completo separando os pulmões e o coração da cavidade abdominal.
8. 12 pares de nervos cranianois; encéfaloaltamente desenvolvido, cérebro e cerebelo
grandes, o primeiro com um corpo caloso desenvolvido e com um neopálio expandido.
9. Endotérmicos (homeotérmicos).
10. Machos com orgão copulador (pênis); testículos comumente num escroto externo ao
abdome; fecundação interna; óvulos geralmente minúsculos, sem casca e retidos no útero
(oviduto modificado) da fêmea para o desenvolvimento; membranas embrionárias (âmnio,
cório e alantóide) presentes; geralmente com placenta fixando o embrião ao útero para
nutrição, respiração e retirada de excretas; filhotes alimentados após o nascimento com leite
secretado pelas glândulas mamárias da fêmea.
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Noctylius leporinus - Morcego pescador, alimenta-se de peixes que apanha durante o vôo
pela superfície das águas dos rios e lagos e alguns insetos aquáticos, um filhote por
geração.
BIBLIOGRAFIA
HANSON, E. D.1988. Diversidade Animal. Ed. Edgard Blucher, USP, São Paulo.
158 p.
ORR, R. T. 1986. Biologia dos Vertebrados. 5ª ed., Livraria Roca, São Paulo.
508 p.
RUPPERT, E.E. & BARNES, R.D. 1996. Zoologia dos Invertebrados. 6ª ed.,
Livraria Roca Ltda., São Paulo. 1029 p.
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