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Marcelo Bassalobre

Colégio Técnico Singular - 2015


Organização e Gestão Empresarial
Organização e Normas
Sistemas Operacionais
Informática Aplicada

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 1


Professor - Bassa
Organização e Gestão Empresarial

Organização e Normas

2015

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Professor - Bassa
Organização e Gestão Empresarial
Organização e Normas
Turmas : Informática / Eletrônica / Química

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Sumário

Introdução ............................................................................................................. 6
Conceitos de Administração ................................................................................. 8
Funções Administrativas ................................................................................. 12
Planejar ........................................................................................................... 12
Organizar......................................................................................................... 12
Coordenar ....................................................................................................... 12
Dirigir .................................................................................................................. 13
Controlar ......................................................................................................... 13
Comunicação .................................................................................................. 13
Liderança ........................................................................................................ 13
Princípios Gerais de Administração .................................................................... 14
Os Princípios....................................................................................................... 16
Regras Técnicas ................................................................................................. 20
Organograma .................................................................................................. 22
Plano de Negócio................................................................................................ 25
Introdução ........................................................................................................... 25
Escopo ............................................................................................................ 26
Plano de Ação ................................................................................................. 28
Plano de Controle e Avaliação ........................................................................ 29
Custo Industrial ................................................................................................... 31
Introdução ....................................................................................................... 31
Custo (Produto e Volume) ............................................................................... 31
Valorização de Estoques .................................................................................... 33
Métodos para Valoração de Material ............................................................... 33
Marketing ............................................................................................................ 35

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Introdução ....................................................................................................... 35
4P´s do Marketing ........................................................................................... 35
Produto ............................................................................................................ 35
Preço ............................................................................................................... 37
Praça ............................................................................................................... 38
Promoção ........................................................................................................ 38
Constituição das Empresas ................................................................................ 41
Introdução ....................................................................................................... 41
Tipos de empresas ............................................................................................. 41
Legislação ........................................................................................................... 42
Introdução ....................................................................................................... 42
Normalização ...................................................................................................... 43
Introdução ....................................................................................................... 43
Aplicações ....................................................................................................... 43
Normas ............................................................................................................ 45
Sistema de Qualidade......................................................................................... 49
Histórico do Movimento da Qualidade............................................................. 50
Ferramentas Administrativas ........................................................................... 52
ISO 14000 ....................................................................................................... 54
P D C A – Ferramenta Básica de Qualidade ................................................... 65
As Sete Ferramentas da Qualidade ................................................................ 69
Fluxogramas.................................................................................................... 74
Referências Bibliograficas .................................................................................. 77

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Introdução

Nos dias atuais, quando falamos de uma Organização (Organização, entende-se


que é o agrupamento de pessoas, que se reuniram de forma estruturada e
deliberada e em associação, traçando metas para alcançarem objetivos
planejados e comuns a todos os seus membros) encontramos os conceitos de
Planejamento Estratégico, Missão e Visão da empresa e valores. Quando
falamos desses valores, vejam, valores de uma empresa versus os seus valores,
eles podem ser compatíveis ou não dependendo de cada um de vocês. Porém,
a geração Y, as novas gerações, demonstram um novo padrão de consumo que
essas empresas estão buscando a adaptação a nova realidade.

Em um ambiente complexo e abrangente, a Globalização econômica impõe um


novo conceito sobre a soberania do Estado, o mercado e o emprego, com as
organizações reagrupando-se e se reinventando para enfrentar a nova forma de
competição globalizada, no qual a INTERNET assume um papel vital na
estruturação corporativa. Um novo modelo de negócio vem se desenvolvendo e
sendo implementado dentro das organizações.

A INTERNET é uma revolução no modelo de negócio da nova organização ou é


uma inovação no modelo de negócio ? Esta é uma grande dúvida, pois muitos
autores defendem que a INTERNET é uma revolução pois as empresas se
reinventaram e criaram uma nova forma de fazer negócio. Outros autores,
defendem que é apenas uma nova forma de fazer negócio, é só uma inovação
no modelo de negócio, apenas um canal de distribuição e uma nova forma de
divulgar a empresa.

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A administração como ciência é relativamente recente porque os estudos mais
profundos e que realmente mudaram o perfil deste conjunto de conhecimentos,
datam do final do século XIX e início do XX, quando trouxeram importância e
reconhecimento desta ciência junto às demais, porque houve a verificação
prática de que o desenvolvimento social e econômico passava pelas
organizações, que, conforme fossem administradas, trariam progresso onde
estivessem situadas. Portanto, ao se tomar conhecimento da necessidade que
atualmente se faz do estudo mais aprofundado da ciência administrativa, e da
relevância dada ao mesmo, pode-se considerar que, no contexto social,
econômico e político no qual se vive não há um único lugar no planeta quenão
demande ser administrado. Sem os critérios adotados atualmente pela
Administração, dificilmente uma organização sobrevive. É necessário o exercício
de planejar, organizar, liderar, executar e controlar.

Todos os estudiosos, independente da área do conhecimento à qual pertençam,


são unânimes em afirmar que há “muita pressa” em se buscar soluções para
tudo que gera dificuldade em ser resolvido e, para resolver problemas dessa
natureza, somente o conhecimento e as informações geradas por ele poderão
dar a certeza de se poder contar sabiamente comas soluções solicitadas.

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Conceitos de Administração

A palavra Administração vem do latim, ad – que significa direção, tendência


para, e minister – que significa subordinação ou obediência, ou seja, quem
realiza uma função sob comando de outra ou presta serviço a outro,
(CHIAVENATO, 2003). Após a observação por partes de diversos estudiosos,
principalmente da prática administrativa, chegou-se à conclusão – baseada nos
estudos de Fayol – que Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir
e controlar o uso de recursos com a finalidade de alcançar os objetivos das
organizações. Administrar é um trabalho em que as pessoas buscam realizar
seus objetivos próprios ou de terceiros(organizações) com a finalidade de
alcançar as metas traçadas. Dessas metas fazem parte as decisões que formam
a base do ato de administrar e que são as mais necessárias. O planejamento, a
organização, a liderança, a execução e o controle são considerados decisões
e/ou funções, sem as quais o ato de administrar estaria incompleto.

Quando estamos tratando das organizações lembramos de empresas como


MacDonalds – referência em padrão de produção, Facebook, revolução em
padrão de consumo, supermercados que estão se renovando pela
sustentabilidade, empresas organizadas de forma virtual onde não há alguém
com que possamos falar. Isto demonstra a mudança desses modelos e de
formas de consumo.

A Geração Y, também chamada geração do milénio ou geração da Internet, é


um conceito em Sociologia que se refere, segundo alguns autores, à coorte dos
nascidos após 1980 e, segundo outros, de meados da década de 1970 até
meados da década de 1990, sendo sucedida pela geração Z.

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Essa geração desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos e
prosperidade econômica. Os países, não querendo repetir o abandono das
gerações anteriores, encheram-nos de presentes, atenções e atividades,
fomentando a autoestima de seus filhos. Eles cresceram vivendo em ação,
estimulados por atividades, fazendo tarefas múltiplas. Acostumados a
conseguirem o que querem, não se sujeitam às tarefas subalternas de início de
carreira e lutam por salários ambiciosos desde cedo. Uma de suas
características atuais é a utilização de aparelhos de alta tecnologia, como
telefones celulares de última geração, os chamados 'smartphones' (telefones
inteligentes), para muitas outras finalidades além de apenas fazer e receber
ligações como é característico das gerações anteriores.

Enquanto grupo crescente, tem se tornado o público-alvo das ofertas de novos


serviços e na difusão de novas tecnologias. As empresas desses segmentos
visam a atender essa nova geração de consumidores, que constitui um público
exigente e ávido por inovações. Preocupados com o meio ambiente e as causas
sociais, têm um ponto de vista diferente das gerações anteriores, que viveram
épocas de guerras e desemprego.

Mas se engana quem pensa que na Geração Y tudo são só flores. Nascidos
numa época de pós-utopias e modificação de visões políticas e existenciais, a
chamada Geração Y cresceu em meio a um crescente individualismo e
extremada competição. Não são jovens que, em geral, têm a mesma
consciência política das gerações da época contra cultural. E também, como as
informações aparecem numa progressão geométrica e circulam a uma
velocidade e tempo jamais vistos antes, o conhecimento tende a ficar cada vez
mais superficial.

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(1) – Fonte utilizada - Wikipédia

Conforme o artigo do Jornal, Valor Econômico a grande abertura de Capital do


Facebook pode levá-lo há um dos homens mais ricos do mudo, porém, ele
demonstra não mudar seu padrão de consumo, independente da sua situação
financeira.

Texto do Jornal Valor Econômico.

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Funções Administrativas

Administração de uma empresa é baseada no pré suposto de que aquele que a


administra está apto à desenvolver uma série de ações que levem para atingir o
objetivo
Para atingir o objetivo estabelecido para empresa devemos utilizar os recursos
humanos, materiais e financeiros numa ação ordenada das chamadas funções
administrativas: planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar.

Planejar

Ordenar os idéias, estabelecendo o objetivo da empresa e fixando o tempo que


levará para atingi-lo. É quantificar e qualificar os recursos que serão utilizados e
fixar as metas antes do objetivo.

Organizar

Fundamentalmente arrumar o que se faz no dia-a-dia, pois uma pessoa


desarrumada com suas coisas pessoais jamais conseguirá organizar o que quer
que seja, e transmitirá para a empresa o seu modo pessoal de organização. A
organização deve começar pela própria pessoa.

Coordenar

Motivar os recursos humanos a agir de forma harmoniosa na utilização dos


recursos materiais e financeiros, em benefício comum dos objetivos da empresa.

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Dirigir

Determinar o que deve ser feito em cada ação para que seja atingido os
objetivos.

Controlar

Estabelecer padrões de avaliação, acompanhar operação da empresa,


coletando dados relativo ao desempenho de cada setor, avaliando este
desempenho em relação aos padrões, fixando correções no desempenho
operacional dessa empresa.

Comunicação

Comunicação entre os seres humanos é uma das coisas mais críticas que
existe, especialmente na língua portuguesa, onde nem sempre o que se
pretende comunicar é o que acaba sendo escrito.

Uma boa comunicação exige clareza, discrição e uma linguagem no nível de


quem recebe a comunicação. Saber ouvir é importante. Quem recebe uma
comunicação e não consegue interpretá-la, não pode dizer que sabe se
comunicar.

Liderança

A liderança pode ser definida como a habilidade que uma pessoa tem de exercer
influência interpessoal, utilizando os meios de comunicação que levem as outras
pessoas a se envolverem e participar do processo operacional de uma empresa,
empregando toda a sua criatividade para atingir um determinado objetivo.

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Existe uma diferença entre liderança encarada como um atributo pessoa, onde o
indivíduo influencia as pessoas por ter qualidades pessoais reconhecidas por
todos, e a liderança derivada de uma função na empresa decorrente da
atribuição de autoridade de uma cadeia de comando.

O comportamento de um líder, voltado para o planejamento, informação,


avaliação de controle, além do estímulo e recompensa deve auxiliar o grupo a
atingir seus objetivos.

Administração Científica (Fayol e Taylor)

Dentro do panorama agitado do fim do século passado, dois homens (Fayol e


Taylor) conseguiram em parte equacionar os problemas da administração da
empresa. As soluções que apontaram serviram como referência da empresa de
1900 à 1940.

Princípios Gerais de Administração

Algumas teorias clássicas da administração mostram que essa função se


subdivide em 5 funções da seguinte forma:

 Prever: é traçar um programa de ação que estabeleça ações futuras.


 Organizar: é constituir o duplo organismo, material e social da empresa.
 Comandar: fazer funcionar as equipes dentro de cada função.
 Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os esforços.

Controlar: consiste em fazer com que o planejado ocorra dentro das regras
estabelecidas.

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Henry Fayol

Nasceu em Constantinopla à 29 de julho de 1841. Em 1860 aos 19 anos


colou o grau de engenheiro na escola nacional de Saint Etienne. Entrou no
mesmo ano para a empresa de mineração onde iniciou sua carreira. Em
1866 com 25 anos foi feito diretor da empresa e em 1888 foi elevado a diretor
geral. Essa empresa, nesta época se encontrava nas portas da falência. A
gestão de Fayol, como com um toque de mágica, prontamente debelou a
crise, prosperou e consolidou, graças ao admirável gênio administrativo.

Resumo das Idéias de Fayol

Segundo Fayol o conjunto de todas operações da empresa pode ser dividido


em 6 grupos, ou seja em 6 funções essenciais:

1. Operações técnicas (produção, fabricação e transformação)


2. Operações comerciais (compra, venda e troca ou permuta)
3. Operações financeiras (responsável pela obtenção e gerenciamento dos
recursos financeiros)
4. Operações de segurança (responsável pela proteção de bens materiais e
pessoas)
5. Operações contáveis (responsável pelo inventário, custo, balanço e
estatística)
6. Operações administrativas (consiste na previsão, organização, direção,
coordenação e controle)
Esses 6 grupos de operações ou funções essenciais existem sempre em
qualquer empresa, seja ela simples ou complexa, pequena ou grande.

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Os Princípios

Fayol expõe os princípios de administração em seu livro Administração Geral e


Industrial, abaixo alguns itens citados:

1. Divisão do trabalho: este princípio faz parte da natureza. A divisão do


trabalho tem por finalidade produzir mais e melhor com o menor esforço.
A divisão do trabalho permite reduzir o número de objetivos sob os quais
devem ser aplicados à atenção e o esforço. Tendo como conseqüência a
especialização das funções e a separação dos poderes.
Entretanto a divisão do trabalho tem suas limitações que a experiência e o
bom senso ensinam a não ultrapassar.

2. Autoridade e responsabilidade: é o direito de comandar e de poder


fazer-se obedecer. Distingue-se em um chefe a autoridade estatutária,
inerente a função concedida por lei. A autoridade pessoa com origem na
inteligência, no saber, na experiência, no valor moral, na capacidade de
comando e nos serviços prestados.

3. Disciplina: baseia-se essencialmente, na obediência, na aciduidade e


nos sinais externos de respeito, tudo de acordo com as convenções
estabelecidas pela organização.

4. Unidade de Comando: sempre deverá ser de forma direta ou seja, o


agente não deve receber de mais de um chefe.

5. Unidade de direção: Um só chefe, um só programa para um conjunto de


operações que visam o mesmo objetivo. É a condição necessária da
unidade de ação, da coordenação de força, da convergência de esforços.

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6. Subordinação de interesse particular: esse princípio nos lembra que, o
interesse de um grupo não deve prevalecer sobre o da empresa; E o
interesse da família deve estar acima de um de seus membros; Que o
interesse do estado deve sobrepor-se ao do cidadão.

7. Remuneração: é o valor pago pelo serviço prestado. Deve satisfazer ao


mesmo tempo ao pessoal e a empresa.
A taxa de remuneração depende em primeiro lugar de circunstâncias
independentes da vontade do administrador e do valor dos agentes tais
como a carestia de vida, a abundância ou escacéis de mão de obra (lei da
oferta e procura) e a situação econômica-financeira da empresa; Depende
ainda da especialidade e do modo de remuneração (pagamento do dia,
por tarefa, por peça).

8. Centralização e descentralização: a centralização é em si um sistema


de administração que não pode ser considerada boa ou ruim, podendo
ser adotado ou abandonado à vontade dos dirigentes ou das
circunstâncias.
A centralização é observada nos pequenos negócios onde as ordens vão
diretamente aos agentes inferiores neste caso, a centralização é absoluta.

9. Hierarquia: constitui a hierarquia uma série de autoridades superiores e


agentes subalternos. A via hierárquica é o caminho que todos seguem,
passando por todos os graus as comunicações que partem da autoridade
superior ou que lhes são dirigidas. É uma cadeia de comando ao longo da
qual possa fluir a autoridade com eficiência e sem atrito.

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10. Ordem Material: lugar para cada coisa. A fórmula de ordem social é
identica ou seja “ um lugar para para cada pessoa e cada pessoa em seu
lugar”.

11. Equidade: combinação de vontade com justiça, tendo como base a


justiça que decorre, por sua vez do respeito as convenções
estabelecidas. Como estas não podem prever tudo, é necessário
interpretar ou suplementar sua insuficiência. Para isso é necessário e
indispensável a boa vontade e cooperação.

12. Estabilidade do Pessoal: a adaptação à qualque função requer tempo,


ao longo do qual o agente chegará a desenpenha-la com eficiência se
provido dos atributos necessários. A experiência é obtida com o tempo
sendo o individuo apto à recebê-la.

13. Iniciativa: a capacidade de sugerir soluções originais do decidir no


improviso, de agir nas oportunidades e de executar planos de concepção
própria. A liberdade de propor e a de executar são elementos da iniciatva.
É necessário encorajar e desenvolver bastante essa faculdade. É preciso
muito tato e certa dose de virtude para evitar e manter a iniciativa de
todos dentro dos limites impostos pelo respeito à autoridade e a
disciplina.

Frederick Wilson Taylor

Engenheiro americano nasceu na Pensilvânia em 20 de março de 1856 e


faleceu em Filadélfia em 21 de maio de 1915. Dedicou-se ao estudo da
racionalização e modernização dos processos de trabalho na industria.
Procurou evidenciar a produtividade.

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Resumo das Idéias de Taylor

1. Atribuir à cada operário a tarefa mais elevada que permitam as suas


aptidões

2. Pedir a cada operário o máximo de produção que se possa esperar.

E com essa soma de atribuições, se avaliou uma remuneração adequada que


seja 30% à 50% superior à média salarial de sua classe.

Concluindo:
 Salário Elevado
 Baixo custo

Outro tema que Taylor abordou com muita coragem foi o estudo de tempos e
movimentos.

Os princípios Fundamentais

1. Desenvolver para cada operário um método científico que substitua o


método empírico.

2. Especializar, formar e conduzir o operário ensinando-lhe o melhor


processo de trabalho.

3. Acompanhar cada operário para assegurar-se de que o trabalho está


sendo feito conforme regras estabelecidas (controle).

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4. Dividir igualmente a responsabilidade e a tarefa entre a direção e o
operário, encarregando aquela de tudo que ultrapassar a competência
deste. O operário fica com a parte executiva.

Regras Técnicas

1. Para cada tipo de indústria ou processo de trabalho, estudar e determinar


a técnica mais conveniente.

2. Analisar metodicamente o trabalho de operário, estudando e


cronometrando os movimentos elementares.

3. Transmitir sistematicamente instruções técnicas ao operário.

4. Selecionar cientificamente os operários (conhecimento e aptidões).

5. Separar as funções de preparação e execução definindo as atribuições


com precisão.

6. Especificar as funções de planejamento e execução.

7. Pré determinar tarefas individuais ao pessoal e conceder-lhes prêmios


quando realizados.

8. Uniformizar as ferramentas e utensílios.

9. Conscientizar todo o pessoal as vantagens que decorrem o aumento de


produção.

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10. Controlar a execução do trabalho.

11. Classificar numericamente as ferramentas, os processos e os produtos.

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Reflexão

Além desses princípios o administrador necessita para ser eficaz na sua função
ter também capacitação e treinamento em três áreas distintas, ou seja, empenho
nas atividades administrativas, humana e técnica.

Administrador

Aplicará os conceitos de prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

 Humana
Como lidar com as pessoas e como ter resultados através dela.

 Técnica
Quanto maior o contato com o setor de execução, maior a sua
necessidade.

O administrador necessita ainda ter sensibilidade, suficiente para sentir as


situações com as quais se depara a todo instante. Administrar com eficácia é
realmente uma tarefa bastante complexa e difícil.

Organograma

Organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma empresa.


Abaixo os tipos de Organogramas:

Clássicos - O organograma clássico também é chamado de vertical. É o mais


comum tipo de organograma, elaborado com retângulos que representam os
órgãos e linhas que fazem a ligação hierárquica e de comunicação entre eles.

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Não clássicos - São todos os demais tipos como abaixo:
Em barras - representados por intermédio de longos retângulos a partir de uma
base vertical, onde o tamanho do retângulo é diretamente proporcional à
importância da autoridade que o representa.
Em setores (setorial, setograma) - são elaborados por meio de círculos
concêntricos, os quais representam os diversos níveis de autoridade a partir do
círculo central, onde localiza-se a autoridade maior da empresa.
Radial (solar, circular) - o seu objetivo é mostrar o macrossistema das
empresas componentes de um grande grupo empresarial.
Lambda - apresentam, apenas, grupos de órgãos que possuam características
comuns.
Bandeira - apresentam grupos de órgãos que possuem uma missão específica
e bem definida na estrutura organizacional, normalmente em quatro níveis.
Organograma Linear de Responsabilidade (OLR) - possui um diferenciador
em relação aos demais organogramas, pois a sua preocupação não é
apresentar o posicionamento hierárquico, mas sim o inter-relacionamento entre
diversas atividades e os responsáveis por cada uma delas.
Informativo - apresenta um máximo de informações de diversas naturezas
relacionadas com cada unidade organizacional da empresa.
Matricial - na forma de um disco separado por círculos concêntricos conforme o
grau hierárquico e, dentro de tais sessões, órgãos representados por círculos
menores, cuja posição relativa aos órgãos representados em sessões mais
próximas ao centro indicam sua subordinação hierárquica.[2] O organograma
Dial de Wyllie tem por objetivo representar organizações de hierarquia dinâmica,
com vinculações variando conforme o desenvolvimento de novos projetos
interdepartamentais.

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Exemplos de Organogramas

As figuras acima representam alguns tipos, apenas para ilustração.

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Plano de Negócio

Introdução

O plano de negócio é um documento que integra o Plano de Ação Estratégico, o


Plano Operacional e o Fluxo de Caixa de uma empresa. Tem como partida, o
mercado e as competências dos empreendedores para dar conta das
oportunidades e questiona o por quê, o quando, o com quem e o como fazer. O
documento verifica ainda os investimentos necessários para implementar o
Plano, o Fluxo de Caixa, e sustenta a negociação com os investidores. Muitas
empresas falam em “Business Case” preparado antes de se falar em qualquer
tipo de investimento, e até, que se trate o Plano de Projeto. O que seria o plano
de projeto ?

Chamamos de Plano de Projeto o documento que apresenta, de forma completa


e organizada, toda a concepção, fundamentação, planejamento e meios de
acompanhamento e avaliação do projeto, sendo a referência básica para sua
execução. Em linhas gerais, um modelo de elaboração do Plano de Projeto que
tem como referência o Escopo do Projeto. Nosso modelo de Plano de Projeto é
estruturado a partir de três componentes básicos:

 Escopo,
 Plano de Ação e
 Plano de Controle e Avaliação.

O escopo é tomado como referência para a elaboração do Plano de Ação e do


Plano de Controle e Avaliação. Por esse motivo, este modelo é denominado de
Modelo de Planejamento de Projetos orientado pelo Escopo.

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Escopo

Optamos pelo uso da palavra “escopo” como expressão do conjunto de


realizações que se pretende colocar sob a forma de um projeto.

A palavra escopo nos dicionários:

 Alvo, mira, intuito; intenção (Dic. Aurélio Sec. XXI)


 Extensão, alcance, âmbito, campo de atuação (Dic. Michaelis)
 Área coberta por uma atividade (Dic. American Heritage)
 Propósito a ser alcançado ou realizado; intenção (Dic. Webster)

No contexto que estamos tratando, o “escopo” expressa a “extensão” ou


“amplitude” do projeto (em termos do que se pretende realizar, abarcar ou
abranger), estabelece o seu “raio de ação” ou “cobertura”, definindo, portanto,
seus “limites”. O “escopo” é, em síntese, a alma do projeto, porque expressa sua
essência e identidade.

Nesse modelo, a definição completa do escopo com a indicação dos elementos


que o compõem torna-se um ponto fundamental para que os outros dois
elementos do Plano de Projeto sejam estabelecidos adequadamente: o Plano de
Ação e o Plano de Controle e Avaliação.

A prática no desenvolvimento de projetos educacionais tem demonstrado a


importância de uma situação geradora claramente definida; de uma justificativa
apresentada de forma bem fundamentada; de objetivos bem elaborados; da
definição dos resultados esperados; e da abrangência do projeto. Os elementos
que constituem e definem o escopo são mostrados a seguir.

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O Escopo é, portanto, um componente do Plano de Projeto que responde às
seguintes questões:

 De que se trata o projeto?


 Qual a situação, problema ou necessidade que deu origem ao projeto?
 Por que vale a pena investir recursos no desenvolvimento do projeto?
 Para quais finalidades o projeto vai ser conduzido?
 Que resultados podemos esperar com a realização do projeto?
 O que se pretende realizar com seu desenvolvimento? Que benefícios
são esperados?
 Quais serão os beneficiados com sua realização?
 Qual a área de atuação do projeto?
 Qual sua dimensão em termos de público alvo?
 Que volume de recursos deverá ser investido?

No modelo de Planejamento de Projeto orientado pelo Escopo, o Plano de Ação


e o Plano de Controle e Avaliação só devem ser desenvolvidos após se ter uma
definição completa do Escopo do projeto.

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Plano de Ação

Este componente do Plano de Projeto é um documento que apresenta de forma


estruturada todos os procedimentos e recursos que serão mobilizados para a
execução daquilo que foi expresso no escopo do projeto. O Plano de Ação de
um projeto especifica ações, atividades, tarefas e recursos, logicamente
encadeados no tempo e no espaço, tendo em vista maximizar a eficiência na
realização dos objetivos do projeto.

Em nosso modelo, o Plano de Ação contém os seguintes elementos de


estrutura:

Desdobramento de atividades e tarefas (detalhamento de grandes ações em


pacotes de trabalho);

Estimativa de prazos (determinação de tempos e prazos para ações, atividades


e tarefas);

Estimativa de custos e recursos (determinação de custos e recursos físicos e


humanos requeridos para a execução das diversas tarefas);

Rede de Tarefas (“mapa do projeto”, contendo sequência e interdependência de


todas as tarefas, com identificação das tarefas críticas);

Cronograma (linha de tempo do projeto, com detalhamento de início e fim de


atividades e tarefas, atribuição de responsáveis, etc.)

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O Plano de Ação de um projeto é um documento estruturado que deve
responder a questões do tipo:

 Como será realizado este projeto?


 Que ações, atividades e tarefas serão realizadas?
 Que recursos serão empregados?
 Quanto tempo será necessário para cada ação, atividade ou
tarefa?
 Quais serão os responsáveis por sua execução?
 Quanto custará o projeto?

Plano de Controle e Avaliação

Este componente do Plano de Projeto é um documento que apresenta, de forma


estruturada, todos os procedimentos necessários para acompanhamento e
avaliação sistemática da execução do projeto e dos resultados alcançados. A
expressão “controle” está associada a “monitoramento”, ou seja,
acompanhamento sistemático e detalhado dos processos que serão executados
e dos produtos e serviços correspondentes.

Este plano estabelece procedimentos para realizar observações e verificações


das condições e do “estado” em que se encontra o projeto em pontos
estratégicos ao longo de sua execução. Permite também avaliar em que medida
os resultados esperados estão sendo alcançados. O Plano de Monitoramento e
Avaliação contém os seguintes elementos estruturais:

 Matriz de Resultados e Produtos (quadro com resumo dos resultados e


produtos)

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 Planilha de Procedimentos de Monitoramento (com indicadores e
instrumentos de coleta de dados)
 Planilha de Procedimentos de Avaliação (com indicadores e instrumentos
de coleta de dados)
 Análise de risco (avaliação dos efeitos de hipóteses condicionantes no
desenvolvimento do projeto)
O Plano de Monitoramento e Avaliação de um projeto é um documento que deve
responder a questões do tipo:
De que maneira será verificado se o projeto está sendo executado conforme
planejado?

 Que observações serão feitas para avaliar seus resultados?


 Como serão obtidos os dados sobre o andamento e os resultados do
projeto? Que indicadores de resultados serão usados?
 Que medidas preventivas serão adotadas para assegurar o sucesso do
projeto?

Observação

Deve-se utilizar o modelo em PowerPoint para apresentação do plano de


projeto, “Status Report” e planos de ação de forma executiva.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 30


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Custo Industrial

Introdução

Compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos


na produção de um determinado produto.

As empresas industriais caracterizam-se pelo fato de atenderem às


necessidades de seus clientes oferecendo a estes produtos diferentes dos que
compram. As empresas industriais modificam os bens adquiridos,
transformando-lhes (matéria prima + transformação) a estrutura ou a
composição, às vezes agregando-lhes outros materiais, às vezes agindo sobre
eles de tal modo que passam ter nova aplicação ou nova utilidade.

Custo (Produto e Volume)

Se nos detivermos na análise do custo de produção de um bolo, constataremos


logo uma série de elementos que foram utilizados na sua fabricação, como a
farinha, a manteiga, o açúcar, o sal, o fermento, os ovos, o leite e mais outros
que completam a receita. Um pouco mais de a tenção na análise leva-nos ao
esforço do confeiteiro e de seus auxiliares, aplicado à coleta e mistura dos
ingredientes ao controle da fermentação e do cozimento, ao combustível
utilizado.

De modo geral, esses elementos são solicitados na proporção da quantidade de


bolo que se deseja produzir; são os componentes variáveis do custo do bolo.

Continuando a análise, constata-se que, para produzir o bolo, foram utilizadas


fôrmas, local próprio, aparelhos especiais, elementos esses de duração mais ou
menos longa, que talvez já tenham sido usados em produções anteriores e que
continuarão servindo as futuras, mas que se desgastam paulatinamente e vão,

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 31


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aos poucos, perdendo o seu valor, ou melhor, que se depreciam à medida que
são usados ou à medida que envelhecem: o local utilizado requer conservação,
limpeza e, não raro, pagamento de aluguel. De modo geral são gastos que
ocorrem do mesmo modo, fabrique-se um ou mil bolos e, por esse motivo,
denominam-se custos fixos.

Os componentes acima indicados são também denominados componentes


diretos sempre que possa ser conhecido o volume de sua participação no ato
produtivo; são chamados componentes indiretos os que não possam ter essa
participação determinada em termos quantitativos.

Custo fixo é o que ocorre independentemente do ato produtivo, e desse modo


são entendidos todos os custos suportados para que a empresa se encontre
apta a funcionar: aluguel, impostos prediais, depreciações, vigilância, despesas
administrativas; custo variável é o que ocorre à medida que a produção se
desenvolve, como a matéria prima, a mão de obra e, quase sempre, o
combustível, o lubrificante, a energia elétrica; custos diretos são aqueles cujo
volume de participação pode ser conhecido ao ser utilizado, como, por exemplo,
a matéria prima e a mão de obra no preparo do bolo.

Também o combustível empregado para o cozimento será um custo direto se


houver possibilidade de medir-lhe o consumo; custos indiretos são aqueles que
se referem, à fabricação em geral, cuja participação especial em determinado
produto não pode ser medido no ato de sua utilização.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 32


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Valorização de Estoques

Métodos para Valoração de Material

Em virtude de poder existir em estoque o mesmo material a valor unitário de


aquisição diferente, no momento da requisição do material ao almoxarifado para
aplicação na produção, foram criados diversos métodos para valorar o material e
poder apropriar o seu custo à produção.

O primeiro método, denominado custo específico, consiste na utilização do valor


unitário real de aquisição de cada unidade específica do material a ser utilizado
na produção.

Assim, por este método, a unidade ou unidades do material são retiradas


aleatoriamente do depósito considerando-se o valor real da aquisição de cada
uma como o custo a ser apropriado. Naturalmente, cada unidade tem uma
identificação tal como número de série de fabricação, tem uma ficha de
identificação específica com os dados mais importantes (data de fabricação,
data de aquisição, valor unitário, fabricante etc.).

É evidente que este método só pode ser utilizado em unidades de grande porte
e de alto valor unitário, cuja quantidade armazenada é sempre muito pequena,
que, normalmente, se adquire para aplicação específica em uma ordem de
produção ou em determinado produto. É mais utilizado em empresas cujo
sistema de produção é por encomenda.

O segundo método - PEPS - significa que o primeiro valor a entrar é o primeiro


valor a sair; às vezes até se confunde com o primeiro material entrado no

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 33


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Almoxarifado como sendo o que deve ser utilizado nas primeiras saídas até que
a quantidade adquirida àquele valor unitário se esgote. Neste momento, passa-
se para o valor unitário da segunda entrada do material, e assim
sucessivamente, podendo ou não coincidir a saída física do material nesta
ordem. Escrituralmente, considera-se que o primeiro material entrado no
estoque é o primeiro a sair, embora fisicamente possa ocorrer a saída até na
ordem inversa da entrada ou, até mesmo, desordenadamente.

O terceiro método - UEPS - significa que o último a entrar é o primeiro valor a


sair, o que na prática leva a confundir com o último material entrado no
Almoxarifado, como sendo o que deve ser o utilizado nas primeiras saídas até
que a quantidade adquirida àquele valor unitário se esgote ou que haja nova
entrada. Caso a quantidade do último valor unitário se esgote sem que a
requisição seja atendida, passa-se para o valor unitário da penúltima entrada,
em seguida para o da antepenúltima, e assim sucessivamente até que se efetue
nova entrada, ou que a requisição seja completada.

O quarto método - MÉDIO -, como o próprio nome indica, significa um valor


médio do saldo existente no Almoxarifado e que é determinado pela divisão do
valor do saldo pela sua quantidade, após cada entrada do material, já que as
saídas não alteram o valor médio do estoque.

As devoluções de material requisitado em excesso e não aplicado na produção


entram no estoque pelo mesmo valor unitário da saída que o originou, na data
em que se efetuar a devolução, qualquer que seja o método citado
anteriormente e que esteja em uso.

O único critério não aceito pela Legislação do Imposto de Renda brasileiro é o


UEPS, porque esse critério distorce completamente os resultados, atribuindo

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 34


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custos maiores aos produtos e ficando os estoques finais com custos sempre
menores.

Marketing

Introdução

Marketing é um desses termos que entraram para o cotidiano das pessoas.


Entretanto, muitos ainda não o conhecem a fundo, e confundem-no com outras
atividades, como vendas e propaganda. De uma forma simplificada, podemos
dizer que marketing é o processo de planejamento, tomada de decisão e
implementação de questões relativas a produtos e mercados. A quem a
empresa vai atender e como são seus pontos cruciais.
Philip Kotler, considerado por muitos como o pai de Marketing, por ter sido um
dos primeiros a agrupar e sistematizar seus conceitos, teorias, processos e
práticas define Marketing como :
“Atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos,
através dos processos de troca”. (1951)

4P´s do Marketing

Produto

Existem vários conceitos do termo produto feitos por diversos autores, mas que
se fecham sempre na mesma definição. Dentre eles, podemos destacar:
"Produto significa a oferta de uma empresa que satisfaz a uma necessidade"
(McCARTHY E PERREAULT Jr, 1997, p. 148).

"Produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma
necessidade ou desejo" (KOTLER, 2000, p. 416). Podem ser tangíveis (físico,

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 35


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podem ser tocados) e intangí-veis (são os serviços, não podem ser tocados),
para organizações e para consumidores.

Ao desenvolver os conceitos de produto físico e de satisfação de necessidades,


Kotler (2000), assim classifica o produto: a) Bens de conveniência, são aqueles
comprados com frequência e mínimo de esforço (ex.: sabonete); b) bens de
compra comparados, como o próprio nome diz, o consumidor compara em
termos de preço, modelo, qualidade (em geral, roupas, aparelhos eletrônicos,
móveis); c) bens de especialidade, são os bens com características singulares,
como carros, máquinas fotográficas; e d) bens não procurados, ou seja são os
bens que os consumidores não conhecem, ou normalmente não pensa em
comprar (jazigo, seguro de vida, enciclopédia).

As empresas podem além da estratégia de produto, tomar a decisão de


comercializar seus produtos com uma marca própria, utilizando sinais, símbolos,
nomes, que identifiquem e diferencie seus bens e serviços dos concorrentes.
Neste caso estariam utilizando-se da estratégia de marca.

As organizações utilizam-se do "P" produto oferecendo uma série de produtos


visando atender a praticamente todas as necessidades do mercado. Em geral as
empresas possuem diversas linhas de produtos, de acordo com a participação
de mercado. Existem os considerados "carros-chefe", outros para atender
simplesmente alguns clientes, outros considerados intermediários e os
temporários ou sazonais.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 36


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Preço

O marketing envolve trocas, e essas, por sua vez envolvem benefícios. Neste
caso a troca deve ser mutuamente benéfica. Ambas a partes procuram algo de
valor em uma troca.

O preço é a expressão monetária do bem ou serviço. Neste sentido, Nickels e


Wood (1999, p. 222) definem preço como sendo "... quantidade de dinheiro ou
algo mais de valor que a empresa pede em troca de um produto". Após
discutirem as amplas modalidades de "preços", tais como "mensalidade"
"anuidade" "contribuição" os autores inferem que "Não importa qual seja a
palavra utilizada, o preço de um produto é aquilo que a empresa espera receber
em troca de um bem, um serviço ou uma idéia". (NICKELS E WOOD, 1999, p.
222)

Existem diversas variáveis que os consumidores buscam ou comparam em um


produto, entre elas qualidade, quantidade, assistência técnica, serviços, etc... ;
mas sem sombra de dúvida o preço é, provavelmente, o mais facilmente
comparado pelo consumidor no momento da compra, principalmente porque a
qualidade, outra variável importante, só vai ser percebida após a compra.

Para as empresas o preço tem que ser determinado com exatidão. Para
determinar o preço, existem diversos modelos teóricos proposto por diversos
autores, e que se resumem em 4 fatores: Objetivos (de venda, de lucro, de
concorrência); custos (fixos, variáveis, marginal); demanda (unitária, elástica,
inelástica) e concorrência. .

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 37


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Praça

Após um produto ser produzido, com o seu preço estabelecido, ele precisa ser
distribuí-do no mercado até os pontos de vendas.

A praça ou distribuição de um produto no mercado tem um importantí-ssimo


papel no mix de marketing. Pois é a partir da distribuição que o consumidor terá
acesso a oferta do produto. Um exemplo para ilustrar nosso pensamento:
quando o consumidor interessa-se pelo produto, mas vai até o ponto de venda
(normalmente varejista) e não o encontra, ficando irritado. Os produtos depois
de produzidos precisam portanto chegar ao consumidor final, e para isso
passam por diversos elos da cadeia de distribuição, sendo importante destacar
os intermediários (revendedores), transportadores e armazenadores que fazem
a ligação entre a empresa produtora e o consumidor final.

Promoção

A promoção é a comunicação das informações entre quem vende algo e quem


compra algo.

Nickels e Wood (1999) propôem ainda, uma comunicação mais ampla do que a
comunicação tradicional de marketing, a comunicação integrada de marketing -
CIM envolvendo relacionamentos longos e duradouros não só com clientes mas
com os parceiros do canal, empregados e outros grupos de interesse.

"O objetivo da comunicação integrada de marketing é manter um diálogo com os


clientes e outros grupos de interesse, permitindo que a empresa responda de
forma rápida à suas necessidades e desejos em constante mutação" (NICKLES
E WOOD, 1999, P. 320)

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 38


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Percebe-se, contudo, na afirmação de Nickels e Wood (1999), que a
comunicação (promoção) não se limita a simplesmente informar o mercado
acerca de um produto/serviço; o que se pretende é desenvolver uma
comunicação a fim de levar o consumidor à realmente adquirir o produto,
satisfazendo a sua necessidade, e maximizando o lucro da empresa.

Para os autores, existem vários tipos de comunicação. Destacaremos cinco:


propaganda, publicidade, venda pessoal, promoção de vendas e relações
públicas.

Comumente confundida com marketing a propaganda conforme se observa é


uma das ferramentas do marketing, dentro do "P" promoção que tem por
objetivo atingir um grande número de pessoas e apresentar-se repetitivamente,
a fim de fixar a mensagem na mente do consumidor. Ao contrário da
publicidade, a propaganda é paga, e, portanto tem necessariamente que dar
retorno à empresa, em forma de incremento nas vendas. Neste aspecto é
importante que a empresa selecione a média correta, a fim da propaganda ser
eficaz.

A publicidade diferencia-se da propaganda por não ter custo para a empresa. Ou


seja, o fator diferenciador entre a propaganda e a publicidade, é que esta última
não é paga e nem controlada pela empresa.

Cabe destacar que uma das formas bastante praticadas pelas empresas é
através do patrocí-nio esportivo. Podemos notar que diversas empresas,
industriais, comerciais e até financeiras têm direcionado recursos para o
marketing esportivo. Esta é uma modalidade que tem por objetivo aprimorar a
imagem da empresa junto a seu público.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 39


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A Venda pessoal é a comunicação feita de pessoa a pessoa, gerando resposta
imediata (Kotler, 2000). Trata-se da atuação da força de vendas, portanto,
depende muito da atuação dos vendedores, para que a empresa alcance o
sucesso. Na venda pessoal, são apresentadas pelo pessoal de vendas, todas as
informações do produto. Ou seja, conforme o próprio nome sugere, a venda
pessoal baseia-se no contato pessoal.

A promoção de vendas é aquele esforço que a empresa faz,


complementarmente a venda pessoal. Visa atingir os consumidores finais, os
revendedores (distribuição) e a própria força de vendas. A promoção de vendas
geralmente é temporária e esporádica.

A relações públicas "é o processo de avaliar as atitudes dos grupos de interesse,


identificando os produtos e atividades da empresa com os interesses destes
últimos e utilizando comunicações não-pagas para construir relacionamentos de
longo prazo com eles" (NICKELS E WOOD, 1999, P. 324). Da inserção dos
autores pode-se depreender que a relações públicas é uma forma da empresa
comunicar-se com o público que realmente está interessado no produto/serviço,
e a empresa enxergar potencial para o seu sucesso.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 40


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Constituição das Empresas

Introdução

Uma empresa é um conjunto organizado de meios com vista a exercer uma


atividade particular, pública, ou de economia mista, que produz e oferece bens
e/ou serviços, com o objetivo de atender a alguma necessidade humana. O
lucro, na visão moderna das empresas privadas, é consequência do processo
produtivo e o retorno esperado pelos investidores. As empresas de titularidade
do Poder Público têm a finalidade de obter rentabilidade social. As empresas
podem ser individuais ou coletivas, dependendo do número de sócios que as
compõem.

Tipos de empresas

Podemos classificar as empresas de acordo com o setor econômico, a


quantidade de sócios, tamanho, fins ou objetivos, organização ou natureza:

 Setor primário: setor agrícola;


 Setor secundário: indústrias;
 Setor terciário: serviços;

Empresa individual: quando o proprietário da empresa é apenas uma pessoa;


geralmente, neste tipo de organização o capital particular do proprietário se
confunde com o da empresa;

Empresa de Responsabilidade Limitada (ou sociedade por quotas): é o tipo


mais comum, onde os sócios são responsáveis pela empresa de acordo com a
quantidade de quotas.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 41


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Sociedade Simples: é aquela formada por pessoas que exercem profissão de
natureza intelectual, científica, artística ou literária, mesmo sem contar com
colaboradores;

Sociedade Empresária: é aquela onde a atividade econômica organizada é


exercida de forma profissional constituindo elemento de empresa;

Sociedade Anônima: tem seu capital distribuído em ações e a responsabilidade


de cada sócio, ou acionista, é correspondente a quantidade e valor das ações
que ele possui.

Legislação

Introdução

Nos regimes democráticos, três poderes apresentam-se bem definidos e


atuantes: o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário.

Ao Poder Executivo compete exercer o comando da nação, conforme aos limites


estabelecidos pela Constituição ou Carta Magna do país.

O Poder Judiciário tem a incumbência de aplicar a lei em casos concretos, para


assegurar a justiça e a realização dos direitos individuais e coletivos no processo
das relações sociais, além de velar pelo respeito e cumprimento do
ordenamento constitucional.

Quanto ao Poder Legislativo, a ele compete produzir e manter o sistema


normativo, ou seja, o conjunto de leis que asseguram a soberania da justiça para
todos - cidadãos, instituições públicas e empresas privadas.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 42


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Em resumo, a legislação de um estado democrático de direito é originária de
processo legislativo que constrói, a partir de uma sucessão de atos, fatos e
decisões políticas, econômicas e sociais, um conjunto de leis com valor jurídico,
nos planos nacional e internacional, para assegurar estabilidade governamental
e segurança jurídica às relações sociais entre cidadãos, instituições e empresas.

As leis são tratadas no Âmbito, Federal, Estadual e Municipal.

Normalização

Introdução

Atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais,


prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do
grau ótimo de ordem em um dado contexto.

Aplicações

Economia: Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e


procedimentos.

Comunicação: Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre


o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e
de serviços .

Segurança: Proteger a vida humana e a saúde

Proteção do Consumidor: Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a


qualidade dos produtos

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 43


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Eliminação de Barreiras Técnicas e Comerciais: Evitar a existência de
regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países,
facilitando assim, o intercâmbio comercial

Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na


transferência de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida através de normas
relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente.

Em uma economia onde a competitividade é acirrada e onde as exigências são


cada vez mais crescentes, as empresas dependem de sua capacidade de
incorporação de novas tecnologias de produtos, processos e serviços.

A competição internacional entre as empresas eliminou as tradicionais


vantagens baseadas no uso de fatores abundantes e de baixo custo. A
normalização é utilizada cada vez mais como um meio para se alcançar a
redução de custo da produção e do produto final, mantendo ou melhorando sua
qualidade.

Podemos citar alguns desses benefícios da Normalização da seguinte forma:

Qualitativos:

 A utilização adequada dos recursos (equipamentos, materiais e mão-de-


obra);
 A uniformização da produção;
 A facilitação do treinamento da mão-de-obra, melhorando seu nível
técnico;
 A possibilidade de registro do conhecimento tecnológico;
 Melhorar o processo de contratação e venda de tecnologia.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 44


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Quantitativos:

 Redução do consumo de materiais e do desperdício


 Padronização de equipamentos e componentes
 Redução da variedade de produtos (melhorar)
 Fornecimento de procedimentos para cálculos e projetos
 Aumento de produtividade
 Melhoria da qualidade

Controle de processos

É ainda um excelente argumento para vendas ao mercado internacional como,


também, para regular a importação de produtos que não estejam em
conformidade com as normas do país importador.

Normas

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o


órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base
necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro
Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de
24.08.1992.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 45


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É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da
COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN
(Associação Mercosul de Normalização).

A ABNT é a representante oficial no Brasil das seguintes entidades


internacionais: ISO (International Organization for Standardization), IEC
(International Eletrotechnical Comission); e das entidades de normalização
regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN
(Associação Mercosul de Normalização).

ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química)

VISÃO
Ser reconhecida e respeitada como instituição bem sucedida na promoção do
desenvolvimento sustentável da indústria química instalada no Brasil.

MISSÃO

A missão da Abiquim é promover o aumento da competitividade e o


desenvolvimento sustentável da indústria química instalada no País.

PRINCÍPIOS BÁSICOS

Observar a ética e princípios legais, respeitando as instituições brasileiras;

Promover e defender a livre iniciativa e a redução da intervenção do Estado no


setor produtivo;

Promover a competitividade da indústria química instalada no País;

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 46


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Defender a indústria química da concorrência desleal, tanto no comércio exterior
quanto no mercado interno;

Apoiar a consolidação do Mercosul;

Articular-se ativamente com as entidades de classe representantes dos diversos


segmentos da indústria química, bem como com as entidades representantes da
indústria em geral.

OBJETIVOS

Disseminar e promover a aplicação contínua do Programa Atuação


Responsável, divulgando-o perante a sociedade;

Contribuir para o pleno desenvolvimento do mercado brasileiro de produtos


químicos, concorrendo para elevar os padrões brasileiros nas áreas de saúde,
segurança, meio ambiente, qualidade, produtividade e logística de distribuição;

Executar e estimular ações esclarecedoras que permitam a compreensão


adequada da contribuição da indústria química à sociedade;

Acompanhar o desempenho e o desenvolvimento da indústria química,


elaborando e oferecendo aos seus associados e segmentos de interesse da
indústria informações qualificadas e estudos técnicos;

Representar os associados, na defesa de seus interesses, perante as


instituições governamentais e outros setores relevantes da sociedade, em
âmbito nacional e internacional;

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 47


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Contribuir na elaboração da legislação e na definição de políticas e decisões
governamentais que digam respeito ao interesse da indústria química;

Participar de organismos e reuniões internacionais de interesse da indústria


química;

Participar ativamente de negociações de integração do Brasil e/ou do Mercosul


com outros países e/ou blocos econômicos, buscando assegurar os interesses
da indústria química brasileira no mercado internacional;

Oferecer serviços que contribuam para o desenvolvimento dos recursos


humanos que atuam na indústria química;

Estimular parcerias para pesquisas e desenvolvimento tecnológico na indústria


química;

Estimular o intercâmbio de informações e práticas de gestão entre as empresas


associadas;

Apoiar os trabalhos das comissões setoriais e temáticas, para que contribuam


com o aumento da competitividade (atual e futura) do setor químico.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 48


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Sistema de Qualidade

“ Qualidade é a adequação ao uso. É a


conformidade às exigências”

Esta é a definição técnica estabelecida pelo ISO – INTERNATIONAL


STANDARDIZATION ORGANIZATION, situado na Suíça e responsável pelas
normas de Qualidade, em diversos setores, no mundo inteiro.

A Qualidade reside no que se faz aliás em tudo o que se faz e não apenas no
que se tem como conseqüência disso. Em outras palavras, todos os processos
de uma determinada atividade são importantes se os processos forem
desenvolvidos com qualidade, o produto final terá qualidade.

A Qualidade está ligada a sentimentos subjetivos que refletem as expectativas


internas de cada um. Muitas pessoas avaliam a Qualidade pela aparência;
outras se voltam à qualidade do material com que é feito o produto. Outras,
ainda, avaliam a Qualidade de alguma coisa pelo preço. Existem várias
dimensões da Qualidade

O aspecto objetivo, mensurável da Qualidade, é o processo. É através dele que


se pode implantar sistemas como o da ISO-9000, por exemplo. Isto pode ser
aplicado desde a fabricação de um automóvel até a confecção de um sanduíche.

Utilizemo-nos de dois exemplos de Qualidade nas atividades citadas: os


veículos Rolls Royce e os sanduíches McDonald`s.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 49


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Tanto um quanto o outro têm todas as suas etapas de desenvolvimento bem
estabelecidas. É a valorização dos processos. A tinta na coloração exata, as
máquinas da linha de produção perfeitamente reguladas, os parafusos nos
lugares corretos, o tempo de fabricação perfeitamente controlado, um veículo
exatamente igual ao outro. Da mesma forma, os componentes do sanduíche
sempre do mesmo fornecedor, a chapa de fritura aquecida na mesma
temperatura, a forma do manuseio do sanduíche sempre com higiene resultando
num produto final bastante parecido, independente da lanchonete que se utilize.
É o chamado padrão de Qualidade.

Contudo, outras dimensões da Qualidade existem que não podem ser


mensuradas. Podemos não duvidar da higiene de um sanduíche McDonald`s
mas podemos, também, não apreciar suas instalações (muitos acreditam que
suas mesas e bancos sejam tão somente adequados às crianças e aos
adolescentes). Podemos não duvidar da Qualidade de um Rolls Royce, mas
podemos criticar o seu preço.

Ou seja, as organizações preocuparam-se em estudar a Qualidade nas


dimensões não atingidas pelos processos. Daí surgiu a Qualidade Total.

A Qualidade Total é muito abrangente e se dedica a estudar a satisfação dos


clientes. O conceito de cliente deve ser estendido ao ponto de, todos - numa
organização – serem considerados clientes.

Histórico do Movimento da Qualidade

1ª Fase – Inspeção – Tarefa isolada. Separação dos produtos bons dos maus;

2ª Fase – Controle – Movimento dos anos 30. Controle de Qualidade através de


técnicas estatísticas

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 50


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3ª Fase – Garantia – Movimento dos Anos 50. Um sentido mais amplo
relacionado com a adequação ao uso, envolvendo os membros da organização
e não somente a qualidade do produto.

4ª Fase - Gestão – Envolvimento da alta administração na elaboração de


programas para o controle e melhoria da qualidade relacionada com o
Planejamento Estratégico da organização.

Objetivos da Gestão da Qualidade

 Planejar a melhoria da qualidade,

 Criar uma cultura de qualidade continua,

 Oferecer liderança e apoio,

 Oferecer treinamento e desenvolvimento para os funcionários,

 Desenhar um sistema organizacional que reforçe os ideais de qualidade,

 Reconhecer e elogiar funcionarios,

 Facilitar a comunicação em toda a organização .

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 51


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Fundamentos da Gestão da Qualidade

 Comprometimento da alta direção;


 Visão de futuro de longo alcance
 Gestão centrada nos cliente;
 Responsabilidade social;
 Valorização das pessoas;
 Gestão baseada em processos e informações;
 Ação pró-ativa e resposta rápida; aprendizado.

Ferramentas Administrativas

As ferramentas administrativas são essencialmente técnicas para a gestão da


empresa e para solucionar problemas administrativos — geralmente ligados ao
fraco desempenho de processos.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 52


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Devemos estar atentos para algumas coisas muito importantes:

 Não basta conhecer a ferramenta. É preciso saber discernir onde e


quando usá-la. Podemos saber usar um martelo e uma serra mas
também devemos saber onde e quando usar um martelo e onde e quando
usar uma serra;

 O uso de ferramentas administrativas dissociado de uma cultura


adequada não costuma trazer resultados duradouros.

A maior importância das ferramentas, entretanto, é que elas ensinam duas lições
importantes, porém sutis.

 Primeiro: elas ensinam o significado de qualidade variável, que se


encontra no âmago da Administração da Qualidade Total. Usar a
Qualidade Total para buscar a melhoria contínua exige que as pessoas
compreendam as causas dos problemas.

 Segundo: aprendendo a usar as ferramentas da Qualidade Total, as


pessoas aprendem a controlar a variabilidade, e o controle da variação é
o caminho técnico para a Qualidade Total.

A administração da Qualidade Total funciona quando as pessoas usam as


ferramentas estatísticas e as técnicas comportamentais básicas para manipular
ou coletar dados a fim de analisar e resolver problemas. As pessoas não fazem
isso por um interesse abstrato em estatística ou resolução de problemas. Fazem
porque esta é a única forma de atender e exceder os desejos e as

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 53


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necessidades dos clientes. Mas nada disto pode acontecer sem o apoio da
cultura organizacional.

ISO 14000

O ISO 14000 é um conjunto de normas que definem parâmetros e diretrizes para


a gestão ambiental para as empresas (privadas e públicas). Estas normas foram
definidas pela International Organization for Standardization - ISO ( Organização
Internacional para Padronização).

Objetivo

Estas normas foram criadas para diminuir o impacto provocado pelas empresas
ao meio ambiente. Muitas empresas utilizam recursos naturais, geram poluição
ou causam danos ambientais através de seus processos de produção. Seguindo
as normas do ISO 14000, estas empresas podem reduzir significativamente
estes danos ao meio ambiente.

Certificado

Quando uma empresa segue as normas e implanta os processos indicados, ela


pode obter o Certificado ISO 14000. Este certificado é importante, pois atesta
que a organização possui responsabilidade ambiental, valorizando assim seus
produtos e marca.

Para conseguir e manter o certificado ISO 14000, a empresa precisa seguir a


legislação ambiental do país, treinar e qualificar os funcionários para seguirem
as normas, diagnosticar os impactos ambientais que está causando e aplicar
procedimentos para diminuir os danos ao meio ambiente.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 54


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Os impactos ambientais gerados pelo desenvolvimento industrial e econômico
do mundo atual constituem um grande problema para autoridades e
organizações ambientais.

No início da década de 1990, a ISO viu a necessidade de se desenvolverem


normas que falassem da questão ambiental e tivessem como intuito a
padronização dos processos de empresas que utilizassem recursos tirados da
natureza e/ou causassem algum dano ambiental decorrente de suas atividades.

Comitê de criação

No ano de 1993, a ISO reuniu diversos profissionais e criou um comitê, intitulado


Comitê Técnico TC 207 que teria como objetivo desenvolver normas (série
14000) nas seguintes áreas envolvidas com o meio ambiente. O comitê foi
dividido em vários subcomitês, conforme descritos abaixo:

Subcomitê 1: Desenvolveu uma norma relativa aos sistemas de gestão ambiental.


Subcomitê 2: Desenvolveu normas relativas às auditorias na área de meio ambiente.
Subcomitê 3: Desenvolveu normas relativas à rotulagem ambiental.
Subcomitê 4: Desenvolveu normas relativas a avaliação do desempenho (performance) ambiental.
Subcomitê 5: Desenvolveu normas relativas à análise durante a existência (análise de ciclo de vida).
Subcomitê 6: Desenvolveu normas relativas a definições e conceitos.
Subcomitê 7: Desenvolveu normas relativas à integração de aspectos ambientais no projeto e
desenvolvimento de produtos.
Subcomitê 8: Desenvolveu normas relativas à comunicação ambiental.
Subcomitê 9: Desenvolveu normas relativas às mudanças climáticas.
Subcomitês de criação

Subcomitê 1: Sistemas de gestão ambiental


Este subcomitê desenvolveu a norma ISO 14001 que estabelece as diretrizes
básicas para o desenvolvimento de um sistema que gerenciasse a questão

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ambiental dentro da empresa, ou seja, um sistema de gestão ambiental. É a
mais conhecida entre todas as normas da série 14000. 8461

Estrutura da norma ISO 14000


Introdução
Esta é primeira parte da norma na qual é abordado o contexto histórico em que
foi desenvolvida, ressaltando a necessidade das empresas estabelecerem
parâmetros para a área ambiental. É falado sobre a estrutura e importância dos
requisitos descritos nela.

Alguns pontos fundamentais descritos:

As auditorias e análises críticas ambientais, por si só, não oferecem evidências


suficientes para garantir que a empresa está seguindo as determinações legais
e sua própria política. O sistema de gestão ambiental deve interagir com outros
sistemas de gestão da empresa. A norma se aplica a qualquer tipo de empresa,
independente de suas características, cultura, local, etc.

A ISO 14001 tem como foco a proteção ao meio ambiente e a prevenção da


poluição, equilibrando-a com as necessidades sócio-econômicas do mundo
atual. A norma tem vários princípios do sistema de gestão em comum com os
princípios estabelecidos na série de normas ISO.

Escopo

Esta área fala dos objetivos gerais da norma, tais como:


Estabelecer a criação, manutenção e melhoria do sistema de gestão ambiental e
das áreas envolvidas em seu entorno.

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 56


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Verificar se a empresa está em conformidade (de acordo) com sua própria
política ambiental e outras determinações legais; Permitir que a empresa
demonstre isso para a sociedade; Permitir que a empresa possa solicitar uma
certificação/registro do sistema de gestão ambiental, por um organismo
certificador (empresa que dá o certificado) externo.

Referências normativas
Aqui, consta a informação de que não existem referências para outras normas.

Definições
São especificadas as definições para os seguintes termos utilizados na norma.
São os seguintes:
Melhoria contínua: Processo recorrente de aprimoramento do Sistema de
Gestão, visando atingir melhorias no desempenho global da Saúde, Segurança
e Meio Ambiente de acordo com a Política da organização.

Ambiente;
Aspecto ambiental;
Impacto ambiental;
Sistema de gestão ambiental;
Sistema de auditoria da gestão ambiental;
Objetivo ambiental;
Desempenho ambiental;
Política ambiental;
Meta ambiental;

Parte interessada: Pessoa ou grupo, interno ou externo à organização, que pode


ou é afetado pelo desempenho de SSO e SGA de uma organização.

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Organização.

Requisitos do sistema de gestão ambiental


Nesta área da norma são expostos todos os requisitos que a empresa deve
seguir para implantar e manter o sistema de gestão ambiental. Ela está dividida
da seguinte forma:
Aspectos gerais;
Política ambiental;
Planejamento;
Implementação e operação;
Verificação e ação corretiva;
Análise crítica pela direção;
Anexos.

Subcomitê 2: Auditorias na área de meio ambiente


No que diz respeito à execução de auditorias ambientais, este subcomitê
desenvolveu três normas: ISO 14010, ISO 14011 e ISO 14012, em 1996.
Em 2001, foi desenvolvida a ISO 14015 que foi revisada em 2003. No ano de
2002 foi criada a norma ISO 19011 que substituiu a 14010, 11 e 12.
As normas citadas estabelecem:
ISO 14010: os princípios gerais para execução das auditorias;
ISO 14011: os procedimentos para o planejamento e execução de auditorias
num sistema de gestão ambiental;
ISO 14012: os critérios para qualificação de auditores (quem executa as
auditorias).
ISO 14015: as avaliações ambientais de localidades e organizações.
ISO 19011: guias sobre auditorias da qualidade e do meio ambiente.

Subcomitê 3: Rotulagem ambiental

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Rotulagem ambiental é a garantia de que um determinado produto é adequado
ao uso que se propõe e apresenta menor impacto ambiental em relação aos
produtos do concorrente disponíveis no mercado. É conhecida também pelo
nome de Selo Verde, sendo utilizada em vários países como Japão, Alemanha,
Suécia, Países Baixos e Canadá, mas com formas de abordagens e objetivos
que diferem uma das outras. Para estabelecer as diretrizes para a rotulagem
ecológica, este subcomitê criou várias normas. São elas:

ISO 14020: Estabelece os princípios básicos para os rótulos e declarações


ambientais (criada em 1998 e revisada em 2002).

ISO 14021: Estabelece as auto-declarações ambientais - Tipo II – Auto-


declarações ambientais (criada em 1999 e revisada em 2004).

ISO 14024: Estabelece os princípios e procedimentos para o rótulo ambiental


Tipo I – Programas de Selo Verde (criada em 1999 e revisada em 2004).

ISO TR 14025: Estabelece os princípios e procedimentos para o rótulo ambiental


Tipo III – Inclui avaliações de Ciclo de Vida (criada em 2001).

No ano de 2003, foi iniciada a criação da ISO 14025 relativa ao Selo Verde Tipo
III que poderá ser usada como empecilho para às exportações dos produtos de
países que não estejam adequados e preparados.

Subcomitê 4: Avaliação da performance ambiental


Para estabelecer as diretrizes para um processo de avaliação da performance
ambiental de sistemas de gestão ambiental, este subcomitê, criou as normas

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 59


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ISO 14031 em 1999 (revisada em 2004) e ISO 14032 também em 1999.

As normas estabelecem e fornecem:

ISO 14031: Diretrizes para a avaliação do desempenho (performance)


ambiental. Ela inclui ainda exemplos de indicadores ambientais.

ISO 14032: Exemplos de avaliação do desempenho ambiental.

Subcomitê 5: Análise durante a existência (análise de ciclo de vida)


A análise do ciclo de vida, ou seja, durante a existência da empresa, é um
processo criado com o intuito de avaliar os impactos ao meio ambiente e a
saúde provocados por um determinado produto, processo, serviço ou outra
atividade econômica.

Para incentivar entidades oficiais e empresas privadas e públicas a abordarem


os temas ambientais de forma integrada durante toda a sua existência, este
subcomitê, criou diversas normas. São elas:

ISO 14040: Estabelece as diretrizes e estrutura para a análise do ciclo de vida


(criada em 1997).

ISO 14041: Estabelece a definição do âmbito e análise do inventário do ciclo de


vida (criada em 1998).

ISO 14042: Estabelece a avaliação do impacto do ciclo de vida (criada em


2000).

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ISO 14043: Estabelece a interpretação do ciclo de vida (criada também em
2000).

ISO 14048: Estabelece o formato da apresentação de dados (criada em 2002).

ISO TR 14047: Fornece exemplos para a aplicação da ISO 14042 (criada em


2003).

ISO TR 14049: Fornece exemplos para a aplicação da ISO 14041 (criada em


2000).

Com a finalidade de facilitar a aplicação, as normas 14040, 14041, 14042 e


14043, foram reunidas em apenas dois documentos (14041 e 14044).

Subcomitê 6: Definições e conceitos


Toda a terminologia utilizada em todas as normas citadas anteriormente
(relativas à gestão ambiental) é definida na norma ISO 14050, publicada no ano
de 1998, criada por este subcomitê. Foi feita uma revisão desta norma,
conforme descrito abaixo:

ISO 14050 Rev. 1: Publicada em 2002 e revisada em 2004.

Subcomitê 7: Integração de aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento


de produtos

Este subcomitê estudou como o desenvolvimento de novos produtos interage


com o ambiente. Foi criada a seguinte norma:

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ISO TR 14062: Estabelece a integração de aspectos ambientais no projeto e
desenvolvimento de produtos (criada em 2002 e revisada em 2004).
Nesta norma foi criado o conceito de ecodesign. Este, oferece inúmeros
benefícios as empresas que o utilizam, tais como:
 Os custos são reduzidos;
 O desempenho ambiental é melhorado;
 A inovação é estimulada;
 São criadas novas oportunidades de mercado;
 A qualidade do produto é melhorada como um todo.

Subcomitê 8: Comunicação ambiental


Este subcomitê desenvolveu duas normas relativas à comunicação
ISO/TC 207/WG 4: Estabelece diretrizes e exemplos para a comunicação
ambiental.
ISO 14063: Estabelece o que foi definido sobre comunicação ambiental (criada
em 2006).

Subcomitê 9: Mudanças climáticas

Este subcomitê desenvolveu normas relativas as mudanças climáticas na Terra.


Estas, em grande parte, são provocadas por impactos ambientais gerados pelo
homem. As normas são:
ISO/TC 207/WG 5: Estabelece a medição, comunicação e verificação de
emissões de gases do efeito estufa, a nível de entidades e projetos.
ISO/TC 14064 Parte 1: Relativa aos gases do efeito estufa, diz respeito a
especificação para a quantificação, monitoramento e comunicação de emissões
e absorção por entidades.

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ISO/TC 14064 Parte 2: Relativa aos gases estufa, diz respeito a especificação
para a quantificação, monitoramento e comunicação de emissões e absorção de
projetos.
ISO/TC 14064 Parte 3: Relativa aos gases estufa, diz respeito a especificação e
diretrizes para validação, verificação e certificação.
ISO/TC 207/WG 6: Estabelece a acreditação.
ISO 14065: Relativa aos gases estufa, diz respeito aos requisitos para validação
e verificação de organismos para uso em acreditação ou outras formas de
reconhecimento.
Todas estas normas foram publicadas em 2006.

Benefícios e resultados da ISO 14000

Os certificados de gestão ambiental da série ISO 14000 atestam a


responsabilidade ambiental no desenvolvimento das atividades de uma
organização.
Para a obtenção e manutenção do certificado ISO 14000, a organização tem que
se submeter a auditorias periódicas, realizadas por uma empresa certificadora,
credenciada e reconhecida pelos organismos nacionais e internacionais.
Nas auditorias são verificados o cumprimento de requisitos como:
Cumprimento da legislação ambiental;
Diagnóstico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de cada atividade;
Procedimentos padrões e planos de ação para eliminar ou diminuir os impactos
ambientais sobre os aspectos ambientais;
Pessoal devidamente treinado e qualificado.
Entretanto, apesar do fato de que as empresas estejam procurando se
adequarem, a degradação ao ambiente continua em ritmo crescente.

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Apenas um número pequeno de empresas busca a sustentabilidade e as
melhorias conseguidas são pequenas diante da demanda crescente por
produtos e serviços, originadas do desenvolvimento econômico.
Segundo o relatório Planeta Vivo, desenvolvido pela organização WWF em
2002, a humanidade consome cerca de 20% mais recursos naturais do que a
Terra é capaz de repor sozinha.

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P D C A – Ferramenta Básica de Qualidade

O que é: Ferramenta utilizada para fazer planejamento e melhoria de processos .

Como usar:

P (Plan) Identificar:
Planejar Problema ou Meta

Análise:
Características do Problema ou da Meta

Plano De Ação:
Traçar as estratégias e ações para
resolver o Problema ou atingir a Meta.
D (Do) Execução:
Fazer Colocar o Plano de Ação em prática
(treinamento e implantação das fases)
C (Check) Verificação:
Avaliar Se os resultados esperados foram
atingidos e por que.
A (Action) Padronização:
Ação corretiva Normatizar o que está funcionando.
Conclusão:
Revisar as atividades e planejamento
para trabalho futuro.
Caso ainda não esteja no nível
aceitável, seguir para o Plan
(planejamento).

É considerado um instrumento de melhoria contínua e é demonstrado conforme


o desenho a seguir:

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Exemplo de PDCA: Meta: Aumentar em 20% as vendas

P (Plan) Identificar:
planejamento Aumentar em 20% as vendas mensais: hoje estão em R$
100.000,00, - META: R$ 120.000,00 – em até 4 meses.

Análise:
Existem algumas regiões que não foram exploradas pelos
vendedores.

Plano De Ação:
Dividir as regiões não exploradas entre os vendedores.
Treinar a abordagem dos vendedores.
Fornecer material de divulgação para cada um..
Cada vendedor terá que visitar 1 novo cliente em potencial
por dia.
D (Do) Execução:
Fazer Colocar o Plano de Ação em prática (treinamento e
implantação das fases)
C (Check) Verificação:
Avaliar Ações eficazes e resultado de aumento de 20% a partir do 2º.
Mês de ações, estabilizando o faturamento nos 2 meses
seguintes.

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A (Action) Conclusão:
Ação Não houve necessidade de correção.
corretiva

As ferramentas administrativas têm uso diferenciado no campo da


administração. Para cada etapa do Ciclo PDCA há ferramentas mais
apropriadas do que outras. Algumas ferramentas são adequadas a duas ou mais
etapas do Ciclo PDCA.

1. Folha de Verificação;

2. Diagrama de Pareto

3. Estratificação

4. Diagrama de Causa-Efeito;

5. Histograma;

6. Diagrama de Dispersão;

7. Carta de Controle

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Para a etapa de PLANEJAMENTO, preponderantemente são usadas as
seguintes ferramentas administrativas:

A. Para identificar problemas/desafios


 Brainstorming
 TNG— Técnica Nominal de Grupo
 Folha de verificação
 Matriz de priorização
 Diagrama de Pareto
 Carta de capacidade de processo
 Carta de controle

B. Para investigar as características do problema


 Carta de tendência
 Histograma
 Estratificação

C. Para analisar as causas de um problema


 Diagrama causa-efeito
 Matriz de definição de causa
 Diagrama de dispersão

D. Para planejar e desdobrar projetos:


 Planilha 5W2H
 Diagrama PERT/COM

Cabe observar que uma ferramenta tem um uso amplo e variado. A lista acima
reflete o uso preponderante. Mas, por exemplo, o Histograma não é usado

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 68


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apenas para investigar as características de um problema. Ele é usado também
para ajudar a identificar o problema, analisar causas e para verificar.

As Sete Ferramentas da Qualidade

 Diagrama de Pareto é um gráfico de barras que ordena as frequências


das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos
problemas. Mostra ainda a curva de percentagens acumuladas. Sua
maior utilidade é a de permitir uma fácil visualização e identificação das
causas ou problemas mais importantes, possibilitando a concentração de
esforços sobre os mesmos.

 Diagrama Causa-Efeito ou O Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-


peixe é uma ferramenta gráfica utilizada pela Administração para o
Gerenciamento e o Controle de Qualidade em processos diversos.
Originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa em 1943
e aperfeiçoado nos anos seguintes. Este diagrama é conhecido como 6M
pois, em sua estrutura, todos os tipos de problemas podem ser
classificados como sendo de seis tipos diferentes:

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 Método
 Matéria-prima
 Mão-de-obra
 Máquinas
 Medição
 Meio Ambiente

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 Histograma: Na estatística, um histograma é uma representação gráfica
dada distribuição de frequencias de uma massa de medições,
normalmente um gráfico de barras verticais.
O histograma é um gráfico composto por retângulos justapostos em que a
base de cada um deles corresponde ao intervalo de classe e a sua altura
à respectiva freqüência. Quando o número de dados aumenta
indefinidamente e o intervalo de classe tende a zero, a distribuição de
freqüência passa para uma distribuição de densidade de probabilidades.
A construção de histogramas tem caráter preliminar em qualquer estudo e
é um importante indicador da distribuição de dados. Podem indicar se
uma distribuição aproxima-se de uma função normal, como pode indicar
mistura de populações quando se apresentam bimodais.

 Folhas de Verificação são tabelas ou planilhas usadas para facilitar a


coleta e análise de dados. O uso de folhas de verificação economiza
tempo, eliminando o trabalho de se desenhar figuras ou escrever

Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 71


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números repetitivos. Além disso elas evitam comprometer a análise
dos dados.

 Gráfico de Dispersão constitui a melhor maneira de visualizar a relação


entre duas variáveis quantitativas. Coleta dados aos pares de duas
variáveis (causa/efeito) para checar a existência real da relação entre
essas variáveis.

 Fluxograma é um tipo de diagrama, e pode ser entendido como uma


representação gráfica de um processo, muitas vezes feita através de
gráficos que ilustram de forma descomplicada a transição de informações
entre os elementos que o compõem.
Podemos entendê-lo, na prática, como a documentação dos passos
necessários para a execução de um processo qualquer. É uma das Sete
Ferramentas da Qualidade. Muito utilizada em fábricas e industrias para a
organização de produtos e processos.

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 7. Carta de controle é um tipo de gráfico, comumente utilizado para o
acompanhamento durante um processo, determina uma faixa chamada
de tolerância limitada pela linha superior (limite superior de controle) e
uma linha inferior (limite inferior de controle) e uma linha média do
processo, que foram estatisticamente determinadas. É uma das Sete
Ferramentas da Qualidade.
Realizada em amostras extraídas durante o processo, supõe-se
distribuição normal das características da qualidade. O objetivo é verificar
se o processo está sob controle. Este controle é feito através do
gráfico.Tipos de Cartas de Controle:

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 Controle por variáveis
 Controle por atributos

Fluxogramas

O Fluxograma representa uma seqüência de trabalho qualquer, de forma


detalhada (pode ser também sintética), onde as operações ou os responsáveis e
os departamentos envolvidos são visualizados nos processo.

O fluxograma é a representação gráfica das atividades ou fases de um


processo, na seqüência como elas ocorrem, permitindo entender, a partir da
representação visual, como o processo é executado.

O fluxograma mostra também:


 atividades desnecessárias ou que não agregam valor,
 gargalos e atrasos, evidenciando o desperdício,
 identifica clientes que passam despercebidos e identifica oportunidades
para melhoria.

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É conhecido também com os nomes de flow-chart, carta de fluxo do processo,
gráfico de seqüência, gráfico de processamento dentre outros .

Principais objetivos:

Assegurar a fluidez dessa movimentação e manter os limites de decisão dentro


de princípios que evitem ineficiência e ineficácia do o processo.

Objetivos secundários:

 Padronização na representação dos métodos e procedimentos


administrativos;
 Descrever com maior rapidez os métodos administrativos ;
 Facilitar a leitura e o entendimento das rotinas administrativas;
 Identificar os pontos mais importantes das atividades visualizadas;
 Permite uma maior flexibilização e um melhor grau de análise.
 Identificar a utilidade de cada etapa do processo;
 Verificar as vantagens em alterar a seqüência das operações;
 Adequar as operações (passos) às pessoas que as executam; e
 Identificar a necessidade de treinamento para o trabalho específico de
processo.

O fluxograma visa o melhor entendimento de determinadas rotinas


administrativas, através da demonstração gráfica. (Existem estudos que
comprovam que o ser humano consegue gravar melhor uma mensagem, quando
esta é acompanhada de imagens.)

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Organização e Gestão Empresarial / Organização e Normas 76
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Referências Bibliograficas

Livros

CHIAVANETO, Idalberto; Introdução à Teoria Geral da Administração.Rio de


Janeiro: Elsevier, 2003.

Moura, D. G e Barbosa, E. F. ,- Trabalhando com Projetos - Planejamento e


Gestão de Projetos Educacionais - Ed. Vozes – 2006

CHIAVANETO, Idalberto; Administração de Materiais, Rio de Janeiro: Elsevier,


2005.

CHURCHILL, Gilbert A. Jr; PETER, J. PAUL. Marketing: criando valor para os


clientes. São Paulo: Saraiva, 2000, 2ª edição.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing "A Ediçã do Novo Milênio. São


Paulo: Prentice Hall, 2000, 10ª edição.

McCARTHY, E Jerome; PERREAULT Jr, William D. Marketing Essencial "uma


abordagem gerencial e global. São Paulo: Atlas, 1997

NICKELS, William G; WOOD, Marian Burk. Marketing: Relacionamentos,


Qualidade, Valor. Rio de Janeiro: LTC.

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Internet

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http://adm.cneccapivari.br/?q=node/20 - 27/01/2012

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http://pt.wikipedia.org/wiki/ISO_14000 - 17/02/13

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