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Patos - PB
2017
MEIO AMBIENTE &
SUSTENTABILIDADE
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
(organizadores)
Patos - PB
2017
Byte Systems - Soluções Digitais
Editoração Eletrônica - contato@bssd.com.br
Ficha Catalográfica
Catalogação na Fonte
E-book
CDU: 616-083
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
Na produção de queijo, o leite é matéria prima por excelência, o que faz com
esse produto seja reconhecido por valor nutritivo. Por outro lado, quando se
fala em produto artesanal, está se referido aquele que mantém características
tradicionais, ligadas à cultura de uma determinada região.
Acrescenta Dantas (2012) que o Brasil, a produção artesanal de queijo,
geralmente apresenta as seguintes características:
a) apresenta-se em pequena escola;
b) comercializada, na maioria das vezes, de maneira informal;
c) fica à margem da legislação vigente;
d) não possui controle de qualidade;
e) obedece a parâmetros fixados em regulamentos;
f) realizada de forma rudimentar.
3 Considerações Finais
4 Referências
9
A gestão ambiental
dos recursos hídricos
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
Leandro Machado da Costa
José Rivamar de Andrade
Douglas da Silva Cunha
Jessiane Dantas Fernandes
Patrício Borges Maracajá
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
3 Considerações Finais
4 Referências
21
A necessidade de uma nova
conscientização ambiental:
A educação ambiental como prática
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
Jessiane Dantas Fernandes
José Rivamar de Andrade
Douglas da Silva Cunha
Altevir Paula de Medeiros
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
que o homem atual seja consciente de que pode, de forma racional, utilizar-se
dos recursos naturais, sem, contudo, destruir a natureza.
Explica Guimarães (2001) que:
A Educação Ambiental traz para o ser humano uma nova ética ao mesmo
tempo em que mostra a necessidade de uma conscientização coletiva, pautada
26
A necessidade de uma nova conscientização ambiental: A educação ambiental como prática
num princípio que mostra que todo ser humano possui sua responsabilidade a
cumprir para com o meio ambiente. Na opinião de Quintas (2001), à educação
ambiental cabe:
3 Considerações Finais
Uma missão dessa natureza exige, por parte do professor uma redefinição
de seu papel, de sua forma de trabalho. É importante que ele reconheça que a
Educação Ambiental é complexa, sendo necessário várias áreas do conhecimento
humano para lhe dar o suporte necessário, ou seja, as condições teóricas e
metodológicas necessárias à sua efetivação.
A educação ambiental, tratada como tema transversal, deverá ser desenvolvida
como uma prática educativa integrada, contínua e permanente. A educação
ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização,
mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de
avaliação e participação dos educandos.
A educação ambiental trata de uma mudança de paradigma que implica
tanto uma revolução científica quanto política. A educação ambiental, não
somente pode educar para a cidadania, como também pode contribuir para a
coletividade consciente de seu papel como responsável pela preservação do
mundo que habita.
Esta, deve considerar o Meio Ambiente em sua totalidade, levando em conta
a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o
enfoque da sustentabilidade.
Assim, a Educação Ambiental deve promover o desenvolvimento de uma
compreensão integrada do Meio Ambiente, em suas múltiplas e complexas
relações, envolvendo todos os aspectos da vida humana.
As dificuldades que se colocam para a Educação Ambiental, enquanto prática
dialógica e crítica, são a falta de recursos, alegada pela maioria dos professores da
escola pública e as falhas no processo de formação para atuar como educadores
ambientais, verificadas pelos professores de ambas as redes de ensino.
Se toda comunidade escolar não se sensibilizar com as questões
socioambientais, vivenciadas cotidianamente, não haverá mudança de
comportamento. Este é o papel do educador ambiental: sensibilizar as pessoas
para que elas interiorizem os seus problemas mais próximos e adotem atitudes
para solucioná-los.
No entanto, a Educação Ambiental não é a solução para todos os problemas
ambientais, pois estes têm suas raízes em questões econômicas, políticas, dentre
outras, e que há conflitos de interesses entre os vários setores envolvidos.
Apesar disso, não se pode negar que a Educação Ambiental se constitui em
um movimento ético e histórico de suma importância para a construção de
uma consciência ambiental natural e cultural. Desta forma, percebe-se que a
dificuldade em se estabelecer uma prática adequada de Educação Ambiental
não se limita apenas aos fatores estruturais.
4 Referências
32
A importância dos levantamentos
florístico e fitossociológico para
a conservação e preservação das florestas
Alan Del Carlos Gomes Chaves
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
José Rivamar de Andrade
Douglas da Silva Cunha
Jessiane Dantas Fernandes
Patrício Borges Maracajá
1 Introdução
Na atualidade, a conservação da biodiversidade representa um dos
maiores desafios, em função do elevado nível de perturbações antrópicas dos
ecossistemas naturais, existentes no Brasil. Nesse contexto, os estudos sobre a
composição florística e a estrutura fitossociológica das formações florestais são
de fundamental importância, pois oferecem subsídios para a compreensão da
estrutura e da dinâmica destas formações, parâmetros imprescindíveis para o
manejo e regeneração das diferentes comunidades vegetais.
Nesse contexto, vem ganhando espaço a fitossociologia, que pode ser
definida como sendo a ciência das comunidades vegetais ou o conhecimento da
vegetação em seu sentido mais amplo. Ela serve para explicar os fenômenos que
se relacionam com a vida das plantas dentro das unidades ecológicas.
No cenário atual, a fitossociologia é considerada uma valiosa ferramenta
na determinação das espécies mais importantes dentro de uma determinada
comunidade. Através dos levantamentos fitossociológicos é possível estabelecer
graus de hierarquização entre as espécies estudadas e avaliar a necessidade de
medidas voltadas para a preservação e conservações das unidades florestais.
O presente artigo de revisão tem por objetivo mostrar que os conhecimentos
florístico e fitossociológico das florestas são fundamentais para a conservação e
preservação destas formações.
2 Revisão de Literatura
2.1 Fitossociologia: Conceito
A Fitossociologia envolve o estudo de todos os fenômenos que se relacionam
com a vida das plantas dentro das unidades sociais. Ela retrata o complexo
vegetação, solo e clima.
Alan Del Carlos Gomes Chaves et al.
ni ⋅ U
DA i =
A
Onde:
ni = número de indivíduos da espécie i;
A = área total amostrada, em m2
U = Unidade amostral (ha)
n ⋅100
DR
Onde:
ni = número de indivíduos da espécie i;
N = número total de indivíduos
Pi ⋅100
FA i =
P
Onde:
PI = número de parcelas ou pontos de amostragem em que a espécie ocorreu;
P = Número total de parcelas ou pontos de amostragem
36
A importância dos levantamentos florístico e fitossociológico para a conservação e preservação das florestas
FA i ⋅100
FR i =
FAZ
Pi ⋅100
FA i =
P
Onde:
PI = número de parcelas ou pontos de amostragem em que a espécie ocorreu;
P = Número total de parcelas ou pontos de amostragem.
p2 d2 ⋅ n
=ABi = ou ABi
4π 4
Onde:
ABi = área basal individual da espécie
p = perímetro;
d = diâmetro
ABi ⋅ U
DoA i =
A
VIII - Dominância relativa (DoR): representa a relação entre a área basal total
de uma espécie e a área basal total de todas as espécies amostradas.
ABi
DoR
= × 100
ABT
37
Alan Del Carlos Gomes Chaves et al.
Onde:
ABi = é a área basal de cada indivíduo da espécie;
ABT = é a soma das áreas basais de todas as espécies
IVC
= i DR i + DoR i
H'
= ∑ P ⋅ ln ( P )
i i
Onde:
Pi = ni/N em que n é o número de indivíduos da espécie e N é o número total
de indivíduos.
ln = logaritmo neperiano
H'
J=
H máx
Onde:
Hmáx = ln (S)
S = número de espécies amostradas
3 Considerações Finais
4 Referências
40
Uma abordagem sobre a utilização
dos mapas conceituais
no ensino de biologia
Fabiano Batista Lima
Jessiane Dantas Fernandes
Rosélia Maria Sousa Santos
José Ozildo dos Santos
Altevir Paula de Medeiros
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
o professor está proporcionando ao aluno condições para que este adquira uma
maior compreensão sobre o que está sendo trabalhado no contexto da sala de
aula, sintetizando o conteúdo e evitando que a aula seja considerada cansativa.
Destaca Moreira (2006b, p. 10) que os:
Com base na citação acima transcrita, um mapa conceitual pode ser utilizado
tanto para promover aprendizagem, quanto para avaliar o conhecimento
adquirido ao longo do processo educativo, em determinada disciplina ou num
componente curricular. Assim como tal ferramenta possui essa possibilidade
de uso, caberá ao professor selecionar a sua forma de utilização, objetivando
sempre obter os melhores resultados.
Complementando esse pensamento, informa Cunha (2011, p. 2) que:
Assim, quando o professor faz uso dos mapas conceituais em sala de aula
ele facilita a aprendizagem porque disponibiliza aos alunos um meio que
proporciona a estes estabelecerem uma relação entre os conceitos e os conteúdos
apresentados durante a aula. É esta possibilidade que faz dos mapas conceituais
45
Fabiano Batista Lima et al.
3 Considerações Finais
3 Referências
52
O programa de aquisição
de alimentos e o fortalecimento
da agricultura familiar
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
Mônica Justino da Silva
Juliana Gomes de Melo
Patrício Borges Maracajá
José Rivamar de Andrade
Douglas da Silva Cunha
Aline Carla de Medeiros
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
1
Segurança Alimentar e Nutricional é a garantia do direito de todos ao acesso a alimentos de
qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente, com base em práticas alimentares
saudáveis e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais e nem o sistema alimentar
futuro, devendo se realizar em bases sustentáveis. Todo país deve ser soberano para assegurar sua
segurança alimentar, respeitando as características culturais de cada povo, manifestadas no ato de
se alimentar (INSTITUTO CIDADANIA, 2001, p. 5).
57
José Ozildo dos Santos et al.
Nessa última modalidade são atendidos os produtores que ordenham até 100
litros de leite por dia.
O Quadro 1 sintetiza todas as modalidades que integram o Programa de
Aquisição de Alimentos, apresentando uma sucinta descrição de cada uma.
58
O programa de aquisição de alimentos e o fortalecimento da agricultura familiar
3 Consideração Finais
4 Referências
62
Produção e utilização
de briquetes no Brasil
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
Leandro Machado da Costa
Patrício Borges Maracajá
Douglas da Silva Cunha
José Rivamar de Andrade
Altevir Paula de Medeiros
1 Introdução
2 Revisão de Literatura
Fonte: http://www.paginasustentavel.com.br
Figura 1. Produção e aspectos dos briquetes.
3 Considerações Finais
4 Referências
69
Análise da percepção ambiental acerca
do bioma Caatinga por parte
dos docentes de uma escola pública
do município de Patos, Paraíba
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos Segundo
Vanessa Costa Santos
Jessiane Dantas Fernandes
Douglas da Silva Cunha
Altevir Paula de Medeiros
1 Introdução
Por outro lado, o Estado da Paraíba, onde o presente estudo foi realizado,
é a unidade federativa que possui o maior percentual de área com nível de
desertificação em nível muito grave, afetando o dia-a-dia de mais de 653
mil pessoas residentes em seu território (ABÍLIO; FLORENTINO, 2011). É
importante destacar que os problemas vivenciados nesse bioma são reflexos de
uma longa ação predatória, que não tem levado em consideração os parâmetros
de sustentabilidade, impossibilitando que o meio se recomponha de forma
natural.
No que diz respeito à percepção ambiental, trata-se, segundo Silva; Cândido
e Freire (2009, p. 24) de “um instrumento utilizado em diversas áreas do
conhecimento, buscando a melhoria da qualidade de vida do homem e dos
outros seres vivos, podendo ser definida como [...] o ato de perceber o ambiente
no qual se está inserido, protegendo e cuidando do mesmo”.
A partir do estudo da percepção ambiental é possível compreender as diferentes
formas de ver e sentir o ambiente, possibilitando um maior envolvimento com
as especificidades de cada comunidade, de maneira que possa ser desenvolvida
uma educação ambiental participativa, capaz de valorizar o contexto ambiental,
social, cultural, econômico e ético, elementos estes importantes para o processo
relacional homem-sociedade e natureza.
Desse modo, considerando que a Caatinga é o único bioma exclusivamente
brasileiro, com biodiversidade composta por fauna e flora peculiar, mas ainda
é pouco explorada cientificamente, como também marginalizada no processo
educativo, este trabalho objetiva analisar a percepção ambiental dos docentes da
Escola Estadual de Ensino Médio Monsenhor Vieira, localizada no município de
Patos, Estado da Paraíba.
2 Metodologia
A pesquisa foi realizada com 10 professores da Escola Estadual de Ensino
Médio Monsenhor Vieira, localizada no município de Patos, Estado da Paraíba,
durante o mês julho de 2016. O estudo caracterizou como sendo uma pesquisa
de cunho qualitativo, onde utilizou-se os pressupostos teórico-metodológicos
elementos da etnografia escolar, na forma demonstrada por Gil (2002).
Como instrumentos de coletas de dados utilizou-se um questionário
estruturado, contendo questões conceituais sobre a biodiversidade e relativas ao
bioma caatinga, com a finalidade de conhecer a percepção ambiental e aspectos
relacionados a práticas pedagógicas do professor no campo da Educação
ambiental. A escolha pela utilização de um questionário se deu, principalmente,
pela facilidade de se descrever as características e por permitir uma melhor
medição das variáveis dos grupos sociais estudados.
3 Resultados e Discussão
Na primeira pergunta do questionário, procurou-se saber dos professores
que participaram da pesquisa, como eles definiriam a Caatinga, enquanto bioma.
72
Análise da percepção ambiental acerca do bioma Caatinga por parte dos docentes de uma escola pública...
que além de ser consumido como alimento, possui uma utilização medicinal,
sendo adicionado a algumas plantas medicinais a exemplo do mastruz, do
limão, da laranja, da hortelã, da romã, bem como o e alho, principalmente, no
sertão paraibano (ANDRADE et al., 2012).
Através do 4º questionamento, indagou-se dos professores participantes,
como eles caracterizam o Semiárido. Na Figura 2 encontram-se apresentados os
dados relativos a esse questionamento.
Com base na Figura 2, verifica-se que 30% dos professores entrevistados,
caracterizam o Semiárido como sendo uma região que apresenta clima quente,
possuindo também baixas precipitações distribuídas de forma irregular; 40%
4 Considerações Finais
5 Referências
79
Sustentabilidade: Discutindo estratégias
para sua promoção
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
Vanessa da Costa Santos
José Rivamar de Andrade
Jessiane Dantas Fernandes
Douglas da Silva Cunha
Décio Carvalho Lima
1 Introdução
A princípio, visto como algo utópico, o desenvolvimento sustentável foi
ganhando forma e tornando-se realidade. Atualmente, já é possível enumerar
inúmeras ações/iniciativas de sucesso que promovem o desenvolvimento
sustentável e mostram que é possível haver desenvolvimento associado à
preservação do meio ambiente.
Apresentado como sendo uma atividade produtiva, que não degrada os
recursos naturais, o desenvolvimento sustentável é uma proposta que foi
formulada por Ignacy Sachs, no final dos anos sessenta, como sendo resultado
da combinação dos conceitos de justiça social, proteção ambiental e eficiência
econômica (SANTOS et al., 2013).
Antes limitado apenas ao contesto acadêmico, essa concepção de
desenvolvimento ganhou importância e atualmente é assunto nos diferentes
setores da sociedade, que de forma gradativa vem absorvendo os princípios da
sustentabilidade e assumindo um compromisso com as gerações futuras.
A presente produção acadêmica se justifica partindo do princípio de que
embora tenham se ampliado as discussões em torno do desenvolvimento
sustentável, as estratégias para a sua promoção ainda são muito pouco discutidas
e dificilmente abordadas no contexto acadêmico.
O presente artigo, de natureza bibliográfica, tem por objetivo mostrar a
importância da definição das estratégias para a promoção do desenvolvimento
sustentável.
2 Revisão de Literatura
2.1 Desenvolvimento Sustentável: Conceito e importância
Vários são os conceitos apresentados para o desenvolvimento sustentável.
Entretanto, nestes sempre se inclui a missão de usar os recursos naturais com o
José Ozildo dos Santos et al.
3 Considerações Finais
4 Referência
91
A sala de aula como espaço para
as discussões relacionadas às questões
ambientais da caatinga nordestina
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
Vanessa da Costa Santos
Leandro da Costa Machado
Douglas da Silva Cunha
Jessiane Dantas Fernandes
Altevir Paula de Medeiros
1 Introdução
2 Metodologia
3 Resultados e Discussão
Gráfico 3. Distribuição dos participantes quanto ao que vem a ser Meio Ambiente
Com base nos dados apresentados no Gráfico 3, para 20% dos professores
entrevistados, meio ambiente é o espaço que reúne as condições necessárias
à sobrevivência dos seres vivos; 30% entendem como sendo o conjunto dos
elementos físico-químicos, ecossistemas naturais e sociais em que se insere
o Homem, individual e socialmente. Contudo, 50% definem o termo meio
ambiente como sendo o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas.
O próprio IBGE (2004, p. 210) define meio ambiente como sendo o “conjunto
dos agentes físicos, químicos, biológicos e dos fatores sociais susceptíveis de
exercerem um efeito direto ou mesmo indireto, imediato ou a longo prazo, sobre
todos os seres vivos, inclusive o homem”.
Vários são os conceitos existentes para o termo meio ambiente. No entanto,
a noção básica que se tem sobre o mesmo é a de trata-se de tudo que existe em
volta dos seres vivos, incluindo também aquilo que não possui vida, além das
manifestações socioculturais. Por outro lado, o meio ambiente diz respeito aos
fatores bióticos, edáficos e climáticos que determina a sobrevivência dos seres
vivos sobre a Terra.
Através do 4º questionamento, indagou-se dos professores participantes,
como eles caracterizam o Semiárido. No Gráfico 4 encontram-se apresentados os
dados relativos a esse questionamento.
Com base no Gráfico 4, verifica-se que 30% dos professores entrevistados,
caracterizam o Semiárido como sendo uma região que apresenta clima quente,
possuindo também baixas precipitações distribuídas de forma irregular; 40%
afirmaram que o Semiárido apresenta rede de drenagem formada por riachos
100
A sala de aula como espaço para as discussões relacionadas às questões ambientais da caatinga nordestina
e rios temporários, enquanto que os demais (30%) declararam que tal região se
caracteriza por apresentar solos pedregosos e pobres em matéria orgânica.
O Semiárido nordestino caracteriza-se por possuir uma vegetação que
apresenta um aspecto agressivo, havendo uma predominância de cactáceas
colunares a exemplo do mandacaru e do facheiro, além de outros arbustos e
árvores com espinhos. Nessa região, o solo é bastante pedregoso e pouco
profundo. E, por isso, não consegue armazenar a água que cai, durante o período
chuvoso (DUQUE, 2004).
Posteriormente, indagou-se dos professores participantes, de que forma eles
trabalham a temática ambiental em suas disciplinas. O Gráfico 5, por sua vez,
sintetizam os dados relativos a esse questionamento.
Quando se analisa o Gráfico 5, verifica-se que 60% dos professores
entrevistados trabalham a temática ambiental como um tema transversal; 20%
declararam que exploram a referida temática mediante a realização de palestras
ou seminários e outros 20% informaram que utilizam-se de aulas de campo para
trabalharem a temática meio ambiente.
De acordo com Sato (2002, p. 37):
4 Conclusão
A pesquisa de campo possibilitou concluir que a maioria dos professores
entrevistados entende a Educação Ambiental como um processo que tem por
objetivo construir uma sociedade consciente sobre a necessidade de se preservar
o meio e de se discutir as questões a ele relacionadas. E, que o meio ambiente diz
respeito a um conjunto de condições, que permitem a existência dos seres vivos
na Terra.
É consenso entre a maior parte dos entrevistados de que a Caatinga constitui
um bioma único no mundo, possuindo suas singularidades, sendo formado por
uma vegetação à base de cactáceas. Especificamente em relação ao Semiárido,
os entrevistados possuem o entendimento de que se trata de uma região, que
em razão das condições climáticas, é formada por riachos e rios temporários,
apresentando ainda solos pedregosos e pobres em matéria orgânica.
Uma significativa conclusão proporcionada por esta pesquisa diz respeito
ao fato de que a escola a qual encontram-se vinculados os entrevistados, vem
desenvolvendo um projeto ambiental, demonstrando uma certa preocupação
com o meio ambiente, possibilitando a formação de uma melhor percepção
ambiental e dando os primeiros passos para sua transformação em escola
promotora da sustentabilidade.
Os dados coletados também demonstraram que todos os professores
entrevistados, independentemente da disciplina que lecionam, trabalham a
temática ambiental em suas salas de aulas, e, que a maioria faz isto de forma
transversal, embora considere difícil trabalhar tal temática.
Essa dificuldade alegada pela maioria dos professores entrevistados
em trabalhar a Educação Ambiental, traz implicações para o processo de
contextualização do ensino, no que diz respeito à necessidade de se focalizar o
Semiárido nas discussões promovidas no contexto escolar. E, como tal temática
não é abordada de forma ampla, vem contribuindo para limitar o conhecimento
sobre a região Semiárida, apresentado pelos alunos da maioria dos professores
entrevistados.
103
José Ozildo dos Santos et al.
Este fato demonstra a necessidade de uma maior capacitação por parte dos
professores em torno das questões ambientais, bem como a necessidade de uma
definição de novas metodologias que proporcionem uma maior aquisição de
conhecimento por parte dos alunos, proporcionando, assim, uma aprendizagem
significativa e a formação de cidadãos ecologicamente conscientes.
Em resumo, existe a necessidade de se investir na formação continuada
destes professores, de maneira que sejam trabalhado aspectos de instrumentação
de seus conhecimentos, de forma a desenvolver cada vez mais a Educação
Ambiental para o desenvolvimento sustentável de Semiárido nordestino.
5 Referências
105
Educação ambiental: O trabalho
desenvolvido por professores de uma
escola pública do interior da Paraíba
José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
José Ozildo dos Santos Segundo
Vanessa Costa Machado
Jessiane Dantas Fernandes
Ana Catarina Costa de Paiva
1 Introdução
2 Metodologia
3 Resultados e Discussão
5 Considerações Finais
6 Referências
115