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ISBN 978-85-62935-03-9
05
Agradecimentos
Vejo com alegria esta nova era que se inicia com o Prof.
Marquinhos ensinando e falando como fazer, o dia-a-dia das grandes
equipes do Futsal Brasileiro.
11
Prefácio II
Sei muito bem o que é ficar longe dos entes queridos e que isso
nos trás momentos de tristeza, mas com certeza, ao vermos
concretizada esta obra literária, fruto de muito trabalho que começou
lá atrás, e com muito sacrifício, luta e competência de sua parte, lhe
trará muito orgulho.
13
Espero que esta obra seja o marco de muitas outras e que
todas elas reflitam como esta, a realidade de quem conhece o Futsal
em todos os seus setores.
14
Sumário
Introdução.......................................................................................................... 17
Considerações Finais......................................................................................137
Referências Bibliográficas..............................................................................139
16
Introdução
18
Capítulo I
Noções Básicas sobre Preparação Física
Conhecimento e Aplicabilidade dos Trabalhos Físicos
Específicos no Futsal
21
Divisão das Fases do Treinamento Físico
PERÍODO PREPARATÓRIO
PERÍODO COMPETITIVO
22
Período Pré-competitivo: Os exercícios adquirem equilíbrio entre o
volume e a intensidade com o aumento aos realizados na preparação
básica.
% da intensidade máxima
Volume Prep. Prep. Pré Prep. Prep.
Básica Competitiva Competitiva Regenerativa
Alto 100% 90% 70% -
Médio 90% 80% 60% -
Baixo 80% 70% 50% 50
Fonte: (Benedito Daniel Olmos Hernandes Junior)
23
Planejamento Aplicado às Fases do Treinamento
Conteúdo / Objetivos:
Treinamento da potência aeróbica através de treinamento
intervalado (Ex.: tiros de 1.000 a 1.500m, num total de 5 a 7km
de volume por sessão).
Utilização de exercícios aeróbicos de duração contínua. (Ex.:
corridas com durações entre 20 a 30 minutos, o que equivale
aproximadamente 3 a 5 km).
Início do treinamento de força rápida, através de tiros de até
60m, realizados com e sem bola.
Aumento da força máxima e da massa muscular através da
musculação, visando à prevenção de lesões.
Condicionamento global, especialmente as capacidades onde
se encontram maiores deficiências.
Treinamento Técnico dos fundamentos em que o atleta
apresente deficiências.
Conteúdo / Objetivos:
Aperfeiçoamento da resistência aeróbica.
Aprimoramento da potência aeróbica.
Início do aprimoramento da força rápida, através de tiros de até
60m, realizados com e sem bola.
Início do treinamento de força de potência em musculação,
priorizando a musculatura dos membros inferiores.
Utilização de exercícios pliométricos.
Aumento do volume dos treinos técnicos e início do treinamento
tático e psicológico visando ao aprimoramento do espírito da
equipe.
Conteúdo / Objetivos:
Treinamento para manutenção e aprimoramento da resistência
24
e potência aeróbica.
Busca do máximo desempenho da força máxima e força de
potência através de movimentos técnicos específicos.
Treinamento da resistência anaeróbica lática (tolerância ao
lactato), atingindo o máximo de intensidade e buscando o
treinamento das capacidades de reação, frente à fadiga
provocada por esta intensidade.
Ênfase e aumento no volume de treinamento técnico e tático.
Atenção ao estresse psicológico referente aos desgastes da
competição.
25
Treinamento de Acordo com sua Predominância
Resistência Aeróbica:
Treinamento Aeróbico de intensidade baixa ou moderada com
duração de 20 , 30 ,40 e 50 min.
Treinamento Aeróbico de intensidade moderada de 3, 4 e 5 km.
(80% da capacidade ou controle de tempo).
Treinamento de Potência Aeróbica:
6 tiros de 1.000m (intervalo de 3 a 4 min.)
3 tiros de 1.500m (intervalo de 3 a 4 min.)
Resistência Anaeróbica:
Treino anaeróbico moderado, tiros de 100m (10 x 100m,
intervalo de 2 a 3 min.)
Treino anaeróbico forte, tiros de 50 e 60m (15 x 50 ou 60m,
intervalo de 1min.)
Treino anaeróbico forte, tiros de 25m (15 x 25m, intervalo de 30s
a 1 min.)
Treino anaeróbico forte, tiros de 30 a 40s (6 a 8 tiros x 30 a 40s,
intervalo de 2 a 3 min.)
Resistência de Velocidade:
Treinamento de resistência de velocidade (10 tiros de 300m,
intervalo de 1 a 3 min.)
Treinamento de resistência de velocidade (10 tiros de 400m,
intervalo de 1 a 3 min.)
Treinamento de resistência de velocidade (5 a 7 tiros de 500m,
intervalo de 1 a 3 min.)
26
Treinamento de Agilidade:
Deslocamento frente, costas, laterais, giros, toque no chão,
senta, levanta, treino com ou sem bola.
Deslocamento em diagonais, utilização de cones, barreiras etc.
Com ou sem bola.
Utilização do teste “T-Drill”, “Agility Shuttle Run Test” e “lllinois
Agily Test” para realização de atividades de agilidade, com e
sem bola.
Treinamento de Velocidade:
Tiros de 5 a 20m ( intervalo de 1 a 3 min.) Recuperação passiva.
Tiros de 2 a 10s ( intervalo de 1 a 3 min.) Recuperação passiva.
Repetições de 1 a 6 e número de séries de 3 a 5 em execução
máxima.
RESISTÊNCIA / VELOCIDADE
Resistência de Velocidade
30
Composições Dominantes entre as Capacidades
Biomotoras para Futsal
Lançamento/F.Reativa F RM Curta
Decolagem / Largada Duração
Consiste em correr
rapidamente/mudar
const. Direção sem
RM Longa
perder velocidade
V R Duração
Velocidade
Limiar Anaeróbio Velocidade
Limiar Aeróbio
Conquistar alta aceleração
31
Interdependência entre as Capacidades Biomotoras
Resistência Resistência
Muscular de AGILIDADE MOBILIDADE
Localizada Velocidade
POTÊNCIA
Fonte: Periodização no Treinamento Esportivo / Tudor O. Bompa
32
Intervalo de Descanso entre as Sessões de Treinamento
As consequências de um intervalo de descanso inadequado
34
Segundo (Bompa, 2001) “Uma consequência de um ID
inadequado é um maior uso do sistema AL para a energia. O grau de
ATP/CP são repostas dependendo da duração do ID. Quanto menor o
ID, menos ATP/CP são repostos e, consequentemente, menos
energia torna-se disponível”.
O que ocorre neste caso é que menos energia estará
disponível para a continuidade do trabalho, pois não ocorre a
restauração do ATP/CP de forma adequada, e o acúmulo de AL nos
músculos provocará dor e fadiga, prejudicando a capacidade física.
Existem trabalhos que necessitam mais de um dia para que as
fontes de energia utilizadas sejam prontamente restabelecidas.
As partidas de Futsal são um bom exemplo, pois a intensidade
dos jogos é extremamente alta e necessitam de um período
adequado para retornar as rotinas de treinamento, assim como as
substituições durante estas partidas ou competições. Elas devem
ocorrer sempre antes do atleta atingir os altos níveis de concentração
do AL, isso poderá proporcionar uma recuperação mais segura ainda
durante o próprio jogo.
Sem ID um atleta que permanece por muito tempo durante
uma partida, além de acumular excessivamente o AL ainda poderá ter
dificuldades para retornar aos treinamentos.
Competições ou Torneios que exigem do atleta um número de
partidas maior do que o comum aumentam ainda mais a preocupação
dos treinadores.
Infelizmente nossa realidade não nos permite, às vezes, um
revezamento adequado destes atletas, mas com certeza poderemos
minimizar os traumas decorrentes desta prática.
Por sua complexidade, este assunto mereceria um
aprofundamento muito maior, mas o objetivo do tema é de despertar o
interesse e provocar a real importância em nosso planejamento.
Transferindo estas informações para nossa realidade, com
certeza conseguiremos administrar melhor nossas sessões de
treinamento, já que o Futsal é uma modalidade de alta exigência
física e suas valências necessitam atenção.
O conhecimento científico a respeito do assunto é muito
importante, mas com certeza o bom senso e nossa sensibilidade para
negociar os Intervalos de Descanso poderão nos ajudar muito neste
processo complexo.
Palavras-chave
ATP – Adenosina Trifosfato / CP – Creatina Fosfato / AL – Ácido Láctico / ID – Intervalo de Descanso
35
Elaboração dos Trabalhos Práticos
Sugestões para construção de trabalhos físico/específicos
Deslocamentos/Mudanças de Direções
Passe pivô, velocidade frente (sem Velocidade frente (1) velocidade entre
bola), deslocamento lateral Direita, os cones sempre de frente, velocidade e
deslocamento lateral Esquerda, finalização (2). Pode ser executado sem
velocidade frente e finalização. bola como treinamento de velocidade.
39
Como pode-se observar, são atividades simples mas que
atendem algumas exigências do Futsal. O mais importante neste
momento é entender que os trabalhos e os planejamentos devem ser
divididos em trabalhos físicos de condicionamento geral e trabalhos
físicos específicos.
Reconhecer as principais valências, etapas do treinamento e a
administração entre o volume e intensidade, tornarão a elaboração
do programa ainda mais eficaz.
Desenvolver atividades que possam auxiliar o atleta no
aprimoramento dos fundamentos técnicos específicos do Futsal:
Movimentos de condução e controle de bola em velocidade;
Deslocamentos variados (frente, costas, lateralmente, etc);
Mudanças constantes de direção com e sem bola;
Trocas constantes de velocidade com e sem bola;
Trabalhos de ação e reação, coordenação e equilíbrio;
Estímulos perceptivos visuais e sonoros (comandos).
40
Circuitos Técnico/Físicos
Sugestões para construção de trabalhos físico/específicos
Montagem do Circuito I
Discriminação do Circuito
Desenvolvimento do Circuito
41
Montagem do Circuito II
Discriminação do Circuito
Desenvolvimento do Circuito
Número Tempo Tempo Tipo
Estações Execução Recuperação Repouso
10 1 min. 40 seg. Passivo
Discriminação do Circuito
Desenvolvimento do Circuito
43
Montagem do Circuito IV
Discriminação do Circuito
Desenvolvimento do Circuito
Número Tempo Tempo Tipo
Estações Execução Recuperação Repouso
10 1 min. 40 seg. Passivo
44
Sugestões de Testes Físicos Específicos
Resistência Aeróbica
Teste de Cooper (12 minutos)
Teste de 3.200 m
Resistência Anaeróbica
Teste dos 40 segundos
Agilidade
Teste de Shuttle Run
Teste “ T-Drill”
Velocidade
Teste de 25 metros
Teste de 30 e 60 m (Velocidade de Aceleração)
Teste de 30 e 60 m lançado (Velocidade Máxima)
Antropometria
Verificação de circunferências utilizando o padrão
mundial, com todos os segmentos em descontração
muscular.
Dobras Cutâneas
Mensuração da gordura corporal, coleta de pregas
cutâneas.
45
Capítulo II
Teorias e Técnicas do Jogo
Administre Bem sua Equipe
50
Avaliar e reavaliar o grupo, resultados, desempenho, entre
outros fatores, tudo isso é primordial para o bom andamento das
coisas. Buscar o envolvimento de todos, fazer com que todos
participem e tenham liberdade na construção do trabalho, autonomia
de decisão, e principalmente a coragem para assumir
responsabilidades diante de fatos e momentos difíceis como esse.
Uma “crise” não se inicia de um dia para o outro, portanto, não
se resolve da mesma forma, é necessário estar atendo aos
movimentos, e substituir reuniões que visam apenas achar culpados,
por encontros informais que indiquem soluções.
Muitas equipes são formadas da seguinte maneira:
Pois bem, poderia listar ainda mais tópicos neste espaço, mas
o objetivo é ir direto ao ponto principal, então, vejamos:
Esta ordem é constantemente alterada, pois muitas vezes o
técnico vem depois dos atletas. Os atletas não atendem o perfil da
equipe e muito menos da filosofia de trabalho do técnico. A estrutura é
precária, pois pensam que os profissionais apenas precisam receber
seus salários em dia.
O grupo formado pelos diretores, se reúne e aparece apenas
no dia da apresentação da equipe, quando muito fazem... E aí então,
estabelecem objetivos de uma forma bem simples e grosseira,
“queremos isso” viram as costas e aparecem apenas pra cobrar
resultados, porém, esqueceram de discutir o principal: “como fazer
para alcançar tudo isso”.
Então chega a minha vez de perguntar, como tudo isso pode
dar certo? Julgo sempre muito complicado buscar objetivos dessa
forma, falar apenas o que quer não é planejamento, planejamento é
estabelecer uma linha de trabalho para saber “como se pode
alcançar”, significa também exercer um monitoramento das ações do
grupo, avaliando e reavaliando constantemente tudo o que ocorre de
bom e também de ruim dentro dele, decidindo no momento certo e de
forma descentralizada.
51
A necessidade de confrontar informações e ideias de uma
forma profissional, sem impor o ponto de vista, querendo ser o “dono
da verdade”, poderá inibir a opinião de uma terceira pessoa,
impedindo o processo de construção e formação de opinião.
Segundo (Kohlraush, 1996) “Uma ‘crise’ não se inicia de um
dia para o outro, o vírus se instala e vai contaminando todas as áreas
e rapidamente, toma conta de tudo, e se tardarmos em combatê-lo,
(curá-lo) poderá sim ser tarde demais”. Então é importante estar
atento a tudo, porque embora não seja tão obvio, ele normalmente se
apresenta igual para todos, de uma forma crescente e sob pontos
específicos do trabalho, seguindo um caminho, minando as etapas, e
os setores.
(Kohlraush, 1996) Apresenta também um caminho, que
embora possa não ser exatamente nessa ordem, costuma seguir
estes sintomas:
DIRETRIZ
(Rumo)
O QUE
COMO QUANDO
COM QUE QUANTO
COM QUEM
VISÃO
(Foco)
MISSÃO
RESULTADO
*PDCA, ciclo de Shewhart ou ciclo de Deming, é um ciclo de desenvolvimento que tem foco na melhoria contínua.
Introduzido no Japão após a Guerra, idealizado por Shewhart e divulgado por Deming, quem efetivamente o aplicou.
Segundo (CAMPOS, 2004) “O PDCA é aplicado para se atingir resultados dentro de um sistema de gestão e pode ser
utilizado em qualquer empresa independentemente da área de atuação”
53
Objetivos e Metas
55
Treinamento X Criatividade
59
Leitura de Jogo, Previsões e Análises
Contrariando o que prega o senso comum
62
Importância da Estatística Coletiva
Ÿ Situação do gol;
Ÿ Local e distância do gol;
Ÿ Tempo de jogo em que ocorreu o gol.
63
Estes três simples tópicos têm uma importância muito grande,
tanto no aspecto ofensivo quanto defensivo, pois poderão ser
utilizados para as duas ações.
O primeiro tópico, Situação do Gol tem ações relacionadas à
origem da situação em que a equipe realizou ou sofreu um gol. Elas
podem ser modificadas de acordo com a necessidade da equipe, mas
minha sugestão seria esta:
Situação do Gol
Bola Parada Em Movimento
Canto Lateral Falta Falha Marcação Contra-ataque
x - - - -
- - - x -
* Nesta situação a identificação da ação poderá ser coletada também através do número do
atleta que a realizou.
64
Tempo de Jogo
Primeiro Tempo Segundo Tempo
Até 5 min. De 5 a 15 min. + 15 min. Até 5 min. De 5 a 15 min. + 15 min.
2 min. 45s - - - - -
- x - - x 17 min. 23s
Até 6m
Localização do Gol
6 a 10m
AE MEIO AD
+ 10m
Conceitos:
Ÿ Posicionamento que proporcione mobilidade para as manobras
de avanço. Para realizar uma boa saída de pressão é
necessário um posicionamento correto com possibilidades de
saída rápida;
Ÿ Rápido desenvolvimento de todos os atletas, criando
dificuldades para o encaixe da marcação;
Ÿ Determinar uma linha de avanço (Ex: linha central) para que
todos tenham a consciência de avançar de forma coordenada e
ao mesmo tempo o limite desejado;
Ÿ Evitar a saída pelo centro da quadra, ao menos que seja feito no
primeiro passe e com extrema segurança;
Ÿ Evitar a perda de tempo, movendo-se apenas 1, 2 ou 3
jogadores, onde todos devem ter movimentos definidos para
quebrar o sistema de marcação;
67
Ÿ Evitar que o posicionamento de um jogador prejudique o avanço
de outro, ou dos demais;
Ÿ Após a bola ter passado o centro da quadra, dando
possibilidade para utilização do goleiro como segurança,
dominar o centro do jogo para manter a posse da bola e elaborar
a ação de ataque.
Conceitos:
Ÿ Ocupar as diagonais abertas com buscas e aproximações, linha
de passe e desmarcações;
Ÿ Alongar as saídas sem bola, prolongando as possibilidades de
ataque no fundo de quadra;
Ÿ Mobilidade dos atletas (alas) para tentativas de finalizações de
média e longa distância;
Ÿ Evitar passes para trás, pois representa atraso na construção
do ataque e a necessidade de um novo desgaste para se chegar
onde já se estava;
Ÿ Este setor precisa de criatividade, ousadia, e acima de tudo
objetividade, pois se trata de um local com baixa duração da
posse de bola;
Ÿ Disputar o domínio deste espaço, posicionando-se sempre de
forma avançada;
Ÿ Definir a forma de ataque (Ex: 3x1, 4x0, 2x2 com busca, etc.).
Os posicionamentos
Ala (E) Centro Quadra Ala (D)
68
Ÿ Para evitar perda no rendimento, ter atenção:
Ø Movimentos atrasados, abandonando o atleta da bola;
Ø Posicionamento isolado, sem ser opção de movimento;
Ø Fora de linha de passe, facilitando a abordagem da marcação;
Ø Manter-se por muito tempo atrás da marcação adversária.
Conceitos:
Ÿ Buscar objetividade nas áreas de conclusão, não atrasar os
ataques. É possível encontrar muitas dificuldades em razão da
concentração da marcação;
Ÿ Não responder apressadamente aos ataques da marcação, a
perda da posse pode gerar contra-ataque;
Ÿ Ler a marcação antes de definir o lance final;
Ÿ Evite trocar uma finalização por mais um toque na bola, a menos
que seja inevitável;
Ÿ Assuma a iniciativa, atacando a marcação quando passiva;
Ÿ Muitos movimentos ofensivos podem limitar ou bloquear os
espaços;
Ÿ Concentre a ação ofensiva em mais de um jogador para não se
tornar previsível, busque opções pelas duas alas da quadra;
Ÿ Procure ter ações ofensivas definidas, para evitar muitas
improvisações;
Ÿ Quando estiver no ataque, não se descuide da marcação, a
dinâmica do jogo exige ações de contenção para evitar os
contra-ataques;
Ÿ Faça análises após o jogo para corrigir os erros ocorridos;
Ÿ Sinta-se desafiado em enfrentar equipes “teoricamente” mais
fortes, pois é uma grande oportunidade de evoluir;
Ÿ E tenha em mente que o sucesso é alcançado após algumas
derrotas.
Os conceitos das fases do jogo são preconizados pela
organização, criatividade e principalmente pelo trabalho de correção
e ajuste após as partidas.
A liberdade para o acréscimo de outros conceitos torna este
tema de uso coletivo, para a evolução do nosso esporte.
69
Treinamento – Habilidades Motoras
75
Capítulo III
Estruturas e Noções dos Sistemas Táticos
Principais Noções sobre Sistemas Táticos
O Jogo
Sistema de
Sistema de
Defesa
Ataque
Sem a posse de
Posse de bola
bola
Manobras Definição da
ofensivas Contra-Ataque Definição da Linha de
Jogadas Postura marcação
81
Organograma dos Sistemas:
Marcação / Movimentação / Contra-ataque
Organização das estruturas metodológicas do treinamento
FUTSAL
Recuperação da
Objetividade Definição
Posse Passe Criatividade
Conclusão
De bola
Critérios de
Ações Inovadoras
Seleção
Aprimoramento dos
Vivência de novos
Fundamentos
mo delos
Básicos
Atitudes
Ÿ MARCAÇÃO:
Ø Recuperação da posse de bola – disponibilizar recursos
táticos com objetivo de obter (recuperar) a posse de bola.
Ø Recursos táticos como sistemas de marcação coletiva e
individual, delimitações dos setores de marcação (linhas
e zonas), com utilização de vantagem e também em
desvantagens numéricas (gol linha e expulsões), ações
voluntárias e involuntárias de acordo com circunstâncias
do jogo (em vantagem e em desvantagem no placar).
Ÿ CONTRA-ATAQUE:
Ø Definição / Conclusão – disponibilizar recursos técnicos e
táticos com objetivo de aprimorar e potencializar as
investidas ao ataque, encerrando este ciclo com
velocidade e finalizações ao gol.
Ø Os esforços devem ser concentrados em executar os
contra-ataques em máxima velocidade e precisão
(selecionar passes e passagens dos atletas sem bola),
desenvolver percepção dos espaços a serem explorados
(nas finalizações e nas ações individuais “dribles”),
buscar aprimoramento individual (1x0 ação contra o
goleiro / finalizações ao gol / passes de “segunda trave”).
Define-se como contra-ataque toda ação que represente
uma superação da ação ofensiva, mais características
em situações de 2x1, 3x2, 4x3.
De forma proposital no último tópico que considero o mais
importante, abordarei com mais especificidade por se tratar da minha
linha de trabalho, pois acredito que a movimentação está
intimamente ligada à criatividade, além é claro de elementos técnicos
também presentes nos outros sistemas acima citados.
Ao longo deste trabalho desenvolvi pesquisas e treinamentos
que preconizaram o desenvolvimento dos aspectos criativos do
atleta, como forma de manter a essência do Futsal Brasileiro, por este
motivo todos os esforços têm sido na busca de ferramentas que
Palavra-chave
Segunda Trave: Lado oposto da ação de finalização, refere-se a segunda baliza da trave.
83
auxiliem nossos atletas na manutenção deste diferencial.
Ao abordar os elementos do organograma relacionados à
movimentação, gostaria de não privar os leitores de expor tópicos
que fundamentem estas conclusões.
É preciso ser entendido que os atuais modelos de treinamento
devam preconizar a criatividade e o poder de realizar coisas novas,
não apenas repetir o que já existe.
Ÿ MOVIMENTAÇÃO:
86
O assunto visa também apresentar um modelo de trabalho
baseado sempre na criatividade do atleta, dando a ele o poder e a
autonomia de decisão no jogo. É importante entender também, que o
técnico é o responsável pela estrutura e a estratégia do jogo, mas o
atleta deve participar ativamente das decisões aos problemas por ele
encontrados numa partida, isso é de suma importância para o
sucesso de todos.
87
Divisão dos Sistemas de Ataque e Marcação
Contextualização dos movimentos nos processos de evolução do Jogo
88
É fácil perceber que a maior dificuldade de alguns
profissionais é de conscientizar o atleta sobre suas
responsabilidades, e de transmitir a ele um embasamento capaz de
despertar um discernimento para identificar o lugar ideal para cada
ação a ser executada, o momento mais apropriado e por
consequência a ação em questão.
A administração do espaço, tempo e ações se tornam
complexos para o atleta à medida que não se definem estas
questões, pois quanto mais desorganizado em quadra, maior a
complexidade do jogo, maior a dificuldade de ajuste e por fim, maior
possibilidade de insucesso.
Quando faço referência à organização, em nenhum momento
estou me referindo ao “previsível”, muito menos criando um
paradigma de robotizar o jogo.
Quero apenas sugerir uma harmonia, criar estrutura para um
jogo criativo, com impacto menor ao sistema defensivo, pois como
vimos anteriormente o jogo se define em dois momentos, “Ataque e
defesa”, onde nenhum dos dois são independentes, pelo contrário,
um depende diretamente do outro.
O correto é utilizar bem um sistema sem provocar prejuízos ao
outro, isso define-se como organização do jogo. Quando nenhum dos
sistemas compromete diretamente o outro, é possível construir o
ataque com criatividade sem abrir mão da marcação.
89
Vejamos então o Sistema Ofensivo, caracterizado pela posse
da bola, pois subentende-se que a equipe que obtém a posse de bola
deseja atacar o adversário.
92
Ações mais Frequentes nos Respectivos Setores
Identificação das principais ações e que merecem atenção
Setores de Risco
Sistema Defensivo
94
Sistema Básico de Marcação de Gol-linha
Posicionamento e estrutura de marcação – Marcação Losango
Quadro 1 Quadro 2
Quadro 3 Quadro 4
Quadro 5
96
Sistema Básico de Marcação de Gol-linha
Posicionamento e estrutura de marcação – Marcação Quadrado
Quadro 1 Quadro 2
Quadro 3 Quadro 4
Quadro 5
98
Noções de Marcação – Fundamentos Básicos
Dicas para situações em que recebemos a marcação
Ø Na marcação individual:
Ÿ Mudanças frequentes de direção;
Ÿ Trocas de velocidade;
Ÿ Passe meia altura (tirando a bola do chão);
Ÿ Utilização de bloqueios.
99
Ÿ Transferir a posse de bola com o objetivo de fazer o adversário
criar;
Ÿ Movimentação lenta para não proporcionar contra-ataque;
Ÿ Não forçar o passe pelo meio de quadra, e com marcação
equilibrada;
Ÿ Fazer a bola chegar ao fundo de quadra para posicionar a
marcação no contra pé.
Ø Na marcação individual:
Ÿ Caminhar perto da marcação;
Ÿ Inibir a marcação nos atletas de quebra;
Ÿ Tirar o goleiro no lado do pé bom;
Ÿ Acompanhar a trajetória da bola para o goleiro, marcação de
tempo;
Ÿ Dar espaço de segurança quando o atleta estiver sem bola;
Ÿ Não perder a referência da bola / atleta.
100
Saída Meia Pressão (linha 2)
Ø A equipe que executa marcação meia pressão deve:
Ÿ Não ceder na movimentação;
Ÿ Dar intenção de passe sempre para trás;
Ÿ Dar preferência aos passes de fundo e lado contrário;
Ÿ Concentrar a marcação para não entrar passe pelo meio;
Ÿ Preferência de passe e finalização nas alas (menor ângulo);
Ÿ Jogador com bola na ala, lado contrário fecha segunda trave;
Ÿ Quando a movimentação aproxima-se, achar o tempo e
executar “caixote”.
101
Capítulo IV
Atividades Práticas - Jogos Coletivos
Jogos de Treinamento
105
Trabalho Ataque móvel
Especificidade Ataque / Posse de bola
Objetivo Específico
Valorizar a posse de bola, selecionando os
ataques. Aprimoramento da consciência de
ocupação de espaço na quadra.
Objetivo Secundário
Trabalhar ataque de superação 4x3, desenvolvendo a capacidade de
criar situações diversas.
Trabalhar marcação em diferentes situações.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 11 jogadores - 2 goleiros
Material Bola
Duração 2 tempos de 20 minutos
Variação / Execução
Objetivo Secundário
Potencializar o lado predominante dos atletas, identificando seu lado
favorável para o ataque. Desenvolver o senso de busca e aproximações
para um jogo de 2x1.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 jogadores - 2 goleiros
Material Bola e Cones
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
110
Trabalho Jogo de ataque lançado
Especificidade Busca e aproximação
Objetivo Específico
Desenvolver a importância da ajuda na saída de
bola. Consciência da importância das
aproximações.
Objetivo Secundário
Trabalha o ataque 4x0, utilizando-se buscas e aproximações, tentando
manipular a marcação pressão adversária, os atletas iniciam um trabalho
de fugas e escapadas.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 jogadores - 2 goleiros
Material Bola
Duração 2 tempos de 20 minutos
Variação / Execução
Quadra B
Quadra A
Equipe 1 Equipe 2 Goleiro Cone Bola Linha Bola Linha Jogador
Desenvolvimento do Trabalho
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Cones
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
Quadra B
Quadra A
114
Trabalho Jogo das traves invertidas
Especificidade Mudança de referência
Objetivo Específico
Modificar a referência do jogo, desenvolvendo
assim a criatividade do atleta.
Objetivo Secundário
Com a mudança da referência do jogo, o atleta irá desenvolver sua
capacidade de criar novas estratégias, fazendo com que sua criatividade
seja incentivada.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 ou 10 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Inverter traves
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
116
Trabalho Jogo das traves na diagonal
Especificidade Mudança de referência
Objetivo Específico
Utilização de espaços diferentes na quadra,
proporcionando um jogo de criatividade.
Objetivo Secundário
Com a mudança da referência do jogo o atleta irá desenvolver sua
capacidade de criar novas estratégias, fazendo com que sua criatividade
seja incentivada.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 ou 10 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Inverter traves
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
118
Trabalho Jogo das traves de meio
Especificidade Mudança de referência
Objetivo Específico
Modificar a referência do jogo, desenvolvendo
assim a criatividade do atleta.
Objetivo Secundário
Com a mudança da referência do jogo o atleta irá desenvolver sua
capacidade de criar novas estratégias, fazendo com que sua criatividade
seja incentivada.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 ou 10 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Inverter traves
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
120
Trabalho Jogo de posse de bola
Especificidade Manutenção posse de bola
Objetivo Específico
Valorização da posse de bola.
Objetivo Secundário
Selecionar os ataques, mantendo a posse de bola por maior tempo
possível.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 ou 10 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Cones (separar área de posse)
Duração 2 tempos de 10 minutos
Variação / Execução
122
Trabalho Regra de passagens
Especificidade Organização de ataque
Objetivo Específico
Organizar o ataque, induzir passes e passagens
em local específico.
Objetivo Secundário
Melhorar a qualidade nas saídas para o ataque, estabelecer padrões de
ataque por setores, dificultar as saídas em meia quadra.
Esquematização - Quadra
123
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Cones (Limitar áreas de passagens)
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
124
Trabalho Dentro / Fora
Especificidade Jogo duplo e posicionamento
Objetivo Específico
Desenvolver jogo de duplas e potencializar os
posicionamentos em quadra.
Objetivo Secundário
Desenvolver situações de superação 2x1 ala e centro de quadra:
manipular a marcação adversária.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Cones para marcar setor
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
126
Trabalho Ajuda de meio
Especificidade Referência e auxílio no ataque
Objetivo Específico
Referência para saída pressão e auxílio no ataque.
Objetivo Secundário
Auxiliar o ataque na formação 3x2, simulação de dobra de ataque. Forçar
o jogo de fundo e nas costas da marcação.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 9 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Fita para marcação de área da ajuda
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
128
Trabalho Área de ataque
Especificidade Situação de ataque
Objetivo Específico
Proporcionar situação de ataque contra o goleiro
1 x 0.
Objetivo Secundário
Desenvolver passes nas costas da marcação, espaço vazio para
finalização contra o goleiro e assistência de finalização.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Fita para marcação de área da ajuda
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
130
Trabalho Ajuda ataque / contra-ataque
Especificidade Seleção ataque / contra-ataque
Objetivo Específico
Referência de passe no fundo, selecionar e
organizar o ataque e contra-ataque.
Objetivo Secundário
Manipular o sistema de marcação adversária, com opções de ataque e
contra-ataque.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 7 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Fita para marcação de área da ajuda
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
132
Trabalho Marcação de indução
Especificidade Indução de ataque
Objetivo Específico
Induzir o ataque para um setor de marcação.
Objetivo Secundário
Potencializar a marcação para um ponto de aperto, marcar com indução
lateral, acionar cobertura e recuperação da posse de bola para contra-
ataque.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 jogadores - 2 goleiros
Material Bola / Fita para marcar os pontos Y
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
134
Trabalho Marcação setorizada
Especificidade Acertos de cobertura
Objetivo Específico
Marcar dentro de setores para acertos de
cobertura.
Objetivo Secundário
Desenvolver noções de marcação em setores, acertos de cobertura e
responsabilidade de marcação em lado contrário.
Esquematização - Quadra
Organização do Trabalho
Categoria A partir de Sub - 15
Nº Participantes 8 jogadores - 1 goleiros
Material Bola / Fita para demarcar a área de marcação
Duração 2 tempos de 15 minutos
Variação / Execução
138
Referências Bibliográficas
139
KOHLRAUSH, Marlin José. Leve sua empresa ao primeiro lugar:
A revolução brasileira no mundo dos negócios. São Paulo:
Editora Gente, 1996.
140