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PCPA

POLÍCIA CIVIL DO PARÁ

INVESTIGADOR E ESCRIVÃO

Língua Portuguesa
Noções de Informática
Noções de Direito Administrativo
Noções de Direito Constitucional
Noções de Direito Civil
Noções de Direito Penal
Noções de Direito Processual Penal
Legislação Especial
10/2015 – Editora Gran Cursos
GS1: 789 862 062 0 745

GG EDUCACIONAL EIRELI
SIA TRECHO 3 LOTE 990, 3º ANDAR, EDIFÍCIO ITAÚ – BRASÍLIA-DF
CEP: 71.200-032
TEL: (61) 3209-9500
faleconosco@editoragrancursos.com.br

Bruno Pilastre / Viviane Faria


Henrique Sodré
J.W. Granjeiro / Rodrigo Cardoso
Ivan Lucas
Eraldo Barbosa
Rodrigo Larizzatti
Deusdedy Solano
Wilson Garcia / Leonardo de Medeiros

PRESIDÊNCIA: Gabriel Granjeiro

DIRETORIA EXECUTIVA: Rodrigo Teles Calado

CONSELHO EDITORIAL: Bruno Pilastre e João Dino

DIRETORIA COMERCIAL: Ana Camila Oliveira

SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Marilene Otaviano

DIAGRAMAÇÃO: Charles Maia, Oziel Candido da Rosa e Washington Nunes Chaves

REVISÃO: Carolina Fernandes, Emanuelle Alves Melo, Hudson Maciel, Luciana Silva e Sabrina Soares

CAPA: Pedro Wgilson

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19/02/1998, nenhuma parte
deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de
informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio
consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.
AUTORES

BRUNO PILASTRE analista do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região.


Possui grande experiência na preparação de candidatos a
Mestre em Linguística pela Universidade de Bra- concursos públicos. É autor, pela Editora Gran Cursos, das
sília. Professor de Redação Discursiva e Interpre- obras: Direito do Trabalho para concursos – Teoria e Exercí-
tação de Textos. Autor dos livros: Guia Prático de cios; Lei n. 8.112/90 comentada – 850 exercícios com gaba-
Língua Portuguesa e Guia de Redação Discursiva rito comentado; Lei n. 8.666/1993 – Teoria e Exercícios com
para Concursos pela editora Gran Cursos. gabarito comentado; Atos Administrativos – Teoria e Exercí-
cios com gabarito comentado; 1.500 Exercícios de Direito
DEUSDEDY SOLANO Administrativo; 1.000 Exercícios de Direito Constitucional;
Legislação Administrativa Compilada, dentre outras.
Servidora efetiva da Polícia Civil do DF, exercendo a
função de Escrivã, formada em Direito pela UNIDF (1997) J. W. GRANJEIRO
e pós graduada em Processo Penal pela Universidade
Gama Filho. Professora em diversos cursos preparatórios Reconhecido por suas obras, cursos e palestras sobre
para concursos há mais de 15 anos. Autora, pela editora temas relativos à Administração Pública, é professor de
Gran Cursos, do livro Direito Processual Penal – Exercícios Direito Administrativo e Administração Pública. Possui
Gabaritados. experiência de mais de 26 anos de regência, sendo mais de
23 anos preparando candidatos para concursos públicos e
ERALDO BARBOSA 17 de Serviço Público Federal, no qual desempenhou atri-
buições em cargos técnicos, de assessoramento e direção
Doutorando em Direito do Trabalho na UBA - Univer- superior.
sidade de Buenos Aires-AR. Graduado em Direito pelo Ex-professor da ENAP, ISC/TCU, FEDF e FGV/DF.
Centro Universitário do Distrito Federal - AEUDF (1992). Autor de 21 livros, entre eles: Direito Administrativo Sim-
Pós-Graduado em Direito Civil e Processo pela Universi- plificado, Administração Pública - Ideias para um Governo
dade Cândido Mendes-RJ (2005). Pós-Graduado em Direito Empreendedor e Lei n. 8.112/1990 comentada. Recebeu
Eletrônico e Tecnologia da Informação pela Unigran-MS. diversos títulos, medalhas e honrarias. Destacam-se os
Pós-Graduado em Direito Material e Processual do Traba- seguintes: Colar José Bonifácio de Andrada, patriarca da
lho e Direito Previdenciário pela ATAME (2010). Advogado Independência do Brasil (SP/2005), Professor Nota 10
e professor das Faculdades Projeção e do Centro Universi- (Comunidade/2005), Comendador (ABACH/2003), Colar
tário IESB. Libertadores da América (ABACH/2003), Gente que Faz
(Tribuna 2003), Profissional de Sucesso (Correio Brazi-
HENRIQUE SODRÉ liense/2003), Medalha do Mérito D. João VI (Iberg/Ibem/
Fenai-Fibra/Aidf/Abi-DF/2006), Cidadão Honorário de Bra-
Servidor efetivo do Governo do Distrito Federal desde sília (Câmara Legislativa do DF/2007), Empresário do Cora-
2005. Atualmente, é Gerente de Tecnologias de Transportes ção 2006, 2007, 2008, 2010, 2011 e 2012, Master in Busi-
da Secretaria de Estado de Transportes do Distrito Federal. ness Leadership 2006, 2007 e 2009 conferido pela World
Atuou como Diretor de Tecnologia da Informação no perí- Confederation of Business.
odo de 2012 a 2013. Graduado em Gestão da Tecnologia
da Informação e pós-graduado em Gestão Pública. Ministra
aulas de informática para concursos desde 2003. Leciona RODRIGO CARDOSO
nos principais cursos preparatórios do Distrito Federal. Autor
do livro Noções de Informática pela editora Gran Cursos. Servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª
Região, o professor Rodrigo Cardoso é graduado em Direito
IVAN LUCAS
pela Universidade Católica de Brasília e especialista em
Direito Administrativo e Direito Constitucional. Professor de
Pós-graduando em Direito de Estado pela Universidade
Direito Administrativo, Lei n. 8.112/90 e palestrante, possui
Católica de Brasília, Ivan Lucas leciona a Lei n. 8.112/90,
grande experiência na preparação de candidatos a concursos
Direito Administrativo e Direito do Trabalho. Ex-servidor
públicos. É coautor do livro Direito Administrativo Simplificado
do Superior Tribunal de Justiça, o professor atualmente é
com o professor J. W. Granjeiro.

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RODRIGO LARIZZATTI

Bacharel em Direito e Ciências Sociais pela Universi-


dade Paulista/SP (1996). Pós-graduado em MBA/Metodolo-
gia do Ensino Superior pela Universidade Católica de Brasí-
lia – UCB (2001) e MBA/Gestão de Polícia Judiciária pelas

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO


Faculdades Fortium (2008). É Delegado de Polícia Civil do
Distrito Federal, professor de cursos preparatórios com larga
experiência e ex-professor universitário, lecionando as dis-
ciplinas de Direito Penal, Legislação Penal Extravagante
e Direito Processual Penal. Ingressou na Polícia Civil do
Estado de São Paulo no ano de 1991, no cargo de Agente
Policial, tendo em 1992 sido novamente aprovado em cer-
tame para a função de Investigador de Polícia, que exer-
ceu até 1996. Aprovado em 1997 para o cargo de Agente de
Polícia Federal, optou pela carreira jurídica de Delegado de
Polícia Civil do Distrito Federal, ingressando nos quadros da
PCDF em 1999, onde permanece até hoje. Atuou na advo-
cacia, nas áreas Criminal, Administrativa e Constitucional.
Autor do livro Compêndio de Direito Penal pela editora Gran
Cursos.

TALLITA RAMINE LUCAS GONTIJO

Advogada e pós-graduada em Direito e Jurisdição pela


Escola da Magistratura do Distrito Federal (ESMA/DF). Foi
professora de Direito Administrativo. É autora, pela edi-
tora Gran Cursos, dos livros Direito Processual Civil, Ques-
tões de Direito Processual do Trabalho, Casadinha - Direito
Administrativo e Direito Constitucional - 500 Questões
Comentadas, e coautora, em parceria com o professor Ivan
Lucas de Souza Júnior, do livro Questões de Direito do Con-
sumidor.

WILSON GARCIA

Bacharel em Direito pela UCDB, Pós-Graduado em


Direito Público pela UCDB, Curso da Escola Superior do
Ministério Públicos/MS.
Ministra aulas de Direito Administrativo, LODF e Código
de Defesa do Consumidor, das Leis 8.112/90, 8.429/92,
8.666/93, 9.784/99, 8.987/95, LC 840/11-DF, e outras legis­
lações.
Professor em diversos cursos preparatórios para con­
cursos e preparatório para a OAB.
Diretor do site: sites.google.com/site/professorwilson­
garcia;
Grupo do facebook: Alunos do Prof. Wilson Garcia.
Autor das obras: Série – A Prova – LODF pela Editora
Gran Cursos, Direito Civil e Processual Civil. Volume 13, da
Apostila Digital: “Resumão do Wilsão” - Direito Administra­
tivo, do Artigo “Prescrição e Decadência no Direito Civil” -
Revista Síntese,
Autor dos livros digitais, pela Editora Saraiva, Principais
Pontos – Volume I – Lei 8.429/92 – Improbidade Administra­
tiva – 2º edição; Principais Pontos – Volume II – LODF –2º
edição; Principais Pontos – Volume IV – LC 840 em Exercí­
cios.

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Í N D I CE G E RAL

LÍNGUA PORTUGUESA...................................................................................................................................7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA..........................................................................................................................91
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO....................................................................................................169
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL..................................................................................................321
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL.........................................................................................................................439
NOÇÕES DE DIREITO PENAL.......................................................................................................................501
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL................................................................................................627
LEGISLAÇÃO ESPECIAL................................................................................................................................695
LÍNGUA PORTUGUESA

S U M ÁRI O

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS...................................................................................... 40


TIPOLOGIA TEXTUAL............................................................................................................................... 41
ORTOGRAFIA OFICIAL............................................................................................................................... 8
ACENTUAÇÃO GRÁFICA.......................................................................................................................... 11
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS.................................................................................................... 23
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.......................................................................................... 30
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO.................................................................................................... 25
PONTUAÇÃO........................................................................................................................................... 37
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL................................................................................................... 26
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL............................................................................................................... 28
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS................................................................................................................ 34
REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS........................................................................................ 71
COEXISTÊNCIA DAS REGRAS ORTOGRÁFICAS ATUAIS COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO......... 11
PARTE 1 – GRAMÁTICA DICA PARA A PROVA!

CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA Os certames costumam avaliar esse conteúdo da se-


guinte forma:
ORTOGRAFIA OFICIAL
1. O vocábulo cujo número de letras é igual ao de fone-
mas está em:
Iniciamos nossos trabalhos com o tema Ortografia a. casa.
BRUNO PILASTRE

Oficial. Sabemos que a correção ortográfica é requisito ele- b. hotel.


mentar de qualquer texto. Muitas vezes, uma simples troca c. achar.
de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de d. senha.
toda uma frase. Em sede de concurso público, temos de e. grande.
estar atentos para evitar descuidos.
Resposta: item (a).
Nesta seção, procuraremos sanar principalmente um
tipo de erro de grafia: o que decorre do emprego inade-
Palavras-chave!
quado de determinada letra por desconhecimento da grafia
da palavra. Fonema: unidade mínima das línguas naturais no nível fonê-
Antes, porém, vejamos a distinção entre o plano mico, com valor distintivo (distingue morfemas ou palavras com
significados diferentes, como faca e vaca).
sonoro da língua (seus sons, fonemas e sílabas) e a
Sílaba: vogal ou grupo de fonemas que se pronunciam numa só
representação gráfica (escrita/grafia), a qual inclui sinais emissão de voz, e que, sós ou reunidos a outros, formam pala-
gráficos diversos, como letras e diacríticos. vras. Unidade fonética fundamental, acima do som. Toda sílaba
É importante não confundir o plano sonoro da língua é constituída por uma vogal.
Escrita: representação da linguagem falada por meio de signos
com sua representação escrita. Você deve observar que
gráficos.
a representação gráfica das palavras é realizada pelo sis- Grafia: (i) representação escrita de uma palavra; escrita, trans-
tema ortográfico, o qual apresenta características especí- crição; (ii) cada uma das possíveis maneiras de representar por
ficas. Essas peculiaridades do sistema ortográfico são res- escrito uma palavra (inclusive as consideradas incorretas); por
exemplo, Ivan e Ivã; atrás (grafia correta) e atraz (grafia incor-
ponsáveis por frequentes divergências entre a forma oral reta); farmácia (grafia atual) e pharmacia (grafia antiga); (iii)
(sonora) e a forma escrita (gráfica) da língua. Vejamos três transcrição fonética da fala, por meio de um alfabeto fonético
casos importantes: ('sistema convencional').
Letra: cada um dos sinais gráficos que representam, na transcri-
I – Os dígrafos: são combinações de letras que repre-
ção de uma língua, um fonema ou grupo de fonemas.
sentam um só fonema. Diacrítico: sinal gráfico que se acrescenta a uma letra para
II – Letras diferentes para representar o mesmo fone- conferir-lhe novo valor fonético e/ou fonológico. Na ortografia do
ma. português, são diacríticos os acentos gráficos, a cedilha, o trema
e o til.
III – Mesma letra para representar fonemas distintos.

EMPREGO DAS LETRAS


Para ilustrar, selecionamos uma lista de palavras para
representar cada um dos casos. O quadro a seguir apre- EMPREGO DE VOGAIS
senta, na coluna da esquerda, a lista de palavras; na coluna
da direita, a explicação do caso. As vogais na língua portuguesa admitem certa varie-
dade de pronúncia, dependendo de sua intensidade (isto é,
Exemplos Explicação do caso se são tônicas ou átonas), de sua posição na sílaba etc. Por
haver essa variação na pronúncia, nem sempre a memó-
Temos, nessa lista de palavras, exemplos de dígra-
Achar ria, baseada na oralidade, retém a forma correta da grafia, a
fos. Em achar, as duas letras (ch) representam um
Quilo qual pode ser divergente do som.
único som (fricativa pós-alveolar surda). O mesmo
Carro
vale para a palavra quilo, em que o as duas letras
Como podemos solucionar esses equívocos? Temos
Santo de decorar todas as palavras (e sua grafia)? Não. A leitura e
(qu) representam o som (oclusiva velar surda).
a prática da escrita são atividades fundamentais para evitar
Exato Nessa lista de palavras, encontramos três letras
erros.
Rezar diferentes (x, z e s) para representar o mesmo
Pesar fonema (som): fricativa alveolar sonora.
Encontros consonantais
Mesma letra para representar fonemas distintos. A
Xadrez
letra x pode representar cinco sons distintos: (i) con- Por encontro consonantal consideramos o agrupa-
Fixo
soante fricativa palatal surda; (ii) grupo consonantal
Hexacanto mento de consoantes numa palavra. O encontro consonan-
[cs]; (iii) grupo consonantal [gz]; (iv) consoante frica-
Exame tal pode ocorrer na mesma sílaba (denominado encontro
tiva linguodental sonora [z]; e consoante fricativa
Próximo consonantal real) ou em sílabas diferentes (denominado
côncava dental surda.
encontro consonantal puro e simples).
Vejamos exemplos de encontros consonantais:
Há, também, letras que não representam nenhum br – braço
fonema, como nas palavras hoje, humilde, hotel. bm – submeter

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cr – escravo su-bo-cu-lar
bj – objeto su-pe-rá-ci-do
gn – digno
pt – réptil (ii) ou à estruturação morfológica da palavra:
in-fe-liz-men-te
Dígrafos

LÍNGUA PORTUGUESA
Denominamos dígrafos o grupo de duas letras usadas A separação silábica ocorre quando se tem de
para representar um único fonema. No português, são dígra- fazer, em fim de linha, mediante o emprego do hífen, a
fos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc; incluem-se também am, partição de uma palavra. Vejamos alguns preceitos par-
an, em, en, im, in, om, on, um, un (que representam vogais ticulares em relação à separação (segundo a Base XX
nasais), gu e qu antes de e e de i, e também ha, he, hi, ho, do Acordo Ortográfico de 1990): 
hu e, em palavras estrangeiras, th, ph, nn, dd, ck, oo etc.
É importante observar a distinção entre encontro con-
sonantal e dígrafo: 1º. São indivisíveis no interior da palavra, tal como ini-
(i) o encontro consonantal equivale a dois fonemas; o cialmente, e formam, portanto, sílaba para a frente as
dígrafo equivale a um só fonema. sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos
(ii) o encontro consonantal é formado sempre por duas grupos, ou seja, aquelas sucessões em que a primeira
consoantes; o dígrafo não precisa ser formado necessaria- consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma
mente por duas consoantes. labiodental e a segunda um l ou um r: a-blução, cele-brar,
du-plicação, re-primir, a-clamar, de-creto, de-glutição, re-
-grado; a-tlético, cáte-dra, períme-tro; a-fluir, a-fricano,
Palavra-chave! ne-vrose.
Com exceção apenas de vários compostos cujos prefixos
Consoante: som da fala que só é pronunciável se forma sílaba terminam em b, ou d:
com vogal (tirante certas onomatopeias, à margem do sistema
→ ab- legação
fonológico de nossa língua: brrr!, cht!, pst!). Esta definição fun-
→ ad- ligar
cional é válida para o português, mas não para outras línguas,
→ sub- lunar
em que há sons passíveis de pertencer à categoria das conso-
antes ou à das vogais. Diz-se de ou letra que representa fonema
→ em vez de
dessa classe. Do ponto de vista articulatório, há consoante → a-blegação
quando a corrente de ar encontra, na cavidade bucal, algum tipo → a-dligar
de empecilho, seja total (oclusão), seja parcial (estreitamento). → su-blunar

Separação silábica 2º. São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas


consoantes  que não constituem propriamente grupos e igual-
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa afirma que mente as sucessões de m ou n, com valor de nasalidade, e
a Separação Silábica (Base XX – Da divisão silábica) faz- uma consoante:
se, em regra, pela soletração, como nos exemplos a seguir:
→ ab-dicar → ét-nico
abade: a-ba-de → Ed-gardo → rit-mo
bruma: bru-ma → op-tar → sub-meter
cacho: ca-cho → sub-por → am-nésico
malha: ma-lha → ab-soluto → interam-nense
manha: ma-nha → ad-jetivo → bir-reme
máximo: má-xi-mo → af-ta → cor-roer
óxido: ó-xi-do → bet-samita → pror-rogar
roxo: ro-xo → íp-silon → as-segurar
tmese: tme-se → ob-viar → bis-secular
→ des-cer → sos-segar
Assim, a separação não tem de atender: → dis-ciplina → bissex-to
(i) aos elementos constitutivos dos vocábulos → flores-cer → contex-to
segundo a etimologia: → nas-cer → ex-citar
a-ba-li-e-nar → res-cisão → atroz-mente
bi-sa-vô → ac-ne → capaz-mente
de-sa-pa-re-cer → ad-mirável → infeliz-mente
di-sú-ri-co → Daf-ne → am-bição
e-xâ-ni-me → diafrag-ma → desen-ganar
hi-pe-ra-cú-sti-co → drac-ma → en-xame
i-ná-bil → man-chu → Mân-lio
o-bo-val

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3º. As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou 6º. Na translineação de uma palavra composta ou de uma
n, com o valor de nasalidade, e duas ou mais consoantes combinação de palavras em que há um hífen, ou mais, se
são divisíveis por um de dois meios: se nelas entra um a partição coincide com o final de um dos elementos ou
dos grupos que são indivisíveis (de acordo com o preceito membros, deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no
(1º), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a con- início da linha imediata:
soante ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba → ex- -alferes
anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos, a → serená- -los-emos ou serená-los- -emos
BRUNO PILASTRE

→ vice- -almirante
divisão dá-se sempre antes da última consoante. Exem-
plos dos dois casos:
→ cam-braia Apesar de relativamente complexas, as regras enume-
→ ec-tlipse radas na Base XX do Novo Acordo Ortográfico possuem um
→ em-blema elemento em comum, a saber:
→ ex-plicar
→ in-cluir → Toda sílaba é nucleada por uma vogal.
→ ins-crição
→ subs-crever Tradicionalmente, observamos essas regras, as quais
→ trans-gredir são simplificadas:
→ abs-tenção
→ disp-neia Regra Exemplo
→ inters-telar Não se separam os ditongos e tri- foi-ce, a-ve-ri-guou.
→ lamb-dacismo tongos. 
→ sols-ticial Não se separam os dígrafos ch, lh, cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha,
→ Terp-sícore nh, gu, qu. fre-guês, quei-xa
→ tungs-tênio Não se separam os encontros con- psi-có-lo-go, re-fres-co
sonantais que iniciam sílaba. 
Separam-se as vogais dos hiatos.  ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de
4º. As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos Separam-se as letras dos dígra- car-ro, pas-sa-re-la, des-
decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo fos rr, ss, sc, sç e xc. -cer, nas-ço, ex-ce-len-te
nunca se separam: ai-roso, cadei-ra, insti-tui, ora-ção, Separam-se os encontros con- ap-to, bis-ne-to, con-vic-
sacris-tães, traves-sões) podem, se a primeira delas sonantais das sílabas internas, -ção, a-brir, a-pli-car
não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, excetuando-se aqueles em que a
separar-se na escrita: segunda consoante é l ou r.

→ ala-úde PROSÓDIA (BOA PRONÚNCIA)


→ áre-as
→ ca-apeba A prosódia é a parte da gramática tradicional que se
→ co-ordenar dedica às características da emissão dos sons da fala, como
→ do-er o acento e a entonação.
→ flu-idez Observe algumas orientações em relação à posição da
→ perdo-as sílaba tônica:
→ vo-os
(i) São oxítonas (última sílaba tônica):
O mesmo se aplica aos casos de contiguidade de diton- → cateter
gos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: → faz-se mister (= necessário)
→ cai-ais → Nobel
→ cai-eis → ruim
→ ensai-os → ureter
→ flu-iu
(ii) São paroxítonas (penúltima sílaba tônica):
→ âmbar
5º. Os digramas gu e qu, em que o u se não pronuncia, → caracteres
nunca se separam da vogal ou ditongo imediato (ne-gue, → recorde
ne-guei; pe-que, pe-quei), do mesmo modo que as com- → filantropo
→ gratuito (ui ditongo)
binações gu e qu em que o u se pronuncia:
→ misantropo
→ á-gua
→ ambí-guo (iii) São palavras que admitem dupla prosódia:
→ averi-gueis → acróbata ou acrobata
→ longín-quos → Oceânia ou Oceania
→ lo-quaz → ortoépia ou ortoepia
→ quais-quer → projétil ou projetil
→ réptil ou reptil

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USO DA LETRA MAIÚSCULA INICIAL → bacharel Mário Abrantes
→ o cardeal Bembo
(i) nos antropônimos, reais ou fictícios: → santa Filomena (ou Santa Filomena)
→ Pedro Marques
→ Branca de Neve (vii) nos nomes que designam domínios do saber, cursos
e disciplinas (opcionalmente, também com maiúscula):
(ii) nos topônimos, reais ou fictícios: → português (ou Português).

LÍNGUA PORTUGUESA
→ Lisboa
→ Atlântida COMO ABREVIAR

(iii) nos nomes de seres antropomorfizados ou mitoló- (i) Comumente, as abreviaturas são encerradas por
gicos: consoante seguida de ponto final:
→ Adamastor → Dr. (Doutor)
→ Netuno → Prof. (Professor)

(iv) nos nomes que designam instituições: (ii) Mas os símbolos científicos e as medidas são abre-
→ Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previ- viados sem ponto; no plural, não há s final:
dência Social → m (metro ou metros)
→ h (8h = oito horas. Quando houver minutos: 8h30min
(v) nos nomes de festas e festividades: ou 8h30)
→ Natal → P (Fósforo – símbolo químico)
→ Páscoa
→ Ramadão (iii) São mantidos os acentos gráficos, quando existirem:
→ pág. (página)
(vi) nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: → séc. (século)
→ O Estado de São Paulo
(iv) É aconselhável não abreviar nomes geográficos:
(vii) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais
→ Santa Catarina (e não S. Catarina)
ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou
mediais ou finais ou o todo em maiúscula: → São Paulo (e não S. Paulo)
→ FAO → Porto Alegre (e não P. Alegre)
→ ONU
→ Sr. ACENTUAÇÃO GRÁFICA
→ V. Exª.
Quatro diacríticos (sinal gráfico que se acrescenta a
USO DA LETRA MINÚSCULA INICIAL uma letra para conferir-lhe novo valor fonético e/ou fono-
lógico) compõem a acentuação gráfica: o acento agudo, o
(i) ordinariamente, em todos os vocábulos da língua acento grave, o acento circunflexo e, acessoriamente, o til.
nos usos correntes; Vejamos, em síntese, as características de cada um.

(ii) nos nomes dos dias, meses, estações do ano: (i) o agudo (´), para marcar a tonicidade das vogais
→ segunda-feira a (paráfrase, táxi, já), i (xícara, cível, aí) e u (cúpula, júri,
→ outubro
miúdo); e a tonicidade das vogais abertas e (exército, série,
→ primavera
fé) e o (incólume, dólar, só);
(iii) nos bibliônimos (nome, título designativo ou intitula-
tivo de livro impresso ou obra que lhe seja equiparada) (após (ii) o grave (`), utilizada sobretudo para indicar a ocor-
o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocá- rência de crase, isto é, a ocorrência da preposição a com
bulos podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes o artigo feminino a ou os demonstrativos a, aquele(s),
próprios nele contidos, tudo em grifo): aquela(s), aquilo;
→ O senhor do Paço de Ninães ou O senhor do paço
de Ninães. (iii) o circunflexo (^), para marcar a tonicidade da vogal
→ Menino de Engenho ou Menino de engenho. a nasal ou nasalada (lâmpada, câncer, espontâneo), e das
vogais fechadas e (gênero, tênue, português) e o (trôpego,
(iv) nos usos de fulano, sicrano, beltrano. bônus, robô);
(v) nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas):
(iv) e acessoriamente o til (~), para indicar a nasalidade
→ norte, sul (mas SW = sudoeste)
(e em geral a simultânea tonicidade) em a e o (cristã, cristão,
(vi) nos axiônimos (nome ou locução com que se presta pães, cãibra; corações, põe(s), põem).
reverência a determinada pessoa do discurso) e hagiônimos
(designação comum às palavras ligadas à religião) (opcio- A seguir há as principais regras apresentadas pelo
nalmente, nesse caso, também com maiúscula): Novo Acordo de 1990. É uma tabela muito importante, a qual
→ senhor doutor Joaquim da Silva deve ser estudada cuidadosamente.

11
Assunto O acordo de 1990
Alfabeto O alfabeto é formado por vinte e seis (26) letras:
→ a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z
Sequências con- O acordo de 1990 afirma que, nos países de língua portuguesa oficial, a ortografia de palavras com consoantes
sonânticas “mudas” passa a respeitar as diferentes pronúncias cultas da língua, ocasionando um aumento da quantidade de
palavras com dupla grafia. Pode-se grafar:
→ fato e facto (em que há dupla grafia e dupla pronúncia)
→ aspecto e aspeto (dupla pronúncia e dupla grafia)
BRUNO PILASTRE

Acentuação grá- Primeiramente, observa-se que as regras de acentuação dos monossílabos tônicos são as mesmas das oxíto-
fica – Oxítonas nas.
São assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas que terminam nas vogais tônicas abertas a, e, o, e com
acento circunflexo as que acabam nas vogais tônicas fechadas e, o, seguidas ou não de s:
→ fubá
→ cafés
→ bobó
→ mercês
→ babalaô
As palavras oxítonas cuja vogal tônica, nas pronúncias cultas da língua, possui variantes (ê, é, ó, ô) admitem
dupla grafia:
→ matinê ou matiné
→ cocô ou cocó

São assinaladas com acento gráfico as formas verbais que se tornam oxítonas terminadas em a, e, o, em virtude
da conjugação com os pronomes lo(s):
→ dá-la
→ amá-la-ás
→ sabê-lo
→ dispô-lo

É assinalado com acento agudo o e das terminações em, ens das palavras oxítonas com mais de uma sílaba
(exceto as formas da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter, vir e seus derivados, que são
marcadas com acento circunflexo):
→ também
→ parabéns
→ (eles) contêm
→ (elas) vêm
Acentuação grá- São assinalados com acento agudo os ditongos tônicos éi, éu, ói, sendo os dois últimos (éu, ói) seguidos ou não
fica – Paroxítonas de s:
→ fiéis
→ réus
→ heróis

Não se usa acento gráfico para distinguir oxítonas homógrafas:


→ colher (verbo)
→ colher (substantivo)

A exceção é a distinção entre pôr (verbo) e por (preposição)

São assinaladas com acento gráfico as paroxítonas terminadas em:


a) l, n, r, x, ps (e seus plurais, alguns dos quais passam a proparoxítonas):
→ lavável
→ plânctons
→ açúcar
→ ônix
→ bíceps

As exceções são as formas terminadas em ens (hifens e liquens), as quais não são acentuadas graficamente.

b) ã(s), ão(s), ei(s), i(s) um, uns, us:


→ órfã(s)
→ sótão(s)
→ jóquei(s)
→ fórum
→ álbum
→ vírus
→ bílis

O acento será agudo se na sílaba tônica houver as vogais abertas a, e, o, ou ainda i, u e será circunflexo se houver
as vogais fechadas a, e, o.

12
Observa-se que as paroxítonas cuja vogal tônica, nas pronúncias cultas da língua, possui variantes (ê, é, ô,
ó) admitem dupla grafia:
→ fêmur ou fémur
→ ônix ou ónix
→ pônei ou pónei
→ Vênus ou Vénus

LÍNGUA PORTUGUESA
Não são assinalados com acento gráfico os ditongos ei e oi de palavras paroxítonas:
→ estreia
→ ideia
→ paranoico
→ jiboia

Não são assinaladas com acento gráfico as formas verbais creem, deem, leem, veem e seus derivados: des-
creem, desdeem, releem, reveem etc.

Não é assinalado com acento gráfico o penúltimo o do hiato oo(s):


→ voo
→ enjoos

Não são assinaladas com acento gráfico as palavras homógrafas:


→ para (verbo) para (preposição)
→ pela(s) (substantivo) pela (verbo) pela (per + la(s))
→ pelo(s) (substantivo) pelo (verbo) pelo (per + lo(s))
→ polo(s) substantivo polo (por + lo(s))

A exceção é a distinção entre as formas pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) e pode
(3ª pessoa do singular do presente do indicativo).

Observação 1: assinalam-se com acento circunflexo, facultativamente, as formas:


→ dêmos (1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo)
→ demos (1ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo)
→ fôrma (substantivo)
→ forma (substantivo; verbo)

Observação 2: assinalam-se com acento agudo, facultativamente, as formas verbais do tipo:


→ amámos (pretérito perfeito do indicativo)
→ amamos (presente do indicativo)
→ louvámos (pretérito perfeito do indicativo)
→ louvamos (presente do indicativo)
Oxítonas e Paroxí- São assinaladas com acento agudo as vogais tônicas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas que constituem
tonas o 2º elemento de um hiato e não são seguidas de l, m, n, nh, r, z:
→ país
→ ruins
→ saúde
→ rainha

Observações:
1) Incluem-se nessa regra as formas oxítonas dos verbos em air e uir em virtude de sua conjugação com os
pronomes lo(s), la(s):
→ atraí-las
→ possuí-lo-ás

2) Não são assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas cujas vogais tônicas i e u são precedidas de
ditongo crescente:
→ baiuca
→ boiuna
→ feiura

3) São assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas cujas vogais tônicas i e u são precedidas de ditongo
crescente:
→ Piauí
→ tuiuiús

4) Não são assinalados com acento agudo os ditongos tônicos iu, ui precedidos de vogal:
→ distraiu
→ pauis

13
Não se assinala com acento agudo o u tônico de formas rizotônicas de arguir e redarguir:
→ arguis
→ argui
→ redarguam

Observações:
1) Verbos como aguar, apaziguar, apropinquar, delinquir possuem dois paradigmas:
a) com o u tônico em formas rizotônicas sem acento gráfico:
BRUNO PILASTRE

→ averiguo
→ ague

b) com o a ou o i dos radicais tônicos acentuados graficamente:


→ averíguo
→ águe

2) Verbos terminados em -ingir e -inguir cujo u não é pronunciado possuem grafias regulares.
→ atingir; distinguir
→ atinjo; distinguimos
Acentuação grá- Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas com acento gráfico:
fica – Proparoxí- → rápido
tonas → cênico
→ místico
→ meândrico
→ cômodo
Trema O trema (¨) é totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas:
→ delinquir
→ cinquenta
→ tranquilo
→ linguiça

O trema é usado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros com trema:


→ mülleriano, de Müller
Hífen O hífen é usado em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares.

O Acordo de 1990 observa que são escritas aglutinadamente palavras em que o falante contemporâneo perdeu a
noção de composição:
→ paraquedas
→ mandachuva

Emprega-se o hífen nos seguintes topônimos:


- iniciados por grã e grão: Grão-Pará
- iniciados por verbo: Passa-Quatro
- cujos elementos estejam ligados por artigo: Baía de todos-os-Santos

Os demais topônimos compostos são escritos separados e sem hífen: Cabo Verde. As exceções são: Guiné-
-Bissau e Timor-Leste.

Emprega-se o hífen em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas:


→ couve-flor
→ bem-te-vi

Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando encadeamen-
tos vocabulares:
→ ponte Rio-Niterói
Hífen – síntese das regras do uso do hífen no caso de prefixos e falsos prefixos
Primeiro elemento Segundo elemento
aero di ili/ilio mono psico a) iniciado por vogal igual à vogal final do 1º elemento
agro eletro infra morfo retro b) iniciado por h
(‘terra’) entre intra multi semi
alfa extra iso nefro sobre
ante foto lacto neo supra
anti gama lipo neuro lete
arqui geo macro paleo tetra
auto giga maxi peri tri
beta hetero mega pluri ultra
bi hidro meso poli
bio hipo micro proto
contra homo mini pseudo

14
ab ob sob sub iniciado por b, h, r
co (‘com’) iniciado por h (a ABL sugere eliminar essa letra, passando-se a grafar,
assim, coerdar, coerdeiro, coipônimo etc.)
ciber iniciado por h, r
inter
super
nuper

LÍNGUA PORTUGUESA
hiper
ad iniciado por d, h, r
pan a) iniciado por vogal
b) iniciado por h, m, n [diante de b e p passa a pam]
circum a) iniciado por vogal
b) iniciado por h, m, n [aceita formas aglutinadas como circu e circum]
além sem qualquer (sempre)
aquém sota
ex (“cessamento ou “estado anterior”) soto
recém vice
pós sempre que conservem autonomia vocabular
pré
pró

DISTINÇÕES Ela reclama porque é carente.


[conjunção causal]
Distinção entre a, à, há e á Ela devia estar com fome, porque estava branca.
[conjunção explicativa – equivale a pois]
(I) a. A palavra a pode ser: O preso fugiu porque dopou o guarda?
(i) artigo feminino singular: [pergunta que propõe uma causa possível, limitando a
Eu comprei a roupa ontem. resposta a sim ou não]
A menina mais bonita da rua.
(II) porquê: a forma porquê é substantivo e equivale
(ii) pronome: (é sinônimo) a causa, motivo, razão. É acentuada por ser
Mara é muito próxima da família, mas não a vejo há uma palavra tônica:
meses. Não sabemos o porquê da demissão de José.
[equivale a: Não sabemos o motivo/a causa/a razão
(iii) preposição:
da demissão de José]
Andar a cavalo é sempre prazeroso.
(III) por que: a forma por que (com duas palavras) é
(II) à. A palavra à (com o acento grave) é utilizada
utilizada quando:
quando ocorre a contração da preposição a com o artigo
(i) significa pelo qual (e flexões pela qual, pelas quais,
feminino a:
João assistiu à cena estarrecido. pelos quais). Nesse significado, a palavra que é pronome
[assistir a (preposição) + a cena (artigo feminino)]. relativo.
Não revelou o motivo por que não compareceu à aula.
(III) há. A palavra há é uma forma do verbo haver: [Não revelou o motivo pelo qual não compareceu à
Há três meses não chove no interior do Pará. aula]
[Há = faz]
Não há mais violência no centro da cidade. (ii) equivale a por qual, por quais. Nessas formas, a
[Há = existe] forma que é pronome indefinido.
Na BR040 há muitos acidentes fatais. Ela sempre quis saber por que motivo raspei o cabelo.
[Há = acontecem]
(iii) a forma por que é advérbio interrogativo. Nessa
(IV) á. A palavra á é um substantivo e designa a letra a: estrutura, é possível subentender uma das palavras motivo,
Está provado por á mais bê que o vereador estava causa, razão.
errado. Por que [motivo] faltou à aula?

Distinção entre porque, porquê, por que e por quê (iv) a forma por que faz parte de um título.
Por que o ser humano chora.
Estes são os usos das formas porque, porquê, por
que e por quê: (IV) por quê: a forma por quê (com duas palavras e
acentuada) é usada após pausa acentuada ou em final de
(I) porque: a forma porque pode ser uma conjunção
frase.
(causal ou explicativa) ou uma pergunta que propõe uma
causa possível, limitando a resposta a sim ou não: Estavam no meio daquela bagunça sem saber por quê.

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Distinção entre acerca de e cerca de A torre eminente é a mais fotografada.

(I) A locução acerca de equivale a a respeito de, (ii) que se destaca por sua qualidade ou importância;
sobre. Por exemplo: excelente, superior:
Nós, linguistas, pouco conhecemos acerca da origem O mestre eminente era seguido por todos.
da linguagem.
[= sobre a origem da linguagem – a respeito da (II) O adjetivo iminente, por sua vez, tem o seguinte
origem da linguagem] significado:
BRUNO PILASTRE

(II) A locução cerca de tem valor de aproximada- Iminente: o que ameaça se concretizar, que está a
mente, quase: ponto de acontecer; próximo, imediato:
Cerca de duas horas depois da missa o pároco faleceu. O desabamento iminente é o que mais preocupa as
[= aproximadamente duas horas depois – quase autoridades.
duas horas depois]. O edital iminente deixa os candidatos ansiosos.

Distinção entre ao encontro de e de encontro a Distinção entre mas e mais

(I) A locução ao encontro de possui o significado equi- Na escrita, é muito comum haver a troca da forma mas
valente às expressões em direção a, a favor de. Veja os pela forma mais. Os estudantes produzem frases como:
exemplos: O país é rico, mais a gestão pública é ineficiente.
Os vândalos saíram ao encontro dos policiais, que
fechavam a avenida. Na oralidade, o fenômeno é comum em formas seme-
[= em direção a] lhantes à palavra mas:
Com a decisão da Presidente Dilma, o governo vai ao faz/fa(i)z;
encontro das reivindicações da população. paz/pa(i)z;
[= a favor de] nós/nó(i)s.

(II) A locução de encontro a é antônima à locução ao É preciso, porém, distinguir as duas formas, pois na
encontro de. De encontro a significa choque, oposição, frase O país é rico, mais a gestão pública é ineficiente há
sendo equivalente à forma contra. Observe a frase a seguir: inadequação, uma vez que se deve utilizar a forma mas: O
O caminhão perdeu os freios e foi de encontro ao país é rico, mas a gestão pública é ineficiente.
carro do deputado. A distinção das duas formas é a seguinte:
[= contra]
A decisão do governo foi de encontro aos desejos do (I) A palavra mas é conjunção que exprime principal-
Movimento Passe Livre. mente oposição, ressalva, restrição:
[= contrariou] O carro não é meu, mas de um amigo.

Distinção entre aonde e onde (II) A palavra mais é advérbio e traduz a ideia de
aumento, superioridade, intensidade:
(I) A forma aonde é a contração da preposição a com do Ele sempre pensa em ganhar mais dinheiro.
advérbio onde. Emprega-se com verbos que denotam movi- Ele queria ser mais alto que os outros.
mento e regem a preposição a (verbos ir, chegar, levar):
Aonde os manifestantes querem chegar? Distinção entre se não e senão
[verbo chegar].
Os investigadores descobriram aonde as crianças (I) A forma se não (separado) é usada quando o se
eram levadas. pode ser substituído por caso ou na hipótese de que:
[verbo levar]. Se não perdoar, não será perdoado.
[se não = caso não. É conjunção condicional]
(II) O advérbio onde é utilizado com verbos que não Se não chover, viajarei amanhã.
denotam movimento e não regem a preposição a: [se não = na hipótese de que não]
Onde mora o presidente da Colômbia?
[verbo morar] Também há o uso da forma se não como conjunção
Os investigadores descobriram onde o dinheiro era condicional, equivalendo a quando não:
lavado. A grande maioria, se não a totalidade dos acidentes de
[verbo lavar] trabalho, ocorre com operários sem equipamentos de segu-
rança.
Distinção entre eminente e iminente [se não = quando não]
(II) A palavra senão (uma única palavra) possui as
Os adjetivos eminente e iminente são parônimos seguintes realizações:
(são quase homônimos, diferenciando-se ligeiramente na
grafia e na pronúncia). (i) É conjunção e significa:
(I) O adjetivo eminente tem os seguintes significados: (a) de outro modo; do contrário:
(i) muito acima do que o que está em volta; proemi- Coma, senão ficará de castigo.
nente, alto, elevado: (b) mas, mas sim, porém:

16
Não obteve aplausos, senão vaias. O adiamento de três anos abre brechas para que novas
mudanças sejam propostas. Isso significa que, embora jor-
(ii) É preposição quando equivale a com exceção de, nais, livros didáticos e documentos oficiais já tenham ado-
salvo, exceto: tado o novo acordo, novas alterações podem ser implemen-
Todos, senão você, gostam de bolo. tadas ou até mesmo suspensas.

(iii) É substantivo masculino e significa pequena imper- Diplomacia

LÍNGUA PORTUGUESA
feição; falha, defeito, mácula:
Não há qualquer senão em sua prova. A decisão é encarada como um movimento diplomático,
uma vez que o governo, diz o Itamaraty, quer sincronizar as
Para concluir nossos estudos sobre Fonologia, vamos mudanças com Portugal.
ler uma reportagem sobre o Acordo Ortográfico, a qual foi O país europeu concordou oficialmente com a reforma
publicada no dia 28 de dezembro de 2012, no jornal Folha ortográfica, mas ainda resiste em adotá-la. Assim como o
de São Paulo. Brasil, Portugal ratificou em 2008 o acordo, mas definiu um
período de transição maior.
GOVERNO ADIA PARA 2016 INÍCIO DO ACORDO ORTO- Não há sanções para quem desrespeitar a regra, que é,
GRÁFICO na prática, apenas uma tentativa de uniformizar a grafia no
Brasil, Portugal, nos países da África e no Timor-Leste.
O governo federal adiou para 2016 a obrigatoriedade A intenção era facilitar o intercâmbio de obras escritas no
do uso do novo acordo ortográfico. A decisão foi publicada idioma entre esses oito países, além de fortalecer o peso do
nesta sexta-feira no "Diário Oficial da União". idioma em organismos internacionais.
A implantação das novas regras, adotadas pelos seto- "É muito difícil querer que o português seja língua oficial
res público e privado desde 2009, estavam previstas para o nas Nações Unidas se vão perguntar: Qual é o português que
próximo dia 1º de janeiro. vocês querem?", afirma o embaixador Pedro Motta, represen-
A reforma ortográfica altera a grafia de cerca de 0,5% tante brasileiro na CPLP (Comunidade dos Países de Língua
das palavras em português. Até a data da obrigatoriedade, Portuguesa).
tanto a nova norma como a atual poderão ser usadas.

(Folha de São Paulo)

(Folha de São Paulo)

17
BRUNO PILASTRE

(Folha de São Paulo)

CAPÍTULO 2 – MORFOLOGIA Em morfologia, dois processos são importantes: a


flexão e a derivação.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Flexão: processo morfológico que consiste no emprego
Neste capítulo estudaremos, de modo esquemático, o de diferentes afixos acrescentados aos radicais ou aos
assunto morfologia/morfossintaxe. É um assunto importante, temas (nominais, verbais etc.) das palavras variáveis para
o qual é recorrentemente cobrado em concursos. Observamos exprimir as categorias gramaticais (número, gênero, pessoa,
que a abordagem a seguir é predominantemente linguística. caso, tempo etc.).
Iniciamos a exposição com a noção de morfema. Nas
línguas humanas, um morfema é a menor unidade linguís- Derivação: processo pelo qual se originam vocábulos
tica que possui significado, abarcando raízes e afixos, formas uns de outros, mediante a inserção ou extração de afixos.
livres (por exemplo: mar) e formas presas (por exemplo:
sapat-, -o-, -s) e vocábulos gramaticais (preposições, conjun- Kehdi (1993) classifica os seguintes tipos de morfemas
ções). Observe que, em algumas palavras, pode-se identificar em português:
duas posições de realização dos sufixos:
Classificação de caráter formal Classificação de base funcio-
Prefixo (antes da raiz) Raiz Sufixo (depois da raiz) (destaque para o significante) nal (destaque para a função
in- feliz -mente dos morfemas)
infelizmente aditivo: fazer – refazer. radical
subtrativo: órfão – órfã. afixos
Há técnicas para identificação da estrutura mórfica das alternativo: ovo – ovos. desinências
palavras. Vejamos duas: reduplicativo: pai – papai. vogais temáticas
de posição: grande homem – vogais e consoantes de liga-
Teste de comutação: método comparativo buscando a homem grande. ção
detecção das unidades significativas que compõem a estru- zero: casa – casas.
tura das palavras. cumulativo: amamos (-mos =
desinência número-pessoa).
música – músicas
vazio: cafeZal.
amavam – amaram

Segmentação mórfica: possibilidade ou não de divisão A fórmula geral da estrutura do vocábulo verbal portu-
de palavras em unidades menores significativas. guês é a seguinte (Camara Jr., 1977):
Sol
Mar T (R + VT) + SF (SMT + SNP)
deslealdade → des- leal -dade [em que T (tema), R (radical), VT (vogal temática), SF
(sufixo flexional ou desinência), SMT (sufixo modo-tempo-
Palavras-chave! ral), SNP (sufixo número-pessoal)]

Morfema: a menor parte significativa que compõe as palavras. A flexão verbal caracteriza-se na língua portuguesa
É um signo mínimo. pelas desinências indicadoras das seguintes categorias gra-
Radical e afixos: o radical é o morfema básico que constitui
maticais: (a) modo, (b) tempo – em um morfema cumulativo
uma palavra de categoria lexical (substantivo, adjetivo, verbo e
advérbio); os afixos são morfemas presos anexados a um radical
–, (c) número, (d) pessoa – em um morfema cumulativo.
(prefixos e sufixos).

18
Modo: refere-se a um julgamento implícito do falante a
passo que o particípio é de aspecto concluso ou perfeito. O valor
respeito da natureza, subjetiva ou não, da comunicação que do pretérito ou de voz passiva (com verbos transitivos) que às
faz. Indicativo, subjuntivo e imperativo. vezes assume, não é mais que um subproduto do seu valor de
Tempo: refere-se ao momento da ocorrência do pro- aspecto perfeito ou concluso.
cesso, visto do momento da comunicação. Presente, preté- Entretanto, o particípio foge até certo ponto, do ponto de vista
rito (perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito), futuro (do pre- mórfico, da natureza verbal. É no fundo um adjetivo com as
marcas nominais de feminino e de número plural em /S/. Ou

LÍNGUA PORTUGUESA
sente, do pretérito). Tempos compostos: auxiliar (ter e haver)
+ particípio. em outros termos: é um nome adjetivo, que semanticamente
expressa, em vez da qualidade de um ser, um processo que
nele se passa. O estudo morfológico do sistema verbal portu-
As formas nominais do verbo são: infinitivo (-r), gerún- guês pode deixá-lo de lado, porque morfologicamente ele per-
dio (-ndo) e particípio (-do). tence aos adjetivos, embora tenha valor verbal no âmbito semân-
Sobre as formas nominais, Camara Jr. (1977) pronun- tico e sintático.
cia-se da seguinte maneira: O gerúndio, ao contrário, é morfologicamente uma forma verbal.

Resta uma apreciação semântica, nas mesmas linhas, das cha- Depreensão morfológica (como identificar morfemas)
madas formas nominais, cujos nomes tradicionais são – infinitivo,
gerúndio e particípio. Aqui a oposição é aspectual e não tempo- A técnica de depreensão é simples: se tivermos
ral. O infinitivo é a forma mais indefinida do verbo. A tal ponto, uma forma verbal a ser analisada, procedemos à comutação
que costuma ser citado como o nome do verbo, a forma que de ao mesmo tempo com o infinitivo impessoal e com a primeira
maneira mais ampla e mais vaga resume a sua significação, sem pessoa do plural do tempo em que se encontra o verbo. O
implicações das noções gramaticais de tempo, aspecto ou modo. infinitivo sem o /r/ apresenta o radical e a vogal temática. A
Entre o gerúndio e o particípio há essencialmente uma oposição primeira pessoa do plural exibe a desinência [-mos] (SNP
de aspecto: o gerúndio é <imperfeito> (processo inconcluso), ao
ou DNP). O que sobrar será a desinência modo-temporal.

Exercício: indique nos quadros em branco a VT, os SMT e os SNP.

Indicativo VT SMT SNP Pretérito VT SMT SNP Subjuntivo VT SMT SNP


Presente imperfeito Presente
Amo Amava Cante
Amas Amavas Cantes
Ama Amava Cante
Amamos Amávamos Cantemos
Amais Amáveis Canteis
Amam Amavam Cantem

As categorias verbais Verbos notáveis

A categoria de tempo Antes de estudar alguns verbos notáveis da língua por-


tuguesa, é importante que o estudante saiba da existência de
A categoria de tempo constitui uma relação entre dois duas características dos verbos: ser rizotônico ou arrizotônico.
momentos: momento da comunicação e momento do pro- Rizotônicos: são as estruturas verbais com a sílaba
cesso. tônica dentro do radical.
Em português: passado x presente x futuro. Arrizotônicos: são as estruturas verbais com a sílaba
tônica fora do radical.
Tempos simples:
I – Presente: simultaneidade entre momento da comu- Arrear
nicação e momento de ocorrência do processo.
II – Passado ou pretérito: anterioridade entre o mo- Verbo irregular da 1ª conjugação. Significa pôr arreio.
mento da ocorrência do processo e o momento da Como ele, conjugam-se todos os verbos terminados em -ear.
comunicação (o processo que se está enunciando Variam no radical, que recebe um i nas formas rizotônicas.
ocorreu antes do momento da fala). Presente do Indicativo: arreio, arreias, arreia, arrea-
III – Futuro: indica relação de posterioridade. O proces- mos, arreais, arreiam.
so ainda vai ocorrer, é posterior à fala. Presente do Subjuntivo: arreie, arreies, arreie, arree-
mos, arreeis, arreiem.
Tempos complexos: ocorrem quando há dois proces- Imperativo Afirmativo: arreia, arreie, arreemos, arreai,
sos. Além de estabelecer relação entre os dois processos e arreiem.
o momento da comunicação, deve-se estabelecer relação Imperativo Negativo: não arreies, não arreie, não arree-
entre os dois processos entre si. mos, não arreeis, não arreiem.

19
Pretérito Perfeito do Indicativo: arreei, arreaste, Imperativo Negativo: não anseies, não anseie, não
arreou, arreamos, arreastes, arrearam. ansiemos, não ansieis, não anseiem.
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: arreara, arre- Pretérito Perfeito do Indicativo: ansiei, ansiaste,
aras, arreara, arreáramos, arreáreis, arrearam. ansiou, ansiamos, ansiastes, ansiaram.
Futuro do Subjuntivo: arrear, arreares, arrear, arrear- Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: ansiara,
mos, arreardes, arrearem. ansiaras, ansiara, ansiáramos, ansiáreis, ansiaram.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: arreasse, arreas- Futuro do Subjuntivo: ansiar, ansiares, ansiar, ansiar-
BRUNO PILASTRE

ses, arreasse, arreássemos, arreásseis, arreassem. mos, ansiardes, ansiarem.


Futuro do Presente: arrearei, arrearás, arreará, arrea- Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: ansiasse, ansias-
remos, arreareis, arrearão. ses, ansiasse, ansiássemos, ansiásseis, ansiassem.
Futuro do Pretérito: arrearia, arrearias, arrearia, arre- Futuro do Presente: ansiarei, ansiarás, ansiará,
aríamos, arrearíeis, arreariam. ansiaremos, ansiareis, ansiarão.
Infinitivo Pessoal: arrear, arreares, arrear, arrearmos, Futuro do Pretérito: ansiaria, ansiarias, ansiaria,
arreardes, arrearem. ansiaríamos, ansiaríeis, ansiariam.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: arreava, arreavas, Infinitivo Pessoal: ansiar, ansiares, ansiar, ansiar-
arreava, arreávamos, arreáveis, arreavam. mos, ansiardes, ansiarem.
Formas Nominais: arrear, arreando, arreado. Pretérito Imperfeito do Indicativo: ansiava, ansiavas,
  ansiava, ansiávamos, ansiáveis, ansiavam.
Arriar Formas Nominais: ansiar, ansiando, ansiado.
 
Verbo regular da 1ª conjugação. Significa fazer descer. Haver
Como ele, conjugam-se todos os verbos terminados em -iar,
menos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar. Verbo irregular da 2ª conjugação. Varia no radical e nas
Presente do Indicativo: arrio, arrias, arria, arriamos, desinências.
arriais, arriam. Presente do Indicativo: hei, hás, há, havemos, haveis,
Presente do Subjuntivo: arrie, arries, arrie, arriemos, hão.
arrieis, arriem. Presente do Subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos,
Imperativo Afirmativo: arria, arrie, arriemos, arriai, hajais, hajam.
arriem. Imperativo Afirmativo: há, haja, hajamos, havei,
Imperativo Negativo: não arries, não arrie, não arrie- hajam.
mos, não arrieis, não arriem. Imperativo Negativo: não hajas, não haja, não haja-
Pretérito Perfeito do Indicativo: arriei, arriaste, arriou, mos, não hajais, não hajam.
arriamos, arriastes, arriaram. Pretérito Perfeito do Indicativo: houve, houveste,
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: arriara, arria- houve, houvemos, houvestes, houveram.
ras, arriara, arriáramos, arriáreis, arriaram. Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: houvera,
Futuro do Subjuntivo: arriar, arriares, arriar, arriar- houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, houveram.
mos, arriardes, arriarem. Futuro do Subjuntivo: houver, houveres, houver, hou-
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: arriasse, arriasses, vermos, houverdes, houverem.
arriasse, arriássemos, arriásseis, arriassem. Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: houvesse, houves-
Futuro do Presente: arriarei, arriarás, arriará, arriare- ses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, houvessem.
mos, arriareis, arriarão. Futuro do Presente: haverei, haverás, haverá, have-
Futuro do Pretérito: arriaria, arriarias, arriaria, arriarí- remos, havereis, haverão.
amos, arriaríeis, arriariam. Futuro do Pretérito: haveria, haverias, haveria, have-
Infinitivo Pessoal: arriar, arriares, arriar, arriarmos, ríamos, haveríeis, haveriam.
arriardes, arriarem. Infinitivo Pessoal: haver, haveres, haver, havermos,
Pretérito Imperfeito do Indicativo: arriava, arriavas, haverdes, haverem.
arriava, arriávamos, arriáveis, arriavam. Pretérito Imperfeito do Indicativo: havia, havias, havia,
Formas Nominais: arriar, arriando, arriado. havíamos, havíeis, haviam.
  Formas Nominais: haver, havendo, havido.
Ansiar  
Reaver
Verbo irregular da 1ª conjugação. Como ele, conjugam-
-se mediar, remediar, incendiar e odiar. Variam no radical, Verbo defectivo da 2ª conjugação. Faltam-lhe as formas
que recebe um e nas formas rizotônicas. rizotônicas e derivadas. As formas não existentes devem ser
Presente do Indicativo: anseio, anseias, anseia, substituídas pelas do verbo recuperar.
ansiamos, ansiais, anseiam. Presente do Indicativo: ///, ///, ///, reavemos, reaveis,
Presente do Subjuntivo: anseie, anseies, anseie, ///.
ansiemos, ansieis, anseiem. Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.
Imperativo Afirmativo: anseia, anseie, ansiemos, Imperativo Afirmativo: ///, ///, ///, reavei vós, ///.
ansiai, anseiem. Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///.

20
Pretérito Perfeito do Indicativo: reouve, reouveste, restante dos tempos, tem conjugação regular, ou seja, segue
reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram. a conjugação de qualquer verbo regular terminado em -er,
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: reouvera, como escrever.
reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouve- Presente do Indicativo: provejo, provês, provê, pro-
ram. vemos, provedes, provêem.
Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, Presente do Subjuntivo: proveja, provejas, proveja,

LÍNGUA PORTUGUESA
reouvermos, reouverdes, reouverem. provejamos, provejais, provejam.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: reouvesse, reou- Imperativo Afirmativo: provê, proveja, provejamos,
vesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reou- provede, provejam.
vessem. Imperativo Negativo: não provejas, não proveja,
Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, rea- não provejamos, não provejais, não provejam.
veremos, reavereis, reaverão. Pretérito Perfeito do Indicativo: provi, proveste,
Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, rea- proveu, provemos, provestes, proveram.
veríamos, reaveríeis, reaveriam. Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: provera,
Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reaver-
proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram.
mos, reaverdes, reaverem.
Futuro do Subjuntivo: prover, proveres, prover,
Pretérito Imperfeito do Indicativo: reavia, reavias,
provermos, proverdes, proverem.
reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: provesse, pro-
Formas Nominais: reaver, reavendo, reavido.
vesses, provesse, provêssemos, provêsseis, proves-
sem.
Precaver
Futuro do Presente: proverei, proverás, proverá,
Verbo defectivo da 2ª conjugação, quase sempre usado proveremos, provereis, proverão.
pronominalmente (precaver-se). Faltam-lhe as formas rizo- Futuro do Pretérito: proveria, proverias, proveria,
tônicas e derivadas. As formas não existentes devem ser proveríamos, proveríeis, proveriam.
substituídas pelas dos verbos acautelar-se, prevenir-se. Infinitivo Pessoal: prover, proveres, prover, prover-
As formas existentes são conjugadas regularmente, ou seja, mos, proverdes, proverem.
seguem a conjugação de qualquer verbo regular terminado Pretérito Imperfeito do Indicativo: provia, provias,
em -er, como escrever. provia, províamos, províeis, proviam.
Presente do Indicativo: ///, ///, ///, precavemos, preca- Formas Nominais: prover, provendo, provido.
veis, ///.  
Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///. Requerer
Imperativo Afirmativo: ///, ///, ///, prevavei vós, ///.
Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///. Verbo irregular da 2ª conjugação que significa pedir,
Pretérito Perfeito do Indicativo: precavi, precaveste, solicitar, por meio de requerimento. Varia no radical.
precaveu, precavemos, precavestes, precaveram. No presente do indicativo, no presente do subjuntivo, no
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: precavera, imperativo afirmativo e no imperativo negativo tem con-
precavera, precavera, precavêramos, precavêreis, pre- jugação idêntica à do verbo querer, com exceção da 1ª
caveram. pessoa do singular do presente do indicativo (eu requeiro);
Futuro do Subjuntivo: precaver, precaveres, preca- no restante dos tempos, tem conjugação regular, ou seja,
ver, precavermos, precaverdes, precaverem. segue a conjugação de qualquer verbo regular terminado
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: precavesse, preca- em -er, como escrever.
vesses, precavesse, precavêssemos, precavêsseis, pre- Presente do Indicativo: requeiro, requeres, requer,
cavessem. requeremos, requereis, requerem.
Futuro do Presente: precaverei, precaverás, preca-
Presente do Subjuntivo: requeira, requeiras,
verá, precaveremos, precavereis, precaverão.
requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.
Futuro do Pretérito: precaveria, precaverias, precave-
Imperativo Afirmativo: requere, requeira, requeira-
ria, precaveríamos, precaveríeis, precaveriam.
mos, requerei, requeiram.
Infinitivo Pessoal: precaver, precaveres, precaver,
Imperativo Negativo: não requeiras, não requeira,
precavermos, precaverdes, precaverem.
não requeiramos, não requeirais, não requeiram.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: precavia, precavias,
Pretérito Perfeito do Indicativo: requeri, requereste,
precavia, precavíamos, precavíeis, precaviam.
Formas Nominais: precaver, precavendo, precavido. requereu, requeremos, requerestes, requereram.
  Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: requerera,
Prover requereras, requerera, requerêramos, requerêreis,
requereram.
Verbo irregular da 2ª conjugação que significa abas- Futuro do Subjuntivo: requerer, requereres, reque-
tecer. Varia nas desinências. No presente do indicativo, no rer, requerermos, requererdes, requererem.
presente do subjuntivo, no imperativo afirmativo e no impe-
rativo negativo tem conjugação idêntica à do verbo ver; no

21
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: requeresse, Futuro do Subjuntivo: colorir, colorires, colorir,
requeresses, requeresse, requerêssemos, requerês- colorirmos, colorirdes, colorirem.
seis, requeressem. Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: colorisse, colo-
Futuro do Presente: requererei, requererás, reque- risses, colorisse, coloríssemos, colorísseis, coloris-
rerá, requereremos, requerereis, requererão. sem.
Futuro do Pretérito: requereria, requererias, reque- Futuro do Presente: colorirei, colorirás, colorirá,
reria, requereríamos, requereríeis, requereriam. coloriremos, colorireis, colorirão.
BRUNO PILASTRE

Infinitivo Pessoal: requerer, requereres, requerer, Futuro do Pretérito: coloriria, coloririas, coloriria,
requerermos, requererdes, requererem. coloriríamos, coloriríeis, coloririam.
Pretérito Imperfeito do Indicativo: requeria, reque- Infinitivo Pessoal: colorir, colorires, colorir, colo-
rias, requeria, requeríamos, requeríeis, requeriam. rirmos, colorirdes, colorirem.
Formas Nominais: requerer, requerendo, reque- Pretérito Imperfeito do Indicativo: coloria, colorias,
rido. coloria, coloríamos, coloríeis, coloriam.
Formas Nominais: colorir, colorindo, colorido.
Verbos defectivos 1  
Falir
Colorir
Verbo defectivo, da 3ª conjugação. Faltam-lhe as
Verbo defectivo, da 3ª conjugação. Faltam-lhe a 1ª formas rizotônicas do Presente do Indicativo e as formas
pessoa do singular do Presente do Indicativo e as formas delas derivadas. Como ele, conjugam-se:
derivadas dela. Como ele, conjugam-se os verbos: aguerrir (tornar valoroso)
abolir adequar
aturdir (atordoar) combalir (tornar debilitado)
brandir (acenar, agitar a mão) embair (enganar)
banir empedernir (petrificar, endurecer)
carpir esbaforir-se
delir (apagar) espavorir
demolir foragir-se
exaurir (esgotar, ressecar) remir (adquirir de novo, salvar, reparar, indenizar,
explodir recuperar-se de uma falha), renhir (disputar)
fremir (gemer) transir (trespassar, penetrar)
haurir (beber, sorver)
delinquir Falir
extorquir
puir (desgastar, polir) Presente do Indicativo: ///, ///, ///, falimos, falis, ///.
ruir Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.
retorquir (replicar, contrapor) Imperativo Afirmativo: ///, ///, ///, fali, ///.
latir Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///, ///.
urgir (ser urgente) Pretérito Perfeito do Indicativo: fali, faliste, faliu,
tinir (soar) falimos, falistes, faliram.
pascer (pastar) Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: falira, fali-
ras, falira, falíramos, falíreis, faliram.
Colorir Futuro do Subjuntivo: falir, falires, falir, falirmos,
falirdes, falirem.
Presente do Indicativo: ///, colores, colore, colori- Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: falisse, falisses,
mos, coloris, colorem. falisse, falíssemos, falísseis, falissem.
Presente do Subjuntivo: ///, ///, ///, ///, ///, ///. Futuro do Presente: falirei, falirás, falirá, faliremos,
Imperativo Afirmativo: colore, ///, ///, colori, ///. falireis, falirão.
Imperativo Negativo: ///, ///, ///, ///, ///, ///. Futuro do Pretérito: faliria, falirias, faliria, faliría-
Pretérito Perfeito do Indicativo: colori, coloriste, mos, faliríeis, faliriam.
coloriu, colorimos, coloris, coloriram. Infinitivo Pessoal: falir, falires, falir, falirmos, falir-
Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: colorira, des, falirem.
coloriras, colorira, coloríramos, coloríreis, coloriram. Pretérito Imperfeito do Indicativo: falia, falias, falia,
falíamos, falíeis, faliam.
1
Diz-se do verbo que não apresenta todas as formas do paradigma a que Formas Nominais: falir, falindo, falido.
pertence.

22
Processo de criação de palavras (derivação) Vejamos a definição de cada uma delas:

A derivação é o processo pelo qual se originam vocá- Substantivo


bulos uns de outros, mediante a inserção ou extração de Classe de palavras com que se denominam os seres,
afixos. Pode ocorrer por: animados ou inanimados, concretos ou abstratos, os estados,
Processo Exemplificação
as qualidades, as ações.

LÍNGUA PORTUGUESA
Qualquer morfema susceptível de ser antecedido por
Prefixação ou sufixação: Infeliz (prefixação: in- + feliz)
outro da classe dos determinantes, compondo com ele um
Felizmente (sufixação: feliz +
-mente)
sintagma nominal.

Prefixação e sufixação: Infelizmente (prefixação e sufi-


Adjetivo
xação).
Que serve para modificar um substantivo, acrescentando
Derivação imprópria: forma- Passagem do substantivo pró-
uma qualidade, uma extensão ou uma quantidade àquilo que
ção de palavras por meio da prio para o comum (barnabé,
ele nomeia (diz-se de palavra, locução, oração, pronome).
mudança da categoria gra- benjamim, cristo), de substan-
matical sem a modificação da tivo comum a próprio (Oliveira, Palavra que se junta ao substantivo para modificar o seu
forma. Leão), de adjetivo a substan- significado, acrescentando-lhe noções de qualidade, natu-
tivo (barroco, tônica), de subs- reza, estado etc.
tantivo a adjetivo ou apositivo
(burro, rosa, padrão, D. João Verbo
V), de verbo a substantivo (o Classe de palavras que, do ponto de vista semântico,
fazer, o dizer).
contêm as noções de ação, processo ou estado, e, do ponto
Derivação parassintética: for- aclarar < claro de vista sintático, exercem a função de núcleo do predicado
mação de palavras em que se entardecer < tarde das sentenças.
verifica prefixação e sufixação
Nas línguas flexionais e aglutinantes, palavra perten-
simultaneamente.
cente a um paradigma cujas flexões indicam algumas cate-
gorias, como o tempo (que localiza ação, processo ou estado
Derivação regressiva: criação abalo, de abalar
em relação ao momento da fala), a pessoa (indica o emis-
de um substantivo pela elimi- saque, de sacar
sor, o destinatário ou o ser sobre o qual se fala), o número
nação de sufixo da palavra
derivante, e acréscimo de uma (indica se o sujeito gramatical é singular ou plural), o modo
vogal temática. (indica a atitude do emissor quanto ao fato por ele enunciado,
que pode ser de certeza, dúvida, temor, desejo, ordem etc.),
Derivação própria: forma- livraria, livreiro < livro
ção de palavras por meio da infeliz < feliz a voz (indica se o sujeito gramatical é agente, paciente ou, ao
adição de sufixos derivacio- mesmo tempo, agente e paciente da ação), o aspecto (for-
nais a um radical. nece detalhes a respeito do modo de ser da ação, se é unitá-
Aglutinação: reunião em um aguardente por água + ardente ria, momentânea, prolongada, habitual etc.).
só vocábulo, com significado pernalta por perna + alta
independente, de dois ou mais Advérbio
vocábulos distintos; ocorre Palavra invariável que funciona como um modificador
perda de fonemas e especial- de um verbo (dormir pouco), um adjetivo (muito bom), um
mente de acento de um dos outro advérbio (deveras astuciosamente), uma frase (feliz-
vocábulos aglutinados.
mente ele chegou), exprimindo circunstância de tempo,
Justaposição: reunião, em laranja-pera modo, lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, afirma-
uma só palavra com signifi- porta-malas ção, negação, dúvida, aprovação etc.
cado independente, de pala- madrepérola
vras distintas que conservam, cantochão
Pronome
cada uma, sua integridade
fonética. Palavra que representa um nome, um termo usado com
a função de um nome, um adjetivo ou toda uma oração que a
As classes de palavras segue ou antecede.

Há dez classes de palavras em português:
Preposição
1) Substantivo Palavra gramatical, invariável, que liga dois elementos
2) Adjetivo de uma frase, estabelecendo uma relação entre eles.
3) Verbo
4) Advérbio Artigo
5) Pronome Subcategoria de determinantes do nome. Em português,
6) Preposição é sempre anteposto ao substantivo.
7) Artigo
8) Numeral Numeral
9) Conjunção Diz-se de ou classe de palavras que indica quantidade
10) Interjeição numérica.

23
Conjunção
Vocábulo ou sintagma invariável, usado para ligar uma
oração subordinada à sua principal, ou para coordenar perí-
odos ou sintagmas do mesmo tipo ou função.

Interjeição
Palavra invariável ou sintagma que formam, por si sós,
BRUNO PILASTRE

frases que exprimem uma emoção, uma sensação, uma


ordem, um apelo ou descrevem um ruído (por exemplo:
psiu!, oh!, coragem!, meu Deus!).

A seção a seguir tem por objetivo proporcionar a você,


estudante, uma técnica eficaz de identificação das classes
A definição semântica não é suficientemente adequada
gramaticais mais importantes.
para definir substantivo, adjetivo e verbo.

Identificação das classes gramaticais


Caminho teórico mais coerente: explicações de cará-
ter formal e sintático (e morfossintático).
Iniciemos pela forma como as palavras são classifica-
das morfologicamente:
Os critérios mórfico (ou formal) e sintático para
Forma: define-se segundo os elementos estruturais
classificação morfológica
que vierem a compor ou a decompor paradigmaticamente
as palavras.
Tais ocorrências envolvem “cortes verticais” no eixo
Função: conforme a posição ocupada no eixo sintag-
paradigmático? Envolve elementos estruturais das palavras
mático.
(gramemas dependentes, como desinências, afixos etc.)?
Sentido: depreende-se da relação entre ambas as
coisas, associado quase sempre a fatores de ordem extra-
Explicação mórfica: flexão e derivação.
linguística.
→ Substantivo
→ gato/gata
→ Adjetivo
→ moral/imoral/amoral
→ Verbo
→ Explicação sintática:
→ Advérbio
→ Personagem esquisita – um bonito personagem
→ Este pires – muitos pires.
Palavra-chave!
Quais palavras (independentemente de serem seres
Sintagmático: diz-se da relação entre unidades da língua que se
ou não) se deixam anteceder pelos determinantes?
encontram contíguas na cadeia da fala e não podem se substituir
mutuamente, pois têm funções diferentes (por exemplo, em céu Não é função popular impedir reajustes de preço na
azul e eles chegaram, a relação entre céu e azul, e entre eles e próxima temporada.
chegaram).
Paradigmático: relativo a ou que pertence a uma série de unida- → função
des que possuem traço(s) em comum e que podem se substituir → (os) reajustes
mutuamente num determinado ponto da cadeia da fala; asso- → (o) preço
ciativo.
→ temporada

IMPORTANTE: A força substantivadora dos determinantes é tão grande


que pode transformar qualquer palavra de qualquer outra
A língua não funciona em relação a um único eixo (paradigmático
categoria em substantivos.
ou sintagmático).
Adjetivo
Fator sintático (posição horizontal) Somente as palavras que são adjetivos aceitam o
sufixo –mente (originando, dessa forma, um advérbio).
→ homem grande/grande homem
→ funcionário novo/novo funcionário IMPORTANTE:
Todo adjetivo é palavra variável em gênero e/ou número e
Mudança no eixo paradigmático também altera a cons-
deixa-se articular (ou modificar) por outra que seja advérbio.
trução de sentido, ainda que a classificação permaneça inal- ou
terada. É adjetivo toda palavra variável em gênero e/ou número que
se deixar anteceder por “tão” (ou por qualquer intensificador
→ Este é o romance mais bonito de Jorge Amado. como bem ou muito, dependendo do contexto).
→ Este é o barco mais bonito de Jorge Amado.

24
Como exercício, encontre os adjetivos nestas sentenças: Oração é uma frase, ou membro de frase, que contém
um verbo (ou locução verbal 2). A oração pode ser coorde-
→ Não é função _____ popular___ impedir reajustes de nada ou subordinada:
preço na _____ próxima___ temporada. O João chegou e já se sentou.
→ Ele não é _____ homem para isso. O governo afirmou que as políticas públicas serão mais
eficazes.

LÍNGUA PORTUGUESA
A resolução está organizada a seguir:
O período é uma frase que contém uma ou mais ora-
Não é função (tão) popular(es) impedir reajustes de ções. Inicia-se por letra maiúscula e encerra-se por ponto final
preço na (tão) próxima(s) temporada. (ou equivalente).
Ele não é (tão) homem para isso.
A ordem dos termos
IMPORTANTE:
Em português, as sentenças são organizadas na ordem
Constatar a flexão e a articulação com o substantivo são
(direta):
procedimentos fundamentais para distinguir o adjetivo do
advérbio.
Sujeito – Verbo – Objeto (complemento) – Adjuntos

Verbo O governo investiu R$ 100 milhões em educação no ano


O verbo, na língua portuguesa, constitui a classe de passado.
maior riqueza formal e, por esse critério, torna-se facilmente
identificável. Vozes do verbo
Apenas os verbos articulam-se com os pronomes pes-
soais do caso reto (Eu, Tu, Ele/Ela, Nós, Vós, Eles/Elas). Vozes são a forma em que se apresenta o verbo
para indicar a relação que há entre ele e o seu sujeito. Em
Advérbio língua portuguesa, há três tipos de voz: ativa, passiva e refle-
No eixo sintagmático: articula-se com verbos, adjetivos xiva. Vejamos a definição de cada uma:
e advérbios.
1. Voz ativa
→ Ela fala bem. Voz do verbo em que o sujeito pratica a ação (por exem-
→ Ela parece extremamente cansada. plo, João cortou a árvore)
→ Ela fala muito bem.
2. Voz passiva
Voz do verbo na qual o sujeito da oração recebe a inter-
IMPORTANTE:
pretação de paciente, em lugar da de agente da ação verbal
É advérbio toda palavra invariável em gênero e/ou número (por exemplo, Pedro foi demitido)
que se deixa anteceder por TÃO (ou por bem, ou por muito,
dependendo do contexto). 2.1. Voz passiva analítica
Voz passiva com o verbo principal na forma de particípio
e com verbo auxiliar (ser, estar, andar etc.) recebendo as
CAPÍTULO 3 – SINTAXE
indicações de tempo, modo e concordância.
O sujeito equivale ao objeto direto da ativa correspon-
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
dente, e o sintagma agentivo, opcional, vem precedido de por:
O cocheiro foi mordido (pelo cavalo).
Frase, período e oração
2.2. Voz passiva sintética
Frase é a construção que encerra um sentido com-
Voz passiva com o verbo na terceira pessoa construído
pleto, podendo ser formada por uma ou mais palavras, com
com o pronome apassivador se, sem indicação do agente.
ou sem verbo, ou por uma ou mais orações; pode ser afirma-
Por exemplo:
tiva, negativa, interrogativa, exclamativa ou imperativa.
Não se encontrou nenhum vestígio de vinho no copo.
Vejamos alguns exemplos:
Vendem-se livros usados.
→ Pare!
→ Fogo!
3. Voz reflexiva
→ Parada de ônibus.
Voz com verbo na forma ativa tendo como complemento
→ Vendem-se casas.
um pronome reflexivo, indicando a identidade entre quem pro-
→ A Maria disse que o João voltará amanhã.
voca e quem sofre a ação verbal:
→ O governo não dará continuidade à política de sane-
amento básico.
→ Os dirigentes chegaram? 2 Conjunto de palavras que equivalem a um só vocá-
→ Isso é um absurdo! bulo, por terem significado, conjunto próprio e função grama-
→ Adicione duas xícaras de leite. tical única. O João vai chegar cedo.

25
Feri-me. Este é um carro que tem muita força e que pode
Eles se prejudicaram. alcançar grande velocidade.

O sujeito Nessa última frase, coordenamos dois sintagmas adje-


Sujeito é termo da oração sobre o qual recai a predi- tivais derivados.
cação da oração e com o qual o verbo concorda. Pode ser: Por fim, é também importante destacar que ambas as
formas são perfeitamente aceitáveis, pois nenhuma das
BRUNO PILASTRE

I – Indeterminado: frases fere a integridade sintática do sistema linguístico. A


→ Pedro, disseram-me que você falou mal de mim. escolha entre ambas é uma questão estilística.
→ Precisa-se de empregados (índice de indetermina-
ção do sujeito). CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
→ Vive-se bem aqui (índice de indeterminação do sujeito).
A exposição dos conteúdos a seguir (Concordân-
II – Impessoal: cia Nominal e Verbal, Regência Verbal e Nominal e Rela-
Há bons livros na livraria. Faz frio. Chove. ções de Coordenação e Subordinação entre orações e entre
termos da oração) será baseada nas orientações do Manual
III – Explicitado lexicalmente: de Redação da Presidência República. Optamos por essa
→ O sol é um astro luminoso. abordagem pelo fato de a obra de referência (Manual da
Presidência) ser objetiva, sintética e completa.
IV – Explicitado pronominalmente:
→ Eu estudo no colégio Dom Pedro II. Concordância

V – Desinencial: Concordância é o processo sintático segundo o qual


→ Brincamos todos os dias na praça. certas palavras se flexionam, na sua forma, às palavras de
que dependem.
As formas pronominais retas (as quais ocupam a posi- Veremos que essa flexão ocorre quanto a gênero e
ção de sujeito) são as seguintes: número (nos adjetivos – nomes ou pronomes), números e
→ 1ª pessoa (singular ou plural): eu – nós. pessoa (nos verbos). Iniciemos pela Concordância Verbal,
→ 2ª pessoa (singular ou plural): tu – vós. mais extensa.
→ 3ª pessoa (singular ou plural): ele – eles.
Concordância Verbal
Paralelismo sintático
A regra geral para a concordância é a seguinte: o verbo
Paralelismo sintático é a identidade de estrutura numa concorda com seu sujeito em pessoa e número.
sucessão de frases. Vejamos a frase a seguir: Se o sujeito for simples, isto é, se tiver apenas um
O esforço é grande e o homem é pequeno. núcleo, com ele concorda o verbo em pessoa e número.
Vejamos os exemplos:
Nessa frase, há uma simetria estrutural entre as duas → O Chefe da Seção pediu maior assiduidade.
orações. Ambas são estruturadas por um verbo de ligação e → A inflação deve ser combatida por todos.
um predicativo do sujeito. → Os servidores do Ministério concordaram com a
Segundo Azeredo (2008), paralelismo sintático é a proposta.
perfeita correlação na estrutura sintática da frase. Como a
coordenação é um processo que encadeia valores sintáticos Quando o sujeito for composto, ou seja, possuir mais
idênticos, presume-se que os elementos sintáticos coorde- de um núcleo, o verbo vai para o plural e para a pessoa que
nados entre si devam apresentar, em princípio, estruturas tiver primazia, na seguinte ordem: a 1ª pessoa tem priori-
gramaticais similares. Portanto, a coordenação sintática dade sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª sobre a 3ª; na ausência de uma
deve comportar constituintes do mesmo tipo. e outra, o verbo vai para a 3ª pessoa.
É muito importante observar que o paralelismo sintático → Eu e Maria queremos viajar em maio.
não se enquadra em uma norma gramatical rígida. É possí- → Eu, tu e João somos amigos.
vel construir sentenças na língua que não seguem o princí- → O Presidente e os Ministros chegaram logo.
pio do paralelismo:
Este é um carro possante e que alcança grande velo- Em concursos públicos, há certas estruturas recorren-
cidade. temente cobradas. Vejamos, a seguir, algumas questões
que costumam suscitar dúvidas quanto à correta concordân-
Veja que nessa frase coordenamos termos de nature- cia verbal.
zas distintas: um sintagma adjetival básico (possante) e um
sintagma adjetival derivado (que alcança grande veloci- a) Há três casos de sujeito inexistente:
dade). Respeitar-se-ia o princípio do paralelismo se a frase 1. com verbos de fenômenos meteorológicos:
tivesse a seguinte estrutura: Choveu (geou, ventou...) ontem.

26
2. em que o verbo haver é empregado no sentido de d) O substantivo que se segue à expressão um e
existir ou de tempo transcorrido: outro fica no singular, mas o verbo pode empregar-se no
Haverá descontentes no governo e na oposição. singular ou no plural:
Havia cinco anos não ia a Brasília. → Um e outro decreto trata da mesma questão jurí-
dica.
Para certificar-se de que esse haver é impessoal, Ou:

LÍNGUA PORTUGUESA
basta recorrer ao singular do indicativo: Se há ( e nunca: → Um e outro decreto tratam da mesma questão jurí-
*hão) dúvidas... Há (e jamais: * Hão) descontentes... dica.

3. em que o verbo fazer é empregado no sentido de e) As locuções um ou outro, ou nem um, nem outro,
tempo transcorrido: seguidas ou não de substantivo, exigem o verbo no singu-
Faz dez dias que não durmo. lar:
Semana passada fez dois meses que iniciou a apura-
ção das irregularidades. → Uma ou outra opção acabará por prevalecer.
→ Nem uma, nem outra medida resolverá o pro-
blema.
IMPORTANTE:
→ Fazem cinco anos que não vou a Brasília. (Inadequado) f) No emprego da locução um dos que, admite-se
→ Faz cinco anos que não vou a Brasília. (Adequado) dupla sintaxe, verbo no singular ou verbo no plural (preva-
lece este no uso atual):
São muito frequentes os erros de pessoalização dos verbos → Um dos fatores que influenciaram (ou influen-
haver e fazer em locuções verbais (ou seja, quando acompanha- ciou) a decisão foi a urgência de obter resultados concre-
dos de verbo auxiliar). Nestes casos, os verbos haver e fazer tos.
transmitem sua impessoalidade ao verbo auxiliar: → A adoção da trégua de preços foi uma das medidas
→ Vão fazer cinco anos que ingressei no Serviço Público.
que geraram (ou gerou) mais impacto na opinião pública.
(Inadequado)
→ Vai fazer cinco anos que ingressei no Serviço Público.
(Adequado)
g) O verbo que tiver como sujeito o pronome relativo
quem tanto pode ficar na terceira pessoa do singular, como
→ Depois das últimas chuvas, podem haver centenas de concordar com a pessoa gramatical do antecedente a que
desabrigados. (Inadequado) se refere o pronome:
→ Depois das últimas chuvas, pode haver centenas de desa- → Fui eu quem resolveu a questão.
brigados. (Adequado) – ou:
→ Fui eu quem resolvi a questão.
→ Devem haver soluções urgentes para estes problemas.
(Inadequado) h) Verbo apassivado pelo pronome se deve concordar
→ Deve haver soluções urgentes para estes problemas.
com o sujeito que, no caso está sempre expresso e vem
(Adequado)
a ser o paciente da ação ou o objeto direto na forma ativa
correspondente:
→ Vendem-se apartamentos funcionais e residências
b) Concordância facultativa com sujeito mais próximo:
oficiais.
quando o sujeito composto figurar após o verbo, pode este
→ Para obterem-se resultados são necessários sacri-
flexionar-se no plural ou concordar com o elemento mais
fícios.
próximo.
→ Venceremos eu e você.
Compare:
Ou:
apartamentos são vendidos vendem apartamentos
→ Vencerei eu e você.
resultados são obtidos obtiveram resultados
Ou, ainda:
→ Vencerá você e eu. Verbo transitivo indireto (isto é, que rege preposição)
fica na terceira pessoa do singular; o se, no caso, não é
c) Quando o sujeito composto for constituído de pala- apassivador pois verbo transitivo indireto não é apassivá-
vras sinônimas (ou quase), formando um todo indiviso, ou vel:
de elementos que simplesmente se reforçam, a concordân- → *O prédio é carecido de reformas.
cia é facultativa, ou com o elemento mais próximo ou com a → *É tratado de questões preliminares. Assim, o
ideia plural contida nos dois ou mais elementos: adequado é:
→ A sociedade, o povo une-se para construir um país → Assiste-se a mudanças radicais no País. (E não
mais justo. *Assistem-se a...)
Ou então: → Precisa-se de homens corajosos para mudar o
→ A sociedade, o povo unem-se para construir um País. (E não *Precisam-se de...)
país mais justo. → Trata-se de questões preliminares ao debate. (E
não *Tratam-se de...)

27
i) Expressões de sentido quantitativo (grande número CONCORDÂNCIA NOMINAL
de, grande quantidade de, parte de, grande parte de, a
maioria de, a maior parte de, etc.) acompanhadas de com- A regra geral de concordância nominal é a seguinte:
plemento no plural admitem concordância verbal no singular adjetivos (nomes ou pronomes), artigos e numerais con-
ou no plural. Nesta última hipótese, temos “concordância cordam em gênero e número com os substantivos de que
ideológica”, por oposição à concordância lógica, que se faz dependem:
com o núcleo sintático do sintagma (ou locução) nominal (a → Todos os outros duzentos processos examinados...
BRUNO PILASTRE

maioria + de...): → Todas as outras duzentas causas examinadas...


→ A maioria dos condenados acabou (ou acabaram)
por confessar sua culpa. Vejamos, a seguir, alguns casos que suscitam dúvida:
→ Um grande número de Estados aprovaram (ou
aprovou) a Resolução da ONU. a) anexo, incluso, leso: como adjetivos, concordam
→ Metade dos Deputados repudiou (ou repudiaram) com o substantivo em gênero e número:
as medidas. → Anexa à presente Exposição de Motivos, segue
minuta de Decreto.
j) Concordância do verbo ser: segue a regra geral → Vão anexos os pareceres da Consultoria Jurídica.
(concordância com o sujeito em pessoa e número), mas nos → Remeto inclusa fotocópia do Decreto.
seguintes casos é feita com o predicativo: Silenciar nesta circunstância seria crime de lesa-pátria
(ou de leso-patriotismo).
1. quando inexiste sujeito:
→ Hoje são dez de julho. b) a olhos vistos é locução com função adverbial, inva-
→ Agora são seis horas. riável, portanto:
→ Do Planalto ao Congresso são duzentos metros. → Lúcia envelhecia a olhos vistos.
→ Hoje é dia quinze. → A situação daquele setor vem melhorando a olhos
vistos.
2. quando o sujeito refere-se a coisa e está no singular
e o predicativo é substantivo no plural: c) possível: em expressões superlativas, este adjetivo
→ Minha preocupação são os despossuídos. ora aparece invariável, ora flexionado (embora no portu-
→ O principal erro foram as manifestações extempo- guês, moderno se prefira empregá-lo no plural):
râneas. → As características do solo são as mais variadas pos-
síveis.
3. quando os demonstrativos tudo, isto, isso, aquilo → As características do solo são as mais variadas pos-
ocupam a função de sujeito: sível.
→ Tudo são comemorações no aniversário do muni-
cípio. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
→ Isto são as possibilidades concretas de solucionar
o problema. Em gramática, regência sinônimo de dependência,
→ Aquilo foram gastos inúteis. subordinação. Desse modo, a sintaxe de regência trata das
relações de dependência que as palavras mantêm na frase.
4. quando a função de sujeito é exercida por palavra ou Dizemos que um termo rege o outro que o complementa.
locução de sentido coletivo: a maioria, grande número, a Numa frase, os termos regentes ou subordinantes
maior parte, etc. (substantivos, adjetivos, verbos) regem os termos regidos
→ A maioria eram servidores de repartições extintas. ou subordinados (substantivos, adjetivos, preposições) que
→ Grande número (de candidatos) foram reprovados lhes completam o sentido.
no exame de redação.
→ A maior parte são pequenos investidores. Termos Regentes Termos Regidos
amar, amor a Deus.
5. quando um pronome pessoal desempenhar a função insistiu, insistência em falar.
persuadiu o Senador a que votasse.
de predicativo:
obediente, obediência à lei.
→ Naquele ano, o assessor especial fui eu.
cuidado, cuidadoso com a revisão do texto.
→ O encarregado da supervisão és tu. ouvir música
→ O autor do projeto somos nós.
Como se vê pelos exemplos acima, os termos regentes
Nos casos de frases em que são empregadas expres- podem ser substantivos e adjetivos (regência nominal) ou
sões é muito, é pouco, é mais de, é menos de o verbo ser verbos (regência verbal), e podem reger outros substanti-
fica no singular: vos e adjetivos ou preposições.
→ Três semanas é muito. Em concursos públicos, sabemos que as dúvidas mais
→ Duas horas é pouco. frequentes quanto à regência estão relacionadas à necessi-
→ Trezentos mil é mais do que eu preciso. dade de determinada palavra reger preposição, e qual deve
ser essa preposição.

28
Vejamos, a seguir, alguns casos de regência verbal Comparecer
que costumam criar dificuldades na língua escrita – e, (Comparecer a (ou em) algum lugar ou evento):
claro, são constantemente cobradas em provas. → Compareci ao(ou no) local indicado nas instruções.
→ A maioria dos delegados compareceu à (ou na)
Regência de alguns verbos de uso frequente reunião.

LÍNGUA PORTUGUESA
Anuir Compartilhar
(Concordar, condescender: transitivo indireto com a (Compartilhar alguma (ou de alguma) coisa):
preposição a): → O povo brasileiro compartilha os (ou dos) ideais
→ Todos anuíram àquela proposta. de preservação ambiental do Governo.
→ O Governo anuiu de boa vontade ao pedido do sin-
dicato. Consistir
(Consistir em alguma coisa (consistir de é angli-
Aproveitar cismo)):
(Aproveitar alguma coisa ou aproveitar-se de alguma → O plano consiste em promover uma trégua de
coisa): preços por tempo indeterminado.
→ Aproveito a oportunidade para manifestar repúdio
ao tratamento dado a esta matéria. Custar
→ O relator aproveitou-se da oportunidade para emitir (No sentido usual de ter valor, valer):
sua opinião sobre o assunto. → A casa custou um milhão de cruzeiros.
(No sentido de ser difícil, este verbo se usa na 3ª
Aspirar pessoa do sing., em linguagem culta formal):
(No sentido de respirar, é transitivo direto): → Custa-me entender esse problema.
→ Aspiramos o ar puro da montanha. Aspirá-lo. (Eu) custo a entender esse problema.
(No sentido de desejar ardentemente, de pretender, [é linguagem oral, escrita informal, etc.]
é transitivo indireto, regendo a preposição a): → Custou-lhe aceitar a argumentação da oposição.
→ O projeto aspira à estabilidade econômica da [Como sinônimo de demorar, tardar – Ele custou a
sociedade. Aspira a ela. aceitar a argumentação da oposição – também é lingua-
→ Aspirar a um cargo. Aspirar a ele. gem oral, vulgar, informal.]

Assistir Declinar
(No sentido de auxiliar, ajudar, socorrer, é transitivo (Declinar de alguma coisa (no sentido de rejeitar)):
direto): → Declinou das homenagens que lhe eram devidas.
→ Procuraremos assistir os atingidos pela seca
(assisti-los). Implicar
→ O direito que assiste ao autor de rever sua posi- (No sentido de acarretar, produzir como consequ-
ção. O direito que lhe assiste... ência, é transitivo direto):
(No sentido de estar presente, comparecer, ver é → O Convênio implica a aceitação dos novos preços
transitivo indireto, regendo a preposição a): para a mercadoria.
→ Não assisti à reunião ontem. Não assisti a ela. [O Convênio implica na aceitação... – é inovação sin-
→ Assisti a um documentário muito interessante. tática bastante frequente no Brasil. Mesmo assim, aconse-
Assisti a ele. lha se manter a sintaxe originária: implica isso]
(Nesta acepção, o verbo não pode ser apassivado;
assim, em linguagem culta formal, é incorreta a frase): Incumbir
→ A reunião foi assistida por dez pessoas. (Incumbir alguém (incumbi-lo) de alguma coisa):
→ Incumbi o Secretário de providenciar a reserva
Atender das dependências.
→ O Prefeito atendeu ao pedido do vereador. (Ou incumbir a alguém (incumbir-lhe) alguma coisa):
→ O Presidente atendeu o Ministro (atendeu-o) em → O Presidente incumbiu ao Chefe do Cerimonial
sua reivindicação. preparar a visita do dignitário estrangeiro.
Ou
→ O Presidente atendeu ao Ministro (atendeu a ele) Informar
em sua reivindicação. (Informar alguém (informá-lo) de alguma coisa):
→ Informo Vossa Senhoria de que as providências
Avisar solicitadas já foram adotadas.
(Avisar alguém (avisá-lo) de alguma coisa): (Informar a alguém (informar-lhe) alguma coisa):
→ O Tribunal Eleitoral avisou os eleitores da neces- → Muito agradeceria informar à autoridade interes-
sidade do recadastramento. sada o teor da nova proposta.

29
Obedecer Por regra, a crase somente ocorre antes de palavras
(Obedecer a alguém ou a alguma coisa (obedecer- femininas determinadas pelo artigo a(s) e subordinadas a
-lhe)): termos que requerem a preposição a. Portanto, dois fatores
→ As reformas obedeceram à lógica do programa de são determinantes. Vejamos:
governo.
→ É necessário que as autoridades constituídas obe- (i) Deve haver um termo que requer a preposição a.
deçam aos preceitos da Constituição. → Ele assistiu à cena.
BRUNO PILASTRE

→ Todos lhe obedecem. [verbo assistir rege a preposição a (assistir a)]


→ Todos os manifestantes estão fazendo uso do direito
Pedir à liberdade de expressão.
(Pedir a alguém (pedir-lhe) alguma coisa): [o nome direito exige a preposição a]
→ Pediu ao assessor o relatório da reunião.
(Pedir a alguém (pedir-lhe) que faça alguma coisa): (ii) A crase ocorrerá antes de palavras femininas deter-
[“Pedir a alguém para fazer alguma coisa” é lingua- minadas. Há, aqui, duas exigências:
gem oral, vulgar, informal.] → Ele assistiu à cena.
→ Pediu aos interessados (pediu-lhes) que (e não
*para que) procurassem a repartição do Ministério da Saúde. Nessa frase, percebemos que cena é palavra feminina
(exigência (i)) e é determinada (ou seja: dentre um grande
Preferir universo de cenas, alguém assistiu a uma cena específica,
(Preferir uma coisa (preferi-la) a outra (evite: “preferir determinada) (exigência (ii)).
uma coisa do que outra”): → Todos os manifestantes estão fazendo uso do direito
→ Prefiro a democracia ao totalitarismo. à liberdade de expressão.

Vale para a forma nominal preferível:


Nessa frase, liberdade é palavra feminina e está
Isto é preferível àquilo (e não preferível do que...).
determinada (ou seja: dentre todas as formas de liberdade,
fala-se da liberdade de expressão).
Propor-se
(Propor-se (fazer) alguma coisa ou a (fazer) alguma
RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO E SUBORDI-
coisa):
NAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA
→ O decreto propõe-se disciplinar (ou a disciplinar) o
ORAÇÃO
regime jurídico das importações.

Tipos de Orações e Emprego de Conjunções


Referir
(No sentido de ‘relatar’ é transitivo direto):
→ Referiu as informações (referiu-as) ao encarregado. As conjunções são palavras invariáveis que ligam ora-
ções, termos da oração ou palavras. Estabelecem relações
Visar entre orações e entre os termos sintáticos, que podem ser
(Com o sentido de ter por finalidade, a regência origi- de dois tipos:
nária é transitiva indireta, com a preposição a. Tem-se admi-
tido, contudo, seu emprego com o transitivo direto com essa a) de coordenação de ideias de mesmo nível, e de
mesma acepção): elementos de idêntica função sintática;
→ O projeto visa ao estabelecimento de uma nova ética b) de subordinação, para estabelecer hierarquia entre
social (visa a ele). Ou: visa o estabelecimento (visa-o). as ideias, e permitir que uma oração complemente o sentido
→ As providências visavam ao interesse (ou o inte- da outra.
resse) das classes desfavorecidas.
Por esta razão, o uso apropriado das conjunções é de
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE grande importância: seu emprego indevido gera imprecisão
ou combinações errôneas de ideias. Esse é o ponto mais
Crase designa, em termos de gramática normativa, a avaliado em concursos públicos, uma vez que a substitui-
contração da preposição a com o artigo a(s), ou com os pro- ção de uma conjunção por outra pode ocasionar mudança
nomes demonstrativos a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo. de sentido e incorreções.
Observe as frases abaixo:
→ Ele foi à padaria. Períodos Coordenados e Conjunções Coordenativas
[Ele foi a (preposição) + a (artigo) padaria]
→ Ninguém chegou àquele nível de compreensão. De acordo com a tradição gramatical, as conjunções
[Ninguém chegou a (preposição) + aquele (pronome coordenativas unem elementos de mesma natureza (subs-
demonstrativo) nível (...)] tantivo + substantivo; adjetivo + adjetivo; advérbio + advér-
bio; e oração + oração). Em períodos, as orações por elas
É muito importante observar que o acento grave ( ` ) introduzidas recebem a mesma classificação. Vejamos, nos
indica o fato linguístico crase. quadros a seguir, cada uma delas:

30
Aditivas: relacionam pensamentos similares. São (iii) objetivas indiretas:
duas: e e nem. A primeira une duas afirmações; a segunda, → A liberação dos recursos depende de que o Minis-
duas negações: tro a autorize.
→ O Embaixador compareceu à reunião e manifestou o
interesse do seu governo no assunto. (iv) predicativas:
→ O Embaixador não compareceu à reunião, nem → O problema do projeto foi que ninguém previu
manifestou o interesse de seu governo no assunto. todas as suas consequências.

LÍNGUA PORTUGUESA
Adversativas: relacionam pensamentos que se opõem As orações subordinadas adjetivas desempenham a
ou contrastam. A conjunção adversativa por excelência é função de adjetivo, restringindo o sentido do substantivo a
mas. Outras palavras também têm força adversativa na rela- que se referem, ou simplesmente lhe acrescentando outra
ção entre ideias: porém, todavia, contudo, entretanto, no característica. São introduzidas pelos pronomes relativos
entanto. que, o (a) qual, quem, quanto, cujo, como, onde, quando.
→ O piloto gosta de automóveis, mas prefere deslocar- Podem ser, portanto:
-se em aviões.
→ O piloto gosta de automóveis; prefere, porém, des- a) restritivas:
locar-se em aviões. → Só poderão inscrever-se os candidatos que preen-
cheram todos os requisitos para o concurso.
Alternativas: relacionam pensamentos que se
excluem. As conjunções alternativas mais utilizadas são: ou, b) não restritivas (ou explicativas):
quer...quer, ora...ora, já...já. → O Presidente da República, que tem competência
→ O Presidente irá ao encontro (ou) de automóvel, ou exclusiva nessa matéria, decidiu encaminhar o projeto.
de avião.
IMPORTANTE!
Conclusivas: relacionam pensamentos tais que o
Observe que o fato de a oração adjetiva restringir, ou não, o
segundo contém a conclusão do enunciado no primeiro.
substantivo (nome ou pronome) a que se refere repercute na
São: logo, pois, portanto, consequentemente, por con- pontuação. Na frases de (a), acima, a oração adjetiva especifica
seguinte, etc. que não são todos os candidatos que poderão inscrever-se, mas
→ A inflação é o maior inimigo da Nação; logo, é meta somente aqueles que preencherem todos os requisitos para o
prioritária do governo eliminá-la. concurso. Como se verifica pelo exemplo, as orações adjetivas
restritivas não são pontuadas com vírgula em seu início. Já
Explicativas: relacionam pensamentos em sequência em (b), acima, temos o exemplo contrário: como só há um
justificativa, de tal modo que a segunda oração explica a Presidente da República, a oração adjetiva não pode especificá-
razão de ser da primeira. São: que, pois, porque, portanto. lo, mas apenas agregar alguma característica ou atributo dele.
→ Aceite os fatos, pois eles são o espelho da realidade. Este segundo tipo de oração vem, obrigatoriamente, precedido
por vírgula anteposta ao prenome relativo que a introduz.
Períodos Subordinados e Conjunções Subordinativas

As conjunções subordinativas unem duas orações As orações subordinadas adverbiais cumprem a


de natureza diversa: a que é introduzida pela conjunção função de advérbios. As conjunções que com mais frequ-
completa o sentido da oração principal ou lhe acrescenta ência conectam essas orações vêm listadas, em quadros,
uma determinação. ao lado da denominação de cada modalidade. As orações
Vejamos, a seguir, as orações subordinadas desenvol- adverbiais são classificadas de acordo com a ideia expressa
vidas (isto é, aquelas que apresentam verbo em uma das por sua função adverbial:
formas finitas, indicativo ou subjuntivo) e as conjunções
empregadas em cada modalidade de subordinação: (i) Causais: porque; como, desde que, já que, visto,
As orações subordinadas substantivas desempenham uma vez que (antepostos).
funções de substantivo, ou seja, sujeito, objeto direto, → O Coronel assumiu o comando porque o General
objeto indireto, predicativo. Podem ser introduzidas pelas havia falecido.
conjunções integrantes que, se, como; pelos pronomes → Como o General havia falecido, o Coronel assumiu
relativos, que, quem, quantos; e pelos pronomes interroga- o comando.
tivos quem, (o) que, quanto(a)(s), qual (is), como, onde,
quando. De acordo com a função que exercem, as orações (ii) Concessivas: embora, conquanto, ainda que,
são classificadas em: posto que, se bem que, etc.
→ O orçamento foi aprovado, embora os preços esti-
(i) subjetivas: vessem altos.
→ É surpreendente que as transformações ainda
não tenham sido assimiladas. (iii) Condicionais: se, caso, contanto que, sem que,
→ Quem não tem competência não se estabelece. uma vez que, dado que, desde que, etc.
→ O Presidente baixará uma medida provisória se
(ii) objetivas diretas: houver necessidade.
→ O Ministro anunciou que os recursos serão libe- → Informarei o Secretário sobre a evolução dos acon-
rados. tecimentos contanto que ele guarde sigilo daquilo que ouvir.

31
(iv) Conformativas: como, conforme, consoante, (vii) Advérbios (não seguidos de vírgula)
segundo, etc. → Aqui me sinto bem.
→ Despachei o processo conforme determinava a
praxe em vigor. (viii) Gerúndio precedido da preposição em
→ Em se tratando de política...
(v) Comparativas: que, do que (relacionados a mais,
menos, maior, menor, melhor, pior); qual (relacionado a (ix) Frases interrogativas iniciadas por um vocábulo
BRUNO PILASTRE

tal); como ou quanto (relacionados a tal, tanto, tão); como interrogativo


se; etc. → Quem te falou isso?
→ Nada é tão importante como (ou quanto) o respeito
aos direitos humanos. Mesóclise

(vi) Consecutivas: que (relacionado com tal, tão, A mesóclise é a colocação do pronome oblíquo átono
tanto, tamanho); de modo que, de maneira que; etc. entre o radical e a desinência das formas verbais do futuro
→ O descontrole monetário era tal que não restou outra do presente e do futuro do pretérito.
solução senão o congelamento. Veja, como exemplo, as duas ocorrências de mesó-
clise:
(vii) Finais: para que ou por que, a fim de que, que, etc. → Amar-te-ei para sempre.
→ O pai trabalha muito para (ou a fim de ) que nada → Procurar-te-ei por toda a minha vida.
falte aos filhos.
O uso da mesóclise está, também, condicionado a
(viii) Proporcionais: à medida ou proporção que, ao duas condições:
passo que, etc. (i) quando a próclise não for obrigatória (mesóclise
→ As taxas de juros aumentavam à proporção (ou proibida); e
medida) que a inflação crescia. (ii) não houver sujeito expresso, anteposto ao verbo
(mesóclise facultativa).
Como exemplo:
(ix) Temporais: quando, apenas, mal, até que, assim
→ Não se aplaudirão vandalismos.
que, antes ou depois que, logo que, tanto que, etc.
[mesóclise proibida]
→ O acordo será celebrado quando alcançar-se um
entendimento mínimo.
→ A corrida te animará.
→ Apenas iniciado o mandato, o governador decretou
Ou:
a moratória da dívida pública do Estado.
→ A corrida animar-te-á.
[mesóclise facultativa]
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Ênclise
Próclise
A ênclise é a colocação do pronome pessoal átono
Na próclise o pronome pessoal oblíquo átono ocorre
depois do verbo. Ocorre nos seguintes contextos:
antes do verbo. Usa-se a próclise quando há (principais
casos):
(i) No imperativo afirmativo
→ Levanta-te agora!
(i) Palavras e sentido negativo (jamais, não etc.)
→ Jamais te enganei. (ii) No infinitivo impessoal
→ Não me esqueças. → Aguardar-te é sempre cansativo!

(ii) Pronomes indefinidos (iii) No gerúndio


→ Alguém te ligou ontem. → Conhecendo-nos, desfez a cara de desgosto.

(iii) Pronomes relativos (iv) Em orações que vêm após uma vírgula
→ O guarda que me chamou atenção foi aquele. → Por ser diretor da escola, ofereceu-nos duas vagas
para nossos filhos.
(iv) Pronomes demonstrativos
→ Aquilo me incomoda. (v) Em início de frase
Mostrei-lhe todos os meus bolsos.
(v) O numeral ambos
→ Ambos o recusaram. Vejamos, por fim, alguns tópicos importantes em sin-
taxe. Observamos, mais uma vez, que esses conteúdos são
(vi) Conjunções subordinativas recorrentemente solicitados em provas de concurso público.
→ Era tarde quando me avisaram.

32
O verbo HAVER e o verbo TER Nessa frase, os dois substantivos (atriz e beleza)
estão relacionados pelo pronome relativo cujo. O substan-
O uso de ter em vez de haver não é condenado na lin- tivo atriz é possuidor de algo (qualidade) designado pelo
guagem popular, na comunicação informal. Assim, é comum substantivo beleza.
ouvirmos frases como: O mesmo raciocínio se aplica às frases seguintes:
→ Hoje não tem feira. → Os alimentos a cujos benefícios todos os espor-

LÍNGUA PORTUGUESA
→ Tinha sujeira em toda parte. tistas recorrem.
→ Tinha uma pedra no caminho.
→ A terra cujas riquezas haviam extraído.

Na linguagem culta formal, é preferível:


Observe que na frase Os alimentos a cujos bene-
→ Hoje não há feira.
→ Havia sujeira em toda parte. fícios todos os esportistas recorrem o pronome cujo
→ Havia uma pedra no caminho. é precedido de preposição pelo fato de o verbo recorrer
exigir tal forma (recorrer A).
Uso da conjunção CONQUANTO É importante observar que não há artigo entre o pro-
nome relativo cujo e seu consequente. Deve-se evitar,
A conjunção conquanto introduz uma oração subordi- portanto, a forma abaixo:
nada que contém a afirmação de um fato contrário ao da → Era uma atriz cuja a beleza todos admiravam.
afirmação contida na oração principal, mas que não é sufi-
ciente para anular este último. Equivale às formas embora, Usos da palavra QUE
se bem que, não obstante. Exemplos:
→ Não concorreu ao prêmio, conquanto pudesse fazê-lo. (i) A conjunção que: tem a função de enlaçar as ora-
→ Conquanto a bibliografia camoniana encha uma ções de um período composto:
biblioteca, pouco sabemos ao certo acerca da bibliografia → A população saiu às ruas depois que o escândalo
do imortal poeta. foi noticiado.

Apesar de não ser uma conjunção usual, essa forma é


(ii) O expletivo que: diz-se que são expletivas as pala-
muito cobrada em concursos públicos. Também vale a pena
vras ou expressões que, embora não necessárias ao sentido
utilizá-la em sua produção textual.
da frase, lhe dão realce, lhe transmitem ênfase. O que é uti-
lizado em frases como as seguintes:
Uso de PARA EU – PARA MIM
→ Desde muito que Rui de Nelas meditava em casar
É comum ouvirmos frases como a seguinte: a filha.
→ Meu pai comprou o a cartolina para mim fazer o → Deus que nos proteja e retempere as nossas
cartaz. forças.
→ Imprevidente que fui, isto sim.
Essa frase, porém, é considerada inadequada pela
norma culta, uma vez que a forma mim (forma oblíqua (iii) O pronome relativo que: é precedido de preposi-
tônica do pronome pessoal reto da 1ª pessoa do singular ção quando esta é exigida pelo verbo da oração iniciada por
eu) é sempre regida de preposição. esse pronome:
Desse modo, em frases como Meu pai comprou o a → Era magnífica a mata a que chegamos.
cartolina para mim fazer o cartaz deve-se utilizar a forma → A criança escolheu a fruta de que mais gostava.
pronominal eu: Meu pai comprou a cartolina para eu fazer
o cartaz. Nessa frase, o pronome eu é sujeito do infinitivo Usos da palavra SE
que o acompanha.
A forma mim deve ser usada como complemento: (i) O pronome apassivador se: o pronome se é usado
→ Ele entregou a bola para mim. na construção passiva formada com verbo transitivo. Nessa
construção, o verbo concorda normalmente com o sujeito.
Nessa frase, mim é complemento da preposição para
Observe os exemplos:
(e não é sujeito de alguma forma infinitiva).
→ Alugou-se a casa.
→ Alugaram-se as casas.
Uso do pronome relativo CUJO

O pronome relativo cujo relaciona dois substantivos, (ii) O índice de indeterminação do sujeito se: o pronome
um antecedente e outro consequente, sendo este último se pode tornar o agente da ação verbal indefinido. Na cons-
possuidor de algo (qualidade, condição, sentimento, ser trução em que há o índice de indeterminação se, o verbo
etc.) designado pelo primeiro. Pode equivaler às formas de concorda obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular. Veja
que, de quem, do/da qual, dos/das quais. Vejamos os os exemplos:
exemplos a seguir: → Trata-se de fenômenos desconhecidos
→ Era uma atriz cuja beleza admiravam. → Precisa-se de marceneiros.

33
CAPÍTULO 4 – SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA É, por exemplo, um sentido figurado o de vapor ou de
vela como equivalentes de navio; mas ninguém entenderá o
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO sentido próprio de corpo gasoso numa asserção como – “o
vapor encalhou”, da mesma sorte que – “uma frota de cem
Discutiremos, agora, um aspecto relevante: a distinção velas” é logo interpretada como de cem navios de vela e não
entre denotação e conotação. cem velas literalmente ditas nos cem respectivos mastros, o
Antes de diferenciarmos denotação e conotação, cite- que implicaria num número muito menor de embarcações.
BRUNO PILASTRE

mos, com nossas próprias palavras, a definição do linguista Analogamente, um viajante pode comunicar que – “já vai
F. Saussure para signo linguístico: entrar no vapor”, sem a menor possibilidade de sobressaltar
seus amigos pelo temor de vê-lo morrer sufocado.
Palavra-chave!
Signo linguístico é a unidade linguística constituída pela união Tipos de linguagem figurada
de um significante e um significado.

A linguagem figurada pode ser essencialmente de dois


Quando ouvimos ou lemos a palavra cachorro, reuni-
tipos:
mos, em um nível mental, o significante (imagem acústica)
ao significado (a noção “mamífero carnívoro da família dos
canídeos”): 1. Emprego de uma palavra para designar um conceito
com que o seu conceito próprio tem relação:
a) da parte para o todo, como cabeça em vez de rês;
/k/ /a/ /x/ /o/ /r/ /o/ (som) b) do princípio ativo para a coisa acionada, como va-
Cachorro (grafia) por em vez de navio;
→ c) de continente para conteúdo, como copo para uma
determinada porção de água;
d) de símbolo para coisa simbolizada, como bandeira
indicando partido político ou a pátria;
e) de instrumento para seu agente, como pena na
↓ ↓ acepção do escritor;
SIGNIFICANTE SIGNIFICADO f) de substância para objeto fabricado, como ferro cor-
respondente a espada ou punhal;
Nessa relação entre significante e significado, per- g) de elemento primordial em lugar de todo um conjun-
cebemos que a semântica da palavra cachorro corresponde to, como vela resumindo o navio de vela; etc.
aos semas específicos e genéricos, isto é, aos traços semân-
ticos mais constantes e estáveis. Estamos diante da denota- A todos estes empregos dá-se o nome de metonímia.
ção:
2. Emprego de uma palavra com a significação de outra,
Palavra-chave! sem que entre uma e outra coisa designada haja uma
Denotação é a relação significativa objetiva entre marca, ícone, relação real, mas apenas em virtude da circunstância
sinal, símbolo etc., e o conceito que eles representam. A deno- de que o nosso espírito as associa e depreende entre
tação é o elemento estável da significação da palavra, elemento
elas certas semelhanças.
não subjetivo e analisável fora do discurso (contexto).

Quando há semas virtuais, isto é, só atualizados em Se, ao exprimirmos nosso pensamento, tornamos explí-
determinado contexto, estamos diante da conotação. Por cita a associação, temos o que se chama uma comparação
exemplo, podemos afirmar que “o namorado de Fulana é em gramática. Diremos, então, que – A é como B, A parece
muito cachorro”. É claro que não caracterizaremos este B, A faz lembrar B.
homem como um “mamífero carnívoro da família dos caní- Podemos, porém, na base de uma semelhança, taci-
deos”. Na verdade, nesse contexto, em que há elementos tamente depreendida, substituir no momento da formulação
subjetivos, queremos dizer que o namorado de Fulana porta- verbal, uma palavra pela outra, e empregar B para designar
-se como um cachorro, que desconsidera os sentimentos de A. É o que se chama a metáfora.
sua parceira (ou das mulheres) e age por instinto. Percebe- Assim, porque assimilamos mentalmente a ação de
mos, então, que há inserções de informações semânticas à governar à de dirigir a marcha de um navio, construímos a
palavra cachorro, a qual está situada em um contexto dis- frase metafórica – “Franklin Roosevelt foi um magnífico piloto
cursivo. da nação norte-americana” – substituindo por piloto (B) uma
palavra A que realmente corresponderia às suas funções.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Funções da linguagem
Figuras de linguagem e linguagem figurada
Função referencial (ou denotativa ou cognitiva):
Desviar uma palavra da sua significação própria, o que Aponta para o sentido real das coisas dos seres. É
tem em gramática o nome de linguagem figurada, é um fenô- quando a intenção é dar destaque ao referente, assunto, ou
meno normal na comunicação linguística. contexto.

34
Função conativa (ou apelativa ou imperativa): Formas Variantes
Centra-se no sujeito receptor e é eminentemente per- Admitem mais de uma forma de grafia.
suasória. É quando a intenção é dar destaque ao receptor → Catorze – quatorze
da mensagem. → Cociente – quociente

Função emotiva (ou expressiva): Hiperonímia


Centra-se no sujeito emissor e tenta suscitar a impres-

LÍNGUA PORTUGUESA
Entre vocábulos de uma língua, relação que se esta-
são de um sentimento verdadeiro ou simulado. É quando a belece com base na menor especificidade do significado de
intenção é dar destaque ao próprio emissor.
um deles.
Em suma, é qualquer palavra que transmite a ideia de
Função fática (ou de contato):
um todo. Ela funciona como uma matriz, á qual estão vincu-
Visa a estabelecer, prolongar ou interromper a comuni-
ladas as filiais.
cação e serve para testar a eficiência do canal. É quando a
intenção é dar destaque ao canal.
Hiponímia
Função metalinguística: Designa a palavra que indica cada parte ou cada item
Consiste numa recodificação e passa a existir quando a de um todo.
linguagem fala dela mesma. Serve para verificar se emissor
e receptor estão usando o mesmo repertório. É quando o Sinonímia
código é posto em destaque, quando a mensagem se des- É a relação que se estabelece entre duas palavras ou
tina a esclarecer ou fazer uma reflexão. Portanto, quando mais que apresentam significados iguais ou semelhantes.
um poema fala do ato de criar poemas, um filme tematiza o
próprio cinema, observa-se a função metalinguística. Antonímia
É a relação que se estabelece entre duas palavras ou
Função poética: mais que apresentam significados diferentes, contrários.
Centra-se na mensagem, que aqui é mais fim do que
meio. Opõe-se à função referencial porque nela predomi- Polissemia
nam a conotação e o subjetivismo. É quando a intenção é É a propriedade que uma mesma palavra tem de apre-
dar destaque à própria mensagem, para o modo como o sentar vários significados. Veja os exemplos:
texto é organizado.
→ Ponto
Palavras homônimas e parônimas
1. ponto de parada (1):
Costuma tomar o ônibus naquele ponto.
Homônimas
2. Livro, cartão, folha, onde se registra a entrada e
São palavras que têm a mesma pronúncia e, às vezes,
a mesma grafia, mas significação diferente. Podem ser saída diária do trabalho:
homófonas heterográficas, homógrafas heterofônicas e Esqueceu-se de assinar o ponto; Bateu o ponto na hora
homógrafas homófonas (homônimas perfeitas). Veja: exata.
3. Unidade que, nas bolsas de valores, exprime a varia-
(i) Homófonas heterográficas (homo = semelhante, ção dos índices:
igual; fono = som, fonema; gráfica = escrita, grafia; hetero: Estes papéis subiram cinco pontos em um mês.
diferente): mesmo som (pronúncia), mas com grafia dife­
rente. → Linha
→ Concerto (sessão musical) – conserto (reparo) 1. Fio de fibras de linho torcidas usado para coser,
→ Cerrar (fechar) – serrar (cortar) bordar, fazer renda etc.
2. Sinal elétrico que porta as mensagens enviadas por
(ii) Homógrafas heterofônicas: mesma grafia, mas meio de tal sistema de fios ou cabos, ou contato ou conexão
pronúncia diferente. entre aparelhos ligados a tal sistema:
→ Colher (substantivo) – colher (verbo) A linha está ocupada; O telefone não está dando linha.
→ Começo (substantivo) – começo (verbo) 3. Serviço regular de transporte entre dois pontos; car-
reira: linha férrea;
(iii) Homógrafas homófonas: são iguais na escrita e O fim da linha dos ônibus interestaduais fica próximo do
na pronúncia. centro da cidade.
→ Livre (adjetivo) – livre (verbo livrar)
4. Fut. os cinco jogadores atacantes; linha de ataque.
→ São (adjetivo) – são (verbo ser) – são (santo)
Ambiguidade
Parônimas
Ambiguidade é a propriedade que apresentam diversas
São as palavras parecidas na escrita e na pronúncia,
mas com significação diferentes. unidades linguísticas (morfemas, palavras, locuções, frases)
→ Cumprimento (saudação) – comprimento (extensão) de significar coisas diferentes, de admitir mais de uma lei-
→ Ratificar (confirmar) – retificar (corrigir) tura. A ambiguidade é um fenômeno muito frequente, mas,

35
na maioria dos casos, os contextos linguístico e situacio- Ambíguo:
nal indicam qual a interpretação correta. Estilisticamente, é → Depois de examinar o paciente, uma senhora
indesejável em texto científico ou informativo, mas é muito chamou o médico.
usado na linguagem poética e no humorismo.
A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de iden- Vejamos como essa frase pode se tornar clara:
tificar-se a que palavra se refere um pronome que possui mais → Depois que o médico examinou o paciente, foi cha-
de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer com: mado por uma senhora.
BRUNO PILASTRE

a) pronomes pessoais: Léxico-semântica: Neologismos, Estrangeirismos e


Ambíguo: Empréstimos
→ O Ministro comunicou a seu secretariado que ele
seria exonerado.
Palavras-chave!
Vejamos como essa frase pode se tornar clara:
→ O Ministro comunicou exoneração dele a seu secre- Neologismo: emprego de palavras novas, derivadas ou forma-
tariado. das de outras já existentes, na mesma língua ou não. Atribuição
de novos sentidos a palavras já existentes na língua. Unidade
Ou então, caso o entendimento seja outro: léxica criada por esses processos.
→ O Ministro comunicou a seu secretariado a exonera-
ção deste. Estrangeirismo: palavra ou expressão estrangeira us. num
texto em vernáculo, tomada como tal e não incorporada ao léxico
da língua receptora; peregrinismo, xenismo.
b) pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
Ambíguo: Empréstimo: incorporação ao léxico de uma língua de um termo
→ O Deputado saudou o Presidente da República, em pertencente a outra língua. Dá-se por diferentes processos, tais
seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Estado, como a reprodução do termo sem alteração de pronúncia e/ou
mas isso não o surpreendeu. grafia (know-how), ou com adaptação fonológica e ortográfica
(garçom, futebol).
Observe-se a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
acima, as quais tornam virtualmente inapreensível o sentido Neologismo
da frase.
Vejamos como essa frase pode se tornar clara: Desenvolveremos este assunto com base em Azeredo
→ Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente da (2008). Segundo o autor, qualquer língua em uso se modi-
República. No pronunciamento, solicitou a intervenção fede- fica constantemente. Um aspecto ilustrativo dessa proprie-
ral em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente da dade é a criação de novas formas lexicais ou acréscimos de
República. novas acepções a formas lexicais já existentes. Ao conjunto
de processos de renovação lexical de uma língua se dá o
c) pronome relativo: nome de neologia, e às formas e acepções criadas ou absor-
Ambíguo: vidas pelo seu léxico, neologismos. O autor observa que a
→ Roubaram a mesa do gabinete em que eu costu- introdução, assimilação e circulação de neologismos estão
mava trabalhar. sujeitas a fatores históricos e socioculturais. Vejamos alguns
exemplos:
Não fica claro se o pronome relativo da segunda oração
a) criações vernáculas formais (neologismos morfológi-
se refere a mesa ou a gabinete, essa ambiguidade se deve
cos): bafômetro, sem-terra, sem-teto, debiloide, demonizar.
ao pronome relativo que, sem marca de gênero. A solução é
b) criações vernáculas semânticas (neologismos
recorrer às formas o qual, a qual, os quais, as quais, que
semânticos): secar (causar má sorte, azarar), torpedo (men-
marcam gênero e número.
sagem curta por meio de celular).
Vejamos como essa frase pode se tornar clara:
→ Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costumava
Estrangeirismo
trabalhar.

Se o entendimento é outro, então: A neologia compreende também criações vernáculas


→ Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costumava e empréstimos de outras línguas, os estrangeirismos. Veja-
trabalhar. mos os tipos de estrangeirismos:
a) xenismos: o estrangeirismo conserva a forma grá-
d) oração reduzida: fica de origem, como em mouse, carpaccio, rack, drive-in,
Ambíguo: personal trainer.
Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o funcionário. b) adaptações: o estrangeirismo se submete à morfo-
logia do português, como em checar, randômico, banda.
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, c) decalques: há tradução literal do estrangeirismo,
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. como em alta costura (do francês haute couture), centro-
→ O Chefe admoestou o funcionário por ser este indis- avante (termo do futebol, equivalente ao termo inglês cen-
ciplinado. ter-forward).

36
d) siglas/acrônimos: emprego das iniciais das palavras na separação entre orações coordenadas não unidas por
constitutivas da expressão estrangeira, como em PC (per- conjunção coordenativa e para indicar suspensão maior que
sonal computer), CD (compact disc). a da vírgula no interior de uma oração.

Empréstimo (ix) Travessão (–)


Empréstimo é a incorporação ao léxico de uma língua É importante não confundir o travessão com o traço de
união ou hífen. O travessão é um sinal constituído de traço

LÍNGUA PORTUGUESA
de um termo pertencente a outra língua. O fenômeno dá-se
por diferentes processos, tais como a reprodução do termo horizontal maior que o hífen. O travessão pode substituir
sem alteração de pronúncia e/ou grafia, como em know- vírgulas, parênteses, colchetes e serve, entre outras coisas,
-how (conhecimento de normas, métodos e procedimentos para indicar mudança de interlocutores num diálogo, separar
em atividades profissionais, especialmente as que exigem título e subtítulo em uma mesma linha e assinalar expressão
formação técnica ou científica), ou com adaptação fonoló- intercalada.
gica e ortográfica (garçom, futebol).
(x) Parênteses ((parênteses))
Os parênteses indicam um isolamento sintático e
PONTUAÇÃO
semântico mais completo dentro do enunciado.
Significado dos principais sinais de pontuação
(xi) Colchetes ([colchetes])
Os colchetes são utilizados para isolar, quando neces-
(i) Ponto parágrafo (§)
sário, palavras ou sequência de palavras elucidativas dentro
O ponto parágrafo indica a divisão de um texto escrito. de uma sequência de unidades entre parênteses. Também é
Essa divisão é verificada pela mudança de linha, cuja função conhecido como parênteses retos.
é mostrar que as frases aí contidas mantêm maior relação
entre si do que com o restante do texto. (xii) Aspas (“aspas”)
É o sinal gráfico, geralmente alceado (colocado no alto),
(ii) Ponto final (.) que delimita uma citação, título etc. Também é usado para
O ponto final é o sinal de pontuação com que se realçar certas palavras ou expressões.
encerra uma frase ou um período.
(xiii) Chave ({chave})
(iii) Ponto de interrogação (?) A chave é usada em obras de caráter científico. Indica,
O ponto de interrogação é utilizado no fim da oração, usualmente, a reunião de itens relacionados entre si for-
a qual é enunciada com entonação interrogativa ou de incer- mando um grupo.
teza.
Emprego dos sinais de pontuação
(iv) Ponto de exclamação (!)
O ponto de exclamação é utilizado no fim da oração A seguir, apresentamos os principais empregos dos
enunciada com entonação exclamativa. Também se usa o sinais de pontuação. Tomamos por base teórica o Manual de
ponto de exclamação depois de interjeição. Redação da Presidência da República.

(v) Reticências (...) (i) Aspas


As reticências denotam interrupção ou incompletude As aspas têm os seguintes empregos:
do pensamento ou hesitação em enunciá-lo.
a) usam-se antes e depois de uma citação textual:
→ A Constituição da República Federativa do Brasil, de
(vi) Vírgula (,)
1988, no parágrafo único de seu artigo 1° afirma: “Todo o
A vírgula indica pausa ligeira e é usada para separar
poder emana do povo, que o exerce por meio de repre-
frases encadeadas entre si ou elementos dentro de uma
sentantes eleitos ou diretamente”.
frase.
b) dão destaque a nomes de publicações, obras de arte,
(vii) Dois-pontos (:)
intitulativos, apelidos, etc.:
O sinal de pontuação dois-pontos correspondente,
→ O artigo sobre o processo de desregulamentação foi
na escrita, a uma pausa breve da linguagem oral e a uma publicado no “Jornal do Brasil”.
entoação geralmente descendente. A sua função é preceder → A Secretaria da Cultura está organizando uma apre-
uma fala direta, uma citação, uma enumeração, um esclare- sentação das “Bachianas”, de Villa Lobos.
cimento ou uma síntese do que foi dito antes.
c) destacam termos estrangeiros:
(viii) Ponto e vírgula (;) → O processo da “détente” teve início com a Crise dos
O sinal de pontuação ponto e vírgula assinala pausa Mísseis em Cuba, em 1962.
mais forte que a da vírgula e menos acentuada que a do → “Mutatis mutandis”, o novo projeto é idêntico ao
ponto. Emprega-se, por exemplo, em enumerações, para anteriormente apresentado.
distinguir frases ou sintagmas de mesma função sintática, d) nas citações de textos legais, as alíneas devem
estar entre aspas:

37
→ O tema é tratado na alínea “a” do artigo 146 da Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintá-
Constituição. tica, têm as seguintes finalidades:
a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a
Atualmente, no entanto, tem sido tolerado o uso de entoação) na leitura;
itálico como forma de dispensar o uso de aspas, exceto b) separar palavras, expressões e orações que,
na hipótese de citação textual. segundo o autor, devem merecer destaque;
c) esclarecer o sentido da frase, eliminando am-
BRUNO PILASTRE

IMPORTANTE! biguidades.
A pontuação do trecho que figura entre aspas seguirá as regras
gramaticais correntes. Caso, por exemplo, o trecho transcrito (i) Vírgula
entre aspas terminar por ponto-final, este deverá figurar antes A vírgula serve para marcar as separações breves
do sinal de aspas que encerra a transcrição. Exemplo: de sentido entre termos vizinhos, as inversões e as
→ O art. 2º da Constituição Federal – “São Poderes da intercalações, quer na oração, quer no período.
União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, A seguir, indicam-se alguns casos principais de
o Executivo e o Judiciário.” – já figurava na Carta anterior. emprego da vírgula:

a) para separar palavras ou orações paralelas jus-


(ii) Parênteses
Os parênteses são empregados nas orações ou tapostas, isto é, não ligadas por conjunção:
expressões intercaladas. Observe que o ponto-final vem → Chegou a Brasília, visitou o Ministério das Rela-
antes do último parêntese quando a frase inteira se acha ções Exteriores, levou seus documentos ao Palácio do
contida entre parêntese: Buriti, voltou ao Ministério e marcou a entrevista.
→ “Quanto menos a ciência nos consola, mais → Simplicidade, clareza, objetividade, concisão
adquire condições de nos servir.” (José Guilherme Mer- são qualidades a serem observadas na redação oficial.
quior).
→ O Estado de Direito (Constituição Federal, art. 1º) b) as intercalações, por cortarem o que está sinta-
define-se pela submissão de todas as relações ao Direito. ticamente ligado, devem ser colocadas entre vírgulas:
→ O processo, creio eu, deverá ir logo a julga-
(iii) Travessão mento.
O travessão (–) é empregado nos seguintes casos: → A democracia, embora (ou mesmo) imperfeita,
ainda é o melhor sistema de governo.
a) substitui parênteses, vírgulas, dois-pontos:
→ O controle inflacionário – meta prioritária do
c) expressões corretivas, explicativas, escusativas,
Governo – será ainda mais rigoroso.
tais como isto é, ou melhor, quer dizer, data venia,
→ As restrições ao livre mercado – especialmente
o de produtos tecnologicamente avançados – podem ser ou seja, por exemplo, etc., devem ser colocadas entre
muito prejudiciais para a sociedade. vírgulas:
→ O político, a meu ver, deve sempre usar uma lin-
b) indica a introdução de enunciados no diálogo: guagem clara, ou seja, de fácil compreensão.
→ Indagado pela comissão de inquérito sobre a pro- → As Nações Unidas decidiram intervir no conflito,
cedência de suas declarações, o funcionário respondeu: ou por outra, iniciaram as tratativas de paz.
– Nada tenho a declarar a esse respeito.
d) Conjunções coordenativas intercaladas ou
c) indica a substituição de um termo, para evitar pospostas devem ser colocadas entre vírgulas:
repetições: → Dedicava-se ao trabalho com afinco; não obti-
→ O verbo fazer (vide sintaxe do verbo –), no sentido nha, contudo, resultados.
de tempo transcorrido, é utilizado sempre na 3ª pessoa do
→ O ano foi difícil; não me queixo, porém.
singular: faz dois anos que isso aconteceu.
→ Era mister, pois, levar o projeto às últimas con-
sequências.
d) dá ênfase a determinada palavra ou pensamento
que segue:
→ Não há outro meio de resolver o problema – pro- e) Vocativos, apostos, orações adjetivas não-
mova-se o funcionário. -restritivas (explicativas) devem ser separados por
→ Ele reiterou suas ideias e convicções – energica- vírgula:
mente. → Brasileiros, é chegada a hora de buscar o
Pontuação relacionada à estrutura sintática entendimento.
→ Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da
Esta é uma seção muito cobrada em concursos públi- Lógica.
cos. O domínio da pontuação em contexto sintático é funda- → O homem, que é um ser mortal, deve sempre
mental para a resolução de diversas questões. pensar no amanhã.

38
f) a vírgula também é empregada para indicar a dia 1º de janeiro de 2013: Objetividade, concisão e come-
elipse (ocultação) de verbo ou outro termo anterior: dimento. No artigo, o autor observa que há em nossa Jus-
→ O decreto regulamenta os casos gerais; a porta- tiça excesso de argumentos desimportantes, de linguagem
ria, os particulares. redundante e com adjetivos demais e de mesuras desmedi-
[A vírgula indica a elipse do verbo regulamenta] das. A leitura do texto se faz importante pelo fato de ressal-
→ Às vezes procura assistência; outras, toma a ini- tar a importância da linguagem em nossa sociedade.

LÍNGUA PORTUGUESA
ciativa.
[A vírgula indica a elipse da palavra vezes] Objetividade, concisão e comedimento

g) nas datas, separam-se os topônimos: Não poderia ter sido mais feliz a receita para o aper-
→ São Paulo, 22 de março de 1991. feiçoamento da Justiça brasileira formulada pelo ministro
→ Brasília, 15 de agosto de 1991. Joaquim Barbosa, em seu objetivo, conciso e comedido
discurso de posse na presidência do Supremo Tribunal
IMPORTANTE! Federal. Para o novo presidente da Corte Suprema, pre-
cisamos de uma Justiça "sem firulas, sem floreios e sem
É importante registrar que constitui inadequação usar a vírgula
rapapés".
entre termos que mantêm entre si estreita ligação sintática – por
Firulas são argumentos artificialmente complexos,
exemplo, entre sujeito e verbo, entre verbos ou nomes e seus
usados como expediente diversionista, para impedir ou
complementos.
retardar a apreciação da essência das questões em jul-
→ O Presidente da República, indicou, sua posição no
assunto. (Inadequado) gamento (o mérito da causa). Apegos a detalhes formais
→ O Presidente da República indicou sua posição no sem importância é um exemplo de firula.
assunto. (Adequado) Floreios são exageros no uso da linguagem, oral ou
escrita. Expediente empregado em geral no disfarce da
falta de conteúdo do discurso, preenche-o de redundân-
(ii) Ponto e vírgula cias, hipérboles e adjetivações.
O ponto e vírgula, em princípio, separa estruturas E rapapés são mesuras desmedidas que mal escon-
coordenadas já portadoras de vírgulas internas. É também dem um servilismo anacrônico. Todos devemos nos tratar
usado em lugar da vírgula para dar ênfase ao que se quer com respeito e cordialidade, dentro e fora dos ambientes
dizer. Exemplo: judiciários, mas sempre com o virtuoso comedimento.
→ Sem virtude, perece a democracia; o que mantém o Firulas, floreios e rapapés são perniciosos porque
governo despótico é o medo. redundam em inevitável desperdício de tempo, energia e
→ As leis, em qualquer caso, não podem ser infringi- recursos. Combater esses vícios de linguagem, por isso,
das; mesmo em caso de dúvida, portanto, elas devem ser tem todo o sentido no contexto do aprimoramento da Jus-
respeitadas. tiça.
O oposto da firula é a objetividade; o contrário dos
(iii) Dois-pontos floreios é a concisão; a negação dos rapapés é o comedi-
Emprega-se este sinal de pontuação para introduzir mento. A salutar receita do ministro Barbosa recomenda
citações, marcar enunciados de diálogo e indicar um escla- discursos objetivos, concisos e comedidos. São discursos
recimento, um resumo ou uma consequência do que se afir- que, aliás, costumam primar pela elegância.
mou. Exemplo: É uma recomendação dirigida a todos os profissio-
→ Como afirmou o Marquês de Maricá em suas Máxi- nais jurídicos: magistrados, promotores e advogados.
mas: “Todos reclamam reformas, mas ninguém se quer Precisam todos escrever e falar menos, para dizerem
reformar.” mais.
Arrazoados jurídicos e decisões longas são relativa-
(iv) Ponto de interrogação mente recentes.
O ponto-de-interrogação, como se depreende de seu Nas primeiras décadas do século passado, elas
nome, é utilizado para marcar o final de uma frase interro- ainda eram escritas à mão. Isso por si só já estabele-
gativa direta: cia um limite (por assim dizer, físico) aos arroubos. Os
→ Até quando aguardaremos uma solução para o pareceres de Clóvis Beviláqua, o autor do anteprojeto
caso? do Código Civil de 1916, tinham cerca de cinco ou seis
laudas.
(v) Ponto de exclamação Depois, veio a máquina de escrever. Embora tenha
O ponto-de-exclamação é utilizado para indicar sur- tornado a confecção de textos menos cansativa, ela
presa, espanto, admiração, súplica, etc.
também impunha limites físicos à extensão. No tempo
do manuscrito e da datilografia, o tamanho do texto era
COMPREENSÃO (OU INTELECÇÃO) E INTERPRETAÇÃO DE
sempre proporcional ao tempo gasto na produção do
TEXTOS
papel.

Iniciamos nossos trabalhos com o artigo de Fábio


Ulhoa Coelho, publicado no jornal Folha de São Paulo no

39
VIII – Se o enunciado mencionar tema ou ideia principal,
O computador rompeu decididamente este limite.
deve-se examinar com atenção a introdução e/ou a
Com o "recorta e cola" dos programas informatizados de
conclusão.
redação, produzem-se textos de extraordinárias dimen-
IX – Se o enunciado mencionar argumentação, deve
sões em alguns poucos segundos.
pre­ocupar-se com o desenvolvimento.
Os profissionais do direito não têm conseguido resis-
X – Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que
tir à tentação de fabricar alentados escritos abusando
remetem a outros vocábulos do texto: pronomes
dos recursos da informática. Clientes incautos ainda são
BRUNO PILASTRE

relativos, pronomes pessoais, pronomes demons­


impressionáveis e ficam orgulhosos com a robustez das
trativos etc.).
peças de seu advogado.
Claro, há questões de grande complexidade, que Proponho, como exercício, aplicar os “Dez mandamen-
exigem dos profissionais do direito maiores digressões tos” à leitura do texto de Ulhoa.
e fundamentações, gerando inevitavelmente textos mais Vejamos, agora, como Bechara define compreensão e
extensos. Tamanho exagerado nem sempre, assim, é interpretação de texto:
sinônimo de firula, floreio ou rapapé. Mas é um bom indi-
cativo destes vícios, porque os casos realmente difíceis COMPREENSÃO OU INTELECÇÃO DE TEXTO
correspondem à minoria e são facilmente reconhecidos
pelos profissionais da área. Não se justifica grande gasto Consiste em analisar o que realmente está escrito,
de papel e tinta na significativa maioria dos processos ou seja, coletar dados do texto. O enunciado normalmente
em curso. assim se apresenta:
Pois bem. Se a receita do ministro Barbosa melhora → As considerações do autor se voltam para...
a Justiça, então a questão passa a ser a identificação → Segundo o texto, está correta...
de medidas de incentivo ao discurso objetivo, conciso e → De acordo com o texto, está incorreta...
comedido. A renovação da linguagem jurídica necessita → Tendo em vista o texto, é incorreto...
de vigorosos estímulos. → O autor sugere ainda...
Alegar que estimular maior objetividade fere o → De acordo com o texto, é certo...
direito de acesso ao Judiciário ou à ampla defesa é firula. → O autor afirma que...
Lamentar que a concisão importa perda de certo tempero
literário das peças processuais é floreio. Objurgar que o Interpretação de Texto
comedimento agride a tradição é rapapé.
Se a exortação do ministro Barbosa desencadear, Consiste em saber o que se infere (conclui) do que está
como se espera, a renovação da linguagem jurídica, a escrito. O enunciado normalmente é encontrado da seguinte
sua posse na presidência do Supremo Tribunal Federal maneira:
se tornará ainda mais histórica. → O texto possibilita o entendimento de que...
→ Com apoio no texto, infere-se que...
(Fábio Ulhoa Coelho. Objetividade, concisão e comedimento.
→ O texto encaminha o leitor para...
Folha de São Paulo 1º de janeiro de 2013)
→ Pretende o texto mostrar que o leitor...
Após a leitura do texto de Fábio Ulhoa Coelho, veja- → O texto possibilita deduzir-se que...
mos o que Evanildo Bechara nos diz sobre como analisar
um texto: Três erros capitais na análise de textos

Os dez mandamentos para a análise de textos: Para o gramático, há três erros capitais na análise de
textos: extrapolação, redução e contradição.
I – Ler duas vezes o texto. A primeira para tomar con­
tato com o assunto; a segunda para observar como (i) Extrapolação
o texto está articulado; desenvolvido. É o fato de se fugir do texto. Ocorre quando se interpreta
II – Observar que um parágrafo em relação ao outro o que não está escrito. Muitas vezes são fatos reais, mas
pode indicar uma continuação ou uma conclusão que não estão expressos no texto. Deve-se ater somente ao
ou, ainda, uma falsa oposição. que está relatado.
III – Sublinhar, em cada parágrafo, a ideia mais impor­
tante (tópico frasal). (ii) Redução
IV – Ler com muito cuidado os enunciados das questões É o fato de se valorizar uma parte do contexto, dei-
para entender direito a intenção do que foi pedido. xando de lado a sua totalidade. Deixa-se de considerar o
V – Sublinhar palavras como: erro, incorreto, correto texto como um todo para se ater apenas à parte dele.
etc., para não se confundir no momento de respon­
der à questão. (iii) Contradição
VI – Escrever, ao lado de cada parágrafo, ou de cada É o fato de se entender justamente o contrário do que
estrofe, a ideia mais importante contida neles. está escrito. É bom que se tome cuidado com algumas pala-
VII – Não levar em consideração o que o autor quis dizer, vras, como: “pode”; “deve”; “não”; verbo “ser” etc.
mas sim o que ele disse; escreveu. (Bechara, Evanildo. Gramática escolar da língua portuguesa.
Rio de Janeiro, 2006). (Com adaptações)

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Assunto, tema, tese, título, ponto de vista, argu­ Elementos da Narrativa
mentação
Os elementos que compõem a narrativa são:
Quando vamos escrever uma redação, precisamos → Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
saber qual o assunto que desejamos abordar. Os assuntos → Personagens (protagonista, antagonista e coadju-
são praticamente infindáveis: família, sexo, amor, dinheiro, vante);
estudo, violência, guerra, desemprego, política, senado, cor-

LÍNGUA PORTUGUESA
→ Narrador (narrador-personagem, narrador-observa-
rupção, igreja, fé, ateísmo, enfim.
dor);
O tema e o título são, com muita frequência, empre-
→ Tempo (cronológico e psicológico);
gados como sinônimos. Contudo, apesar de serem partes
de um mesmo tipo de composição, são elementos bem dife- → Espaço.
rentes. O tema é o assunto, já delimitado, a ser abordado;
a ideia que será por você defendida e que deverá aparecer Foco Narrativo
logo no primeiro parágrafo. Já o título é uma expressão, ou
até uma só palavra, centrada no início do trabalho; ele é uma Cada uma das histórias que lemos, ouvimos ou escre-
vaga referência ao assunto (tema). vemos é contada por um narrador.
Tese: assim como todo assunto pode ser limitado a um Nos exercícios de leitura, assim como nas experiências
tema específico, o tema por sua vez também pode e deve de escrita, é fundamental a preocupação com o narrador.
ser restringido a uma tese ou proposição. Grosso modo, podemos distinguir três tipos de narra-
Ponto de vista: é associada à ótica. Pode ser na ótica dor, isto é, três tipos de foco narrativo:
de uma criança, de um adulto, de uma mulher; de uma → narrador-personagem;
pessoa letrada, de um explorado ou do explorador.
→ narrador-observador;
A argumentação é um recurso que tem como propó-
→ narrador-onisciente.
sito convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o
comportamento alterado.
O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história
TIPOLOGIA TEXTUAL da qual participa também como personagem.
Ele tem uma relação íntima com os outros elementos
Por tipologia textual (ou tipo textual) entende-se uma da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada
espécie de construção teórica definida pela natureza linguís- por características subjetivas, emocionais. Essa proximi-
tica de sua composição (ou seja, os aspectos lexicais, sintá- dade com o mundo narrado revela fatos e situações que um
ticos, tempos verbais, relações lógicas, estilo). narrador de fora não poderia conhecer. Ao mesmo tempo,
Apresento, a título de caracterização e distinção, quatro essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja par-
tipologias importantes para a produção textual: narração, cial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.
descrição, dissertação e argumentação. O narrador-observador conta a história do lado de
Para essa obra, seguirei a classificação de Othon M. fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhece
Garcia, o qual distingue a dissertação da argumentação. todos os fatos e, por não participar deles, narra com certa
Para o autor, como veremos, uma e outra possuem caracte-
neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com
rísticas próprias.
imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos persona-
Narração gens nem das ações vivenciadas.
O narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa.
A narração é o ato de contar, relatar fatos, histórias. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo,
Neste ato, involuntariamente, respondemos às perguntas: o sabe o que passa no íntimo das personagens, conhece suas
quê, onde, quem, como, quando, por quê. Nas histórias, emoções e pensamentos.
há a presença de personagens que praticam e/ou sofrem
ações, ocorridas em um tempo e espaço físico. A ação é O Enredo
obrigatória. Isso significa que não existe narração sem ação. O enredo é a estrutura da narrativa, o desenrolar
O núcleo da narração é o incidente, o episódio, e o que a dis- dos acontecimentos gera um conflito que por sua vez é o
tingue da descrição é a presença de personagens atuantes. responsável pela tensão da narrativa.
Veja-se o trecho abaixo, em que Sahrazad narra uma
história ao rei: Os Personagens
Os personagens são aqueles que participam da
Disse Sahrazad: conta-se, ó rei venturoso, de parecer bem orien- narrativa, podem ser reais ou imaginários, ou a personifica-
tado, que certo mercador vivia em próspera condição, com abun- ção de elementos da natureza, ideias, etc.
dantes cabedais, dadivosos, proprietário de escravos e servos,
Dependendo de sua importância na trama os per-
de várias mulheres e filhos; em muitas terras ele investira,
fazendo empréstimos ou contrariando dívidas. Em dada manhã, sonagens podem ser principais ou secundários.
ele viajou para um desses países: montou um de seus animais,
no qual pendurara um alforje com bolinhos e tâmaras que lhe O Espaço
serviriam como farnel, e partiu em viagem por dias e noites, e O espaço onde transcorrem as ações, onde os
Deus já escrevera que ele chegaria bem e incólume à terra para personagens se movimentam auxilia na caracterização dos
onde rumava; [...]. personagens, pois pode interagir com eles ou por eles ser
(Livro das mil e uma noites – volume I – ramo sírio) transformado.

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O Tempo Discurso indireto livre: é uma combinação dos dois
A duração das ações apresentadas numa narrativa anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as
caracteriza o tempo (horas, dias, anos, assim como a noção dos personagens. É uma forma de narrar econômica e dinâ-
de passado, presente e futuro). mica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo.
O tempo pode ser cronológico (fatos apresentados na
ordem dos acontecimentos) ou psicológico (tempo perten- Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse
cente ao mundo interior do personagem). matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!...
BRUNO PILASTRE

Quando lidamos com o tempo psicológico, a técnica do Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu
flash back é bastante explorada, uma vez que a narrativa Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto
de casa... se uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção
volta no tempo por meio das recordações do narrador.
grande, da pintada... Que raiva!...
O narrador pode se posicionar de diferentes maneiras
Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar
em relação ao tempo dos acontecimentos - pode narrar os atenção, escutando a conversa de boi Brilhante. 
fatos no tempo em que eles estão acontecendo; pode narrar (Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro, José Olympio,
um fato perfeitamente concluído; pode entremear presente e 1976.)
passado, utilizando a técnica de flash back.
Há, também, o tempo psicológico, que reflete angústias Descrição
e ansiedades de personagens e que não mantém nenhuma
relação com o tempo cronológico, cuja passagem é alheia à A descrição é o ato de enumerar, sequenciar, listar
nossa vontade. Falas como "Ah, o tempo não passa..." ou características de seres, objetos ou espaços com o objetivo
"Esse minuto não acaba!" refletem o tempo psicológico. de formar uma imagem mental no leitor/ouvinte. As carac-
terísticas podem ser físicas e/ou psicológicas (no caso de
A Gramática na Narração seres ou elementos antropomórficos).
Num texto narrativo, predominam os verbos de ação: Descrever é representar verbalmente um objeto, uma
há, em geral, um trabalho com os tempos verbais. Afinal, a pessoal, um lugar, mediante a indicação de aspectos carac-
narração, ou seja, o desenrolar de um fato, de um aconteci- terísticos, de pormenores individualizantes. Requer obser-
mento, pressupõe mudanças; isso significa que se estabele- vação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um
cem relações anteriores, concomitantes e posteriores. modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série
Ao optar por um dos tipos de discursos, organizamos o de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir
texto de forma diferente. Os verbos de elocução, os conecti- uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é
vos, a pontuação, a coordenação ou a subordinação passam muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-
a ter papel relevante na montagem do texto. -se o uso de palavras específicas.
Ao transformar o discurso direto em indireto (ou vice- Veja-se a descrição a seguir, em que Tchekhov des-
-versa), realizamos uma grande alteração na arquitetura do creve uma paisagem:
texto.
Depois das propriedades dos camponeses, começava um bar-
Discurso direto: o narrador apresenta a própria perso- ranco abrupto e escarpado, que terminava no rio; aqui e ali, no
nagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o meio da argila, afloravam pedras enormes. Pelo declive, perto
que acontece em lugar de simplesmente contar. das pedras e das valas escavadas pelos ceramistas, corriam tri-
lhas sinuosas, entre verdadeiras montanhas de cacos de louça,
ora pardos, ora vermelhos, e lá embaixo se estendia um prado
Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, vasto, plano, verde-claro, já ceifado, onde agora vagava o reba-
apontando para os entulhos: “Alá minha frigideira, alá meu escor- nho de camponeses.
redor de arroz. Minha lata de pegar água era aquela. Ali meu (Anton Tchekhov. O assassinato e outras histórias)
outro tênis.” 
                (Jornal do Brasil, 29 de maio 1989). Dissertação

Discurso indireto: o narrador interfere na fala da per- A dissertação tem por objetivo principal expor ou
sonagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, explanar, explicitar ou interpretar ideias, fatos, fenômenos.
mas conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não Na dissertação, apresentamos o que sabemos ou acredita-
são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador. mos saber a respeito de determinado assunto. Nessa expo-
sição, podemos apresentar, sem combater (argumentar),
Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, ideias de que discordamos ou que nos são indiferentes. Ou
assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encos- seja, eu posso discorrer (dissertar) sobre partidos políticos
tando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de
com absoluta isenção, apresentado os diversos partidos
costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, e descan-
políticos em totalidade, dando deles a ideia exata, fiel, sem
sou no chão o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava tentar convencer o meu leitor das qualidades ou falhas de
se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não partido A ou B. Não procuro, nesse caso, formar a opinião
se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele de meu leitor; ao contrário, deixo-o em inteira liberdade de
devia sofrer de ataque. se decidir por se filiar a determinado partido.
(Dalton Trevisan. Cemitério de elefantes. Rio de Janeiro, Civili- No excerto a seguir, de Gilberto Amado, observamos
zação Brasileira, 1964) que o autor apenas mostra certas características do Brasil.

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Não há, em nenhuma parte do texto, recursos argumentati- Distinção entre Prosa e Poema
vos que visam ao convencimento do leitor (característica da
argumentação). Observe: Por Prosa entende-se a expressão natural da linguagem
escrita ou falada, sem metrificação intencional e não sujeita
No seu aspecto exterior, na sua constituição geográfica, a ritmos regulares. No texto escrito, observamos o texto em
o Brasil é um todo único. Não o separa nenhum lago interior, Prosa quando há organização em linha corrida, ocupando

LÍNGUA PORTUGUESA
nenhum mar mediterrâneo. As montanhas que se erguem dentro toda a extensão da página. Há, também, organização em
dele, em vez de divisão, são fatores de unidade. Os seus rios parágrafos, os quais apresentam certa unidade de sentido.
prendem e aproximam as populações entre si, assim os que
Esta obra é organizada, por exemplo, em prosa.
correm dentro do país como os que marcam fronteiras.
Já o poema é uma composição literária em que há carac-
Por sua produção e por seu comércio, é o Brasil um dos
raros países que se bastam em si mesmos, que podem prover terísticas poéticas cuja temática é diversificada. O poema
ao sustento e assegurar a existência de seus filhos. De norte a apresenta-se sob a forma de versos. O verso é cada uma das
sul e de leste a oeste, os brasileiros falam a mesma língua quase linhas de um poema e caracteriza-se por possuir certa linha
sem variações dialetais. Nenhuma memória de outros idiomas melódica ou efeitos sonoros, além de apresentar unidade de
subjacentes na sua formação perturba a unidade íntima da cons- sentido. O conjunto de versos equivale a uma estrofe. Há
ciência do brasileiro na enunciação e na comunicação do seu diversas maneiras de se dispor graficamente as estrofes (e os
pensamento e do seu sentimento.
versos) – e isso dependerá do período literário a que a obra
(Gilberto Amado. Três livros)
se filia e à criatividade do autor. Veja dois exemplos:
Argumentação

Na argumentação, procuramos formar a opinião do


leitor ou ouvinte, objetivando convencê-lo de que a razão (o
discernimento, o bom senso, o juízo) está conosco, de que
nós é que estamos de posse da verdade.
Caso eu seja filiado a determinado partido político e
produza um texto em que objetivo demonstrar, comprovar
as vantagens, a conveniência, a coerência, a qualidade, a
verdade de meu partido (em oposição aos demais), estou
argumentando. Em suma, argumentar é convencer ou tentar
convencer mediante a apresentação de razões, em face da
evidência de provas e à luz de um raciocínio coerente e con-
sistente.
O texto a seguir, de autoria de Sérgio Buarque de
Holanda, é um exemplar de texto argumentativo. Perceba
que o autor posiciona-se em relação aos fatos e defende (Ronando Azeredo)
uma tese. O autor claramente procura convencer o leitor.
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas von-
No mínimo que fazes.
tades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não
Assim em cada lago a lua toda
existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas
Brilha, porque alta vive.
antes uma descontinuidade e até uma oposição. A indistinção
(Ricardo Reis)
fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve

os seus adeptos mais entusiastas durante o século décimo nono.
De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas insti-
Na seção seguinte apresentaremos os elementos do
tuições descenderiam em linha reta, e por simples evolução da texto argumentativo.
Família. A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens dife-
rentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica Argumentação
e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz
cidadão, contribuinte, eleitor, elegível, recrutável e responsável, Condições da argumentação
ante as leis da Cidade. Há nesse fato um triunfo do geral sobre A argumentação deve ser construtiva, cooperativa e
o particular, do intelectual sobre o material, do abstrato sobre
útil. Deve basear-se, antes de tudo, nos princípios da lógica.
o corpóreo e não uma depuração sucessiva, uma espiritualiza-
ção de formas mais naturais e rudimentares, uma procissão das
A argumentação deve lidar com ideias, princípios ou fatos.
hipóstases, para falar como na filosofia alexandrina. A ordem
familiar, em sua forma pura, é abolida por uma transcendência. Consistência dos argumentos – evidências
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil)
A argumentação é fundamentada em dois elementos
Para finalizar esta seção, realizo a distinção entre principais: a consistência do raciocínio e a evidência das
Prosa e Poema. provas. Tratamos, nesta seção, do segundo aspecto: a evi-
dência das provas.

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Há cinco tipos mais comuns de evidência das provas: O testemunho
os fatos, os exemplos, as ilustrações, os dados estatísti-
cos e o testemunho. Vamos conhecer cada um em síntese: A evidência por testemunho é composta por uma afirma-
ção fundamentada, por um depoimento, uma comprovação. É
Os fatos um fato trazido à composição por intermédio de terceiros. O
testemunho por autoridade é um recurso que possui alto valor
Os fatos constituem o elemento mais importante da argu- de prova. Se, em minha produção, defendo que o sistema de
transporte público no Brasil precisa de planejamento estratégico
BRUNO PILASTRE

mentação (bem como da dissertação).


É possível afirmar que só os fatos provam, convencem. (longo prazo), posso trazer a voz (realizações, propostas, ideias)
Porém, é importante lembrar que nem todos os fatos são irrefu- de uma autoridade no assunto. No caso do tema proposto (trans-
táveis. O valor de prova de certos fatos está sujeito à evolução porte público), posso citar as propostas de Jaime Lerner, arqui-
da ciência, da técnica e dos próprios conceitos utilizados. teto e urbanista brasileiro que propôs a abertura de vias exclusi-
É claro que há fatos que são evidentes ou notórios. Esses vas para os ônibus urbanos na cidade de Curitiba-PR, na década
são os que mais provam. Afirmar que no Brasil há desigualdade de 70.
social é um fato, por exemplo.
A proposição
Os exemplos
Por proposição entende-se a expressão linguística de
uma operação mental (o juízo) composta de sujeito, verbo
Os exemplos são caracterizados por revelar fatos típicos
(sempre redutível ao verbo ser) e atributo. Toda proposição
ou representativos de determinada situação. O fato de o moto-
rista Fulano de Tal ter uma jornada de trabalho de 12 horas diá-
é passível de ser verdadeira ou falsa. A frase a seguir é uma
rias é um exemplo típico dos sacrifícios a que estão sujeitos proposição:
esses profissionais, revelando uma das falhas do setor de trans- → O sistema educacional no Brasil é ineficiente.
porte público.
Segundo os critérios de produção textual, a proposi-
As ilustrações
ção deve ser clara, definida, inconfundível quanto ao que
se afirma ou nega. Outro fator indispensável é o fato de que
A ilustração ocorre quando o exemplo se alonga em nar- toda proposição tem de ser argumentável. Isso quer dizer
rativa detalhada e entremeada de descrições. Observe que a que frases como
ilustração é um recurso utilizado pela argumentação. Não deve, → Todo homem é mortal.
portanto, ser o centro da produção. Não são argumentáveis, pois essa afirmação é uma
Imagine um texto argumentativo que procura comprovar, verdade universal, indiscutível, incontestável.
por evidência, a falta de planejamento habitacional em algumas É indicado, também, que a proposição seja afirmativa
cidades serranas. Nessas cidades, há construções irregulares e suficientemente específica para permitir uma tomada de
próximas a encostas. Essas encostas ficam frágeis em épocas posição contra ou a favor. Não é possível argumentar sobre
chuvosas. É possível, assim, ilustrar essa situação com um caso generalidades como:
hipotético ou real. No caso da ilustração hipotética, é necessário → A maioridade penal
que haja verossimilhança e consistência no relato. Registro que → O SUS
o valor de prova da ilustração hipotético é muito relativo.
Um caso real, o qual pode ser citado no texto-exemplo, é Proposições vagas ou inespecíficas não permitem
o da família do lavrador Francisco Edézio Lopes, de 46 anos. tomada de posição. Assim, apenas a dissertação (isto é,
Edézio e seus familiares, moradores do distrito de Jamapará, explanação ou interpretação) cabe a esses temas. Caso se
em Sapucaia, no centro sul-fluminense, procuraram abrigo no
queira realizar uma argumentação, faz-se necessário deli-
carro durante o temporal e acabaram arrastados pela enxurrada.
mitá-las e apresentá-las em termos de tomada de posição,
Todos morreram.
como em:
Observe, mais uma vez, que a ilustração tem a função de
→ Deficiências do SUS na promoção de ações de pre-
ilustrar a tese e deve ser clara, objetiva, sintomática e obvia-
mente relacionada com a proposição.
ventivas à população

Assim, a proposição acima é passível de argumen-


Os dados estatísticos
tação, pois admite divergência de opiniões (O Ministro da
Saúde – José Padilha – terá uma opinião diferente da apre-
Os dados estatísticos também são fatos, mas possuem
uma natureza mais específica e possuem grande valor de con-
sentada por um paciente, o qual escreveu o texto com o
vicção, constituindo quase sempre prova ou evidência incontes- título “Deficiências do SUS na promoção de ações de pre-
tável. Quanto mais específico e completo for o dado, melhor. ventivas à população”).
Ademais, é importante que haja fonte, pois os dados não Observe, por fim, a importância de o autor do texto
surgem naturalmente. Assim, afirmar que o índice de analfabe- definir, logo de início, a sua posição de maneira inequívoca
tismo por raça no Brasil é de 14% para os negros e 6,1% para (isto é, de modo que o leitor saiba exatamente o que se pre-
os brancos é diferente de afirmar que a Pesquisa Nacional por tende provar). No caso do título sobre o SUS, sabe-se que o
Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro autor procurará demonstrar as deficiências do SUS no que
de Geografia e Estatística (IBGE) em 2007, revela que índice de concerne à promoção de ações preventivas da população.
analfabetismo por raça no Brasil é de 14% para os negros e 6,1% A conclusão
para os brancos. A segunda proposição é mais convincente, pois
há referência explícita à fonte. A conclusão da argumentação “surge” naturalmente das
provas apresentadas, dos argumentos utilizados. A conclusão
é caracterizada por ser um arremate (isto é, o último detalhe

44
para finalizar ou concluir algo) – por isso, não é uma simples Carta Pessoal
recapitulação ou mero resumo. A conclusão consiste, desse
modo, em pôr em termos claros a essência da proposição e a Gênero textual pelo qual nos comunicamos com
sua comprovação, realizada por meio dos argumentos. amigos e familiares dando notícias, tratando de assuntos de
interesse comum, de forma mais longa e detalhada. Trata de
GÊNEROS TEXTUAIS assuntos particulares e tem uma estrutura padrão que deve
ser obedecida. Características:

LÍNGUA PORTUGUESA
A palavra gênero sempre foi bastante utilizada pela lite- → comunicação geralmente breve e pessoal, de
ratura com um sentido especificamente literário, identificando assunto livre;
os gêneros clássicos – o lírico, o épico, o dramático – e os → estrutura composta de local e data, vocativo, corpo e
gêneros modernos da literatura, como o romance, a novela, assinatura; às vezes, também de P.S.;
o conto, o drama, etc. → a linguagem varia de acordo com o grau de intimi-
Mikhail Bakhtin, no início do século XX, se dedicou aos dade entre os interlocutores, podendo ser menos ou mais
estudos da linguagem e literatura. Foi o primeiro a empregar formal, culta ou coloquial, e, eventualmente, incluir gírias;
a palavra gêneros com um sentido mais amplo, referindo-se → verbos geralmente no presente do indicativo;
também aos tipos textuais que empregamos nas situações → quando enviada pelo correio, a carta é acondicio-
cotidianas de comunicação. nada em um envelope, preenchido adequadamente com o
Então, os gêneros textuais são os diferentes tipos de nome e o endereço do remetente e do destinatário.
texto que produzimos, orais ou escritos, que trazem um con-
junto de características relativamente estáveis. Pelas carac- Receita
terísticas, identificamos o gênero textual em seus aspectos
básicos coexistentes: o assunto, a estrutura e o estilo. Gênero textual que apresenta duas partes bem defini-
A escolha do gênero não é sempre espontânea, pois das - ingredientes e modo de fazer, que podem ou não vir
deve levar em conta um conjunto de parâmetros essenciais, indicadas por títulos. Algumas receitas apresentam outras
como quem está falando, para quem se está falando, qual é informações, como o grau de dificuldade, o tempo médio
a finalidade e qual é o assunto do texto. de preparo, o rendimento, as calorias ou dicas para decora-
Por exemplo, ao contarmos uma história, fazemos uso ção. Forma ou estrutura mais ou menos padronizada, com o
de um texto narrativo, para instruirmos alguém sobre como objetivo de melhor instruir o leitor. Características:
fazer alguma coisa (fazer um bolo, montar uma mesa, jogar → contém título;
certo tipo de jogo) fazemos uso do texto instrucional; para → normalmente apresenta uma estrutura constituída
convencer alguém de nossas ideias, fazemos uso de textos de: título, ingredientes e modo de preparo ou fazer;
argumentativos; e assim por adiante. → no modo de fazer os verbos são geralmente empre-
Assim, quando falamos em gêneros textual, estaremos gados no imperativo;
fazendo referência também à receita, à carta pessoal, ao bilhete, → pode conter indicação de calorias por porção, rendi-
ao telegrama, ao cartão postal, ao e-mail, ao cartão postal, ao mento, dicas de preparo ou de como decorar e servir;
cartaz, ao relatório, ao manual de instruções, à bula de medica- → a linguagem é direta, clara e objetiva;
mento, ao texto de campanha comunitária, ao convite. → emprega o padrão culto da língua.
Todos esses tipos de texto constituem os gêneros tex-
tuais, usados para interagirmos com outras pessoas. São os O texto de campanha comunitária
chamados gêneros do cotidiano.Eles trazem poucas varia-
ções, muitos se repetem no conteúdo, no tipo de linguagem Tem o objetivo de informar, conscientizar e instruir a
e na estrutura, mas são de grande valor para a comunicação população de uma comunidade sobre assuntos ou aconte-
oral ou escrita. cimentos do momento. Visa, muitas vezes, convencê-la a
participar de algum evento ou colaborar com donativos, tra-
Qualidades e características dos gêneros textuais balho voluntário, etc. Características:
do cotidiano → apresenta título chamativo, comumente persuasivo;
→ geralmente é ilustrado;
Cartão Postal → apresenta estrutura variável, esclarece em que con-
siste a campanha, a finalidade, o que fazer para participar;
Mais conhecido como postal, é utilizado por turistas ou → linguagem clara, objetiva e persuasiva, dentro do
pessoas em viagem para dar, por meio da ilustração uma padrão culto da língua;
ideia do lugar que está visitando e, ainda, enviar a parentes e → emprega as funções referencial e conativa, con-
amigos uma mensagem rápida com suas impressões sobre forme seu objetivo;
a viagem, os passeios, novos amigos, os lugares. Caracte- → usa verbos no imperativo.
rísticas: O Cartaz
→ mensagem rápida, geralmente sobre as impressões
de viagens; Gênero textual normalmente composto por imagem e
→ ilustrado com imagem em um dos lados; do outro, texto. Tem por objetivo informar e instruir o leitor sobre um
espaço para texto e endereço do destinatário; assunto que diz respeito à população em geral. Texto e
→ texto curto, assunto livre; imagem visam persuadir ou convencer o leitor, sensibilizá-lo
→ apresenta vocativo e assinatura; e conscientizá-lo do que se está divulgando. Características:
→ verbos geralmente no presente do indicativo, lingua- → informa, instrui e persuade o leitor sobre algum
gem varia de acordo com os interlocutores, podendo estar assunto;
entre o coloquial, o casual ou o informal. → texto em linguagem verbal curto, para leitura rápida;

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→ presença de título para atrair o leitor e definir o assunto Coerência e coesão textuais
do cartaz;
→ linguagem verbal clara, direta, objetiva e concisa, ade- Quando falamos em Coerência textual, devemos ter
quada aos objetivos da campanha e ao público que se destina; em mente a noção de Integração:
→ emprega, geralmente, o padrão culto formal da língua;
→ identificação simples por meio de logotipo do órgão,
Palavra-chave!
entidade ou empresa responsável pela mensagem veiculada.
BRUNO PILASTRE

Integração: é o conjunto de procedimentos necessários à arti-


Relatório culação significativa das unidades de informação do texto em
função de seu significado global.
Gênero textual que tem por objetivo expor a investigação (Azeredo, 2008)
de um fato estudado, de um acontecimento ou de uma expe-
riência científica. Características: É a partir da integração que as frases que compõem o
→ pode servir-se de descrições, de enumerações, de texto se distribuem e se concatenam a fim de realizar uma
exposições narrativas, de relatos de fatos, de gráficos, de
combinação aceitável (possível, plausível) de conteúdos.
estatísticas etc.;
Quando a articulação significativa depende de algum conhe-
→ pode ou não seguir um roteiro preestabelecido;
cimento externo (por exemplo, a cultura dos interlocutores
→ apresenta, normalmente, introdução, desenvolvi-
mento e conclusão; em alguns casos, pode apresentar outras e a situação comunicativa), a integração recebe o nome de
partes, como folha de rosto, sumário, anexos; Coerência.
→ a linguagem é precisa, objetiva, de acordo com o Isso quer dizer que, em um nível intratextual (nível
padrão culto e formal da língua; admite, no entanto, a pes- interno ao texto), as partes do texto (frases, períodos, pará-
soalidade. grafos etc.) devem ser solidárias entre si (isto é, estar inte-
gradas), para assim se chegar ao significado global do texto.
Bilhete Em um nível externo ao texto (cuja construção de sen-
tido está relacionada aos conhecimentos de mundo do pro-
Gênero textual breve, prático e objetivo que tem a função dutor e receptor do texto), a articulação significativa depende
de transmitir informações pessoais, avisos e mensagens de da “normalidade” consensual do funcionamento das coisas
natureza simples. Características: do mundo (isto é, devem ser coerentes).
→ estrutura formal parecida com a carta: destinatário, Parece-nos claro que as noções de integração e de coe-
texto (mensagem), despedida e remetente e data; rência estão diretamente interligadas: não se atinge a coe-
→ mensagem breve e simples, tanto na forma quanto rência sem haver a integração das partes do texto.
no conteúdo;
Todas as informações contidas em um texto são distri-
→ a finalidade deve ser prática e objetiva, geralmente
buídas e organizadas em seu interior graças ao emprego de
coisas do dia a dia;
→ linguagem informal; certos recursos léxicos e gramaticais (conjunções, preposi-
→ usado, normalmente, entre familiares, amigos e cole- ções, pronomes, pontuação etc.). Esses recursos são utiliza-
gas. dos em benefício da expressão do sentido e de sua compre-
ensão. Vejamos um exemplo:
Tipos de Gêneros escritos e orais Contratei quatro pedreiros; eles vieram esta manhã
para orçar o serviço.

Adivinha Discurso de acusação Nessa frase, verificamos o uso da forma pronominal


Anedota ou caso Discurso de defesa eles (terceira pessoal do plural) e a flexão verbal vieram. A
Artigos de opinião Editorial forma eles vieram faz referência a outro elemento, presente
Assembleia Ensaio na primeira oração (Contratei quatro pedreiros). Sabemos
Autobiografia Ensaio que a forma pronominal eles refere-se ao sintagma nominal
Biografia Fábula quatro pedreiros.
Biografia romanceada Histórico A esse processo de sequencialização que assegura (ou
Carta de Leitor Lenda torna recuperável) uma ligação linguística significativa entre
Carta de reclamação Narrativa de aventura os elementos que ocorrem na superfície textual damos o
Carta de solicitação Narrativa de enigma nome de Coesão textual.
Conto Narrativa mítica Ambos os processos (coerência e coesão) são muito,
Conto de fadas Notícia mas muito importantes mesmo!
Conto maravilhoso Novela fantástica
Crônica esportiva Piada Critérios de textualização
Crônica Literária Relato de uma viagem
Crônica social Relato histórico Coesão
Curriculum vitae Reportagem
Debate regrado Resenha crítica Segundo Koch, o conceito de coesão textual diz res-
Deliberação informal Testemunho peito a todos os processos de sequencialização que assegu-
Diálogo argumentativo Textos de opinião ram (ou tornam recuperável) uma ligação linguística signifi-
Diário íntimo cativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual.

46
Formas de coesão referencial pronominal: → conclusão: logo, assim, portanto
Endófora (correferência resolvida no plano textual) > → adição: e, bem como, também
pode ser > anáfora (retrospectiva) ou catáfora (prospectiva). → disjunção: ou
Exófora (referência a um elemento contextual, externo → exclusão: nem
ao texto). → comparação: mais do que; menos do que

Operadores Organizacionais:

LÍNGUA PORTUGUESA
Capítulo LXXI
I – de espaço e tempo textual:
O Senão do Livro
→ em primeiro lugar
Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele
me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns
→ como veremos
magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai → como vimos
um pouco da eternidade. Mas o livro é enfadonho, cheira a sepul- → neste ponto
cro, traz certa contracção cadavérica; vício grave, e aliás, ínfimo, → aqui na 1ª parte
porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de → no próximo capítulo
envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração directa e II – metalinguísticos:
nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são → por exemplo
como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, → isto é
resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e → ou seja
caem. → quer dizer
(ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas) → por outro lado
→ repetindo
Catáfora e Anáfora → em outras pala­vras
→ com base nisso
As palavras catáfora e anáfora referem-se a dois recur-
sos coesivos que têm por função conectar os elementos pre- Textos exemplificadores de coesão e coerência: O
sentes em uma frase. Show (1) e (2)
Na catáfora, faz-se uso de um termo ou locução ao final
de uma frase para especificar o sentido de outro termo ou
locução anteriormente expresso. Por exemplo, veja a frase O Show (1)
a seguir: O cartaz
O desejo
A viagem resumiu-se nisto: comer, beber e caminhar.
O pai
O dinheiro
No exemplo acima, a forma nisto antecipa as informa-
O ingresso
ções especificadas após os dois-pontos; e, consequente-
O dia
mente, as informações após os dois-pontos especificam o A preparação
sentido do termo anteriormente expresso (nesse caso, nisto). A ida
Já a anáfora é o processo pelo qual um termo gramati- O estádio
cal (principalmente pronomes) retoma a referência a um sin- A multidão
tagma anteriormente usado na mesma frase. A expectativa
→ Comeram, beberam, caminharam e a viagem ficou A música
nisso. A vibração
[nisso = comer, beber e caminhar] A participação
→ Fui à Avenida Paulista no dia do protesto. Lá, fui alve- O fim
jado nas costas. A volta
[lá = Avenida Paulista] O vazio

Formas de coesão sequencial


O Show (2)

Sequenciação parafrástica Sexta-feira Raul viu um cartaz anunciando um show de


Antonio Candido avaliou a obra de Machado de Assis. Milton Nascimento para a próxima terça-feira, dia 04.04.1989,
Por ter sido (a obra) avaliada (por ele, Antonio Candido), a às 21h, no ginásio do Uberlândia Tênis Clube na Getúlio Vargas.
obra foi amplamente difundida e estudada. Por ser fã do cantor, ficou com muita vontade de assistir à apre-
sentação. Chegando a casa, falou com seu pai para comprar o
Equivalência ingresso. Na terça-feira, dia do show, Raul preparou-se, esco-
Antônio Candido avaliou a obra de Machado de Assis. lhendo uma roupa com que ficasse mais à vontade durante o
A obra de Machado de Assis foi avaliada por Antônio evento. Foi para o UTC com um grupo de amigos. Lá havia uma
Candido. multidão em grande expectativa aguardando o início do espetá-
culo, que começou com meia hora de atraso. Mas valeu a pena:
Processos de coesão conectiva a música era da melhor qualidade, fazendo todos vibrarem e par-
Operadores Argumentativos: ticiparem do show. Após o final, Raul voltou para casa com um
→ oposição: mas, porém, contudo vazio no peito pela ausência de todo aquele som, de toda aquela
→ causa: porque, pois, já que alegria contagiante.
→ fim: para, com o propósito de
→ condição: se, a menos que, desde que

47
Coerência Podemos afirmar que hoje há um consenso quanto ao
fato de se admitir que todos os textos comungam (dialogam)
A coerência é, sobretudo, uma relação de sentido que se com outros textos; quer dizer, não existem textos que não
manifesta entre os enunciados, em geral de maneira global e mantenham algum aspecto intertextual, pois nenhum texto
não localizada. Observe a distinção entre coesão e coerência: se acha isolado.
coesão é caracterizada pela continuidade baseada na Quando produzimos um texto, sempre fazemos refe-
forma; rência a alguma outra forma de texto (um discurso, um docu-
BRUNO PILASTRE

coerência é caracterizada pela continuidade base­ada no mentário, uma reportagem, uma obra literária, uma notícia
sentido. etc.). Em nossa produção ocorre, portanto, a relação de um
texto com outros textos previamente existentes, isto é, efeti-
Textos vamente produzidos.
Vejamos, em síntese, dois tipos de Intertextualidade
Incoerência aparente (Koch, 1991):

Subi a porta e fechei a escada intertextualidade explícita: como no caso de citações,


Tirei minhas orações e recitei meus sapatos.
discursos diretos, referências documentadas com a fonte,
Desliguei a cama e deitei-me na luz
Tudo porque
resumos, resenhas. Esse tipo de intertextualidade é utili-
Ela me deu um beijo de boa noite... zado em textos acadêmicos e não ocorre com frequência em
textos dissertativos/argumentativos (em sede de concurso
Incoerência narrativa público);

Exemplo 1. intertextualidade com textos próprios, alheios ou


genéricos: alguém pode muito bem situar-se numa relação
Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa consigo mesmo e aludir a seus textos, bem como citar textos
esquina de uma das avenidas de São Paulo. Ele era tão fraqui- sem autoria específica, como os provérbios.
nho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacoti-
nhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um moto- O parágrafo
rista, que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro
capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas
vezes. Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um
Nesta seção, apresentaremos o parágrafo, o qual será
homem corpulento. Carregou-o até a cal­çada, parou um carro e tratado como uma unidade básica de composição. Isso sig-
levou o homem para o hospital. Assim, salvou-lhe a vida. nifica que podemos estruturar e analisar o texto a partir da
medida do parágrafo.
Exemplo 2.
Conceito de parágrafo
Lá dentro havia uma fumaça formada pela maconha e essa
fumaça não deixava que nós víssemos qualquer pessoa, pois
Segundo Othon M. Garcia, em sua obra Comunicação
ela era muito intensa.
Meu colega foi à cozinha me deixando sozinho, fiquei encostado
em Prosa Moderna, o parágrafo é uma unidade de compo-
na parede da sala e fiquei observando as pessoas que lá esta- sição constituída por um ou mais de um período, em que se
vam. Na festa havia pessoas de todos os tipos: ruivas, brancas, desenvolve determinada ideia central, nuclear, à qual se
pretas, amarelas, altas, baixas etc. agregam outras, denominadas secundárias, as quais são
intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decor-
Incoerência argumentativa rentes delas. Vejamos essa lição em uma ilustração:

Se o texto parte da premissa de que todos são iguais


perante a lei, cai na incoerência se defender posteriormente
o privilégio de algumas categorias profissionais não estarem
obrigadas a pagar imposto de renda.
O argumentador pode até defender essas regalias, as não
pode partir da premissa de que todos são iguais perante a lei.

Incoerência descritiva

Vida no Polo Norte: palmeiras, camelos, cactos, estradas


poeirentas e muito calor.
O parágrafo como unidade de composição
Intertextualidade

Segundo o Dicionário de análise do discurso, Intertex- Esse conceito de parágrafo aplica-se a um texto padrão,
tualidade é uma propriedade constitutiva de qualquer texto e o regular. Pode haver, a depender do gênero textual, da natu-
conjunto das relações explícitas ou implícitas que um texto ou reza da produção e sua complexidade, diferentes formas de
um grupo de textos determinado mantém com outros textos. organização do parágrafo.

48
Estrutura do parágrafo
Forma de produzir o Exemplo
tópico frasal
O parágrafo é materialmente indicado na página pelo
pequeno afastamento da margem esquerda da folha. Essa Declaração inicial: o autor O Estado não é uma ampliação
distinção gráfica do parágrafo é significativa, pois facilita ao afirma ou nega alguma do círculo familiar e, ainda menos,
coisa logo de início. Em uma integração de certos agrupa-
escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente
seguida (no desenvolvi- mentos, de certas vontades par-

LÍNGUA PORTUGUESA
as ideias principais de sua composição, permitindo ao leitor mento), apresenta argu- ticularistas, de que a família é o
acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes mentos para fundamentar a melhor exemplo.
estágios. asserção.
Uma dúvida que surge quando estudamos a composi-
Definição: é método pre- Estilo é a expressão literária de
ção do parágrafo é a sua extensão. Se a produção textual
ferentemente didático e faz ideias ou sentimentos.
trata de um assunto cuja complexidade exige que o desen- uso da linguagem denota-
volvimento de determinada ideia central seja desdobrado tiva.
em mais de um parágrafo, isso é justificado. Do mesmo
modo, essa mesma ideia central (de grande complexidade) Divisão: também é pro- O silogismo divide-se em silo-
cesso didático. Apresenta gismo simples e silogismo com-
pode ser desenvolvida em um único parágrafo, o qual terá
o tópico frasal sob a forma posto.
uma extensão maior em relação à composição com pará- de divisão ou discriminação
grafos desdobrados (divididos). Percebemos, então, que a das ideias a serem desen-
extensão do parágrafo dependerá da natureza de sua ideia volvidas.
central (se complexa ou simples) e do tratamento do escritor
em relação à sua divisão. Em sua redação discursiva, recomendo o uso da decla-
ração inicial, a qual deve ser desenvolvida, preferencial-
O tópico frasal mente, em voz ativa, na ordem direta, na modalidade afir-
mativa e em períodos curtos.
Vejamos, agora, o que caracteriza o tópico frasal e
como o domínio de sua estrutura facilita a análise do pará- 2.5.4. Formas de desenvolvimento do parágrafo
grafo – e, consequentemente, do texto.
O parágrafo organiza-se em introdução, desenvolvi- No desenvolvimento do parágrafo explanamos a
mento e conclusão: ideia principal, apresentada no tópico frasal. Devemos fun-
damentar de maneira clara e convincente as ideias que
a introdução é composta, na maioria dos casos, por defendemos ou expomos. Apresentamos, a seguir, seis
dois períodos curtos iniciais. Nesses períodos, há a expres- formas de desenvolver o parágrafo. É bom que você, estu-
são, de maneira sumária e sucinta, da ideia núcleo – é o dante, conheça cada uma, pois isso proporcionará mais
que chamamos de tópico frasal. Na obra Raízes do Brasil, autonomia em sua leitura.
Sérgio Buarque de Holanda nos apresenta o seguinte tópico
frasal:
Forma de desenvolver o Características
parágrafo
O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda
Enumeração ou descri- Ocorre quando há a especifica-
menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas von-
ção de detalhes ção da ideia-núcleo por meio da
tades particularistas, de que a família é o melhor exemplo.
apresentação de pormenores,
detalhes.
Nele, observamos a declaração sobre o que (não)
Confronto O confronto é caracterizado
caracteriza o Estado. Ao enunciar logo de saída a ideia- quando há o contraste (baseado
-núcleo, o autor garante, por meio do tópico frasal explícito, nas dessemelhanças) e o paralelo
a objetividade, a coerência e a unidade do parágrafo, defi- (baseado nas semelhanças).
nindo-lhe o propósito e evitando digressões impertinentes; Há, ainda, a antítese (oposição
de ideias isoladas) e a analo-
→ no desenvolvimento há a explanação mesma da gia (semelhança entre ideias ou
cosias, procurando explicar o
ideia-núcleo. Não se pode omitir, no desenvolvimento, algo
desconhecido pelo conhecido, o
que foi apresentado no tópico frasal. Também é pertinente
estranho pelo familiar).
não desenvolver novas ideias (secundárias) sem haver cor-
Analogia e comparação A analogia caracteriza-se por
relação direta com a ideia-núcleo; ser uma semelhança parcial que
sugere uma semelhança oculta,
→ a conclusão, dentro do parágrafo, é mais rara, prin- mais completa.
cipalmente nos parágrafos mais curtos e naqueles em que a Na comparação, as semelhanças
ideia central não apresenta maior complexidade. são reais, sensíveis.
Citação de exemplos Pode ser didática, em que a cita-
Após apresentar a estrutura básica do parágrafo, ção de exemplos assume uma
forma de comprovação ou eluci-
vejamos esquematicamente as diferentes maneiras de se
dação.
produzir o tópico frasal:

49
Causação e motivação Pode-se apresentar sob a forma (iv) Adição, continuação: Além das locuções adverbiais
de razões e consequências ou além disso, (a)demais, indicadas na coluna à esquerda,
causa e efeito. outrossim, ainda mais, também as conjunções aditivas,
Definição É um método preferentemente ainda por cima, por outro como o nome indica, “ligam,
didático e faz uso da linguagem lado, também – e as conjun- ajuntando”.
denotativa. A definição é feita ções aditivas (e, nem, não
de acordo com o tópico frasal, só... mas também etc.)
havendo a natural ampliação que (v) Dúvida: O leitor ao chegar até aqui – se
BRUNO PILASTRE

é típica do desenvolvimento. talvez, provavelmente, pos- é que chegou – talvez já tenha


sivelmente, quiçá, quem adquirido uma ideia da relevân-
Coesão entre as ideias do parágrafo e entre parágrafos sabe? é provável, não é cia das partículas de transição.
certo, se é que;
Precisamos, agora, juntar as peças, ou seja, reunir os (vi) Certeza, ênfase: Certamente, o autor destas
de certo, por certo, certa- linhas confia demais na paciên-
períodos dentro do parágrafo (intraparagrafal) e os pará-
mente, indubitavelmente, cia do leitor ou duvida demais do
grafos dentro do texto (interparagrafal). Para interligá-las,
inquestionavelmente, sem seu senso crítico.
faz-se uso das partículas de transição e palavras de referên- dúvida, inegavelmente, com
cia. Adotaremos o quadro proposto por Othon M. Garcia, em toda a certeza;
sua obra Comunicação em Prosa Moderna. (vii) Ilustração, esclareci- Essas partículas, ditas “explica-
mento: tivas”, vêm sempre entre vírgu-
Itens de transição e pala- Exemplo por exemplo, isto é, quer las, ou entre uma vírgula e dois-
vras de referência dizer, em outras palavras, -pontos.
(i) Prioridade, relevância: Em primeiro lugar, é preciso ou por outra, a saber;
em primeiro lugar, antes de deixar bem claro que esta série (viii) Propósito, intenção,
mais nada, primeiramente, de exemplos não é completa, finalidade:
acima de tudo, precipua- principalmente no que diz res- com o fim de, a fim de, com
mente, mormente, princi- peito às locuções adverbiais. o propósito de, proposital-
palmente, primordialmente, mente, de propósito, inten-
sobretudo; cionalmente – e as conjun-
(ii) Tempo (frequência, Finalmente, é preciso acrescen- ções finais;
duração, ordem, suces- tar que alguns desses exemplos (ix) Resumo, recapitula- Em suma, leitor: as partículas de
são, anterioridade, poste- se revelam por vezes um pouco ção, conclusão: transição são indispensáveis à
rioridade, simultaneidade, ingênuos. A princípio, nossa em suma, em síntese, coerência entre as ideias e, por-
eventualidade): intenção era omiti-los para não em conclusão, enfim, em tanto, à unidade do texto.
então, enfim, logo, logo alongar este tópico: mas, por resumo, portanto;
depois, imediatamente, fim, nos convencemos de que as (x) Causa e consequência:
logo após, a princípio, ilustrações são frequentemente daí, por consequência, por
pouco antes, pouco depois, mais úteis do que as regrinhas. conseguinte, como resul-
anteriormente, posterior- tado, por isso, por causa
mente, em seguida, afinal, de, em virtude de, assim, de
por fim, finalmente, agora, fato, com efeito – e as con-
atualmente, hoje, frequen- junções causais, conclusi-
temente, constantemente, vas e explicativas;
às vezes, eventualmente, (xi) Contraste, oposição,
por vezes, ocasionalmente, restrição, ressalva:
sempre, raramente, não pelo contrário, em contraste
raro, ao mesmo tempo, com, salvo, exceto, menos
simultaneamente, nesse – e as conjunções adversa-
ínterim, nesse meio tempo, tivas e concessivas;
enquanto isso – e as con- (xii) Referência em geral: Este caso exige ainda esclareci-
junções temporais; os pronomes demonstrati- mentos. Com referência a tempo
vos “este” (o pais próximo), passado (ano, mês, dia, hora)
(iii) Semelhança, compara- No exemplo anterior (valor ana- “aquele” (o mais distante), não se deve empregar este, mas
ção, conformidade: fórico), o pronome demonstra- “esse” (posição intermedi- “esse” ou “aquele”. “Este ano
igualmente, da mesma tivo “desses” serve igualmente ária; o que está perto da choveu muito. Dizem os jornais
forma, assim também, do como partícula de transição: pessoa com quem se fala); que as tempestades e inunda-
mesmo modo, similarmente, é uma palavra de referência à os pronomes pessoais; ções foram muito violentas em
semelhantemente, analo- ideia anteriormente expressa. repetições da mesma pala- certas regiões do Brasil.” (A tran-
gamente, por analogia, de Da mesma forma, a repetição vra, de um sinônimo, perí- sição neste último exemplo se faz
maneira idêntica, de con- de “exemplos” ajuda a interli- frase ou variante sua; os pelo emprego de sinônimos ou
formidade com, de acordo gar os dois trechos. Também o pronomes adjetivos último, equivalentes de palavras ante-
com, segundo, conforme, adjetivo “anterior” funciona como penúltimo, antepenúltimo, riormente expressas (choveu):
sob o mesmo ponto de vista palavra de referência. “Também” anterior, posterior; os nume- tempestades e inundações.)
– e as conjunções compara- expressa aqui semelhança. No rais ordinais (primeiro,
tivas; exemplo seguinte (valor catafó- segundo etc.).
rico), indica adição.

50
Tipos de frases Organização tópica

A denominação elegância nos dá a ideia de bom gosto, Veremos, nesta seção, as formas de se organizar o
garbo. A frase bem construída pode passar essa impressão. tópico discursivo.
Mas a sua construção deve ter estilo, algo que individualiza No texto escrito, é necessário um processo enuncia-
a obra criada. Nas palavras de Othon M. Garcia, estilo é a tivo mais calculado, na base de suposições sociocognitivas

LÍNGUA PORTUGUESA
forma pessoal de expressão em que os elementos afetivos e planejamento de maior alcance. Assim, deve haver uma
manipulam e catalisam os elementos lógicos presentes em distribuição calculada (planejada) da informação na frase.
toda atividade do espírito, nesse caso a escritura de frases. Vejamos, então, quais são os componentes informacionais
Na importante obra Comunicação em prosa moderna, da frase:
o autor supracitado enumera algumas estruturas frasais que,
se bem utilizadas, podem ser apresentadas com garbo, ele- → tema: traz a informação sobre a qual é falado, ou
gância. seja, a informação dada;
As principais modalidades estilísticas frasais são as → rema: traz o que se diz sobre o tema, conhecida
seguintes: como informação nova.

a) Frase de arrastão: sequência cronológica de O tema (também chamado tópico ou dado) traz a
co­ordenações, arrastando a ideia, pormenorizando o pensa- informação dada ou relativamente conhecida e o rema traz a
mento. São muito utilizadas na linguagem infantil e empre- informação relativamente nova ou desconhecida, tendo em
gadas por autores contemporâneos para denunciar uma vista o caráter informacional do fluxo comunicativo.
humanidade que perdeu a ca­pacidade de hierarquizar ideias, Apresentaremos, nas subseções seguintes (de 2.6.1.
imitando o homem medieval, que tinha dificuldades em cons- a 2.6.5.), cinco estruturas básicas de progressão (ou seja,
truir perío­dos subordinados. Leia-se o exemplo: a relação entre o tema e o rema na construção textual
→ O julgamento iniciou e juiz deu a palavra ao advo- mediante o fluxo da informação). O domínio desses esque-
gado e este apresentou sua tese com entusiasmo, mas os mas (estruturas) por parte do escritor é fundamental para a
jurados não aceitaram a legítima defesa e condenaram o réu. articulação eficaz das ideias no texto.
Por fim, lembramos que não há predomínio absoluto de
b) Frase de ladainha: é a variante da frase de arras­tão, uma forma de progressão (sequenciação) em um texto. No
sendo construída com excesso de polissíndeto da conjun- geral, as formas de progressão aparecem misturadas com o
ção e, sem, no entanto, dar à frase tom retórico de gradação predomínio (não absoluto) de uma dessas formas.
(crescente ou decrescente). Em síntese, devemos ter em mente que, em relação ao
assunto Organização tópica, os textos progridem em suas
c) Frase entre cortada: também chamada de frase subunidades de maneira ordenada e não caótica.
esportiva, é muito curta. Em excesso, esta cons­trução usada
como recurso estilístico literário para apontar a incapacidade Progressão linear simples
de o homem pensar, torna­-se estilo picadinho, impróprio ao
discurso jurídico. Vejamos:
→ O réu entrou na sala. Estava abatido. Sentou-se.
Colo­cando as mãos na cabeça. Ela estava abaixada. Ele
parecia desanimado. Ele previa o resultado adverso. Ele
esperava a condenação.

d) Frase fragmentária: variante da frase entrecor­tada,


apresentava rupturas na construção frásica, com incomple-
tude sintática.
Exemplo de Progressão linear simples:
→ Condenado o réu, será encaminhado a presídio de
A fonologia estuda os fonemas de uma língua. Os fonemas
segurança máxima. são as unidades componenciais mínimas de qualquer sistema
linguístico. Todo sistema linguístico tem pelo menos entre vinte e
e) Frase labiríntica: é o excesso de subordinações, sessenta sons. Estes sons...
dividindo-se a frase em ideias secundárias que, por sua vez.
Também se partem, afastando-se da ideia nuclear. Vejamos: Progressão com um tema contínuo
→ O Direito é a aplicação da lei que é imperativa, não
convidando seus subordinados a obedecer a ela, por exigir
seu acatamento, sendo a norma jurídica à vontade do orde-
namento jurídico.

f) Frase caótica: também apelidada de fluxo do cons­


ciente, da linha psicanalítica. É a estrutura frásica desorga-
nizada, sem logicidade semântico-sintática, bastante empre-
gada na literatura contemporânea.

51
Exemplo de Progressão com um tema contínuo: Resumo de textos
Os seres vivos habitam a Terra há milhares de anos. Seres
vivos ainda não foram encontrados em outros planetas. Eles são Segundo a NBR 6028:2003, resumo é uma “apresenta­
uma forma superior de seres na natureza, mas estão ameaçados ção concisa dos pontos relevantes de um documento”. Uma
de desaparecer com o aumento da poluição humana. apresentação sucinta, compacta, dos pontos mais importan­
tes de um texto.
Progressão com tema derivado (temas que são deri- ou
vados por hipertema)
BRUNO PILASTRE

Resumo é uma apresentação sintética e seletiva das


ideias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação
delas. Nele devem aparecer as ideias principais do autor
do texto.
O resumo abrevia o tempo dos pesquisadores; difunde
informações de tal modo que pode influenciar e estimular a
consulta do texto completo.
Formalmente, o redator do resumo deve atentar para
alguns procedimentos:
→ ser redigido em linguagem objetiva;
→ evitar a repetição de frases inteiras do original;
Exemplo de Progressão com tema derivado: → respeitar a ordem em que as ideias ou fatos são
Os animais dividem-se em várias classes. Os animais ver-
apresentados;
tebrados são em geral os maiores fora d’água. Os animais mari-
nhos são os maiores de todos. Já os insetos são os menores
animais que a natureza tem. Finalmente, o resumo:
→ não deve apresentar juízo de valorativo ou crítico
Progressão com um rema dividido (desenvolvimento (que pertence a outro tipo de texto, a resenha);
com um duplo tema ou múltiplo) → deve ser compreensível por si mesmo, isto é, dis­
pensar a consulta ao original.

Como resumir:
→ Leitura completa do texto;
→ Análise do texto, sublinhando as partes mais impor­
tantes;
→ Elaborar um esquema das ideias principais do texto;
→ Produzir texto com suas próprias palavras. Não
copiar.

Exemplo:
Exemplo de Progressão com um rema dividido: Informação central x Detalhes referentes a ela.
O corpo humano divide-se em cabeça, tronco e membros.
A cabeça é uma parte muito especial por abrigar o cérebro. O
tronco abriga a maioria dos órgãos vitais. Os membros servem Como ocorre todos os anos, os amigos de Maria, fun­cionária de
para nosso contato com as coisas e manipulação direta dos obje- uma importante firma, fizeram, na sala do gerente de vendas,
tos à nossa volta. uma grande festa durante a tarde de ontem, em comemoração
a seu aniversário.
Progressão com salto temático
Eliminar, quando não for uma informação fundamental:
→ Características de Maria;
→ Referência de lugar;
→ Referência de tempo;
→ Causa do fato;
→ Frequência.

Resultado:
→ Os amigos de Maria fizeram uma grande festa para
ela.
Exemplo de Progressão com salto temático:
A polícia militar nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo Resumo de ideias
foram mostradas em sua verdadeira face nos últimos dias de
junho deste ano. Nesta época, viu-se algo profundamente depri- Ideia central → Encontra-se na Introdução.
mente. Conta-se que há muitos anos atrás, quando ainda havia Argumentos (somente os mais importantes, principais).
escravidão, qualquer coisa que desagradasse ao senhor era tra- → Em cada parágrafo deve haver um argumento. Você
tada com violência e espancamento.
deverá encontrá-lo.
→ Eliminar ideias secundárias e exemplificações.

52
Assim, o resumo é uma condensação fiel das ideias Paráfrases e suas modalidades
ou dos fatos contidos no texto. Resumir um texto significa
reduzi­-lo ao seu esqueleto essencial sem perder de vista Em linguística, a paráfrase é uma maneira diferente de
três ele­mentos: dizer algo que foi dito; é uma frase sinônima de outra. Quando
→ Cada uma das partes essenciais do texto; parafraseamos, reescrevemos reservando as ideias originais.
→ A progressão em que elas se sucedem; A paráfrase pode ser feita por:
→ A correlação que o texto estabelece entre cada uma

LÍNGUA PORTUGUESA
dessas partes. a) Substituição lexical (relações de sinonímia):
→ Embora dissesse a verdade, ninguém acreditou em
Variação linguística: sistema, norma e uso seu discurso.
→ Conquanto dissesse a verdade, ninguém acreditou
(Baseado na obra de CAMACHO, R. A variação lin- em seu discurso.
guística. In: Subsídios à proposta curricular de língua Portu-
guesa para o ensino fundamental e médio. São Paulo, 1988.
b) Inversão dos termos da oração ou das orações do
(Com adaptações))
período:
→ Grande parte de nossas vidas transcorre em salas
A variação de uma língua é a forma pela qual ela difere
de aula.
de outras formas da linguagem sistemática e coerente-
→ Em salas de aula, grande parte de nossas vidas trans-
mente. Uma nação apresenta diversos traços de identifica-
corre.
ção, e um deles é a língua. Esta pode variar de acordo com
alguns fatores, tais como o tempo, o espaço, o nível cultural → Irei ao México quando me formar.
e a situação em que um indivíduo se manifesta verbalmente. → Quando me formar, irei ao México.

Conceito c) Transposição da voz ativa para a voz passiva e vice-


-versa:
Variedade é um conceito maior do que estilo de prosa → Walter Sousa elogiou a obra de Machado de Assis.
ou estilo de linguagem. Alguns escritores de sociolinguística → A obra de Machado de Assis foi elogiada por Walter
usam o termo leto, aparentemente um processo de criação Sousa.
de palavras para termos específicos, são exemplos dessas
variações: d) Transposição do discurso direto para o discurso indi-
→ Dialetos (variação diatópica), isto é, variações fala- reto e vice-versa:
das por comunidades geograficamente defi­nidas. → O aluno disse:
→ Idioma é um termo intermediário na distinção dia­leto- - Estou com dúvida, professor.
linguagem e é usado para se referir ao sistema comunicativo → O aluno disse ao professor que estava com dúvida.
estudado (que poderia ser chamado tanto de um dialeto ou
uma linguagem) quando sua condição em relação a esta dis- e) Substituição da oração adverbial, substantiva ou adje-
tinção é irrelevante (sendo, portanto, um sinônimo para lin- tiva pelas classes gramaticais correspondentes ou vice-versa:
guagem num sentido mais geral). → A moça escorregou porque ventava. (oração adver-
→ Socioletos, isto é, variações faladas por comu­ bial causal)
nidades socialmente definidas. → A moça escorregou por causa do vento. (locução
→ Linguagem Padrão ou norma padrão, padroni­zada adverbial causal)
em função da comunicação pública e da edu­cação. → Desejo que você silencie. (oração substantiva)
→ Idioletos, isto é, uma variação particular a certa → Desejo o seu silêncio. (substantivo)
pessoa. → Ela é uma pessoa que tem convicções. (oração adje-
→ Registros (ou diátipos), isto é, o vocabulário espe- tiva)
cializado e/ou a gramática de certas atividades ou profissões.
→ Ela é uma pessoa convicta. (adjetivo)
→ Etnoletos, para um grupo étnico.
d) Substituição de orações desenvolvidas por reduzidas
Variações como dialetos, idioletos e socioletos podem
e vice-versa:
ser distinguidas não apenas por seu vocabulário, mas
→ É importante que o trabalho seja prosseguido.
também por diferenças na gramática, na fonologia e na ver-
(oração desenvolvida)
sificação. Por exemplo, o sotaque de palavras tonais nas lín-
guas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. → É importante prosseguir o trabalho. (oração reduzida)
Outro exemplo é como palavras estrangeiras em diferentes
socioletos variam em seu grau de adaptação à fonologia Perífrases e construções perifrásticas (Circunlóquio)
básica da linguagem.
Certos registros profissionais, como o chamado legalês, A perífrase é definida como uma frase ou recurso verbal
mostram uma variação na gramática da linguagem padrão. que exprime aquilo que poderia ser expresso por menor
Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses frequente- número de palavras; circunlóquio. Temos, por exemplo, as
mente usam modos gramaticais, como o modo subjuntivo, seguintes expressões para ilustrar o que é uma perífrase.
que não são mais usados com frequência por outros falan- → “A última flor de Lácio” – Língua Portuguesa.
tes. Muitos registros são simplesmente um conjunto espe- → “O país do Futebol” – Brasil.
cializado de termos. → “A dama do teatro brasileiro” – Fernanda Montenegro.

53
→ “Bruxo do Cosme Velho” – Machado de Assis. reflete uma visão de mundo determinada, necessariamente,
vinculada à do(s) seu(s) autor(es) e às sociedade em que
A análise do discurso vive(m).
Texto, por sua vez, é o produto da atividade discur-
Análise do discurso – ou análise de discurso – é uma siva, o objeto empírico de análise do discurso; é a constru-
prática e um campo da linguística e da comunicação espe- ção sobre a qual se debruça o analista para buscar, em sua
cializado em analisar construções ideológicas presentes em superfície, as marcas que guiam a investigação científica. É
BRUNO PILASTRE

um texto. É muito utilizada, por exemplo, para analisar textos necessário salientar, porém, que o objeto da análise do dis-
da mídia e as ideologias que os engendram. A análise do curso é o discurso.
discurso é proposta a partir da filosofia materialista, que põe (CHARAUDEAU, P; MAINGUENEAU, D.
Dicionário de Análise do Discurso. São Paulo: Contexto, 2004.)
em questão a prática das ciências humanas e a divisão do
trabalho intelectual, de forma reflexiva.
Vícios de linguagem
De acordo uma das leituras possíveis, discurso é a prá-
tica social de produção de textos. Isto significa que todo dis-
Por Vícios de linguagem entende-se: os desvios
curso é uma construção social, não individual, e que só pode
cometidos pelos usuários da língua, às vezes por desconhe-
ser analisado considerando seu contexto histórico-social,
cimento das normas ou por descuido. Entre os vícios de lin-
suas condições de produção; significa, ainda, que o discurso
guagem, cabe menção aos seguintes (cf. Bechara, 2009):

Nome Conceituação Exemplo


O solecismo é um erro de sintaxe. Abrange diversos Eu lhe abracei (por o).
domínios: a concordância, a regência, a colocação e
Solecismo a má estruturação dos termos da oração. Esse erro, A gente vamos (por vai).
comumente, torna a sintaxe incompreensível ou impre-
cisa. Tu fostes (por foste).
Em oposição ao solecismo (que diz respeito à constru- gratuíto por gratuito
ção ou combinação da palavra), o barbarismo é o erro
no emprego de uma palavra. Inclui erro de: pronúncia rúbrica por rubrica
Barbarismo (ortoepia), de prosódia, de ortografia, de flexões, de sig-
nificado, de palavras inexistentes na língua, de forma- cidadões por cidadãos
ção irregular de palavras.
areonáutica por aeronáutica
Caracteriza-se pelo emprego de palavras, expressões doméstico (voo) por nacional
e construções alheias ao idioma que a ele chegam por
empréstimos tomados de outra língua. Para nós, brasi- marketing
Estrangeirismo leiros, os estrangeirismos de maior frequência são os
francesismos ou galicismos, anglicismos, espanho- entretenimento
lismos e italianismos.
adágio

aquarela
Ambiguidade é a propriedade que apresentam diversas O homem bateu na velha com a bengala.
unidades linguísticas (morfemas, palavras, locuções,
frases) de significar coisas diferentes, de admitir mais O guarda conduziu a idosa para sua residência.
de uma leitura. A ambiguidade é um fenômeno muito
frequente, mas, na maioria dos casos, os contextos lin- O cadáver foi encontrado perto do banco.
Ambiguidade ou anfibologia guístico e situacional indicam qual a interpretação cor-
reta.
Estilisticamente, é indesejável em texto científico ou
informativo, mas é muito usado na linguagem poética
e no humorismo.
Eco É a sucessão de palavras que rimam entre si. Não dão explicação para a demissão do João.

A estilística Assim como é variável na abrangência do conceito de


estilo, variável há de ser a própria concepção de Estilística.
Para compreender bem a estilística, recorreremos à mais Há, de fato, uma estilística em sentido amplo e uma estilística
recente obra de José Carlos de Azeredo, Gramática Houaiss em sentido restrito. Em sua acepção ampla, entende-se por
da Língua Portuguesa (PubliFolha, 2008). Estilística o estudo dos diferentes usos – isto é, estilos – da
Segundo o autor, a estilística pode ser considerada uma língua segundo a situação e a finalidade do ato comunicativo;
teoria da construção do sentido, na medida em que se baseia
Assim entendida, trata-se de uma disciplina que consiste em
na premissa de que o que um texto significa é modelado pelas
um método de análise de textos e pode ser considerada uma
escolhas linguísticas – de ordem léxica, gramática, fonética,
variedade de Análise do Discurso.
gráfica e rítmica – feitas por seu enunciador.

54
Recursos estilísticos Figuras de sintaxe

Todo texto deve apresentar a forma que convém às O desvio estilístico nas figuras de sintaxe ocorre na
intenções de quem o enuncia. Segundo este postulado, a lin- organização sintática da frase.
guagem de um texto não é uma mera roupagem de um con-
teúdo, mas a única possibilidade de que esse conteúdo ‘se Figuras de pensamento
apresente’ ao leitor. E para tanto contribuem todos os dados

LÍNGUA PORTUGUESA
do evento sociocomunicativo: quem enuncia, a quem o enun- O desvio se dá no sentido geral da frase, no entendi-
ciado interessa, o que é relevante dizer, que efeitos de sen- mento total da mensagem. Essas figuras manifestam seu
tido são pretendidos, que estratégias discursivas e textuais rendimento no desacordo da relação de verdade entre o
podem conduzir a esses efeitos. Isso provoca uma variação que se diz literalmente e a realidade da qual se fala. Assim,
da modalidade da linguagem, em consonância com as fun- é fundamental o conhecimento do referente, para a perfeita
ções que a ela atribuímos no processo de comunicação. apreensão do sentido que se pretende atribuir ao enun-
É necessário compreender que os valores afetivos e ciado.
estéticos da linguagem são realçados em função de certos
procedimentos de organização da matéria verbal que a Figuras fônicas
caracterizam. Esses procedimentos – denominados recur-
sos (ou traços) estilísticos - se observam em todos os O desvio ocorre na organização da camada sonora da
planos e níveis da arquitetura da língua. São recursos fôni- linguagem, explorando o potencial expressivo dos fonemas.
cos, arranjos sintáticos, modulações rítmicas, criações mór- Os sons da linguagem, assim como outros sons,
ficas, combinações insólitas, paralelismos, notações gráfi- podem provocar sensações agradáveis ou desagradáveis.
cas etc. Todos esses, além de outros, recursos de estilo Não é por outra razão que Charles Bally afirma a existência
amplificam o sentido da frase, fazem o ‘modo de dizer’ a de “uma correspondência entre os sentimentos e os efeitos
pedra de toque de todo o processo de interpretação e com- sensoriais produzidos pela linguagem”.
preensão de um texto.
Referências
Figuras de linguagem
Bibliografia
Podemos definir figuras de linguagem como formas ANDRADE, M. & MEDEIROS, J. Comunicação em língua portuguesa.
simbólicas ou elaboradas de exprimir ideias, significados, 2009.
pensamentos etc., de maneira a conferir-lhes maior expres- AZEREDO, J. Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras
sividade, emoção, simbolismo etc., no âmbito da afetividade do novo acordo ortográfico da língua portuguesa. 2008.
ou da estética da linguagem. Portanto, é interessante ter BECHARA, E. Estudo da língua portuguesa: textos de apoio. 2010.
em mente que as figuras de linguagem não valem por si BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da Presidên-
mesmas, como elementos autônomos sem qualquer rela- cia da República. Brasília: Imprensa Nacional, 1991.
ção com a semântica do texto. [...] Como as palavras, as CARVALHO, J. Teoria da Linguagem. 1983.
figuras de linguagem não significam isoladas, independen- CEGALLA, D. Dicionário de dificuldades da língua portuguesa. 2007.
tes; sua significação emana das combinações de que elas DUARTE & LIMA. Classes e Categorias em Português. 2000.
participam nos contextos situacional e linguístico de sua ECO, U. A arte perdida da caligrafia. Artigo do New York Times. Revista
ocorrência. Como elas estão inseridas na macrossemântica da Cultura, nº 28.
do texto, sua capacidade de expressar uma significação FERREIRA, A. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 2009.
não depende só delas, o que torna inócuo o seu inventá- FIORIN, J. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa,
rio, o seu mero reconhecimento sem que se tenha a devida espaço e tempo. 1996.
competência linguística para perceber a sua funcionalidade GARCIA, O. Comunicação em prosa moderna. 2007.
no amplo complexo da textualidade. Desse modo, é preciso HOUAISS, A. Dicionário Houaiss: sinônimos e antônimos. 2008.
ver a terminologia que as identifica – e que a muitas pes- KOCH, I. A coesão textual. 1993.
soas causa justificado desconforto, quando não perplexi- KOCH, I. A inter-ação pela linguagem. 1992.
dade ou rejeição – um instrumental para o reconhecimento KOCH, I. A coerência textual. 1990.
técnico do fato estilístico, e não o objetivo da análise. KOCH, I. & TRAVAGLIA, L. A coerência textual. 2009.
As figuras de linguagem podem atuar a área da KOCH, I. & TRAVAGLIA, L. Texto e coerência. 1989.
semântica lexical, da construção gramatical, da associação KOCH, I. Argumentação e linguagem. 1984.
cognitiva do pensamento ou da camada fônica da lingua- KOCH, I. O texto e a construção dos sentidos. 2008.
gem. Assim, temos o que tradicionalmente se denomina de LUFT, C. Dicionário prático de regência nominal. 2010.
figuras de palavras, figuras de construção (ou de sintaxe), LUFT, C. Dicionário prático de regência verbal. 2008.
figuras de pensamento e figuras fônicas. Dicionários de arte MARCUSCHI, L. Produção textual, análise de gêneros e compreen-
poética e manuais de retórica dão conta da grande varie- são. 2008.
dade dessas figuras, às vezes apartadas por diferenças MARTINS, D. & ZILBERKNOP, L. Português Instrumental. 2009.
sutis. MEDEIROS, J. Redação científica. 2009.
SAVIOLI, F. & FIORIN, J. Manual do candidato: português. Fund. Ale-
Figuras de palavras xandre de Gusmão. 2001.
SAVIOLI, F. & FIORIN, J. Para entender o texto: leitura e redação.
As figuras de palavras (ou tropos) referem-se à signi- 2009.
ficação das palavras, desviando-se da significação que o Sítios
consenso identifica como normal. BBC Brasil: http://www.bbc.co.uk/portuguese/

55
Caros Amigos: http://carosamigos.terra.com.br/ 3. Mantêm-se a correção gramatical e o sentido original
Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/ do texto ao se substituir “há” (l.19) por existe.
Folha de São Paulo: http://www.folha.uol.com.br/
Le Monde Diplomatique Brasil: http://www.diplomatique.org.br/ 4. Seria mantida a correção gramatical do período caso
Observatório da Imprensa: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/
o fragmento “Estação do ano mais aguardada pelos
PCI Concursos – Provas: http://www.pciconcursos.com.br/provas/
brasileiros” (l.1) fosse deslocado e inserido, entre vír-
Rádio CBN: http://cbn.globoradio.globo.com/home/HOME.htm
gulas, após “verão” (l.2) feitos os devidos ajustes de
Revista Piauí: http://revistapiaui.estadao.com.br/
BRUNO PILASTRE

VOLP: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23
maiúsculas e minúsculas.

Sítios das bancas examinadoras adotadas nesta obra 5. Infere-se do texto que ainda falta a contribuição de
CESPE: http://www.cespe.unb.br/ muitos países para as pesquisas que associem altas
CONSULPLAN: http://www.consulplan.net/portal/consulplan.php temperaturas a internações por enfermidades relacio-
ESAF: http://www.esaf.fazenda.gov.br/ nadas aos efeitos do calor.
FCC: http://www.concursosfcc.com.br/
CESGRANRIO: http://www.cesgranrio.org.br/inicial.aspx 6. Os acentos gráficos das palavras “bioestatística” e “es-
FUNRIO: http://www.funrio.org.br/ pecíficos” têm a mesma justificativa gramatical.

QUESTÕES COMENTADAS DE GRAMÁTICA 7. O termo "aí" (l.20) tem como referente “Brasil” (l.19).

CESPE/ FUB/ NÍVEL INTERMEDIÁRIO (CARGO 12) 8. O emprego da vírgula após “momento” (l.10) explica-se
por isolar o adjunto adverbial, que está anteposto ao
1 Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, verbo, ou seja, deslocado de sua posição padrão.
o verão não é sinônimo apenas de praia, corpos à
mostra e pele bronzeada. O calor extremo provocado 1 “O preconceito linguístico é um equívoco, e tão
por massas de ar quente ― fenômeno comum nessa nocivo quanto os outros. Segundo Marcos Bagno,
5 época do ano, mas acentuado na última década pelas especialista no assunto, dizer que o brasileiro não sabe
mudanças climáticas ― traz desconfortos e riscos à português é um dos mitos que compõem o preconceito
saúde. Não se trata somente de desidratação e inso- 5 mais presente na cultura brasileira: o linguístico”.
lação. Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de  A redação acima poderia ter sido extraída do edi-
Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o torial de uma revista, mas é parte do texto “O oxente e o
10 momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam ok”, primeiro lugar na categoria opinião da 4ª Olimpíada
hospitalizações por falência renal, infecções do trato de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada
urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. 10 pelo Ministério da Educação em parceria com a Fun-
“Embora tenhamos feito o estudo apenas nos EUA, as dação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas
em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).
ondas de calor são um fenômeno mundial. Portanto,
 A autora do artigo é estudante do 2º ano do ensino
15 os resultados podem ser considerados universais”, diz
médio em uma escola estadual do Ceará, e foi premiada
Francesca Domininci, professora de bioestatística da
15 ao lado de outros dezenove alunos de escolas públi-
faculdade e principal autora do estudo, publicado no
cas brasileiras, durante um evento em Brasília, no
jornal Jama, da Associação Médica dos Estados Unidos. último mês de dezembro. Como nos três anos ante-
No Brasil, não há estudos específicos que associem as riores, vinte alunos foram vencedores ― cinco em
20 ondas de calor a tipos de internações. “Não é só aí. No cada gênero trabalhado pelo projeto. Além de opinião
mundo todo, há pouquíssimas investigações a respeito 20 (2º e 3º anos do ensino médio), a olimpíada destacou
dessa relação”, afirma Domininci. “Precisamos que produções em crônica (9º ano do ensino fundamental),
os colegas de outras partes do planeta façam pesqui- poema (5º e 6º anos) e memória (7º e 8º anos). Tudo
sas semelhantes para compreendermos melhor essa regido por um só tema: “O lugar em que vivo”.
25 importante questão para a saúde pública”, observa.
Língua Portuguesa, 1/2015. Internet: <www.revistalin-
Internet: <www.correioweb.com.br>(com adaptações) gua.uol.com.br>(com adaptações)

Com relação às ideias e às estruturas do texto acima, No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos
julgue os itens que se seguem. aspectos gramaticais do texto, julgue os itens a seguir.

1. Os elementos presentes no texto permitem classificá- 9. A inserção de vírgula antes do “que” (l.4) provocaria
-lo como narrativo. alteração de sentido no texto.

10. De acordo com as informações constantes do texto


2. Depreende-se das informações do texto que o calor
acima, a 4ª Olimpíada de Língua Portuguesa “Escre-
causado por massas de ar quente e intensificado por
vendo o Futuro” contou com a participação de alunos
mudanças climáticas transformou o verão em uma es-
da rede pública que trabalharam com cinco gêneros
tação prejudicial à saúde das pessoas, pelo aumento textuais, tendo ficado em primeiro lugar na categoria
de hospitalizações por doenças como falência renal. opinião o texto O oxente e o ok.

56
11. Os trechos "especialista no assunto" (l. 3), "o linguís- De acordo com o texto acima, julgue os seguintes
tico" (l.5) e “primeiro lugar na categoria opinião da 4ª itens.
Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futu-
ro” (l. 8 a 9) exercem a mesma função sintática, a de 16. De acordo com o contexto, estaria também correto o
aposto. emprego do sinal indicativo de crase em “quanto a”
(l.35).
12. O elemento coesivo “mas” (l.7) inicia uma oração co-

LÍNGUA PORTUGUESA
ordenada que exprime a ideia de concessão em uma 17. O vocábulo “indumentárias” (l.23) está empregado em
sequência de fatos.
sentido figurado.
13. Na linha 18, caso o travessão fosse substituído por
18. Mantêm-se a correção gramatical e as informações
dois-pontos, não haveria prejuízo para a correção gra-
matical do texto. originais do texto ao se substituir “Trata-se de” (l.23)
por Situações como essas se tratam de.
14. De acordo com o primeiro parágrafo do texto, para o
especialista Marcos Bagno, o preconceito linguístico 19. Conforme o texto, a escola deve ensinar aos alunos
nasce da ideia de que existe uma única língua portu- a norma-padrão da língua portuguesa, mas é preciso,
guesa correta. também, refletir se seria adequado corrigir outras pes-
soas, como, por exemplo, um porteiro que diz O elevador
15. O termo “o brasileiro” (l.3) exerce a função de sujeito tá cum pobrema.
da oração em que se insere.
20. Depreende-se do texto que a língua falada não é uma,
1 A língua que falamos, seja qual for (português, mas são várias porque, a depender da situação, o fa-
inglês...), não é uma, são várias. Tanto que um dos mais lante pode se expressar com maior ou menor formali-
eminentes gramáticos brasileiros, Evanildo Bechara, dade.
disse a respeito: “Todos temos de ser poliglotas
5 em nossa própria língua”. Qualquer um sabe que não
21. Segundo o texto, "temos de ser poliglotas em nossa
se deve falar em uma reunião de trabalho como se
falaria em uma mesa de bar. A língua varia com, no própria língua" (l. 4 e 5) significa que a língua assume
mínimo, quatro parâmetros básicos: no tempo (daí variantes adequadas aos contextos em que são pro-
o português medieval, renascentista, do século XIX, duzidas.
10 dos anos 1940, de hoje em dia); no espaço (português
lusitano, brasileiro e mais: um português carioca, pau- 22. O pronome “outra” (l.27) está empregado em referên-
lista, sulista, nordestino); segundo a escolaridade do cia ao termo “A língua” (l.26).
falante (que resulta em duas variedades de língua: a
escolarizada e a não escolarizada) e finalmente varia
15 segundo a situação de comunicação, isto é, o local
GABARITO
em que estamos, a pessoa com quem falamos e o
motivo da nossa comunicação ― e, nesse caso, há,
pelo menos, duas variedades de fala: formal e informal. 1. E. Trata-se, na verdade, de um texto expositivo.
 A língua é como a roupa que vestimos: há um traje
20 para cada ocasião. Há situações em que se deve usar traje 2. C
social, outras em que o mais adequado é o casual, sem
falar nas situações em que se usa maiô ou mesmo nada,
3. E. O verbo “há” (l. 19) deve ser substituído pela forma
quando se toma banho. Trata-se de normas indumentárias
“existem”, a qual passa a concordar com “estudos
que pressupõem um uso “normal”. Não é proibido ir à praia
25 de terno, mas não é normal, pois causa estranheza. específicos” (l. 19).
 A língua funciona do mesmo modo: há uma norma
para entrevistas de emprego, audiências judiciais; e outra 4. C. A expressão nominal em questão é um aposto, o
para a comunicação em compras no supermercado. qual pode, sim, ser deslocado para a posição poste-
A norma culta é o padrão de linguagem que se deve rior ao nome a que faz referência (verão).
30 usar em situações formais.
 A questão é a seguinte: devemos usar a norma culta 5. C
em todas as situações? Evidentemente que não, sob
pena de parecermos pedantes. Dizer “nós fôramos” em 6. C. Ambas são proparoxítonas.
vez de “a gente tinha ido” em uma conversa de botequim
35 é como ir de terno à praia. E quanto a corrigir quem fala 7. C. De fato, o referente locativo da forma “aí” é Brasil.
errado? É claro que os pais devem ensinar seus filhos
a se expressar corretamente, e o professor deve cor-
8. E. O termo em destaque faz referência ao nome
rigir o aluno, mas será que temos o direito de advertir
“estudo” (l. 8). Não se trata, então, de adjunto adver-
o balconista que nos cobra “dois real” pelo cafezinho?
bial.
Língua Portuguesa. Internet: <www.revistalingua.uol.
com.br>(com adaptações). 9. X

57
10. E 2. Na linha 3, a supressão do termo “em” manteria a cor-
reção gramatical e o sentido original do período.
11. C. De fato, os trechos destacados são é expres-
sões de natureza substantiva que se referem a outra 3. Em todas as ocorrências de “têm” no texto (l. 3, 7, 8 e
expressão de natureza substantiva ou pronominal. 10) é exigido o uso do acento circunflexo para marcar
o plural.
12. E. O elemento coesivo “mas” inicia, no texto citado,
BRUNO PILASTRE

uma oração coordenada que exprime ideia adversa- 4. Com o uso do pronome masculino “eles” (l.7), excluem-
tiva. -se da argumentação as mulheres, razão pela qual são
citadas no período final do texto.
13. C. O travessão pode ser substituído por dois-pontos
e por vírgula, inexistindo prejuízo para a correção 1 Neste ano, em especial, alguns cargos que tradi-
gramatical. cionalmente já são valorizados devem ficar ainda mais
requisitados. São promissores cargos ligados à ciência
14. E de dados, em especial ao big data e aos dispositivos
5 móveis, como celulares e tablets. Os novos profissionais
15. C. A oração em questão é “o brasileiro não sabe por- da área de tecnologia ganham relevância pela capacidade
tuguês”, cujo sujeito é “o brasileiro”. O predicado é de aprofundar a análise de informações e pela criação
“não sabe português”. de estratégias dentro de empresas. A tendência é que,
à medida que esse mercado se desenvolva no Brasil,
16. E. A forma verbal “corrigir” é refratária à presença 10 aumentem as oportunidades nos próximos anos. Em
de artigo. Assim, impossibilita-se o emprego do sinal momentos de incerteza econômica, buscar soluções
indicativo de crase (pois não há fusão de dois aa). para aumentar a produtividade é uma escolha certeira
para sobreviver e prosperar: nesse sentido, as empre-
17. C sas brasileiras estão fazendo o dever de casa.
18. E
19. C Veja, 7/1/2015, p. 55(com adaptações)
20. C
21. C Com referência aos sentidos e às estruturas do texto
acima, julgue os itens a seguir.
22. E. Não há referência anafórica à expressão “A língua”.
No trecho em questão, a reconstrução da ideia é a 5. No texto, o uso das formas verbais no modo subjunti-
seguinte: “A língua funciona do mesmo modo: há vo em “desenvolva” e “aumentem”, nas linhas 9 e 10,
uma norma para entrevistas de emprego, audiências reforça a ideia de hipótese conferida ao substantivo
judiciais; e outra (NORMA) para a comunicação em
“tendência” (l.8).
compras no supermercado.”
6. Na linha 12, para a construção de sentidos do texto, a
CESPE/ CEBRASPE – FUB – NÍVEL SUPERIOR
forma verbal “é” está flexionada no singular para con-
(TODOS OS CARGOS)
cordar com o núcleo do sujeito, “produtividade”.

1 O fator mais importante para prever a performance


7. Preservam-se as relações sintáticas e a correção gra-
de um grupo é a igualdade da participação na conversa.
matical entre as orações ao substituir o sinal de dois-
Grupos em que poucas pessoas dominam o diálogo têm
-pontos (l.13) por ponto e vírgula ou vírgula.
desempenho pior do que aqueles em que há mais troca.
5 O segundo fator mais importante é a inteligência social
dos seus membros, medida pela capacidade que eles 8. Depreende-se do texto que o Brasil vive um momen-
têm de ler os sinais emitidos pelos outros membros to de grande incerteza econômica, principalmente por
do grupo. As mulheres têm mais inteligênciasocial que não haver avançado o suficiente no campo da tecno-
os homens, por isso grupos mais diversificados têm logia.
10 desempenho melhor.
1 O eixo norteador da gestão estratégica de recursos
Gustavo Ioschpe. Veja, 31/12/2014, p. 33(com adapta- humanos é a ênfase nas pessoas como variável determi-
ções) nante do sucesso organizacional, visto que a busca pela
competitividade impõe à organização a necessidade de
Julgue os itens seguintes, referentes às ideias e às es- 5 contar com profissionais altamente qualificados, aptos
truturas linguísticas do texto acima. a fazer frente às ameaças e oportunidades do mercado.
 Essa construção competitiva sugere que a ges-
1. Preservam-se o sentido e a correção gramatical do tão estratégica de recursos humanos contribui para
texto ao acrescentar de ideias após “troca” (l.4) e do gerar vantagem competitiva sustentável por promover
que grupos mais homogêneos após “melhor” (l.10).

58
10 o desenvolvimento de competências e habilidades, 14. Para a retomada de ideias na organização das ora-
produz e difunde conhecimento, desenvolve as rela- ções do texto, admite-se, após “fatores” (l.3), a substi-
ções sociais na organização. tuição da vírgula por ponto e vírgula.
 A gestão deve ter como objetivo maior a melho-
1 Um estudo da Universidade da Califórnia, em
ria das performances profissional e organizacional,
Davis – EUA, mostra que a curiosidade é importante
15 principalmente por meio do desenvolvimento das pes- no aprendizado. Imagens dos cérebros de universitá-

LÍNGUA PORTUGUESA
soas em um sentido mais amplo. Dessa forma, o conhe- rios revelaram que ela estimula a atividade cerebral
cimento e o desempenho representam, ao mesmo 5 do hormônio dopamina, que parece fortalecer a
tempo, um valor econômico à organização e um valor memória das pessoas. A dopamina está ligada à
social ao indivíduo. sensação de recompensa, o que sugere que a curio-
sidade estimula os mesmos circuitos neurais ativa-
Valdec Romero. Aprendizagem organizacional, gestão dos por uma guloseima ou uma droga. Na média, os
do conhecimento e universidade corporativa: instru- 10 alunos testados deram 35 respostas corretas a 50 per-
mentos de um mesmo construto. guntas acerca de temas que os deixavam curiosos e
Internet: (com adaptações) 27 de 50 questões sobre assuntos que não os atraíam.
Estimular a curiosidade ajuda a aprender.
Julgue os itens subsequentes, relativos às estruturas
Planeta, dez/2014, p. 14 (com adaptações)
linguísticas e às ideias do texto.
A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do
9. Na linha 4, a forma verbal “impõe” exige dois comple- texto acima, julgue os itens subsecutivos.
mentos: um, introduzido pela preposição “a” ― por
isso, o acento indicativo de crase em “à organização” 15. A retirada do termo “o” em “o que sugere” (l.7) preserva
―; e outro, sem preposição ― de que decorre o não a relação entre as ideias, bem como a correção grama-
uso da crase em “a necessidade”. tical do texto, com a vantagem de ressaltar o paralelis-
mo com o período sintático anterior.
10. As expressões “eixo norteador” (l.1) e “fazer frente” 16. Os dados apresentados acerca das respostas dos
(l.6) demonstram que o texto se afasta do nível de for- “alunos testados” (l.10) constituem argumentos a favor
malidade da linguagem, aproximando-se do registro da tese do texto, expressa por “a curiosidade é impor-
coloquial ou oral. tante no aprendizado” (l. 2 e 3).

1 Se observarmos as nações desenvolvidas, veri- 17. Em um uso mais formal da língua, as regras de co-
ficaremos que elas se destacam em termos de pro- locação pronominal do padrão culto permitem que o
pronome átono em “que não os atraíam” (l. 12) seja
dutividade total dos fatores, ou seja, são países que
também utilizado depois do verbo, sob a forma de nos,
tornaram as economias mais eficientes e produtivas ligada ao verbo por um hífen.
5 e contam não só com a eficácia das máquinas e dos
equipamentos de seu parque industrial, mas também 18. No desenvolvimento argumentativo do texto, admite-
com o acesso a insumos mais sofisticados e ade- -se a substituição de “no aprendizado” (l. 3) por para
quados, com mão de obra bem educada e formada, o aprendizado.
infraestrutura adequada e custos justos de transação.
GABARITO
Cledorvino Belini. O Brasil depois das eleições. In:
Correio Braziliense, 2/1/2015 (com adaptações).
1. C
Julgue os próximos itens, relacionados às ideias e às
2. E
estruturas linguísticas do texto acima.
3. C. Na primeira ocorrência, a forma “têm” concorda com
11. No desenvolvimento textual, subentende-se que a for-
“Grupos” (l. 3); na segunda, concorda com “eles” (l. 7);
ma verbal “são” (l.3) remete a “elas” (l.2), ou seja, “as
na terceira, concorda com “mulheres” (l. 8); na quarta,
nações desenvolvidas” (l.1).
concorda com “grupos mais diversificados” (ls. 9-10).
12. Mantêm-se a coesão textual e a correção gramatical
4. E. Não há exclusão, uma vez que, no texto, o pro-
caso se substitua o trecho “contam (...) acesso” (l. 5
nome “eles” faz referência a termos como “grupos” e
a 7) por: contam com a eficácia das máquinas e dos
“membros”, os quais incluem as mulheres.
equipamentos de seu parque industrial, bem como
com o acesso.
5. C. De fato, o modo subjuntivo expressa a ação ou
estado denotado pelo verbo como um fato irreal, ou
13. Depreende-se das ideias do texto que, para uma na-
simplesmente possível ou desejado, ou que emite
ção ser considerada desenvolvida, sua economia deve
sobre o fato real um julgamento. Assim, há compatibi-
basear-se na otimização de seu parque industrial, mão
lidade entre a ideia de hipótese conferida ao substan-
de obra gentil e bem formada, infraestrutura apropria-
tivo “tendência” e a forma verbal no modo subjuntivo.
da e justiça do mercado.

59
6. E. “produtividade” não é núcleo do sujeito. LEGENDA: SEPARAÇÃO DOS CONTEÚDOS
(PARA BANCA CESPE)
7. C
IT – interpretação
8. E FN – fonologia
MF – morfologia
9. C. O verbo “impor”, na construção em questão, é STX – sintaxe
bitransitivo. O objeto direto é “a necessidade” e o SE – semântica e estilística
BRUNO PILASTRE

objeto indireto é “a organização”: impor a necessi-


dade à organização. CESPE

10. E. Pelo contrário. As formas as expressões em ques- CESPE/ ANS/ SUPERIOR


tão são formais.
1 A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
11. C. A cadeia referencial da primeira parte do período divulgou o último relatório de monitoramento das ope-
compartilha o mesmo sujeito semântico. Nações radoras, que, pela primeira vez, inclui os novos crité-
desenvolvidas = elas = sujeito elíptico da forma “são”. rios para suspensão temporária da comercialização
5 de planos de saúde. Além do descumprimento dos
12. C prazos de atendimento para consultas, exames e
cirurgias, previstos na RN 259, passaram a ser con-
13. E siderados todos os itens relacionados à negativa de
cobertura, como o rol de procedimentos, o período
14. C. A substituição é possível, uma vez que o ponto e 10 de carência, a rede de atendimento, o reembolso e o
vírgula assinala pausa mais forte que a da vírgula e mecanismo de autorização para os procedimentos.
menos acentuada que a do ponto – o que é compatí- Internet: <www.ans.gov.br> (com adaptações).
vel com a construção em questão.
Em relação às informações e estruturas linguísticas do
15. E. Ao se retirar o termo “o”, a expressão adquire valor de texto acima, julgue os itens que se seguem.
oração subordinada adjetiva. Nesse caso, “que sugere...”
fará referência apenas ao nome “recompensa”, o que 1. IT – Depreende-se das informações do texto que, an-
modifica a relação entre as ideias do texto. tes do último relatório, a ANS, no monitoramento das
operadoras, já adotava como um dos critérios para a
suspensão provisória de comercialização de planos de
16. C
saúde o descumprimento dos prazos de atendimento
para consultas, exames e cirurgias.
17. E. A partícula negativa “não” é atrativa.
2. STX – Na linha 8, o sinal indicativo de crase em “à nega-
18. C. São formas intercambiáveis.
tiva” é empregado porque a regência de “relacionados”
exige complemento regido pela preposição a e o termo
“negativa” vem antecedido de artigo definido feminino.

3. SE – As vírgulas empregadas logo após “procedimen-


tos” (l. 9) e “carência” (l. 10) isolam elementos de mes-
ma função sintática componentes de uma enumeração
de termos.

4. FN – Os acentos gráficos empregados em “Agência” e


em “Saúde” têm a mesma justificativa.

1 A avaliação das operadoras de planos de saúde


em relação às garantias de atendimento, previs-
tas na RN 259, é realizada de acordo com dois cri-
térios: comparativo, cotejando-as entre si, dentro
5 do mesmo segmento e porte; e avaliatório, consi-
derando evolutivamente seus próprios resultados.
 Os planos de saúde recebem notas de zero a
quatro: zero significa que o serviço atendeu às nor-
mas, e quatro é a pior avaliação possível do servi-
10 ço. Os planos com pior avaliação — durante dois
períodos consecutivos — estão sujeitos à suspen-
são temporária da comercialização. Quando isso
ocorre, os clientes que já haviam contratado o ser-
viço continuam no direito de usá-lo, mas a operadora
15 não pode aceitar novos beneficiários nesses planos.
Internet: <www.ans.gov.br>.

60
Julgue os itens a seguir, relativos às estruturas linguís-
ticas e informações do texto a seguir. GABARITO

5. SE – A substituição dos travessões das linhas 10 e 11 1. C


por vírgulas ou por parênteses preservaria a correção 2. C
gramatical do período. 3. C

LÍNGUA PORTUGUESA
4. E
6. IT – Em “usá-lo” (l. 14), o pronome “lo” é elemento co-
5. C
esivo que se refere ao antecedente “serviço” (l. 13).
6. C
7. STX – O segmento “que já haviam contratado o servi- 7. C
ço” (l. 13-14) tem natureza restritiva. 8. E
9. C
8. STX – Prejudica-se a correção gramatical do período 10. C
ao se substituir “é realizada” (l. 3) por realiza-se. 11. C
12. E
9. SE – O sinal de dois-pontos logo depois de “critérios” 13. E
(l. 4) está empregado para anunciar uma enumeração 14. E
explicativa. 15. E

1 AANS vai mudar a metodologia de análise de proces- CESPE/ DPRF/ SUPERIOR


sos de consumidores contra as operadoras de planos de
saúde com o objetivo de acelerar os trâmites das ações.
1 Leio que a ciência deu agora mais um passo defi-
 Uma das novas medidas adotadas será a apre-
nitivo. E claro que o definitivo da ciência é transitório, e
5 ciação coletiva de processos abertos a partir de quei-
xas dos usuários. Os processos serão julgados de não por deficiência da ciência (e ciência demais), que se
forma conjunta, reunindo várias queixas, organizadas supera a si mesma a cada dia... Não indaguemos para
e agrupadas por temas e por operadora. 5 que, já que a própria ciência não o faz — o que, aliás, é a
 Segundo a ANS, atualmente, 8.791 processos mais moderna forma de objetividade de que dispomos.
10 de reclamações de consumidores sobre o atendi-  Mas vamos ao definitivo transitório. Os cientistas
mento dos planos de saúde estão em tramitação na afirmam que podem realmente construir agora a bomba
agência. Entre os principais motivos que levaram limpa. Sabemos todos que as bombas atômicas fabrica
às queixas estão a negativa de cobertura, os reajus- 10 das até hoje são sujas (aliás, imundas) porque, depois
tes de mensalidades e a mudança de operadora. que explodem, deixam vagando pela atmosfera o já
15 No Brasil, cerca de 48,6 milhões de pessoas têm famoso e temido estrôncio 90. Ora, isso é desagradável:
planos de saúde com cobertura de assistência médica e pode mesmo acontecer que o próprio país que lançou a
18,4 milhões têm planos exclusivamente odontológicos.
bomba venha a sofrer, a longo prazo, as consequências
Valor Econômico, 22/3/2013. 15 mortíferas da proeza. O que é, sem dúvida, uma sujeira.
 Pois bem, essas bombas indisciplinadas, mal-
No que se refere às informações e às estruturas lin-
-educadas, serão em breve substituídas pelas
guísticas do texto acima, julgue os itens subsequentes.
bombas n, que cumprirão sua missão com lisura:
10. STX – Prejudica-se a correção gramatical do período destruirão o inimigo, sem riscos para o atacante.
ao se substituir “acelerar” (l. 3) por acelerarem. 20 Trata-se, portanto, de uma fabulosa conquista, não?
Ferreira Gullar. Maravilha. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro:
11. STX – Os vocábulos “organizadas” e “agrupadas”, José Olympio, 1989, p. 109.
ambos na linha 7, estão no feminino plural porque con-
cordam com “queixas” (l. 5). No que se refere aos sentidos e as estruturas linguísti-
cas do texto acima, julgue os itens a seguir.
12. SE – Mantém-se a correção gramatical do período ao
se substituir “cerca de” (l. 15) por acerca de. 1. SE – A forma verbal “podem” (l. 8) está empregada no
sentido de têm autorização.
13. IT – Trata-se de texto de natureza subjetiva, em que a
opinião do autor está evidente por meio de adjetivos e
2. STX – A oração introduzida por “porque” (l. 10) expres-
considerações de caráter pessoal.
sa a razão de as bombas serem sujas.
14. IT – De acordo com o texto, no momento em que fo-
ram publicadas, as novas medidas já estavam sendo 3. STX – Mantendo-se a correção gramatical e a coerên-
aplicadas nos processos de consumidores contra as cia do texto, a conjunção “e”, em “e não por deficiência
operadoras de planos de saúde. da ciência” (l. 2-3), poderia ser substituída por mas.

15. IT – Segundo as informações do texto, os processos 4. IT – O objetivo do texto, de caráter predominantemen-


dos consumidores contra as operadoras de planos de te dissertativo, é informar o leitor a respeito do surgi-
saúde serão julgados individualmente. mento da “bomba limpa” (l. 8).

61
5. STX – Tendo a oração “que se supera a si mesma a 10. IT – Infere-se do texto que algumas práticas sociais são
cada dia” (l. 3-4) caráter explicativo, o vocábulo “que” absolutamente erradas, ainda que o conceito de certo e
poderia ser corretamente substituído por pois ou por- errado seja variável do ponto de vista social e histórico.
que, sem prejuízo do sentido original do período.
11. STX – Dado o fato de que nem equivale a e não, a
6. IT – A visão do autor do texto a respeito das “bombas supressão da conjunção “e” empregada logo após “in-
n” (l. 18) e positiva, o que e confirmado pelo uso da violável”, na linha 11, manteria a correção gramatical
BRUNO PILASTRE

do texto.
palavra “lisura” (l. 18) para se referir a esse tipo de
bomba, em oposição ao emprego de palavras como
12. STX – Devido à presença do advérbio “apenas” (l. 19),
“indisciplinadas” (l. 16) e “mal-educadas” (l. 16) em re-
o pronome “se” (l. 18) poderia ser deslocado para ime-
ferência às bombas que liberam “estrôncio 90” (l. 12),
diatamente após a forma verbal “coloca” (l. 18), da se-
estas sim consideradas desastrosas por atingirem in- guinte forma: coloca-se.
distintamente países considerados amigos e inimigos.
13. STX – Sem prejuízo para o sentido original do texto, o
7. FN – O emprego do acento nas palavras “ciência” e trecho “esses comportamentos são publicamente con-
“transitório” justifica-se com base na mesma regra de denados na maior parte do mundo” (l. 16-17) poderia
acentuação. ser corretamente reescrito da seguinte forma: publica-
mente, esses comportamentos consideram-se conde-
1 Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens, nados em quase todo o mundo.
passamos boa parte da vida tendo de optar entre o
certo e o errado, entre o bem e o mal. Na realidade, 14. STX – No trecho “o que consideramos bem” (l. 4), o
entre o que consideramos bem e o que consideramos vocábulo “que” classifica-se como pronome e exerce
5 mal. Apesar da longa permanência da questão, o que a função de complemento da forma verbal “conside-
ramos”.
se considera certo e o que se considera errado muda
ao longo da história e ao redor do globo terrestre.
15. IT – Infere-se do período “Mas a opção (...) da mídia”
 Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da
(l. 18-20) que nem todos “os temas polêmicos” rece-
pena de morte autoriza o Estado a matar em nome
bem a atenção dos meios de comunicação.
10 da justiça. Em outras sociedades, o direito a vida é
inviolável e nem o Estado nem ninguém tem o direito
de tirar a vida alheia. Tempos atrás era tido como legí-
GABARITO
timo espancarem-se mulheres e crianças, escraviza-
rem-se povos. Hoje em dia, embora ainda se saiba 1. E
15 de casos de espancamento de mulheres e crianças, de 2. C
3. C
trabalho escravo, esses comportamentos são publica-
4. E
mente condenados na maior parte do mundo.
5. E
 Mas a opção entre o certo e o errado não se colo-
6. E
ca apenas na esfera de temas polêmicos que atraem os
7. C
20 holofotes da mídia. Muitas e muitas vezes e na solidão 8. C
da consciência de cada um de nós, homens e mulheres, 9. C
pequenos e grandes, que certo e errado se enfrentam. 10. C
 E a ética é o domínio desse enfrentamento. 11. E
Marisa Lajolo. Entre o bem e o mal. In: Histórias sobre a ética. 5.ª ed. 12. E
São Paulo: Ática, 2008 (com adaptações). 13. E
14. C
A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto 15. C
acima, julgue os itens que se seguem.
CESPE/ MC/ SUPERIOR
8. IT – No texto, a expressão “pequenos e grandes” (l.
22) não se refere a tamanho, podendo ser interpretada 1 O direito à privacidade já desapareceu faz tempo
no mundo em que vivemos. Esse direito foi desmante-
como equivalente a expressão “adultos e jovens” (l. 1),
lado, antes mesmo que pelos espiões, pela imprensa
ou seja, em referência a faixas etárias.
marrom e pelas revistas cor-de-rosa, pela ferocidade
5 dos debatedores políticos — que, em sua ânsia de ani-
9. STX – O trecho “Tempos atrás era tido como legítimo
quilar o adversário, não hesitam em expor à luz suas
espancarem-se mulheres e crianças, escravizarem-se intimidades mais secretas — e por um público ávido por
povos” (l. 12-14) poderia ser corretamente reescrito da invadir o âmbito do privado a fim de saciar sua curio-
seguinte forma: Há tempos, considerava-se legítimo sidade com segredos de alcova, escândalos de famí-
que se espancassem mulheres e crianças, que se es- 10 -lia, relações perigosas, intrigas, vícios, tudo aquilo que
cravizassem povos. antigamente parecia vedado à exposição pública. Hoje,

62
a fronteira entre o privado e o público se eclipsou e,  O cientista político canadense Arthur Kroker já
embora existam leis que na aparência protegem a pri- 15 havia alertado, em 1994, sobre a constituição de uma
vacidade, poucas pessoas apelam para os tribunais a nova classe dirigente composta de administradores,
15 fim de reclamá-la, porque sabem que as possibilidades formuladores e executores da telemática, uma ver-
de que os juízes lhes deem razão são escassas. Desse dadeira classe virtual. Essa nova elite comandaria
modo, embora por inércia continuemos utilizando a uma sociedade partida entre inforricos e infopobres.

LÍNGUA PORTUGUESA
palavra escândalo, a realidade a esvaziou do seu con- 20 Sua hipótese se chocava com as inúmeras promessas
teúdo tradicional e da censura moral que implicava e de que o mundo teria encontrado uma tecnologia intrin-
20 passou a ser sinônimo de entretenimento legítimo. secamente incorporadora e democratizante.
Mário Vargas Llosa. Aposentem os espiões. Internet: <www.observatorio-  Hoje, percebe-se que a tecnologia da informação
daimprensa.com.br> (com adaptações). não está tornando a sociedade mais equânime; ao con-
25 trário, seu rápido espraiamento pelo planeta está cau-
Acerca da organização das ideias e da estruturação sando mais desigualdade e dificuldade de superá-la.
linguística do texto acima, julgue os itens seguintes. BRASIL. Portal Software Livre no Governo do Brasil. Inclusão digital,
software livre e globalização contra-hegemônica. Internet: <www.softwa-
1. STX – Na linha 1, o emprego do sinal indicativo de cra- relivre.gov.br> (com adaptações).
se em “à privacidade” deve-se à presença do substan-
tivo “direito”, cujo complemento deve ser introduzido Julgue os itens a seguir, relativos às estruturas linguís-
pela preposição a e, como o núcleo desse complemen- ticas e à organização das ideias do texto acima.
to é um substantivo feminino determinado pelo artigo
feminino a, este deve receber o acento grave. 7. IT – De acordo com o texto, a maioria da população
brasileira tinha acesso à Internet em 2001.
2. STX – O pronome “a” em “a esvaziou” (l. 18) retoma
a expressão “a palavra escândalo” (l. 18) e exerce a 8. FN – Os vocábulos “Político”, “hipótese” e “rápido” se-
função sintática de objeto. guem a mesma regra de acentuação gráfica.

3. IT – Das ideias apresentadas no texto, depreende-se 9. MF – No trecho “uma sociedade partida entre inforri-
que, nas sociedades atuais, é tácito o rompimento da cos e infopobres” (l. 19), o prefixo “info-”, em ambas as
fronteira da privacidade, não mais havendo, portanto, ocorrências, poderia ser substituído por tecno- sem que
o direito à impetração de ações na justiça sob a alega- houvesse alteração semântica ou sintática do texto.
ção de invasão de privacidade.
10. MF – No texto, o uso do futuro do subjuntivo em
4. IT – O texto está dividido em três partes — apresenta- “comandaria” (l. 18) indica uma situação factual.
ção de tese, apresentação de argumentos e conclusão
—, demarcadas, respectivamente, assim: “O direito à
11. STX – A forma verbal “navegavam” (l. 5) poderia ser
privacidade já desapareceu faz tempo no mundo em
usada no singular — navegava — sem prejuízo para a
que vivemos” (l. 1-2), “Esse direito (...) são escassas”
correção gramatical do texto.
(l. 2-16) e “Desse modo (...) entretenimento legítimo”
(l. 16-20).
1 Enquanto o Brasil se apressa para tentar aprovar
uma legislação que regule o uso da Internet após denún-
5. STX – As relações semânticas textuais seriam manti-
cias de interceptação de dados no país pelo governo
das caso, na linha 1, o vocábulo “já” fosse deslocado
dos EUA, especialistas divergem sobre a capacidade
para imediatamente antes da expressão “faz tempo”.
5 da Constituição e do Código de Defesa do Consumi-
dor nacionais de proteger a privacidade dos usuários
6. IT – A substituição de “continuemos” (l. 17) por continu-
de redes sociais e de serviços de email e busca. Para
amos não prejudicaria a coesão e a correção textual.
um grupo de especialistas e professores de direito, não
há dúvidas de que é crime, pelas leis brasileiras, a even
1 Uma pesquisa realizada em maio de 2001 pelo
10 tual entrega de informações de cidadãos a um governo
IBOPE nas nove principais regiões metropolitanas
brasileiras indicou que apenas 20% da população estrangeiro sem autorização legal local. Segundo eles,
estava conectada à rede mundial de computadores. nem mesmo a anuência com os termos de adesão de
5 Dos conectados, somente 87% navegavam por banda redes como Facebook e Twitter ou de serviços como
larga, conexão de alta velocidade. Apenas dois países, o Gmail, do Google, que pressupõem armazenagem e
Estados Unidos da América (EUA) e Canadá, concen- 15 processamento de informação nos EUA, tornaria legal
travam quase a metade do acesso mundial à Internet, a transmissão de dados ao governo norte-americano.
precisamente 41%. A sociedade rica usa com intensi  Sobre a suposta espionagem norte-americana,
10 dade as redes informacionais para se comunicar, arma- Ronaldo Lemos, colunista da Folha e fundador do Cen-
zenar e processar informações, enquanto os países tro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio
pobres e em desenvolvimento têm suas populações 20 Vargas, no Rio de Janeiro, afirma que “a questão ultra-
distantes dos benefícios das redes informacionais. passa o campo jurídico e vai para o de política inter-

63
nacional” e mostra as complexidades para os Estados 10 e França. A posição levou em conta o produto interno
nacionais legislarem sobre a rede. No Brasil, o tema bruto (PIB), que é a soma de tudo o que um país produz.
envolve não só leis, mas também a infraestrutura de  Outro reconhecimento internacional da solidez
25 comunicações, como centros armazenadores de dados econômica se deu com a conquista, pela primeira vez,
e condições de gerenciar o tráfego de informações. em 2008, do selo de “grau de investimento seguro”, clas
Flávia Marreiro e Isabel Fleck. Falta de legislação brasileira para a Web 15 sificação dada por agências globais de classificação de
gera dúvida. Internet: <http://www1.folha.uol.com.br> (com adaptações). risco. Esse status sinaliza a investidores estrangeiros
BRUNO PILASTRE

que é seguro aplicar dinheiro no país. Mostra, ainda,


Julgue os próximos itens com relação à estrutura lin- que o Estado tem condições de honrar o pagamento da
guística e à organização das ideias do texto acima. dívida pública, pratica boas políticas fiscais e arrecada
20 mais do que gasta, ou seja, o risco de calote é pequeno.
 O grau de investimento seguro ajuda o Brasil a
12. SE – No segundo parágrafo, o emprego das aspas
atrair mais investimentos de países ricos, cujas normas
marca a mudança de discurso do autor do texto.
impedem que se aplique em economias de alto risco.
Só em 2011, o investimento estrangeiro direto no Brasil
13. STX – As formas verbais “afirma” (l. 20) e “mostra” (l.
25 atingiu US$ 69,1 bilhões, ou 2,78% do PIB. Esse volume
22) são núcleos de predicados de orações que man-
de investimentos estrangeiros tende a permanecer forte
têm relação de justaposição e contam com o mesmo
com a aproximação de eventos internacionais sediados
sujeito: “Ronaldo Lemos” (l. 18).
no Brasil — como a Copa do Mundo (2014) e as Olimpí-
adas (2016) — e a exploração do pré-sal, a faixa litorâ-
14. STX – Na linha 1, o pronome “se” é elemento integran- 30 -nea de oitocentos quilômetros entre o Espírito Santo e
te da forma verbal pronominal “apressa” e indica reci- Santa Catarina onde estão depositados petróleo (mais
procidade. fino, de maior valor agregado) e gás a seis mil metros
abaixo de uma camada de sal no Oceano Atlântico.
15. STX – SE – Na linha 9, mantêm-se as relações sin-  A solidez da economia brasileira está ainda re
táticas e semânticas do texto ao se deslocar o termo 35 presentada na adoção de normas mais rígidas que o
“pelas leis brasileiras” para depois de “que” e antes de padrão mundial para o sistema financeiro nacional,
“é crime”, com as devidas adaptações de pontuação. na consolidação do sistema de metas e de controle
da inflação e do câmbio flutuante, na manutenção do
GABARITO desemprego em um dos mais baixos patamares da
40 história e no aumento do poder de compra da popu-
lação ocupada (alta de 19% entre 2003 e 2010),
1. C
garantido pela política de valorização do salário
2. C mínimo nacional, reajustado com base na inflação
3. E dos dois anos anteriores, somado ao percentual do
4. C 45 crescimento do PIB do ano imediatamente anterior.
5. E
Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações).
6. E
7. E Com base nas ideias contidas no texto, julgue os itens
8. C que se seguem.
9. E
10. E 1. IT – O texto, em seu segundo parágrafo, estabelece
11. E uma relação de causa e consequência em que a ob-
12. E tenção do “grau de investimento seguro” constitui uma
13. E consequência de o Brasil ter alcançado “condições de
14. E honrar o pagamento da dívida pública” e reduzido o
15. C seu “risco de calote”.

CESPE/ MI/ SUPERIOR 2. IT – De acordo com a linha argumentativa do texto,


é correto inferir que, diferentemente de alguns países
Texto para os itens de 1 a 9 europeus, o Brasil não representa, neste século, um
risco econômico iminente.
1 A combinação de políticas sociais inovadoras de
distribuição de renda, estabilidade e transparência 3. IT – Estados Unidos da América, China, Japão, Alema-
financeira e política, crescimento sustentável e respon- nha e França são exemplos de países ricos que, desde
sabilidade fiscal conduziu o Brasil a se firmar entre as 2011, ajudam a fortalecer o PIB brasileiro.
10 maiores economias do planeta no século XXI. O país
chegou à posição de sexta maior economia em 2011, 4. IT – O reajuste do salário mínimo nacional com base
quando ultrapassou o Reino Unido. Com essa colo- na inflação dos dois anos anteriores e no percentual
cação, a economia brasileira ficou atrás apenas de do crescimento do PIB do ano imediatamente anterior
Estados Unidos da América, China, Japão, Alemanha é um fator associado à solidez da economia brasileira.

64
5. IT – O poder de compra da população que trabalha 35 guração territorial bastante semelhante à de hoje. Isso
aumentou 19% do ano de 2003 ao ano de 2010. revela que a unidade territorial brasileira foi assegu-
rada por mais de dois séculos sem que até hoje o país
Julgue os próximos itens com base na estrutura lin- tenha realizado uma integração físico-territorial aden-
guística do texto. sada, concreta. De certa forma, essa estabilidade pode
40 também ser interpretada como estagnação no processo
6. STX – Sem prejuízo gramatical ou alteração de sen- evolutivo da organização do Estado. A PNDR em dois

LÍNGUA PORTUGUESA
tido, o pronome “onde” (l. 31) poderia ser substituído tempos: A experiência apreendida e o olhar pós 2010.
por no qual. Brasília, DF. Ministério da Integração Nacional (MI).
Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional, 2010. Internet:
7. STX – O termo “garantido” (l. 42) encontra-se no mas- <www.integracao.gov.br> (com adaptações).
culino e no singular para concordar com seu referente,
que é o nome “poder” (l. 40). Julgue os itens de 10 a 15, referentes às ideias e às
estruturas linguísticas do texto acima.
8. STX – SE – O primeiro período do texto — “A combina-
ção (...) século XXI” (l. 1-10) — poderia, com manuten- 10. IT – De acordo com o texto, a “questão regional” (l. 24)
brasileira reflete problemas políticos e econômicos.
ção da correção e do sentido original, ser reescrito da
seguinte maneira: Políticas sociais inovadoras de dis-
11. IT – O texto é constituído de argumentos que defen-
tribuição de renda, de estabilidade e de transparência
dem a ideia de que o Estado brasileiro é omisso quan-
financeira e política, de crescimento sustentável e de
to à necessidade de integração físico-territorial.
responsabilidade fiscal conduziram o Brasil a se firmar
entre as maiores economias do planeta no século XXI.
12. SXT – SE – O trecho “o povo brasileiro (...) nos hábitos
cotidianos” (l. 8-11) poderia ser reescrito, com correção
9. STX – SE – Caso as formas verbais flexionadas “pratica” gramatical e manutenção das ideias originais, da se-
(l. 19) e “arrecada” (l. 19) fossem substituídas pelas for- guinte maneira: o povo brasileiro desenvolveu padrões
mas nominais praticar e arrecadar, respectivamente, a culturais muito diversos, que são notados na música,
correção do texto seria mantida, mas não o seu sentido. religião, festas folclóricas, culinária, hábitos cotidianos.

1 O Brasil é um território continental com 8,5 13. SXT – SE – As informações originais seriam alteradas
milhões de km². Como consequência dessa vasta caso o último período do texto – “De certa forma (...) do
extensão, o país apresenta expressiva diversidade Estado” (l. 39-41) – fosse reescrito da seguinte forma:
natural, traduzida na variedade de tipos climáticos, De certa forma, essa estabilidade pode também ser
5 de solos, de vegetação, de fauna, de relevo. A diver- interpretada, no processo evolutivo da organização do
sidade cultural também se destaca. Como resultado Estado, como estagnação.
da miscigenação étnica e cultural e de processos dife-
renciados de ocupação e uso do território, o povo bra- 14. SXT – Imediatamente antes do trecho “de hoje” (l. 35),
sileiro desenvolveu padrões culturais bastante varia- está implícita a ideia de “configuração territorial” (l. 34),
10 dos, que são percebidos na música, na religião, nas pelo que se justifica o emprego do sinal indicativo de
festas folclóricas, na culinária, nos hábitos cotidianos. crase na linha 35.
 Essa diversidade decorre de um padrão de dife-
renciação socioespacial típico de países continentais 15. SE – FN – O texto permaneceria correto e com o mes-
como o Brasil, e pode ser considerada uma impor- mo sentido caso, na linha 17, fosse empregado o sinal
15 tante vantagem econômica ainda pouco explo- de dois-pontos no lugar do ponto final, com a devida
rada. Todavia, diferenciação socioespacial e ques- alteração de maiúscula e minúscula.
tão regional não são sinônimas. O que se considera
como a questão regional brasileira não se relaciona GABARITO
a priori com a diferenciação socioespacial interna,
20 mas sim com a maneira pela qual as relações políticas 1. C
e econômicas foram adquirindo contorno ao longo do 2. E
tempo, dado o próprio ambiente de diversidade. 3. E
 Nesse contexto multivariado, é importante as- 4. C
sinalar que a questão regional não é reflexo de um 5. C
25 problema econômico ou de um problema político, 6. E
apenas. Isoladamente, nem os aspectos econômi- 7. E
cos nem os políticos são suficientes para explicá- 8. E
-la ou mitigá-la, sendo essa, ao mesmo tempo, uma 9. C
questão econômica e política. Isso pode ser visto na 10. C
30 maneira pela qual os processos de integração físico- 11. E
-territorial e de integração econômica foram con- 12. E
duzidos no país ao longo de sua história recente. 13. C
 É interessante notar que, em 1750, com a assina- 14. C
tura do Tratado de Madri, o Brasil já tinha uma confi- 15. C

65
CESPE/ MJ/ SUPERIOR 3. IT – Os integrantes da sociedade que não são “leva-
dos em conta” (l. 34) devem ser representados pelos
Texto para os itens de 1 a 11 movimentos sociais existentes para que tenham suas
necessidades atendidas e, de fato, sejam tratados com
1 Marilena Chaui, filósofa brasileira, afirma que, igualdade, segundo o filósofo francês.
para a classe dominante brasileira (os “liberais”), demo-
cracia é o regime da lei e da ordem. Para a filósofa, no 4. IT – O texto defende a ideia de que a sociedade brasi-
BRUNO PILASTRE

entanto, a democracia é “o único regime político no qual leira conforma-se com o sistema político vigente e, por
5 os conflitos são considerados o princípio mesmo de
essa razão, não reivindica mudanças.
seu funcionamento”: impedir a expressão dos conflitos
sociais seria destruir a democracia. O filósofo francês
Julgue os itens que se seguem, acerca das estruturas
Jacques Rancière critica a ideia de democracia que tem
linguísticas do texto.
estruturado nossa vida social — regida por uma ordem
10 policial, segundo ele —, devido ao fato de ela se distan-
ciar do que seria sua razão de ser: a instituição da polí- 5. SE – O sentido original do texto seria alterado caso se
tica. Estamos acomodados por acreditar que a política inserisse uma vírgula imediatamente após a palavra
é isso que está aí: variadas formas de acordo social a “policial” (l. 26).
partir das disputas entre interesses, resolvidas por um
15 conjunto de ações e normas institucionais. Essa ideia 6. SE – As formas verbais compostas ‘estão fazendo’ (l.
empobrecida do que seja a política está, para o autor, 24) e “irão construir” (l. 33) poderiam ser substituídas,
mais próxima da ideia de polícia, já que diz respeito ao respectivamente, pelas formas verbais simples fazem e
controle e à vigilância dos comportamentos humanos construirão, uma vez que são equivalentes em sentido.
e à sua distribuição nas diferentes porções do territó-
20 rio, cumprindo funções consideradas mais ou menos 7. SE – STX – A expressão ‘no qual’ (l. 4) poderia ser
adequadas à ordem vigente. Estamos geralmente tão substituída pelo vocábulo onde, sem prejuízo para a
hipnotizados pela “necessidade de um compromisso correção e para as ideias do texto.
para se alcançar o bem comum” e pela opinião de que
“as instituições sociais já estão fazendo todo o possí- 8. STX – A correção do texto seria mantida caso o pro-
25 vel para isso”, que não conseguimos perceber nossa nome “se” (l. 10), em vez de anteceder, passasse a
contribuição na legitimação dessa política policial que
ocupar a posição imediatamente posterior ao verbo:
administra alguns corpos e torna invisíveis outros.
devido ao fato de ela distanciar-se.
 O conceito de política trabalhado pelo autor traz
como princípio a igualdade. Uma igualdade que não
9. STX – SE – No trecho “devido ao fato (...) da política”
30 está lá como sonho a ser alcançado um dia, mas que
é uma potencialidade que “só ganha realidade se é (l. 10-12), mantendo-se as ideias e a correção do tex-
atualizada no aqui e agora”. E essa atualização se dá to, a expressão nominal “a instituição da política” po-
por ações que irão construir a possibilidade de os “não deria ser transformada em oração, desde que o sinal
contados” serem levados em conta, serem considerados de dois-pontos que a antecede fosse substituído por
35 nesse princípio básico e radical de igualdade. Para além vírgula, da seguinte forma: por ela se distanciar do que
dos movimentos sociais, existem os ainda-sem-nome e seria sua razão de ser, que é a instituição da política.
ainda-sem-movimento. Diz o autor que a política é a rei-
vindicação da parte daqueles que não têm parte; polí- 10. STX – O emprego do sinal indicativo de crase na ex-
tica se faz reivindicando “o que não é nosso” pelo sis pressão “respeito ao controle e à vigilância dos com-
40 tema de direitos dominantes, criando, assim, um campo portamentos humanos” (l. 17-18) é facultativo.
de contestação. Em uma sociedade em que os que não
têm parte são a maior parte, é preciso fazer política. 11. STX – A oração reduzida “cumprindo funções (...) ordem
Marco Antonio Sampaio Malagodi. Geografias do dissenso: sobre vigente” (l. 20-21) poderia ser reescrita, sem alteração
conflitos, justiça ambiental e cartografia social no Brasil. In: Espaço das ideias ou prejuízo para a correção gramatical do
e economia: Revista Brasileira de Geografia Econômica. jan./2012.
texto, da seguinte forma: de forma a cumprir funções,
Internet: <http://espacoeconomia.revues.org/136> (com adaptações).
de certa forma, conformadas à sociedade vigente.
Com base nas ideias do texto, julgue os itens de 1 a 4.
1 A Constituição Federal de 1988 prevê que o cida-
1. IT – O emprego da locução “no entanto” (l. 3) evidencia dão que comprovar insuficiência de recursos tem direito
que a ideia de Marilena Chauí acerca do conceito de a assistência jurídica integral e gratuita. Em outras
democracia diverge da ideia de democracia que a au- palavras, o brasileiro ou o estrangeiro que não tive-
tora atribui à classe dominante brasileira. 5 rem condições de pagar honorários de um advogado e
os custos de um processo têm à disposição a ajuda do
2. IT – Segundo o filósofo Rancière, para que haja de- Estado brasileiro, por meio da defensoria pública.
mocracia, a política não se deve caracterizar como um  Podem ter acesso ao serviço pessoas com renda
regime “policial”. familiar inferior ao limite de isenção do imposto de renda.

66
10 No entanto, se esse patamar for ultrapassado, o indivíduo CESPE/ MME/ SUPERIOR
deve comprovar que tem gastos extraordinários, como
despesas com medicamentos e alimentação especial. Texto para as questões de 1 a 5
 A assistência gratuita inclui orientação e defe-
sa jurídica, divulgação de informações sobre direi- 1 Há quarenta anos, começavam as obras civis da
15 tos e deveres, prevenção da violência e patrocí- usina de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo, no rio

LÍNGUA PORTUGUESA
nio de causas perante o Poder Judiciário – desde Paraná, construída na divisa entre Brasil e Paraguai
o juiz de primeiro grau até as instâncias superio- por um consórcio das mais importantes empreitei-
res, inclusive o Supremo Tribunal Federal (STF). 5 ras nacionais. Suas turbinas iniciaram o fornecimento
Com a assistência jurídica gratuita, o indivíduo de energia aos dois países em 1984. Logo, Itaipu
passou a fazer parte da lista universal das sete mara-
20 conhece um pouco mais sobre seus direitos e deveres
vilhas construídas pela mão do homem no século XX.
e tem acesso à justiça para exercer sua cidadania.
 Itaipu, ou pedra que canta, é a denominação em
Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações).
10 guarani do local onde foi erguida a barragem, poucos
quilômetros acima das cataratas do rio Iguaçu, princi-
Julgue os itens a seguir, referentes à estrutura linguís- pal afluente na margem esquerda. A hidrelétrica, que
tica e às ideias do texto acima. começou a operar dois anos após o término da cons-
trução, é responsável pelo fornecimento de 17,3% da
12. STX –Asupressão do acento gráfico da forma verbal “têm” 15 energia consumida hoje no Brasil e 72,5% do con-
(l. 6) não prejudicaria a correção gramatical do perí- sumo paraguaio. A capacidade instalada de geração
odo, uma vez que o verbo pode apresentar concor- da usina é de 14 GW, com vinte unidades gerado-
dância com a ideia singular de “brasileiro” (l. 4) ou de ras que fornecem, cada uma, 700 MW. Suas turbinas
“estrangeiro” (l. 4) ou com a ideia plural de “o brasileiro produzem entre 90 e 94-95 milhões de MWh, anual-
ou o estrangeiro” (l. 4). 20 mente, uma oferta de energia superior à que vem
conseguindo a hidrelétrica chinesa de Três Gargan-
13. STX – SE –O trecho “A assistência gratuita (...) Poder tas, a maior do mundo em capacidade de geração,
Judiciário” (l. 13-16) pode ser reescrito, mantendo-se mas cujo recorde de fornecimento foi de 79,5 milhões
a correção e as ideias do texto, da seguinte forma: A de MWh em 2009, atrás do recorde da nossa Itaipu,
assistência gratuita inclui: orientação, defesa jurídica, 25 que gerou 94.684.781 MWh em 2008. No ano de
divulgação de informações sobre direitos e deveres, 2012, Itaipu produziu 98.287.128 MWh, quebrando
prevenção da violência e patrocínio de causas frente seu próprio recorde mundial de produção de energia.
ao Poder Judiciário.  É interessante notar que uma realização dessa
natureza não desperta entusiasmo (pelo menos algu-
30 ma curiosidade deveria...) nos ativistas de organiza-
14. STX – As duas ocorrências de sinal indicativo de crase
ções que se apresentam como defensores do meio
no texto (l. 6 e 21) são obrigatórias.
ambiente e participam, em pleno século XXI, de cam-
panhas financiadas do exterior para impedir a expan-
15. IT – O governo brasileiro oferece o mesmo tipo de assis-
são da oferta de energia limpa entre nós. Basta sentir
tência a brasileiros e estrangeiros que residam em ter-
35 o seu desinteresse (fruto da ignorância, talvez) em
ritório nacional e comprovem insuficiência de recursos. comemorar o fato de que a energia limpa conduzida
por milhares de quilômetros a partir da usina de Itaipu
GABARITO corresponde a eliminar a sujeira de 500 mil barris
de petróleo, que teriam de ser consumidos diaria-
1. C 40 mente para atender à demanda nas regiões Sudeste,
2. C Sul e Centro-Oeste do Brasil e no leste paraguaio.
3. E Antonio Delfim Netto. A pedra que canta. Coluna Sextante. In: Carta
Capital, ano XVIII, n. 733, 30/1/2013, p. 33 (com adaptações).
4. E
5. C
1. IT – Acerca das características e dos argumentos do
6. C
texto, assinale a opção correta.
7. E
a. O texto contém elementos que o inserem no âmbito
8. C
do gênero opinativo.
9. C b. Segundo o autor, a usina de Itaipu iguala-se à hi-
10. E drelétrica de Três Gargantas no quesito capacida-
11. E de de geração de energia.
12. E c. No texto, o autor defende que a usina hidrelétrica
13. E de Itaipu, brasileira, é maior em tamanho e em ca-
14. C pacidade de geração de energia se comparada à
15. E hidrelétrica chinesa de Três Gargantas.

67
d. O foco argumentativo do texto recai sobre o acor- d. No texto, o segmento “no século XX” (l. 8) poderia
do entre o governo brasileiro e o paraguaio para a ser deslocado para depois de “Logo” (l. 6), o que
construção da usina hidrelétrica de Itaipu. preservaria a correção gramatical do período.
e. Segundo o autor, a hidrelétrica de Itaipu, embora e. O elemento “onde” (l. 10) poderia ser substituído,
seja a maior do mundo, não consegue suprir as ne- no texto, pela expressão aonde, sem prejuízo gra-
cessidades da matriz energética brasileira. matical.
BRUNO PILASTRE

2. IT – Considerando as informações e os argumentos 5. STX – SE – Assinale a opção correta com relação a


apresentados no texto, assinale a opção correta. aspectos linguísticos e interpretativos do texto.
a. Infere-se do texto que a usina hidrelétrica de Itaipu a. A substituição do segmento “após o término da
começou a ser construída na década de 70 do sé- construção” (l. 13) por depois de terminar a cons-
culo passado. trução manteria a correção gramatical e os senti-
b. As opiniões do autor, que estão, no texto, entre pa- dos originais do texto.
b. Os vocábulos “hidrelétrica” e “responsável” são
rênteses, indicam que ele é contrário à criação de
graficamente acentuados em decorrência da mes-
organizações em defesa do meio ambiente.
ma regra ortográfica.
c. A usina de Itaipu é, atualmente, a única responsá-
c. Em “superior à que vem conseguindo” (l. 20-21),
vel pela geração da energia que é fornecida aos
o elemento “à” está acentuado em razão de sua
consumidores brasileiros e paraguaios.
subordinação sintática à forma verbal “vem conse-
d. De acordo com o texto, na usina de Itaipu existem
guindo”.
vinte unidades geradoras de energia, que forne-
d. Das ideias do texto conclui-se que o “rio Iguaçu” (l.
cem 700 MW cada uma, do que se depreende que 11) é um afluente do “rio Paraná” (l. 2-3).
o total de potência instalada é de 20.000 MW. e. O segmento “que começou a operar dois anos
e. Segundo o texto, há uma disputa acirrada entre a após o término da construção” (l. 12-14) funciona,
usina de Itaipu e a de Três Gargantas, na tentativa no período em que se insere, como complemento
de se bater o recorde mundial como a maior hidre- do elemento “hidrelétrica” (l. 12).
létrica do mundo.
Texto para as questões de 6 a 10
3. IT – No que diz respeito aos aspectos gramaticais e à
coerência do texto, assinale a opção correta. 1 As hidrelétricas garantem ao Brasil o título de
a. O elemento “construídas” (l. 8) refere-se a “obras maior gerador de energia limpa do mundo, mas esse
civis” (l. 1). modelo, que começou a ser desenhado há mais de
b. O elemento “Suas” (l. 5) faz referência, no texto, a quarenta anos, tem-se mostrado cada vez mais vul-
“usina de Itaipu” (l. 2). 5 nerável às mudanças climáticas. O cenário se repete
c. A palavra “fornecimento” (l. 5) poderia ser substi- neste início de 2013, com a redução no nível de
tuída por comercialização, sem se provocar erro água dos reservatórios, obrigando o acionamento de
sintático-semântico no trecho em que se insere. vilãs do meio ambiente: as termelétricas movidas a
d. Na linha 1, a forma “Há” pode ser substituída tanto carvão, dísel e gás natural. A solução para se evitar
por A quanto por À, sem prejuízo para a correção 10 o racionamento de energia – trauma que os brasilei-
gramatical do período. ros guardam do apagão de 2001 – foi ligar as usinas
e. O trecho “Há quarenta anos, começavam as obras térmicas, gerando um custo extra de até 500 milhões
civis da usina de Itaipu, a maior hidrelétrica do de reais na conta de luz por mês de uso das usinas.
mundo, no rio Paraná” (l. 1-3) poderia ser reescri-  Os ciclos rotineiros de ausência de chuva impõem
15 o desafio de se diversificar o chamado mix de geração
to, com correção gramatical, da seguinte forma:
de energia, uma necessidade que começa a desenhar
Começavam há quarenta anos no rio Paraná, as
um período de vento favorável para as usinas eólicas,
obras civis da maior hidrelétrica do mundo, a usina
que podem investir 98 bilhões de reais nos próximos
deItaipu.
anos para ganhar peso no Sistema Integrado Nacional.
Nivaldo Souza. Vento a favor. In: Carta Capital, ano XVIII, n. 733,
4. STX – SE – Com referência às ideias e aos aspectos
30/1/2013, p. 46 (com adaptações)
gramaticais do texto, assinale a opção correta.
a. No texto, os termos “barragem” (l. 10) e “usina”
6. IT – No que concerne às ideias e aos argumentos
(l. 2) se confundem, designando o mesmo elemento. apresentados no texto, assinale a opção correta.
b. Mantendo-se a correção gramatical e a coerência a. Do texto infere-se que a população brasileira sofre-
textual, a palavra “construídas” (l. 8) poderia ser rá, em 2013, com um apagão elétrico, como ocor-
flexionada no singular, pois passaria a ter como re- reu em 2001.
ferente “lista universal” (l. 7). b. Depreende-se do texto que uma forma mais barata
c. De acordo com os sentidos do texto, a frase “pe- e eficaz de geração de energia na matriz energé-
dra que canta” (l. 9) constitui o significado do nome tica brasileira seria a utilização da força do vento
“Itaipu”. para gerar energia.

68
c. O autor condena a utilização da energia hidrelétrica 10. MF – STX – Assinale a opção correta acerca das estru-
na matriz energética brasileira. turas linguísticas do texto.
d. Defende-se no texto que a energia gerada pelas a. Em “A solução para se evitar o racionamento de
usinas térmicas deve ser racionada para se evitar energia” (l. 9-10), a eliminação do elemento “se”
o apagão elétrico. manteria a correção gramatical do período e os
e. Segundo o texto, um dos grandes problemas atuais sentidos do texto.
da humanidade é a seca, que diminui a quantidade b. Nas linhas 10 e 11, a substituição dos travessões por

LÍNGUA PORTUGUESA
de água que cai na terra. vírgulas preservaria a correção gramatical do texto.
c. Na linha 14, a forma verbal “impõem” poderia ser
7. IT – Assinale a opção correta, a respeito das ideias do flexionada no singular, passando, dessa forma, a
texto. concordar com o segmento “ausência de chuva”,
a. Depreende-se do texto que a matriz energética bra- sem que houvesse prejuízo gramatical para o texto.
sileira, desde 2001, vem sofrendo um colapso em d. Na estrutura “que podem investir 98 bilhões de reais
razão do uso intermitente das usinas termelétricas. nos próximos anos” (l. 18-19), o termo “nos próxi-
b. Conclui-se das ideias do texto que o custo mensal mos anos” poderia ser deslocado para logo depois
extra nas contas de luz é rateado entre o governo, do elemento “que”, sem prejuízo para a correção
as concessionárias do setor elétrico e os usuários. gramatical do texto, da seguinte forma: que, nos
c. Infere-se do texto que não há mais possibilidade de próximos anos podem investir 98 bilhões de reais.
se ter energia limpa no Brasil. e. A palavra “hidrelétricas” (l. 1) poderia ser correta-
d. O texto em questão denuncia erros no modelo de mente grafada como hidro-elétricas.
gestão da matriz energética no Brasil.
e. A tese defendida no texto tem como foco a redução Texto para as questões de 11 a 14
da vulnerabilidade das usinas hidrelétricas brasilei-
ras por meio de alternativas de geração de energia. 1 A ampliação dos direitos fundamentais com
o reconhecimento de novos direitos faz surgir, no
8. STX – SE – Com relação aos sentidos e às estruturas panorama jurídico, novas formas de conflito, espe-
cialmente as decorrentes dos direitos de segunda e
linguísticas do texto, assinale a opção correta.
5 terceira geração, que trazem à baila questões relativas
a. A palavra “mas” (l. 2) poderia ser substituída por
a relações de emprego, habitação, educação, trans-
assim, mantendo-se a correção gramatical e os
porte, consumo, meio ambiente, entre outras, aumen-
sentidos do texto.
tando sobremaneira o número de demandas levadas à
b. Nas linhas 3 e 4, a oração “que começou a ser de-
apreciação do Poder Judiciário.
senhado há mais de quarenta anos” é de natureza
10 O surgimento desses novos conflitos é indicado
restritiva em relação a “modelo”.
por alguns autores como o principal fator respon-
c. A forma verbal “há”, em “há mais de quarenta anos”
sável pela chamada explosão da litigiosidade, que
(l. 3-4), poderia ser substituída tanto por houve
deflagrou a crise na administração da justiça, apon-
quanto por existiu, sem que houvesse prejuízo gra-
tando a necessidade premente de desburocratiza-
matical para o texto.
15 ção do sistema e de simplificação dos procedimentos.
d. A palavra “termelétricas” (l. 8) também poderia ser
François Ost. O tempo do direito. Trad. Maria Fernanda Oliveira.Lisboa:
grafada corretamente da seguinte forma: termoe- Instituto Piaget, 1999, p. 13-4 (com adaptações).
létricas.
e. O deslocamento do trecho “ao Brasil” (l. 1) para 11. IT – Assinale a opção correta no que se refere às ideias
logo depois de “mundo” (l. 2) provocaria erro gra- e às características do texto.
matical. a. Ressalta-se no texto seu caráter eminentemente
expositivo.
9. STX – SE – Assinale a opção correta quanto a aspec- b. A autora é contrária à ampliação dos direitos fun-
tos gramaticais e à coerência do texto. damentais, porque isso resulta em maior demanda
a. A correção gramatical e os sentidos originais do ao Poder Judiciário.
texto seriam preservados se o trecho “obrigando c. Ressalta-se no texto que o surgimento de novas
o acionamento de vilãs do meio ambiente” (l. 7-8) formas de conflito decorre do reconhecimento de
fosse reescrito da seguinte forma: o que força à novos direitos fundamentais.
movimentação de vilãs do ambiente. d. Depreende-se do texto que o governo criou novas
b. Na estrutura “redução no nível de água dos reser- formas de direito com vistas a aprimorar a atuação
vatórios” (l. 6-7), a alteração da forma “no” por do dos juízes nos tribunais de justiça.
provocaria erro gramatical. e. Infere-se do texto que a crise atual no Poder Ju-
c. No trecho “tem-se mostrado cada vez mais vulne- diciário surgiu com a evolução dos direitos funda-
rável às mudanças” (l. 4-5), a substituição de “às” mentais.
por a provocaria erro gramatical.
d. Em “se repete” (l. 5), o deslocamento do elemento 12. IT – De acordo com o texto,
“se” para depois da forma verbal — repete-se — a. os conflitos derivam da insegurança jurídica cau-
preservaria a correção gramatical do trecho. sada pela proliferação desenfreada de legislações.
e. A substituição da vírgula logo depois de “2013” b. enquanto o Poder Judiciário continuar reconhecen-
(l. 6) por ponto e vírgula manteria a correção gra- do os novos direitos fundamentais, haverá caos na
matical do período. aplicação da justiça.

69
c. diante da crescente demanda e da inoperância do dutivo — e não é possível fazê-lo sem cortar tarifas e
sistema judicial para evitar a sobrecarga, o Poder juros, o que atinge diretamente setores acostumados
Judiciário poderá entrar em colapso. com altos lucros, como bancos e concessionárias.
d. a explosão de litigiosidade diz respeito à crescen- Willian Vieira. Dilma no ataque. In: Carta Capital, ano XVIII, n. 733,
te quantidade de pessoas que demandam o Poder 30/1/2013, p. 25 (com adaptações).
Judiciário para a solução de conflitos.
e. os conflitos nas relações com o meio ambiente são 15. IT – A respeito das ideias veiculadas no texto e de sua
BRUNO PILASTRE

os que mais ocupam a atenção do Poder Judiciário. argumentação, assinale a opção correta.
a. Depreende-se do texto que o autor trata de um
13. STX – MF – SE – No que concerne a aspectos grama- discurso da presidenta a respeito da atual política
ticais do texto, assinale a opção correta. energética implantada pelo governo federal, com
a. O emprego de um par de vírgulas para isolar o vistas ao desenvolvimento do país acoplado à re-
elemento “sobremaneira” (l. 8) provocaria erro dução de custos do setor produtivo.
morfossintático no período em que tal palavra está b. Infere-se do texto que o mencionado corte nas ta-
inserida. rifas de energia e nos juros, propalado pelo gover-
b. Na linha 2, a forma verbal “faz” poderia ser subs- no, atingirá não só bancos e concessionárias, mas
tituída tanto por tem feito como por vem fazendo, também indiretamente o mercado consumidor.
mantendo-se a correção gramatical e a coerência c. O autor do texto mostra-se contrário às mudanças
textual. implementadas pelo atual governo federal.
c. Na linha 2, a retirada da vírgula colocada depois d. No texto, o autor sustenta a política lucrativa dos
do verbo “surgir” manteria a correção gramatical do bancos e concessionárias do setor energético bra-
período, pois o seu emprego é facultativo. sileiro, pondo-se em defesa desse modelo.
e. Deduz-se do texto que é necessário, urgentemen-
d. No trecho “especialmente as decorrentes dos direi-
te, diminuir os lucros do governo no setor energéti-
tos” (l. 3-4), a correção gramatical do período seria
co para proteger o mercado produtor e as distribui-
mantida caso se flexionasse no masculino o vocá-
doras de energia.
bulo “as”, que, então, passaria a concordar com
“conflito” (l. 3).
16. STX – Em relação aos aspectos sintático-semânticos
e. A retirada das vírgulas que intercalam o trecho “es-
do texto, assinale a opção correta.
pecialmente (...) geração” (l. 3-5) manteria a corre- a. O termo “o Leitmotiv” (l. 3) poderia ser substituído
ção gramatical e a coerência textual. por motivo recorrente ou por preocupação constan-
te, mantendo-se a coerência e a correção grama-
14. STX – SE – Com relação às estruturas gramaticais e tical do texto.
aos sentidos originais do texto, assinale a opção correta. b. A conjunção “e” em “(e a marca ansiada por ela é a
a. No contexto, caso a expressão “entre outras” (l. 7) erradicação da miséria)” (l. 5-6) tem valor adversa-
fosse flexionada na forma genérica masculina – tivo, equivalente a mas.
entre outros – haveria prejuízo gramatical para o c. Na linha 7, a partícula “lo” em “fazê-lo” tem como
texto. referente a expressão “setor produtivo” (l. 6-7).
b. O deslocamento de “por alguns autores” (l. 11) para d. No texto, a expressão “A despeito de” (l. 1) poderia
logo depois da palavra “responsável” (l. 11) mante- ser substituída por No entanto, visto que são ex-
ria a correção morfossintática do período. pressões sintaticamente equivalentes.
c. A oração “apontando a (...) dos procedimentos” (l. e. Em “o que a presidenta enfatizou” (l. 2-3), a substi-
13-15) poderia ser reescrita, sem provocar impro- tuição de “o” por aquilo introduziria incorreção gra-
priedade vocabular ou incorreção gramatical no matical no período.
trecho em questão, da seguinte forma: apontando
para necessidade incessante de simplificar e agili-
GABARITO
zar o sistema e os processos jurídicos.
d. O emprego de sinal indicativo de crase no termo
“a”, em “as decorrentes” (l. 4), manteria a correção 1. a
2. a
gramatical do texto.
3. b
e. A expressão “trazem à baila” (l. 5) poderia ser
4. c
substituída por implementam, mantendo-se, assim,
5. d
a correção gramatical e os sentidos originais do
6. b
texto.
7. e
8. d
Texto para as questões 15 e 16 9. d
10. b
1 A despeito de ter considerado necessário o aprimo- 11. c
ramento do sistema energético do país, o que a pre- 12. d
sidenta enfatizou em seu discurso foi o Leitmotiv do 13. b
governo: não se pode falar em crescimento com dis- 14. a
5 tribuição de renda (e a marca ansiada por ela é a erra- 15. a
dicação da miséria) sem reduzir custos do setor pro- 16. a

70
REDAÇÃO OFICIAL quialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é
antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se
O QUE É REDAÇÃO OFICIAL? caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão
burocrático e de formas arcaicas de construção de frases.
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a A redação oficial não é, portanto, necessariamente
maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade
comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do

LÍNGUA PORTUGUESA
básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza
Poder Executivo. – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoali- maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico,
dade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão,
da correspondência particular, etc.
formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atri-
Apresentadas essas características fundamentais da
butos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37:
redação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada
“A administração pública direta, indireta ou fundacional, de
uma delas.
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega-
lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên- CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS
cia [...]”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios
fundamentais de toda administração pública, claro está que Impessoalidade
devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comuni-
cações oficiais. A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer
Não se concebe que um ato normativo de qualquer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários:
natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c)
impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido alguém que receba essa comunicação. No caso da redação
dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou
requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço,
texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade Seção); o que se comunica é sempre algum assunto rela-
implica, pois, necessariamente, clareza e concisão. tivo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário
Além de atender à disposição constitucional, a forma dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cida-
dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas dãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros
para sua elaboração que remontam ao período de nossa Poderes da União.
história imperial, como, por exemplo, a obrigatoriedade –
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que
estabelecida por Decreto Imperial de 10 de dezembro de
deve ser dado aos assuntos que constam das comunica-
1822 – de que se ponha, ao final desses atos, o número de
ções oficiais decorre:
anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi
a) da ausência de impressões individuais de quem
mantida no período republicano.
comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente
Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza,
uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) apli- assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em
cam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre per- nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-
mitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais -se, assim, uma desejável padronização, que permite que
e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. comunicações elaboradas em diferentes setores da Admi-
Nesse quadro, fica claro também que as comunicações nistração guardem entre si certa uniformidade;
oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um b) da impessoalidade de quem recebe a comunica-
único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas ção, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um
comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão
expedientes dirigidos por um órgão a outro), ou o conjunto público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido
dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea de forma homogênea e impessoal;
(o público). c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se
Outros procedimentos rotineiros na redação de comu- o universo temático das comunicações oficiais se restringe
nicações oficiais foram incorporados ao longo do tempo, a questões que dizem respeito ao interesse público, é natu-
como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês ral que não cabe qualquer tom particular ou pessoal.
de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione- Desta forma, não há lugar na redação oficial para
-se, por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações
impressões pessoais, como as que, por exemplo, cons-
oficiais, regulados pela Portaria n. 1 do Ministro de Estado
tam de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado
da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio
de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial
século de vigência, foi revogado pelo decreto que aprovou
deve ser isenta da interferência da individualidade que a
a primeira edição do Manual.
elabora.
Acrescente-se, por fim, que a identificação que se
buscou fazer das características específicas da forma ofi- A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade
cial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais
proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária
forma específica de linguagem administrativa, o que colo- impessoalidade.

71
A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a
utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão
A necessidade de empregar determinado nível de lin- burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá
guagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, sempre sua compreensão limitada.
do próprio caráter público desses atos e comunicações; de A linguagem técnica deve ser empregada apenas em
outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscrimi-
como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras nado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o voca-
para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento bulário próprio a determinada área, são de difícil entendi-
VIVIANE FARIA

dos órgãos públicos, o que só é alcançado se, em sua ela- mento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se
boração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações
se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é encaminhadas a outros órgãos da administração e em expe-
a de informar com clareza e objetividade. dientes dirigidos aos cidadãos.
As comunicações que partem dos órgãos públicos
federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cida- Formalidade e Padronização
dão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso
de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há As comunicações oficiais devem ser sempre formais,
dúvida de que um texto marcado por expressões de circula- isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já men-
ção restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o cionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão
jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade
Ressalte-se que há necessariamente uma distância de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida
entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de
dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do que
costumes, e pode eventualmente contar com outros ele- isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no pró-
mentos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, prio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores A formalidade de tratamento vincula-se, também, à
responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incor- necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a admi-
pora mais lentamente as transformações, tem maior voca- nistração federal é una, é natural que as comunicações que
ção para a permanência, e vale-se apenas de si mesma expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse
para comunicar. padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes para todas as características da redação oficial e que se
níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, cuide, ainda, da apresentação dos textos.
em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determi- A clareza, o uso de papéis uniformes para o texto defi-
nado padrão de linguagem que incorpore expressões extre- nitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis
mamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, para a padronização.
não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico
correspondente. Nos dois casos, há um padrão de lingua- Concisão e Clareza
gem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade
com que a empregamos. A concisão é antes uma qualidade do que uma caracte-
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu cará- rística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue trans-
ter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo mitir um máximo de informações com um mínimo de pala-
de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto vras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental
da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o
que: a) se observam as regras da gramática formal; e b) se qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto
emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se per-
do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do cebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessá-
uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de rias de ideias.
que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou O esforço de sermos concisos atende, basicamente,
sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idios- ao princípio de economia linguística, à mencionada fórmula
sincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo.
atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a sim- de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens
plicidade de expressão, desde que não seja confundida com substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-
pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão -se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias,
culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe
da língua literária. em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamen-
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente tais e ideias secundárias. Estas últimas podem esclare-
um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão cer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas
culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá existem também ideias secundárias que não acrescentam
preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será informação alguma ao texto, nem têm maior relação com
obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas.

72
Clareza e Determinação das Normas só palavra, então devem ser escritos por extenso: quinze,
trezentos, mil, etc. Quando, porém, for constituído de mais
O princípio da segurança jurídica, elemento funda- de uma palavra, deve ser grafados em algarismos 25, e não
mental do Estado de Direito, exige que as normas sejam vinte e cinco; 141 e não cento e quarenta e cinco. Aplica-
pautadas pela precisão e clareza, permitindo que o desti- -se a mesma regra para numerais que indiquem porcenta-
natário das disposições possa identificar a nova situação
gem. A diferença é que, sendo por extenso, a expressão "por
jurídica e as consequências que dela decorrem. Devem

LÍNGUA PORTUGUESA
ser evitadas, assim, as formulações obscuras, imprecisas, cento" será grafada por extenso: quinze por cento, cem por
confusas ou contraditórias. cento. Se, porém, a escrita do número for com algarismo,
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto deve então vir com o símbolo "%": 142%, 57%. O Manual
oficial, conforme já sublinhado na introdução deste capí- de Redação da Presidência da República ainda dispensa a
tulo. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita grafia por extenso após a indicação em algarismos: 25% e
imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não não 25% (vinte e cinco por cento).
é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das
Os valores monetários devem ser expressos em alga-
demais características da redação oficial. Para ela concor-
rem: rismos, seguidos da indicação, por extenso, entre parênte-
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de inter- ses: R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).
pretações que poderia decorrer de um tratamento persona-
lista dado ao texto; SIGLAS, ACRÔNIMOS E ABREVIATURAS: DEFINIÇÃO E USO
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio,
de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos No nosso dia a dia, percebemos o uso de palavras na
de circulação restrita, como a gíria e o jargão;
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a forma reduzida em textos, placas, documentos oficiais etc.
imprescindível uniformidade dos textos; Esse fenômeno é um recurso percebido nas diversas lín-
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os exces- guas existentes como uma forma de economia linguística,
sos linguísticos que nada lhe acrescentam. que visa a facilitar a memorização de conceitos com nomes
É pela correta observação dessas características que normalmente longos e cujo uso demasiado nos textos torna-
se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável -se cansativo, entre outros motivos. Vejam alguns exemplos:
releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos ofi-
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-
ciais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém
principalmente da falta da releitura que torna possível sua nal), UNESCO (United Nations Educational, Scientific and
correção. Cultural Organization), FARC (Fuerzas Armadas Revolucio-
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, narias de Colombia), Sr. (Senhor), Radar (Radio Detecting
se ele será de fácil compreensão por seu destinatário. O and Ranging).
que nos parece óbvio pode ser desconhecido por tercei- Como vemos, existe mais de um mecanismo para a
ros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos em redução de palavras. Cardero (2006, p.1) registra que, com
decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes
o avanço dos meios eletrônicos de comunicação, as formas
faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o
que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, escla- reduzidas são utilizadas em larga escala. Araújo e Gomez
reça, precise os termos técnicos, o significado das siglas (2007, p.3) assinalam a existência de formas reduzidas com
e abreviações e os conceitos específicos que não possam frequência em vários artigos na área de cardiologia, como AVE
ser dispensados. (Acidente Vascular Encefálico), HÁ (Hipertensão Arterial).
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A O processo de formação de termos por meio de redução
pressa com que são elaboradas certas comunicações de algumas das suas partes é denominado redução. Nesse
quase sempre compromete sua clareza. Não se deve pro-
processo, há a construção de abreviações, abreviaturas,
ceder à redação de um texto que não seja seguida por sua
revisão. acrônimos e siglas.
“Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, Segundo Antônio Houaiss (1967, p.122), abreviações
diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável são reduções braquigráficas, de valor circunstancial, variável
repercussão no redigir. de obra para obra, de autor para autor, em função da frequ-
ência de certos vocábulos empregado, reduzidos por econo-
NÚMEROS mia. A abreviação é o processo pelo qual a forma de uma
palavra se reduz, tornando-se uma unidade mais facilmente
As datas precisam ser escritas por extenso, da seguinte memorizável e utilizável. Por exemplo: otorrino por otorrinola-
forma: 2 de maio de 1991. Como se vê, o dia deve vir escrito ringologista, ou adj. por adjetivo.
em algarismo arábico, sem ser precedido por zero: 2 e não As abreviaturas seguem os mesmo princípios que as
02. Quando se tratar de primeiro dia do mês, deve-se uti- abreviações com a diferença de serem formas fossilizadas,
lizar o algarismo 1 seguido do símbolo de número ordinal, com base em Houaiss (1967, p.152). Elas podem estar repre-
por exemplo, 1º de junho de 1991. A indicação do ano, ao sentadas por letras maiúsculas e minúsculas. Por exemplo:
contrário do número das leis, não deve conter ponto entre Sr. para senhor.
a casa do milhar e da centena: 1991 e não 1.991; Contra- Os acrônimos são palavras formadas pela combinação
riamente, ao designar o número do texto legal (leis, decre- de segmentos de palavras que compõem um nome ou título.
tos, portarias, etc.) deve haver separação por ponto: Lei n. Alguns estudiosos de língua afirmam que é uma unidade for-
4.860, de 26 de novembro de 1965. mada de letras ou grupos de letras, que se pronunciam como
Os numerais devem ser escritos observando-se estes uma palavra, isto é, tem estrutura silábica própria da língua
dois casos: se o número a ser escrito é composto por uma na qual se forma. Sendo assim, acrônimos não somente as

73
estruturas formadas por segmentos, mas também as estru- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
turas formadas pelas letras iniciais dos termos compostos, Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
desde que sejam pronunciadas com um padrão silábico da Complementar:
língua. Por exemplo: Bradesco para Banco Brasileiro de
Descontos S.A.. CAPÍTULO I
As siglas são unidades formadas pela combinação das DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
letras iniciais de várias palavras que constituem uma expres-
são, conforme Cabré (1993), quer dizer, as siglas caracte- Art. 1º A elaboração, a redação, a alteração e a con-
VIVIANE FARIA

rizam-se pelo fato de serem unidades construídas a partir solidação das leis obedecerão ao disposto nesta Lei Com-
da junção das iniciais de palavras que, por si, constitui uma plementar.
denominação. Parágrafo único. As disposições desta Lei Complemen-
Em geral, as siglas correspondem aos nomes intitu- tar aplicam-se, ainda, às medidas provisórias e demais atos
lativos, oficiais, nacionais ou internacionais, normalmente normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem
longos, cujo uso repetitivo em textos e nos discursos torna- como, no que couber, aos decretos e aos demais atos de
-se enfadonho, cansativo e pouco econômico, com base em regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo.
Houaiss (1967, p.168), fato bastante frequente no mundo Art. 2º (Vetado)
moderno, pode funcionar como “palavra”, independente- § 1º (Vetado)
mente do idioma. § 2º Na numeração das leis serão observados, ainda,
Ao analisar siglas e acrônimos, segundo o que foi os seguintes critérios:
exposto, verificamos traços muito similares, mas não equi- I – as emendas à Constituição Federal terão sua nume-
valentes, entre esse tipo de unidade. Como traço distin- ração iniciada a partir da promulgação da Constituição;
tivo, podemos destacar o aspecto fonológico, pois o fato II – as leis complementares, as leis ordinárias e as leis
de algumas siglas possuírem padrão silábico da língua em delegadas terão numeração sequencial em continuidade às
que são usadas, classificam-nas também como acrônimos. séries iniciadas em 1946.
Por exemplo: ONU (Organização das Nações Unidas), SIG
(Setor de Indústrias Gráficas) são considerados acrônimos CAPÍTULO II
quanto ao aspecto fonológico, por se adequarem ao padrão DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO
silábico do português, mas, se classificados considerando o DAS LEIS
aspecto gráfico, serão siglas por terem a formação composta
pelas letras iniciais de cada elemento do termo composto. Seção I
Agora que você sabe a diferenças entre SIGLAS, Da Estruturação das Leis
ACRÔNIMOS e ABREVIATURAS, nós indicamos como
estas devem ser registradas em documentos oficiais: Art. 3º A lei será estruturada em três partes básicas:
• em geral, não se coloca ponto nas siglas e acrônimos; I – parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a
• grafam-se em caixa alta as siglas: FGTS (Fundo de ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação
Garantia por Tempo de Serviço), DOU (Diário Oficial do âmbito de aplicação das disposições normativas;
da União); II – parte normativa, compreendendo o texto das
• grafam-se em caixa alta e em caixa baixa os acrô- normas de conteúdo substantivo relacionadas com a maté-
nimos: Cohab (Companhia de Habitação Popular), ria regulada;
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos III – parte final, compreendendo as disposições per-
Recursos Naturais Renováveis, Embrapa (Empresa tinentes às medidas necessárias à implementação das
Brasileira de Pesquisa Agropecuária); normas de conteúdo substantivo, às disposições transitó-
• siglas e acrônimos devem vir precedidos de respec- rias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de
tivo significado e de travessão em sua primeira ocor- revogação, quando couber.
rência no texto (ex.: Diário Oficial do Estado – DOE). Art. 4º A epígrafe, grafada em caracteres maiúscu-
Fazemos a ressalva de que embora haja a distinção los, propiciará identificação numérica singular à lei e será
entre estas formas de redução, muitas vezes, o uso se impõe formada pelo título designativo da espécie normativa, pelo
à regra, desse modo é aconselhado que o servidor faça uma número respectivo e pelo ano de promulgação.
pesquisa e verifique como os nomes reduzidos, sejam siglas, Art. 5º A ementa será grafada por meio de caracteres
sejam acrônimos ou abreviaturas estão registrados na termi- que a realcem e explicitará, de modo conciso e sob a forma
nologia oficial. de título, o objeto da lei.
Art. 6º O preâmbulo indicará o órgão ou instituição
LEI COMPLEMENTAR N. 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998 competente para a prática do ato e sua base legal.
Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei
Dispõe sobre a elaboração, a reda- e o respectivo âmbito de aplicação, observados os seguintes
ção, a alteração e a consolida-
princípios:
ção das leis, conforme determina
o parágrafo único do art. 59 da
I – excetuadas as codificações, cada lei tratará de um
Constituição Federal, e estabelece único objeto;
normas para a consolidação dos II – a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou
atos normativos que menciona. a este não vinculada por afinidade, pertinência ou conexão;

74
III – o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o
forma tão específica quanto o possibilite o conhecimento texto das normas legais, dando preferência ao tempo pre-
técnico ou científico da área respectiva; sente ou ao futuro simples do presente;
IV – o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa,
mais de uma lei, exceto quando a subsequente se destine a evitando os abusos de caráter estilístico;
complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta II – para a obtenção de precisão:

LÍNGUA PORTUGUESA
por remissão expressa. a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa ensejar perfeita compreensão do objetivo da lei e a permitir
e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance
tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em que o legislador pretende dar à norma;
vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena b) expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio
repercussão. das mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia
Art. 9º Quando necessária a cláusula de revogação, com propósito meramente estilístico;
esta deverá indicar expressamente as leis ou disposições c) evitar o emprego de expressão ou palavra que con-
legais revogadas. fira duplo sentido ao texto;
d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e sig-
Seção II nificado na maior parte do território nacional, evitando o uso
Da Articulação e da Redação das Leis de expressões locais ou regionais;
e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado
Art. 10. Os textos legais serão articulados com obser- o princípio de que a primeira referência no texto seja acom-
vância dos seguintes princípios: panhada de explicitação de seu significado;
I – a unidade básica de articulação será o artigo, indi- f) grafar por extenso quaisquer referências feitas, no
cado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração ordinal texto, a números e percentuais;
até o nono e cardinal a partir deste; III – para a obtenção de ordem lógica:
II – os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em a) reunir sob as categorias de agregação – subseção,
incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e seção, capítulo, título e livro – apenas as disposições rela-
as alíneas em itens; cionadas com o objeto da lei;
III – os parágrafos serão representados pelo sinal grá- b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único
fico "§", seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal assunto ou princípio;
a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos com-
expressão "parágrafo único" por extenso; plementares à norma enunciada no caput do artigo e as
IV – os incisos serão representados por algarismos exceções à regra por este estabelecida;
romanos, as alíneas por letras minúsculas e os itens por d) promover as discriminações e enumerações por
algarismos arábicos; meio dos incisos, alíneas e itens.
V – o agrupamento de artigos poderá constituir Subse-
ções; o de Subseções, a Seção; o de Seções, o Capítulo; o de Seção III
Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte; Da Alteração das Leis
VI – os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão gra-
fados em letras maiúsculas e identificados por algarismos Art. 12. A alteração da lei será feita:
romanos, podendo estas últimas desdobrar-se em Parte I – mediante reprodução integral em novo texto, quando
Geral e Parte Especial ou ser subdivididas em partes expres- se tratar de alteração considerável;
sas em numeral ordinal, por extenso; II – na hipótese de revogação;
VII – as Subseções e Seções serão identificadas em III – nos demais casos, por meio de substituição, no
algarismos romanos, grafadas em letras minúsculas e postas próprio texto, do dispositivo alterado, ou acréscimo de dis-
em negrito ou caracteres que as coloquem em realce; positivo novo, observadas as seguintes regras:
VIII – a composição prevista no inciso V poderá também a) não poderá ser modificada a numeração dos dispo-
compreender agrupamentos em Disposições Preliminares, sitivos alterados;
Gerais, Finais ou Transitórias, conforme necessário. b) no acréscimo de dispositivos novos entre precei-
Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com tos legais em vigor, é vedada, mesmo quando recomendá-
clareza, precisão e ordem lógica, observadas, para esse vel, qualquer renumeração, devendo ser utilizado o mesmo
propósito, as seguintes normas: número do dispositivo imediatamente anterior, seguido de
I – para a obtenção de clareza: letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas
a) usar as palavras e as expressões em seu sentido forem suficientes para identificar os acréscimos;
comum, salvo quando a norma versar sobre assunto téc- c) é vedado o aproveitamento do número de disposi-
nico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria tivo revogado, devendo a lei alterada manter essa indicação,
da área em que se esteja legislando; seguida da expressão "revogado";
b) usar frases curtas e concisas; d) o dispositivo que sofrer modificação de redação
c) construir as orações na ordem direta, evitando pre- deverá ser identificado, ao seu final, com as letras NR mai-
ciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis; úsculas, entre parênteses.

75
CAPÍTULO III normativos inferiores em vigor, vinculados às respectivas
DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS NORMATIVOS áreas de competência, remetendo os textos consolidados à
Presidência da República, que os examinará e reunirá em
Seção I coletâneas, para posterior publicação.
Da Consolidação das Leis Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oitenta dias do
início do primeiro ano do mandato presidencial, promoverá a
Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações atualização das coletâneas a que se refere o artigo anterior,
incorporando aos textos que as integram os decretos e atos
VIVIANE FARIA

e em coletâneas integradas por volumes contendo matérias


de conteúdo normativo e geral editados no último quadriê-
conexas ou afins, constituindo em seu todo, juntamente com
nio.
a Constituição Federal, a Consolidação das Leis Federais
Brasileiras.
CAPÍTULO IV
Art. 14. Ressalvada a legislação codificada e já con-
DISPOSIÇÕES FINAIS
solidada, todas as leis e decretos-leis de conteúdo norma-
tivo e de alcance geral em vigor serão reunidos em coletâ- Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada
neas organizadas na forma do artigo anterior, observados os mediante processo legislativo regular não constitui escusa
prazos e procedimentos a seguir: válida para o seu descumprimento.
I – os órgãos diretamente subordinadas à Presidência Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo
da República e os Ministérios, no prazo de cento e oitenta de noventa dias, a partir da data de sua publicação.
dias, contado da vigência desta Lei Complementar, proce-
derão ao exame, triagem e seleção das leis complementa- Brasília, 26 de fevereiro de 1998; 177º da Independên-
res, delegadas, ordinárias e decretos-leis relacionados com cia e 110º da República.
as respectivas áreas de competência, agrupando e consoli-
dando os textos que tratem da mesma matéria ou de assun- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
tos vinculados por afinidade, pertinência ou conexão, com Iris Rezende
indicação precisa dos diplomas legais ou preceitos expressa
ou implicitamente revogados; PRONOMES DE TRATAMENTO
II – no prazo de noventa dias, contado da vigência
Vejamos outros aspectos comuns a quase todas as
desta Lei Complementar, as entidades da administração
modalidades de comunicação oficial: o emprego dos prono-
indireta adotarão, quanto aos diplomas legais relacionados
mes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação do
com a sua competência, as mesmas providências determi-
signatário.
nadas no inciso anterior, remetendo os respectivos textos ao
Ministério a que estão vinculadas, que os revisará e reme- Breve História dos Pronomes de Tratamento
terá, juntamente com os seus, à Presidência da República,
para encaminhamento ao Congresso Nacional nos sessenta O uso de pronomes e locuções pronominais de trata-
dias subsequentes ao encerramento do prazo estabelecido mento tem larga tradição na língua portuguesa. Após serem
no inciso I; incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos,
III – a Mesa do Congresso Nacional adotará todas “como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se
as medidas necessárias para, no prazo máximo de cento dirigia a palavra”, passou-se a empregar, como expediente
e oitenta dias a contar do recebimento dos textos de que linguístico de distinção e de respeito, a segunda pessoa do
tratam os incisos I e II, ser efetuada a primeira publicação da plural no tratamento de pessoas de hierarquia superior.
Consolidação das Leis Federais Brasileiras. Outro modo de tratamento indireto consistiu em fin-
Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legis- gir que se dirigia a palavra a um atributo ou qualida-
latura, a Mesa do Congresso Nacional promoverá a atua- de eminente da pessoa de categoria superior, e não
a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos
lização da Consolidação das Leis Federais Brasileiras,
de seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa
incorporando às coletâneas que a integram as emendas
senhoria (...); assim usou-se o tratamento ducal de
constitucionais, leis, decretos legislativos e resoluções pro- vossa excelência e adotaram-se na hierarquia ecle-
mulgadas durante a legislatura imediatamente anterior, siástica vossa reverência, vossa paternidade, vos-
ordenados e indexados sistematicamente. sa eminência, vossa santidade. (SAID ALI, Manoel.
Gramática secundária histórica da língua portugue-
Seção II sa . 3.ed. Brasília: Ed. Universidade de Brasília,
Da Consolidação de Outros Atos Normativos 1964. p. 93-94.)

Art. 16. Os órgãos diretamente subordinados à Presi- A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento
dência da República e os Ministérios, assim como as enti- indireto já estava em voga também para os ocupantes de
dades da administração indireta, adotarão, em prazo esta- certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê,
belecido em decreto, as providências necessárias para, e depois para o coloquial você. E o pronome vós, com o
observado, no que couber, o procedimento a que se refere tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual
o art. 14, ser efetuada a triagem, o exame e a consolidação emprego de pronomes de tratamento indireto como forma de
dos decretos de conteúdo normativo e geral e demais atos dirigirmo-nos às autoridades civis, militares e eclesiásticas.

76
Concordância com os Pronomes de Tratamento • Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tri-
bunal Federal.
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa
indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concor- As demais autoridades serão tratadas com o vocativo
dância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à Senhor, seguido do cargo respectivo:
segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou • Senhor Senador,
a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para

LÍNGUA PORTUGUESA
• Senhor Juiz,
a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substan-
• Senhor Ministro,
tivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa
• Senhor Governador,
Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece
o assunto”.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a No envelope, o endereçamento das comunicações diri-
pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a
“Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa [...] seguinte forma:
vosso [...]”).
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o A Sua Excelência o Senhor
gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a Fulano de Tal
que se refere, e não com o substantivo que compõe a locu- Ministro de Estado da Justiça
ção. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é 70.064-900 – Brasília/DF
“Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve
estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atare- A Sua Excelência o Senhor
fada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”. Senador Fulano de Tal
Senado Federal
Emprego dos Pronomes de Tratamento
70.165-900 – Brasília. DF
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento
obedece à secular tradição. São de uso consagrado: A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: Juiz de Direito da 10a Vara Cível
Rua ABC, n. 123
a) do Poder Executivo; 01.010-000 – São Paulo. SP
• Presidente da República;
• Vice-Presidente da República; Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tra-
• Ministros de Estado; tamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista
• Governadores e Vice-Governadores de Estado e do anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qual-
Distrito Federal; quer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evo-
• Oficiais-Generais das Forças Armadas; cação.
• Embaixadores; Vossa Senhoria é empregado para as demais autori-
• Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocu-
dades e para particulares. O vocativo adequado é: “Senhor
pantes de cargos de natureza especial;
Fulano de Tal,”.
• Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
No envelope, deve constar do endereçamento:
• Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
Ao Senhor
• Deputados Federais e Senadores;
Fulano de Tal
• Ministro do Tribunal de Contas da União;
Rua ABC, n. 123
• Deputados Estaduais e Distritais;
70.123-000 – Curitiba/PR
• Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
• Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
Como se depreende do exemplo anterior, fica dispen-
sado o emprego do superlativo Ilustríssimo para as autori-
c) do Poder Judiciário:
dades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
• Ministros dos Tribunais Superiores;
particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento
• Membros de Tribunais;
Senhor.
• Juízes;
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento,
• Auditores da Justiça Militar.
e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente.
Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi-
dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído
das aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
curso universitário de doutorado. É costume designar por
do cargo respectivo:
doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito
• Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor
• Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso
confere a desejada formalidade às comunicações.
Nacional,

77
Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, Aviso e ofício são modalidades de comunicação ofi-
empregada por força da tradição, em comunicações dirigi- cial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é
das a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo: que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de
Magnífico Reitor, Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades.
com a hierarquia eclesiástica, são: Vossa Santidade, em Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos ofi-
comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente ciais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no
é: Santíssimo Padre, Vossa Eminência ou Vossa Eminência caso do ofício, também com particulares.
VIVIANE FARIA

Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corres- O memorando é a modalidade de comunicação entre


ponde-lhe o vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, Vossa estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível dife-
Excelência Reverendíssima é usado em comunicações rente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação
dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou eminentemente interna.
Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cône-
gos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado Ofício
para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.
[Ministério]
FECHOS PARA COMUNICAÇÕES
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade]
[Endereço para correspondência]
O fecho das comunicações oficiais possui, além da [Endereço – continuação]
finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o desti- [Telefone e Endereço de Correio eletrônico]
natário. Os modelos para fecho que vinham sendo utiliza-
dos foram regulados pela Portaria n. 1 do Ministério da Jus- Ofício n. 524/1991/SG
tiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito Brasília, 27 de maio de 1991.
de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o A Sua Excelência o Senhor
emprego de somente dois fechos diferentes para todas as Deputado [Nome]
modalidades de comunicação oficial: Câmara dos Deputados
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente 70.160-900 – Brasília/DF
da República: Respeitosamente, Assunto: Demarcação de terras indígenas
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierar-
quia inferior: Atenciosamente, Senhor Deputado,
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações diri-
gidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tra- 1. Em complemento às observações transmiti-
dição próprios, devidamente disciplinados no Manual de das pelo telegrama n. 154, de 24 de abril último, informo
Redação do Ministério das Relações Exteriores. Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em
sua carta n. 6708, dirigida ao Senhor Presidente da Repú-
IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO blica, estão amparadas pelo procedimento administrativo
de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente n. 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
da República, todas as demais comunicações oficiais devem
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva
trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo
a necessidade de que – na definição e demarcação das
do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser
terras indígenas – fossem levadas em consideração as
a seguinte:
características socioeconômicas regionais.
(espaço para assinatura) 3. Nos termos do Decreto n. 22, a demarcação de
NOME terras indígenas deverá ser precedida de estudos e levan-
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República tamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, §
1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir
(espaço para assinatura) os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e
NOME fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito
Ministro de Estado da Justiça conjuntamente com o órgão federal ou estadual compe-
tente.
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi- 4. Os órgãos públicos federais, estaduais e munici-
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa pais deverão encaminhar as informações que julgarem per-
página ao menos a última frase anterior ao fecho. tinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada
a manifestação de entidades representativas da sociedade
TEXTOS OFICIAIS civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão fede-
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes ral de proteção ao índio serão publicados juntamente com
pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memo-
as informações recebidas dos órgãos públicos e das enti-
rando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma dia-
dades civis acima mencionadas.
gramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício.

78
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedi- a programas, haveria necessidade de dois tipos: um pro-
mento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada cessador de textos, e outro gerenciador de banco de
pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a dados.
demarcação de terras indígenas seja informada de todos os 3. O treinamento de pessoal para operação dos
elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do
sua carta, com a necessária transparência e agilidade.
Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou

LÍNGUA PORTUGUESA
seu acordo a respeito.
Atenciosamente,
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização
[ASSINATURA] dos trabalhos deste Departamento ensejará racional dis-
[NOME] tribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma
[CARGO] melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,
Aviso
[ASSINATURA]
Aviso n. 123/MME [NOME]
Brasília, 17 de novembro de 2002. [CARGO]

A Sua Excelência o Senhor


Ministro [Nome] Exposição de motivos

Assunto: Seminário Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Pre-


sidente da República ou ao Vice-Presidente para: informá-
Senhor Ministro, -lo de determinado assunto; propor alguma medida; ou
submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
1. Convido Vossa Excelência a participar da sessão Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presi-
de abertura do “Primeiro Encontro Regional sobre o Uso Efi- dente da República por um Ministro de Estado.
ciente de Energia no Setor Público”, a ser realizado em 5 de
março próximo, às 9h, no auditório da ENAP (Escola Nacio-
nal de Administração Pública), localizado no Setor de Áreas EM n. 198/MRE
Isoladas, nesta Capital. Brasília, 24 de maio de 1991.
2. O Seminário mencionado inclui-se na atividade do
conhecido “Programa Nacional das Comissões Internas de Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Conservação de Energia em Órgãos Públicos”, instituído
pelo Decreto n. 99.656, de 26 de outubro de 2001.
O Presidente George W. Bush anunciou, no último
dia 13, significativa mudança da posição norte-americana
Atenciosamente,
nas negociações que se realizam – na Conferência do
[ASSINATURA] Desarmamento, em Genebra – de uma convenção multi-
[NOME] lateral de proscrição total das armas químicas. Ao renun-
[CARGO] ciar à manutenção de cerca de dois por cento de seu arse-
nal químico até a adesão à convenção de todos os países
em condições de produzir armas químicas, os Estados
Memorando Unidos reaproximaram sua postura da maioria dos qua-
renta países participantes do processo negociador, inclu-
sive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o
Mem. n. 118/DJ
tratado venha a ser concluído e assinado em prazo de
Em 12 de abril de 1991.
cerca de um ano.
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Respeitosamente,
Assunto: Administração. Instalação de microcompu-
[ASSINATURA]
tadores
[NOME]
[CARGO]
1. Nos termos do Plano Geral de informatização,
solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que
sejam instalados três microcomputadores neste Departa- Mensagem
mento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acres- É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes
cento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens envia-
dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto
das pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo

79
para informar sobre fato da Administração Pública; expor Fax
o plano de governo por ocasião da abertura de sessão
legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que O fax é uma forma de comunicação que está sendo
dependem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É uti-
enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto lizado para a transmissão de mensagens urgentes e para
seja de interesse dos poderes públicos e da Nação. o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento
há premência, quando não há condições de envio do docu-
VIVIANE FARIA

mento por meio eletrônico. Quando necessário o original,


Mensagem n. 118 ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal, cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em
certos modelos, se deteriora rapidamente.
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a
Mensagens n. 106 a 110, de 1991, nas quais informo a pro- estrutura que lhes são inerentes.
mulgação dos Decretos Legislativos n. 93 a n. 97, de 2013,
relativos à exploração de serviços de radiodifusão.
[ÓRGÃO EXPEDIDOR]
Brasília, 28 de março de 1991. [SETOR DO ÓRGÃO EXPEDIDOR]
[ENDEREÇO DO ÓRGÃO EXPEDIDOR]
[ASSINATURA]
Destinatário: ________________________________
Nº do fax de destino: ___________________________
Telegrama Remetente: _________________________________
Telefone para contato: ________
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar Fax/Correio eletrônico:________________
os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de Nº de páginas: esta + ______
telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de Nº do documento: ______________________
telegrafia, telex, etc.
O telegrama é empregado para mensagens urgentes. Observações:________________________________
Por isso mesmo, seu texto limita-se ao estritamente neces- _______________________________________________
sário à perfeita compreensão do assunto, omitindo-se todas _______________________________________________
as expressões, palavras e partículas desnecessárias.
Segundo dispõe o art. 222 do Código Civil 2002, “O
Correio Eletrônico
telegrama, quando lhe for contestada a autenticidade, faz
prova mediante a conferência com o original assinado”.
O correio eletrônico (e-mail), por seu baixo custo e
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa
celeridade, transformou-se na principal forma de comuni-
aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve
cação para transmissão de documentos.
restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrô-
que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax nico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma
e que a urgência justifique sua utilização e, também em rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso
razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
deve pautar-se pela concisão. O campo assunto do formulário de correio eletrônico
mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a orga-
nização documental tanto do destinatário quanto do reme-
tente.

OUTROS TEXTOS OFICIAIS

Requerimento

A palavra requerimento deriva-se do verbo requerer,


que, de acordo com seu sentido denotativo, significa soli-
citar, pedir, estar em busca de algo. E, principalmente, que
o pedido seja deferido, ou seja, aprovado.
Podemos fazer um requerimento a um órgão público,
a uma empresa privada e mais a uma infinidade de outros
destinatários.

80
Senhor Prefeito de Jandaia, Certidão

Deolindo Brunassi, brasileiro, casado, residente na Certidão é o documento revestido de formalidades


Rua Altino José Lopes, 1541, portador de CI n. 247.550-8 legais adequadas, fornecido por autoridade competente, a
e CPF n. 338.400.529, funcionário público municipal PO-2, requerimento do interessado, solicitado ou requisitado por
requer, na forma da Lei Municipal 123, de 1996, adicional
autoridade administrativa ou judicial e destinado a fazer
de dez por cento em seus vencimentos por ter completado

LÍNGUA PORTUGUESA
certa a existência de registro em livro, processo ou docu-
cinco anos de serviço.
mento qualquer em poder do expedidor, referente a deter-
Nesses termos, minado ato ou fato, ou dar por certa a inexistência de tal
Pede deferimento. registro.

Jandaia, 3 de fevereiro de 2003.


CERTIDÃO DE HABILITAÇÃO DE CASAMENTO
[ASSINATURA]  
__________, Oficial do Registro do Distrito de
__________ da Comarca, Município de __________ Estado
Atestado/Declaração de __________.
Certifico que, decorrido o prazo legal para os procla-
Atestado ou Declaração é o documento mediante o mas de casamento de __________, natural de __________,
qual a autoridade comprova um fato ou situação de que nascido em __________ profissão __________, estado
tenha conhecimento em razão do cargo que ocupa ou da civil __________, residente em __________, filho de
função que exerce. __________, com __________, natural de __________,
nascida em __________, profissão __________, estado
civil __________, residente em __________, filha de
PROSPEC-SOLO FUNDAÇÕES S/A
__________, nenhum impedimento seguiu.
Av. Brasil, 453 – Campinas/SP – Tel.: 32414390
Estão, pois, habilitados para casar-se dentro do prazo
ATESTADO de três meses, a contar da presente data, tendo sido apre-
sentados os documentos de acordo com o artigo 180, núme-
ATESTAMOS que Maria Padilha estagiou no Depto. de ros __________ do Código Civil Brasileiro.
Sondagens e Fundações desta empresa de engenharia no  
período de 03/03/2001 a 06/11/2002, desenvolvendo suas Brasília, 7 de novembro de 2001.
funções com seriedade, competência e profissionalismo.  
[ASSINATURA DE QUEM LAVROU]
Campinas, 20 de junho de 2004. [NOME]
[CARGO]
[ASSINATURA]
José M. D. Fontanelle [VISTO DA AUTORIDADE RESPONSÁVEL]
Eng. Supervisor de Sondagens [NOME]
[CARGO]
[ASSINATURA]
CREA – 5.459/SP
Wilson Castilho Penha Ata
Chefe do Depto. Pessoal
Ata é o documento em que se registram, de forma
exata e metódica, as ocorrências, resoluções e decisões
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
das assembleias, reuniões ou sessões realizadas por comis-
QUARTEL GENERAL DO IV COMANDO AÉREO REGIONAL
sões, conselhos, congregações, corporações ou outras enti-
DECLARAÇÃO dades semelhantes.

DECLARO, para os devidos fins, que Irineu Lima


ATA N. 58/2004
Smith, RG n. 3.649.943 (SSP/SP), esteve presente no Ser-
viço Regional de Recrutamento e Mobilização deste Quartel
Assembleia Geral Extraordinária
General, no período das 10h às 12h, para tratar de assunto
do Serviço Militar.
Aos dezesseis dias do mês de fevereiro de dois mil e
São Paulo, 26 de junho de 2004. quatro, às nove horas, na sede social, na Avenida Comen-
dador Flávio Evaristo Ribeiro, 326, 6º andar, nesta cidade,
[ASSINATURA] reuniram-se em Assembleia Geral Extraordinária os acio-
[NOME] nistas da Empresa Transportadora Fast-Carga S/A, devida-
[CARGO] mente convocados por editais publicados no Diário Oficial do
Estado, edições de 6, 7 e 8 de fevereiro de 2004, e no jornal O

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Estado de S. Paulo, edições das mesmas datas. Verificando Pensei bastante sobre a proposta de emprego que
o Livro de Presenças, o diretor, Sr. Carlos Baldera, consta- me foi feita por sua instituição de ensino, levando em conta
tou a presença de número suficiente de acionistas, conforme todas as vantagens e desvantagens que o cargo proposto
os Estatutos da Empresa, razão pela qual, havendo número poderia me proporcionar. Sendo assim, escrevo-lhe para
legal declarou instalada a Assembleia e em condições de informar que não aceitarei a proposta e permanecerei no
deliberar sobre o objeto da convocação. Em seguida o Sr. local onde ora trabalho, já que o salário está condizente com
Carlos Baldera convidou os presentes a indicarem a mesa as exigências que me são feitas no cargo que ocupo.
que deveria dirigir a assembleia, recaindo a indicação, por
VIVIANE FARIA

aclamação, no próprio Sr. Carlos para presidente e em mim, Atenciosamente,


Celina Valigni, para secretária. Composta a mesa, declarou
o senhor presidente que, como era do conhecimento geral, [ASSINATURA]
os assuntos que deveriam ser debatidos na presente assem- [NOME]
bleia versavam sobre a seguinte ordem do dia: a) leitura e
aprovação da ata da reunião anterior; b) constituição e elei- Parecer
ção do novo Conselho de Administração. Feita a leitura da
ata da reunião anterior e integralmente aprovada sem res- Pareceres administrativos são manifestações de órgãos
salvas, iniciaram-se as discussões sobre qual seria a estru- técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração.
tura ideal e as funções do novo Conselho de Administração. Na Administração Pública, o parecer, geralmente, é
Por se tratar de um órgão ainda inexistente na empresa, o parte integrante de um processo, para o qual aponta solução
senhor presidente solicitou a opinião dos Srs. Dr. Cláudio favorável ou desfavorável, precedida da necessária justifica-
Feitosa e Aquiles Araújo Neto, aos quais, na reunião ante- ção, com base em dispositivos legais, em jurisprudência e
rior, havia sido solicitado que se inteirassem como funciona em informações.
o referido Conselho em outras empresas do mesmo porte Os pareceres, quando não aprovados por ato subse-
que a Fast-Carga. Após os relatos dos referidos senhores e cutivo de autoridade competente, têm caráter meramente
discussão das ideias por eles apresentadas, foram acresci- opinativo, sem vincular a Administração ou terceiros à sua
das as sugestões dos Srs. Natanael Oliveira, Carlos Urtega conclusão ou motivação.
e Anamaria Lorenzo. Após uma longa e proveitosa discus-
são, o senhor presidente propôs que, em função da impor-
tância da decisão a ser tomada, seria conveniente que se PROCESSO N. _____ – [SIGLA DO ÓRGÃO QUE
marcasse uma nova assembleia, em que seriam apresen- SOLICITOU O PARECER]
PARECER N. _____ – [REFERÊNCIA AO ÓRGÃO]
tados alguns esboços de constituição do referido conselho
para apreciação dos acionistas e também seriam escolhidos
os futuros componentes desse conselho. Por aclamação Lei n. 4.769-65. Interpretação. Os
unânime, a proposta foi aceita. Nada havendo mais a tratar, conselhos Federal e Regionais
foram encerrados os trabalhos e eu, secretário, lavrei a pre- dos Técnicos de Administração
sente ata que, lida e aprovada por todos, vai ser assinada constituem uma única autarquia. O
acervo decorrente da atuação da
pela mesa diretora e pelos acionistas que comparecem.
Junta Executiva e suas represen-
tantes administrativas se transfere
ao Conselho Federal.
Em tempo: onde se lê O Estado de S. Paulo, leia-se A
Folha de S. Paulo.
A Lei n. 4.769, de 9 de setembro de 1965, dispondo
[ASSINATURA DO PRESIDENTE] sobre o exercício da profissão de Técnico de Administra-
[ASSINATURA DO SECRETÁRIO] ção, criou os Conselhos Regionais e o Federal, sob a forma
[DEMAIS ASSINATURAS] autárquica. Ademais, até que eles se formassem, deter-
minou fosse constituída uma Junta Executiva, mediante
implantação do sistema. Essa Junta extinguir-se-ia com a
Carta Comercial formação do Conselho Federal, que lhe absorveria o acervo.
2. Com efeito, pelo Decreto n. 58.670, de 20 de junho
A carta comercial, também chamada de correspondên- de 1966, criou-se a citada Junta Executiva, que, por meio
cia técnica, é um documento com objetivo de se fazer uma da Resolução n. 4, se permitiu designar Juntas Administrati-
comunicação comercial, empresarial. vas para a organização dos Conselhos Regionais e, até que
Muito importante que haja correção, pois um possível esses se formassem, representá-la no encaminhamento das
equívoco pode gerar desentendimento entre as partes e medidas necessárias à fiscalização do exercício da profis-
possíveis prejuízos de ordem financeira. são e ao registro dos Técnicos de Administração, na área de
sua jurisdição.
3. Criados os Conselhos, suscitaram-se dúvidas
Brasília, 19 de agosto de 2010. sobre se cada um de per si constitui um ente autárquico, ou
se a autarquia, no caso, compreende o Conselho Federal e
Senhor Beltrano de Tal, os Regionais. Ainda sobre se os recursos antes arrecada-

82
dos pelas Juntas Administrativas devam integrar o acervo 5. Como continuasse a provocar-nos, bem como
da Junta Executiva a ser absorvido pelo Conselho Federal, a todos os demais funcionários, resolvemos dar-lhe as
ou se constituem em recursos dos Conselhos Regionais res- costas, voltando à nossa mesa de trabalho.
pectivos. 6. Ainda ouvimos quando o referido cidadão dizia
4. A clareza do texto legal não permite discussão. Os que iria comunicar o fato às autoridades em Porto Alegre.
Conselhos foram criados – como diz o art. 6º da citada Lei 7. Procuramos, durante os acontecimentos, manter

LÍNGUA PORTUGUESA
n. 4.769 – “constituindo em seu conjunto uma autarquia”. a atitude compatível com o nosso cargo e nos abstivemos
Vale dizer, na espécie, a autarquia é um todo integrado pelos de qualquer resposta menos honrosa ao agressor verbal, o
Conselhos Regionais e Federal.
que, aliás, foi seguido pelos demais funcionários da repar-
5. Por igual, para promover os atos preparatórios à
tição.
implantação do sistema, a lei determinou se constituísse
8. Presenciaram a deprimente cena os Srs. Antônio
uma Junta Executiva. Até a Criação dos Conselhos, portanto,
Ferreira Viana, José Alfeu e Carlos Serres Oliveira, que se
o que existia era essa Junta. As Juntas Administrativas eram
meras representantes, instrumentos de que se valia a Junta encontravam tratando de assuntos relacionados com esta
Executiva para tomar as medidas regionais necessárias ao repartição.
fiel cumprimento de suas tarefas. O acervo decorrente da 9. Sendo o que nos competia informar, enfim, e
atuação da Executiva, nela compreendida, evidentemente, assim atendendo à determinação da Direção-Geral,
a de suas representantes administrativas, constitui todo ele aguardamos com confiança o julgamento imparcial dos
o acervo de que trata o art. 19, da Lei n. 4.769, tantas vezes fatos pela administração.
citadas, ou seja, o que deve ser absorvido pelo Conselho
Federal. Respeitosamente,
6. Assim sendo, não há como pretender-se possa a
arrecadação das Juntas Administrativas em referência trans- Novo Hamburgo, 28 de agosto de 2000.
ferir-se aos Conselhos Regionais. A tanto, não permite a lei.
Sob censura [ASSINATURA]
Carlos Castro Barbosa
Brasília, 16 de junho de 1970.
Chefe do Serviço de _____

[ASSINATURA]
[NOME] Apostila elaborada tendo por referência:
[Consultor-Geral da República]
• Manual de Redação da Presidência da República,
Relatório 2002.
• KASPARY, J. Adalberto. Redação Oficial,
Relatório é uma descrição de fatos passados, analisa- Normas e Modelos. 17ª ed. Porto Alegre: Edita,
dos com o objetivo de orientar o serviço interessado ou o 2004.
superior imediato, para determinada ação. • MARTINS, Dileta Silveira & ZILBERKNOP, Lúbia
Scliar. Português Instrumental. 28ª ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2009.
RELATÓRIO
• NETO, Serafim da Silva. Introdução ao estudo
da língua portuguesa no Brasil. 5ª ed. Rio de
Senhor Diretor-Geral,
Janeiro: Presença/INL, 1986.
Conforme sua determinação, encaminhada a esta • Apostila Redação Oficial e Correspondências
repartição em despacho fonográfico de 5 de junho do cor- Administrativas no Serviço Público (Cened –
rente ano, passamos a relatar-lhe os acontecimentos ocorri- Unidade de Aperfeiçoamento e Qualificação)
dos no dia 1º de junho último, nesta repartição. • Apostila Curso de Redação Oficial Básica.
2. Encontrávamo-nos cumprindo nossas atribuições Elaboração: Janaína de Aquino Ferraz, Orme-
funcionais, quando entrou na repartição o cidadão Antô- zinda M. Ribeiro Aya, Elda A. Oliveira Ivo, Paula
nio Borges Ferreira, residente nesta cidade, o qual apenas Cobucci e Flávia M. Pires.
conhecíamos de vista e que a nós se dirigiu solicitando infor- • Exercícios criados pela Professora Mestra Viviane
mações sobre recolhimento de tributos devidos ao Estado. Faria
3. Não estando esta repartição em condições de • Sites:
atende à consulta formulada, comunicamos ao referido –– www.brasilescola.com/redacao
senhor que deveria fazê-la à Exatoria Estadual desta cidade. –– www.mundovestibular.com.br
4. Com isso não se conformou o referido cidadão, –– www.wikipedia.org
dizendo que nossa repartição nunca estivera tão mal aten- • Provas de concursos públicos (com as devidas refe-
dida e que era um absurdo que não lhe pudéssemos prestar
rências)
a informação de que necessitava.

83
c. Esclarecemos ainda que, com o Sistema de Paga-
EXERCÍCIOS
mentos Brasileiro (SPB), operado pelo Banco Cen-
tral segundo padrões internacionais, ingressamos
CESPE/UNB no grupo de países em que transferências de fun-
dos interbancárias podem ser liquidadas em tempo
1. (CESPE) Assinale a opção em que o fragmento de ofí- real, em caráter irrevogável e incondicional.
cio apresenta inadequações quanto ao padrão exigido d. Vimos informar que a Rede do Sistema Financeiro
em correspondência oficial. Nacional é uma estrutura de base de dados, im-
VIVIANE FARIA

a. Vimos informar que o Ministério da Agricultura e plementada por meio de tecnologia de rede, que
do Abastecimento publicou portaria, assinada em foi criada com a finalidade de suportar o tráfeco
28/12/1999, declarando como zona livre de febre de mensagens entre as instituições financeiras, as
aftosa parte do Circuito Pecuário Centro-Oeste, câmaras e os prestadores de serviços de compen-
formado pelo Distrito Federal e regiões do Mato sação e de liquidação, a Secretaria do Tesouro Na-
Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Paraná. cional e o Banco Central.
b. Esclarecemos, na oportunidade, que as regras
estabelecidas para erradicar a aftosa no Centro- 3. (CESPE) Cada um dos itens abaixo apresenta trechos
-Oeste foram aprovadas pelos governos estadu- de texto que devem ser julgados quanto a sua ade-
ais da região, pelo governo federal e pela cadeia quação a correspondências oficiais.
produtiva. Tais regras estão em conformidade com 1) Vimos informar que as inscrições para o Concur-
aquelas determinadas pelo Escritório Internacional so Público de Provas e Títulos para o Cargo de
de Epizootia. Analista de Sistemas começam dia 15 de abril de
c. Como é do conhecimento de Vossa Excelência, o 2008, das oito da manhã às 6 horas da tarde, no
Ministério da Agricultura e do Abastecimento enca- subsolo do edifício-sede desta companhia. Esta-
minhou relatório ao Escritório internacional de Epi- mos querendo pontualidade na entrega dos docu-
zootia, pedindo o reconhecimento do Circuito Pe- mentos.
cuário do Centro-Oeste como zona livre de aftosa. 2) A seleção para o cargo de que trata este edital
d. Lembramos que, em 1992, técnicos do Ministério compreenderá o exame de habilidades e conheci-
da Agricultura e das secretarias estaduais de agri- mentos, mediante a aplicação de provas objetivas
cultura modificaram as estratégias de combate à e de prova discursiva, todas de caráter eliminatório
febre aftosa, visando à erradicação dessa doença. e classificatório.
As ações foram regionalizadas, tendo por base os
Circuitos Pecuários, e foi incorporada, como ele- 4. (CESPE) A fixação dos fechos para comunicações ofi-
mento principal, a participação da comunidade in- ciais foi regulada pela Portaria n. 1 do Ministério da
teressada em todas as fases do programa. justiça, em 1937 e, após mais de meio século de vi-
e. É importante esclarecer vocês que as ações de gência, foi regulada pelo Decreto n. 100.000, de 11 de
campo daquele Programa Nacional de Erradicação janeiro de 1991, que aprovou o Manual de Redação
de Febre Aftosa, que eu já falei, são executadas da Presidência da República. A respeito das normas
diretamente pelas secretarias estaduais de agricul- de redação oficial fixadas por esse manual, julgue os
tura ou órgãos a elas vinculado. São 2.332 escritó- itens subsequentes.
rios locais distribuídos em todo país para as ações 1) Fere o princípio da impessoalidade o seguinte
de vigilância epidemiológica. trecho de um memorando: Esclareço, ainda, em
especial aos que atuam no Departamento de Pes-
2. (CESPE) Julgue se os itens subsequentes estão gra- soal, que não concebo que um ato normativo de
maticalmente corretos e adequados para a correspon- qualquer natureza seja redigido de forma obscura,
dência oficial. que dificulte ou impossibilite sua compreensão.
a. Se a integração de sistemas, possibilitada pela tec- Frise-se que fico deveras irritado quando um do-
nologia da informação, propiciou a realização da cumento oficial não pode ser entendido por todos
várias transações à distância, ela ainda não inte- os cidadãos.
grou o sistema bancário às aplicações de comércio 2) O principal objetivo da edição do Manual de Reda-
eletrônico e muito menos à outras transações no ção da Presidência da República foi sistematizar
âmbito do governo, como a gente gostaria de ver. as características da forma oficial de redigir visan-
b. O emprêgo de uma rede de comunicação segu- do-se à criação de uma forma específica de lin-
ra e com processos padronizados de liquidação, guagem burocrática que consagrasse expressões
que venha a ser utilizada em prol dos clientes dos e clichês do jargão burocrático.
bancos, poderá ser o grande salto a ser dado em 3) Mantido o nível de formalidade adequado às co-
termos de serviços no Brasil. Para o lojista, a van- municações oficiais, deve-se, na introdução de
tagem seria o uso de um conector único, ou de um um ofício, preferir a forma Comunico a Vossa Se-
reduzido número de conectores para realizar as nhoria à forma Tenho a honra de informar a Vossa
transações. Senhoria.

84
5. (CESPE) Considerando que os trechos a seguir cons- 6. (CESPE) Julgue se os trechos nos itens subsequentes
tituam segmentos, não necessariamente sequenciais, apresentam linguagem gramaticalmente correta e ade-
de um ofício, julgue-os quanto à correção gramatical, quada à redação de correspondências, expedientes e
condição essencial aos documentos da comunicação documentos oficiais.
oficial. 1) Não se pode falarem em justiça social sem que to-
1) Conforme é do conhecimento de V. Sa, a primei- dos os brasileiros tenham acesso pleno a leitura

LÍNGUA PORTUGUESA
ra fiscalização avaliou o serviço de atendimento e aos livros que permitem o desenvolvimento in-
ao usuário de três órgãos públicos e resultou em telectual.
acórdão proferido pelo TCU. A segunda fiscaliza- 2) A leitura é um instrumento para uma nova vida,
ção, julgada por outro acórdão, verificou a atuação pois ela permite e intensifica o desenvolvimento
desses mesmos órgãos no acompanhamento da das habilidades essenciais ao pleno exercício da
qualidade dos serviços prestados. cidadania.
2) O TCU identificou que aspectos fundamentais re- 3) Educação é fator decisivo pra redução das desi-
lativos a qualidade da prestação de serviços para gualdades sociais. O analfabetismo perpetua a
os usuários não são devidamente tratados por três miséria e cria um ciclo vicioso que atravanca o de-
órgãos públicos. Constatou-se também lacunas senvolvimento de todo o país.
na regulamentação, fragilidades nos processos 4) O esforço pela erradicação do analfabetismo deve
de fiscalização desenvolvidos pelos órgãos e falta ser visto como uma questão nacional.
de efetividade das sanções impostas às empresas 5) Para enfrentar o desafio educacional é necessário
prestadoras de serviços. Segundo a auditoria, tam- ampliar o investimento em programas de formação
bém não há priorização de políticas efetivas para e de valorização de professores, melhorar o ma-
educação do usuário. terial didático, informatizar escolas e garantir que
3) Esclarecemos, ainda, que o relatório aprovado pelo toda criança tenha acesso a um ensino público de
Acórdão n. 1.021/2012, no último dia 18, informam alta qualidade.
que determinados órgãos não concretizaram a
maior parte do próprio plano de ações elaborado 7. (CESPE) Ao escrever um texto, determinado profissio-
para cumprir as deliberações do Tribunal. Quase nal produziu a frase: “A inflação é a maior inimiga da
sete anos após a primeira decisão, apenas 47% Nação. É meta prioritária do governo eliminá-la”.
das recomendações do TCU foram implementa- Insatisfeito, ele a reescreveu da seguinte maneira: “A
das. Do acórdão posterior, somente 15% das re- inflação é a maior inimiga da Nação; logo, é meta prio-
comendações foram implementadas e 27% das ritária do governo eliminá-la”.
determinações efetivamente cumpridas.
Acerca dessa situação, julgue os próximos itens.
4) O TCU fixou prazo para que um novo plano de tra-
balho para implementação das determinações seja 1) Ao reescrever a frase, o referido profissional preo-
elaborado e recomenda aos órgãos que aprimorem cupou-se com a coesão textual.
a coordenação entre as suas diversas áreas e con- 2) O profissional poderia substituir “eliminá-la” por eli-
siderem a possibilidade de sancionar com maior minar-lhe e, dessa forma, a frase estaria mais bem
rigor as empresas prestadoras de serviços que não formulada e de acordo com a escrita padrão.
tratarem adequadamente as reclamações encami-
nhadas à própria ouvidoria. No que concerne às qualidades essenciais do texto,
julgue os itens seguintes.
5) A presidência e o conselho diretor de cada órgão
em apreço estão sendo alertados de que as deter- 3) Se, em um texto de redação oficial, aquele que o
minações e recomendações ainda não cumpridas escreve ou revisa decidir usar o trecho “Durante o
ou implementadas dependem fundamentalmente ano de 2008”, em vez de “Neste ano”, estará tor-
de suas atuações, sendo, portanto, de responsabi- nando o texto menos conciso.
lidade direta do respectivo corpo dirigente. O TCU 4) A substituição da expressão “o mesmo” por “o tex-
continuará a acompanhar as medidas adotadas por to”, em “A secretária redigiu um memorando. Espe-
esses órgãos para melhoria da prestação dos ser- ro que o mesmo agrade aos interessados”, tornaria
viços públicos. Nova fiscalização deverá ser con- esse trecho mais claro e preciso.
cluída no prazo de um ano. 5) A frase “O jornal deu a notícia em primeira mão”
6) Vimos informar que o Tribunal de Contas da União ficaria mais precisa se a forma verbal “deu” fosse
(TCU), em sua missão de avaliar o desempenho de substituída por publicou, que é mais específica
vários órgãos públicos, constatou que alguns deles para o contexto.
não estão cumprindo totalmente determinações e 6) No trecho “Era um excelente médico. Todos os
recomendações expedidas em duas fiscalizações seus pacientes o adoravam”, o uso do termo clien-
referentes à qualidade dos serviços públicos por tes no lugar de “pacientes” seria mais adequado,
eles prestados. pois imprimiria mais precisão à frase.

85
8. (CESPE) Considerando os princípios de redação de 11. (CESPE) A respeito da redação de atos normativos, jul-
expedientes, julgue os itens a seguir. gue os itens a seguir.
1) O tratamento que deve ser dado aos assuntos que 1) Um texto normativo deve dirigir-se sempre a pesso-
constam das comunicações oficiais deve ser im- as de nível intelectual alto e homogêneo; portanto,
para compreender o vocabulário utilizado, muitas
pessoal: todavia, são estimuladas as impressões
vezes, o cidadão comum tem de recorrer à consulta
individuais de quem comunica.
a dicionário.
2) Com a finalidade de padronização, à redação de 2) Um documento a um departamento deve ser um tex-
VIVIANE FARIA

comunicações oficiais foram incorporados proce- to impecável. No entanto, quem escreve um simples
dimentos rotineiros ao longo do tempo, como as recado a um interlocutor com pouca escolaridade não
formas de tratamento e de cortesia e a estrutura precisa estar atento a certos aspectos linguísticos,
dos expedientes. como, por exemplo, a correção gramatical.
3) Os expedientes oficiais cuja finalidade precípua é 3) O emissor de uma mensagem, ao incorrer em ina-
informar com clareza e objetividade, empregando dequação vocabular ou rebuscamento, poderá não
a linguagem adequada, têm caráter normativo, es- produzir o efeito pretendido no receptor, que, por não
tabelecem regras para a conduta dos cidadãos ou entender o teor da mensagem, ficará obrigado a no-
regulam o funcionamento dos órgãos públicos. vos contatos, a novas consultas.
4) A concisão, sinônimo de prolixidade, é uma quali- 4) Quem escreve deve evitar a tautologia, que consiste
dade de qualquer texto técnico e uma característica na repetição de palavras com o mesmo sentido.
de texto oficial, que exige do redator essencialmen- 5) Em resposta a uma consulta, o redator deve preocu-
te conhecimento do assunto sobre que escreve, par-se em responder apenas àquilo que lhe foi per-
uma vez que raramente há tempo disponível para guntado, sem considerar outras possíveis dúvidas do
revisar o texto. consulente.
5) O domínio da redação de expedientes oficiais é 6) Na resposta a uma consulta, os aspectos positivos
aperfeiçoado em decorrência da experiência pro- de uma situação devem ser apresentados antes dos
fissional; muitas vezes a prática constante faz que negativos.
o assunto se torne de conhecimento generalizado.
12. (CESPE) Sobre a redação de textos oficiais, julgue os
9. (CESPE) Julgue os itens que se seguem, referentes próximos itens.
aos níveis da comunicação. 1) As comunicações oficiais devem ser padronizadas
1) A comunicação acima/ascendente é entendida e, para isso, o uso do padrão oficial de linguagem é
como aquela que se direciona aos superiores hie- imprescindível.
rárquicos e aos profissionais de outra instituição. 2) A redação oficial, ou seja, a maneira pela qual o Po-
2) Textos direcionados aos profissionais que traba- der Público redige os atos normativos e comunica-
lham sob a gerência/chefia de quem escreve carac- ções, caracteriza-se pela linguagem formal e pela pa-
terizam-se como textos de nível de comunicação dronização e uniformidade dos documentos emitidos.
denominado abaixo/descendente. 3) A redação oficial, maneira como atos e comunicações
3) O profissional, em um texto dirigido a seus superio- são elaborados pelo poder público, deve orientar-se
res, ao se referir a ações que ele próprio executa, por princípios dispostos na Constituição Federal, tais
deve utilizar qualquer uma das formas verbais a se- como impessoalidade e publicidade.
guir: solicita, propõe, informa, decide, autoriza. 4) Comunicações oficiais, utilizadas para a comunica-
4) Por questão de polidez, quando se dirige a seus su- ção entre órgãos do serviço público ou entre órgãos
bordinados, o profissional deve evitar, em seu texto, do serviço público e o público em geral, podem ser
o emprego de palavras como proíbe e adverte. emitidas tanto pela administração pública quanto pe-
los cidadãos.
10. (CESPE) Com base nas orientações do Manual de
13. (CESPE) Em relação às exigências da redação de cor-
Redação da Presidência da República, julgue os itens
respondências oficiais, julgue os itens que se seguem.
subsequentes.
1) O trecho a seguir está adequado e correto para com-
1) O seguinte trecho introdutório de comunicação ofi-
por um memorando:
cial atende ao objetivo de mero encaminhamento
Nos termos do “Programa de modernização e informati-
de documento e ao requisito de uso do padrão culto
zação da Agência Nacional de Saúde Suplementar”, solicito a
da linguagem:
Vossa Senhoria a instalação de dois novos computadores no
Encaminho, em anexo, para exame e pronunciamento,
setor de protocolo para atender à demanda e melhorar a quali-
cópia do projeto de modernização de técnicas agrícolas no
dade dos serviços prestados ao público.
estado do Espírito Santo.
2) O trecho a seguir está adequado e correto para com-
2) O emprego de vocabulário técnico de conhecimen-
por um ofício:
to específico dos profissionais do serviço público fa-
Viemos informar que vamos estar enviando oportuna-
cilita a elaboração dos textos oficiais e, consequen- mente os relatórios solicitados via email, com todas as infor-
temente, o seu entendimento pelo público geral.
mações referentes ao desenvolvimento das auditorias citadas.

86
14. (CESPE) Com base no Manual de Redação da Presi- 3) O trecho a seguir estaria correto e adequado para
dência da República, julgue os itens seguintes, refe- constituir parte de um memorando:
rentes à adequação da linguagem, formato e caracte- Segue cópia do Relatório Resumido da Execução
rísticas da correspondência oficial. Orçamentária do município XYZ referente ao se-
gundo bimestre do exercício corrente.
1) Formalidade de tratamento, clareza datilográfica,
correta diagramação do texto e utilização de papéis
17. (CESPE) À luz das orientações constantes no Manual

LÍNGUA PORTUGUESA
de mesma espécie são necessárias para a unifor-
de Redação da Presidência da República, julgue os
midade das comunicações oficiais.
itens a seguir.
2) Na redação oficial, a impessoalidade refere-se ao
1) A obrigatoriedade do uso do padrão culto da língua
emprego adequado de estruturas formais, como a
e o requisito de impessoalidade são incompatíveis
utilização de pronomes de tratamento para deter-
com o emprego da linguagem técnica nas comuni-
minada autoridade, à polidez e à civilidade no en-
cações oficiais.
foque dado ao assunto que se pretende comunicar.
2) Admite-se o registro de impressões pessoais na
3) Nas comunicações oficiais, o agente comunicador
redação oficial, desde que o assunto seja de in-
é o serviço público, e o assunto relaciona-se às
teresse público e expresso em linguagem formal.
atribuições do órgão ou da entidade que comunica,
devendo a correspondência oficial estar isenta de
18. (CESPE) A democracia já não se reduz a uma espe-
impressões individuais do remetente do documen-
rança, não é mais uma questão, não é apenas um
to, para a manutenção de certa uniformidade entre
direito, não é somente o apanágio de uma cidade
os documentos emanados de diferentes setores da
ilustrada como Atenas, ou de um grande povo como
administração.
o romano: é mais, é tudo nas sociedades modernas.
De mera previsão, converteu-se em fato; de opi-
15. (CESPE) Com base no Manual de Redação da Presi-
nião controversa, transformou-se em realidade viva;
dência da República, julgue os itens seguintes.
deixou de ser puro direito para ser direito e força;
1) Não é permitido, na redação de documento oficial, o passou de simples fenômeno local a lei universal e
uso de linguagens escritas típicas de redes sociais onipotente.
na internet, haja vista que são variedades de uso Enquanto alguns discutem ainda se ela deve ser, já
restrito a determinados grupos e círculos sociais. ela é. Como o crescer silencioso, mas incessante,
2) No que se refere ao emprego de consoantes, o refe- do fluxo do oceano, sobe e espraia-se calada, mas
rido manual apresenta o termo “extensão” como ato continuamente. Cada onda que se aproxima, e recua
ou efeito de “estender”, apesar da diferença de grafia. depois, estende os limites do poderoso elemento. Os
3) O domínio do padrão culto da língua é fator sufi- espíritos que não veem muito deixam-se dormir, en-
ciente para garantir a concisão no texto redigido tretanto, recostados indolentemente à margem que
– qualidade inerente aos documentos oficiais –, as águas não tardarão em invadir, porque a enchente
evitando-se, desse modo, a necessidade de revi- cresce linha a linha sem que a percebam, e, como
são textual. a onda retrocede sempre, parece-lhes que, retroce-
dendo, perdeu todo o terreno vencido. Embora algu-
16. (CESPE) Julgue os itens a seguir com base nas pres- ma onda mais impetuosa, como que os advertindo,
crições do Manual de Redação da Presidência da Re- jogue de longe sobre eles a espuma. Riem dela, por-
pública para a elaboração de correspondências oficiais. que a veem retrair-se logo após; persuadidos de que
têm subjugado o oceano quando mandam pelos seus
1) O trecho a seguir estaria gramaticalmente correto e
adequado para constituir parte de um ofício: Tenho serviçais antepor-lhe a cautela de algum quebra-mar
a maior honra de encaminharmos ao TCE/RO, por que dure pela vida de uma ou duas gerações. Cui-
meio desta mensagem, os demonstrativos geren- dam ter desse modo segurado a sua casa e o futuro
ciais da aplicação mensal e acumulada das recei- dos filhos. Mas o frágil anteparo, minado pela ação
tas resultantes de impostos e transferências cons- imperceptível das águas, esboroa-se um bom dia, ma-
titucionais em ações e serviços públicos de saúde logrando-lhes os cálculos, quando não mais que isso.
referente ao mês de maio do exercício corrente. A aristocracia teve a sua época e passou. A realeza
teve a sua, e extinguiu-se também. Chegou a vez da
2) O trecho a seguir apresenta-se gramaticalmen-
democracia, e esta permanecerá para sempre. Por
te correto e adequado para constituir parte de
quê? Porque a aristocracia era a sujeição de todos
um ofício: Vimos informar que já expirou o prazo
a poucos, era o privilégio, a hereditariedade, que,
para publicação do Relatório de Gestão Fiscal do
na propriedade individual, é legítima, por ser conse-
primeiro quadrimestre do exercício corrente, para
quência do trabalho, mas que, em política, é absur-
municípios com mais de 50.000 habitantes. As ad-
da, porque exclui do governo a vontade dos gover-
ministrações municipais têm dez dias para justificar
nados e submete o merecimento à incapacidade. A
o atraso na publicação.
realeza também era o privilégio, ainda mais restrito,

87
mais concentrado, personificado em um indivíduo, 22. (CESPE) Julgue os itens que se seguem, relativos a
circunscrito a uma família. A democracia, essa é a aspectos gerais da redação oficial.
negação das castas, das exclusões arbitrárias, e a 1) Os termos técnicos, as siglas, as abreviações e os
consagração do direito: por isso, não morre. conceitos específicos empregados em correspon-
Rui Barbosa. Obras completas de Rui Barbosa. Vol. I (1865-1871), tomo dências oficiais prescindem de explicação.
I, p. 19-20. Internet: <www.casaruibarbosa.gov.br> (com adaptações).
2) As comunicações oficiais podem ser remetidas em
nome do serviço público ou da pessoa que ocupa
VIVIANE FARIA

Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísti-


determinado cargo dentro do serviço público.
cos do texto anterior.
1) A linguagem empregada no texto é adequada à 23. (CESPE)
correspondência oficial, com exceção da utilizada
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
no segundo parágrafo, em que predomina a cono-
CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DESENVOLVIMENTO
tação.
DE REGIÃO
19. (CESPE) Com base nas regras de redação de corres- INTEGRADA DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO (COARIDE)
pondências oficiais, julgue o item que se segue.
CAPÍTULO
1) A linguagem desse tipo de texto deve ser formal,
impessoal, clara e concisa, características decor-
rentes da submissão dos documentos oficiais aos ATRIBUIÇÕES
princípios da administração pública.
Art. 1º O Conselho Administrativo da Região Inte-
2) Em texto normativo, os artigos são a unidade bá-
grada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno
sica para apresentação, divisão ou agrupamentos
de assuntos; os parágrafos são disposições secun- (COARIDE), órgão colegiado do Ministério da Integração
dárias de um capítulo, as quais explicam ou mo- Nacional, nos termos da Lei Complementar n. 94, de 19 de
dificam a disposição principal, expressa no caput. fevereiro de 1988, e do Decreto n. 2.710, de 4 de agosto
de 1998, alterado pelo Decreto n. 3.445, de 4 de maio de
20. (CESPE) Julgue os itens a seguir à luz do Manual de 2000, tem por finalidade:
Redação da Presidência da República.
1) O trecho a seguir estaria correto e adequado para I – coordenar as ações dos entes federados que
compor um ofício: compõem a RIDE, visando ao desenvolvimento
Viemos esclarecer que os estudos realizados compro- das regiões que a integram e à redução de suas
vam que o perfil do sistema produtivo nacional suge- desigualdades regionais;
rem que os traçados mais urgentes para as ferrovias II – aprovar e supervisionar planos, programas e pro-
são aqueles que passam por polos de produção no in- jetos para o desenvolvimento integrado da RIDE;
terior do país e seguem para os principais portos. (...)
2) Expediente que contenha a seguinte resposta: “Em VI – coordenar a execução de programas e projetos
atenção ao Memo n. 03/11, a data é 10/02/2011”, de interesse da RIDE;
em vez de “Em atenção ao Memo n. 03/11, que VII – aprovar o seu regimento interno.
trata das férias de servidores desta Coordenadoria,
informo que elas se iniciaram no dia 10/02/2011”,
está desrespeitando as normas referentes à conci- Considerando que o trecho do documento acima é
são, um dos requisitos básicos da redação oficial. exemplo de redação oficial de expedientes administrativos,
julgue os itens a seguir.
21. (CESPE) Em relação às correspondências oficiais, jul- 1) É obrigatório o emprego das letras iniciais maiús-
gue os seguintes itens.
culas em “Lei Complementar n. 94” e em “Decreto
1) A redação oficial caracteriza-se por uma linguagem n. 2.710” porque se trata de lei e decreto especifi-
contrária à evolução da língua, uma vez que sua cados por número e data.
finalidade é comunicar com impessoalidade e má-
2) O respeito às regras da norma de padrão culto
xima clareza.
mostra que o sujeito de “tem”, na última linha do
2) As comunicações oficiais devem nortear-se pela
Art. 1º, só pode ser “O Conselho Administrativo da
uniformidade, pois há sempre um único comunica-
Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito
dor: o serviço público.
Federal e Entorno”, que tem por sigla COARIDE.
3) Os princípios da publicidade e da impessoalidade,
que regem toda a administração pública, devem 3) O emprego de letras minúsculas iniciando cada
nortear a elaboração das comunicações oficiais. inciso deve-se ao uso de dois-pontos no final do
parágrafo que inicia o capítulo.
4) Na elaboração das comunicações oficiais, deve-se
empregar, sempre, o padrão culto da linguagem, 4) A pontuação em VII indica que se trata do último
admitindo-se o emprego dos jargões técnicos, mas inciso do art. 1º.
não de regionalismos e gírias.

88
24. (CESPE) No que se refere ao formato e à linguagem 3) Embora os níveis gráfico e lexical estejam corretos,
das correspondências oficiais, julgue os próximos o texto desrespeita as regras do padrão culto da lin-
itens, com base no Manual de Redação da Presidên- guagem no nível sintático.
cia da República. 4) O texto não obedece às características de formali-
1) Emprega-se o pronome de tratamento Ilustríssimo dade e de impessoalidade que devem nortear toda
em documentos encaminhados a particulares e a correspondência oficial para que esta adquira uni-

LÍNGUA PORTUGUESA
autoridades que recebam o tratamento de Vossa formidade.
Senhoria. 5) As formas de tratamento empregadas no texto reve-
lam um caráter de respeitosa formalidade e estão de
2) No envelope de endereçamento de correspondên-
acordo com as recomendações para textos oficiais.
cia oficial dirigida ao governador de estado, devem
constar, além da expressão “A Sua Excelência o
27. (CESPE) Com base nas orientações do Manual de
Senhor”, o nome do destinatário e o seu endereço
Redação da Presidência da República, julgue os itens
completo, que pode ser substituído pelo CEP. subsequentes.
1) No seguinte trecho de ofício encaminhado a depu-
25. (CESPE) Com relação a elementos estruturais de ex-
tado federal, o emprego do pronome de tratamento
pedientes e textos normativos oficiais, julgue os itens
está adequado à autoridade a que se destina a co-
subsequentes. municação, e a redação, de acordo com o padrão
1) O pronome de tratamento Vossa Excelência é culto da língua:
empregado, no Poder Judiciário, para ministro de Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalta
tribunal superior, membros do júri em tribunais po- a necessidade de que sejam levadas em conside-
pulares, auditores e juízes. ração, na aprovação do projeto, as características
2) A forma Digníssimo (DD) foi abolida no tratamento sociais e econômicas da região.
às autoridades, porque dignidade é pressuposto 2) No seguinte trecho de documento dirigido a ministro
para que se ocupe qualquer cargo público, sendo de Estado, está correto o emprego do pronome de
desnecessária sua repetida evocação em expe- tratamento.
dientes oficiais. Encaminho a Sua Excelência esta carta aberta
em cumprimento do estabelecido no Decreto n.
3) Entre as autoridades tratadas por Vossa Excelên- 3.088/1999, que instituiu o regime de metas para
cia, estão o presidente da República, os ministros a inflação no Brasil. Como é do conhecimento de
de Estado e os juízes. Sua Excelência, o parágrafo único do artigo 4º do
referido decreto reza que, em caso de descum-
26. (CESPE) A subchefia de assuntos jurídicos desse mi- primento da meta de inflação estabelecida pelo
nistério submeteu ao magnífico procurador-geral da Conselho Monetário Nacional [...].
república, Dr. Aristóteles Sócrates Platão, consulta so-
bre sua opinião pessoal a respeito de matéria contro- 28. (CESPE) Julgue os itens que se seguem, referentes à
versa que versa sobre os limites entre os direitos dos correspondência oficial.
cidadões e a esfera do poder público, no sentido de 1) Estão corretos os vocativos “Excelentíssimo Senhor
tornar clara, explícita e incontroversa a questão levan- Presidente da República”, “Excelentíssimo Senhor
tada pela prestigiosa comissão que investiga o recebi- Presidente do Supremo Tribunal Federal” e “Senhor
mento de um excelente automóvel zero quilômetro da Senador”.
marca Mercedez Benz pelo senhor chefe dos serviços 2) No endereçamento de comunicação dirigida a au-
gerais do nosso ministério para que seje investigado a toridades tratadas por Vossa Excelência, como é o
fundo se o episódio pode ser considerado inflação do caso dos senadores, deve constar o seguinte:
código de ética recentemente promulgado pelo poder
executivo. Ao Digníssimo Senhor Senador
De acordo com o Manual de Redação da Presidência da Fulano de Tal
República, a redação oficial deve caracterizar-se por impes- Senado Federal
soalidade, uso de padrão culto da linguagem, clareza, conci-
são, formalidade e uniformidade. Em face dessa caracteriza- 3) No caso de o destinatário de expediente oficial ser
ção e do fragmento de texto oficial acima, julgue os itens que uma alta autoridade do Poder Executivo, Legislativo
se seguem. ou Judiciário, o remetente, quando a ele se dirigir,
1) Exceto pelo emprego de períodos sintáticos longos, deve empregar o pronome de tratamento Vossa Ex-
o fragmento respeita as normas de concisão e obje- celência.
tividade recomendadas pelo Manual de Redação da
Presidência da República. 29. (CESPE) Em relação às exigências da redação de cor-
respondências oficiais, julgue os itens que se seguem.
2) No fragmento, para que a característica de clareza
seja observada, deve não apenas ser reformulado o 1) A forma de tratamento Magnífico destina-se a au-
toridades do Poder Legislativo, principalmente ao
nível sintático como também deve haver mais preci-
presidente da Câmara dos Deputados e ao do Se-
são na organização das ideias.
nado Federal.

89
2) Os ministros de Estado recebem o tratamento de
Vossa Excelência, e o vocativo empregado em co-
municações a eles dirigidas deve ser Excelentíssi-
mo Senhor Ministro.
3) Em documentos destinados ao presidente do Su-
premo Tribunal Federal, o emprego do vocativo
Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo, atende
a regra de formalidade nas comunicações oficiais.
VIVIANE FARIA

30. (CESPE) No que se refere a aspectos gerais das cor-


respondências oficiais, julgue os itens que se seguem
de acordo com o Manual de Redação da Presidência
da República (MRPR).
1) Em uma correspondência encaminhada ao ministro
dos Transportes, o destinatário deve ser chamado
pelo vocativo “Senhor Ministro” e, no envelope de
endereçamento, deve ser referido pela forma de
tratamento “A Sua Excelência o Senhor”.
2) Nas comunicações oficiais dirigidas a ministros de
tribunais superiores, deve-se empregar o vocativo
Senhor Ministro.
3) Em comunicações oficiais dirigidas a ministros de
tribunais superiores, deve-se empregar o pronome
de tratamento Vossa Excelência.

GABARITO

1. e
2. E, E, E, E
3. E, C
4. C, E, C
5. C, E, E, C, C, C
6. E, C, E, C, C
7. C, E, C, C, C, E
8. E, C, C, E, E
9. C, C, E, E
10. C, E
11. E, E, C, C, E, C
12. E, C, C, E
13. C, E
14. C, E, C
15. C, C, E
16. E, C, C
17. E, E
18. E
19. C, E
20. E, E
21. E, C, C, E
22. E, E
23. C, C, C, C
24. E, E
25. E, C, C
26. E, C, E, C, E
27. C, E
28. C, E, C
29. E, E, C
30. C, C, C

90
INFORMÁTICA

S U M ÁRI O

CONCEITO DE INTERNET E INTRANET................................................................................................136/139


PRINCIPAIS NAVEGADORES PARA INTERNET.............................................................................................140
CORREIO ELETRÔNICO...............................................................................................................................143
PRINCIPAIS APLICATIVOS COMERCIAIS PARA EDIÇÃO DE TEXTOS E PLANILHAS................101/112/123/137
PROCEDIMENTO PARA A REALIZAÇÃO DE CÓPIAS DE SEGURANÇA.......................................................145
SISTEMA DE ARQUIVO, SISTEMA DE ENTRADA, SAÍDA E ARMAZENAMENTO E MÉTODOS DE ACESSO...... 92
HARDWARE E SOFTWARE HARDWARE

A informática é uma ciência que nasceu da necessidade CPU (UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO)
de automatizar trabalhos rotineiros e repetitivos como os cál-
culos matemáticos. Para isso, a informática estuda como as É o “cérebro” do computador. Tem como função buscar
informações podem ser coletadas, tratadas e comunicadas os dados para serem processados utilizando-se das instru-
da forma mais rápida, segura e precisa possível. A principal ções contidas em memória e, se necessário, salvar o resul-
máquina que auxilia a informática é o computador. tado onde as instruções indicarem.

PROCESSAMENTO DE DADOS Marcas e Modelos

O processamento de dados é um sistema com ele- As duas principais marcas de processadores são Intel
mentos coordenados e relacionados que possibilitam extrair e AMD. Os principais modelos da marca Intel são: Celeron
informações de um conjunto de dados. Por exemplo, em uma Atom, Pentium 4, Pentium Dual Core, Core 2 Duo, Core 2
eleição temos os votos de cada cidadão como os dados que Quad, Corei7, Xeon e Itanium. Os principais modelos da
marca AMD são: Sempron, Phenom, Athlon XP, Athlon 64,
serão inseridos nas urnas eletrônicas. E, após o tratamento
Athlon 64 X2, Athlon 64 FX, Turion, Opteron.
desses dados, será comunicada a informação de quais
foram os eleitos a presidente, senador e deputado federal,
Arquitetura Interna
por exemplo.
O sistema de processamento de dados é dividido em três
Os processadores são divididos em 3 partes:
partes: Hardware, Software e Peopleware.
• UC (Unidade de Controle): gerencia os demais
componentes do computador como memória princi-
Hardware pal e dispositivos de entrada e saída;
• ULA (Unidade Lógica e Aritmética): realiza ope-
É a parte física, palpável, ou seja, são os dispositivos rações de comparação com os dados (menor que,
físicos como a CPU, a placa-mãe, entre outros. maior que, igual, AND, OR) e cálculos (como soma
e multiplicação);
HENRIQUE SODRÉ

Software • Registradores: são utilizados para armazenar as


informações enquanto não estão sendo utilizadas
pela ULA. Os registradores são o tipo de memória
É a parte lógica, não palpável, ou seja, são os progra-
mais rápido do computador.
mas como o Windows, o Word, entre outros.
Os processadores, para realizarem suas funções,
necessitam de um conjunto de instruções e, com relação à
Peopleware Arquitetura de Instruções, os processadores podem ser clas-
sificados em CISC ou RISC. A arquitetura CISC (Complex
É qualquer usuário. Instructions Set Computer) é mais cara, mais lenta e possui
uma maior quantidade de instruções. A arquitetura RISC
Bits e Bytes (Reduced Instructions Set Computer) surgiu da observação
de que apenas 20% das instruções contidas na arquitetura
CISC são as mais utilizadas, ou seja, a arquitetura RISC
Nos computadores digitais, todas as informações são
surgiu como uma maneira de agilizar o funcionamento do
armazenadas na forma de bits. O bit é a menor informação
processador. A arquitetura RISC é mais barata, mais rápida
que pode ser armazenada e pode assumir dois valores: 0 ou 1. e possui uma menor quantidade de instruções. Para traba-
Para que o caractere “A” seja formado, por exemplo, é neces- lhos mais complicados, a arquitetura CISC se sai melhor.
sário o seguinte conjunto de bits: 01000001. Ou seja, para que Enquanto que, para trabalhos mais simples, a arquitetura
um caractere seja formado, são necessários 8 bits. E esse con- RISC se sai melhor. Hoje, os processadores são híbridos, ou
junto de bits constitui uma outra unidade que é o Byte. seja, são essencialmente CISC e possuem uma parte RISC.
Portanto, 1 caractere = 8 bits (b) = 1 Byte (B)
Clock
Existem os múltiplos dos bits e Bytes que serão apre-
É um dispositivo gerador de pulsos. A quantidade de
sentados na tabela a seguir:
pulsos que é gerada em cada segundo é medida em Hertz
(Hz). O processador possui clock Interno e Externo.
O conjunto de: Forma: • Clock Interno: o desempenho do processador é
4 bits 1 Nibble influenciado pela quantidade de núcleos, quanti-
dade de bits (“palavra do processador”), memória
4B 1 Word
cache, clock interno, entre outros itens. Conside-
1024B 1KB (Kilobyte) rando apenas o clock interno, quanto maior o clock
1024KB 1MB (Megabyte) interno, maior será a quantidade de informações
1024MB 1GB (Gigabyte)
processadas por segundo, ou seja, maior será a
quantidade de operações realizadas por segundo.
1024GB 1TB (Terabyte) Atualmente, o clock interno é medido em GHz.

92
• Clock Externo: quanto maior o clock externo, maior Processamento Paralelo Virtual
será a quantidade de informações trocadas por
segundo entre o processador e o chipset da placa-
Atualmente, os Sistemas Operacionais são multitarefa, ou
-mãe. Atualmente, o clock externo é medido em MHz.
seja, são capazes de executar vários programas ao mesmo
Barramento FSB x Barramento Hyper Transport tempo. Na verdade, o usuário tem a sensação de estar exe-
cutando diversos programas ao mesmo tempo, mas o que
O barramento utilizado para a troca de informações realmente ocorre é que os programas são executados em
entre os processadores da marca Intel e o chipset da placa- pequenos intervalos de tempo compartilhando o uso do pro-
-mãe é o barramento FSB (Front Side Bus ou Barramento cessador, porém, em uma velocidade impressionante.
Frontal). O barramento utilizado para a troca de informações
No final de 2002, a tecnologia HT (Hyper-Threading)
entre os processadores da marca AMD e o chipset da placa-
criada pela Intel permitiria que com apenas um único núcleo
-mãe é o barramento Hyper Transport. No FSB, a comunica-
ção ocorre somente em um sentido, ou seja, do processador fosse possível executar duas linhas de programa ao mesmo
para o chipset ou do chipset para o processador. Porém, no tempo aproveitando-se de seções ociosas do processador.
Hyper Transport, a comunicação pode ocorrer nos dois sen- O ganho com a utilização da tecnologia HT gira em torno
tidos simultaneamente. de 10 a 30%.

Quantidade de Núcleos

O aumento do desempenho dos processadores era obtido,


principalmente, com o aumento do clock interno do proces- Recurso de Execução do Processador
sador. Porém, os engenheiros já encontram certa dificuldade
para aumentar o clock interno. Para se ter uma ideia, a Intel
atingiu a marca de 3 GHz no final de 2002 e no início de 2007
ainda estava em 3,8 GHz. Além disso, o aumento do clock

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Um processador Intel com tecnologia HT pode executar duas sequências de
interno faz o processador consumir cada vez mais energia. instruções de maneira paralela, utilizando recursos não utilizados
Uma solução apresentada para o aumento do desempenho
do computador foi tentar agregar processadores.

Multiprocessamento
Figura 2: Processador de núcleo simples sem HT
Intel® Procesor with HT Technology
Na década de 90, com o objetivo de aumentar o desem-
penho dos computadores, foi utilizada uma técnica conhe- Processador de núcleo simples com HT.
cida como multiprocessamento. Essa técnica consistia em
dois processadores encaixados na placa-mãe trabalhando
Processamento Paralelo Real
em conjunto e gerenciados pelo Sistema Operacional. O mul-
tiprocessamento era utilizado principalmente em servidores.
Nos processadores de núcleo duplo, duas linhas de
programa são executadas ao mesmo tempo em núcleos
distintos apresentando um ganho de quase 100%, quando
comparado aos processadores de núcleo único.

Intel Procesor with HT Technology

Um processador Intel Dual-Core possibilita que cada sequência de instrução


possa ser processada em seu próprio núcleo de execução para que haja uma
verdadeira execução em paralelo.

Intel® Dual-Core Procesor

Processador single core com HT X Processador dual-core.

Placa-mãe para dois processadores.

93
Palavra do Processador Barramentos

É a quantidade de bits que o processador consegue São os circuitos que se localizam na placa-mãe e inter-
trabalhar de uma só vez. Atualmente existem processadores ligam os diversos componentes do computador. Os barra-
de 32 bits e processadores de 64 bits. A ideia seria a de que mentos podem ser divididos em Barramentos do Sistema e
Barramentos de Expansão.
quanto mais bits o processador trabalha por vez, maior é o
seu desempenho.
Barramentos do Sistema

Podem ser divididos em Barramentos de Dados, de


Endereços e de Controle.

• Barramentos de Dados: transfere os dados e ins-


truções dos programas que estão sendo executa-
dos. A largura do Barramento de Dados determina
a palavra que um processador pode manipular por
vez. Essa palavra é medida em bits. Por exemplo,
um processador AMD Athlon 64 consegue mani-
pular palavras de 64 bits, ou seja, o processador
consegue receber 64 bits de uma só vez para pro-
PLACA-MÃE
cessá-los. Já o Athlon XP só consegue manipular
palavras de 32 bits, ou seja, o processador conse-
gue receber 32 bits de uma só vez para processá-
-los. Portanto, quanto maior for a largura do Barra-
mento de Dados mais rápida será a execução dos
programas.
• Barramentos de Endereços: transfere os endere-
HENRIQUE SODRÉ

ços das posições de memória que serão acessadas


pela CPU. A largura do Barramento de Endereços
determina o tamanho máximo de memória principal
que o processador pode gerenciar.
• Barramentos de Controle: responsável por enviar
sinais de controle e sincronia que são emitidos da
Unidade de Controle do CPU para os demais com-
ponentes do computador.

Barramentos de Expansão

São os circuitos que ligam os componentes ao Chipset.


Existem os barramentos internos e os barramentos exter-
É a peça onde são encaixados todos os outros compo- nos. Os barramentos internos são destinados aos compo-
nentes do computador como CPU, memória RAM, placa de nentes que ficam no interior do gabinete. Os barramentos
vídeo, por exemplo. externos são destinados aos componentes que ficam no
exterior do gabinete. Para que os barramentos internos e
Chipset externos possam ser exemplificados, é necessário primeiro
conhecer o que é comunicação paralela e o que é comuni-
É o conjunto de circuitos que gerencia todo o tráfego de cação serial.
dados que passam pelos barramentos da placa-mãe. Exis-
tem dois chipsets na placa-mãe: a) Comunicação Serial X Paralela

Na comunicação serial, as informações são envia-


• Ponte Norte (Northbridge): é o chip maior. Con-
das bit a bit, ou seja, um bit de cada vez. Na comunicação
trola o tráfego das informações dos componentes
paralela, os bits percorrem caminhos paralelos entre si e
mais rápidos. Exemplos de barramentos ligados ao chegam ao destino ao mesmo tempo, ou seja, são transmi-
chipset Ponte Norte: FSB, AGP, PCIe, entre outros. tidos vários bits por vez. Portanto, a comunicação paralela
• Ponte Sul (Southbridge): é o chip menor. Controla foi criada para aumentar a velocidade de transmissão dos
o tráfego das informações dos componentes mais bits. Porém, com o alto clock atual, a comunicação paralela
lentos. Exemplos de barramentos ligados ao chip- sofre limitações de uso devido a dois fatores: interferência
set Ponte Sul: IDE, SATA, PCI, USB, PS/2, entre eletromagnética de um fio para o outro e a impossibilidade
outros. de confecção de fios de tamanhos iguais. Esses dois fato-
res levam a comunicação paralela a ter problemas de trans-

94
missão com clocks elevados. Esses problemas não ocorrem • USB (Universal Serial Bus): barramento que pode
em uma comunicação serial. Resumindo, a tendência é a de ser utilizado para conectar qualquer dispositivo. O
que a comunicação paralela seja substituída pela comuni- barramento USB utiliza comunicação serial e per-
cação serial. mite a conexão de até 127 dispositivos em uma só
porta (utilizando HUBs USB). A taxa de transmissão
b) Barramentos Internos
pode chegar a 1,5MB/s para o padrão USB 1.1 e a
60MB/s para o padrão USB 2.0.
• ISA: barramento antigo e em desuso. O barra-
mento ISA não é plug-and-play. Era utilizado para
as placas de modem, rede, som e vídeo. O barra- Slots, Portas e Socket
mento ISA utiliza comunicação paralela e a taxa de
transferência pode chegar a 16MB/s; • Slots: são os locais de encaixe na placa-mãe para
• PCI: o barramento PCI substituiu o ISA. Portanto, os componentes que ficam no interior do gabinete
passou a ser utilizado para as placas de modem, como a placa de vídeo, por exemplo. Os slots estão
rede, som e vídeo. O barramento PCI utiliza comu- ligados aos barramentos internos.
nicação paralela e a taxa de transferência pode • Portas: são os locais de encaixe na placa-mãe para
chegar a 133MB/s, além de ser plug-and-play;
os componentes que ficam fora do gabinete como
• AGP: o barramento AGP substituiu o PCI somente
a impressora, por exemplo. As portas estão ligadas
para as placas de vídeo. Utiliza comunicação para-
lela e a taxa de transferência do barramento AGP aos barramentos externos.
pode chegar a 2,1GB/s; • Socket: é o local da placa-mãe em que o processa-
• PCIe (PCI-Express): barramento que está substi- dor é encaixado.
tuindo os barramentos PCI e AGP. Existem as varia-
Cooler
ções PCI-X1, PCI-X4, PCI-X8 e PCI-X16. As mais
utilizadas são a PCI-X1 (modem, rede e som) e a
Equipamento responsável pelo resfriamento a ar do
PCI-X16 (vídeo). O barramento PCI-X utiliza comu-
processador. É o equipamento responsável por deixar a
nicação serial e a taxa de transferência do barra-

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
temperatura do processador a níveis toleráveis, pois quanto
mento PCI-X pode chegar a 250MB/s para a varia-
maior for a temperatura que o processador atingir, menor
ção PCI-X1 e a 4GB/s para a PCI-X16;
será o seu tempo de vida útil. A temperatura ideal para o
• IDE: barramento que pode ser utilizado para uni-
processador varia de acordo com marca e modelo, mas con-
dades de armazenamento (HD/CD/DVD). O barra-
sidera-se a temperatura de 25º como um valor tolerável para
mento IDE utiliza comunicação paralela e a taxa de
os processadores de um modo geral.
transmissão pode chegar a 133MB/s;
• SCSI: barramento que pode ser utilizado para uni- MEMÓRIAS
dade de armazenamento (HD/CD/DVD). O barra-
mento SCSI utiliza comunicação paralela e a taxa
Memória é qualquer componente capaz de armazenar
de transmissão pode chegar a 320MB/s;
informações. As memórias que iremos abordar são: princi-
• SATA: barramento que substituiu o IDE. O barra-
pal, secundária, cache e virtual.
mento SATA utiliza comunicação serial e a taxa de
transmissão pode chegar a 300MB/s; Memória Principal
• SERIAL SCSI: barramento que substituiu o SCSI. O
barramento SERIAL SCSI utiliza comunicação serial Existem dois tipos de memória principal: ROM e RAM.
e a taxa de transmissão pode chegar a 600MB/s.
Memória ROM (Read Only Memory)
c) Barramentos Externos
A memória ROM é uma memória gravada de fábrica
• DIN: barramento em desuso. Era utilizado pelos que contém informações básicas para o funcionamento do
teclados; computador. A memória ROM permite apenas a leitura dos
• PS/2: barramento que substituiu o DIN para o caso dados contidos nela, fica localizada na placa-mãe e é uma
dos teclados e o serial para o caso dos mouses. O memória não volátil (ou seja, funciona mesmo se o compu-
barramento PS/2 utiliza comunicação serial; tador estiver desligado). Atualmente é possível alterar as
• SERIAL: barramento utilizado para equipamentos informações contidas na ROM normalmente por processos
de baixa velocidade como o mouse. É um barra- elétricos, mas essa memória volta a ser somente de leitura
mento antigo e em desuso que utiliza comunica- após as alterações serem realizadas.
ção serial. A taxa de transferência pode chegar a
14,4KB/s; a) Conteúdo da Memória ROM
• PARALELA: barramento utilizado para equipamen-
tos de alta velocidade como impressora e scanner. • BIOS (Basic Input Output System): é a parte res-
É um barramento antigo e em desuso que utiliza ponsável por ativar o funcionamento do computa-
comunicação paralela. A taxa de transferência pode dor. A BIOS ativa o processo de BOOT (inicializa-
chegar a 1,2MB/s; ção) do computador.

95
• POST (Power On Self Test): é a parte responsá- Memória RAM (Random Access Memory)
vel por fazer um autoteste na máquina, verificando
a presença e o funcionamento dos equipamentos A memória RAM é a Memória de Acesso Aleatório. Essa
conectados. memória permite que as informações possam ser lidas, apa-
• SETUP (Configuração): é a janela que permite gadas ou gravadas, porém ela só funciona enquanto o com-
realizar certas configurações básicas para o com- putador estiver ligado, ou seja, é uma memória volátil. Por-
putador como alterar a sequência de boot, tama- tanto, as informações que se encontram apenas na RAM
nho da memória compartilhada, entre outros. As serão perdidas ao se desligar ou reiniciar o computador. O
informações de alteração realizadas pela janela do tempo de acesso às informações contidas na RAM é menor
SETUP são guardadas na CMOS. A CMOS é uma do que o do HD. A memória RAM é responsável por guardar
memória que só funciona enquanto estiver ener- algumas informações do sistema operacional e dos progra-
gizada (ou seja, é uma memória volátil) e permite mas que estão sendo executados evitando-se o acesso fre-
tanto a leitura quanto a alteração dos dados guarda- quente ao HD.
dos nela. A CMOS guarda informações de relógio-
-calendário, quantidade de memória RAM, tipo de a) Tipos de RAM
processador instalado, número e tipo de drives de
disquetes, informações sobre a quantidade e tipo • SRAM (Static Random Access Memory): é uma
de HDs instalados, parâmetros relacionados com a memória que não precisa de refresh, ou seja, não
velocidade de acesso à memória, senha de acesso precisa de que o CPU reenvie os dados constante-
à janela do SETUP, entre outras informações. Para mente a ela para que o seu conteúdo não seja per-
que o conteúdo da CMOS não seja perdido quando dido. São mais rápidas e mais complexas do que as
o computador é desligado, a CMOS é energizada por DRAM, o que as tornam mais caras. São utilizadas
uma bateria que é encaixada na própria placa-mãe. na memória cache.
• DRAM (Dynamic Random Access Memory): é
b) Tipos de ROM uma memória que precisa de refresh, ou seja, pre-
cisa de que o CPU reenvie os dados a ela constan-
• ROM (Read Only Memory): não pode ser alterada temente para que não se perca o seu conteúdo. São
HENRIQUE SODRÉ

em hipótese alguma. mais simples do que as SRAM, o que as deixam


• PROM (Programmable Read Only Memory): é mais baratas. Os principais tipos de DRAM em escala
uma das ROM mais antigas, a PROM é gravada por crescente de velocidade são: SDRAM (Synchronous
meio de fusíveis que ao serem queimados não per- Dynamic RAM), DDR-SDRAM (Double Data Rate
mitem uma regravação posterior, ou seja, os dados RAM Synchronous Dynamic RAM), DDR2-SDRAM
só poderão ser lidos. e DDR3-SDRAM.
• EPROM (Electrically Programmable Read Only
Memory): a EPROM é gravada por equipamentos b) Tipos de Encapsulamento de DRAM
especiais e todo o seu conteúdo pode ser apagado
por uma exposição contínua do chip à luz ultravio- • DIP (Dual In-line Package): encapsulamento antigo.
leta por alguns minutos. Após a exposição, a memó- Os chips de RAM tinham que ser encaixados na placa-
ria EPROM poderá ser gravada novamente. Tanto -mãe e corria-se o risco de os pinos do chip entortarem.
para gravação quanto para apagar o seu conteúdo,
o chip de memória EPROM deve ser retirado do cir-
cuito.
• EEPROM (Electrically Erasable Programma-
ble Read Only Memory): o conteúdo da memória
EEPROM pode ser apagado aplicando-se um certo
valor de voltagem em seus pinos de programação.
A EEPROM apresenta a vantagem de que seu chip
não precisa ser retirado do circuito para apagar o
• SIPP (Single In-Line Pin Package): encapsula-
seu conteúdo e também para que sejam gravados
mento antigo. Com esse tipo de encapsulamento
os dados. Esta memória é apagada byte a byte (um
surgiram os primeiros módulos de memória. Com
por vez).
o SIPP ainda havia o problema de pinos entortando
• FLASH-ROM ou FEPROM (Flash Erasable Pro-
no momento do encaixe na placa-mãe.
grammable Read Only Memory): o conteúdo da
memória FEPROM pode ser apagado e gravado
várias vezes. A FLASH ROM apresenta a vantagem
de permitir que vários bytes sejam apagados ao
mesmo tempo.

96
• SIMM (Single In-Line Module Memory): encap- computador, uma vez que a distribuição dos dados
sulamento antigo. Os primeiros módulos de memó- entre os discos proporciona grande velocidade na
ria com encapsulamento SIMM possuíam 30 pinos gravação e leitura de informações.
e eram capazes de fornecer 32 bits de dados. Os
mais recentes possuíam 72 pinos. Eram instalados
aos pares.

• DIMM: encapsulamento em uso. Os módulos de


memória com encapsulamento DIMM possuem
atualmente 240 pinos e são capazes de fornecer • RAID 1: também conhecido como Espelhamento.
64 bits de dados. Não há a necessidade de serem O RAID 1 funciona adicionando HDs paralelos aos
instalados aos pares. HDs principais existentes no computador. Assim,
se um computador possui 2 discos, pode-se aplicar
mais um HD para cada um, totalizando 4. Os discos
que foram adicionados trabalham como um espe-
lho dos outros dois. Daí o nome de “espelhamento”,
pois um HD passa a ser uma cópia praticamente
idêntica do outro. Dessa forma, se um dos HDs
apresentar falha, o outro imediatamente pode assu-

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
mir a operação e continuar a disponibilizar as infor-
Memória Secundária (auxiliar ou de massa) mações. A consequência nesse caso, é que a gra-
vação de dados é mais lenta, pois é realizada duas
A Memória Secundária é responsável por armazenar vezes. No entanto, a leitura dessas informações é
as informações mesmo quando o computador está desli- mais rápida, pois é possível acessar duas fontes.
gado, ou seja, é uma memória não volátil. Por esta razão, uma aplicação muito comum do
RAID 1 é seu uso em servidores de arquivos.
Disco Rígido

Os Discos Rígidos podem ser chamados também de


Hard Disks ou Winchesters. São formados por discos con-
cêntricos que armazenam as informações por magnetismo.
Os discos são divididos fisicamente em trilhas e estas são
formadas por setores. A velocidade com que esses discos
giram é medida em rpm (rotações por minuto). Atualmente, a
velocidade de giro é de 7200rpm e pode chegar a 10000rpm.
Os HDs possuem uma interface de controle para que as
informações possam sair do HD e serem transmitidas para a
placa-mãe. Essas interfaces são IDE, SCSI, SATA e SERIAL
SCSI. A explicação de cada uma delas está no tópico sobre
barramentos internos. A capacidade dos HDs atualmente é
de 120GB a 1TB. A tecnologia que permite ampliar os recur-
sos dos HDs, combinando vários deles, é chamada de RAID • RAID 0+1: o RAID 0 + 1 é uma combinação dos
(Redundant Array of Inexpensive Disks). níveis 0 (Fracionamento) e 1 (Espelhamento), no
qual os dados são divididos entre os discos para
• RAID 0: também conhecido como Fracionamento. melhorar o rendimento, mas também utilizam outros
Os dados são divididos em pequenos segmentos discos para duplicar as informações. Assim, é pos-
sível utilizar o bom rendimento do nível 0 com a
e distribuídos entre os discos. O RAID 0 não ofe-
redundância do nível 1. No entanto, é necessário
rece tolerância a falhas, pois não existe redundân-
pelo menos 4 discos para montar um RAID desse
cia. Isso significa que uma falha em qualquer um
tipo. Tais características fazem do RAID 0 + 1 o mais
dos HDs pode ocasionar perda de informações. O
rápido e seguro, porém o mais caro de ser implan-
RAID 0 é usado para melhorar a performance do tado. A ilustração abaixo ilustra este tipo de RAID:

97
Blu-ray

O Blu-ray é o sucessor do DVD. Devido à sua capaci-


dade, o DVD não consegue armazenar filmes em alta defi-
nição. O Blu-ray consegue armazenar filmes em alta defi-
nição para serem vistos em televisores com tecnologia HD
ou FULL HD. A capacidade do Blu-ray pode variar de 25GB
a 1TB. O Blu-ray também pode ser utilizado para armazenar
dados.

Memória Cache

Disquete A Memória Cache é uma memória feita de SRAM, ou


seja, é uma memória muito rápida e cara. Atualmente,
todos os processadores já possuem uma pequena quan-
Os Discos Flexíveis de 3 ½ polegadas (ou simples- tidade de memória cache que pode variar de 512KB a 4MB
mente disquetes) podem ser chamados de Floppy Disks dependendo do modelo. A memória RAM guarda as informa-
(em inglês). São formados por um disco flexível que arma- ções mais utilizadas pelo processador na memória cache.
zena as informações por magnetismo. Como nos HDs, Existem dois níveis principais de cache: L1 e L2. A Cache
esse disco é formado por trilhas e estas são formadas L1 fica localizada dentro do processador e é mais rápida e
por setores. A capacidade de um disquete é de 1,44MB e menor do que a L2. A L1 trabalha no mesmo ritmo da CPU. A
possui uma trava de proteção que é ideal para proteger Cache L2 inicialmente ficava localizada fora do processador,
informações de backup. Devido à baixa capacidade de mas atualmente já se encontra no interior da CPU. A L2 é
armazenamento, os disquetes estão em desuso. mais lenta e maior do que a L1. A L2 trabalha no mesmo
ritmo da placa-mãe. Ao buscar uma informação na cache, se
CD (Compact Disc) e DVD (Digital Versatile Disc) ela for encontrada há cache hit. Porém, se a informação não
HENRIQUE SODRÉ

é encontrada na memória cache há cache miss.

Os CDs e os DVDs armazenam as informações por pro-


cessos ópticos envolvendo o laser. A capacidade de um CD Memória Virtual
normalmente é de 700MB e a de um DVD é de 4,7GB para
os de camada simples e de 8,5GB para os de camada dupla. Quando a quantidade de Memória RAM é insuficiente
Podem ser divididos em: para a quantidade de programas que estão sendo executa-
dos, o computador utiliza a Memória Virtual. A Memória Vir-
• CD-ROM / DVD-ROM: são as mídias que já vêm tual é criada no HD e é gerenciada pelo Sistema Operacio-
gravadas de fábrica com as informações. Permitem nal. A memória virtual é mais lenta do que a RAM, pois fica
apenas a leitura dos dados; localizada no HD. Quando a memória virtual está sendo uti-
• CD-R / DVD-R: o R vem de Recordable, ou seja, são lizada é possível visualizar uma lâmpada (LED) que geral-
as mídias que podem ser gravadas. Podem ser cha- mente fica na parte frontal do gabinete com a descrição HDD
madas também de WORM (Write Once, Read Many, (Hard Disk Density) piscando com uma frequência muito alta.
ou seja, gravar uma vez, ler várias); Essa lâmpada piscando indica que o HD está sendo aces-
• CD-RW / DVD-RW: o RW vem de ReWritable, ou sado com muita frequência. E como o acesso ao HD é lento,
seja, são as mídias que podem ser gravadas e o desempenho do computador diminui. Para computadores
também apagadas; que frequentemente utilizam o recurso da Memória Virtual, é
interessante que seja realizado um upgrade na máquina. No
• DVD-DL: o DL vem de Dual Layer, ou seja, são as
caso, aumentar a memória RAM do computador.
mídias de DVD que podem ser gravadas nas duas
camadas. Essas mídias precisam de uma gravadora
de DVD específica. DISPOSITIVOS

Pen-Drive e Cartões de Memória Os dispositivos recebem também o nome de periféricos.


Os principais dispositivos de entrada são: teclado, mouse,
scanner, leitora de CD, leitora de DVD, microfone, joystick
Os Pen-Drives e Cartões de Memória utilizam memória
e máquina digital. Os principais dispositivos de saída são:
FLASH para armazenar as informações. A memória FLASH
monitor, caixa de som e impressora. Os principais disposi-
é muito resistente, o que favorece o manuseio e a portabili-
tivos de entrada e saída são: multifuncional (impressora e
dade dos Pen-Drives e Cartões de Memória. Os tipos de
scanner), monitor touch screen, drive de disquete, gravadora
Cartões de Memória mais conhecidos são: XD, SD, MMC e
de CD, gravadora de DVD e placa de fax-modem.
Memory Stick.

98
Impressora Drive de CD/DVD

As impressoras são divididas em impressoras de De antemão, é necessário tomar cuidado com a dife-
impacto (matricial) e as de não impacto (térmica, jato de tinta, rença entre drive e driver. Quando uma impressora é conec-
laser e plotter). As de impacto utilizam um sistema parecido tada ao computador, devido a uma tecnologia conhecida
com os da máquina de escrever. A matricial, por exemplo, uti- como Plug-And-Play, o computador reconhece que há um
novo hardware conectado e solicita a instalação do conjunto
liza um sistema de agulhas que pode ser acionado para que
de DRIVERS (com R) para que o dispositivo possa funcio-
o caractere seja impresso. Nas impressoras de não impacto
nar adequadamente. Portanto, DRIVERS são arquivos que
o procedimento é bem diferente. No caso da impressora jato
fazem o computador trocar informações com o dispositivo.
de tinta, um cartucho de tinta libera gotas de tintas para a
Agora, DRIVE (sem R) é um dispositivo, ou seja, é um har-
impressão de imagens e caracteres. No caso da impressora
dware. Nos drives de CD/DVD a velocidade é representada
térmica, um sistema aquecedor chamado cabeça térmica de
por X que equivale a uma taxa de transferência de 150KB/s
impressão é responsável por aquecer um papel sensível à
para o CD e de 1350 KB/s para o DVD. Portanto, uma leitora
temperatura para que os caracteres sejam visualizados. Na
de CD que lê os dados a 8X tem uma taxa de transferên-
impressora laser, uma espécie de pó (tonner) gruda no papel
cia total de 8*150KB/s, ou seja, 1200KB/s. Convém lembrar
em uma temperatura alta após o pó ser “espalhado” por um que X é a taxa com que é lido um CD de áudio (música). A
processo eletromagnético. As impressoras plotter são utiliza- gravadora de CD apresenta três velocidades, por exemplo:
das para imagens de altíssima precisão como circuitos ele- 16X10X40X. Na sequência, velocidade máxima de gravação
trônicos, plantas hidráulicas etc. A resolução da impressora para mídias graváveis, velocidade máxima de gravação para
é medida em DPI (Dot Per Inch), que quer dizer Pontos Por mídias regraváveis e, por último, velocidade máxima para lei-
Polegada. A velocidade de impressão pode ser medida em tura tanto de uma mídia gravável, quanto para uma mídia
CPS (Caracteres Por Segundo), LPM (Linhas Por Minuto) ou regravável. A unidade que é gravadora de CD e leitora de
PPM (Páginas Por Minuto). DVD é chamada de unidade combinada ou simplesmente
COMBO.

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Scanner
Placas
É um dispositivo de entrada de dados que é utilizado
para digitalizar imagens. A resolução do Scanner também é As Placas podem ser classificadas em placas ON-
dada em DPI (Pontos Por Polegada). São tipos de Scanner: -BOARD ou OFF-BOARD. Esses termos são utilizados prin-
Scanner de Mesa e Scanner de Mão. cipalmente para as placas de fax-modem, rede, som e vídeo.
Diz-se que uma placa é ON-BOARD quando está grudada na
placa-mãe, ou seja, quando a placa e a placa-mãe formam
Monitor
uma só peça. Diz-se que uma placa é OFF-BOARD quando
esta é uma peça separada da placa-mãe.
É um dispositivo de saída de dados que pode ser mono-
cromático (uma só cor) ou colorido (várias cores). A resolução Placa de Fax-Modem
do monitor é dada em Pixels, que são os pontos que formam
a imagem. Quanto maior a quantidade de Pixels, melhor será Como os computadores utilizam sinais digitais e as fiações
a imagem visualizada no monitor. Com relação à resolução, telefônicas convencionais utilizam sinais analógicos, é neces-
os monitores podem seguir o padrão VGA (640x480), SVGA sário que um dispositivo transforme o sinal de digital para ana-
(800x600) ou XGA (1024x768). Existem 2 tipos principais de lógico (técnica chamada de Modulação) e vice-versa (técnica
monitores: CRT e LCD. Os monitores de CRT (Tubo de Raio chamada de Demodulação). O modem é justamente o equi-
Catódico) são os monitores grandes e que utilizam peque- pamento de comunicação que faz essa conversão. A taxa de
nos pontos de fósforos, localizados na tela, que emitem luz transmissão atual para o modem é de 56,6Kbps.
quando são atingidos por elétrons desviados por um canhão
eletromagnético. Os monitores de LCD (Display de Cristal Placa de Vídeo
Líquido) são os monitores fininhos e que utilizam as proprie-
dades do cristal para a emissão de luz. A distância entre dois As Placas de Vídeo são responsáveis por passar as
pixels em um monitor CRT é denominada DOT PITCH. A dis- informações para o monitor. Atualmente, as placas de vídeo
tância entre dois pixels em um monitor LCD é denominada OFF-BOARDs possuem processador próprio e memória pró-
PIXEL PITCH. Quanto maior for o DOT PITCH e o PIXEL pria o que acarreta em melhor desempenho quando com-
PITCH, pior será a imagem visualizada no monitor. Convém paradas às ON-BOARDs, porém a um custo (preço) maior.
ainda ressaltar a existência de monitores que são de entrada Já as placas ON-BOARDs não possuem processador próprio
e saída como os monitores TOUCH SCREEN. Estes monito- e nem memória própria o que acarreta em menor desem-
res são sensíveis ao toque no display como os monitores que penho quando comparadas às OFF-BOARDs, porém a um
são utilizados em alguns terminais de consulta em livrarias e custo menor. As placas ON-BOARDs utilizam a própria CPU
terminais eletrônicos de bancos. do computador para processar as informações de imagens e
utilizam uma memória chamada de compartilhada. Memória

99
compartilhada é uma parte da memória RAM que fica desti- o buffer recebe menos dados do que está preparado para
nada ao uso da placa de vídeo. O tamanho da memória com- armazenar. Exemplos de utilização de buffer: compatibiliza-
partilhada pode ser definido pela janela do SETUP. ção da velocidade com que os dados podem ser enviados à
impressora e a velocidade com que podem ser impressos;
Placa de Som compatibilização da velocidade com que os dados podem
ser enviados à gravadora de CD e a velocidade com que
A placa de som é responsável por transformar o sinal podem ser gravados; compatibilização da velocidade com
digital em som (analógico) e vice-versa. que os dados de um vídeo na Internet podem ser enviados
ao computador e a velocidade com que podem ser visuali-
OUTROS COMPONENTES
zados pelo player.
Estabilizador
Dual Channel
O Estabilizador não é um equipamento obrigatório. Um
computador pode funcionar perfeitamente sem um estabili- É a tecnologia que permite o acesso a dois módulos de
zador. A função do estabilizador é estabilizar a tensão que é memória RAM de forma simultânea, mas utilizando-se de
fornecida ao computador para que o computador possa durar barramentos distintos para cada módulo para o tráfego das
mais tempo. Ou seja, um computador que não utiliza estabili- informações. Essa tecnologia só é encontrada em placas-
zador terá um tempo de vida-útil menor do que um que use. -mãe mais modernas e é gerenciada pelo CHIPSET.

No-Break Processo de Boot (inicialização)

Picos de energia ou mesmo a falta de energia pode Ao se ligar o micro, a BIOS é ativada e lê o conteúdo
levar a perda de dados preciosos que ainda não foram guar- da CMOS. Por meio da POST, a BIOS verifica a presença
dados em um HD, por exemplo. O No-Break tem a função de dos equipamentos descritos na CMOS. A BIOS procura pelo
manter o fornecimento de energia ao computador no caso Sistema Operacional e o carrega na Memória RAM. A pro-
de uma falha na distribuição. Com isso, ele permite ao usuá- cura pelo Sistema Operacional é definida pela sequência
HENRIQUE SODRÉ

rio uma sobrevida no caso de falta de energia, por exemplo, de boot. Por exemplo, pela janela do SETUP é possível defi-
para que o usuário possa salvar o documento. nir como sequência de boot a procura por um Sistema Ope-
racional em um Disquete, mas caso não se encontre, em
seguida, se procure no HD. Ou definir como sequência de
Filtro de Linha
boot a procura por um Sistema Operacional em um CD, mas
caso não se encontre, em seguida, se procure no HD.
Possui um fusível que interrompe o fornecimento de
energia caso passe por ele uma corrente superior à máxima,
Preparação para Recebimento de Dados (HD)
que é de 7A para tensões de 220V. Ou seja, a função do filtro
de linha é proteger os equipamentos para que não recebam
Após o HD ser instalado fisicamente (cabos), é neces-
uma corrente maior do que o limite suportado.
sário que o HD seja particionado. Particionamento é a téc-
nica que permite mostrar ao HD como o seu espaço total
Gabinete ou Torre
deverá ser dividido. Ou seja, um HD de 80GB pode ser parti-
cionado em uma única unidade (C:) com todo o seu tamanho
Gabinete é uma caixa metálica onde são colocados (80GB) ou pode ser particionado em duas unidades diferen-
componentes como placa-mãe, fonte de alimentação, entre tes e independentes (C: e D:) uma de 50GB e a outra de
outros. Nos gabinetes, os locais onde são encaixados os 30GB, chamadas de partições. As partições para receberem
drives de CD e DVD são chamados de baias. Convém lem- os dados devem ser formatadas. Formatação é o processo
brar que Gabinete não é CPU. CPU (Unidade Central de de preparar uma partição para ser utilizada. Na formatação
Processamento) é o processador. é estabelecido um sistema de arquivos.

CONCEITOS DIVERSOS IMPORTANTES Sistema de Arquivos

Buffer Um Sistema de Arquivos é um conjunto de regras que


determina como os dados serão escritos em uma partição
Os buffers são utilizados quando existe uma diferença (ou disco). Os principais Sistemas de arquivos são o FAT32 e
entre a taxa em que os dados são recebidos e a taxa em que o NTFS. O NTFS é um sistema de arquivos mais recente do
eles podem ser utilizados, ou no caso em que essas taxas que o FAT32 e apresenta algumas vantagens com relação ao
são variáveis. Os buffers podem ser implementados em sof- FAT32, por exemplo: segurança (permite que dados de um
tware ou hardware, mas a maioria deles é implementada em usuário somente sejam acessados pelo usuário), criptogra-
software. O tamanho do buffer pode variar dependendo do fia (permite proteger o acesso a pastas com conteúdo não
tipo e quantidade de dados que ele irá armazenar. Ocorre autorizado), compactação (permite compactar dados em um
buffer overflow quando o buffer recebe mais dados do que disco) e cota de disco (permite que o administrador possa
está preparado para armazenar e buffer underrun quando restringir o espaço disponível da partição para cada usuário).

100
Dual Boot MICROSOFT OFFICE 2010

Quando dois Sistemas Operacionais são ins- WORD 2010


talados em um mesmo HD, o computador dá a pos-
sibilidade ao usuário de escolher qual deverá ser
inicializado durante o processo de boot (inicialização) do com-
putador. Por exemplo, escolher se o computador deverá car-
regar o Sistema Operacional Windows ou carregar o Sistema
Operacional Linux.

SOFTWARE

TIPOS DE SOFTWARES

• Sistema Operacionai: é o intermediário entre o


usuário e a máquina permitindo um acesso às suas
funções com maior facilidade. Exemplos: Windows,
Linux, MS-DOS, OS/2.
• Aplicativos: são programas utilizados para desen- FAIXA DE OPÇÕES
volver tarefas úteis do dia a dia dos usuários.
Exemplos: Editores de Texto, Planilhas Eletrônicas,
Banco de Dados.
• Utilitários: são programas destinados a facilitar e
agilizar a execução de certas tarefas do computa-
dor. Exemplos: Desfragmentador, Scandisk.
• Firmware: trata-se de um software que controla o
GUIA ARQUIVO

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
hardware diretamente. É armazenado permanente-
mente em um chip de memória de hardware, como
uma ROM ou EPROM.
1. (Salvar): se o arquivo ainda não foi salvo, abre
PRINCIPAIS EXTENSÕES a janela Salvar como. Se o arquivo já existe, salva o
arquivo ativo com o mesmo nome, local e formato do
Áudio: WAV; MP3; MID; WMA.
arquivo atual.
Vídeo: MPEG; AVI; WMV.
Word: DOC.
Excel: XLS. 2. (Salvar como): abre a caixa de diálogo “Salvar
Powerpoint: PPT. como”, que permite escolher o nome do arquivo, tipo
Winzip: ZIP. e local. Entre os formatos, o usuário poderá salvar o
Página da Web: HTM; HTML.
arquivo como Documento do Word (docx), Documento
Executável: EXE.
do Word Habilitado para Macro (docm), Modelo do
Texto: TXT.
Imagem: BMP; TIF; GIF; JPG; JPEG. Word (dotx), Modelo do Word Habilitado para Macro
Acrobat Reader: PDF. (dotm), Documento do Word 97-2003 (doc), pdf, xps,
odt, Página da Web (htm), Rich Text Format (rtf), texto
FERRAMENTAS DA INFORMÁTICA sem formatação (txt), xml, entre outros formatos. Na
janela Salvar como, por meio do botão Ferramen-
• Processadores de Texto: manuseia e formata
textos. Exemplo: Word, Wordpad e Bloco de Notas. tas em Opções Gerais, o usuário poderá salvar um
• Planilhas Eletrônicas: cria tabelas e/ou gráficos. arquivo com uma senha de proteção (senha para abrir
Exemplo: Excel. o arquivo) ou para salvar com uma senha de gravação
• Banco de Dados: armazena, localiza e manipula (senha para proteger um arquivo de modo que outros
informações. Exemplo: Access. usuários não possam alterar o seu conteúdo, ou seja,
• Software de Apresentação: cria slides e apresen-
não possam gravar no arquivo). Caso o usuário tenha
tações. Exemplo: PowerPoint.
• Navegadores: navega na Internet. Exemplo: Internet a senha de proteção, mas não tenha senha de grava-
Explorer, Netscape Navigator e Mozilla. ção, o documento será aberto como apenas leitura. Um
• Correio Eletrônico: envia e recebe mensagens. arquivo com tais senhas poderá ser excluído.
Exemplo: Outlook.
• Software de Tratamento de Imagens: cria e manu- 3. (Abrir): permite abrir um arquivo que já existe.
seia imagens. Exemplo: Paint e Photoshop.
• OCR: converte imagens digitalizadas em textos 4. (Fechar): permite fechar o documento.
digitáveis. Exemplo: FineReader.
5. (Informações): exibe os seguintes itens:

101
9. (Salvar e enviar):
HENRIQUE SODRÉ

10. (Ajuda): permite acessar o ajuda do Office.

11. (Opções): permite alterar as opções populares no


Word, alterar a maneira como o documento do Word é
exibido e impresso, alterar a maneira como o Word cor-
rige e formata o texto, personalizar a maneira como os
6. (Recente): exibe os arquivos recentemente abertos. documentos são salvos, entre outras configurações.
7. (Novo): permite criar um novo documento em branco. 12. (Sair do Word): fecha o programa depois de per-
guntar se o usuário deseja salvar os arquivos caso o
8. (Imprimir): permite imprimir o documento e rea- arquivo não esteja salvo.
lizar configurações de impressão.
GUIA PÁGINA INICIAL

1. Grupo Área de Transferência:

1.1 (Colar): cola conteúdo da área de


transferência. Permite colar, colar especial ou colar
como hiperlink.
1.2 (Recortar): remove a seleção do documento
ativo e o coloca na Área de transferência.
1.3 (Copiar): copia a seleção para a Área de
transferência.
1.4 (Pincel): copia o formato de um objeto ou tex-
to selecionado e o aplica ao objeto ou texto clicado.

102
Para copiar a formatação para mais de um item,
clique duas vezes no botão Pincel e, em seguida, 2.13 (Efeitos de Texto): aplica um efeito visual ao
clique em cada item que desejar formatar. Ao termi- texto selecionado, como sombra, brilho ou reflexo.
nar pressione ESC para desativar o Pincel. Esta opção não aparece, por padrão, no Office 2007.
1.5 Área de Transferência : mostra o painel de tare-
fas com o conteúdo da Área de Transferência do Office. 2.16 (Cor do Realce do Texto): marca o texto de
forma que ele fique realçado e se destaque do texto
ao seu redor. Para alterar a cor de realce, basta
2. Grupo Fonte: clicar na seta ao lado do botão e na cor desejada.

2.1 (Fonte): altera a fonte do 2.17 (Cor da Fonte): formata o texto selecionado
texto e números selecionados. com a cor em que o usuário clicar.

2.18 Fonte : altera os formatos de espaçamentos de


2.2 (Tamanho da Fonte): altera o tama- caractere e fonte do texto selecionado. É utilizado para
nho do texto e dos números selecionados. formatar o tipo, o tamanho, a cor e o estilo da fonte. Per-
mite também aplicar estilo e cor de sublinhado e efeitos:
2.3 (Aumentar Fonte): aumenta o tamanho da tachado, sobrescrito, subscrito, relevo, versalete, todas
fonte de acordo com a sequência que aparece na maiúsculas e oculto, entre outras opções.
lista do Tamanho da Fonte.
3. Grupo Parágrafo:

2.4 (Diminuir Fonte): diminui o tamanho da fonte


de acordo com a sequência que aparece na lista do 3.1 (Marcadores): adiciona ou remove marcado-
Tamanho da Fonte. res de parágrafos selecionados. A seta ao lado do
botão Marcadores permite escolher diferentes esti-
2.5 (Limpar Formatação): limpa toda a formata- los de marcador.
ção da seleção, deixando o texto sem formatação.

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
3.2 (Numeração): adiciona ou remove numera-
ção de parágrafos selecionados. A seta ao lado do
2.6 (Negrito): aplica negrito ao texto e aos núme- botão Numeração permite escolher diferentes esti-
ros selecionados. Se a seleção já estiver em negri- los de numeração.
to e o usuário clicar em Negrito, essa formatação
será removida. 3.3 (Lista de Vários Níveis): adiciona ou remove
lista de vários níveis. A seta ao lado do botão Lista
2.7 (Itálico): aplica itálico ao texto e aos números de Vários Níveis permite escolher diferentes estilos
selecionados. Se a seleção já estiver em itálico e de lista de vários níveis.
o usuário clicar no botão Itálico, essa formatação
será removida. 3.4 (Diminuir Recuo): diminui o recuo dos pará-
grafos selecionados, lembrando que recuo é a dis-
2.8 (Sublinhado): sublinha o texto e números tância do texto à margem. Ao se diminuir o recuo, o
selecionados. Se a seleção já estiver sublinhada, parágrafo se aproximará da margem esquerda.
basta clicar em Sublinhado para desativar essa
formatação. A seta ao lado do sublinhado permite 3.5 (Aumentar Recuo): aumenta o recuo dos pa-
escolher estilo e cor do sublinhado. rágrafos selecionados, lembrando que recuo é a dis-
tância do texto à margem. Ao se aumentar o recuo, o
parágrafo se distanciará da margem esquerda.
2.9 (Tachado): traça uma linha sobre o texto se-
lecionado. 3.6 (Classificar): coloca o texto, número ou data
em ordem crescente ou decrescente.
2.10 (Subscrito): coloca o texto selecionado abai-
xo da linha de base e diminui o tamanho da fonte, 3.7 (Mostrar Tudo): exibe ou oculta caracteres
se houver um tamanho menor disponível. não-imprimíveis como caracteres de tabulação,
marcas de parágrafo e texto oculto.
2.11 (Sobrescrito): coloca o texto selecionado aci-
ma da linha de base e diminui o tamanho da fonte, 3.8 (Alinhar Texto à Esquerda): alinha o texto,
se houver um tamanho menor disponível. os números ou objetos em linha selecionados à es-
querda, com uma margem direita irregular.
2.12 (Maiúsculas e Minúsculas): altera todo o 3.9 (Centralizar): centraliza o texto, os números
texto selecionado para MAIÚSCULAS, minúsculas ou objetos em linha selecionados.
ou outros usos comuns de maiúsculas/minúsculas
como colocar Primeira letra da sentença em mai-
3.10 (Alinhar Texto à Direita): alinha o texto, os
úscula, Colocar Cada Palavra em Maiúscula e aL-
números ou objetos em linha selecionados à direi-
TERNAR mAIÚSC./mINÚSC.
ta, com uma margem esquerda irregular.

103
GUIA INSERIR
3.11 (Justificar): alinha os parágrafos selecionados
às margens ou recuos direito e esquerdo.
1. Grupo Páginas:
3.12 (Espaçamento Entre Linhas): altera o
espaçamento entre linhas de texto. A seta ao lado
do botão Espaçamento Entre Linhas permite definir 1.1 (Folha de Rosto): permite inserir uma folha de
o valor do espaçamento entre linhas e do espaço rosto completamente formatada. Folhas de rosto
adicionado antes e depois dos parágrafos. sempre são inseridas no começo de um documen-
to, independentemente de onde o cursor apareça
3.13 (Sombreamento): permite colorir o plano de no documento.
fundo atrás do texto ou parágrafo selecionado.
1.2 (Página em Branco): insere uma nova página
3.14 (Bordas): adiciona ou remove uma borda ao em branco na posição do cursor.
redor do texto, parágrafos, células, figuras ou outros
objetos selecionados. A seta ao lado do botão Bordas 1.3 (Quebra de Página): passa o conteúdo do
permite exibir/ocultar as linhas de grade e acessar a cursor para frente para a próxima página.
caixa de diálogo Bordas e Sombreamento.
3.15 Parágrafo : apresenta duas guias: Recuos e es- 2. Grupo Tabelas:
paçamento e Quebras de linha e de página. Em Re-
cuos e espaçamento é possível definir alinhamento,
nível do tópico, recuos (esquerdo, direito e especial) e 2.1 (Tabela): permite inserir ou traçar uma tabe-
espaçamento (antes, depois e entre linhas). Em Que- la no documento, converter texto em tabela, inserir
bras de linha e de página é possível utilizar opções uma planilha do Excel e inserir tabelas rápidas.
como Controle de linhas órfãs/viúvas, Manter com o
próximo, Manter linhas juntas, Quebrar página antes,
3. Grupo Ilustrações:
Suprimir número de linhas e Não hifenizar.

4. Grupo Estilo:
HENRIQUE SODRÉ

3.1 (Imagem): insere uma imagem de um arqui-


vo.
4.1 (Galeria de Estilos):
permite escolher um estilo para a formatação 3.2 (Clip-art): insere um clip-art no documento,
de títulos, citações e outros textos. Estilo é um incluindo desenhos, filmes, sons ou fotos.
conjunto de formatação que é aplicado em um
trecho de documento selecionado. 3.3 (Formas): insere formas prontas, como retân-
gulos e círculos, setas, linhas, símbolos de fluxogra-
4.2 (Alterar Estilos): permite alterar o conjunto de ma e textos explicativos.
estilos, cores e fonte usado em um documento.
4.3 Estilo : exibe a janela Estilos que permite criar, 3.4 (SmarArt): insere um elemento gráfico Smar-
modificar ou excluir um estilo. tArt para comunicar informações visualmente. Os
elementos gráficos SmartArt variam desde listas
5. Grupo Edição: gráficas e diagramas de processos até gráficos
mais complexos, como diagramas de Venn e orga-
nogramas.
5.1 (Localizar): localiza um texto ou formatação espe-
cífica. Permite localizar as ocorrências de uma palavra 3.5 (Gráfico): insere um gráfico (barra, pizza, li-
no documento, por exemplo. A seta ao lado do botão nha, área ou superfície, por exemplo) para ilustrar e
Localizar permite acessar a opção Ir para. A opção Ir comparar dados.
para permite navegar para um ponto específico do do-
cumento. Dependendo do tipo de documento o usu- 3.6 (Instantâneo): insere uma imagem de qualquer
ário poderá navegar para um número de página, um programa que não esteja minimizado na barra de tarefas.
número de linha, uma nota de rodapé, uma tabela, um Esta opção não aparece, por padrão, no Office 2007.
comentário ou outro objeto específico.
4. Grupo Links:
5.2 (Substituir): pesquisa e substitui texto e
formatação específicos. Permite substituir uma
palavra por outra em uma única ocorrência ou em
4.1 (Hiperlink): cria um link para uma página da
todas as ocorrências, por exemplo.
Web, um email, um arquivo ou outro local do próprio
5.3 (Selecionar): permite selecionar texto ou obje- documento. Para seguir o link é necessário manter
to no documento. A seta ao lado do botão Selecio- pressionado o Ctrl antes de clicar o link.
nar exibe as opções Selecionar Tudo, Selecionar
Objetos e Selecionar texto com formatação seme- 4.2 (Indicador): cria um indicador para atribuir um
lhante. A opção Selecionar Objetos permite a sele- nome a um ponto específico em um documento.
ção dos objetos posicionados atrás do texto.

104
7. Grupo Símbolos:
4.3 (Referência Cruzada): insere uma Referência
Cruzada. Uma referência cruzada refere-se a um
item que aparece em outro local de um documen- 7.1 (Equação): permite inserir equações matemá-
to — por exemplo, “Consulte a Figura 1”. Você pode ticas ou que o usuário possa desenvolver suas pró-
criar referências cruzadas para títulos, notas de ro- prias equações usando uma biblioteca de símbolos
dapé, indicadores, legendas e parágrafos numera-
matemáticos.
dos.
7.2 (Símbolo): insere símbolos que não constam
5. Grupo Cabeçalho e Rodapé: do teclado, como símbolos de copyright, símbolos
de marca registrada e marcas de parágrafo, por
exemplo.
5.1 (Cabeçalho): insere, edita ou exclui cabeça- GUIA LAYOUT DA PÁGINA
lho.
1. Grupo Temas:
5.2 (Rodapé): insere, edita ou exclui rodapé.

5.3 (Número de Página): insere, formata ou remo-


ve número de página.
1.1 (Temas): aplica um tema. Um tema de
documento é um conjunto de opções de formatação
6. Grupo Texto: que inclui um conjunto de cores, um conjunto de
fontes (incluindo fontes do texto do cabeçalho e do
corpo) e um conjunto de efeitos (incluindo efeitos de
linha e preenchimento).
6.1 (Caixa de Texto): insere caixas de texto
pré-formatadas.

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
1.2 (Cores do Tema): altera as cores do tema atual.
6.2 (Partes Rápidas): insere trechos de conteú-
do reutilizável, incluindo campos, propriedades de 1.3 (Fontes do Tema): altera as fontes do tema atual.
documento como título e autor ou quaisquer frag-
mentos de texto pré-formatado criado pelo usuário. 1.4 (Efeitos do Tema): altera os efeitos do tema atual.
A seta ao lado do botão Partes Rápidas permite
acessar a opção Campo. 2. Grupo Configurar Página:

6.3 (WordArt): insere um texto decorativo no do-


cumento.
2.1 (Margens): define os tamanhos de margem do
6.4 (Letra Capitular): formata uma carta, palavra documento inteiro ou da seção atual.
ou texto selecionado com a primeira letra maiúscula
grande, em destaque. Tradicionalmente, uma “capi- 2.2 (Orientação): define a orientação da página
tular” é a primeira letra ou palavra de um parágrafo (retrato ou paisagem).
e pode aparecer na margem esquerda ou um pouco
abaixo da linha de base da primeira linha do pará- 2.3 (Tamanho): aplica um tamanho de papel para
grafo. a seção atual.

6.5 (Linha de Assinatura): insere uma linha de 2.4 (Colunas): divide o texto em duas ou mais colunas.
assinatura que especifica a pessoa que deve assi-
nar. 2.5 (Quebras): insere uma Quebra de Página, uma
Quebra de Coluna, uma Quebra Automática de Texto
6.6 (Data e Hora): adiciona a data e a hora a uma ou uma Quebra de Seção. A Quebra de Página marca
página individual usando o formato escolhido. Se o o ponto em que uma página termina e a outra página
usuário desejar adicionar a data e a hora a todas começa. A Quebra de Coluna indica que o texto após
as páginas, basta utilizar o comando Cabeçalho e a quebra de coluna será iniciado na coluna seguinte.
rodapé. A Quebra Automática de Texto separa o texto ao
redor do objeto nas páginas da Web. A Quebra de
6.7 (Inserir Objeto): insere um objeto – como um Seção Próxima Página insere uma quebra de seção
desenho, um efeito de texto de WordArt, uma equa- e inicia a nova seção na página seguinte. A Quebra
ção, um slide do PowerPoint, uma planilha do Excel, de Seção Contínua insere uma quebra de seção e
um gráfico do Excel, por exemplo – no ponto de in- inicia a nova seção na mesma página. A Quebra de
serção. A seta ao lado do botão Inserir Objeto per- Seção Próxima Página Par insere uma quebra de
mite acessar a opção Texto do Arquivo que permite seção e inicia a nova seção na próxima página com
inserir um arquivo – como um Documento do Word, número par. A Quebra de Seção Próxima Página
por exemplo – no arquivo ativo no ponto de inserção. Ímpar insere uma quebra de seção e inicia a nova
seção na próxima página com número ímpar.

105
5. Grupo Organizar:
2.6 (Números de Linha): adiciona números de li-
nhas à margem lateral do documento.

2.7 (Hifenização): ativa a hifenização, que permite 5.1 (Posição): posiciona o objeto selecionado na
ao Word quebrar linhas entre as sílabas das pala- página.
vras. A hifenização do texto proporciona um espa-
çamento mais uniforme entre as palavras.
5.2 (Trazer Para a Frente): traz o objeto
selecionado para frente de todos os outros objetos
2.8 Configurar Página : define as margens, origem para que nenhuma parte dele seja ocultada por
do papel, tamanho do papel, orientação da página outro objeto. A seta ao lado do botão Trazer Para a
Frente exibe as opções Trazer Para Frente, Avançar
e outras opções de layout do arquivo ativo. Permite
e Trazer Para a Frente do Texto.
definir medianiz (espaço extra adicionado à mar-
gem para encadernação) e numerar as linhas do 5.3 (Enviar Para Trás): envia o objeto selecionado
documento. Permite também aplicar Cabeçalhos e para trás de todos os outros objetos. A seta ao lado
rodapés diferentes em páginas pares e ímpares ou do botão Enviar Para Trás exibe as opções Enviar
diferente na primeira página. Para Trás, Recuar, Enviar para Trás do Texto.

5.4 (Quebra Automática de Texto): altera a


3. Grupo Plano de Fundo da Página: forma como o texto será disposto ao redor do objeto
selecionado. Opções de Quebra Automática de Texto:
Alinhado como Texto, Superior e inferior, Através,
3.1 (Marca D´água): insere um texto semitranspa- Quadrado, Próximo, Atrás do texto e Em frente ao texto.
rente atrás do conteúdo da página. Por exemplo, es-
crever “NÃO VÁLIDO COMO DOCUMENTO” atrás 5.5 (Alinhar): alinha objetos na horizontal e na
do texto. vertical com relação à página ou à margem. Exibe e
configura as Linhas de Grade.
3.2 (Cor da Página): define uma cor para o plano
HENRIQUE SODRÉ

de fundo da página. 5.6 (Agrupar): agrupa objetos de modo que sejam


tratados como um único objeto.
3.3 (Bordas de Página): adiciona, altera ou exclui
borda em torno da página. 5.7 (Girar): gira ou inverte o objeto selecionado.

4. Grupo Parágrafo:
GUIA REFERÊNCIAS

4.1 (Recuo à Esquerda): move o 1. Grupo Sumário:


lado esquerdo do parágrafo com relação à margem
esquerda em um determinado valor.
1.1 (Sumário): insere um índice analítico. Um
índice analítico é uma lista dos títulos de um
4.2 (Recuo à Direita): move o lado documento. O usuário poderá utilizá-lo para obter
direito do parágrafo com relação à margem direita uma visão geral dos tópicos abordados em um
em um determinado valor. documento.

4.3 (Espaçamento Antes): altera o 1.2 (Adicionar Texto): adiciona o parágrafo atual
espaçamento entre parágrafos adicionando um es- como entrada do sumário atribuindo ao parágrafo o
paço acima do parágrafo selecionado. Nível 1, 2 ou 3.

4.4 (Espaçamento Depois): altera o 1.3 (Atualizar Sumário): permite atualizar o índice
espaçamento entre parágrafos adicionando um es- inteiro ou somente os números de página.
paço abaixo do parágrafo selecionado.
4.5 Parágrafo : apresenta duas guias: Recuos e es- 2. Grupo Notas de Rodapé:
paçamento e Quebras de linha e de página. Em Re-
cuos e espaçamento é possível definir alinhamento, 2.1 (Inserir Nota de Rodapé): adiciona uma nota
nível do tópico, recuos (esquerdo, direito e especial) de rodapé ao documento.
e espaçamento (antes, depois e entre linhas). Em
Quebras de linha e de página é possível utilizar op- 2.2 (Inserir Nota de Fim): adiciona uma nota de
ções como Controle de linhas órfãs/viúvas, Manter fim ao documento.
com o próximo, Manter linhas juntas, Quebrar página
antes, Suprimir número de linhas e Não hifenizar. 2.3 (Próxima Nota de Rodapé): vai para a
próxima nota de rodapé do documento com relação

106
à localização do cursor. A seta ao lado do botão
Próxima Nota de Rodapé exibe as opções: Próxima 5.3 (Atualizar Índice): permite atualizar o índice
Nota de Rodapé, Nota de Rodapé Anterior, Próxima inteiro ou somente os números de página.
Nota de Fim e Nota de Fim Anterior.
6. Grupo Índice de Autoridades:
2.4 (Mostrar Notas): mostra o local em que as
notas de rodapé ou notas de fim estão localizadas.
2.5 Notas de Rodapé : permite inserir uma nota de 6.1 (Marcar Citação): adiciona o texto
rodapé ou de fim no documento. selecionado como uma entrada no índice de
autoridades.
3. Grupo Citações e Bibliografia: 6.2 (Inserir Índice de Autoridades): insere um
índice de autoridades no documento. Um índice de
autoridades relaciona os casos, estatutos e outras
3.1 (Inserir Citação): cita um livro, artigo de jornal
autoridades citadas no documento.
ou outro periódico como fonte das informações do
documento.
6.3 (Atualizar Índice de Autoridades): permite
atualizar o índice inteiro ou somente os números de
3.2 (Gerenciar Fontes Bibliográficas): exibe página.
a lista de todas as fontes citadas no documento.
Permite criar, excluir ou editar uma Fonte
GUIA CORRESPONDÊNCIAS
Bibliográfica.

3.3 (Estilo de Bibliografia): 1. Grupo Criar:


escolhe o estilo bibliográfico da citação a ser utilizada
no documento. As opções mais conhecidas são
1.1 (Envelopes): cria e imprime envelopes.
Estilo APA, Estilo Chicago e Estilo MLA.
1.2 (Etiquetas): cria e imprime etiquetas.

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
3.4 (Bibliografia): adiciona uma bibliografia, que
lista todas as fontes citadas no documento.
2. Grupo Iniciar Mala Direta:
4. Grupo Legendas:

2.1 (Iniciar Mala Direta): inicia uma mala direta


4.1 (Inserir Legenda): adiciona uma legenda a uma
para criar, por exemplo, uma carta-modelo a ser
imagem. Uma legenda é uma linha de texto exibida
impressa ou enviada várias vezes por email,
abaixo ou acima de um objeto para descrevê-lo.
remetendo cada cópia a um destinatário diferente.
Exemplo: “Fig. 1: Floresta Equatorial”.
O usuário poderá incluir campos, como Nome ou
4.2 (Inserir Índices de Ilustrações): insere um Endereço, que o Word substituirá automaticamente
índice de ilustrações no documento. Um índice de pelas informações de um banco de dados ou de uma
ilustrações inclui uma lista com todas as ilustrações, lista de contatos em cada cópia da carta-modelo.
tabelas ou equações do documento.
2.2 (Selecionar Destinatários): escolhe a lista de
4.3 (Atualizar Índice de Ilustrações): permite pessoais para as quais o usuário pretende enviar a
atualizar o índice inteiro ou somente os números de carta, por exemplo. O usuário poderá digitar uma
página. nova lista, usar uma lista já existente ou usar os
4.4 (Referência Cruzada): insere uma Referência contatos do Outlook.
Cruzada. Uma referência cruzada refere-se a um item
que aparece em outro local de um documento — por 2.3 (Editar Lista de Contatos): permite alterar a
exemplo, “Consulte a Figura 1”. O usuário pode criar lista de destinatários. Também permite classificar,
referências cruzadas para títulos, notas de rodapé, filtrar, localizar e remover duplicatas, ou validar os
indicadores, legendas e parágrafos numerados. endereços da lista.

5. Grupo Índice: 3. Grupo Gravar e Inserir Campos:

5.1 (Marcar Entrada): marca o texto para ser 3.1 (Realçar Campos de Mesclagem): facilita
utilizado em um índice remissivo. Um índice a identificação das partes que serão substituídas
remissivo lista os termos e os tópicos descritos em pelas informações da lista de destinatários escolhida
um documento, junto com as páginas nas quais para ser utilizada em carta-modelo, por exemplo.
eles aparecem.
3.2 (Bloco de Endereço): permite especificar a
5.2 (Inserir Índice): insere um índice remissivo no formatação do nome dos destinatários e como será
documento. utilizado o endereço postal.

107
5. Grupo Concluir:
3.3 (Linha de Saudação): insere uma linha de
saudação, como “Caro Sr. Henrique:” ao documen-
to. 5.1 (Concluir e Mesclar): conclui a mala direta.
O usuário poderá criar documentos separados
3.4 (Inserir Campo de Mesclagem): insere qual-
para cada cópia da carta, enviá-los diretamente à
quer campo da lista de destinatários ao documento
impressora ou enviá-los por email.
como “Nome”, “Sobrenome”, “Telefone” ou qualquer
outro campo. Depois que o usuário concluir a mala
direta, o Word substituirá esses campos pelas infor- GUIA REVISÃO
mações reais da lista de destinatários.
1. Grupo Revisão de Texto:
3.5 (Regras): especifica regras para adicionar o
recurso de tomada de decisão à mala direta. Por
exemplo, o usuário poderá utilizar Se...Então...Se-
1.1 (Ortografia e Gramática): verifica se
não para verificar o endereço do destinatário e mos-
o documento ativo possui erros de ortografia,
trar um número de telefone local para destinatários
gramática e estilo de redação e exibe sugestões
da sua localidade e um número de telefone interna-
para corrigi-los. O sublinhado ondulado verde indica
cional para destinatários fora do seu país.
erro de gramática e o vermelho indica erro de grafia.

3.6 (Coincidir Campos): permite associar uma 1.2 (Pesquisar): abre o painel de tarefas
coluna em um arquivo de dados que corresponda a Pesquisar que permite fazer uma pesquisa
cada endereço ou elemento de saudação que será em matérias de referência como dicionários,
utilizado em uma mala direta. enciclopédias e serviços de tradução.

3.7 (Atualizar Etiquetas): atualiza todas as eti- 1.3 (Dicionário de Sinônimos): sugere outras
quetas do documento para usar as informações da palavras de significado semelhante ao da palavra
lista de destinatários. Este comando não será ne- selecionada.
cessário para criar a mala direta de um email ou
HENRIQUE SODRÉ

uma carta impressa.


1.4 (Traduzir): traduz o texto selecionado em
outro idioma.
4. Grupo Visualizar Resultados:
1.5 (Dica de Tela de Tradução): habilita uma dica
de tela que traduz para outro idioma as palavras
sobre as quais o usuário pausa o cursor.
4.1 (Visualizar Resultados): substitui os cam-
pos de mesclagem do documento pelos dados reais 1.6 (Idioma): permite acessar as opções:
da lista de destinatários, a fim de que o usuário pos- (Definir Idioma): define o idioma que será utilizado
sa verificar a sua aparência. para verificar a ortografia e a gramática do texto
selecionado; (Preferência de idioma): define os
4.2 (Primeiro Registro): visualiza o primeiro re- idiomas de edição, exibição, ajuda e dica de tela.
gistro da lista de destinatários. O idioma de edição habilita recursos específicos de
idioma, incluindo formatação de data e tamanho da
4.3 (Registro Anterior): visualizar o registro ante- página.
rior da lista de destinatários.

4.4 (Gravar): visualiza um registro específico da 1.7 (Contar Palavras): exibe as estatísticas
lista de destinatários. do documento exibindo a quantidade de número
de palavras, caracteres, parágrafos e linhas no
4.5 (Próximo Registro): visualiza o próximo re- documento.
gistro da lista de destinatários.
2. Grupo Comentários:
4.6 (Último Registro): visualiza o último registro da
lista de destinatários.
2.1 (Novo Comentário): adiciona um comentário
4.7 (Localizar Destinatário): localiza e visualizar sobre a seleção. Se uma célula já contém um
um registro específico na lista de destinatários pro-
curando o texto digitado. comentário o botão muda para (Editar
Comentário).
4.8 (Verificação Automática de Erros): especi-
fica como tratar os erros que ocorrem após a con- 2.2 (Excluir Comentário): exclui o comentário
clusão da mala direta. O usuário também poderá si- selecionado. A seta ao lado do botão Excluir
mular a mala direta para verificar se ocorrerá algum Comentário permite excluir todos os comentários
erro. do documento.

108
5. Grupo Comparar:
2.3 (Comentário Anterior): navega para o comen-
tário anterior do documento com relação à posição
do cursor.
5.1 (Comparar): compara ou combina várias ver-
2.4 (Próximo Comentário): navega para o próxi- sões do documento.
mo comentário do documento com relação à posi-
ção do cursor. 5.2 (Mostrar Documentos de Origem): escolhe
3. Grupo Controle: os documentos de origem a serem mostrados. O
usuário poderá visualizar o documento original, o
documento revisado ou ambos.
3.1 (Controlar Alterações): controla todas as al-
terações feitas no documento, incluindo inserções, 6. Grupo Proteger:
exclusões e alterações de formatação.

6.1 (Bloquear autores): permite impedir que ou-


3.2 (Balões): permite escolher a forma de mostrar
as revisões feitas no documento. O usuário poderá tros autores possam editar o documento. Para que
mostrar as revisões como balões nas margens do este comando possa estar habilitado, o documen-
documento ou mostrá-las diretamente no próprio to deve estar armazenado em local compartilhado
documento. compatível. Esta opção não aparece, por padrão,
no Office 2007.
3.3 (Exibir Para Revisão): escolhe a forma de
exibir as alterações propostas no documento. Fi- 6.2 (Proteger Documento): restringe permissão e
nal mostra o documento com todas as alterações opções de revisão. A seta abaixo do botão Proteger Do-
propostas incluídas. Original mostra o documento
cumento permite Restringir Formatação e Edição para
antes da implementação das alterações. As marca-
restringir o acesso das pessoas de modo a impedi-las
ções mostram as alterações que foram propostas.
de fazer determinados tipos de edição ou formatação

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
3.4 (Mostrar Marcações): permite escolher o tipo no documento, especificando uma senha, além de res-
de marcação a ser exibido no documento. O usuário tringir permissão dando acesso restrito ou irrestrito ao
poderá ocultar ou mostrar marcações como comen- documento.
tários, inserções e exclusões, alterações de forma-
tação e outros tipos de marcação. GUIA EXIBIÇÃO

3.5 (Painel de Revisão): mostra as revisões em 1. Grupo Modos de Exibição de Documento:


uma janela separada. A seta ao lado do botão Pai-
nel de Revisão permite escolher um painel vertical
ou um painel horizontal para visualizar as revisões. 1.1 (Layout de Impressão): exibe o documento
do modo como ficará na página impressa.
4. Grupo Alterações:
1.2 (Layout em Tela Inteira): exibe o documento no
Modo de Exibição de Leitura de Tela Inteira, a fim de
4.1 (Aceitar e Passar Para a Próxima): aceita a alte- maximizar o espaço disponível para a leitura do docu-
ração atual e passa para a próxima alteração proposta. mento ou para fazer comentários.
A seta abaixo do botão Aceitar e Passar Para a Próxima
exibe as opções Aceitar e Passar Para a Próxima, Aceitar 1.3 (Layout da Web): exibe o documento do modo
Alteração, Aceitar Todas as Alterações Mostradas e Acei- como ficaria como uma página da Web.
tar Todas as Alterações no Documento. 1.4 (Estrutura de Tópicos): exibe o documento
como uma estrutura de tópicos e mostra as ferra-
4.2 (Rejeitar e Passar Para a Próxima): rejeita mentas correspondentes que permitem, por exem-
a alteração atual e passa para a próxima alteração plo, nivelar os tópicos do documento.
proposta. A seta abaixo do botão Rejeitar e Passar
Para a Próxima exibe as opções Rejeitar e Passar 1.5 (Rascunho): exibe o documento como um
Para a Próxima, Rejeitar Alteração, Rejeitar Todas rascunho para uma edição rápida do texto. Certos
as Alterações Mostradas e Rejeitar Todas as Altera- elementos do documento, como cabeçalhos e roda-
ções no Documento. pés, não ficarão visíveis neste modo de exibição.

4.3 (Anterior): navega até a revisão anterior do 2. Grupo Mostrar/Ocultar:


documento, a fim de que o usuário possa aceitá-la
ou rejeitá-la. 2.1 Régua: exibe as réguas, usadas para medir e
alinhar objetos no documento.
4.4 (Próximo): navega até a próxima revisão do
documento, a fim de que o usuário possa aceitá-la 2.2 Linhas de Grade: exibe as linhas de grade que po-
ou rejeitá-la. dem ser usadas para alinhar os objetos do documento.

109
o usuário poderá executar, criar ou excluir uma
2.3 Painel de Navegação: abre o Painel de macro. Macro é uma sequência de ações gravadas
Navegação, que permite navegar por uma visão pelo usuário. A Macro pode ser acessada por meio
estrutural do documento. Esta opção, no Office de um botão na barra de ferramentas ou por uma
2007, chamava-se “Mapa do Documento”. tecla de atalho que o usuário escolhe antes do
processo de gravação.
3. Grupo Zoom:
BARRA DE STATUS

3.1 (Zoom): abre a caixa de diálogo Zoom para


especificar o nível de zoom do documento.
A Barra de Status do Word 2007 foi inovada. Clicando-
3.2 (100%): altera o tamanho do Zoom para 100% -se com o botão direito do mouse na Barra de Status, apa-
do tamanho normal. rece um menu de contexto habilitando outras opções que
não são exibidas por padrão na Barra de Status. As opções
3.3 (Uma Página): altera o zoom do documento de padrão serão sublinhadas.
modo que a página inteira caiba na janela.
1. (Número da Página Formatada):
3.4 (Duas Páginas): altera o zoom do documento de
Mostra em qual página o cursor está localizado.
modo que duas páginas caibam na tela.
Clique para abrir a caixa de diálogo Ir para.
3.5 (Largura da Página): altera o zoom do
documento de modo que a largura da página 2. (Seção): Mostra em qual seção o cursor
corresponda à largura da janela. está localizado. Clique para abrir a caixa de diálogo
Ir para.
4. Grupo Janela:
3. (Número de Página): Indica
em qual página está o cursor e quantas páginas o
4.1 (Nova Janela): abre uma janela com o mesmo documento tem. Clique para abrir a caixa de diálogo
HENRIQUE SODRÉ

conteúdo da janela ativa, para que o usuário possa Ir para.


exibir partes diferentes de um mesmo documento
de forma simultânea, por exemplo. 4. (Posição de Página Vertical): Exibe
qual é a distância do cursor até a parte superior da
4.2 (Organizar Tudo): coloca todas as janelas
página. Clique para abrir a caixa de diálogo Ir para.
abertas no programa lado a lado na tela. O comando
Organizar Tudo facilita o arraste entre arquivos.
5. (Número de Linha): Exibe em qual
linha o cursor se localiza com relação à margem
4.3 (Dividir): divide a janela atual em duas superior da página. Clique para abrir a caixa de
partes, de modo que partes diferentes do mesmo
diálogo Ir para.
documento possam ser vistas ao mesmo tempo em
uma única janela.
6. (Coluna): Exibe o número de
4.4 (Exibir Lado a Lado): exibe dois documentos caracteres da margem esquerda até o cursor.
lado a lado para poder comparar os respectivos Clique para abrir a caixa de diálogo Ir para.
conteúdos.
7. (Contar Palavras): Exibe o
4.5 (Rolagem Sincronizada): sincroniza a
rolagem de dois documentos, de modo que rolem número de palavras no documento. Clique para
juntos na tela. Para habilitar este recurso, o botão abrir a caixa de diálogo Contar Palavras.
Exibir Lado a Lado deve ser ativado.
8. (Verificação Ortográfica e Gramatical):
4.6 (Redefinir Posição da Janela): redefine a Indica que há erros de ortografia e/ou gramática
posição da janela dos documentos que estão sendo no documento ativo. Um clique duplo no ícone
comparados lado a lado de modo que dividam a fará uma verificação ortográfica e gramática onde
tela igualmente. Para habilitar este recurso, o botão houver a marca de erro ortográfico ou gramatical
Exibir Lado a Lado deve ser ativado.
mais próxima do cursor. O ícone aparece
quando o usuário está editando o documento. O
4.7 (Alternar Janelas): lista os arquivos abertos
neste programa no momento permitindo passar ícone indica que nenhum erro foi encontrado
para uma outra janela que esteja aberta. no documento.

5. Grupo Macro: 9. (Idioma): Exibe o idioma


que será utilizado para a verificação ortográfica e
gramatical do local onde o cursor está posicionado.
5.1 (Macros): exibe a lista de macros, na qual Clique para abrir a caixa de diálogo Idioma.

110
Clique duplo no lado esquerdo de
Seleciona o parágrafo
10. (Assinaturas): Indica que o documento uma linha
está assinado digitalmente. As assinaturas digitais Clique triplo no lado esquerdo de
do Microsoft Office combinam a familiaridade da Seleciona todo o documento
uma linha
experiência de assinar um papel com a conveniência CTRL + clique simples Seleciona todo o período
de um formato digital. Seleciona da primeira à
Clique simples segunda palavra clicadas.
11. (Permissão): Indica que o documento + A primeira palavra fica sele-
contém uma política de permissão. O Gerenciamento SHIFT cionada por completo, mas
de Direitos de Informação (IRM) no Microsoft + a segunda fica selecionada
Office ajuda a evitar que emails e documentos Clique simples até onde o cursor está loca-
confidenciais sejam encaminhados, editados ou lizado. (Seleção Estendida)
copiados por pessoas autorizadas. O IRM usa um
servidor para autenticar as credenciais de pessoas TECLAS DE MOVIMENTAÇÃO
que criam ou recebem documentos ou email com
permissão restrita. Algumas organizações usam
seus próprios servidores de gerenciamento de ATALHO FUNÇÃO
direitos. Para os usuários do Microsoft Office sem → Movimenta o cursor um caractere à direita
acesso a um desses servidores, a Microsoft fornece ← Movimento o cursor um caractere à esquerda
um serviço gratuito de IRM de avaliação. ↑ Movimenta o cursor uma linha para cima
↓ Movimenta o cursor uma linha para baixo
12. (Controlar Alterações): CTRL + → Movimenta o cursor uma palavra à direita
Ativa ou desativa o Controlar Alterações. CTRL + ← Movimenta o cursor uma palavra à esquerda
CTRL + ↑ Movimenta o cursor um parágrafo acima
13. (Caps Lock): É exibido quando a tecla
CTRL + ↓ Movimenta o cursor um parágrafo abaixo
Caps Lock está habilitada mostrando que todas as
HOME Movimenta o cursor para o início da linha
letras serão maiúsculas.
END Movimenta o cursor para o final da linha

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
CTRL +
14. (Sobrescrever): Exibe que o modo de Movimenta o cursor para o início do documento
HOME
inserção está ativo. Ao clicar em aparecerá CTRL +
Movimento o cursor para o final do documento
END
a opção que exibe que o modo
Sobrescrever está ativo. Com isso, o que for digitado
irá sobrescrever o conteúdo à direita do cursor. PRINCIPAIS TECLAS DE ATALHO DO WORD

15. (Gravação de Macro): Clique para abrir a


caixa de diálogo Macro que permite gravar uma CTRL+O Novo
CTRL+A Abrir
Macro. Durante a gravação é exibido o botão
CTRL+B Salvar
que permite parar a gravação.
F12 Salvar como
CTRL+P Imprimir
16. (Exibir Atalhos): Exibe atalhos
para os modos de exibição. Na sequência: Layout CTRL+Z Desfazer
de Impressão, Leitura em Tela Inteira, Layout da CTRL+Y Repetir/Refazer
Web, Estrutura de Tópicos e Rascunho. CTRL+G Ir para
CTRL+X Recortar
17. (Zoom): Clique para abrir a caixa de diálogo CTRL+C Copiar
Zoom. CTRL+V Colar
CTRL+T Selecionar tudo
18. (Controle Deslizante
CTRL+L Localizar
de Zoom): Permite definir o nível de Zoom do
documento. CTRL+U Substituir
CTRL+K Hyperlink
CTRL+N Negrito
SELEÇÃO DE TEXTO VIA MOUSE E TECLADO
CTRL+I Itálico
CTRL+S Sublinhado
AÇÃO CONSEQUÊNCIA CTRL+J Justificado
Clique simples sobre uma palavra Posiciona o cursor CTRL+E Centralizado
Clique duplo sobre uma palavra Seleciona a palavra F11 Alinhar à esquerda
CTRL+F4 Fecha o documento
Clique triplo sobre uma palavra Seleciona o parágrafo ALT+F4 Fecha o Word
F7 Ortografia e Gramática
Clique simples no lado esquerdo
Seleciona a linha SHIFT+F7 Dicionário de Sinônimos
de uma linha

111
EXCEL 2010

6. (Recente): exibe os arquivos recentemente abertos.


7. (Novo): permite criar uma nova pasta de trabalho em
branco.

GUIA ARQUIVO
8. (Imprimir): permite imprimir a pasta de trabalho
e realizar configurações de impressão.

1. (Salvar): se o arquivo ainda não foi salvo, abra


a janela Salvar como. Se o arquivo já existe, salve o
arquivo ativo com o mesmo nome, local e formato do
arquivo atual.

2. (Salvar como): abra a caixa de diálogo “Salvar


como”, que permite escolher o nome do arquivo, tipo e
HENRIQUE SODRÉ

local.

3. (Abrir): permite abrir um arquivo que já existe.

4. (Fechar): permite fechar a pasta de trabalho.


5. (Informações): exibe os seguintes itens:

9. (Salvar e enviar):

112
2. Grupo Fonte:

2.1 (Fonte)d: altera a fonte do texto e


números selecionados.
2.2 (Tamanho da Fonte): altera o tamanho
do texto e dos números selecionados.

2.3 (Aumentar Fonte): aumenta o tamanho da


fonte de acordo com a sequência que aparece na
lista do Tamanho da Fonte.

2.4 (Diminuir Fonte): diminui o tamanho da fonte


de acordo com a sequência que aparece na lista do
Tamanho da Fonte.
2.5 (Negrito): aplica o negrito ao texto e aos
números selecionados. Se a seleção já estiver em
negrito e o usuário clicar nele, essa formatação
será removida.

2.6 (Itálico): aplica itálico ao texto e aos números


selecionados. Se a seleção já estiver em itálico e
o usuário clicar no botão Itálico, essa formatação
será removida.

2.7 (Sublinhado): sublinha o texto e números


selecionados. Se a seleção já estiver sublinhada,
basta clicar em Sublinhado para desativar essa
10. (Ajuda): permite acessar a ajuda do Office.

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
formatação. A seta ao lado do sublinhado permite
escolher o estilo e a cor do sublinhado.
11. (Opções): permite alterar as opções populares no
Excel, alterar a maneira como a pasta de trabalho do Excel 2.8 (Bordas): adiciona ou remove uma borda
é exibida e impressa, alterar a maneira como o Excel cor- ao redor do texto, parágrafos, células, figuras
rige e formata o texto, personalizar a maneira como os ou outros objetos selecionados. A seta ao lado
documentos são salvos, entre outras configurações. do botão Bordas permite exibir/ocultar as linhas
de grade e acessar a caixa de diálogo Bordas e
12. (Sair do Excel): fecha o programa depois de per- Sombreamento.
guntar se o usuário deseja salvar os arquivos caso o
2.9 (Cor do Preenchimento): aplica cor de fundo
arquivo não esteja salvo.
às células selecionadas.

GUIA PÁGINA INICIAL 2.10 (Cor da Fonte): formata o texto selecionado


com a cor em que o usuário clicar.
1. Grupo Área de Transferência: 2.11 Fonte : é utilizado para formatar o tipo, o
tamanho, a cor e o estilo da fonte. Permite também
aplicar o estilo e a cor de sublinhado e efeitos:
1.1 (Colar): cola o conteúdo da área de tachado, sobrescrito e subscrito.
transferência. Permite colar, colar especial ou colar
como hiperlink. 3. Grupo Alinhamento:

1.2 (Recortar): remove a seleção do documento


ativo e o coloca na Área de transferência. 3.1 (Alinhar em Cima): alinha o texto à parte
superior da célula.
1.3 (Copiar): copia a seleção para a Área de
transferência. 3.2 (Alinhar no Meio): alinha o texto de modo que
fique centralizado entre a parte superior e a parte
1.4 (Pincel): copia o formato de um objeto ou
inferior da célula.
texto selecionado e o aplica ao objeto ou texto
clicado. Para copiar a formatação para mais de 3.3 (Alinhar Embaixo): alinha o texto à parte
um item, clique duas vezes no botão Pincel e, em inferior da célula.
seguida, clique em cada item que desejar formatar.
Ao terminar pressione ESC para desativar o Pincel. 3.4 (Orientação): gira o texto em ângulo diagonal
1.5 Área de Transferência : mostra o painel de ou em uma orientação vertical. Este recurso é
tarefas com o conteúdo da Área de Transferência do geralmente usado para rotular colunas estreitas.
Office. Para restaurar a orientação normal basta clicar
novamente na orientação do texto selecionada.

113
3.5 (Alinhar Texto à Esquerda): alinha o texto, 4.6 (Diminuir Casas Decimais): diminui a
os números ou objetos em linha selecionados à quantidade de casas decimais de um valor contido
esquerda, com uma margem direita irregular. em uma célula. Diminui arredondando o valor.
4.7 Número : mostra a guia Número da caixa de
3.6 (Centralizar): centraliza o texto, os números diálogo Formatar Células.
ou objetos em linha selecionados.

3.7 (Alinhar Texto à Direita): alinha o texto, 5. Grupo Estilo:


os números ou objetos em linha selecionados à
direita, com uma margem esquerda irregular.
5.1 (Formatação Condicional): aplica formatos
3.8 (Diminuir Recuo): diminui o recuo dos a células selecionadas que atenderem a critérios
parágrafos selecionados, lembrando que o recuo específicos baseados em valores ou fórmulas que
é a distância do texto à margem. Ao se diminuir o usuário especificar.
o recuo, o parágrafo se aproximará da margem
esquerda. 5.2 (Formatar como Tabela): formata
rapidamente um intervalo de células e converte em
3.9 (Aumentar Recuo): aumenta o recuo dos tabela, escolhendo um estilo de tabela predefinido.
parágrafos selecionados, lembrando que recuo é
a distância do texto à margem. Ao se aumentar 5.3 (Estilos de Célula): formata rapidamente a
o recuo, o parágrafo se distanciará da margem célula escolhendo um dos estilos predefinidos. O
esquerda. usuário poderá criar estilos próprios.
3.10 (Quebrar Texto Automaticamente): faz que o
conteúdo da célula se adéque à largura da coluna. 6. Grupo Células:

3.11 (Mesclar e Centralizar): combina duas ou


mais células adjacentes selecionadas para criar 6.1 (Inserir): insere células, linhas ou colunas na
HENRIQUE SODRÉ

uma única célula. A célula mesclada resultante planilha ou tabela.


contém apenas os dados localizados na parte
superior mais à esquerda na seleção, que ficam
6.2 (Excluir): exclui linhas ou colunas na planilha
centralizados na célula. A referência de célula para
ou tabela.
uma célula mesclada é a célula superior esquerda
no intervalo selecionado original.
6.3 (Formatar): aplica formatos às células
3.12 Alinhamento : mostra a guia Alinhamento da
selecionadas. É possível alterar o estilo da célula
caixa de diálogo Formatar Células.
(como estilo de data, número, geral, texto, moeda
e porcentagem), a disposição do texto na célula, a
4. Grupo Número: fonte (como cor, tamanho, estilo e a própria fonte),
bordas e preenchimento. Este comando poderá
não estar disponível se a planilha estiver protegida.
4.1 (Formato de Número):
escolhe como os valores de uma célula serão 7. Grupo Edição:
exibidos: como porcentagem, moeda, data ou hora
etc.

4.2 (Formato de Número de Contabilização): 7.1 (Soma): o botão é utilizado para calcular
escolhe um formato de unidade monetária para a a soma de um intervalo de células. Ao se clicar
célula. na seta que aponta para baixo ao lado do botão
Autosoma, as opções Soma, Média, Contar, Máx.,
4.3 (Estilo de Porcentagem): se houver conteúdo Mín. e Mais funções são exibidas.
na célula, o conteúdo será multiplicado por 100%.
Se não houver conteúdo, o botão porcentagem
apenas aplicará estilo de porcentagem à célula. 7.2 (Preencher): exibe as opções Para baixo,
Para a direita, Para cima, Para a esquerda, Entre
planilhas, Séries e Justificar. Para baixo copia o
4.4 (Separador de Milhares): aplica estilo
conteúdo e os formatos das células na extremidade
de número com duas casas decimais e com o
superior de um intervalo selecionado para as células
separador de milhar.
abaixo. Para a direita copia o conteúdo e os formatos
da célula mais à esquerda ou das células de um
4.5 (Aumentar Casas Decimais): aumenta a
intervalo selecionado para as células à direita. Para
quantidade de casas decimais de um valor contido
cima copia o conteúdo e os formatos das células
em uma célula.
ou da célula inferior de um intervalo selecionado
para as células superiores do intervalo. O conteúdo

114
e os formatos copiados substituem o conteúdo e 2. Grupo Ilustrações:
os formatos existentes. Para a esquerda copia o
conteúdo e os formatos da célula mais à direita ou
das células à esquerda. O conteúdo e os formatos
copiados substituem o conteúdo e os formatos 2.1 (Imagem): insere uma imagem de um arquivo.
existentes. Entre planilhas copia o conteúdo do
intervalo de células selecionado na planilha ativa 2.2 (Clip-art): insere um clip-art no documento,
para o mesmo intervalo de células em todas as incluindo desenhos, filmes, sons ou fotos de
outras planilhas selecionadas em um grupo. Este catálogo para ilustrar um conceito específico.
comando só estará disponível se várias planilhas
forem selecionadas. Séries preenche o intervalo de
células selecionado com uma ou mais sequências 2.3 (Formas): insere formas prontas como
de número ou datas. O conteúdo da primeira célula retângulos e círculos, setas, linhas, símbolos de
ou células em cada linha ou coluna da seleção é fluxograma e textos explicativos.
utilizado como os valores iniciais para a sequência.
Justificar redistribui o conteúdo de texto das
2.4 (SmartArt): insere um elemento gráfico
células para preencher o intervalo selecionado.
SmartArt para comunicar informações visualmente.
Números ou fórmulas não podem ser preenchidos
Os elementos gráficos SmartArt variam desde listas
e justificados. À exceção da coluna esquerda, as
gráficas e diagramas de processos até gráficos
células no intervalo devem estar em branco.
mais complexos, como diagramas de Venn e
organogramas.
7.3 (Limpar): exibe as opções Tudo, Formatos,
2.5 (Instantâneo): insere uma imagem de qualquer
Conteúdo e Comentários. Tudo remove todo o
programa que não esteja minimizado na barra de
conteúdo e a formatação, incluindo comentários
tarefas. Esta opção não aparece, por padrão, no
e hiperlinks, de células selecionadas. Formatos
Office 2007.
remove somente a formatação da seleção; o
conteúdo e os comentários permanecem inalterados.

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Conteúdo remove o conteúdo (dados e fórmulas) das 3. Grupo Gráficos:
células selecionadas sem afetar os comentários ou
formato das células. Comentários remove apenas
os comentários anexados às células selecionadas;
conteúdo e os formatos das células permanecem 3.1 (Colunas): insere um gráfico de colunas.
inalterados. Os gráficos de colunas são usados para comparar
valores em diversas categorias.

7.4 (Classificar e Filtrar): organiza os dados


3.2 (Linhas): insere um gráfico de linhas. Os
para que seja mais fácil analisá-los. O usuário
gráficos de linhas são usados para exibir tendências
poderá classificar os dados selecionados em ordem
ao longo do tempo.
crescente ou decrescente. É possível ainda filtrar
temporariamente valores específicos. 3.3 (Pizza): insere um gráfico de pizza. Os gráficos
de pizza são usados para exibir a contribuição de
7.5 (Localizar e Selecionar): localiza e cada valor em relação a um total.
seleciona um texto específico, uma formatação
ou um tipo de informação na pasta de trabalho. 3.4 (Barras): insere um gráfico de barras. Os
O usuário também pode substituir as informações gráficos de barras são usados para comparar
pelo novo texto ou formatação. múltipos valores.

GUIA INSERIR 3.5 (Área): insere um gráfico de área. Os


gráficos de área enfatizam as diferenças entre
vários conjuntos de dados ao longo de um período
1. Grupo Tabelas: de tempo.

3.6 (Dispersão): insere um gráfico de dispersão,


1.1 (Tabela Dinâmica): resume os dados usando também conhecido como gráfico X Y. O gráfico de
uma tabela dinâmica. As tabelas dinâmicas tornam dispersão é usado para comparar pares de valores.
mais fácil organizar e resumir dados complicados,
bem como analisar detalhes. 3.7 (Outros Gráficos): insere um gráfico de
ações, superfície, rosca, bolhas ou radar.
1.2 (Tabela): cria uma tabela para gerenciar e
analisar dados relacionados. As tabelas facilitam a 3.8 Gráficos : inicia a caixa de diálogo Gráfico para
classificação, filtragem e formatação dos dados em escolher um tipo de gráfico a ser inserido.
uma planilha.

115
4. Grupo Minigráficos:
1.3 (Fontes): altera as fontes do tema atual. As fontes
do tema contêm uma fonte de cabeçalho e uma fonte
4.1 (Linha): insere um gráfico de linhas em uma de texto de corpo. É possível alterar ambas as fontes
única célula. Esta opção não aparece, por padrão, para criar seu próprio conjunto de fontes de tema.
no Office 2007.
1.4 (Efeitos): altera os efeitos do tema atual. Os
4.2 (Coluna): insere um gráfico de colunas em uma efeitos do tema são conjuntos de linhas e efeitos
única célula. Esta opção não aparece, por padrão, de preenchimento. Apesar de não ser possível criar
no Office 2007. seu próprio conjunto de efeitos do tema, é possível
escolher um em que você deseja usar no tema de
4.3 (Ganhos/Perdas): insere um gráfico de ganhos/ documento.
perdas em uma única célula. Esta opção não
aparece, por padrão, no Office 2007. 2. Grupo Configurar Página:
5. Grupo Filtro:
2.1 (Margens): seleciona os tamanhos de margem
5.1 (Segmentação de Dados): insere uma do documento inteiro ou da seção atual.
segmentação de dados para filtrar dados
interativamente. As segmentações de dados 2.2 (Orientação): alterna as páginas entre os layouts
agilizam e facilitam a filtragem de funções de tabelas Retrato ou Paisagem.
dinâmicas e cubos. Esta opção não aparece, por
padrão, no Office 2007. 2.3 (Tamanho): escolhe um tamanho de papel para
a seção atual. Para aplicar um tamanho de papel
6. Grupo Links: específico a todas as seções do documento, basta
clicar em Mais Tamanhos de Papel.
6.1 (Hiperlink): cria um link para uma página da 2.4 (Área de Impressão): marca uma área
Web, um arquivo ou um endereço de e-mail. específica para impressão.

7. Grupo Texto: 2.5 (Quebras): especifica onde uma nova página


HENRIQUE SODRÉ

iniciará na cópia impressa. As quebras de página são


inseridas acima e à esquerda da seleção.
7.1 (Caixa de Texto): insere uma caixa de texto que
2.6 (Plano de Fundo): escolhe uma imagem a ser
pode ser posicionada em qualquer lugar da página.
exibida como plano de fundo da planilha.
7.2 (Cabeçalho e Rodapé): adiciona ou altera o
texto que aparece na parte superior e inferior de cada 2.7 (Imprimir Títulos): especifica linhas e colunas
página ou slide. a serem repetidas em cada página impressa. Para
facilitar a identificação de linhas e colunas em uma
7.3 (WordArt): insere um texto decorativo na impressão, é possível exibir seus títulos. Os títulos
planilha. de linhas são números de linha à esquerda da
7.4 (Linha de Assinatura): insere uma linha de planilha. Os títulos de coluna são letras ou números
assinatura que especifica a pessoa que deve assinar. que aparecem na parte superior das colunas em
uma planilha. Também é possível imprimir rótulos
7.5 (Objeto): insere um objeto – como um desenho, de coluna ou linha (ou imprimi-los como títulos) em
uma equação, um slide do PowerPoint, um documento todas as páginas especificando as linhas e colunas
do Word, um documento do Wordpad, por exemplo – que deseja repetir na parte superior ou à esquerda de
no ponto de inserção. todas as páginas impressas.
7.6 (Símbolo): insere caracteres que não constam do
2.8 Configurar Página : mostra a guia Página da
teclado, como símbolos de copyright, símbolos de marca
caixa de diálogo Configurar Página.
registrada, marcas de parágrafo e caracteres Unicode.

GUIA LAYOUT DA PÁGINA 3. Grupo Dimensionar para Ajustar:

1. Grupo Temas:
3.1 (Largura): reduz a
planilha ou a seleção para que ela caiba no número
de páginas especificado. Reduz a largura da saída
1.1 (Temas): altera o design geral do documento impressa de modo que ela se ajuste a um número
inteiro, incluindo cores, fontes e efeitos. máximo de páginas.

1.2 (Cores): altera as cores do tema atual. As cores 3.2 (Altura): reduz a planilha
do tema contêm quatro cores de texto e de plano de ou a seleção para que ela caiba no número de
fundo, seis cores de ênfase e duas cores de hiperlink. páginas especificado. Reduz a altura da saída
É possível alterar as cores para criar seu próprio impressa de modo que ela se ajuste a um número
conjunto de cores de tema. máximo de páginas.

116
3.3 (Escala): alonga ou reduz a 1.2 (Autosoma): o botão é utilizado para calcular a
saída impressa em um percentual de seu tamanho real. soma de um intervalo de células. Ao se clicar na seta
A largura e a altura máximas devem ser definidas como
que aponta para baixo ao lado do botão Autosoma,
“Automática” para que este recurso seja utilizado.
as opções Soma, Média, Contar, Máx, Mín e Mais
3.4 Dimensionar para Ajustar : mostra a guia Página
da caixa de diálogo Configurar Página. funções são exibidas.
1.3 (Usadas Recentemente): procura e seleciona
4. Grupo Opções de Planilha: uma função de uma lista de funções usada recente-
mente.
4.1 (Exibir Linhas de Grade): mostra as linhas que
1.4 (Financeira): procura e seleciona uma função
aparecem entre as linhas e colunas da planilha para
facilitar a edição e a leitura. Essas linhas só serão de uma lista de funções financeiras como as funções
impressas se a opção Imprimir também estiver LUCRO, TAXA e PREÇO.
marcada.
1.5 (Lógica): procura e seleciona uma função de
4.2 (Imprimir Linhas de Grade): imprime as linhas uma lista de funções lógicas como as funções E, OU,
que aparecem entre as linhas e colunas da planilha
FALSO e SE.
para facilitar a leitura.
4.3 (Exibir Títulos): mostra os títulos de linha e de 1.6 (Texto): procura e seleciona uma função de uma
coluna. Os títulos de linha são os números de linha na lista de funções de texto como as funções CONCA-
lateral da planilha. Os títulos de coluna são as letras TENAR, LOCALIZAR e EXATO.
ou os números que aparecem acima das colunas em
uma planilha. 1.7 (Data e Hora): procura e seleciona uma função
de uma lista de funções de data e hora como as fun-
4.4 (Imprimir Títulos): imprime os títulos de linha e
coluna. ções AGORA, HORA e MINUTO.

4.5 Opções de Planilha : mostra a guia Planilha da 1.8 (Pesquisa e Referência): procura e seleciona

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
caixa de diálogo Configurar Página. uma função de uma lista de funções de pesquisa e
referência como as funções ENDEREÇO, ESCO-
LHER e HIPERLINK.
5. Grupo Organizar:
1.9 (Matemática e Trigonometria): procura e sele-
ciona uma função de uma lista de funções de matemá-
5.1 (Trazer para a Frente): traz o objeto selecionado tica e trigonometria como as COS, SEN e TAN.
para frente de todos os outros objetos, a fim de que
1.10 (Mais Funções): procura e seleciona uma fun-
nenhuma parte dele seja ocultada por outro objeto. ção de uma lista de funções estatísticas, informati-
Apresenta também a opção Avançar. vas, de engenharia e de cubo.
5.2 (Enviar para Trás): envia o objeto selecionado
2. Grupo Nomes Definidos:
para trás de todos os outros objetos. Apresenta
também a opção recuar.
5.3 (Painel de Seleção): mostra o Painel de 2.1 (Gerenciador de Nomes): cria, edita e lo-
Seleção para ajudar a selecionar objetos individuais caliza todos os nomes usados na pasta de tra-
e para alterar a ordem e a visibilidade desses objetos. balho. Os nomes podem ser usados nas fórmu-
las como substitutos das referências de célula.
5.4 (Alinhar): alinha objetos na horizontal e na
Por exemplo, =SOMA(MinhasVendas), em vez de
vertical com relação à página ou à margem. Exibe e =SOMA(C20:C30).
configura as Linhas de Grade.
2.2 (Definir Nome): atribui nomes às células para
5.5 (Agrupar): agrupa objetos de modo que sejam que seja possível referenciá-las nas fórmulas. Por
tratados como um único objeto. exemplo, é possível especificar o intervalo de células
5.6 (Girar): gira ou inverte o objeto selecionado. de A20 para A40 como “Despesas”. Os nomes
nas fórmulas podem ser utilizados para facilitar a
compreensão do que a fórmula faz na planilha.
GUIA FÓRMULAS
2.3 (Usar em Fórmula): escolhe um nome usado
nesta pasta de trabalho e o insere na fórmula atual.

1. Grupo Biblioteca de Funções: 2.4 (Criar a Partir da Seleção): gera automatica-


mente os nomes das células selecionadas. O usuário
poderá criar, de uma forma prática, nomes a partir
1.1 (Inserir Função): edita a fórmula da célula atual de rótulos de linha e coluna existentes usando uma
escolhendo funções e editando os argumentos. seleção de células na planilha.

117
3. Grupo Auditoria de Fórmulas:
1.2 (Da Web): importa dados de uma página Web.

1.3 (De Texto): importa dados de um arquivo de texto.


3.1 (Rastrear Precedentes): mostra setas que
indicam quais células afetam o valor da célula
selecionada no momento. 1.4 (De Outras Fontes): importa dados de outras
fontes como do SQL Server, dos Serviços de Análise,
3.2 (Rastrear Dependentes): mostra setas que da Importação de Dados XML, do Assistente de
indicam quais células são afetadas pelo valor da Conexão de Dados, do Microsoft Query.
célula selecionada no momento.

3.3 (Remover Setas): remove as setas de Rastrear 1.5 (Conexões Existentes): conecta a uma fonte
Precedentes e/ou Rastrear Dependentes. de dados externa, selecionando uma opção de uma
lista de fontes usadas com frequência.
3.4 (Mostrar Fórmulas): exibe a fórmula em cada
célula, em vez do valor resultante. 2. Grupo Conexões:

3.5 (Verificação de Erros): verifica se há erros na


planilha ativa. Se houver erros de fórmula ou função 2.1 (Atualizar Tudo): atualiza, na pasta de
na pasta, a opção fará abrir uma janela com opções trabalho, todas as informações provenientes de uma
de exibir ajuda sobre o erro, mostrar etapas de fonte de dados.
cálculo, ignorar erro ou editar na barra de fórmulas.
2.2 (Conexões): exibe todas as conexões de dados
3.6 (Avaliar Fórmula): às vezes, é difícil compreender da pasta de trabalho. As conexões de dados são links
como uma fórmula alinhada calcula o resultado final, para dados fora desta pasta de trabalho que podem ser
porque há vários cálculos intermediários e testes atualizados caso os dados de origem sejam alterados.
lógicos. Entretanto, utilizando a caixa de diálogo
Avaliar Fórmula, o usuário poderá ver as diferentes 2.3 (Propriedades): especifica como as células
partes de uma fórmula aninhada, avaliada na ordem conectadas a uma fonte de dados serão atualizadas,
em que é calculada.
HENRIQUE SODRÉ

que conteúdo da fonte será exibido e como as


alterações no número de linhas ou colunas da fonte
de dados serão tratadas na pasta de trabalho.
3.7 (Janela de Inspeção): monitora os valores
de determinadas células à medida que são feitas 2.4 (Editar Links): exibe todos os outros arquivos
alterações na planilha. Os valores são exibidos em
aos quais esta planilha está vinculada, para que o
uma janela separada que permanece visível, seja
qual for a área mostrada na pasta de trabalho. usuário possa atualizar ou remover os vínculos.

4. Grupo Cálculo: 3. Grupo Classificar e Filtrar:

3.1 (Classificar de A a Z): classifica os itens


4.1 (Opções de Cálculo): especifica se as fórmulas selecionados em ordem a partir do início do alfabeto,
serão calculadas automaticamente ou manualmente. do menor número ou da data mais antiga, utilizando
Por padrão, o cálculo é automático, ou seja, sempre a coluna que contém o ponto de inserção.
que o usuário alterar um valor que afete outros valores,
3.2 (Classificar de Z a A): classifica os itens
os novos valores serão calculados imediatamente.
selecionados em ordem a partir do final do alfabeto,
do maior número ou da data mais recente, utilizando
4.2 (Calcular Agora): calcula a pasta de trabalho a coluna que contém o ponto de inserção.
inteira agora. Isso só será necessário se o cálculo
automático estiver desativado.
3.3 (Classificar): inicia a caixa de diálogo
Classificar para classificar os dados com base em
4.3 (Calcular Planilha): calcula a planilha atual
vários critérios ao mesmo tempo.
agora. Isso só será necessário se o cálculo automático
estiver desativado.
3.4 (Filtro): apresenta o meio mais rápido de
selecionar apenas os itens que o usuário deseja
GUIA DADOS exibir em uma lista.

3.5 (Limpar): limpa o filtro e o estado de classificação


1. Grupo Obter Dados Externos:
do intervalo de dados atual.

3.6 (Reaplicar): reaplica o filtro e a classificação no


intervalo atual. Os dados novos ou modificados da
1.1 (Do Access): importa dados de um banco de
coluna só serão filtrados ou classificados depois que
dados do Microsoft Access.
o usuário clicar em Reaplicar.

118
GUIA REVISÃO
3.7 (Avançado): filtra os dados de uma lista para
que só sejam exibidas as linhas que atendem a uma
condição especificada pelo usuário utilizando um 1. Grupo Revisão de Texto:
intervalo de critérios.

4. Grupo Ferramentas de Dados: 1.1 (Verificar Ortografia): verifica a ortografia do


texto.

1.2 (Pesquisar): abre o painel de tarefas Pesquisar


4.1 (Texto para Colunas): separa o conteúdo para fazer uma pesquisa em materiais de referência
de uma célula do Excel em colunas separadas. Por como dicionários, enciclopédias e serviços de
exemplo, o usuário pode separar uma coluna de no- tradução.
mes completos em colunas separadas de nome e so-
brenome. 1.3 (Dicionário de Sinônimos): sugere outras
palavras com significado semelhante ao da palavra
4.2 (Remover Duplicatas): exclui as linhas dupli- selecionada.
cadas de uma planilha. O usuário poderá especificar
quais colunas devem ser verificadas em busca de in- 1.4 (Traduzir): traduz o texto selecionado em outro
formações duplicadas. idioma.
2. Grupo Comentários:
4.3 (Consolidação de Dados): impede que
dados inválidos sejam digitados em uma célula.
Por exemplo, o usuário poderá rejeitar a entrada
de números maiores que 1000 ou pode impor que 2.1 (Novo Comentário): adiciona um comentário
a entrada seja escolhida em uma lista suspensa de sobre a seleção. Se uma célula já contém um
valores especificados.

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
comentário o botão muda para (Editar
4.4 (Consolidar): combina valores de vários Comentário).
intervalos em um novo intervalo. O usuário poderá
consolidar dados de cada planilha separada em uma 2.2 (Excluir): exclui o comentário selecionado.
planilha principal. Por exemplo, se cada planilha
tiver os valores de despesa de cada escritório 2.3 (Anterior): seleciona o comentário anterior na
regional, o usuário poderá usar uma consolidação planilha.
para combinar esses valores em uma planilha de
despesas corporativas. 2.4 (Próximo): navega para o próximo comentário
na planilha.
4.5 (Teste de Hipóteses): testa diversos valores
para as fórmulas na planilha. O gerenciador de
Cenários permite criar e salvar diferentes grupos de 2.5 (Mostrar/Ocultar Comentário): mostra ou
valores, ou cenários, e alternar entre eles. O recurso oculta o comentário anexado à célula selecionada.
Atingir Meta localizará a entrada correta quando o
usuário souber o resultado desejado. 2.6 (Mostrar Todos os Documentários): exibe
todos os comentários da planilha.

5. Grupo Estrutura de Tópicos:


2.7 (Mostrar à Tinta): mostra ou oculta as
anotações à tinta na planilha.

5.1 (Agrupar): vincula um intervalo de células para


que elas possam ser recolhidas ou expandidas. 3. Grupo Alterações:

5.2 (Desagrupar): desagrupa um intervalo de


células agrupadas.
3.1 (Proteger Planilha): impede alterações
5.3 (Subtotal): totaliza várias linhas de dados indesejadas nos dados de uma planilha especificando
relacionados inserindo automaticamente os subtotais as informações que podem ser alteradas. Por
e totais das células selecionadas. exemplo, o usuário poderá impedir a edição de
células bloqueadas ou a alteração da formatação do
5.4 (Mostrar Detalhe): expande um grupo de células documento. É possível especificar uma senha para
recolhido. desproteger a planilha e permitir essas alterações.

5.5 (Ocultar Detalhe): recolhe um grupo de células.


3.2 (Proteger Pasta de Trabalho): restringe o acesso
à pasta de trabalho impedindo a criação de novas
5.6 Estrutura de Tópicos : mostra a caixa de
planilhas ou concedendo acesso apenas a pessoas
diálogo Estrutura de Tópicos.
específicas.

119
3.3 (Compartilhar Pasta de Trabalho): permite que 2.3 (Barra de Fórmulas): exibe a barra de fórmulas,
várias pessoas trabalhem em uma pasta de trabalho por meio da qual o usuário poderá digitar texto e
ao mesmo tempo. A pasta de trabalho deverá ser fórmulas em células.
salva em um local de rede no qual várias pessoas
possam abri-la. As pastas de trabalho que contêm 2.4 (Títulos): mostra os títulos de linha e coluna.
tabelas não podem ser compartilhadas. Os títulos de linha são os números de linha na lateral
da planilha. Os títulos de coluna são as letras ou os
3.4 (Proteger e Compartilhar Pasta de Trabalho): números que aparecem acima das colunas em uma
compartilha a pasta de trabalho e a protege como planilha.
uma senha ao mesmo tempo. A senha impedirá que
outras pessoas desativem o controle de alterações.
3. Grupo Zoom:
3.5 (Permitir que os Usuários Editem Intervalos):
permite que pessoas específicas editem intervalos
de células em uma pasta de trabalho ou planilha
protegida. Antes de usar este recurso, o computador 3.1 (Zoom): abre a caixa de diálogo Zoom para
deverá estar associado a um domínio do Microsoft especificar o nível de zoom desejado.
Windows e a segurança na planilha deverá ser
definida por meio do comando Proteger Planilha.
3.2 (100%): altera o zoom para 100% do tamanho
3.6 (Controlar Alterações): controla todas as total.
alterações feitas no documento, incluindo inserções,
exclusões e alterações de formatação.
3.3 (Zoom na Seleção): altera o zoom da planilha
de modo que o intervalo de células selecionado
GUIA EXIBIÇÃO preencha a janela inteira. Pode ser utilizado para que
o usuário visualize melhor uma parte específica da
planilha.
1. Grupo Modos de Exibição de Pasta de Trabalho:
HENRIQUE SODRÉ

4. Grupo Janela:
1.1 (Normal): exibe a planilha no modo normal.

1.2 (Layout da Página): exibe o documento do


modo como ficará na página impressa. O Layout da 4.1 (Nova Janela): abre uma nova janela da pasta
Página é utilizado para ver onde as páginas começam atual.
e terminam, bem como para ver os cabeçalhos e
rodapés das páginas. 4.2 (Organizar Tudo): coloca todas as janelas
abertas no programa lado a lado na tela.
1.3 (Visualização da Quebra de Página): exibe
uma prévia dos lugares onde as páginas irão quebrar 4.3 (Congelar Painéis): mantém uma parte da
quando o documento for impresso. planilha visível enquanto o restante da planilha é
percorrido.
1.4 (Modos de Exibição Personalizado): salva
um conjunto de configurações e impressão como
4.4 (Dividir): permite visualizar partes diferentes de
um modo de exibição personalizado. Depois que
uma mesma planilha simultaneamente em uma única
o usuário salvar o modo de exibição atual, poderá
janela.
aplicá-lo ao documento selecionando-o na lista de
modos de exibição personalizados disponíveis.
4.5 (Ocultar Janela): oculta a janela atual. Para
1.5 (Tela Inteira): exibe o documento no modo de que a janela volte a ser visível, basta clicar no botão
tela inteira. Reexibir.

2. Grupo Mostrar/Ocultar: 4.6 (Exibir Janela): volta a exibir as janelas que


foram ocultadas com o recurso Ocultar Janela.

2.1 (Régua): exibe as réguas, usadas para medir e 4.7 (Exibir Lado a Lado): exibe duas planilhas
alinhar objetos no documento. lado a lado para poder comparar os respectivos
conteúdos.
2.2 (Linhas de Grade): mostra as linhas que
aparecem entre as linhas e colunas da planilha para 4.8 (Rolagem Sincronizada): sincroniza a rolagem
facilitar a edição e a leitura. Essas linhas só serão de dois documentos, de modo que rolem juntos na
impressas se a opção Imprimir também estiver tela. Para habilitar este recurso, é necessário ativar o
marcada. A opção Imprimir está localizada no grupo Exibir Lado a Lado.
Opções de Planilha da guia Layout da Página.

120
PRINCIPAIS FUNÇÕES
4.9 (Redefinir Posição da Janela): redefine a
posição da janela dos documentos que estão sendo
comparados lado a lado de modo que dividam a tela Função Significado
igualmente. Para habilitar este recurso, é necessário
ativar o Exibir Lado a Lado. Encontra o valor da soma
de um conjunto de células
SOMA(núm1;núm2;...)
definidas ou de um intervalo de
células definido.
4.10 (Salvar Espaço de Trabalho): salva o
layout atual de todas as janelas como um espaço de Encontra o valor da média
trabalho, para que possa ser restaurado mais tarde. de um conjunto de células
MÉDIA(núm1;núm2;...)
definidas ou de um intervalo de
células definido.
4.11 (Alternar Janelas): passa para outra pasta de Encontra o valor da
trabalho que esteja aberta no momento. multiplicação de um conjunto
MULT(núm1;núm2;...)
de células definidas ou de um
intervalo de células definido.
5. Grupo Macros Encontra o maior valor
de um conjunto de células
MÁXIMO(núm1;núm2;...)
definidas ou de um intervalo de
células definido.
5.1 (Macros): exibe a lista de macros, na qual o Encontra o menor valor
usuário poderá executar, criar ou excluir uma macro. de um conjunto de células
MÍNIMO(núm1;núm2;...)
Macro é uma sequência de ações gravadas pelo definidas ou de um intervalo de
usuário. A Macro pode ser acessada por meio de um células definido.
botão na barra de ferramentas ou por uma tecla de Retorna o k-ésimo maior
atalho que o usuário escolhe antes do processo de valor em um intervalo de dados.
gravação. MAIOR(matriz;k) O quarto maior valor, por
exemplo, pode ser encontrado

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
FÓRMULAS definindo k como 4.
Retorna o k-ésimo menor
Fórmulas são utilizadas quando o usuário deseja inserir valor em um intervalo de dados.
MENOR(matriz;k) O quarto menor valor, por
uma expressão matemática em uma célula para poder obter exemplo, pode ser encontrado
o seu resultado. definindo k como 4.

Retorna o resto da divisão


MOD(núm;divisor) de número pelo divisor.
Operador Significado
Exemplo, MOD(7;2) retornaria 1.
+ Adição
Retorna o valor com maior
- Subtração frequência, ou seja, o valor que
mais se repete. Quando dois
MODO(núm1;núm2;...)
* Multiplicação ou mais termos se repetem,
MODO retorna o primeiro que
/ Divisão aparece com relação às linhas.

^ Exponenciação Retorna a mediana de


um determinado conjunto de
números. A mediana é o termo
Como exemplo, considere a planilha da Figura 1 na qual central quando a quantidade
MED(núm1;núm2;...)
há a necessidade de calcular a média de ligações locais dos de termos é ímpar ou a média
meses de Janeiro, Fevereiro e Março em uma residência. aritmética dos dois termos do
meio quando a quantidade de
termos é par.

Arredonda um número para


uma determinada quantidade
ARRED(núm;núm_dígitos)
de casas decimais. Exemplo,
ARRED(7,868;1) retornaria 7,9.
Remove a parte decimal
até ser obtida a quantidade
Para isso, o usuário poderá digitar ‘=(B2+C2+D2)/3’ na
determinada de casas
célula E2, por exemplo. Observe que os parênteses são uti- decimais desejada. Exemplo,
TRUNCAR(núm;núm_
lizados conforme as regras de operações matemáticas, ou TRUNCAR(7,868;1) retornaria
dígitos)
7,8. Truncar simplesmente
seja, a soma será calculada primeiro e depois é que será
remove as casas decimais
realizada a divisão. não arredonda como a função
As Fórmulas podem ser iniciadas com “=”, “+” ou “–”. ARRED.
Fórmulas não poderão ser iniciadas com “@”.

121
Realiza uma comparação
lógica e, a partir dessa
SE(teste_logico;valor_se_ comparação, retorna um
verdadeiro;valor_se_falso) valor caso a comparação seja
verdadeira ou outro valor caso
a comparação seja falsa.

É interessante ressaltar que as funções se baseiam em


um conjunto de células definidas ou em um intervalo de célu-
las definido. Essa diferença pode ser feita por meio da utili- Em seguida, o usuário copia o conteúdo da célula A1 e
zação de dois-pontos (: ) ou de ponto-e-vírgula (; ). Conside- cola na célula C3. Verifique na figura abaixo que na célula
rando a Figura 1, se um usuário digitar na célula E2 a função C3 a fórmula que aparece é a mesma que na célula A1, pois
‘=SOMA(B2:D2)’ aparecerá o resultado da soma da célula
os endereços de células da fórmula em A1 estão fixados
B2 até a célula D2, ou seja, as células somadas seriam B2,
pelo $ tanto na coluna quanto na linha, impedindo a atualiza-
C2 e D2 e o valor seria 105. Porém, se um usuário digitar na
ção de seus endereços.
célula E2 a função ‘=SOMA(B2;D2)’ aparecerá o resultado
da soma apenas da célula B2 e D2 e o valor seria 70.
As Funções podem ser iniciadas com “=”, “+”,“–” ou
“@”. O “@” é igual ao “=”.

FUNÇÃO SE

A função SE utiliza uma comparação para retornar um


valor caso a comparação seja verdadeira ou outro valor caso
a comparação seja falsa. A estrutura da função é a seguinte:
‘=SE(comparação; valor se verdadeiro; valor se falso)’. 2. Referência Relativa: ocorre Referência Relativa
Um exemplo da utilização da função SE seria a de saber quando não houver o $ nem na linha, nem na coluna de
a situação do aluno em determinada turma, ou seja, se ele um endereço de célula como fórmula contida na célula
está APROVADO ou se ele está REPROVADO. Considere a A1 da figura abaixo. A Referência Relativa deve ser uti-
HENRIQUE SODRÉ

figura abaixo: lizada quando um usuário desejar que a referência a


uma célula seja alterada na operação de copiar/colar.
Por exemplo, um usuário tem na célula A1 da figura
abaixo a fórmula que aparece na barra de fórmulas.

Caso o usuário desejasse saber a situação do aluno,


seria interessante utilizar a função SE da seguinte forma,
por exemplo: ‘=SE(D2>=5;“APROVADO”;“REPROVADO”)’.
A função utilizada fará uma comparação com a célula D2
vendo se o conteúdo da célula D2 é maior ou igual a 5.
Como o conteúdo realmente é maior ou igual a 5, a função
retornará o resultado quando a comparação é verdadeira, ou
seja, APROVADO. Em seguida, o usuário copia o conteúdo da célula A1 e
Os seguintes operadores de comparação poderão ser cola na célula C3. Verifique na figura abaixo que na célula
utilizados no campo comparação da função SE: = (igual); > C3 a fórmula que aparece não é a mesma que na célula A1,
(maior que); < (menor que); >= (maior ou igual); <= (menor pois os endereços de células da fórmula em A1 não estão
ou igual); <> (diferente). fixados pelo $. Como a fórmula foi colada 2 colunas para a
direita e 2 linhas para baixo com relação à célula de onde ela
REFERÊNCIAS foi copiada, então a fórmula deve sofrer uma atualização de
seus endereços de célula de acordo com esta movimenta-
1. Referência Absoluta: o $ é utilizado para fixar uma ção. Portanto, o endereço A3 vira C5 e C1 vira E3 como na
coluna e/ou uma linha para que não ocorra a atualiza- figura abaixo.
ção quando uma fórmula ou função é copiada e colada
em uma ou várias células. Ocorre Referência Absoluta
quando o $ fixar o conteúdo de uma coluna e de uma
linha ao mesmo tempo, como em $A$1. A Referência
Absoluta deve ser utilizada quando um usuário não
desejar que a referência a uma célula não seja alte-
rada nesta operação de copiar/colar. Por exemplo, um
usuário tem na célula A1 da figura abaixo a fórmula que
aparece na barra de fórmulas.

122
3. Referência Mista: uma referência mista tem coluna fixa
e linha livre ou linha fixa e coluna livre. Uma referência
de coluna absoluta tem o formato $A1, $B1 e assim por
diante. Uma referência de linha absoluta tem o formato
A$1, B$1 e assim por diante. Se a posição da célula que
contém a fórmula se alterar, a referência relativa será
alterada e a referência absoluta não se alterará.
A alça de preenchimento permite o incremento ou
decremento de um valor. Exemplo:
4. Referência Circular: ocorre quando uma fórmula ou
função está localizada dentro da própria área de atu-
ação. Por exemplo, colocar em A3 uma função como
a que se pode verificar na barra de fórmulas da figura
abaixo.

Verifique que a função está tentando encontrar a soma


do intervalo de células de A1 até C3, porém a função foi

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
inserida em uma célula que pertence a esse intervalo. Como
consequência, o Excel exibe um aviso que uma Referência
Circular foi gerada e, após a confirmação da mensagem,
BROFFICE.ORG WRITER 3.2
aparecerá “0” (zero) na célula onde a função foi inserida.

5. Referência 3D: ocorre quando o usuário deseja fazer


referência a uma célula ou a um intervalo de células
que se encontra em uma outra planilha de uma mesma
pasta de trabalho. Por exemplo, um usuário deseja
que na célula C2 da Planilha 2 apareça o valor que
está na célula F9 da Planilha 1. Para isso, o usuário
deve digitar =Planilha1!F9 na célula C2 da Planilha 2.
Ou seja, nome da planilha e endereço da célula.

6. Referência Externa: ocorre quando o usuário deseja


fazer referência a uma célula ou a um intervalo de
células que se encontra em uma outra planilha de
uma outra pasta de trabalho. Por exemplo, um usuário
deseja que na célula F4 da Planilha 4 da Pasta Henri-
que apareça o valor que está na célula B2 da Planilha
3 da Pasta Relatório. Para isso, o usuário deve clicar
na célula F4 da Planilha 4 da Pasta Henrique e digitar
=[Relatório.xls]Planilha3!B2. Ou seja, [nomedapasta. MENU ARQUIVO
xls]nomedaplanilha!endereçodacélula.

ALÇA DE PREENCHIMENTO 1. Novo: cria um novo documento ou modelo de texto ou


de planilha do BrOffice.org.
A alça de preenchimento é o pequeno quadrado preto 2. Abrir: abre ou importa um arquivo.
no canto inferior direito em uma seleção. Quando o usuá- 3. Documentos recentes: lista os arquivos abertos mais
rio aponta para a alça de preenchimento, o ponteiro muda recentemente. Para abrir um arquivo da lista, clique no
para uma cruz preta. Com a alça de preenchimento, o usu- nome dele.
ário pode repetir uma palavra ou um número ou preencher 4. Assistentes: guia o usuário na criação de cartas comer-
uma sequência de valores que se ajustam a uma tendência ciais e pessoais, fax, agendas, apresentações etc.
linear simples.

123
5. Fechar: fecha o documento atual sem sair do pro- 4. Cortar: remove o que estiver selecionado do docu-
grama. mento ativo e o coloca na Área de transferência.
6. Salvar: se o arquivo ainda não foi salvo, abre a janela 5. Copiar: copia a seleção para a área de transferência.
Salvar como. Se o arquivo já existe, salva o arquivo 6. Colar: insere o conteúdo da área de transferência na
ativo com o mesmo nome, local e formato do arquivo posição do cursor e substitui o texto ou os objetos sele-
atual. cionados.
7. Salvar como: salva o documento atual em outro local 7. Colar Especial: insere o conteúdo da área de transfe-
ou com um nome de arquivo, localização ou tipo de rência no arquivo atual em um formato que o usuário
arquivo diferente. pode especificar. Permite colar como texto sem forma-
8. Salvar tudo: salva todos os documentos abertos do tação, por exemplo.
BrOffice.org. Este comando só estará disponível se 8. Selecionar Texto: permite ativar um cursor de sele-
dois ou mais arquivos tiverem sido modificados. ção em um texto que seja somente leitura para que o
9. Recarregar: substitui o documento atual pela última usuário possa selecionar uma parte do documento. O
versão salva. cursor de seleção não fica intermitente.
10. Versões: salva e organiza várias versões do docu- 9. Modo de seleção: permite alternar entre o modo de
mento atual no mesmo arquivo. O usuário poderá abrir, seleção padrão ou bloco.
excluir e comparar versões anteriores. 10. Selecionar Tudo: seleciona todo o conteúdo do
11. Exportar: salva o documento atual com outro nome e arquivo, quadro ou objeto de texto atual.
no local que o usuário especificar. 11. Alterações: lista os comandos que estão disponíveis
12. Exportar como PDF: salva o arquivo atual no formato para rastrear as alterações em um arquivo. Permite,
PDF (Portable Document Format). É possível ver e impri- por exemplo, que as alterações sejam exibidas para
mir um arquivo PDF em qualquer plataforma sem perder que o usuário possa aceitar ou rejeitar uma alteração
a formatação original, desde que haja um software com- que foi realizada no arquivo.
patível instalado. 12. Comparar Documento: compara o documento atual
13. Enviar: envia uma cópia do documento atual para dife- com outro documento que o usuário selecionar.
13. Localizar e Substituir: procura ou substitui textos ou
HENRIQUE SODRÉ

rentes aplicativos.
14. Propriedades: exibe as propriedades do arquivo atual formatos no documento atual.
como tamanho, localização e a data da criação do 14. AutoTexto: insere texto pré-formatado como uma
arquivo. Exibe também as estatísticas, como quanti- expressão, frase ou texto que pode ser inserido no
dade de linhas, páginas etc. documento sem a necessidade de ser digitado.
15. Assinaturas digitais: esta caixa de diálogo adiciona 15. Trocar Banco de Dados: altera a fonte de dados do
e remove assinaturas digitais do documento. Pode ser documento atual. Para exibir corretamente o conteúdo
utilizada também para exibir certificados. dos campos inseridos, o banco de dados que foi subs-
16. Modelos: permite organizar e editar os modelos, bem tituído deve conter nomes de campos idênticos.
como salvar o arquivo atual como um modelo. 16. Campos: abre uma caixa de diálogo na qual o usuário
17. Visualizar no navegador da Web: permite visuali- pode editar as propriedades de um campo.
zar como o documento ficará quando for salvo como 17. Notas de rodapé/ Nota de fim: edita a âncora de nota
página da Web. de rodapé ou de nota de fim selecionada.
18. Visualizar página: visualiza como a página será 18. Entrada de Índice: edita a entrada de índice selecio-
impressa ou fecha a visualização. nada.
19. Imprimir: imprime o documento atual, a seleção ou as 19. Entrada Bibliográfica: edita a entrada bibliográfica
páginas que o usuário especificar. selecionada.
20. Configurar impressora: selecione a impressora 20. Hiperlink: abre uma caixa de diálogo que permite que
padrão para o documento atual. o usuário crie ou edite hiperlinks.
21. Sair: fecha todos os programas do BrOffice.org e soli- 21. Vínculos: permite a edição das propriedades de cada
cita que o usuário salve as alterações. vínculo no documento atual, incluindo o caminho para
o arquivo de origem. Este comando não estará dispo-
MENU EDITAR nível se o documento atual não contiver vínculos para
outros arquivos.
1. Desfazer: reverte o último comando ou a última entrada 22. Plug-in: permite a edição de plug-ins no seu arquivo.
digitada. Para selecionar o comando que o usuário Escolha este comando para ativar ou desativar este
deseja reverter, basta clicar na seta ao lado do ícone recurso. Quando ativado, aparecerá uma marca
Desfazer na barra Padrão. de seleção ao lado do comando e o usuário visua-
2. Restaurar: o comando Restaurar reverte a ação do lizará comandos para editar o plug-in em seu menu
comando Desfazer.
de contexto. Quando desativado, o usuário visualizará
3. Repetir: repete o último comando.
comandos para controlar o plug-in no menu de contexto.

124
23. Mapa de Imagem: permite que o usuário anexe URLs 15. Zoom: reduz ou amplia a exibição de tela do BrOffice.
a áreas específicas, denominadas pontos de acesso, org.
em uma figura ou em um grupo de figuras. Um Mapa
de Imagem é um grupo com um ou mais pontos de MENU INSERIR
acesso.
24. Objeto: permite a edição de um objeto selecionado. 1. Quebra Manual: insere uma quebra manual de linha,
de coluna ou de página na posição atual em que se
encontra o cursor.
MENU EXIBIR
2. Campos: insere um campo na posição atual do cursor.
O submenu lista os tipos de campos mais comuns
1. Layout de Impressão: exibe a aparência do arquivo como Data, Hora, Número da Página, Assunto, Título,
ao ser impresso. por exemplo. Para exibir todos os campos disponí-
2. Layout da Web: exibe o documento com a mesma apa- veis, basta escolher Outro.
rência que em um navegador da Web. Este recurso é 3. Caractere Especial: insere os caracteres especiais a
útil quando o usuário cria documentos HTML. partir das fontes instaladas.
4. Marca de formatação: abre um submenu para inse-
3. Barras de ferramentas: abre um submenu para mos-
rir marcas especiais de formatação como espaço
trar, ocultar ou personalizar uma barra de ferramentas.
incondicional (um espaço que manterá os carac-
Uma barra de ferramentas contém ícones e opções teres das margens juntos nas quebras de linhas), o
que permitem acessar rapidamente os comandos do hífen incondicional (um hífen que manterá os carac-
BrOffice.org. teres das margens juntos nas quebras de linhas) e o
4. Barra de status: mostra ou oculta a barra de status na hífen opcional (um hífen invisível em uma palavra que
borda inferior da janela. aparecerá e criará uma quebra de linha assim que o
5. Status do método de entrada: mostra ou oculta a último caractere se tornar uma linha).
janela de status do IME (Input Method Engine). 5. Seção: insere uma seção de texto no mesmo local

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
em que o cursor está posicionado no documento.
6. Régua: mostra ou oculta a régua horizontal, que o Também é possível selecionar um bloco de texto e,
usuário pode utilizar para ajustar margens de página, em seguida, escolher esse comando para criar uma
marcas de tabulação, recuos, bordas, células da tabela seção. Use as seções para inserir blocos de texto de
e para dispor objetos na página. outros documentos, para aplicar layouts de colunas
7. Limites do texto: mostra ou oculta os limites da área personalizados ou para proteger ou ocultar os blocos
imprimível da página. As linhas de limite não são de texto quando uma condição for atendida.
impressas. 6. Hiperlink: abre uma caixa de diálogo que permite que
o usuário crie e edite hiperlinks.
8. Sombrear campos: mostra ou oculta os sombrea-
7. Cabeçalho: adiciona ou remove um cabeçalho do
mentos de campos no documento, incluindo espaços
estilo de página que o usuário selecionar no sub-
incondicionais, hífens personalizados, índices e notas menu. O cabeçalho é adicionado a todas as páginas
de rodapé. que usam o mesmo estilo de página.
9. Nomes de Campo: alterna a exibição entre o nome e 8. Rodapé: adiciona ou remove um rodapé do estilo de
o conteúdo do campo. A presença de uma marca de página selecionado no submenu. O rodapé é adicio-
seleção indica que os nomes dos campos são exibi- nado a todas as páginas que usam o mesmo estilo.
dos e a ausência dessa marca indica que o conteúdo 9. Nota de rodapé/ Nota de fim: insere uma nota de
é exibido. O conteúdo de alguns campos não pode ser rodapé ou uma nota de fim no documento. A âncora
para a nota é inserida na posição atual do cursor. O
exibido.
usuário pode escolher entre a numeração automática
10. Caracteres não imprimíveis: mostra os caracteres ou um símbolo personalizado.
não imprimíveis no texto, como marcas de parágrafo, 10. Legenda: adiciona uma legenda numerada à figura,
quebras de linha, paradas de tabulação e espaços. tabela, quadro, quadro de texto ou objeto de desenho
11. Parágrafos ocultos: mostra ou oculta parágra- selecionado. O usuário também pode acessar este
fos ocultos. Esta opção afeta somente a exibição de comando clicando com o botão direito do mouse no
item ao qual deseja adicionar a legenda.
parágrafos ocultos. Ela não afeta a impressão desses
11. Marcador: cria indicadores que o usuário pode usar
parágrafos.
para marcar o texto, os gráficos, as tabelas ou outros
12. Notas: permite exibir/ocultar anotações. itens selecionados para futura localização. O usuário
13. Navegador: mostra ou oculta o Navegador. O usuá- poderá localizar as partes marcadas com os indica-
rio pode usá-lo para acessar rapidamente diferentes dores por meio da opção Navegador no Menu Exibir.
partes do documento. 12. Referência: esta é a posição em que o usuário insere
14. Tela inteira: mostra ou oculta os menus e as barras de as referências ou os campos referidos no documento
atual. As referências são os campos referidos no
ferramentas. Para sair do modo de tela inteira, clique
mesmo documento ou em subdocumentos de um
no botão Ativar/Desativar tela inteira.
documento mestre.

125
13. Nota: insere uma nota na posição atual do cursor. 11. Âncora: define as opções de encoramento para o
Para exibir ou editar o conteúdo de uma nota, sele- objeto selecionado.
cione-a e escolha este comando. 12. Quebra Automática: define as opções de quebra auto-
14. Script: insere um script na posição atual do cursor em mática de texto para figuras, objetos e quadros.
um documento HTML ou de texto. 13. Alinhamento: para objetos de texto, define as opções
15. Índices: abre um menu para inserir entradas de índice de alinhamento para a seleção atual. Para os demais
e inserir índices. objetos, alinha os objetos selecionados, um em rela-
16. Envelope: cria um envelope. Nas três páginas de ção ao outro.
guias, o usuário pode especificar o destinatário e o 14. Dispor: altera a ordem de empilhamento do(s)
remetente, a posição e o formato dos dois endereços e objeto(s) selecionado(s), permitindo trazer para frente,
o tamanho e a orientação do envelope. avançar, recuar ou enviar para trás, por exemplo.
17. Quadro: insere um quadro que o usuário pode usar 15. Inverter: inverte o objeto selecionado, horizontalmente
para criar um layout com uma ou mais colunas de texto ou verticalmente.
e objetos. 16. Agrupar: agrupa os objetos selecionados de forma
18. Tabela: insere uma tabela no documento. que possam ser movidos ou formatados como um
19. Régua Horizontal: insere uma linha horizontal na posi- único objeto.
ção atual do cursor. 17. Objeto: abre um submenu para editar propriedades do
20. Figura: selecione a origem da figura que deseja inserir. objeto selecionado.
21. Filme e som: insere um arquivo de vídeo ou de som 18. Quadro/ Objeto: insere um quadro que o usuário pode
no documento. usar para criar um layout com uma ou mais colunas de
22. Objeto: insere um objeto em seu documento. Para texto e objetos.
filmes e sons, bastar usar Inserir – Filme e som. 19. Figura: formata o tamanho, a posição e outras proprie-
23. Quadro Flutuante: insere um quadro flutuante no dades da figura selecionada.
documento atual. Os quadros flutuantes são usados
em documentos HTML para exibir o conteúdo de outro MENU TABELA
arquivo.
1. Inserir: permite inserir uma tabela, coluna ou linha.
HENRIQUE SODRÉ

24. Arquivo: insere um arquivo de texto na posição atual


do cursor. 2. Excluir: permite excluir uma tabela, coluna ou linha.
3. Selecionar: permite selecionar uma tabela, coluna,
MENU FORMATAR linha ou célula.
4. Mesclar células: combina o conteúdo das células
selecionadas da tabela em uma única célula.
1. Formatação padrão: remove formatação da seleção
5. Dividir células: divide a célula ou o grupo de células,
aplicando o estilo padrão.
horizontalmente ou verticalmente, no número de célu-
2. Caractere: muda a fonte e a formatação de fonte dos las que o usuário desejar.
caracteres selecionados como tipo, efeitos etc.
6. Proteger células: protege as células de uma possível
3. Parágrafo: modifica o formato do parágrafo atual, por edição.
exemplo, alinhamento, recuo e espaçamento entre 7. Mesclar tabela: combina duas tabelas consecutivas
linhas. em uma única tabela. As tabelas devem estar lado a
4. Marcadores e numeração: adiciona marcadores ou lado, e não separadas por um parágrafo vazio.
numeração ao parágrafo atual e permite que o usuário 8. Mesclar tabela: combina duas tabelas consecutivas
edite o formato da numeração ou dos marcadores. em uma única tabela. As tabelas devem estar lado a
5. Página: especifica os estilos de formatação e o layout lado, e não separadas por um parágrafo vazio.
do estilo de página atual, incluindo margens da página, 9. Dividir tabela: divide a tabela atual em duas tabelas
cabeçalhos, rodapés e o plano de fundo da página. separadas na posição do cursor. O usuário também
6. Alterar caixa: altera o uso de maiúsculas e minúsculas pode clicar com o botão direito do mouse em uma
nos caracteres selecionados ou, se o cursor estiver em célula da tabela para acessar este comando.
uma palavra, altera o uso de maiúsculas e minúsculas 10. Autoformatar: aplica automaticamente formatos à
de todos os caracteres nela. tabela atual, incluindo fontes, sombreamento e bordas.
7. Colunas: especifica o número de colunas e o layout de 11. Autoajustar: exibe os submenus Largura da coluna,
coluna para um estilo de página, quadro ou seção Largura de coluna ideal, Distribuir colunas uniforme-
8. Seções: altera as propriedades das seções definidas mente, Altura da linha, Altura de linha ideal, Distribuir
no documento. linhas uniformemente e Permitir quebra de linha em
9. Estilos e formatação: a janela Estilos e formatação páginas e colunas. Largura da coluna permite que o
permite aplicar, criar, editar, adicionar e remover estilos usuário possa alterar a largura de uma coluna. Largura
de formatação. de coluna ideal ajusta automaticamente as larguras
das colunas para corresponderem ao conteúdo das
10. Autocorreção: formata automaticamente o arquivo
células. A alteração da largura de uma coluna não
de acordo com as opções definidas em Ferramentas
– Autocorreção. afeta a largura das outras colunas na tabela. A largura

126
da tabela não pode exceder a largura da página. Dis- 9. Banco de dados bibliográfico: permite inserir, excluir,
tribuir colunas uniformemente permite ajustar a largura editar e organizar arquivos no banco de dados biblio-
das colunas selecionadas para corresponder à maior gráfico.
largura de coluna da seleção. A largura total da tabela 10. Assistente de mala direta: inicia o Assistente de Mala
não pode exceder a largura da página. Altura da linha Direta para criar cartas-modelo ou enviar mensagens
permite alterar a altura de uma linha. Altura de linha de e-mail a vários destinatários.
ideal ajusta automaticamente a altura das linhas para 11. Classificar: faz a classificação alfabética e numérica
que corresponda ao conteúdo das células. Distribuir dos parágrafos selecionados. O usuário pode definir
linhas uniformemente ajusta a altura das linhas sele- até três chaves de classificação e combinar chaves de
cionadas de acordo com a altura da linha mais alta na classificação alfanuméricas e numéricas.
seleção. Permitir quebra de linha em páginas e colunas 12. Calcular: calcula a fórmula selecionada e copia o
insere uma quebra de página na linha atual. resultado para a área de transferência.
12. Repetir linhas de título: repete os cabeçalhos das 13. Atualizar: atualiza os itens do documento atual com
tabelas nas páginas subsequentes quando a tabela se conteúdo dinâmico, como campos e índices.
estende por uma ou mais páginas. 14. Macros: permite gravar, organizar e editar macros.
13. Converter: permite converter texto em tabela ou tabela 15. Gerenciador de extensão: o Gerenciador de extensão
em texto. adiciona, remove, desativa, ativa, atualiza e exporta
14. Classificar: faz a classificação alfabética e numérica extensões do BrOffice.org.
dos parágrafos selecionados. O usuário pode definir 16. Filtros XML: abre a caixa de diálogo Configurações do
até três chaves de classificação e combinar chaves de
filtro XML, onde o usuário poderá criar, editar, excluir
classificação alfanuméricas e numéricas.
e testar filtros para importar e exportar arquivos XML.
15. Fórmula: abre a Barra de fórmulas para inserir ou
17. Opções da Autocorreção: define as opções para a
editar uma fórmula.
substituição automática de texto à medida que o usu-
16. Formato numérico: abre uma caixa de diálogo na qual
ário digita.
o usuário pode especificar o formato de números na
18. Personalizar: personaliza menus, teclas de atalho,

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
tabela.
barras de ferramentas e atribuições de macros do BrO-
17. Limites da tabela: mostra ou oculta os limites em torno
ffice.org.
das células da tabela. Os limites só são visíveis na tela
19. Opções: este comando abre uma caixa de diálogo
e não são impressas.
18. Propriedades da tabela: especifica as propriedades para configuração personalizada do programa.
da tabela selecionada, como, por exemplo, nome, ali-
nhamento, espaçamento, largura da coluna, bordas e MENU JANELA
plano de fundo.
1. Nova janela: abre uma janela com o mesmo conteúdo
MENU FERRAMENTAS da janela ativa, para que o usuário possa exibir partes
diferentes de um mesmo documento de forma simultâ-
1. Ortografia e gramática: verifica se há erros de orto- nea, por exemplo.
grafia e gramática.
2. Fechar janela: fecha a janela atual.
2. Idioma: abre um submenu em que o usuário pode
escolher comandos específicos do idioma como defini- 3. Lista de documentos: lista os documentos abertos no
ção de idioma para correção ortográfica, Dicionário de momento atual. Selecione o nome de um documento
Sinônimos e Hifenização. O Dicionário de Sinônimos na lista para alternar para esse documento.
substitui a palavra atual por um sinônimo ou um termo
relacionado. A Hifenização insere hífens em palavras MENU AJUDA
que são muito longas para caberem até o fim da linha.
O BrOffice.org pesquisa o documento e sugere uma
1. Ajuda do BrOffice.org: abre a página principal da
hifenização que o usuário pode aceitar ou não.
Ajuda do BrOffice.org do Writer. O usuário pode percor-
3. Contagem de palavras: conta as palavras e caracte-
res da seleção atual e do documento inteiro. rer as páginas da Ajuda e procurar por termos do índice
4. Numeração da estrutura de tópicos: especifica o for- ou por outro texto.
mato de número e a hierarquia para a numeração de 2. O que é isto?: ativa as dicas de ajuda adicionais sobre
tópicos no documento atual. o ponteiro do mouse até o próximo clique.
5. Numeração de linhas: adiciona ou remove e formata 3. Suporte: mostra informações de como obter suporte.
números de linha no documento atual. 4. Registro: conecta ao site do BrOffice.org na Web, onde
6. Notas de rodapé/ Notas de fim: especifica as configura-
o usuário pode registrar sua cópia BrOffice.org.
ções de exibição de notas de rodapé e notas de fim.
5. Verificar se há atualizações: verifica, por meio de
7. Galeria: abre a Galeria, onde o usuário poderá selecio-
nar figuras e sons para inserir no documento. uma conexão a Internet, se há uma nova versão do
8. Player de mídia: abre a janela do Player de mídia, em BrOffice disponível.
que o usuário poderá visualizar arquivos de filme e som 6. Sobre o BrOffice.org: exibe informações gerais do pro-
e inseri-los no documento atual. grama, como o número da versão e os direitos autorais.

127
BARRA DE FERRAMENTAS PADRÃO
13. Colar: Insere o conteúdo da área de transferência
na posição do cursor e substitui o texto ou os objetos
selecionados.

14. Pincel de estilo: copia a formatação do objeto


ou do texto selecionado e aplica-a a outro objeto ou a
outra seleção de texto.

15. Desfazer: reverte o último comando ou a última


entrada digitada. Para selecionar o comando que o
usuário deseja reverter, basta clicar na seta ao lado do
1. Novo: cria um novo documento do BrOffice.org.
ícone Desfazer.

2. Abrir: abre ou importa um arquivo.


16. Restaurar: o comando Refazer reverte a ação do
comando Desfazer.
3. Salvar: se o arquivo ainda não foi salvo, abre a
janela Salvar como. Se o arquivo já existe, salva o
arquivo ativo com o mesmo nome, local e formato do 17. Hiperlink: abre uma caixa de diálogo que permite
arquivo atual. que o usuário crie e edite hiperlinks.

4. E-mail com o documento anexado: envia o 18. Tabela: insere uma tabela no documento. O usuá-
documento atual como um anexo de e-mail com o pro- rio também pode clicar na seta, arrastar o mouse para
grama padrão de e-mail. selecionar o número de linhas e colunas a serem inclu-
ídas na tabela e, em seguida, clicar na última célula.
HENRIQUE SODRÉ

5. Editar arquivo: permite que o usuário edite um


documento somente leitura ou uma tabela de banco de
dados.

6. Exportar diretamente como PDF: exporta o


documento atual diretamente como PDF. Não é mos-
trada nenhuma caixa de diálogo de configurações.

7. Imprimir arquivo diretamente: imprime o docu-


mento ativo com as configurações de impressão padrão.

19. Mostrar funções de desenho: abre ou fecha a


8. Visualizar página: exibe uma visualização de barra Desenho, onde o usuário pode adicionar ao docu-
como a página será impressa ou fecha a visualização. mento atual formas, linhas, texto e textos explicativos.

9. Ortografia e gramática: verifica a ortografia 20. Localizar e substituir: procura ou substitui textos
manualmente. ou formatos no documento atual.

10. AutoVerificação ortográfica: verifica automa- 21. Navegador: mostra ou oculta o Navegador. O
ticamente a ortografia à medida que o usuário digita usuário pode usá-lo para acessar rapidamente dife-
sublinhando os erros. rentes partes do documento e para inserir elementos
do documento atual ou de outros documentos abertos,
bem como para organizar documentos mestre. Para
11. Cortar: remove o que estiver selecionado do editar um item do Navegador, basta clicar com o botão
documento ativo e o coloca na Área de transferência. direito do mouse no item e, em seguida, escolher um
comando do menu de contexto.
12. Copiar: copia a seleção para a área de transfe- 22. Galeria: abre a Galeria, onde o usuário poderá
rência. selecionar figuras e sons para inserir no arquivo.

128
23. Caracteres não imprimíveis: mostra os carac- 7. Sublinhado: sublinha o texto selecionado ou
teres não imprimíveis no texto, como marcas de remove o sublinhado do texto selecionado.
parágrafo, quebras de linha, paradas de tabulação e
espaços.
8. Alinhar à esquerda: alinha o parágrafo selecio-
nado em relação à margem esquerda da página.
24. Zoom: reduz ou amplia a exibição de tela do BrO-
ffice.org.
9. Centralizado: centraliza na página os parágrafos
25. Ajuda do BrOffice.org: abre a página principal da selecionados.
Ajuda do BrOffice.org do Writer. O usuário pode percor-
rer as páginas da Ajuda e procurar por termos do índice 10. Alinhar à direita: alinha os parágrafos seleciona-
ou por outro texto. dos em relação à margem direita da página.

BARRA DE FERRAMENTAS FORMATAÇÃO


11. Justificado: alinha os parágrafos selecionados
em relação às margens esquerda e direita da página.

12. Ativar/Desativar numeração: adiciona ou remove


a numeração dos parágrafos selecionados.

13. Ativar/Desativar marcadores: atribui pontos de


marcação aos parágrafos selecionados ou os remove
dos parágrafos com marcadores.

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
14. Diminuir recuo: é utilizado para reduzir o recuo
esquerdo do conteúdo da célula ou do parágrafo atual.
1. Estilos e formatação: exibe ou oculta a janela
Estilos e formatação que permite atribuir e organizar
15. Aumentar recuo: é utilizado para aumentar o recuo
os estilos.
esquerdo do conteúdo da célula ou do parágrafo atual.

2. Aplicar estilo: permite que


16. Cor da fonte: permite aplicar a cor da fonte atual
o usuário atribua um estilo ao parágrafo atual, aos
aos caracteres selecionados. O usuário também pode
parágrafos selecionados ou a um objeto selecionado.
clicar na seta ao lado do ícone para abrir a barra de
Outros estilos podem ser encontrados em Formatar –
ferramentas Cor da fonte.
Estilos e formatação.

17. Realçar: aplica a cor de realce atual ao plano de


3. Nome da fonte: permite que o
fundo de uma seleção de texto. Para alterar a cor de
usuário selecione um nome de fonte na lista ou digite um
realce, basta clicar na seta ao lado do ícone Realce e,
nome de fonte diretamente.
em seguida, clicar na cor desejada.

4. Tamanho da fonte: permite que o usuário 18. (Cor do plano de fundo): abre uma barra de fer-
escolha entre diferentes tamanhos de fone na lista ou ramentas onde o usuário pode clicar em uma cor de
que digite um tamanho manualmente. plano de fundo para um parágrafo. A cor é aplicada ao
plano de fundo do parágrafo atual ou dos parágrafos
selecionados.
5. Negrito: aplica o formato negrito ao texto selecio-
nado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará TECLAS DE ATALHO
toda em negrito. Se a seleção ou a palavra já estiver
em negrito, a formatação será removida.
Menu Arquivo

6. Itálico: aplica o formato itálico ao texto selecio- Comando Atalho no Word Atalho no Writer
nado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará
Novo CTRL+O CTRL+N
toda em itálico. Se a seleção ou palavra já estiver em
Abrir CTRL+A CTRL+O
itálico, a formatação será removida.

129
Salvar CTRL+B CTRL+S Menu Ferramentas
Imprimir CTRL+P CTRL+P
CTRL+W ou CTRL+W ou Comando Atalho no Word Atalho no Writer
Fechar
CTRL+F4 CTRL+F4 Controlar Altera-
Sair ALT+F4 ALT+F4 ou CTRL+Q CTRL+SHIFT+E
ções

Menu Editar Macros ALT+F8

Comando Atalho no Word Atalho no Writer Menu Tabela


Desfazer CTRL+Z CTRL+Z
Refazer CTRL+R CTRL+Y Comando Atalho no Word Atalho no Writer
Recortar CTRL+X CTRL+X Inserir Tabela CTRL+F12
Copiar CTRL+C CTRL+C
Colar CTRL+V CTRL+V Fórmula F2
Colar Especial CTRL+SHIFT+V
Selecionar Tudo CTRL+T CTRL+A Menu Ajuda
Localizar CTRL+L Comando Atalho no Word Atalho no Writer
Substituir CTRL+U
Ajuda F1 F1
Localizar e Subs-
CTRL+F
tituir
SELEÇÃO DE TEXTO PELO VIA MOUSE E TECLADO
Ir Para (Word)
e Navegador CTRL+Y ou F5 F5
(Writer) AÇÃO CONSEQUÊNCIA

Autotexto CTRL+F3 Clique simples sobre uma palavra Posiciona o cursor

Clique duplo sobre uma palavra Seleciona a palavra


HENRIQUE SODRÉ

Menu Inserir
Clique triplo sobre uma palavra Seleciona o período
Comando Atalho no Word Atalho no Writer
Clique quádruplo sobre uma palavra Seleciona o parágrafo
Autotexto F3

Hiperlink CTRL+K Clique simples + Pressionar e Seleciona da primeira à


manter pressionado o SHIFT + segunda palavras clicadas
Tabela CTRL+F12 clique simples (Seleção Estendida)

Menu Formatar
BARRA DE STATUS
Comando Atalho no Word Atalho no Writer
Negrito CTRL+N CTRL+B
Itálico CTRL+I CTRL+I
Sublinhado CTRL+S CTRL+U Indica em qual página está o
cursor e quantas páginas o docu-
Alinhar à Esquerda CTRL+Q CTRL+L
mento tem. Um duplo clique em
Centralizar CTRL+E CTRL+E 1/1 irá abrir a opção Navegador.
Alinhar à Direita CTRL+G CTRL+R Um clique com o botão direito do
Pág 1/1
mouse mostra todos os marca-
Justificar CTRL+J CTRL+J dores inseridos no documento.
Estilos e Formatação F11 Clique em um marcador para
posicionar o cursor do texto nesse
Fonte (Caixa de Diálogo) CTRL+D
local.
Maiúsculas e Minúsculas SHIFT+F3 Exibe o Estilo de Página atual.
Clique duas vezes para editar o
Padrão estilo, clique com o botão direito
Menu Ferramentas
do mouse para selecionar outro
Comando Atalho no Word Atalho no Writer estilo.
Especifica o idioma de verificação
Ortografia e Gra- ortográfica do local onde o cursor
F7 Português
mática está posicionado ou do trecho
Verificação Orto- selecionado.
F7 Exibe o modo de inserção atual. É
gráfica
INSER possível alternar entre INSERIR e
ACIMA.

130
Exibe o modo de seleção atual. É BROFFICE.ORG CALC 3.2
possível alternar entre PADRÃO,
PADRÃO
EXT = Extensão, ADIC = ADIÇÃO
e BLOCO.
Se as alterações no documento
não tiverem sido salvas no disco,
será exibido um “*” nesse campo
*
na barra de status. Isso também
se aplica a documentos novos,
que ainda não foram salvos.
Quando o cursor estiver em uma
seção nomeada, o nome da seção
Seção 1 aparecerá. Quando o cursor esti-
ver em uma tabela, o nome da
célula da tabela aparecerá.
Permite alternar entre os modos
de visualização das páginas do
documento. Uma página, duas
páginas ou duas páginas similar a
um livro aberto. MENU ARQUIVO
Permite definir um nível de zoom.
1. Novo: cria um novo documento ou modelo de texto ou
Exibe o nível de zoom. Com um de planilha do BrOffice.org.
clique duplo sobre 100%, é possí- 2. Abrir: abre ou importa um arquivo.
vel definir um nível de zoom.
3. Documentos recentes: lista os arquivos abertos mais
recentemente. Para abrir um arquivo da lista, clique no
TECLAS DE MOVIMENTAÇÃO nome dele.

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
4. Assistentes: guia o usuário na criação de cartas
(O SHIFT é utilizado em conjunto com as teclas de comerciais e pessoais, fax, agendas, apresentações
movimentação para selecionar) etc.
5. Fechar: fecha o arquivo atual sem sair do programa.
ATALHO FUNÇÃO 6. Salvar: se o arquivo ainda não foi salvo, abre a janela
Salvar como. Se o arquivo já existe, salva o arquivo
→ Movimenta o cursor um caractere à direita ativo com o mesmo nome, local e formato do arquivo
← Movimento o cursor um caractere à atual.
esquerda 7. Salvar como: salva o arquivo atual em outro local
ou com um nome de arquivo, localização ou tipo de
↑ Movimenta o cursor uma linha para cima
arquivo diferente.
↓ Movimenta o cursor uma linha para baixo 8. Salvar tudo: salva todos os arquivos abertos do BrO-
ffice.org. Este comando só estará disponível se dois ou
CTRL + → Movimenta o cursor uma palavra à direita
mais arquivos tiverem sido modificados.
CTRL + ← Movimenta o cursor uma palavra à 9. Recarregar: substitui o arquivo atual pela última versão
esquerda salva.
10. Versões: salva e organiza várias versões do arquivo
CTRL + ↑ Movimenta o cursor um parágrafo acima
atual no mesmo arquivo. O usuário poderá abrir, excluir
CTRL + ↓ Movimenta o cursor um parágrafo abaixo e comparar versões anteriores.
11. Exportar: salva o arquivo atual com outro nome e no
HOME Movimenta o cursor para o início da linha
local que o usuário especificar.
END Movimenta o cursor para o final da linha 12. Exportar como PDF: salva o arquivo atual no formato
PDF (Portable Document Format). É possível ver e
CTRL + HOME Movimenta o cursor para o início do
imprimir um arquivo PDF em qualquer plataforma sem
documento
perder a formatação original, desde que haja um sof-
CTRL + END Movimento o cursor para o final do docu- tware compatível instala.
mento 13. Enviar: envia uma cópia do documento atual para dife-
DEL Apaga o caractere à direita
rentes aplicativos.
14. Propriedades: exibe as propriedades do arquivo atual
BACKSPACE Apaga o caractere à esquerda como tamanho, localização e a data da criação do
arquivo. Exibe também as estatísticas, como quanti-
CTRL+DEL Apaga a palavra à direita
dade de linhas, páginas etc.
CTRL+BACKSPACE Apaga a palavra à esquerda 15. Assinaturas digitais: esta caixa de diálogo adiciona e
remove assinaturas digitais do documento. Pode ser uti-
lizada também para exibir certificados.

131
16. Modelos: permite organizar e editar os modelos, bem • Esquerda: preenche um intervalo selecionado de,
como salvar o arquivo atual como um modelo. no mínimo, duas colunas com o conteúdo da célula
17. Visualizar no navegador da Web: permite visualizar mais à direita.
como a planilha ficará quando for salva como página • Planilha: especifica as opções para a transferên-
da Web. cia de planilhas ou intervalos de uma determinada
18. Visualizar página: visualização como a página será planilha.
impressa ou fecha a visualização. • Linhas: gera séries automaticame
19. Imprimir: imprime o arquivo atual, a seleção ou as 14. Excluir Conteúdo: especifica o conteúdo a ser exclu-
ído da célula ativa ou de um intervalo de células
páginas que o usuário especificar.
selecionado.
20. Configurar impressora: selecione a impressora
15. Excluir Células: exclui completamente as células, as
padrão para o arquivo atual.
colunas ou as linhas selecionadas. As células abaixo ou
21. Sair: fecha todos os programas do BrOffice.org e soli- à direita das células excluídas preencherão o espaço.
cita que o usuário salve as alterações. 16. Planilha: permite mover, copiar, selecionar ou excluir
uma planilha.
MENU EDITAR 17. Excluir quebra manual: permite escolher o tipo de
quebra manual que o usuário deseja excluir.
1. Desfazer: reverte o último comando ou a última entrada 18. Vínculos: permite a edição das propriedades de cada
digitada. Para selecionar o comando que o usuário vínculo no documento atual, incluindo o caminho para
deseja reverter, basta clicar na seta ao lado do ícone o arquivo de origem.
Desfazer na barra Padrão. 19. Plug-in: permite a edição de plug-ins no seu arquivo.
2. Restaurar: o comando Restaurar reverte a ação do Escolha este comando para ativar ou desativar este
comando Desfazer. recurso. Quando ativado, aparecerá uma marca de
3. Repetir: repete o último comando. seleção ao lado do comando e o usuário visualizará
comandos para editar o plug-in em seu menu de
4. Cortar: remove o que estiver selecionado do docu-
contexto. Quando desativado, o usuário visualizará
mento ativo e o coloca na Área de transferência.
comandos para controlar o plug-in no menu de con-
5. Copiar: copia a seleção para a área de transferência.
texto.
HENRIQUE SODRÉ

6. Colar: insere o conteúdo da área de transferência na


20. Mapa de Imagem: permite que o usuário anexe URLs
posição do cursor e substitui o texto ou os objetos sele- a áreas específicas, denominadas pontos de acesso,
cionados. em uma figura ou em um grupo de figuras. Um Mapa de
7. Colar Especial: insere o conteúdo da área de transfe- Imagem é um grupo com um ou mais pontos de acesso.
rência no arquivo atual em um formato que o usuário 21. Objeto: permite a edição de um objeto selecionado.
pode especificar. Permite colar como texto sem forma-
tação, por exemplo. MENU EXIBIR
8. Selecionar Tudo: seleciona todo o conteúdo do
arquivo, quadro ou objeto de texto atual. 1. Normal: mostra a exibição normal da planilha.
9. Alterações: lista os comandos que estão disponíveis 2. Visualizar quebra de página: permite exibir as que-
bras de página e os intervalos de impressão na planilha.
para rastrear as alterações em um arquivo. Permite,
3. Barras de ferramentas: abre um submenu para mos-
por exemplo, que as alterações sejam exibidas para
trar ou ocultar barras de ferramentas. Uma barra de
que o usuário possa aceitar ou rejeitar uma alteração
ferramentas contém ícones e opções que permitem
que foi realizada no arquivo. acessar rapidamente os comandos do BrOffice.org.
10. Comparar Documento: compara o documento atual 4. Barras de fórmulas: mostra ou oculta a barra de fór-
com outro documento que o usuário selecionar. mulas, utilizada para inserir e editar fórmulas. A barra
11. Localizar e Substituir: procura ou substitui textos ou de fórmulas é a ferramenta mais importante durante o
formatos no documento atual. trabalho com planilhas.
12. Cabeçalho e Rodapés: permite que o usuário defina e 5. Barra de status: mostra ou oculta a barra de status na
formate cabeçalhos e rodapés. borda inferior da janela.
13. Preencher: preenche automaticamente as células com 6. Status do método de entrada: mostra ou oculta a
conteúdo. Apresenta as opções Para baixo, Direita, janela de status do IME (Input Method Engine).
7. Cabeçalhos de linhas e colunas: exibe o cabeçalho
Para cima, Esquerda, Planilha e Linhas.
das linhas e colunas.
• Para baixo: preenche um intervalo selecionado de,
8. Realce de valor: realça valores numéricos da planilha.
no mínimo, duas linhas com o conteúdo da célula
9. Navegador: mostra ou oculta o Navegador. O usuá-
superior do intervalo. rio pode usá-lo para acessar rapidamente diferentes
• Direita: preenche um intervalo selecionado de, no partes da planilha.
mínimo, duas colunas com o conteúdo da célula 10. Tela inteira: mostra ou oculta os menus e as barras de
mais à esquerda. ferramentas. Para sair do modo de tela inteira, clique
• Para cima: preenche um intervalo selecionado de, no botão Ativar/Desativar tela inteira.
no mínimo, duas linhas com o conteúdo da célula 11. Zoom: reduz ou amplia a exibição de tela do BrOffice.
mais abaixo. org.

132
MENU INSERIR MENU FORMATAR

1. Quebra Manual: insere uma quebra manual de linha, 1. Formatação padrão: remove formatação da seleção
de coluna ou de página na posição atual em que se aplicando o estilo padrão.
encontra o cursor.
2. Células: permite que o usuário especifique diversas
2. Células: abre a caixa de diálogo Inserir células, na qual
opções de formatação e aplique atributos às células
o usuário pode inserir novas células de acordo com as
opções especificadas. selecionadas como categoria, sombreamento, bordas,
3. Linhas: insere uma nova linha acima da célula ativa. O disposição do texto, por exemplo.
número de linhas inseridas corresponderá ao número 3. Linha: define a altura da linha e oculta ou mostra as
de linhas selecionadas. As linhas existentes são movi- linhas selecionadas.
das para baixo. 4. Coluna: define a largura da coluna e oculta ou mostra
4. Colunas: insere uma nova coluna à esquerda da célula as colunas selecionadas.
ativa. O número de colunas inseridas corresponde ao 5. Planilha: define o nome da planilha e oculta ou mostra
número de colunas selecionadas. As colunas existen-
as planilhas selecionadas.
tes são deslocadas para a direita.
5. Planilha: define as opções a serem usadas para inse- 6. Mesclar células: combina as células selecionadas em
rir uma nova planilha. O usuário pode criar uma nova uma única célula ou divide as células mescladas.
planilha ou inserir uma existente a partir de um arquivo. 7. Página: especifica os estilos de formatação e o layout
6. Planilha do arquivo: insere uma planilha a partir de do estilo de página atual, incluindo margens da página,
um arquivo de planilha diferente. cabeçalhos, rodapés e o plano de fundo da página.
7. Vincular a dados externos: insere dados de um 8. Intervalos de impressão: gerencia intervalos de
arquivo HTML, Calc ou Excel na planilha atual como impressão. Somente serão incluídas células dentro de
um vínculo. Os dados devem estar localizados em um intervalos de impressão.
intervalo nomeado. 9. Caractere: muda a fonte e a formatação de fonte dos
8. Caractere Especial: insere os caracteres especiais a caracteres selecionados como tipo, efeitos etc.
partir das fontes instaladas. 10. Parágrafo: modifica o formato do parágrafo atual, por

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
9. Marca de formatação: abre um submenu para inserir
exemplo, alinhamento, recuo e espaçamento entre
marcas especiais de formatação como espaço incon-
linhas.
dicional (um espaço que manterá os caracteres das
margens juntos nas quebras de linhas), o hífen incon- 11. Alterar caixa: altera o uso de maiúsculas e minúsculas
dicional (um hífen que manterá os caracteres das nos caracteres selecionados ou, se o cursor estiver em
margens juntos nas quebras de linhas) e o hífen opcio- uma palavra, altera o uso de maiúsculas e minúsculas
nal (um hífen invisível em uma palavra que aparecerá de todos os caracteres nela.
e criará uma quebra de linha assim que o último carac- 12. Estilos e formatação: a janela Estilos e formatação
tere se tornar uma linha). permite aplicar, criar, editar, adicionar e remover estilos
10. Hiperlink: abre uma caixa de diálogo que permite que de formatação.
o usuário crie e edite hiperlinks. 13. Autoformatar: formata automaticamente o arquivo
11. Função: abre o Assistente de Funções, que ajuda a de acordo com as opções definidas em Ferramentas
criar fórmulas de modo interativo. - Autocorreção.
12. Lista de Funções: este comando abre a janela Lista 14. Formatação Condicional: permite definir estilos de
de funções, que exibe todas as funções que podem ser
formato que serão aplicados de acordo com certas con-
inseridas no arquivo.
dições estabelecidas pelo usuário.
13. Nomes: Permite que o usuário nomeie as diferentes
15. Âncora: define as opções de ancoramento para o
seções do arquivo de planilha. Isso permite navegar
facilmente pelos arquivos de planilha e localizar infor- objeto selecionado.
mações específicas. 16. Alinhamento: para objetos de texto, define as opções
14. Nota: insere uma nota na posição atual do cursor. Para de alinhamento para a seleção atual. Para os demais
exibir ou editar o conteúdo de uma nota, selecione-a e objetos, alinha os objetos selecionados, um em relação
escolha este comando. ao outro.
15. Figura: selecione a origem da figura que deseja inserir. 17. Dispor: altera a ordem de empilhamento do(s) objeto(s)
16. Filme e som: insere um arquivo de vídeo ou de som selecionado(s), permitindo trazer para frente, avançar,
no documento. recuar ou enviar para trás, por exemplo.
17. Objeto: insere um objeto em seu documento. Para 18. Inverter: inverte o objeto selecionado, horizontalmente
filmes e sons, bastar usar Inserir – Filme e som. ou verticalmente.
18. Gráfico: Cria um gráfico no documento atual. Para 19. Agrupar: agrupa os objetos selecionados de forma
usar um intervalo de células como a fonte de dados do
que possam ser movidos ou formatados como um
seu gráfico, selecione as células e, em seguida, esco-
único objeto.
lha este comando.
20. Figura: permite inserir uma figura de um arquivo.
19. Quadro Flutuante: insere um quadro flutuante no
documento atual. Os quadros flutuantes são usados 21. Controle: abre uma caixa de diálogo que permite editar
em documentos HTML para exibir o conteúdo de outro as propriedades de um controle selecionado.
arquivo. 22. Formulário: permite especificar, entre outras coisas, a
fonte de dados e os eventos de todo o formulário.

133
MENU FERRAMENTAS MENU DADOS

1. Ortografia: verifica a ortografia manualmente. 1. Definir Intervalo: define um intervalo de banco de


2. Idioma: abre um submenu em que o usuário pode esco- dados com base nas células selecionadas na planilha.
lher comandos específicos do idioma como Dicionário 2. Selecionar Intervalo: seleciona um intervalo de banco
de sinônimos e Hifenização. O Dicionário de sinônimos de dados definido em Dados – Definir intervalo.
substitui a palavra atual por um sinônimo ou um termo 3. Classificar: classifica as linhas selecionadas de acordo
relacionado. A Hifenização insere hífens em palavras com as condições especificadas pelo usuário.
que são muito longas para caberem até o fim da linha. 4. Filtro: contém comandos de filtro.
O BrOffice.org pesquisa o documento e sugere uma 5. Subtotais: calcula os subtotais para as colunas sele-
hifenização que o usuário pode aceitar ou não. cionadas.
3. Detetive: rastreia as dependências da célula de fór- 6. Validade: define quais dados são válidos para uma
mula atual com relação às outras células da planilha. célula ou um intervalo de células selecionado.
4. Atingir Meta: abre uma caixa de diálogo na qual o usu- 7. Operações múltiplas: aplica a mesma fórmula a
ário pode resolver uma equação com uma variável. células diferentes, mas com diferentes valores de parâ-
5. Solver: permite resolver equações com várias incógni- metro.
tas através de métodos do tipo Atingir meta. 8. Texto para colunas: permite expandir o conteúdo das
6. Cenários: define um cenário para a área de planilha células selecionadas para múltiplas células. Por exem-
selecionada. plo, é possível expandir células que contém valores
7. Compartilhar documento: no BrOffice.org Writer e separados por vírgulas (CSV) para múltiplas células na
Impress, somente um usuário por vez pode abrir um mesma linha.
documento para gravação. No Calc, vários usuários 9. Consolidar: combina dados de um ou mais intervalos
podem abrir o mesmo documento de planilha para gra- de células independentes e calcula um novo intervalo
vação ao mesmo tempo. usando a função especificada.
8. Mesclar documento: quando um documento tiver sido 10. Esquema: permite criar um esquema para os dados
editado por mais de uma pessoa, é possível mesclar e agrupar linhas e colunas de modo a poder recolher
HENRIQUE SODRÉ

no original as cópias editadas. Para isso, é necessário e expandir os grupos com um único clique do mouse.
que o documento seja diferente apenas em relação às 11. Assistente de dados: abre o Assistente de Dados.
alterações gravadas – o restante do texto original deve Uma tabela do Assistente de Dados fornece um resumo
ser idêntico. de grandes quantidades de dados. O usuário poderá
9. Proteger documento: impede que sejam feitas altera- reorganizar a tabela do Assistente de Dados para exibir
ções nas células das planilhas ou nas planilhas de um resumos diferentes dos dados.
documento. O usuário também tem a opção de definir 12. Atualizar intervalo: atualiza um intervalo de dados
uma senha. inserido a partir de um banco de dados externo. Os
10. Conteúdo da célula: abre um submenu com coman- dados da planilha são atualizados para que correspon-
dos para calcular tabelas e ativar a AutoEntrada. dam aos dados do banco de dados externo.
11. Galeria: abre a Galeria, onde o usuário poderá sele-
cionar figuras e sons para inserir em seu documento. MENU JANELA
12. Player de mídia: abre a janela do Player de mída, em
1. Nova janela: abre uma janela com o mesmo conteúdo
que o usuário poderá visualizar arquivos de filme e som
da janela ativa, para que o usuário possa exibir partes
e inseri-los no documento atual.
diferentes de um mesmo documento de forma simultâ-
13. Macros: permite gravar, organizar e editar macros.
nea, por exemplo.
14. Gerenciador de extensão: o Gerenciador de extensão 2. Fechar janela: fecha a janela atual.
adiciona, remove, desativa, ativa e exporta extensões 3. Dividir: divide a janela atual no canto superior esquerdo
(pacotes) do BrOffice.org. da célula ativa.
15. Filtros XML: abre a caixa de diálogo Configurações de 4. Congelar: divide a planilha no canto superior esquerdo
filtro, onde o usuário pode criar, editar, excluir e testar da célula ativa. A área localizada na parte superior
filtros para importar e exportar arquivos XML. esquerda ficará fixa, ou seja, não será mais rolável.
16. Opções da Autocorreção: define as opções para a 5. Lista de documentos: lista os documentos abertos no
substituição automática de texto à medida que o usu- momento atual. Selecione o nome de um documento
ma lista para alternar para esse documento.
ário digita.
17. Personalizar: personaliza menus, teclas de atalho,
MENU AJUDA
barras de ferramentas e atribuições de macros do BrO-
ffice.org. 1. Ajuda do BrOffice.org: abre a página principal da
18. Opções: este comando abre uma caixa de diálogo Ajuda do BrOffice.org do Writer. O usuário pode percor-
para configuração personalizada do programa. rer as páginas da Ajuda e procurar por termos do índice
ou por outro texto.

134
2. O que é isto?: ativa as dicas de ajuda adicionais sobre
o ponteiro do mouse até o próximo clique. 12. Copiar: copia a seleção para a área de transfe-
3. Suporte: mostra informações de como obter suporte. rência.
4. Registro: conecta ao site do BrOffice.org na Web, onde
o usuário pode registrar sua cópia BrOffice.org. 13. Colar: Insere o conteúdo da área de transferência
5. Verificar se há atualizações: verifica, por meio de na posição do cursor e substitui o texto ou os objetos
uma conexão a Internet, se há uma nova versão do selecionados.
BrOffice disponível.
6. Sobre o BrOffice.org: exibe informações gerais do pro-
14. Pincel de estilo: copia a formatação do objeto
grama, como o número da versão e os direitos autorais.
ou do texto selecionado e aplica-a a outro objeto ou a
BARRA DE FERRAMENTAS PADRÃO outra seleção de texto.

15. Desfazer: reverte o último comando ou a última


entrada digitada. Para selecionar o comando que o
usuário deseja reverter, basta clicar na seta ao lado do
ícone Desfazer.

16. Restaurar: o comando Restaurar reverte a ação


do comando Desfazer.
1. Novo: cria um novo documento do BrOffice.org.
17. Hiperlink: abre uma caixa de diálogo que permite
2. Abrir: abre ou importa um arquivo. que o usuário crie e edite hiperlinks.

3. Salvar: se o arquivo ainda não foi salvo, abre a 18. Classificar em ordem crescente: classifica a

NOÇÕES DE INFORMÁTICA
janela Salvar como. Se o arquivo já existe, salva o partir do valor mais baixo para o mais alto, usando a
arquivo ativo com o mesmo nome, local e formato do coluna que contém o cursor.
arquivo atual.
19. Classificar em ordem decrescente: classificar a
partir do valor mais alto para o mais baixo, usando a
4. E-mail com o documento anexado: envia o
coluna que contém o cursor.
documento atual como um anexo de e-mail com o pro-
grama padrão de e-mail.
20. Gráfico: cria um gráfico no documento atual.
5. Editar arquivo: permite que o usuário edite um
documento somente leitura ou uma tabela de banco de 21. Mostrar funções de desenho: abre ou fecha a
dados. barra Desenho, onde o usuário pode adicionar ao docu-
mento atual formas, linhas, texto e textos explicativos.
6. Exportar diretamente como PDF: exporta o docu-
mento atual diretamente como PDF. Não é mostrada
nenhuma caixa de diálogo de configurações.

7. Imprimir arquivo diretamente: imprime o docu-


mento ativo com as configurações de impressão
padrão.

8. Visualizar página: exibe uma visualização de


como a página será impressa ou fecha a visualização. 22. Localizar e substituir: procura ou substitui textos
ou formatos no documento atual.
9. Ortografia: verifica a ortografia manualmente.
23. Navegador: mostra ou oculta o Navegador. O usu-
10. Autoverificação ortográfica: verifica automati- ário pode usá-lo para acessar rapidamente diferentes
camente a ortografia à medida que o usuário digita e, partes do documento e para inserir elementos do docu-
então sublinha os erros. mento atual ou de outros documentos abertos, bem
como para organizar documentos mestre. Para editar
um item do Navegador, basta clicar com o botão direito
11. Cortar: remove o que estiver selecionado do docu- do mouse no item e, em seguida, escolher um comando
mento ativo e o coloca na Área de transferência. do menu de contexto.

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24. Galeria: abre a Galeria, onde o usuário poderá 10. Justificado: alinha os parágrafos selecionados
selecionar figuras e sons para inserir no arquivo. em relação às margens esquerda e direita da página.

25. Zoom: reduz ou amplia a exibição de tela do BrO- 11. Mesclar células: combina as células selecionadas
ffice.org. em uma única célula ou divide as células mescladas.

26. Ajuda do BrOffice.org: abre a página principal 12. Formato numérico – moeda: aplica o formato de
da Ajuda do BrOffice.org do Calc. O usuário pode per- moeda padrão às células selecionadas.
correr as páginas da Ajuda e procurar por termos do
índice ou por outro texto.
13. Formato numérico – porcentagem: aplica o for-
BARRA DE FERRAMENTAS FORMATAÇÃO mato de porcentagem às células selecionadas.

14. Formato numérico – padrão: aplica o formato de


número padrão às células selecionadas.

15. Formato numérico – adicionar casa decimal: