Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Dentro de uma atividade industrial, o meio ambiente pode servir ao mesmo tempo,
como fonte de matéria prima, energia, água e outros insumos, como também como receptor
inevitável de resíduos e efluentes, causando assim os impactos ambientais.
Para que ocorra o desenvolvimento de forma sustentada, é preciso prevenir, evitar ou
minimizar esses impactos antes que eles aconteçam, a fim de garantir a sobrevivência de todas
as espécies de seres vivos no planeta, permitindo que as futuras gerações tenham o direito de
usufruir o meio ambiente nas mesmas condições que as gerações presente.
As organizações adotam a gestão ambiental como forma de prevenir os impactos de
suas atividades sobre o meio ambiente, buscando adequar-se às normas e legislação vigente.
Os órgãos de fiscalização ambiental têm a responsabilidade de estabelecer as
condições, restrições e medidas de controle ambiental as quais as organizações são
submetidas no processo de localização, instalação, ampliação e operação dos
empreendimentos.
No Estado do Paraná o órgão responsável pela execução de programas e projetos e
pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental é o IAP
(Instituto Ambiental do Paraná, 2006), cuja missão é proteger, preservar, conservar, controlar
e recuperar o patrimônio ambiental, buscando melhor qualidade de vida e o desenvolvimento
sustentável com a participação da sociedade.
Dessa forma, o objetivo deste trabalho é analisar as questões ambientais decorrentes
da implantação do pólo automotivo na RMC, visando mensurar os indicadores de
1
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
2
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
3
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
Desempenho financeiro - Investimento em proteção ambiental por ano e por unidade produzida
Fonte: Elaboração Própria
2 RESULTADO DA PESQUISA
As empresas pesquisadas utilizam água dentro das suas instalações, tanto para
consumo humano e como na atividade produtiva. De acordo com o processo de licenciamento
ambiental, 40% consomem menos de 10 m3/dia; 36,67% consomem entre 11 a 100 m3/dia;
6,67% consomem entre 101 a 1000 m3/dia e 13,33% consomem de 1001 a 2000 m3/dia. O
total de água consumida pelas empresas do setor, tanto para consumo humano como na
atividade produtiva, segregados por grupos de volume diário de consumo, e a comparação em
relação ao consumo total pode ser observado na tabela 1.
4
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
O gráfico 2 mostra o percentual de empresas que utilizam energia elétrica, GLP, gás
natural e óleo diesel no processo produtivo. Do total de empresas pesquisadas 73,33%
utilizam energia elétrica; 40% utilizam GLP; 16,67% utilizam gás natural e 13,33% utilizam
óleo Diesel. Os percentuais excedem 100% pelo fato de algumas empresas utilizarem mais de
um produto.
GRÁFICO 2 - UTILIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA, GASES E COMBUSTÍVEIS NA
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA DA RMC
100,00%
80,00% 73,33%
% EMPRESAS
60,00%
40,00%
40,00%
16,67% 13,33%
20,00%
0,00%
Energia elétrica GLP Gás Natural Diesel
CONSUMO
5
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
outras industrias;
8,35%
papel e celulose;
fabricação de 27,63%
produtos de madeira;
9,69%
alimentos e bebidas;
23,20%
6
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
20.000 m3/dia e 40% utilizam acima de 20.000 m3/dia, conforme mostra a tabela 6.
TABELA 6 - CONSUMO DIÁRIO DE GÁS NATURAL NA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA DA RMC
CONSUMO DE GÁS QUANTIDADE % EMPRESAS % EM RELAÇÃO AO
NATURAL (M3/DIA) DE EMPRESAS CONSUMO TOTAL
Até 1000 m3/dia 1 20,00% 0,01%
De 1.000 a 5.000 m3/dia 2 40,00% 8,38%
De 5.001 a 20.000 m3/dia - 0,00% 0,00%
Acima de 20.000 m3/dia 2 40,00% 91,61%
TOTAL 5 100% 100%
Observou-se que 60% das empresas são responsáveis por 8,39% do consumo total e
que 40% são responsáveis por 91,61%.
7
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
8
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
A pesquisa revelou que 50% das empresas geram até 10 m3/dia sendo responsáveis
por 1,34% do volume total diário. 9% geram de 11 a 100 m3, o que representa 4,36% do
volume diário e 6,67% geram de 101 a 1000 m3/dia, totalizando 14% do volume diário. Um
pequeno número de empresas (10%) geram entre 1001 a 2000 m3/dia, sendo responsáveis por
mais de 80% do volume diário de efluentes. Percebe-se que 94,30% dos efluentes gerados
estão concentrados em 16,67% das empresas.
Do total de empresas pesquisadas; 56,67% destinam os efluentes líquidos
diretamente na rede pública de esgoto, o que corresponde a 33,40% do volume diário de
emissão; 33,33% possuem estação de tratamento próprio ou utiliza a estação de tratamento de
terceiros que recebem 66,09% do volume diário emitido no setor; 6,67% destinam para fossa
séptica e sumidouro, o que representa um volume muito pequeno das emissões diárias de
efluentes (0,50%) e 3,33% não declarou conforme mostra a tabela 8.
Das empresas que geram efluentes líquidos na atividade industrial, todas possuem
estação de tratamento próprio ou utilizam a de terceiros de acordo com o processo de
licenciamento ambiental, sendo que 60% reutilizam a água tratada no processo produtivo,
como mostra a tabela 10. O volume de água reaproveitada na atividade produtiva também não
foi possível quantificar através da analise. Dentre as empresas, 40% submetem o resíduo
liquido a um processo de tratamento antes do descarte no corpo receptor.
9
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
Todas as empresas (100%) geram resíduos sólidos e declararam que os materiais são
armazenados e remetidos para reciclagem em empresas terceirizadas devidamente licenciadas
pelo IAP para os referidos serviços ou são encaminhadas para reutilização, co-processamento
ou destinação final em aterros sanitários. O volume de resíduos sólidos gerados não foi
passível de ser quantificado em função da falta de informações no processo de licenciamento
o que poderia comprometer as informações da pesquisa.
desempenho que outras em relação ao consumo de água. O melhor desempenho por unidade
produzida verificado foi 2,81 m3 por unidade e o pior foi de 4,51 m3.
A média de efluentes gerados para cada veículo produzido 0,752 m3, sendo que
anualmente são gerados 161.219,67 m3. O melhor desempenho foi 0,698 m3 por veiculo
produzido e o pior foi 1,172 m3.
11
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
Os resíduos sólidos destinados à disposição foram divididos em três grupos. São eles:
- resíduos industriais para disposição: o total anual de resíduos destinados à
disposição é de 612,68 toneladas, sendo que cada veículo produzido gera 2,856
quilos. O melhor desempenho neste item foi de 2,342 kg/veiculo e o pior foi de
5,822/kg por veículo.
- resíduos perigosos para disposição: o volume de resíduos perigosos destinados à
disposição é de 963,20 toneladas/ano, o que representa 4,490 quilos por veículo
produzido. O melhor desempenho foi de 3,978 quilos por veículo e o pior foi de
5,555 quilos por veículo;
- resíduos para disposição não relacionados a produção: o volume anual gerado é de
1.056,28 toneladas/ano, o que significa que cada veículo produzido gera
4,924 quilos de resíduos para disposição não relacionados à produção. O
melhor desempenho foi de 4,137 e o pior desempenho foi de 5,410.
As emissões atmosféricas anual totalizam 668,06 toneladas, o que significa que cada
veículo produzido gera 3,114 kg. A empresa com melhor desempenho gera 2,385 kg por
veiculo e a com pior desempenho 4,295 kg.
12
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
13
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
14
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
15
IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE
REFERÊNCIAS
16