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MANUAL DE DIETAS HOSPITALARES


HOSPITAL GETÚLIO VARGAS – HGV
Manual de Dietas Hospitalares – HGV
9 de abr.

Manual
de dietas
hospitalares

Av. Frei Serafim, 2352 - Centro - CEP 64.001-020 - Tel.: +55 86 3221-3040 - Teresina - PI - Brasil
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Coordenação de Nutrição – Silvana Helena

Supervisora de Dietoterapia – Zilda Bularuiche

Coordenadora de Estágio – Daniela Fortes

Supervisora de Estagio- Cláudia Nunes

Acadêmicas

Bruna Maria Ibiapina

Kelly Cruz Cabral

Mônica Cardoso Coelho

Vanessa Saraivada Silva

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Apresentação

A dietoterapia é uma ferramenta da saúde, e em


especial do profissional nutricionista, que usa os
alimentos, para o tratamento e prevenção
de enfermidades, levando ao organismo a
adquirir os nutrientes necessários para a boa
perfomace e saúde. Para uma pessoa saudável, o
cuidado nutricional pode significar apenas a
avaliação nutricional de rotina. Uma pessoa
saudável necessita de cuidado nutricional na
forma de educação quanto aos hábitos
alimentares. Já o cuidado nutricional para
paciente enfermo ou hospitalizado é mais
complexo. Deve incluir o acompanhamento da

ingestão de alimentos, a adequação destes

alimentos à sua patologia e quando ela for

inadequada, deverá incluir o aconselhamento

do paciente.

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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 9

Modificações na dieta normal ...................................................................................... 10

Dieta normal .................................................................................................................. 12

Dieta Branda ................................................................................................................. 16

Dieta Pastosa ................................................................................................................. 20

Dieta líquida – pastosa ................................................................................................. 24

Dieta líquida completa ................................................................................................. 28

Dieta líquida restrita .................................................................................................... 32

Dieta líquida de prova .................................................................................................. 34

ORIENTAÇÕES........................................................................................................... 40

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INTRODUÇÃO
A desnutrição é um termo amplamente difundido, que pode ser definido como
um estado de nutrição no qual a deficiência de energia, proteína ou outros macro e
micronutrientes causa efeitos indesejáveis ao organismo, com consequências clínicas e
funcionais 1,2 .
A dieta hospitalar é importante por garantir o fornecimento de nutrientes ao
paciente internado e, assim, preservar ou recuperar seu estado nutricional 3.
Também é importante por atenuar o sofrimento gerado nesse período em que o
indivíduo está separado de suas atividades e papéis desempenhados na família, na
comunidade e nas relações de trabalho, além de encontrar-se ansioso dado o próprio
adoecimento e aos procedimentos hospitalares, muitas vezes, pouco compreendidos 4.
É necessário trabalhar a alimentação dos pacientes, elaborando-a não só no
sentido de suprir suas necessidades básicas de manutenção ou recuperação da saúde,
mas propiciando bem-estar físico e mental 5,6,7.
O atendimento hospitalar em nutrição clinica visa o tratamento e recuperação de
pessoas enfermas através da Terapia Nutricional. A dietoterapia (tratamento através dos
alimentos) é a ferramenta usada pelo nutricionista para a recuperação dos enfermos. A
dieta hospitalar do paciente é prescrita pelo médico. Para cada enfermidade existe uma
prescrição dietoterápica especifica, cabe ao nutricionista fazer a seleção dos alimentos
que comporão o cardápio, pois, este é o único profissional apto para isso8.

Dietoterapia é a parte da ciência


da nutrição que se dedica às dietas
especificas para todas as
enfermidades. O cuidado
nutricional é o processo de ir ao
encontro das diferentes
necessidades nutricionais de uma
pessoa e isto, vai depender do tipo
de enfermidade que acomete o
individuo.

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Modificações na dieta normal


As dietas são modificadas através da Dieta Geral (qualitativamente e
quantitativamente), segundo alguns critérios químicos, físicos e organolépticos, com o
objetivo de ajustar-se às alterações fisiológicas que o indivíduo esteja apresentando.

Normalmente, a alimentação num hospital é dividida entre 05 e 06 refeições ao


dia, podendo em certos casos ter mais que isso. São: Café da Manhã ou Desjejum,
Lanche da Manhã ou Colação, Almoço, Lanche da Tarde, Jantar e Lanche da
Noite ou Ceia.
Os critérios segundo os quais as dietas podem ser modificadas são:

TEMPERATURA N

As dietas podem ser oferecidas à temperatura adequada ao alimento preparado


ou então quente ou fria.

VOLUME N

Referente à capacidade e a condição gástrica do indivíduo (pós-operatório


gástrico), quanto maior o volume, maior a distensão, maior o trabalho gástrico, maior a
dor abdominal do paciente.

CONTEÚDO DE RESÍDUOS N

As dietas podem ser classificadas de acordo com a quantidade de fibras contida


nos alimentos que a compõe. Neste sentido a dieta pode ser rica em resíduos, normal em
resíduos ou pobre em resíduos.

COMPOSIÇÃO DE MACRO E MICRONUTRIENTES n

A dieta pode ser modificada quanto à oferta de nutrientes, fornecendo


quantidades abaixo ou acima das recomendações.
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CONSISTÊNCIA N

As dietas podem variar de acordo com as necessidades do paciente, considerando


sua condição de mastigação, deglutição, gástrica entre outros. Neste sentido, tem-se:

 Dieta Normal ou Livre

 Dieta Branda

 Dieta Pastosa

 Dieta Semi – Líquida

 Dieta Líquida

 Dieta Líquida restrita

 Dieta Líquida de prova

Consistência das dietas

Consistência

NORMAL BRANDA PASTOSA LIQUIDA - LIQUIDA -


PASTOSA COMPLETA

Ordem progressiva: mais consistente e completa a menos consistente e restrita;

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Dieta normal
Destina-se ao paciente cuja condição clínica não exige modificações
dietoterápicas. Portanto, uma dieta suficiente, completa, harmônica e adequada, sem
nenhuma restrição.

CARACTERÍSTICA

É um tipo de dieta elaborada com todos os alimentos normalmente acessíveis


ao indivíduo e segundo sua preferência, em qualquer preparação com qualquer
consistência.

OBJETIVO

Tem por finalidade fornecer calorias e nutrientes em quantidades diárias


recomendadas para manter a saúde do indivíduo.

PREPARAÇÕES INDICADAS

 Saladas cruas ou cozidas;


 Carnes cozidas, assadas, grelhadas, fritas;
 Vegetais crus ou cozidos em água, vapor, forno, refogados ou fritos;
 Pastelaria (forno, frituras);
 Sopas (todos os tipos);
 Bolos (todos os tipos);
 Frutas (cruas, em compotas, assadas, purês);
 Sorvetes sem restrições;
 Óleos, margarinas e açúcar, conforme valor calórico

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FOTO: ALMOÇO DIETA LIVRE HGV


– TERESINA

FOTO: LANCHE (SUCO MARACUJÁ)

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Cardápio qualitativo

Leite c/ 150 ml
Café 50 ml
Desjejum Pão massa fina 50g
Margarina 5g
Açúcar 10g

Vitamina de banana
Lanche da manha Leite 150 ml
Banana 70g

Arroz
Feijão 240g
Salada: abacaxi, 100g
beterraba, repolho, 90g
Almoço
acelga, maçã
Frango assado (coxa e 160g
sobrecoxa) 8g
Óleo

Suco de melancia c/
Lanche da tarde 200 ml
maracujá

Arroz 180g
Carne moída c/ verduras 90g
Jantar
Macarrão 60g
Óleo 8g

Leite c/ biscoito
Leite 150 ml
Ceia
Biscoito salgado 05 unidades
Açúcar 10g
Fonte: Hospital Getúlio Vargas, Teresina -PI

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Dieta Branda
Dieta de transição entre a pastosa e a geral. Apresenta baixos níveis de celulose e
tecido conectivo, abrandados por cocção ou por ação mecânica, facilitando o trabalho
digestório.

CARACTERÍSTICA
Somente os alimentos mecanicamente brandos são incluídos. Frituras, alimentos
que fornecem resíduos não digeríveis, vegetais crus, à maioria das frutas cruas, cereais
integrais, devem ser excluídos.

INDICAÇÃO
É recomendada em muitas situações, incluindo alguns tipos de disfagia
(dificuldade de engolir), cirurgia envolvendo a mandíbula, boca ou trato
grastrointestinal, e dor decorrente de aparelhos dentais novos.

FINALIDADE

Facilitar a ingestão e digestão, pobre em resíduos, utilizada também para


pacientes com poucos dentes.

Preparações indicadas
 Salada cozida (vegetais cozidos temperados com molhos simples);
 Carnes frescas cozidas, assadas e grelhadas;
 Vegetais cozidos no forno, água, vapor e refogados;
 Ovo cozido, pochê ou quente;
 Frutas (sucos em compotas, assadas, ou bem maduras, sem casca);
 Torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais);
 Pastelaria de forno, bolo simples, sorvete simples;
 Sopas;
 Óleos vegetais, margarinas;
 Gordura, somente para cocção;
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 Evitar alimentos flatulentos.

FOTO: ALMOÇO DIETA BRANDA HGV – TERESINA

FOTO: LANCHE (SUCO DE ACEROLA)

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Cardápio Qualitativo

DIETA BRANDA – HGV

Leite c/ 150 ml
Desjejum Café 50 ml
Biscoito doce 5 unid.

Vitamina de maracujá
Lanche da manha Leite 150 ml
Maracujá 70g

Arroz
180 g
Feijão c/ legumes:
100g
Batata, quiabo, abóbora
Salada cozida: cenoura e
Almoço 60g
batata
Bife c/ batata
140g
Bife
40g
Batata

Lanche da tarde Suco de acerola 200 ml

Arroz 180g
Jantar Bife assado c/ cebola 100g
Salada Cremosa 80g

Mingau de aveia
Leite 180 ml
Ceia
Aveia 30 g
Açúcar 10g

Fonte: Hospital Getulio Vargas –HGV, Teresina -PI

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Dieta Pastosa
Dieta de transição entre a líquida-pastosa e a branda. Apresenta alimentos
abrandados por cocção ou por ação mecânica, facilitando o trabalho digestivo,
deglutição e a mastigação.

CARACTERÍSTICA

Os alimentos são oferecidos sob a forma de purês, papas, cremes, caldos de


feijão, arroz papa, pudins e vegetais bem cozidos. A carne é moída ou desfiada. O ovo é
oferecido na forma pochê ou como omelete.

INDICAÇÃO

É utilizada em situações especiais com acometimento de fases mecânicas do


processo digestivo, como falta de dentes, dificuldade de deglutição e ainda em fases
críticas de doenças crônicas, como insuficiência cardíaca e respiratória.

FINALIDADE

Favorecer a digestibilidade prejudicada por causas mecânicas, como falta de


dentes, dificuldades de deglutição, insuficiência respiratória, etc. Mínimo de
mastigação, fácil trânsito e digestão.

Preparações Indicadas

 Leite e derivados (queijos cremosos, naturais ou coagulados);


 Carnes (magra bovina, ave e peixe), moídas, desfiadas, suflês;
 Ovo (quente, pochê, cozido);
 Frutas (cozidas, em purê, em suco);
 Sopas (massas, legumes liquidificados, farinha e canja);
 Arroz papa; Pão e similares (torradas, biscoitos, bolachas);
 Óleos vegetais, margarinas, creme de leite;
 Sobremesas (sorvete simples, geléia, doce em pasta, pudins, cremes, arroz doce,
fruta cozida, bolo simples);

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FOTO: DIETA PASTOSA (SOPA) HGV – TERESINA

FOTO: LANCHE (MAMÃO)

Em relação ao seu valor nutritivo, deve se aproximar do normal e a fibra


também é diminuída ou modificada pela cocção.

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Cardápio Qualitativo
DIETA PASTOSA – HGV

Leite 200 ml
Desjejum Açúcar 10g
Biscoito doce 5 unid.

Suco de laranja
Lanche da manha 200 ml
Açúcar
10g

Sopa de carne moída:


Carne moída 60 g
Batata inglesa 30g
Almoço Cenoura 30g
Macarrão 30g
Arroz 60g

Vitamina de fruta 200 ml


Lanche da tarde
Açúcar 10g

Sopa de frango moída:


Frango desfiado
60g
Abobora
Jantar 30g
Macarrão
30g
Arroz
50g

Leite c/ bolo doce


Ceia Leite 150 ml
Bolo doce 60 g

Fonte: Hospital Getulio Vargas –HGV, Teresina -PI

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Dieta líquida – pastosa

CARACTERÍSTICA

Caracteriza-se por preparos de consistência espessada e constitui-se de alimentos


líquidos e semi-sólidos, cujas partículas encontram-se em emulsão ou suspensão.

FINALIDADE

Tem por finalidade propiciar repouso digestivo ou atender às necessidades do


paciente quando alimentos sólidos não são bem tolerados. Evita a mastigação e possui
pouco resíduo, o que por consequência, exige o mínimo de trabalho digestivo.

INDICAÇÃO

Pacientes com problemas mecânicos de deglutição e de mastigação, nos casos


em que a função gastrintestinal esteja moderadamente alterada, para preparo de exames
e cirurgias e também no pré e pós-operatórios.

Preparações permitidas
 Água e infusos (chá, mate, café);
 Sucos (de carne, verduras e frutas) coados;
 Purê de vegetais;
 Caldos de carne e vegetais (desengordurados);
 Sopas espessadas, liquidificadas e sopas- creme;
 Leite ou coalhada, creme, queijos cremosos e margarina;
 Frutas em papa ou liquidificadas;
 Sobremesas: sorvetes, gelatinas, pudins, cremes e farinhas.

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FOTO: DIETA LÍQUIDA – PASTOSA, HGV – TERESINA

FOTO: LANCHE (BEBIDA LÁCTEA)

O teor calórico desejado torna-se diminuído neste tipo de dieta, por conta de sua
limitação em relação a alimentos permitidos.

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Cardápio qualitativo
DIETA LÍQUIDA – PASTOSA – HGV

Leite 200 ml
Desjejum Açúcar 5g
Biscoito doce 5 unid.

Suco de abacaxi c/ melão


Lanche da manha 200 ml
Açúcar
10g

Sopa de carne moída


liquidificada:
60 g
Carne moída
30g
Batata inglesa
Almoço 30g
Cenoura
30g
Macarrão
60g
Arroz

Vitamina banana + aveia +


ameixa 180 ml
Lanche da tarde
Pão doce 50g

Sopa de frango moída


liquidificada:
Frango desfiado 60g
Jantar Abobora 30g
Macarrão 30g
Arroz 50g

Leite c/ neston
Ceia Leite 150 ml
Neston 30 g
Fonte: Hospital Getulio Vargas –HGV, Teresina -PI

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Dieta líquida completa

CARACTERÍSTICA

É totalmente composta por preparações líquidas na temperatura corporal, às


quais são adicionadas substâncias que permaneçam dissolvidas. A fim de não haver
distensão abdominal, o volume também costuma ser controlado: administra-se
aproximadamente 200 ml por vez.

INDICAÇÃO

Utilizada por períodos curtos, quando há restrição da função digestiva, para


pacientes incapazes de tolerar alimentos sólidos ou que apresentam dificuldade de
deglutição e de mastigação, problemas mecânicos no Trato Gástrico Intestinal superior,
após cirurgia de cabeça e pescoço, no preparo para exames e também no pré e pós-
operatórios.

FINALIDADE

Facilitar o trabalho digestivo, mastigação e deglutição. Em caso de total disfagia,


úlceras orais ou digestivas, pacientes altamente debilitados ou desidratados.

Preparações Permitidas
 Leite, leite gelificado, iogurte, creme de leite, queijos cremosos;

 Sobremesas: gelatina, geléia de mocotó, pudins, sorvetes;

 Bebidas: chá, café, chocolate, mate, bebidas não gasosas, gemada, sucos de
frutas e de vegetais coados;

 Cereais: papa de cereais (podem ser adicionados às bases líquidas);

 Sopas: sopas de vegetais peneiradas, sopas cremosas coadas, caldo de galinha,


de carne, caldo de feijão;

 Ovo quente:

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 Gorduras: óleos vegetais, margarina, creme de leite;

 Alimentos espessantes: farinha pré-cozida de arroz, trigo, milho, isolados


protéicos, clara de ovo, etc.

FOTO: CALDO DA DIETA LÍQUIDA COMPLETA (HGV).

FOTO: LANCHE (SUCO DE ACEROLA)

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Cardápio qualitativo
DIETA LÍQUIDA – PASTOSA – HGV

Leite 200 ml
Desjejum
Açúcar 10g

Lanche da manha Suco de caju 200 ml

Caldo de carne moída:


Carne moída 30 g
Batata inglesa 30g
Almoço
Cenoura 20g
Tomate 10g

Suco de Acerola
Lanche da tarde 180 ml

Sopa de frango:
Frango desfiado 60g
Cenoura 30g
Jantar Tomate 10g
Batata inglesa 30g

Leite c/ neston
Ceia Leite 150 ml
Neston 30 g
Fonte: Hospital Getulio Vargas –HGV, Teresina -PI

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Dieta líquida restrita

CARACTERÍSTICA
É altamente restritiva e nutricionalmente inadequada, pela carência de nutrientes.
Não deve ser utilizada por mais de 03 dias, pois fornece quantidade limitada de
quilocalorias. Proporciona um mínimo de resíduos, para o máximo de repouso
intestinal.

INDICAÇÃO
Pré e pós-operatórios de cirurgias do TGI; após período de alimentação por via
intravenosa; durante a vigência de infecções graves e diarréia aguda; antes ou depois de
procedimentos diagnósticos.

FINALIDADE
Testar o trânsito abdominal após cirurgias abdominais, como ressecções
gástricas, entéricas, colecistectomias. Em algumas situações podem ser sugadas com
auxílio de canudos ou oferecidas em seringas.

Preparações permitidas

 Água e infusos adocicados (chá, café, mate) com açúcar e dextrosol (glicose de
milho) e bebidas carbonatadas;

 Sucos de frutas coados;

 Caldo de carne e de legumes coados;

 Sobremesas: geléia de mocotó, gelatina, sorvetes ou picolés à base de suco de


frutas coadas, sem leite.

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Cardápio qualitativo
DIETA LÍQUIDA RESTRITA – HGV

Desjejum Chá 100 ml

Lanche da manha Suco de fruta diluído 150 ml

100 ml
Almoço Chá c/ açúcar

água de coco
Lanche da tarde 150 ml

Chá c/ açúcar
Jantar 100 ml

Ceia Água de coco


100 ml

Fonte: Hospital Getulio Vargas –HGV, Teresina -PI

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Dieta líquida de prova

Características
É altamente restritiva e nutricionalmente inadequada, pela carência
de nutrientes. Não deve ser utilizada por mais de 03 dias, pois fornece
quantidade limitada de quilocalorias.

Não contém óleo, açúcar e leite. Inclui alimentos com baixa


quantidade de resíduos e que são ou se transformam em líquido à
temperatura corporal.

Finalidade
Levar hidratação n primeiro dia pós-operatório ou a pacientes com repouso do
trato digestório.

INDICAÇÃO: primeiro passo na alimentação por via oral.

Preparações permitidas

 Água
 Chá
 Água de coco

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Lanches HGV

FOTO: BISCOITO DOCE DE AMIDO


DE MILHO

FOTO: PÃO MASSA FINA

FOTO: PORCÃO DE

FRUTAS

FOTO: BANDEJA PARA


DISTRIBUIÇÃO DE LANCHES

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Nutrição Enteral
Nutrição Enteral ou NE segundo o Ministério da Saúde do Brasil, designa
todo e qualquer “alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na
forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente
formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada
exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em
pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em
regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos
tecidos, órgãos ou sistemas”.

CARACTERÍSTICA

A nutrição enteral (NE) através de sondas é indicada na impossibilidade da via


oral ou quando a ingestão oral é inadequada para prover às necessidades nutricionais
diárias recomendadas, contando com o trato gastrointestinal total ou parcialmente
funcionante, ou ainda na vigência de deglutição comprometida. Na escolha da fórmula
enteral mais indicada ao paciente, deve-se proceder à avaliação clínica e nutricional do
paciente, bem como conhecer as opções de fórmulas enterais disponíveis no mercado, a
fim de que as metas nutricionais traçadas possam ser alcançadas

ADMINISTRAÇÃO
As dietas enterais podem ser administradas de forma intermitente ou contínua,
de acordo com a tolerância digestiva do paciente e dos meios que se encontram
disponíveis no domicílio.

Intermitente: é mais parecida com a alimentação habitual. Consiste em


administrar cerca de 250 mL de dieta enteral de 5 a 8 vezes ao dia. O volume de cada
etapa deverá ser proposto em função do volume total no dia e da tolerância digestiva do
paciente.

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Continua: A forma contínua consiste numa administração por gotejamento


contínuo com bomba de infusão. A dieta pode ser administrada em períodos de 12 a
24h, em função da necessidade do paciente.

Dietas para Diabéticos


Considerando que a dieta do diabético é um dos fatores fundamentais para
manter os níveis glicêmicos dentro de limites desejáveis, o planejamento alimentar deve
ser cuidadosamente elaborado, com ênfase na individualização.

INDICAÇÃO

Indicada para indivíduos diabéticos tipo I e II, gestante diabética ou diabetes


gestacional.

OBJETIVO

O objetivo da dietoterapia para Diabetes Melitus é de orientar os indivíduos


quanto às mudanças de hábitos alimentares, visando um bom controle metabólico.

ALIMENTOS PERMITIDOS

Os grupos alimentares relacionados abaixo são considerados básicos, sendo


necessário ingerir, diariamente, alimentos de todos os grupos para conseguir-se um
equilíbrio adequado na alimentação:

Grupo dos pães, cereais, outros grãos e tubérculos: pães, biscoitos, arroz, milho, aveia,
fubá de milho, cuscuz, beiju, batata inglesa, batata doce, mandioca, cará, inhame, etc.

Grupo das frutas: laranja, banana, abacaxi, mamão, melancia, limão, caju, tangerina,
caqui, manga, melão, etc.

Grupo dos vegetais: folhas verdes, berinjela, jiló, maxixe, pepino, tomate, cebola,
pimentão, abóbora, cenoura, beterraba, quiabo, vagem, chuchu, etc.

Grupo das carnes e substitutos: frango, peixe, carne bovina, ovos, frutos do mar,
feijões e ervilhas, etc.
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Grupo do leite e derivados: leite, queijo, iogurte, coalhada.

Grupo das gorduras: óleos vegetais.

É importante ressaltar que as quantidades e distribuição dos alimentos


dependerão das características de cada indivíduo.

Dieta Hipossódica
Dieta pobre em Sódio (Na). Presente em grande quantidade em diversos tipos de
alimentos, como por exemplo, alguns tipos de adoçantes alimentos embutidos,
enlatados, conservas dentre outros.

INDICAÇÃO

É indicada para pacientes hipertensos, cardiopatas, com retenção de líquidos


(edemas), renais dentre outros.

ALIMENTOS PERMITIDOS
Vegetais permitidos: todos.

Frutas permitidas: todas.

ALIMENTOS NÃO PERMITIDOS

Salsicha, azeitonas, apresuntado, presunto, enlatados em geral e molho de soja.


A ervilha e o milho verde enlatado poderão ser utilizados com moderação, ou seja, o per
capita total não poderá ser superior a 5 gramas.

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Orientações
Nutricionais

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL NA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL


(DII)
Não existem firmes evidências de que aquilo que você come pode
verdadeiramente causar Doença Inflamatória Intestinal (DII), mas certos alimentos ou
bebidas podem agravar os seus sintomas, especialmente durante a recorrência da
doença. Algumas pessoas com Colite Ulcerativa ou Doença de Crohn necessitam
restringir sua dieta o tempo todo, outras somente por algum tempo. Para um número
reduzido de pessoas a dieta aparentemente faz muito pouca diferença. Uma boa saída
portanto, é eliminar de sua dieta qualquer alimento que possa piorar os seus sintomas.
Eis algumas sugestões que poderão ajudá-lo:

Limite leite e produtos derivados de leite: você pode notar que alguns
sintomas como diarréia, dor abdominal e gases melhoram quando você limita ou
elimina leite e derivados. Você deve ter intolerância à lactose - quando o seu organismo
não digere o açúcar do leite (lactose). Neste caso, tente substituir o leite e seus
derivados por iogurte ou queijos com pouca lactose como o Swiss e o Cheddar ou usar
um produto que contenha a enzima lactase, como o Lactaid, que ajuda a quebrar
(digerir) a lactose. Em alguns casos, entretanto, você deve eliminar completamente
qualquer leite e qualquer produtos derivado. Se necessitar de auxílio, a nutricionista
poderá ajudá-lo a selecionar uma dieta saudável e pobre em lactose.

Consuma alimentos com pouca gordura: caso você tenha Doença de Crohn do
intestino delgado é possível que não esteja apto a digerir ou absorver gorduras. Por
outro lado a passagem de gordura pelo intestino pode piorar a diarréia.

Alimentos que podem ser especialmente “problemáticos” incluem manteiga,


margarina, creme de amendoim, nozes, maionese, abacate, nata, sorvete, frituras,
chocolate e carnes vermelhas.

Experimente comer fibra: para muitas pessoas, alimentos ricos em fibra como
frutas, vegetais e grãos integrais são a base para uma dieta saudável. Mas se você tem
DII, as fibras podem fazer com que a diarréia, a dor e os gases piorem. Se as frutas e os
vegetais crus incomodam, passe a consumi-las cozidas ou assadas. Você também pode
notar que tolera mais alguns tipos de frutas e vegetais do que outros. Em geral pode
haver mais problemas com os vegetais da família dos crucíferos, como a couve, o
repolho, os brócolis e a couve-flor, e com alimentos muito crocantes tais como maçã e
cenoura crua.

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Experimente comer proteínas: existe evidência de que consumir uma dieta rica
em proteínas, tal como carne magra, frango, peixe e ovos, pode melhorar os sintomas de
DII.

Evite alimentos “problemáticos”: elimine qualquer alimento que possa piorar


os seus sintomas. Entre estes podem estar alimentos "gasosos" como feijão, couve e
brócolis, frutas e sucos de frutas cruas - especialmente frutas cítricas - alimentos
condimentados, pipoca, álcool, cafeína e alimentos e bebidas que contenham cafeína
como chocolate e refrigerantes.

Faça pequenas refeições: você pode sentir-se melhor fazendo 5 ou 6 pequenas


refeições do que 2 ou 3 refeições copiosas. Beba pelo menos de 8 a 10 copos de líquidos
por dia. Água é melhor. Álcool e bebidas que contenham cafeína estimulam o seu
intestino e podem piorar a diarréia, enquanto bebidas carbonatadas frequentemente
produzem gases.

Pergunte sobre multivitaminas: como a DII pode interferir com a sua


habilidade de absorver os nutrientes e porque a sua dieta pode estar muito limitada, você
provavelmente necessitará tomar um suplemento de multivitaminas e sais minerais.

Se começar a perder peso ou se a sua dieta ficar muito limitada, fale com a
nutricionista.

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA ÚLCERA

Úlcera é o nome que se dá a uma lesão erosiva da mucosa gástrica ou intestinal


(duodeno). Freqüentemente, ambos os tipos são agrupados com o termo úlcera péptica,
sendo o tratamento para ambas essencialmente o mesmo. Os cuidados nutricionais são
abordados em conjunto. Siga as orientações abaixo:

 Faça as refeições em horários regulares. Elas devem ser freqüentes e pouco


volumosas;

 Evite passar mais de 3 horas sem se alimentar;

 Selecione para o seu consumo apenas alimentos que não lhe causam desconforto
gástrico;

 Coma devagar, mastigando bem e lentamente cada porção de alimento;

 Procure não ingerir líquidos durante as refeições .Evite deitar imediatamente


após as mesmas.

 Procure consumir alimentos abrandados (modificados em sua consistência), para


evitar crises agudas e possíveis sangramentos.

ALIMENTOS QUE DEVEM SER EVITADOS (conforme a tolerância)

- Alimentos gordurosos e frituras em geral

- Frutas ácidas (laranja, abacaxi, limão, morango, damasco, pêssego, cereja,


kiwi)

- Temperos (vinagre, pimenta do reino, cominho, pimenta de cheiro, molho


inglês, massa de tomate, molhos industrializados, ketchup, mostarda, caldos
concentrados, molho tártaro, picles etc)

- Doces concentrados (goiabada, marmelada, doce de leite, cocada, pé-de-


moleque, geléia, compotas)

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- Frutas secas e cristalizadas

- Ovos cozidos, pochês, quentes.

- Feijão e outras leguminosas

- Bebidas alcoólicas e gasosas

- Pepino, tomate, couve, couve-flor, brócolos, repolho, pimentão, nabo,


rabanete.

- Café, chá preto, mate e chocolate.

- Lingüiça, salsicha, patês, mortadela, presunto, bacon, carne de porco, carnes


gordas, alimentos enlatados e em conserva.

ALIMENTOS PERMITIDOS (conforme a tolerância):

- Leite, queijo fresco, ricota;

- Chá de camomila, erva-doce, erva-cidreira, melissa, espinheira santa;

- Carnes magras desfiadas, picadas, moídas, ensopadas, cozidas, assadas,


grelhadas;

- Sopas magras;

- Verduras e legumes bem cozidos;

- Frutas (exceto as mencionadas acima);

- Pães brancos, bolachas Maria, maizena e de água e sal;

- Arroz, macarrão simples;

- Batata, mandioca, mandioquinha cozidos.

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA (COLECISTECTOMIA)

A tolerância à reintrodução dos alimentos é individualizada, exigindo um período de


readaptação do organismo que demora, em média, dois meses para funcionar
normalmente. A reintrodução dos alimentos deverá ser feita de forma lenta e gradual.
Para facilitar, siga as orientações:

 Alimente-se em local tranquilo e agradável;

 Evite ingerir refeições muito volumosas;

 Coma devagar e mastigue bem os alimentos;

 Evite beber durante as refeições;

 Selecione para seu consumo apenas os alimentos que apresentem um conteúdo


mínimo de gordura em sua composição e restrinja ao máximo gorduras de
adição durante o preparo dos mesmos, preferindo-os cozidos ou grelhados;

 Retire da dieta todo e qualquer alimento que lhe cause desconforto.

DIETA HIPOLIPÍDICA (POBRE EM GORDURAS)

EVITE:

 Frituras – preparações empanadas e à milanesa, ovo frito, mandioca e batatas


fritas, produtos de pastelaria, salgadinhos...

 Doces gordurosos – chocolates, doce de leite, doce de buriti, bombons


recheados...

 Molhos à base de gordura – maionese, creme “chantilly”, molho tártaro, molho


branco...

 Carnes gordurosas (porco, pato, ganso), toucinho, lingüiça, salsicha, salame,


paio, bacon, mortadela, patês, carnes enlatadas...

 Leite integral, nata, creme de leite, leite condensado e queijos gordurosos...

 Panelada, mão-de-vaca, feijoada, cozidão, rabada, sarapatel, buchada...

 Pimentão, picles, mostarda, molhos picantes.


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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

 Procure seguir horários regulares de alimentação;

 Faça as refeições em local tranqüilo e agradável;

 Coma devagar, mastigando lenta e completamente cada porção de alimento;

 Evite alimentar-se quando em estado de tensão emocional. Relaxe primeiro;

 Beba uma média de oito copos de líquidos por dia, no intervalo das refeições;

 Aumente gradativamente a quantidade de fibras da dieta;

 Observe a ação dos alimentos sobre o seu organismo e selecione para o seu
consumo apenas aqueles que não lhe causem desconforto gástrico e/ou
intestinal. Identifique os que exercem efeito laxante (“soltam” o intestino) e os
que exercem efeito constipante (“prendem” o intestino):

 O farelo de trigo ou de aveia pode ser utilizado como “farinha” misturada ao


feijão, às verduras, a sucos, a sopas, às frutas, a carnes etc, na quantidade de 03
colheres de sopa por dia. O farelo de trigo deve ser utilizado torrado;

Procure fazer uso do seguinte coquetel - coquetel laxativo:

Liquidifique 05 ameixas secas sem os caroços (reserve-os) + 01 colher de sopa de aveia


+ 02 colheres de sopa de leite em pó integral + 01 fatia de mamão + 01 colher de sopa
de creme de leite (ou 01 colher de chá de margarina) + 01 colher de sopa de mel de
abelhas + 200 ml de suco puro de laranja.

Por último quebre os caroços da ameixa e acrescente o óleo que saiu dos mesmos à
preparação. Liquidifique bem e beba sem coar

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ALIMENTOS LAXANTES ALIMENTOS CONSTIPANTES

 Frutas: mamão, ameixa preta,  Banana, maçã sem casca, limão


laranja com bagaço, tangerina, doce, pêra, melancia, goiaba verde,
uva com casca, abacaxi, limão.
manga, goiaba madura,
morango, tamarindo, abacate,  Cenoura cozida, batata inglesa,
suco puro de laranja etc. chuchu.

 Hortaliças folhosas  Mucilagem de arroz, arrozina.


preferencialmente cruas ou  Farinha seca, farofa, pirão,paçoca.
ligeiramente refogadas.
 Café preto, bebidas gaseificadas
 Leite integral: coalhada, (refrigerantes, água mineral com
iogurte natural. gás);
 (Cereais integrais: aveia  Frituras em geral.
(farelo), trigo triturado e
torrado (farelo), canjiquinha,  Beiju, cuscuz de arroz.
arroz integral, centeio).

 Pães integrais, biscoitos


enriquecidos com fibras.

 Mel, melado, geléia, doces


com alta concentração de
açúcar.

 Chá mate.

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA DIABETES MELLITUS

Diabetes Mellitus, é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da glicose


(tipo de açúcar) no sangue. Desta forma, a DIETA ocupa papel de destaque no seu
tratamento. Para conseguir um melhor resultado é importante seguir as orientações
abaixo:

 Faça as refeições em horários regulares e em local tranqüilo e agradável. Coma


devagar, mastigando bem cada porção de alimento; obedeça as quantidades
prescritas na dieta; não “pule” refeições;

 Habitue-se ao sabor natural dos alimentos. Quando necessário, use adoçante


“artificial” para substituir o açúcar;

 Prefira utilizar no preparo dos alimentos os óleos vegetais pobres em gorduras


saturadas – soja, milho, canola, girassol, arroz, algodão, oliva, sempre em
pequenas quantidades, evitando as preparações em forma de fritura;

 Nem todo alimento dietético (DIET) é próprio para o consumo de diabéticos.


Em caso de dúvida, consulte o(a) nutricionista;

 Use livremente chás e limonada adoçados com adoçantes “artificiais”;

 EVITE: açúcar e alimentos que contenham açúcar (balas, bombons, doces,


sorvetes, picolés, cremes, tortas, pudins, bolos, pães, geléias, gelatinas, rapadura,
caldo de cana, cana), mel de abelha, xarope de milho, bebidas alcoólicas,
comidas gordurosas, etc;

SUBSTITUIÇÕES:

 VEGETAL DO GRUPO A (HORTALIÇAS) - uso livre: alface, acelga, cebola,


couve, maxixe, pimentão, repolho, tomate...

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 VEGETAL DO GRUPO B (LEGUMES) - use na quantidade indicada na dieta:


abóbora, beterraba, cenoura, chuchu, quiabo, vagem...

 LEITE - retire a nata antes de consumir. Substitua por: iogurte natural,


coalhada, requeijão light ou queijo magro (ricota, frescal).

 CARNES - use cortes magros e tipos variados. Prefira frango e peixe sem peles.
As carnes vermelhas devem ter seu uso reduzido para, no máximo, três vezes
por semana. Quando permitido, use também: fígado, coração, carne de porco
magra...

 BISCOITO - substitua por beiju, cuscuz, pão francês, pão integral...

 ARROZ - substitua pela mesma quantidade de: macarrão sem molho, batatas
cozidas, milho verde, angu, macaxeira, inhame, farinha de mandioca ou feijão
(este, em quantidade dobrada).

 FRUTAS - use na quantidade prescrita (unidade ou fatia):

Acerola, cajá, siriguela, uva,: 10 unidades

Maça, banana, manga, sapoti,: uma unidade pequena;

Ata, caju, goiaba, laranja, lima, maracujá, carambola: uma unidade pequena;

Abacaxi: duas fatias finas;

Mamão: ou melão: uma fatia média;

Melancia: uma fatia fina;

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONALPARA DIABETES, HIPERTENSÃO E


DISLIPIDEMIA

Mudanças no estilo de vida ajudam a reduzir a pressão arterial e a controlar o diabetes e


a dislipidemia (colesterol e/ou triglicerídeos elevados).

RECOMENDAÇÕES

PREFIRA:

1. Peixes (de escamas), frango (sem peles) ou carnes magras (retire toda a gordura
visível). Consuma-os preferencialmente grelhados ou cozidos na água, sem adição de
óleo.

2. Uma dieta rica em vegetais (frutas, hortaliças e legumes). O consumo diário garantirá
o fornecimento de potássio e de parte das fibras da dieta. Use-os preferencialmente crus,
para evitar a perda de potássio produzida pelo cozimento.

3. Leite e iogurte desnatados, queijos brancos (minas, ricota, cottage).

4. Óleos vegetais (girassol, milho, soja, canola, azeite de oliva), halvarinas e


margarinas light, com moderação.

5. Pães integrais com pouca gordura, cereais integrais (aveia, arroz, trigo, farelos), para
completar as fibras da dieta.

6. Formas de preparo que utilizem quantidade reduzida de óleo como grelhados, cozidos
e ensopados.

EVITE:

1. "Dietas milagrosas".

2. Alimentos ricos em gordura saturada e colesterol: gorduras de origem animal, carnes


vermelhas com gordura aparente, carne de porco, vísceras (fígado, rins, coração, moela
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e miúdos em geral), frios e embutidos (linguiça, salsicha, paio, salame, mortadela,


presunto), toicinho, bacon, frutos do mar (camarão, carangueijo), pele de frango, couro
de peixes, dobradinha, panelada, feijoada, mão de vaca, cozidão, sarapatel, buchada,
mocotó.

3. Leite integral e derivados (iogurte, coalhada, queijos amarelos, queijos cremosos,


creme de leite, manteiga), margarina sólida, maionese, leite de coco, azeite de dendê e
chocolate.

4. Frituras em geral, banhas, toucinho defumado. Não cozinhe com margarinas ou


creme vegetal.

5. Açúcar, mel, garapa (caldo de cana), melado, rapadura e doces em geral.

6. Bebidas alcoólicas.

LEMBRE-SE: A restrição de alimentos ricos em sódio, em colesterol, gorduras


saturadas, gorduras trans e açúcares simples reduz, consideravelmente, os fatores de
risco para Doenças Cardiovasculares (DCV).

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA EMAGRECIMENTO

Emagrecer de forma saudável é resultado de empenho e disciplina. A reeducação


alimentar é um processo gradativo e definitivo de emagrecimento. Para iniciá-lo basta
ler e seguir as orientações seguintes:

- Siga corretamente o plano alimentar. Evite omitir refeições ou reduzir os alimentos por
conta própria;

- Faça as refeições em local tranqüilo e agradável e procure seguir horários regulares


para alimentar-se;

- Coma devagar e mastigue bem cada porção de alimento;

- Evite “beliscar” entre as refeições;

- A água não possui calorias: é a bebida ideal para quem está seguindo plano para
emagrecimento;

- Utilize óleo vegetal (oliva, canola, soja, milho, girassol) em pequenas quantidades para
o preparo dos alimentos;

- Evite frituras. Prefira grelhados, cozidos ou assados em panelas tipo “teflon”;

- Observe cuidadosamente o rótulo dos alimentos industrializados e verifique a


quantidade de calorias (energia) impressa no mesmo. Lembre-se que o termo dietético
não libera os alimentos para o consumo;

- Procure habituar-se ao sabor natural dos alimentos. Use adoçante para substituir o
açúcar comum;

- Utilize margarina light;

- Evite maionese ou molhos prontos. Tempere as saladas de legumes cozidos com ervas
caseiras, iogurte natura desnatado ou requeijão light;

- Evite o consumo de bebidas alcoólicas; frutos do mar: carangueijo, camarão, lagosta


etc;
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- Procure não exagerar no consumo de massas e prefira aquelas preparadas com molhos
magros;

- Procure fazer das refeições um momento de prazer. Lembre-se que a imagem da


balança não pode tornar-se uma obsessão na sua mente;

- Ao fazer refeições fora de casa procure “montar” seu prato com preparações pouco
calóricas;

- A prática de atividade física é muito importante no processo de emagrecimento.


Procure fazer caminhada ou ginástica regularmente. Torne-se FISICAMENTE ATIVO.

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA GASTRITE /ÚLCERA

1. Faça refeições em horários regulares e em local tranqüilo e agradável. Evite


comer vendo televisão;

2. Evite alimentar-se quando estiver nervoso. Relaxe primeiro, coma depois;

3. Selecione para o seu consumo apenas os alimentos que não causem desconforto
gástrico;

4. Os alimentos devem ter a sua consistência abrandada:

 Hortaliças – folhas tenras (macias), sem talos, picadas;

 Legumes – cozidos, em sopas, saladas, purês;

 Carnes – macias, picadas, moídas, desfiadas;

 Arroz – bem cozido;

 Feijão – bem cozido, amassado;

 Frutas – maduras, sem cascas, sem bagaço, sem sementes (sucos, vitaminas etc.).

5. As refeições devem ser freqüentes (5 a 6 vezes por dia) e pouco volumosas


(em pequenas quantidades). Evite passar longos períodos sem alimentar-se;

6. Coma devagar. Mastigue bem, com a boca fechada, cada porção de


alimento;

7. Identifique a ação que os alimentos exercem sobre o seu funcionamento


intestinal e utilize-os de acordo com suas necessidades (para “soltar” ou
“prender”);

8. Evite deitar-se imediatamente após as refeições;

9. Evite mascar chicletes, especialmente com o estômago vazio;

10. Evite ingerir alimentos em temperaturas extremas (muito quentes ou muito frias);

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11. O uso abusivo de leite é contra-indicado. Use-o apenas nos horários, nas
quantidades e nas preparações prescritos em sua dieta;

12. Para melhor controle dos sintomas, evite os seguintes alimentos:

 Preparações condimentadas (condimentos picantes, temperos secos, molhos


industrializados);

 Friturase outras comidas gordurosas (panelada, feijoada, dobradinha, torresmo,


lingüiça etc);

 Café, chá, bebidas do tipo cola, bebidas alcoólicas, bebidas gaseificadas;

 Carnes duras e caldos concentrados;

 Farinha de mandioca;

 Doces concentrados;

 Frutas excessivamente ácidas e/ou verdes, com cascas, sementes ou bagaço;

13. Obedeça cuidadosamente as prescrições (dieta e orientação) da nutricionista

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA HEPATOPATIA

1. Seguir a dieta prescrita é fundamental para o seu tratamento;

2. Faça as refeições em local tranqüilo e agradável;

3. Evite comer quando em “estado de tensão emocional”. Relaxe primeiro e alimente-se


depois;

4. As refeições devem se pouco volumosas e feitas sempre em horários regulares. Evite


passar longos períodos sem alimentar-se;

5. Faça as refeições sem pressa. Coma devagar, mastigando completamente (com a boca
fechada para não engolir ar), cada porção de alimento;

6. Identifique a ação dos alimentos sobre o seu funcionamento intestinal. ALIMENTOS


LAXANTES são aqueles que “aceleram” o trânsito intestinal (“soltam” o intestino).
ALIMENTOS OBSTIPANTES ou CONSTIPANTES são aqueles que “retardam” o
trânsito intestinal (“prendem” o intestino);

7. Consuma, preferencialmente, alimentos frescos. Lembre-se:utilizar os alimentos da


época (safra) e de sua região permitirá uma maior variedade no cardápio diário;

8. Evite beber durante as refeições. A quantidade de líquidos liberada para a sua


ingestão diária deverá ser utilizada no intervalo das refeições e vai depender da
presença de edema (inchaço) e/ou ascite (barriga d´agua). Lembre-se de que deverá
fazer o controle da quantidade de líquidos utilizados durante o dia, quando
apresentar edema e/ou ascite;

9. Para umedecer a boca, diminuir a sede e controlar os líquidos, faça uso das seguintes
sugestões: pedrinhas de gelo, suco de limão congelado, balas duras azedas, bem
como pedacinhos de limão;

10. Alguns alimentos industrializados possuem em sua composição química algumas


substâncias que não podem ser utilizadas livremente em sua alimentação. Para sua
maior segurança evite o uso dos mesmos;
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11. A quantidade e o tipo de proteínas liberadas para o seu consumo devem ser
observados cuidadosamente na dieta, evitando-se desta forma o agravo do seu
quadro;

12. O conteúdo de sódio também deverá ser cuidadosamente controlado. O cloreto de


sódio, conhecido como “sal de cozinha” deverá ser consumido sob rigorosa
orientação da . Nutricionista. Quando apresentar edema (inchaço) e/ou ascite
(barriga d´agua), a quantidade de sal a ser colocado nos alimentos deverá ser
reduzida ou abolida;

13. Utilize para preparar os alimentos óleos vegetais que não piorem o seu quadro. Use:
soja, milho, girassol, canola, oliva. Evite gorduras de origem animal (banhas), azeite
de coco, azeite de dendê;

14. Em caso de apresentar varizes de esôfago, os alimentos melhor tolerados são os de


consistência macias e brandas, como:

CARNES: macias,picadas, moídas, preferencialmente cozidas:

FRUTAS: maduras, sem cascas, bagaços ou sementes, em forma de sucos, vitaminas,


papa, etc;

VEGETAIS: tenros, macios, bem cozidos, em forma de purês ou sopa.

EVITE

ALIMENTOS SALGADOS: Carne de sol, lingüiça, bacalhau, charque, ingredientes


defumados para feijoada, queijos, azeitonas, extratos de carne, manteiga e margarina
com sal, salame, presunto, camarão, peixes salgados, carnes enlatadas, picles, torresmo,
batata frita, frutos do mar etc.;

ALIMENTOS GORDUROSOS: Banhas, toucinhos, carnes gordurosas, cozidão, mão-


de-vaca, bacon, presunto, salsicha, lingüiça, manteiga, kitut, salame, frituras em
geral, panelada, chocolates etc;

ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS: Sucos de frutas, doces, ketchup, mostarda,


refrigerantes, enlatados em geral:

CONDIMENTOS IRRITANTES: Pimenta malagueta, pimenta de cheiro, pimenta-do-


reino, mostarda, molho inglês, condimentos industrializados;

ALIMENTOS OBSTIPANTES OU CONSTIPANTES: Banana, farinha de


mandioca, suco de caju, maçã sem casca, goiaba etc;

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ALIMENTOS RICOS EM PROTEÍNAS DE ORIGEM ANIMAL (Usar com


moderação): Leite, queijos, manteiga, coalhada, iogurte, doces de leite, carnes, ovos;

ALIMENTOS QUE CAUSAM FLATULÊNCIA: Repolho, cebola, couve, pepino,


melão, melancia, leguminosas (feijão, fava etc.)

OBSERVAÇÕES:

Mel de abelhas, mel de milho, geléias e doces de frutas caseiros (sem adição de leite)
podem ser usados livremente;

Frutas frescas e maduras (menos as que prendem o intestino) devem ser utilizadas.
Prefira: mamão, uva, tangerina e manga (quando bem tolerada);

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SUPERVISÃO DE DIETOTERAPIA

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA HIPERCOLESTEROLEMIA

O tratamento nutricional, composto por um plano alimentar que prioriza a utilização de


alimentos ricos em fibras e restringe o uso de alimentos ricos em colesterol e em gorduras
saturadas é a primeira escolha para a redução dos níveis de colesterol. Siga as orientações
abaixo e atinja com mais rapidez as metas pré-estabelecidas pela Nutricionista.

1. Obedecer à dieta prescrita é fundamental para o seu tratamento;

2. Faça as refeições em horários regulares e em ambiente tranqüilo e agradável. Coma


sem pressa, mastigando bem cada porção de alimento;

3. Não coma assistindo televisão. Evite alimentar-se estando estressado (agitado,


preocupado). Relaxe primeiro e alimente-se depois;

4. Selecione para o seu consumo apenas os alimentos que não lhe causem desconforto
gástrico e/ou abdominal;

5. Dê preferência a alimentos frescos e da época (safra)

6. Evite beber enquanto come. Uma média de oito copos de líquidos por dia é liberada
para o seu consumo (chás, sucos, leite desnatado, água, etc);

7. Em caso de dúvidas, procure a Nutricionista.

OBS.: - Quando permitido, associe à dieta uma atividade física regular;

- Evite o estresse.

ALIMENTOS PROIBIDOS

Gorduras e Óleos: manteiga, banhas, toucinho, óleo e azeite de coco, azeite de dendê,
manteiga de cacau, maionese , margarinas e gorduras hidrogenadas.

Laticínios: leite integral, nata, queijos amarelos, requeijão, iogurtes e coalhadas com leite
integral, leite condensado, creme de leite, creme“Chantilly”..

Pães, Massas e Bolos: pães, doces (massa fina, com coco, de leite, de “hot dog”, de minuto

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etc.). “Hambúrguer”, “croissants”, queijadinhas, biscoitos de queijo, roscas com frutas,


macarrão com ovos, salgadinhos, massas preparadas com gemas, leites e gorduras proibidas.

Doces e Alimentos Açucarados: achocolatados, cremes e bolos ricos em gemas, leite e


gorduras “proibidas”, sorvetes, balas de chocolate, de leite e de coco.

Vegetais: preparados com manteiga, creme de leite, maionese e gorduras proibidas, batatas
fritas, vegetais empanados e à milanesa.

Frutas: cocos secos (da praia , babaçu) e seus “leites” e óleos, buriti.

Aves: caça, ganso, pato, peles de aves.

Carnes: carnes gordas, vísceras, (miolos, moelas, fígado, coração, rim,cérebro, sarapatel,
chourisço), “bacon”, porco, torresmo, ingredientes para feijoada.

Peixes e Mariscos: ovas de peixe, camarão, carangueijo, mariscos, lagosta e peixe gordo (de
couro).

Bebidas: à base de malte, preparadas com gorduras, achocolatados, vitaminas e “milk shakes”
preparados com leite integral, creme de leite e leite condensado, gemadas, molhos para café.

Frios e Embutidos: lingüiça, salsicha, salame, salaminho, presunto, apresuntada, patês, paio,
“kitut”.

Preparações Gordurosas: panelada, mão de vaca, cozidão, feijoada, buchada, sarapatel etc.

ALIMENTOS PERMITIDOS:

Gorduras e óleos: Todos devem ser limitados. Use com moderação: gorduras liquidas à
temperatura ambiente, óleos ricos em poliinsaturados (soja, milho, girassol, canola), azeite de
oliva extra-virgem ou virgem, cremes vegetais (halvarinas);

Laticínios: leite completamente desnatado, queijos brancos, ricota, “cottage”, iogurte


desnatado.

Ovos: cozidos, pochês ou mexidos em água;

Pães, Massas e Bolos: pão integral, pão francês, torradas de pão integral e pão francês,
farinha de aveia, farelo de aveia e cereais de grãos integrais, milho, arroz, trigo, biscoito de
água e sal, beiju e cuscuz (sem coco e sem manteiga), massas e bolos confeitados com
gorduras permitidas, sem gemas de ovo e sem leite integral;

Doces e Alimentos Açucarados: quantidades normais de açúcar, em caso de obesidade,


substituir o açúcar por adoçante;

Vegetais: todos os vegetais frescos e congelados, feijão seco de todos os tipos, ervilhas,

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lentilhas, grão de bico, milho verde, batata cozida ou assada com casa (coma a casca sempre
que puder);

Frutas: frutas frescas, frutas enlatadas e secas, não adocicadas.

Aves: frango e peru, sem peles – não frite e não use no preparo ingredientes “proibidos”.

Carnes: magras – usar com moderação (*coma mais frango e peixe);

Peixes e Mariscos: todos os peixes magros do mar ou água doce. Todos os peixes brancos:
bacalhau, aboque, linguado. Use também arenque, cavalinha, sardinha, atum, salmão,
macarel, tuna – não frite e não use no preparo ingredientes “proibidos”.

Bebidas: sucos de frutas naturais e chás.

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL

A alimentação é uma importante aliada no controle da Hipertensão


Arterial. Sua participação se dá através de dietas para manutenção ou redução do peso
corpóreo, bem como para diminuição do sal de cozinha e dos demais alimentos ricos em
sódio. Para facilitar, siga as seguintes orientações:

 Acostume-se a ler os rótulos dos alimentos e controle melhor o seu consumo


diário de sódio;

 Reduza gradualmente o sal de adição das preparações, permitindo às papilas


gustativas se adaptarem ao novo sabor;

 Evite ingerir alimentos ricos em sódio, tais como:

 Sal de cozinha.

 Carnes processadas: presunto, apresuntada, mortadela, bacon,


salame,salsicha, lingüiça, charque( carne seca ).

 Peixes processados e salgados: sardinha, bacalhau, atum, aliche, salmão;

 Aves processadas comerciais: ( nuggets de frangos, frango à milanesa ).

 Alguns queijos: ( parmesão, roquefort camembert, provolone, cheddar ).

 Temperos prontos, realçadores de sabor, sopas desidratadas e enlatadas,


caldos e extratos de carne ou galinha concentrados, amaciantes de carne,
catchup, mostarda, maionese, molho tártaro, extrato e molho de tomate,
molho de soja ( shoyu ), sal marinho, molho inglês, molho de salada.

 Patês comerciais ou preparados com produtos industrializados ricos em


sódio.

 Vegetais enlatados e em conserva: palmito, ervilha, picles, milho,


cogumelos, azeitonas.
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 Bolachas de água e sal, pães com cobertura salgada.

 Salgadinhos industrializados “de supermercado” ou “de padaria”.

 Margarina ou manteiga com sal.

 Para realçar e melhorar o sabor, aroma e aparência dos alimentos e preparações,


algumas especiarias e ervas podem ser utilizadas à vontade: cominho, alho,
cebola, salsinha, cebolinha, açafrão, sálvia, manjericão, folhas de louro, orégano,
tomilho, mostarda, estragão, cravo da índia, curry. Use também suco de limão e
vinagre ( em pequenas quantidades ).

 Invente molhos utilizando os temperos permitidos.

 Procure manter um peso razoável , evitando o sobrepeso.

 Evite o consumo de álcool.

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA MAGREZA

Para garantir a ingestão de alimentos que irá promover o seu ganho


de peso será necessário modificar hábitos alimentares e de vida. Tente seguir as
orientações que se seguem:

1. Procure alimentar-se sempre em horários regulares, em local tranqüilo e


agradável, relaxado, sem pressa, mastigando bem cada porção de alimento;

2. Selecione para o seu consumo apenas alimentos que não lhe causem desconforto
gástrico e/ou intestinal;

3. Evite ingerir líquidos durante as refeições ou em horários muito próximos a elas;

4. Procure fazer todas as refeições prescritas e as preparações programadas;

5. Sua alimentação deverá ser bem variada, composta por alimentos de todos os
grupos. Lembre-se: a quantidade depende da variedade.

6. Consuma, preferencialmente, alimentos frescos e da época. Use a sua


criatividade para montar pratos bem coloridos e nutritivos;

7. Quando permitido, use alimentos de sabor doce ou azedo, bem como


condimentos picantes para estimular o apetite.

8. Prefira pratos quentes no almoço e no jantar e preparações geladas nos intervalos


(lanches).

9. Inclua cereais no desjejum: aveia, cremogema, farinha láctea, neston, mucilon,


sucrilhos etc.

10. Para enriquecer, adicione às preparações:

Salada de legumes - maionese, creme de leite, requeijão, molhos...

Saladas de frutas - leite condensado, creme de leite, mel, sorvetes...

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Sanduíches - mostarda, maionese ou ketchup...

Pães, torradas e biscoitos - requeijão, manteiga, mel, geléia, margarina...

Macarrão, pizzas, lasanhas - molhos, queijos...

Leite, iogurte, vitaminas - achocolatados, cereais, frutas, mel.

11. Utilize como sobremesa: doces, geléias, gelatinas enriquecidas, cremes, pudins,
pavês, frutas cristalizadas, frutas caramelizadas, sorvetes, rapadura, docinhos
etc.

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA NEFROPATIA

É fundamental cumprir a dieta. Ela faz parte do seu tratamento e é


tão importante quanto a medicação que você usa. Observar com cuidado as orientações
que se seguem irá proporcionar-lhe um melhor estado nutricional e uma melhor
qualidade de vida.

1. Não adicione sal para cozinhar os alimentos ou à mesa;

2. Alguns alimentos são ricos em sódio e deverão ser evitados: presunto,


mortadela, bacon, paio, salsicha, linguiça, salame, queijos, temperos prontos,
catchup, molho de tomate, margarina ou manteiga com sal, molho de soja,
defumados, peixes enlatados (sardinha, atum), bacalhau, charque, carne de sol,
vegetais enlatados, azeitonas, bolacha água e sal, pão salgado, salgadinhos
industrializados, frutos do mar;

3. Para melhorar o sabor e a aparência dos alimentos e das preparações use alguns
temperos e ervas à vontade: alho, cebola, colorau, cominho, gengibre, vinagre,
limão, louro, manjericão, orégano, pimenta, pimentão;

4. Caso apresente peso abaixo do normal, aumente o consumo de: arroz,


macarrão, farinhas (amido de milho, trigo, tapioca, milho), pão doce, biscoito
doce, óleo de origem vegetal (soja, canola, milho, oliva), mel, açúcar, geléia,
doces, pipoca doce ou sem sal e margarina sem sal;

5. As proteínas ingeridas deverão ser preferencialmente de origem animal. Elas


fazem parte dos seguintes alimentos: carnes (aves, peixes, boi, carneiro, etc.),
clara de ovo, leite e derivados;

6. O acúmulo de potássio no organismo poderá levar a problemas no coração e


nos músculos. Como os seus rins não o estão excretando de forma adequada, a
quantidade liberada para o seu consumo deverá ser controlada. Os alimentos
abaixo são ricos em potássio e deverão ser ingeridos com precaução e em
pequenas quantidades:

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Leite Batata doce ou inglesa Tomate e molho de


tomate
Carnes Doce de leite Catchup
Chocolate Caldo de carne, de galinha de legumes.
Azeitona Cereais integrais Feijão concentrado
Rapadura Amêndoas Temperos prontos
Soja Frutas secas Abóbora
Chá Chuchu Melado de cana
Beterraba Banana Mamão
Cereais Sucos concentrados Água de coco
instantâneos

Batata frita Café solúvel

7. Seu organismo poderá acumular líquidos em função dos rins não estarem
conseguindo eliminar o excesso através da urina. Este acúmulo causará inchaço
e ganho de peso no período entre as diálises, bem como o aumento da pressão
arterial. Você deverá aprender a controlar a quantidade de líquidos permitida
para o seu consumo;

8. Na presença de anemia ferropriva (por deficiência de ferro) você deverá ingerir


uma alimentação rica neste mineral. Eis alguns dos alimentos que poderão ser
utilizados:

 Carnes vermelhas (na quantidade prescrita)

 Feijão (após preparo especial para redução do teor de potássio)

 Ameixa

 Melaço;

9. Caso apresente obstipação (constipação) intestinal, procure aumentar o


consumo de fibras. Elas são encontradas nas hortaliças, nas frutas (casca e
bagaço) e nos cereais (aveia, neston, farinha láctea) principalmente nos
integrais (farelos);

10. O álcool é prejudicial à sua saúde. Evite-o sempre;

11. Exercícios como caminhada e trabalhos de casa leves são benéficos à sua
saúde. Eles o farão sentir-se melhor, mais relaxado e com um melhor
funcionamento do intestino;

12. As carnes poderão ser assadas (com pouco óleo, do tipo soja ou canola),
grelhadas, cozidas ou sob a forma de risoto (misturadas com arroz);

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13. Deverão ser evitados doces com chocolates, nozes, coco e amendoim;

14. Os alimentos listados abaixo deverão ser evitados por serem fontes de proteínas
de baixa qualidade e, ao mesmo tempo, ricos em potássio e fósforo:

 Creme de amendoim

 Ervilha (grão e vagem), lentilha, grão de bico, feijão cozido (sem o preparo
prévio adequado), soja;

 Amendoim, avelã, castanhas, nozes

 Amêndoas

15. A fruta carambola poderá causar soluços e crises convulsivas em pacientes


renais crônicos, ficando o seu uso proibido para os mesmos.

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA PÓS-OPERATÓRIO

A tolerância à reintrodução dos alimentos depende de vários aspectos: tipo e local da


cirurgia, tipo de anestesia, intercorrências pré, peri e pós operatórias etc. Sabe-se que é
individualizada, podendo exigir um período de readaptação do organismo. As
orientações a seguir irão ajudar neste processo:

 Selecione alimentos frescos e de boa qualidade

 Faça as refeições em horários regulares, freqüentes e pouco volumosas;

 Não fique por mais de 3 horas sem se alimentar;

 Selecione para o seu consumo apenas os alimentos que não lhe causam desconforto
gástrico;

 Coma devagar mastigando bem e lentamente cada porção de alimento;

 Evite ingerir líquidos durante as refeições e deitar imediatamente após as mesmas.

 Procure consumir alimentos abrandados (bem cozidos, macios, triturados, picados,


frutas sem cascas sementes ou bagaço);

 Evite alimentar-se quando em estado de tensão emocional. Relaxe primeiro;

 Beba uma média de oito copos de líquidos por dia, no intervalo das refeições;

 Observe a ação dos alimentos sobre o seu organismo e selecione para o seu
consumo apenas aqueles que não lhe causem desconforto gástrico e/ou intestinal.
Identifique os que exercem efeito laxante (“soltam” o intestino) e os que exercem
efeito constipante (“prendem” o intestino):

ALIMENTOS LAXANTES

Frutas: mamão, ameixa preta, laranja com bagaço, tangerina, uva com casca, abacaxi,
manga, goiaba madura, morango, tamarindo, abacate, suco puro de laranja etc.

Hortaliças folhosas preferencialmente cruas ou ligeiramente refogadas.

Leite integral: coalhada, iogurte natural.


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Cereais integrais: aveia (farelo), trigo triturado e torrado (farelo), canjiquinha, arroz
integral, centeio. Pães integrais, biscoitos enriquecidos com fibras.

Mel, melado, geléia, doces com alta concentração de açúcar.

ALIMENTOS CONSTIPANTES

Banana, maçã sem casca, limão doce, pêra, melancia, goiaba verde, limão, cenoura
cozida, batata inglesa, chuchu, mucilagem de arroz, arrozina, farinha seca, farofa, pirão,
paçoca, café “preto”, bebidas com gás (refrigerantes, água mineral com gás), frituras em
geral, beiju, cuscuz de arroz.

ALIMENTOS QUE DEVEM SER USADOS COM CAUTELA

Alimentos gordurosos, ovo frito e frituras em geral, linguiça, salsicha, mortadela,


presunto, bacon, carne de porco, carnes gordas, alimentos enlatados e em conserva.

Temperos (vinagre, pimenta, molho inglês, ketchup, mostarda, caldos em sachês e em


tabletes, molho tártaro, picles, pimenta do reino, cominho)

Bebidas alcoólicas e gasosas, Café, chá preto, mate e chocolate.

Alimentos flatulentos (que provocam gases): pepino, couve, couve-flor, brócolis,


repolho, pimentão, nabo, rabanete

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ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA TRANSPLANTE RENAL

Após o TRANSPLANTE DE RIM, como em outros tratamentos da doença renal, é


necessário seguir uma dieta especial. O uso de medicamentos imunossupressores, ou
seja, que previnem a rejeição pode causar alguns efeitos colaterais, como: aumento da
pressão arterial, aumento dos níveis sanguíneos de potássio, colesterol e triglicérides,
aumento do apetite levando ao ganho de peso. O controle do ganho de peso ajudará o
paciente a não desenvolver complicações como doenças cardiovasculares, diabetes e
hipertensão. É fundamental cumprir a dieta. Ela faz parte do seu tratamento e é tão
importante quanto a medicação que você usa. Observar com cuidado as orientações que
se seguem irá proporcionar-lhe um melhor estado nutricional e uma melhor qualidade
de vida.

POTÁSSIO :

É comum que alguns pacientes tenham que controlar o potássio na alimentação após o
transplante até que os níveis sanguíneos estejam normalizados. O tempo de seguimento
desta dieta varia de pessoa para pessoa e deverá ser determinada e acompanhada pelo
nutricionista e médico da sua equipe de transplante. O potássio está presente nos
alimentos, especialmente em frutas, legumes, verduras, carnes, leite e derivados e nos
grãos (feijão, ervilha, lentilha, soja e grão de bico). A quantidade de potássio destes
alimentos difere entre si, sendo que alguns possuem quantidades maiores que outros.
Aqui estão algumas dicas de como diminuir a quantidade de potássio na alimentação:

- preferir alimentos pobres em potássio (verificar abaixo);


- ingerir frutas, verduras e legumes sempre cozidos;
- descascar as frutas, verduras e legumes, deixar de molho ou cozinhar em bastante
água. A água do cozimento deve ser desprezada;

ATENÇÃO: substitutos do sal (sal dietético ou light) são ricos em potássio e devem ser
evitados.

As frutas mais ricas em potássio são: melão, maracujá, laranja pêra, ameixa preta,
ameixa vermelha, amora, mamão, figo, tamarindo, uva, abacate, banana prata, banana
d'água. Vegetais com maiores quantidades de potássio são: batata inglesa, batata doce,

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milho verde, cenoura, beterraba, acelga, couve flor, palmito em conserva, rabanete,
tomate, brócolis, espinafre, mandioca, mandioquinha.

Alimentos que devem ser evitados se houver restrição de potássio na alimentação:


ameixa seca, uva passa, cereais integrais, caldo de carne e galinha em tabletes,
leguminosos (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja), gergelim, amêndoas, avelãs,
castanha de caju, castanha-do-pará, coco, água de coco, amendoim, chocolate, massa de
tomate, caldo de cana e rapadura. O acúmulo de potássio no organismo poderá levar a
problemas no coração e nos músculos, por isso a quantidade liberada para o seu
consumo deverá ser controlada. Os alimentos abaixo são ricos em potássio e deverão
ser ingeridos com precaução e em pequenas quantidades:

LEITE BATATA DOCE OU TOMATE E MOLHO


BATATA INGLESA

CARNES DOCE DE LEITE CATCHUP


CHOCOLATE CALDO DE CARNE SUCOS CONCENTRADOS
AZEITONA
CALDO DE GALINHA FEIJÃO CONCENTRADO
RAPADURA CALDO DE LEGUMES TEMPEROS PRONTOS
SOJA CEREAIS INTEGRAIS ABÓBORA
CHÁ AMÊNDOAS MELADO DE CANA
BETERRABA FRUTAS SECAS MAMÃO
CEREAIS CHUCHU ÁGUA DE COCO
INSTANTÂNEOS

BATATA FRITA BANANA CAFÉ SOLÚVEL

SÓDIO

A quantidade de sal permitida na dieta varia de pessoa para pessoa e muitas vezes a
restrição do sal é necessária para evitar retenção de líquidos no corpo e aumento da
pressão. Se este for o seu caso, limite a quantidade de sal de cozinha na sua dieta assim
como alimentos ricos em sódio.

Se você precisar controlar o sal na dieta siga as orientações:

- use produtos sem adição de sal e com baixo teor de sódio;


- prefira alimentos frescos e congelados sem sal, evite enlatados;
- utilize carnes frescas, aves e peixes frescos;
- prefira pães sem adição de sal;
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- utilize ervas aromáticas e especiarias para realçar o sabor e aroma de suas receitas,
substituindo assim o sal de cozinha;
- cozinhe arroz, cereais e macarrão sem acrescentar sal;
- se utilizar alimentos enlatados, enxágue-os antes de consumir para remover o excesso
de sal;
- leia sempre o rótulo dos alimentos para se informar sobre sua composição.

ALIMENTOS RICOS EM SÓDIO QUE DEVERÃO SER EVITADOS:

Alimentos enlatados e embutidos: salsicha, presunto, salaminho, mortadela, hambúrguer


industrializado, linguiças, patês industrializados, sardinha, atum, carnes salgadas ou
defumadas, charque, azeitonas, palmito, etc. Queijos amarelos e curados como:
parmesão, prato, queijos cremosos, etc.; salgadinhos de pacote, condimentos e molhos:
shoyo, molho inglês, molho de soja, maionese, amaciante de carnes, molhos prontos de
tomate e para carnes, condimentos em pó em cubos (caldo de legumes, carne, galinha,
etc.), sopas prontas (liofilizadas que contenham sal).

COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES

Muitas vezes o nível de colesterol e triglicérides pode estar aumentado no organismo,


seja por causa da medicação, da alimentação inadequada ou pela predisposição genética.
O colesterol é considerado alto quando seu nível no sangue atinge valores acima de 200
mg/dL. O colesterol é transportado na corrente sanguínea sob duas formas:

LDL - prejudicial ao organismo. Quanto mais LDL nós temos no sangue maior é o risco
de termos doença cardiovascular porque ele pode construir "uma parede" nos vasos
sangüíneos.

HDL - benéfico ao organismo, tem a função de conduzir o colesterol para fora das
artérias, impedindo assim o seu depósito.

Para um bom controle e/ou diminuição do colesterol siga as seguintes orientações:

- cozinhe no vapor, grelhe, asse ou faça guisados, ensopados ao invés de frituras;


- use panelas que não precisem de adição de gordura (tipo tefal) ou a vapor;
- coloque pouco óleo para preparar os alimentos;
- antes de preparar aves e carnes, retire toda a gordura aparente, assim como a pele no
caso das aves;
- refogue a carne e escorra a gordura antes de acrescentar os outros ingredientes;
- use limão e ervas aromáticas para dar sabor às preparações;
- evite o consumo de maionese, preparações à base de coco, molhos para salada que
sejam ricos em gordura, salgadinhos de pacote, bolachas recheadas e "confeitarias";
- inclua peixes na alimentação;
- aumente a ingestão de fibras na dieta. Prefira frutas, verduras, cereais como aveia,
grãos, pães integrais;
Av. Frei Serafim, 2352 - Centro - CEP 64.001-020 - Tel.: +55 86 3221-3040 - Teresina - PI - Brasil
Manual de Dietas Hospitalares – HGV
9 de abr.

- evite a ingestão de vísceras (coração, fígado, rim e miolo);


- evite achocolatados;
- evite alimentos ricos em gordura animal: leite integral, manteiga, queijos amarelos e
minas integral, requeijão, iogurte integral, sorvete feito com leite integral, gema de ovo
e preparações à base de carnes com gorduras aparentes, pele de frango, bacon, creme de
leite, vísceras (fígado, rim, miolo), salsichas, presunto, sardinhas conservadas no óleo.

TRIGLICÉRIDES

A hipertrigliceridemia ocorre quando o nível de triglicérides no sangue do adulto sadio


atinge valores acima de 150 mg/dL. Se você precisa prevenir, controlar ou abaixar a
taxa triglicérides no sangue faça as seguintes modificações na sua alimentação:

- evite grandes quantidades de açúcar, mel, balas e doces em geral;


- procure substituir refrigerantes e sucos artificiais adoçados por sucos naturais sem
açúcar ou com adoçante;
- evite bebidas alcoólicas;
- consuma arroz, massas, pão, pizza e biscoitos com moderação.

OBSERVAÇÕES:
 A higienização das mãos e dos alimentos é importante para evitar
contaminações cruzadas;

 Evite alimentos oferecidos ou comercializados “na rua”;

 Utilize a medicação conforme prescrição médica.

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REFERÊNCIA

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2. GODOY AM, LOPES DA, GARCIA RWD. Transformações socioculturais da
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3. KANDELA P. Hospital food. Lancet. 2009.
4. BOLLET JB, OWENS S. Evaluation of nutritional status of selected
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5. BRISTIAN BR, BLACKBURN GL, HALLOWELL E, HEDDLE R. Protein
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6. CORREIA MITD, WAITZBERG D. The impact of malnutrition on morbidity,
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7. KRUIZENGA HM, VAN TULDER MW, SEIDELL JC, THIJS A, ADER HJ.
VAN BOKHORST-DE VAN DER SCHUEREN MA. Effectiveness and cost-
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9. LASSEN KO, KRUSE F, BJERRUM M. Nutritional care of Danish medical
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