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Nome: Mercúrio Abreviação Química Universal: Hg (hydrargyrum)

Massa Atômica: 200,059 u Classificação: Metal (líquido à temp. ambiente)

O mercúrio é um metal obtido através da ustulação de sulfetos e outros minerais.


Ele é utilizado em garimpos, em antigas fábricas de cloro e soda (como catalisador em
alguns processos químicos) e em pilhas de óxido de mercúrio. Seu nome faz referência
ao deus pagão Mercúrio, pois a fluidez do elemento foi comparada à velocidade do
deus.

O trabalhador que lida com o mercúrio metálico é o mais exposto aos vapores
invisíveis despreendidos pelo produto. Eles são aspirados sem que a pessoa perceba e
entra no organismo através do sangue, instalando-se nos órgãos.
Geralmente quem foi intoxicado dessa maneira pode apresentar sintomas como dor de
estomago, diarréia, tremores,depressão, ansiedade, gosto de metal na boca, dentes
molescom inflamação e sangramento nas gengivas, insônia, falhas de memória e
fraqueza muscular, nervosismo, mudanças de humor, agressividade, dificuldade de
prestar atenção e até demência. Mas a contaminação por mercúrio pode também
acontecer por ingestão.

As atividades industriais e a utilização de combustíveis fosseis em geral são


acompanhadas por grandes derramamentos de mercúrio. Quando um curso de água é
poluído pelo mercúrio, parte deste se volatiliza na atmosfera e depois torna a cair , em
seu estado original com as chuvas. Uma outra parte absorvida direta ou indiretamente
pelas plantas e animais aquáticos circula e se concentra em grandes quantidades ao
longo das cadeias alimentares. Alem disso, a atividade microbiana transforma o
mercúrio metálico em mercúrio orgânico, altamente tóxico.

Uma vez absorvido, o mercúrio é passando ao sangue, é oxidado e forma


compostos solúveis, os quais se combinam com as proteínas sais e álcalis dos
tecidos. Os compostos solúveis são absorvidos pelas mucosas, os vapores por via
inalatória e os insolúveis pela pele e pelas glândulas sebáceas. O mercúrio forma
ligações covalentes com o enxofre e quando entra na forma de radicais sulfidrilas, o
mercúrio bivalente substitui o hidrogênio para formar mercaptides tipo X-Hg-SR e
Hg(SR)2 onde R é proteína e X radical eletronegativo. Os mercurais orgânicos formam
mercaptides do tipo RHg-SR. Os mercurais interferem no metabolismo e função celular
pela sua capacidade de inativar as sulfidrilas das enzimas, deprimindo o mecanismo
enzimático celular.

Os garimpeiros e outros profissionais ligados à chamada "queima do ouro", estão


expostos a níveis extremamente tóxicos de vapor de mercúrio. A exposição ao vapor de
mercúrio origina a "doença do chapeleiro maluco", personagem da Inglaterra vitoriana
descrita no famoso livro de Lewis Carrol, Alice no país das maravilhas.
O mercúrio é utilizado em um grande número de processos industriais, entre eles
a produção de lâmpadas fluorescentes. A concentração de mercúrio no ar altera-se de
acordo com a temperatura, sendo que a evaporação é maior quanto mais elevada for esta
última. A absorção do vapor de mercúrio se dá principalmente por via pulmonar, através
da inalação. Segundo Foá (1986), a percentaggem de retenção nos pulmões varia de 74
a 80%.

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