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Guia de Estudo
ACNUR
Crise Migratória na
Europa
ABACOONU 2016
Guia de Estudos
ACNUR
Alto Comissariado das
Nações Unidas para
Refugiados
No entanto com a eclosão da Primeira Guerra mundial e com a Revolução Russa, diversos
países se viram obrigados a iniciar um controle de imigração, sendo mais seletivos sobre quem
poderia entrar no país, em que termos e com quais direitos. Assim com todo o alvoroço que ocorria
na Europa surgiu a primeira crise de refugiados na Europa. Entre 1914 e 1922 aproximadamente 5
milhões de refugiados surgiram. Pela primeira vez então foi necessário a criação do Alto
Comissariado para Refugiados e iniciou-se a necessidade de passaportes. No final da Segunda
Guerra a Europa já vinha a conviver com mais de 30 milhões de refugiados, completamente
desabrigados, extirpados ou em fuga.
Mal havia sido criada e a Organização das Nações unidas já possuía um problema em mãos.
Como dito ao fim da Segunda Guerra havia uma grande quantidade de refugiados na Europa,
desabrigados, como sabemos a ONU foi criada logo após a guerra, sendo assim, com pouca ou
nenhuma experiência com a questão, teve que atuar afim de regularizar e melhorar a vida desses
refugiados na Europa.
Foi se então criado um órgão pela ONU, o UNRRA que já em 1947 estava comandando cerca
de 800 campos onde se concentravam mais de 7 milhões de pessoas que buscavam abrigo e
proteção. O ACNUR sucedeu o UNRRA.
Mas o mais importante foi que nessa época surgiu um levante político em favor do estado
de emergência existente, além, é claro, de um senso humanitário de responsabilidades para atenuar
os horrores causados pela guerra e pelo Holocausto. Infelizmente ambas as coisas (levante político
e senso humanitário) estão escassas hoje em dia. Tem-se diferença básica entre o início da crise a
cerca de 60 anos atrás e hoje.
A necessidade de fugir se tornou cada vez maior para as populações que viam seu país
repleto de guerras, mortes e/ou ataques foi então que se iniciou um novo esforço para encontrar
novas maneiras de fugir e se estabelecer em outro pais. Desde então, fronteiras muito restritas,
migrantes desesperados e contrabandistas oportunistas estão intimamente ligados.
Conclui-se que, a crise migratória na Europa hoje não passa de uma continua crise que vem
sendo prorrogada desde o fim do século 18. Como agravante tem-se a eclosão da guerra na Síria, os
frágeis estados na Líbia, Afeganistão, Iraque, Somália, Sudão e República Democrática do Congo, a
incapacidade de alguns países controlarem e lidarem com seus refugiados, e a capacidade de
estabelecer novas rotas de migração em massa em direção a destinos como a Alemanha, Dinamarca,
Suíça e Reino Unido só vem causando uma continua piora nessa crise já tão conhecida pelos
europeus e pelo mundo.
4.2. Golfo
É importante ressaltar também que muitos países do golfo estão fechando suas fronteiras para
imigrações como, por exemplo, a Síria fugindo da sequente guerra em seu pais. Ou seja, o problema não
deve apenas ser focado na União Europeia, existem outras regiões e países que também devem aprender
a lidar com o problema e com a xenofobia que o cerca. Nessa região também existe o agravante de grupos
extremistas, como o Estado Islâmico, o que gera uma grande tensão na área.
Os Estados Unidos da América vêm sendo pressionados e criticados por países e organismos
internacionais devido à falta de um maior envolvimento na busca por solução da crise migratória na
Europa. Foi determinado pelos EUA que em 2016 cerca de 10 mil asilos seriam oferecidos para sírios
pelos Estados unidos.
Os Estados Unidos tem sido alvo de críticas e vem sendo pressionado para que haja o maior
envolvimento com o problema e tem sido considerado por alguns países um agente causador da
crise migratória. Segundo eles, os conflitos hoje presentes nos países como Síria, Líbia, Iraque e
Afeganistão, são consequências de intervenções americanas que corroeram os países e afetaram-
nos levando ao caos.
O Brasil por sua vez diz estar de "braços abertos para acolher refugiados", apesar dos
momentos de dificuldade como o que estão passando. O Brasil já concedeu asilo a 2.077 sírios,
segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), os sírios já representam 25% do
total de refugiados no Brasil.
http://www.acnur.org/t3/portugues/informacao-geral/breve-historico-do-acnur/
http://www.unhcr.org/pages/49c3646cbc.html
http://www.unhcr.org/5575a78a0.html#_ga=1.134730681.913688660.1455208488
http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/crise-migratoria
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http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/150929_perguntas_crise_imigrantes_rm
http://www.fmreview.org/destination-europe/bundy
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/08/entenda-situacao-de-paises-de-onde-saem-
milhares-de-imigrantes-europa.html
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http://ec.europa.eu/dgs/home-affairs/e-
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https://www.opensocietyfoundations.org/explainers/understanding-migration-and-asylum-european-union
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150904_brasil_refugiados_sirios_comparacao_internacional
_lgb.shtml
http://edition.cnn.com/2015/11/16/world/paris-attacks-syrian-refugees-backlash/