Você está na página 1de 23

THE CATCHER IN THE REY JEROME DAVID

SALINGER
O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO
O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO
JEROME DAVID SALINGER

COMPONENTES:
AMPARO DANILO
GERCIANE IRISMAR
IVETE LAYS
LENI MAURA
RONATY TAYLA
INTRODUCTION
1945 – 1946: Publicado inicialmente em forma
de revista nos EUA.

1951 – Livro

Romance

Tornou-se o livro de romance mais lido nos EUA

240 páginas
INTRODUCTION
Narra: história de um Holden Caulfield de 17
anos

Vive em New York

Expulso de várias escolas

Rebelde e Inocente
INTRODUCTION
O Apanhador no Campo de Centeio é
uma espécie de caminho à autonomia
do indivíduo, à possibilidade de se
viver com liberdade e o custo de se
respeitar esse ideal.

Mas Holden é um dos primeiros a


mostrar que errar, e errar sem juízo
final, também pode ser um caminho.
JEROME DAVID SALINGER
Foi um escritor norte-americano. Sua grande realização foi a criação do
personagem Holden Caulfield, um adolescente desajustado protagonista e
narrador da obra "O Apanhador no Campo de Centeio” (1951).
Jerome David Salinger (1919-2010) conhecido como J.D. Salinger, nasceu em
Nova York, nos Estados Unidos, no dia 1 de janeiro de 1919. Filho de um judeu
de origem polonesa e de uma escocesa, viveu sua infância na Park Avenue, em
Manhattan. Começou a escrever ainda na escola secundária. A partir de 1940
publicou diversos contos. Estudou durante três anos na Academia Militar de
Valley Forge. Em 1942, serviu na Segunda Guerra Mundial. Terminado o
conflito, entrou para a Universidade de Columbia.
JEROME DAVID
SALINGER
J.D. Salinger foi um exímio contista, capaz de
profunda observação social em poucos traços.
Seus personagens se expressam com um
coloquialismo que poucos escritores
alcançaram. Ele pertence a um restrito grupo
de autores cuja assinatura se imprime não só
no campo literário, mas na cultura de seu
tempo. Sua grande realização foi o
personagem Holden Caulfield, um adolescente
desajustado, protagonista e narrador da obra
“O Apanhador no Campo de Centeio” (1951),
do original “The Catcher in the Rye”.
JEROME DAVID SALINGER
J.D. Salinger deu voz à sua geração e depois escolheu se
calar. Seu isolamento teve início em 1953, quando o
escritor, até então vivendo em Nova York, se mudou para
Cornish. Segundo uma antiga amante, Salinger falava de
dietas estranhas, de tratamentos homeopáticos e de uma
confusa devoção às mais variadas religiões, da cientologia
ao zen-budismo. Por mais de quarenta anos, viveu recluso,
sem publicar novos livros.
J.D. Salinger faleceu em Cornish, no estado de New
Hampshire, Estados Unidos, no dia 27 de janeiro de 2010.
THE CATCHER IN THE REY O APANHADOR NO CAMPO DE
CENTEIO
P
E
R
S
O
N
A
G
E
N
S
THE CATCHER IN THE RYE
O livro foi considerado um ícone da geração dos anos 60. O personagem
Holden Caufied era inquieto, desconfiado da autoridade adulta, mas
igualmente deslocado entre os colegas de sua idade. Não encontrava
nenhum sentido na vida por viver preso a instituições tradicionais como a
família e a escola. Sua inquietude e sua revolta sem objeto anteciparam a
cultura jovem contestadora das décadas seguintes.
O livro é narrado em primeira pessoa, portanto, pode-se praticamente
ouvir os pensamentos de Holden Caulfield ao passo em que se avança a
leitura do romance. O jovem conta não sua vida toda, mas um período
desde que foi expulso de sua última escola e passou por uma série de
acontecimentos que o fizeram crescer e compreender melhor o mundo e
a si mesmo. O romance começa com Holden já dizendo que tudo que
será narrado foram fatos que ocorreram há um ano – ele tinha
dezesseis quando os vivenciou e nos conta já com dezessete, depois de
ter sido internado em uma instituição de reabilitação.
THE CATCHER IN THE RYE
O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

“[...] E, afinal de contas, não vou contar


toda a droga da minha autobiografia
nem nada. Só vou contar esse negócio
de doido que me aconteceu no último
Natal, pouco antes de sofrer um
esgotamento e de me mandarem para
aqui, onde estou me recuperando. [...]”
Pág. 07
Desacreditado das pessoas e entediado com todos em
sua volta, Caufield procura, em personagens de seu
passado como um professor, antiga namorada, irmã
menor, as respostas para a confusão sem sentido que
toma conta de seus pensamentos.

“[...] Naquele tempo eu tinha dezesseis anos — estou


com dezessete agora — mas de vez em quando me
comporto como se tivesse uns treze. E a coisa é ainda
mais ridícula porque tenho um metro e oitenta e cinco
e já estou cheio de cabelos brancos. Estou mesmo. Um
lado da minha cabeça — o direito — tem milhões de
cabelos brancos desde que eu era um garotinho. [...]”
— Pág. 14
Ele tinha três irmãos, um mais velho chamado D.B. que é escritor e mora em
Hollywood, Phoebe, sua irmã menor, e Allie, que morreu de leucemia há alguns anos.
Holden ainda não se recuperou da perda e fica relembrando e se apoiando nas
lembranças do irmão, que ele tanto amava, e acaba criando um “fantasma” que acha
que o ajuda em alguns momentos.

No livro todo há vários simbolismos, como por exemplo, o questionamento de para


onde vão, durante o inverno, os patos que vivem no lago sul do Central Park, que
desaparecem, voltam e não deixam nenhum sinal de onde vão a cada estação; ele
compra um chapéu de caça vermelho que usa em vários momentos, como uma
espécie de escudo; o próprio título do livro, que é explicado durante uma conversa
dele com a irmã; etc.
Holden é um jovem, aparentemente comum, é
educado, apesar de desbocado, aventureiro etc.
Não é de fazer amigos, pois desconfia das pessoas
e as consideram muito falsas. Gosta de ler mas
odeia cinema. Reclama de tudo. Fuma como um
doido. E nessa sua viagem de volta para casa,
perambula por Nova York, encontra algumas
pessoas, inclusive uma prostituta, vai a bares,
onde muitas vezes é barrado quando pede
bebidas alcoólicas, em suma, é um cara sem leis,
que gosta de fazer o que bem deseja, do jeito que
quer.
“Odeio o cinema como se fosse um veneno, mas
me divirto imitando os filmes. [...] Tudo o que eu
preciso é de uma plateia. Sou um exibicionista. ”
— Pág. 33
ENTRE SEUS CONFLITOS PESSOAIS, O
PROTAGONISTA ACABA EXPONDO ALGUNS
PENSAMENTOS ÓTIMOS, COMO ESTE:
Antigamente eu achava a Sally muito inteligente, mas
só de burro que eu sou. Só porque ela entendia de
teatro, e peças, e literatura e todo esse negócio.
Quando as pessoas sabem um bocado sobre essas
coisas, a gente leva um tempão para descobrir se são
burras ou não. (Pg. 106).
Holden Caulfield é um grande exemplo de anti-herói, e
seu comportamento depressivo tem sido muito
questionado nos EUA, chegando-se a atribuir
comportamentos negativos de alguns adolescentes ao
fato de terem lido o livro.
O QUE FALAR DA INFLUÊNCIA QUE UM
TRECHO COMO ESTE PODERIA TER NUM
ADOLESCENTE:
Muita gente já tinha chegado de férias e acho que havia mais ou
menos um milhão de pequenas por ali, sentada ou em pé
esperando os namorados… Era realmente uma paisagem
interessante. De certo modo, também era meio deprimente,
porque a gente ficava pensando o que ia acontecer com todas
elas. Quer dizer, depois que terminassem o ginásio e a
faculdade. A maioria ia provavelmente casar com uns bobalhões.
Esses sujeitos que vivem dizendo quantos quilômetros fazem
com um litro de gasolina. Sujeitos que ficam doentes de raiva,
igualzinho a umas crianças, se perdem no golfe ou até mesmo
num jogo besta como pingue-pongue. Sujeitos que são um
bocado perversos. Sujeitos que nunca na vida abriram um livro.
Sujeitos chatos pra burro. (Pg. 122)
NÃO VEJO MOTIVOS PARA ACUSAR UM LIVRO PELO
FATO DELE INCENTIVAR UMA BUSCA PESSOAL POR
AQUILO QUE MUITAS VEZES OS OUTROS NÃO
ENTENDEM. UM PROFESSOR DO PROTAGONISTA O
COMPREENDEU E EXPLICOU A SITUAÇÃO DO RAPAZ
DA SEGUINTE MANEIRA:
Esta queda para a qual você está caminhando
é um tipo especial de queda, um tipo horrível.
O homem que cai não consegue nem mesmo
ouvir o baque do seu corpo no fundo. Apenas
cai e cai. A coisa toda se aplica aos homens
que, num momento ou outro de suas vidas,
procuram alguma coisa que seu próprio meio
não pode lhes proporcionar. Ou que pensavam
que seu próprio meio não poderia lhes
proporcionar. Por isso, abandonam a busca.
Abandonam a busca antes de começá-la de
verdade. (Pg. 182).
Mais pro final do livro, quando Holden está em casa conversando com sua irmã
Phoebe sem o conhecimento de seus pais, ela o pergunta do que ele gosta, já que
vive reclamando de tudo. Depois, de muito hesitar, responde , e é a explicação para
o título do livro:
“(.....)fico imaginando uma porção de garotinhos brincando de alguma coisa num
baita campo de centeio e tudo. Milhares de garotinhos, e ninguém por perto-quer
dizer, ninguém grande- a não ser eu. E eu fico na beirada de um precipício maluco.
Sabe o que quê eu tenho de fazer? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no
abismo. Quer dizer, se um deles começar a correr sem olhar para onde está indo, eu
tenho que aparecer de algum canto e agarrar o garoto. Só isso que eu ia fazer o dia
todo. Ia ser só um apanhador no campo de centeio e tudo. Sei que é maluquice, mas
é a única coisa que eu queria fazer. Sei que é maluquice.“ (PÁG. 168)
Após três dias de busca desesperada, Holden
decide fugir de casa. Idealiza um futuro neutro
em que não precisasse falar, quando se
casaria com uma mulher também muda e teria
filhos mudos; a esperança da vida plena se
recolhe diante da incapacidade de articular o
pensamento e vencer a inevitabilidade do
mundo adulto.
O mesmo professor provoca Holden a estudar.
Os homens cultos, diz, “tendem a se expressar
com mais clareza e, geralmente, têm a paixão
de desenvolver seu pensamento até o fim. E –
o que é mais importante – na grande maioria
dos casos têm mais humildade do que o
pensador menos culto”.
“As pessoas sempre estão pensando que alguma coisa é
totalmente verdadeira. Eu nem ligo, mas tem horas que fico
chateado quando alguém vem dizer para me comportar como um
rapaz da minha idade. Outras vezes, me comporto como se fosse
bem mais velho – no duro – mas aí ninguém repara. Ninguém
nunca repara em coisa alguma.”
O Apanhador no Campo de Centeio - J. D. Salinger
THE CATCHER IN THE REY
O APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

Você também pode gostar