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27/01/2018 Determinismo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Determinismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Determinismo (do verbo determinar, do latim determinare: a adição do prefixo de -"para fora" - e terminare -
terminar, limitar, finalizar.[1]) é a teoria filosófica de que todo acontecimento (inclusive o mental) é explicado pela
determinação, ou seja, por relações de causalidade.

Embora em seu sentido mais vulgar determinismo se refira a uma causalidade reducionista (redução de todos os
fenômenos do universo, por exemplo, à mecânica ou à química), não necessariamente é sinônimo de reducionismo.
Há vários tipos de determinismo, cada um definido pelo modo como determinação e causalidade são conceitualizados.

Índice
Tipos básicos de determinismo
Determinismo e liberdade
Referências
Lista de determinismos reducionistas
Ver também

Tipos básicos de determinismo


Pré-determinismo: se, como Laplace, o deísmo e o behaviorismo, supuséssemos que todo efeito já está
completamente presente na causa, temos um determinismo mecanicista onde a determinação é colocada no
passado, numa cadeia causal totalmente explicada pelas condições iniciais do universo.
Pós-determinismo: se, como na teleologia, supuséssemos que toda causalidade do universo é determinada por
alguma finalidade, temos um determinismo mecanicista onde a determinação é posta no futuro pela imaginação
de alguma entidade exterior ao universo causal (Deus).
Co-determinismo: se, como na teoria do caos, na teoria da emergência ou no conceito de rizoma,
supuséssemos que nem todo efeito está totalmente contido na causa, isto é, que o próprio efeito pode
simultaneamente interagir (causalmente) com outros efeitos, podendo inclusive acarretar um nível de realidade
diferente do nível das causas anteriores (por exemplo, a interação no nível molecular formando um outro nível de
realidade, a vida, ou a interação entre indivíduos formando um outro nível de realidade, a sociedade), temos um
determinismo onde a determinação é colocada no presente ou na simultaneidade dos processos.

Determinismo e liberdade
Os críticos do determinismo reivindicam a não-causalidade para justificar o livre-arbítrio e a livre escolha [2],
geralmente atribuindo aos deterministas um mecanicismo ou fatalismo tal como no pré-determinismo e no pós-
determinismo citados acima [3]. O que acima de tudo diferencia os deterministas, quaisquer que sejam, de seus
críticos é a afirmação destes últimos de que a alma, a vontade, o desejo e a escolha existem num universo à parte,
separado do universo causal.

Para os críticos do determinismo, só essa posição dominante e exterior da alma pode explicar a liberdade. No entanto,
há quem considere que essa crítica não leva em conta o terceiro exemplo de determinismo (co-determinismo), que
reconhece modos de causalidade que engendram vários níveis de realidade (por exemplo, molecular, biológico,

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psíquico, social, planetário...), cada qual com uma consistência que lhe dá autonomia, jamais cessando, porém, de
interagir com os outros níveis.

Filósofos tais como Nicolai Hartmann, Deleuze, Espinoza e Nietzsche não veem contradição alguma entre
determinismo radical e liberdade. Para Deleuze, liberdade não é livre escolha nem livre-arbítrio, mas sim criação.
Somos livres porque somos imanentes ao mundo determinista, mundo onde não existe nada que seja singularmente
determinado que não seja ao mesmo tempo singularmente determinante. Se supuséssemos que somos exteriores ao
mundo determinista, cai-se num determinismo inerte passadista (pré-determinismo), onde, segundo ele, só nos resta
a liberdade empobrecida chamada livre-arbítrio e livre escolha, que é pré-determinismo porque toda escolha e arbítrio
se dá entre duas ou mais entidades dadas, isto é, já determinadas, já criadas. [4][5]

Referências
1. «determinar | Palavras | Origem Da Palavra» (http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/determinar/).
origemdapalavra.com.br. Consultado em 12 de setembro de 2017
2. J. J. C. Smart, "Free-Will, Praise and Blame," Mind, July 1961, p.293-4.
3. The Cogito Model[1] (http://www.informationphilosopher.com/freedom/cogito/)
4. Gilles Deleuze, Espinoza, Filosofia Prática
5. Ricardo Rodrigues Teixeira, A Grande Saúde: uma introdução à medicina do Corpo sem Órgãos [2] (http://www.s
cielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832004000100004)

Lista de determinismos reducionistas


Determinismo ambiental.
Determinismo econômico
Determinismo comportamental
Determinismo mecânico
Determinismo social
Determinismo psicológico
Determinismo linguístico
Determinismo histórico
Determinismo cultural
Determinismo biológico
Determinismo geográfico

Ver também
Sistema dinâmico não linear
Monismo
Leibniz
Causalidade
Predestinação
Hippolyte Taine
Albert Einstein
Naturalismo
Compatibilismo (livre-arbítrio e determinismo)
Acaso
Aleatoriedade

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