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Ekev (Porque)

Escrito por Mário Moreno Dom, 07 de Agosto de 2011 09:20

O texto nos diz o seguinte: “Será, pois, que, se ouvindo estes juízos,
os guardardes e cumprirdes, o IHVH teu Elohim te guardará a aliança
e a misericórdia que jurou a teus pais; e amar-te-á, e abençoar-te-á, e
te fará multiplicar; abençoará o fruto do teu ventre, e o fruto da tua
terra, o teu grão, e o teu mosto, e o teu azeite, e a criação das tuas
vacas, e o rebanho do teu gado miúdo, na terra que jurou a teus pais
dar-te. Bendito serás mais do que todos os povos; não haverá estéril
entre ti, seja homem, seja mulher, nem entre os teus animais. E o
Senhor de ti desviará toda a enfermidade; sobre ti não porá nenhuma
das más doenças dos egípcios, que bem sabes, antes as porá sobre
todos os que te odeiam. Pois consumirás a todos os povos que te der
o IHVH teu Elohim; os teus olhos não os poupará; e não servirás a
seus deuses, pois isto te seria por laço. Se disseres no teu coração:
Estas nações são mais numerosas do que eu; como as poderei lançar
fora? Delas não tenhas temor; não deixes de te lembrar do que o
IHVH teu Elohim fez a Faraó e a todos os egípcios” (Dt 7:12-18).

O texto, além de mandamentos traz também promessas que


alimentam as esperanças do povo de Israel neste período de
conquistas. Nosso texto inicia-se falando sobre o ouvir e obedecer aos
juízos do Eterno. A palavra “juízos” vem do termo hebraico mishpat
que significa “justiça, ordenança, costume, maneira” e ela nos fala
sobre as determinações práticas que o Eterno deu ao seu povo para
que tivessem conhecimento e as cumprissem! Novamente o Eterno é
chamado aqui de IHVH Elohim e isso significa que aquele que se
tornara o Criador de Israel está envolvido diretamente na cessão
destes juízos ao seu povo. O verso ainda nos diz que quando o povo
de Elohim o obedece então o Eterno também guarda a aliança e a
misericórdia que jurou aos nossos pais! Quanto Moshe cita aqui a
“aliança” ele está falando sobre berith, que significa “pacto com
derramamento de sangue”; já a palavra “misericórdia” vem do termo
hebraico hesed que significa “bondade amorosa, misericórdia”. O
pacto que foi feito pelo Eterno com Avram é um reflexo do grande
amor que ele mesmo manifesta ao seu povo, pois nós sabemos que
numa aliança – pacto – estão envolvidas duas partes e que o
rompimento desta aliança se dá quando uma das partes “fere” os
termos contratados, e isso nunca foi feito pelo Eterno! E há ainda algo
mais, pois quando Israel “rompeu” o contrato, o eterno sempre
aguardou que houvesse arrependimento para conceder-lhes o perdão
e conseqüentemente o reatamento da aliança! A Isso chamamos de
“misericórdia”, que é a bondade amorosa do Eterno em ação!
No verso 13 temos mais conseqüências da bondade amorosa do
Eterno, que combinada com a obediência traz bênçãos e
multiplicação! A palavra “abençoar” vem do termo hebraico barak e
significa “dar poder a alguém para ser próspero, bem sucedido e
fecundo”. Já a palavra “multiplicar” vem do termo hebraico rabâb
que significa “ser numeroso, tornar-se numeroso”. Novamente
percebemos que a obediência traz consigo uma “unção” que nos dá
condições de sermos prósperos (na área espiritual), sucesso (na área
financeira) e fecundidade (na área física e espiritual, fazendo com que
sejamos pessoas capazes de gerarem outros, tanto física quanto
espiritualmente).

Um outro detalhe é que o Eterno desviaria dos israelitas as


enfermidades. Aqui a palavra é IHVH e isso significa que o Eterno se
tornaria aquilo que seu povo precisasse que Ele se tornasse! Já a
palavra “enfermidades” vem do termo hebraico holî e significa
“doença, enfermidade”. A palavra nos fala sobre doenças com origem
física (p. ex., uma queda) ou patológicas. É interessante notarmos
que o Eterno se tornaria a saúde para o seu povo e se tornaria as
enfermidades para aqueles que se opusessem a Israel! Um outro
aspecto interessante é que os israelitas “consumiriam” seus inimigos!
A palavra “consumir” vem do termo hebraico akal e significa “comer,
consumir, devorar, queimar, alimentar”. Este termo nos dá a idéia de
que o povo de Israel estaria passando por algum lugar e que o povo
local – que deveria ser dali desarraigado – seria como a grama ou
como árvores que seriam “comidas” por Israel a fim de delas se
alimentarem! Um outro detalhe é que estas nações seriam dadas a
Israel pelo Eterno seu Elohim! Novamente surge aqui a combinação
de duas palavras hebraicas IHVH Elohim. Isso nos informa que
Aquele que se tornou o Criador de Israel é quem estava coordenando
esta ação ofensiva de seu povo! Nada poderia detê-los, pois os
inimigos estavam sendo “entregues” em suas mãos pelo Criador do
Universo! E isso incluía também nações fortes e poderosas, homens
com grande estatura e grande habilidade militar, cidades fortificadas,
etc... Porém, nada disso poderia deter os filhos de Israel nessa
empreitada! Enquanto houvesse obediência, as guerras de Israel
seriam todas vencidas por eles, pois eles estariam lutando sob as
ordens de Seu Criador, o Eterno!

Esta postura do Eterno fica ainda mais clara nas seguintes palavras:
“Das grandes provas que viram os teus olhos, e dos sinais, e
maravilhas, e mão forte, e braço estendido, com que o IHVH teu
Elohim te tirou; assim fará o IHVH teu Elohim com todos os povos,
diante dos quais tu temes. E mais, o IHVH teu Elohim entre eles
mandará vespões, até que pereçam os que ficarem e se esconderem
de diante de ti. Não te espantes diante deles; porque o IHVH teu
Elohim está no meio de ti, Elohim grande e terrível. E o IHVH teu
Elohim lançará fora estas nações pouco a pouco de diante de ti; não
poderás destruí-las todas de pronto, para que as feras do campo não
se multipliquem contra ti. E o IHVH teu Elohim as entregará a ti, e
lhes infligirá uma grande confusão até que sejam consumidas.
Também os seus reis te entregará na mão, para que apagues os seus
nomes de debaixo dos céus; nenhum homem resistirá diante de ti,
até que os destruas. As imagens de escultura de seus deuses
queimarás a fogo; a prata e o ouro que estão sobre elas não
cobiçarás, nem os tomarás para ti, para que não te enlaces neles;
pois abominação é ao IHVH teu Elohim. Não porás, pois, abominação
em tua casa, para que não sejas anátema, assim como ela; de todo a
detestarás, e de todo a abominarás, porque anátema é” (Dt 7:19-26).
Novamente vemos que o Eterno já havia se posicionado ao lado de
Israel para fazer desta nação um povo invencível! O Eterno usaria até
mesmo as forças da natureza a fim de fazer com que seu povo
obtivesse a vitória! A Torah nos diz que o Eterno enviaria vespões –
grandes vespas – para atuarem como “soldados” suplementares do
exército de Israel a fim de impor uma grande derrota aos inimigos
deles. E o Senhor é muito claro quando diz: “Não te espantes diante
deles; porque o IHVH teu Elohim está no meio de ti, Elohim grande e
terrível”.

Apesar desta palavra tão positiva, existem também ressalvas que nos
dizem: “As imagens de escultura de seus deuses queimarás a fogo; a
prata e o ouro que estão sobre elas não cobiçarás, nem os tomarás
para ti, para que não te enlaces neles; pois abominação é ao IHVH teu
Elohim. Não porás, pois, abominação em tua casa, para que não sejas
anátema, assim como ela; de todo a detestarás, e de todo a
abominarás, porque anátema é”. Aqui a palavra “imagem” vem do
termo hebraico pasîl e significa “ídolo, imagem”; já a palavra
“deuses” vem do termo hebraico Elohim! As nações gentílicas
consideravam que os seus deuses eram também aqueles que os
haviam criado! As imagens esculpidas por mãos humanas estavam
também recebendo a glória do Criador do Universo sem sequer terem
feito obra alguma! Novamente o homem estava trocando a criatura
pelo Criador e dando a esta a glória que só é devida ao Senhor! A
ordem quanto à esta prática é bem clara: destruir os ídolos
totalmente! O Eterno nos diz que tal prática é chamada de
“abominação”. Esta palavra vem do termo hebraico tô´ebâ e
significa “costume abominável, coisa abominável”. Qualquer pessoa
que consentisse ou mesmo possuísse qualquer coisa desta natureza –
ou mesmo ligada à elas – também se tornaria abominável aos olhos
do Eterno! Ou seja, isso significa que o envolvimento de qualquer
forma com a idolatria ou qualquer atividade que a ela se relacione é
considerado pelo Eterno como um costume abominável e deve ser
odiado – não só pelo Senhor mas também pelos homens – e não pode
nem deve ser possuído pelos crentes no Messias!

Novamente temos aqui a ordem que vem acompanhada de diversas


explicações do por que obedecer. “Todos os mandamentos que hoje
vos ordeno guardareis para os cumprir; para que vivais, e vos
multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o IHVH jurou a vossos
pais. E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o IHVH teu Elohim
te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te
provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus
mandamentos, ou não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te
sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o
conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de
pão, mas de tudo o que sai da boca do IHVH viverá o homem. Nunca
se envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes
quarenta anos” (Dt 8:1-4). A ordem é guardar os mandamentos que
lhes haviam sido dados. A palavra “mandamentos” vem do termo
hebraico mitsvâ e significa “mandamento”. A palavra refere-se aos
termos de um contrato. Novamente é dito a Israel que a obediência
aos termos do contrato traria sobre eles vida e multiplicação. Além
disso eles “entrariam” na terra que o Senhor jurou dar a seus pais.
Novamente aqui a palavra vem do termo hebraico IHVH! Ou seja,
enquanto obedecessem eles certamente viveriam tais promessas em
suas vidas diariamente! O Eterno explica o motivo pelo qual eles
foram levados ao deserto: “para te humilhar, e te provar, para saber
o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou
não”. O Eterno também lembra-os que ocorreram milagres menos
“espetaculares” entre eles. Um deles foi que a roupa e os calçados do
povo nunca envelheceram em quarenta anos de caminhada! Isso nos
dá a entender algo extraordinário: que enquanto o povo caminhava
pelo deserto suas roupas e seus calçados – quando necessário –
cresciam com eles e se “amoldavam” à suas necessidades, nunca
entretanto entrando num estado de envelhecimento e decomposição.
Nós não somos capazes de imaginar o que significa isso, pois em
nosso mundo moderno usamos por muito pouco tempo nossas roupas
e calçados! Entretanto, enquanto Israel esteve no deserto eles não
tinham acesso à lojas de roupas e calçados para “mudarem seu
guarda roupa” conforme as estações do ano e também conforme a
flutuação da “moda”. Mesmo assim eles puderam agora comprovar
que o cuidado do Eterno para com eles havia sido tão grande e
extremo que até mesmo nos aspectos mais “banais” o Eterno cuidara
deles!

A guarda dos mandamentos os levaria à Canaã por causa da


promessa que havia sido feita aos patriarcas Avraham, Itshaq e Ia
´aqov. “E guarda os mandamentos do IHVH teu Elohim, para andares
nos seus caminhos e para o temeres. Porque o IHVH teu Elohim te
põe numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, e de
mananciais, que saem dos vales e das montanhas; terra de trigo e
cevada, e de vides e figueiras, e romeiras; terra de oliveiras, de
azeite e mel. Terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te
faltará nela; terra cujas pedras são ferro, e de cujos montes tu
cavarás o cobre. Quando, pois, tiveres comido, e fores farto, louvarás
ao IHVH teu Elohim pela boa terra que te deu” (Dt 8:6-10).
Novamente o Eterno lembra Israel para que guarde os mandamentos!
Novamente aqui a palavra “mandamentos” vem do termo hebraico
mitsvâ e significa “mandamento”. A palavra refere-se aos termos de
um contrato. Tais “termos do contrato” haviam sido dados por IHVH
Elohim! Aquele que se tornara o Criador de Israel bem sabia o que
seria necessário para que a sua criação pudesse alcançar suas
promessas! E isto está registrado na Torah! A terra que eles
herdariam era totalmente diferente do deserto por onde vagavam até
então. É interessante notarmos que nesta porção o Eterno avisa Israel
que a terra de Canaã possui ferro e cobre! Essa informação somente
seria totalmente confirmada nos tempos do rei Salomão, quando a
industria siderúrgica foi implementada de forma muito ativa em
Israel.

Outro detalhe que acompanha esta argumentação é “não te


esqueças”. “Guarda-te que não te esqueças do IHVH teu Elohim,
deixando de guardar os seus mandamentos, e os seus juízos, e os
seus estatutos que hoje te ordeno; para não suceder que, havendo tu
comido e fores farto, e havendo edificado boas casas, e habitando-as,
e se tiverem aumentado os teus gados e os teus rebanhos, e se
acrescentar a prata e o ouro, e se multiplicar tudo quanto tens, se
eleve o teu coração e te esqueças do IHVH teu Elohim, que te tirou da
terra do Egito, da casa da servidão; que te guiou por aquele grande e
terrível deserto de serpentes ardentes, e de escorpiões, e de terra
seca, em que não havia água; e tirou água para ti da rocha
pederneira; que no deserto te sustentou com maná, que teus pais
não conheceram; para te humilhar, e para te provar, para no fim te
fazer bem; e digas no teu coração: A minha força, e a fortaleza da
minha mão, me adquiriu este poder. Antes te lembrarás do IHVH teu
Elohim, que ele é o que te dá força para adquirires riqueza; para
confirmar a sua aliança, que jurou a teus pais, como se vê neste dia.
Será, porém, que, se de qualquer modo te esqueceres do IHVH teu
Elohim, e se ouvires outros deuses, e os servires, e te inclinares
perante eles, hoje eu testifico contra vós que certamente perecereis.
Como as nações que o IHVH destruiu diante de vós, assim vós
perecereis, porquanto não queríeis obedecer à voz do IHVH vosso
Elohim” (Dt 8:11-20). O detalhe aqui é que o Eterno fala novamente
ao homem para que ele não se esqueça! É notável como o homem
tem a capacidade de esquecer-se rapidamente das coisas que já
passaram! É justamente por isso que o Senhor lhes ordena que façam
diferente, trazendo sempre à memória os fatos ocorridos entre eles! O
Eterno diz ao seu povo que o distanciamento d´Ele produziria o
materialismo, que é a confiança nas coisas visíveis como meio de
sustentação da vida, e isso certamente traria um “relaxamento”
natural nos israelitas, produzidos pelo conforto e pela riqueza!

Um outro aspecto é que o Eterno deu a Israel uma “unção” para o


sucesso; porém isso deveria ser visto como uma dádiva advinda da
obediência do povo, levando-os sempre ao aperfeiçoamento de sua
obediência e não ao “relaxamento” de sua relação com o Eterno! O
verso 18 nos diz: “Antes te lembrarás do IHVH teu Elohim, que ele é o
que te dá força para adquirires riqueza; para confirmar a sua aliança,
que jurou a teus pais, como se vê neste dia”. No texto em hebraico há
uma outra palavra que não está no texto que é o termo koah e que
significa “força, poder, habilidade, capacidade, poderio, solidez”.
Então temos a palavra “força” vem do termo hebraico hayil que
significa “poder, força, vigor; capaz, valente, virtuoso, valor; exército,
riquezas, bens, posses”. Tudo aquilo que Israel possuía agora era
proveniente de algo que lhe fora dado pelo Eterno. E isso está
traduzido na palavra “força” que é o vigor físico e mental para
trabalhar e obter o sucesso financeiro e material necessário para a
manutenção de uma vida digna! Isso não significa que todo o israelita
deveria ser rico, mas que o Eterno já havia disponibilizado aos seus
filhos um vigor, um poder que os impeliria ao trabalho e faria com
que aqueles que trabalhassem bem e continuassem a caminhar
dentro do padrão de obediência dado pelo Eterno alcançariam então
muitas posses materiais! Esta palavra tem em sua própria raiz esta
conotação de alcançar bens materiais, e isso aconteceria porque o
Eterno estaria confirmando a aliança feita com os patriarcas. A
aquisição de riquezas através da obediência sempre levara algum
tempo, e enquanto estas pessoas caminhavam na direção da
“riqueza” elas eram ensinadas pelo Eterno a lidarem com o dinheiro
de forma a não permitirem que o mesmo se tornasse o seu Elohim!
Perceba que o objetivo final disso é fazer com que a aliança do Eterno
seja confirmada em nossas vidas! Ou seja, aquele que recebe isso
tem neste fato a confirmação do pacto feito com derramamento de
sangue através de Avraham e que agora se manifesta em nossas
vidas!

Agora a palavra leva Israel a ouvir e refletir sobre o que encontrará


além do Jordão! “Ouve, ó Israel, hoje passarás o Jordão, para entrares
a possuir nações maiores e mais fortes do que tu; cidades grandes, e
muradas até aos céus; um povo grande e alto, filhos de gigantes, que
tu conheces, e de que já ouviste. Quem resistiria diante dos filhos dos
gigantes? Sabe, pois, hoje que o IHVH teu Elohim, que passa adiante
de ti, é um fogo consumidor, que os destruirá, e os derrubará de
diante de ti; e tu os lançarás fora, e cedo os desfarás, como o IHVH te
tem falado. Quando, pois, o IHVH teu Elohim os lançar fora de diante
de ti, não fales no teu coração, dizendo: por causa da minha justiça é
que o IHVH me trouxe a esta terra para a possuir; porque pela
impiedade destas nações é que o Senhor as lança fora de diante de
ti. Não é por causa da tua justiça, nem pela retidão do teu coração
que entras a possuir a sua terra, mas pela impiedade destas nações o
IHVH teu Elohim as lança fora, de diante de ti, e para confirmar a
palavra que o IHVH jurou a teus pais, Avraham, Itshaq e Ia´aqov” (Dt
9:1-5). A palavra informa a Israel que eles possuiriam nações maiores
e mais fortes do que eles! A palavra “nações” vem do termo hebraico
goi que significa “povo, nação gentílica”. Fica evidente que os
habitantes de Canaã são gentios, povos que não conhecem e nem
reconhecem ao Senhor como Elohim e isso os faria com que tais
povos fossem julgados através de Israel! As cidades de Canaã são
descritas como fortalezas e os seus habitantes como “gigantes”! É
estarrecedor pensar-se em entrar numa terra como esta para
conquista-la! Porém o Eterno diz a seu povo que Ele é um “um fogo
consumidor, que os destruirá, e os derrubará de diante de ti”. Isso
agora soa de maneira muito positiva, pois o Eterno diz a Israel que Ele
mesmo faria o trabalho de “vencer” os seus inimigos. Israel teria
somente de entrar e possuir a terra! Quando a vitória final
acontecesse Israel não deveria julgar que tal vitória lhes sobreveio
em virtude de sua bondade e justiça, mas isso aconteceria somente
por causa de uma palavra que fora dita aos patriarcas! È incrível
como o Eterno prende-se à sua própria palavra fazendo com que ela
se cumpra de forma literal pelos séculos a fio!

Ao contrário do que pensamos Israel é chamado de “obstinado”.


“Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o IHVH teu Elohim
te dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo obstinado.
Lembra-te, e não te esqueças, de que muito provocaste à ira ao IHVH
teu Elohim no deserto; desde o dia em que saístes do Egito, até que
chegastes a esse lugar, rebeldes fostes contra o Senhor” (Dt 9:6-7).
Neste texto, a palavra “obstinado” vem do termo hebraico qasheh
que significa “duro, cruel, obstinado, rígido”. Moshe lembra aos
israelitas que eles provocaram ao Eterno de tal forma que a sua ira
manifestou-se contra eles! Por isso eles são levados a “pensarem”
naquilo que aconteceu! A palavra “pensar” vem do termo hebraico
zakar que significa “pensar, meditar, dar atenção, lembrar,
relembrar, mencionar, declarar”. Novamente aqui o Eterno é
chamado de IHVH Elohim! É dito ainda sobre eles serem “rebeldes”
contra o Senhor. A palavra “rebeldes” vem do termo hebraico marad
e significa “ser rebelde, revoltar-se”. O contexto é muito claro e
demonstra que o povo de Israel é duro em si mesmo não se curvando
facilmente, porém eles deveriam parar e meditar sobre as coisas que
lhes aconteceram no deserto quando seus antepassados provocaram
o seu Criador de tal forma que quase foram destruídos! Isso
aconteceu por causa da revolta contra o Senhor que foi encontrada
entre eles e isso foi o principal motivo para os acontecimentos
trágicos ocorridos no deserto!

Moshe então lembra-os os fatos ocorridos: “Pois em Horebe


provocastes à ira o IHVH, tanto que o IHVH se indignou contra vós
para vos destruir. Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra,
as tábuas da aliança que o IHVH fizera convosco, então fiquei no
monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi, e água não
bebi; e o IHVH me deu as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo
de Elohim; e nelas estava escrito conforme a todas aquelas palavras
que o IHVH tinha falado convosco no monte, do meio do fogo, no dia
da assembléia. Sucedeu, pois, que ao fim dos quarenta dias e
quarenta noites, o IHVH me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas
da aliança. E o IHVH me disse: Levanta-te, desce depressa daqui,
porque o teu povo, que tiraste do Egito, já se tem corrompido; cedo
se desviaram do caminho que eu lhes tinha ordenado; fizeram para si
uma imagem de fundição. Falou-me ainda o IHVH, dizendo: Atentei
para este povo, e eis que ele é povo obstinado; deixa-me que os
destrua, e apague o seu nome de debaixo dos céus; e te faça a ti
nação mais poderosa e mais numerosa do que esta. Então virei-me, e
desci do monte; o qual ardia em fogo e as duas tábuas da aliança
estavam em ambas as minhas mãos. E olhei, e eis que havíeis
pecado contra o IHVH vosso Elohim; vós tínheis feito um bezerro de
fundição; cedo vos desviastes do caminho que o IHVH vos ordenara.
Então peguei das duas tábuas, e as arrojei das minhas mãos, e as
quebrei diante dos vossos olhos. E me lancei perante o IHVH, como
antes, quarenta dias, e quarenta noites; não comi pão e não bebi
água, por causa de todo o vosso pecado que havíeis cometido,
fazendo mal aos olhos do IHVH, para o provocar à ira. Porque temi
por causa da ira e do furor, com que o IHVH tanto estava irado contra
vós para vos destruir; porém ainda por esta vez o IHVH me ouviu.
Também o IHVH se irou muito contra Aron para o destruir; mas
também orei por Aron ao mesmo tempo. Porém eu tomei o vosso
pecado, o bezerro que tínheis feito, e o queimei a fogo, e o pisei,
moendo-o bem, até que se desfez em pó; e o seu pó lancei no ribeiro
que descia do monte. Também em Taberá, e em Massá, e em
Quibrote-Hataavá provocastes muito a ira do IHVH. Quando também
o IHVH vos enviou de Cades-Barnéia, dizendo: Subi, e possuí a terra,
que vos tenho dado: rebeldes fostes ao mandado do IHVH vosso
Elohim, e não o crestes, e não obedecestes à sua voz. Rebeldes
fostes contra o IHVH desde o dia em que vos conheci. E prostrei-me
perante o IHVH; aqueles quarenta dias e quarenta noites estive
prostrado, porquanto o IHVH dissera que vos queria destruir. E orei ao
IHVH, dizendo: Senhor Elohim, não destruas o teu povo e a tua
herança, que resgataste com a tua grandeza, que tiraste do Egito
com mão forte. Lembra-te dos teus servos, Avraham, Itshaq, e Ia
´aqov. Não atentes para a dureza deste povo, nem para a sua
impiedade, nem para o seu pecado; para que o povo da terra donde
nos tiraste não diga: Porquanto o IHVH não os pôde introduzir na
terra de que lhes tinha falado, e porque os odiava, os tirou para
matá-los no deserto; todavia são eles o teu povo e a tua herança, que
tiraste com a tua grande força e com o teu braço estendido” (Dt 9:8-
29). Alguns pontos importantes deste discurso precisam ser
destacados:

No verso 14 o Eterno intenta destruir Israel e fazer de Moshe uma


nação mais poderosa do que eles. Ali a palavra nação vem do termo
hebraico goi que significa “povo, nação gentílica”. Isso demonstra
que já havia um plano traçado na Eternidade para que os gentios
pudessem receber a revelação do Eterno de forma a reconhecerem o
Senhorio do Eterno Elohim de Israel!

Na continuidade do relato, agora no verso 16, Moshe declara que o


povo se havia desviado do Eterno Elohim. Aqui a palavra “desviar”
vem do termo hebraico hata´ e significa “errar, sair do caminho,
pecar, tornar-se culpado”. Já os termos “Eterno Elohim” vem da
combinação IHVH Elohim! Fica claro que o pecado da idolatria fez
com que Israel setornasse culpado diante daquele que se revelara – e
também demonstrara – ser o Criador de Israel!
A reação de Moshe é comentada aqui, quando ele lança-se sobre seu
rosto e implora ao Eterno que não puna a Israel por causa de seu
pecado. A palavra “pecado” é o mesmo termo hebraico hata´ e
significa “errar, sair do caminho, pecar, tornar-se culpado”. Já a outra
palavra é IHVH, o que demonstra que os israelitas haveriam de
receber conforme aquilo que haviam feito!

No verso 23 o relato é sobre a ordem do Eterno em entrar na terra


para possuí-la, porém o povo comportou-se de forma rebelde e
desobediente. A palavra “rebeldes” vem do termo hebraico marâ que
significa “ser rebelde, ser desobediente”; o sentido é provocar com
desafio ou afronta. Esta “rebelião” foi dirigida contra IHVH Elohim e
eles não creram naquilo que o Eterno lhes havia dito! A palavra “crer”
vem do termo hebraico ´amam e significa “confirmar, sustentar;
estabelecer-se, ser fiel, estar certo, crer em”. O que acontecera com
Israel fora uma perda do foco, pois eles deixaram de confirmar aquilo
que o Eterno havia lhes dito, não sendo fiéis às palavras do Senhor e
isso os levou à rebeldia e a incredulidade!

Por fim, no verso 26 temos o pedido de Moshe para que o povo não
fosse destruído. Aqui o Eterno é chamado de Adonai IHVH e o povo de
Israel é chamado de ´am, termo hebraico que significa “povo, nação”.
Este termo é usado exclusivamente para referir-se ao povo de Israel.
Percebemos que aqui o Eterno torna-se o Senhor, o dono ou possuidor
de Israel, que é também a sua herança. A palavra “herança” vem do
termo hebraico nachala e significa “herança, legado, possessão”.
Este termo nos fala sobre um legado material, terreno. Isso indica que
Israel seria para o Eterno o seu legado enquanto estivesse no planeta
terra! É justamente por isso que Moshe intercede por eles de forma
tão incisiva!

Agora Temos o relato de Moshe recebendo do Eterno os dez


mandamentos: “Naquele mesmo tempo me disse o IHVH: Alisa duas
tábuas de pedra, como as primeiras, e sobe a mim ao monte, e faze-
te uma arca de madeira; e naquelas tábuas escreverei as palavras
que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste, e as porás na
arca. Assim, fiz uma arca de madeira de acácia, e alisei duas tábuas
de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na
minha mão. Então escreveu nas tábuas, conforme à primeira
escritura, os dez mandamentos, que o IHVH vos falara no dia da
assembléia, no monte, do meio do fogo; e o IHVH mas deu a mim; e
virei-me, e desci do monte, e pus as tábuas na arca que fizera; e ali
estão, como o IHVH me ordenou. E partiram os filhos de Israel de
Beerote-Bene-Jaacã a Moserá; ali faleceu Aron, e ali foi sepultado, e
Eleazar, seu filho, administrou o sacerdócio em seu lugar. Dali
partiram a Gudgodá, e de Gudgodá a Jotbatá, terra de ribeiros de
águas” (Dt 10:1-7). Os fatos interessantes no relato são que por duas
vezes o Eterno dá as “dez palavras” (ou Dez mandamentos) a Moshe,
e isso representa que os dez mandamentos não são somente para
Israel, mas também para os gentios. O outro detalhe interessante é
que Moshe faz uma arca e nela coloca as tábuas. Nós sabemos que a
arca representa o homem, pois foi dentro dele que o Eterno colocou
as suas palavras! O salmista diz assim: “Escondi a tua palavra no
meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl 119:11).

Então temos também o relato que segue, agora sobre a tribo de Levi
e a sua função dentro do povo de Israel. “No mesmo tempo o IHVH
separou a tribo de Levi, para levar a arca da aliança do IHVH, para
estar diante do IHVH, para o servir, e para abençoar em seu nome até
ao dia de hoje. Por isso Levi não tem parte nem herança com seus
irmãos; o Senhor é a sua herança, como o IHVH teu Elohim lhe tem
falado” (Dt 10:8-9). A informação é que a tribo e Levi fora “separada”
a fim de levar a “arca da aliança” e para estar diante do Eterno e
para, em seu nome, abençoar ao povo de Israel. Quando falamos da
“arca da aliança” estamos falando na realidade de um objeto visível
que representaria a aliança feita entre Avraham e o Eterno. Aqui a
palavra “aliança” vem do termo hebraico berith que significa aliança
ou pacto com derramamento de sangue. Novamente a palavra vem
do termo hebraico IHVH. Os levitas serviriam ao IHVH e abençoariam
ao povo em seu nome! A palavra “abençoar” vem do termo hebraico
barak que significa “dar poder a alguém para ser próspero, bem
sucedido e fecundo em tudo aquilo que fizer”. Isso nos mostra que os
levitas estariam encarregados de conduzir a arca – que representa a
vida do homem – e eles deveriam então ministrar ao povo de Israel as
palavras que liberariam o poder para que eles tivessem prosperidade,
sucesso e fecundidade em nome daquele que se tornaria aquilo que
eles precisassem! É também dito que os levitas não tem herança
entre as tribos! A palavra “herança” vem do termo hebraico nachala
e significa “herança, legado, possessão”. Este termo nos fala sobre
um legado material, terreno. Ou seja, a tribo de Levi não teria bens
materiais com que se preocupar, mas sim administraria aquilo que o
Eterno estaria lhes dando e seria sustentada por seus irmãos que lhes
trariam os dízimos e ofertas para que, através deles, os levitas
pudessem tirar o seu sustento!

Em meio à toda esta argumentação surge então um pedido: “Agora,


pois, ó Israel, que é que o IHVH teu Elohim pede de ti, senão que
temas o IHVH teu Elohim, que andes em todos os seus caminhos, e o
ames, e sirvas ao IHVH teu Elohim com todo o teu coração e com
toda a tua alma, que guardes os mandamentos do IHVH, e os seus
estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem? Eis que os céus e os
céus dos céus são do IHVH teu Elohim, a terra e tudo o que nela há.
Tão-somente o IHVH se agradou de teus pais para os amar; e a vós,
descendência deles, escolheu, depois deles, de todos os povos como
neste dia se vê. Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não
mais endureçais a vossa cerviz. Pois o IHVH vosso Elohim é o Elohim
dos deuses, e o IHVH dos senhores, o Elohim grande, poderoso e
terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas”
(Dt 10:12-17). O Eterno pede ao seu povo que o tema e que ande em
seus caminhos e que eles o amem! É dito ao povo que circuncidem o
prepúcio de seus corações e não endureçam a sua cerviz! A palavra
“circuncidar” vem do termo hebraico mûl que significa “circuncidar,
deixar-se circuncidar, ser cortado fora”. Já a palavra “prepúcio” vem
do termo hebraico orlâ e significa “prepúcio, incircunciso”. Os
israelitas deveriam ter também em seus corações um pacto com a
vida! É este o significa da circuncisão e não seria suficiente este ato
físico, mas seria também necessário que houvesse um pacto feito no
coração humano!

Esta seção termina com as seguintes palavras: “Ao IHVH teu Elohim
temerás; a ele servirás, e a ele te chegarás, e pelo seu nome jurarás.
Ele é o teu louvor e o teu Elohim, que te fez estas grandes e terríveis
coisas que os teus olhos têm visto. Com setenta almas teus pais
desceram ao Egito; e agora o IHVH teu Elohim te pôs como as
estrelas dos céus em multidão” (Dt 10:20-22). Moshe decolara que o
eterno é o louvor de Israel e o seu Elohim! Aqui a palavra “louvor”
vem do termo hebraico tehillâ que significa “louvor, atos dignos de
louvor”. Já a palavra “Elohim” vem do mesmo termo hebraico e
significa “D-us Criador”! Moshe demonstra que Israel deveria servir
ao Senhor e somente o seu Criador seria digno de receber atos de
louvor! Ninguém mais poderia ocupar esta posição nem mesmo
receber tal tipo de homenagem, pois somente Elohim – que criara
todo o universo – estaria em condições de receber de seu povo
escolhido o louvor! Na última parte de nosso texto temos o seguinte:
“Mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da
chuva dos céus beberá as águas; terra de que o IHVH teu Elohim tem
cuidado; os olhos do IHVH teu Elohim estão sobre ela continuamente,
desde o princípio até ao fim do ano. E será que, se diligentemente
obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao
IHVH vosso Elohim, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a
vossa alma, então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a
temporã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão, e o vosso
mosto e o vosso azeite” (Dt 11:11-14). O relato sobre Canaã fala
sobre uma terra com várias características e também fala sobre o
Criador tendo cuidado desta terra! A palavra que se refere ao Eterno
vem do termo hebraico IHVH Elohim! Já a palavra “cuidado” vem do
termo hebraico darash e significa “procurar com cuidado, indagar,
exigir”. Esta é a terra sobre a qual os olhos do Eterno estão durante
todo o ano e enquanto Israel obedecesse aos mandamentos eles
receberiam inclusive como “prêmio” pela sua obediência a
estabilidade e a exatidão dos recursos naturais advindos de sol e
chuva na medida necessária para eles! Novamente vemos que Aquele
que se tornara o Criador de Israel estaria condicionando tais coisas à
obediência de seu povo à sua Torah!

O Eterno ainda aconselha Israel dizendo: “Ponde, pois, estas minhas


palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na
vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos. E
ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e
andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as
nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas; para que se multipliquem
os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o IHVH jurou a
vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra” (Dt 11:18-
21). O Eterno aconselha a Israel que ponha as suas palavras no
coração e na sua alma. A palavra “palavras” vem do termo hebraico
dabar que significa “falar, declarar, conversar, ordenar”. Já a palavra
“alma” vem do termo hebraico nepesh e significa “vida, alma,
criatura, pessoa, mente”. Os israelitas deveriam colocar em seus
sentimentos justamente aquilo que eles haviam “conversado” com o
Senhor! Estas palavras fazem parte do diálogo travado entre o povo
de Israel e o Senhor! E é justamente isso que o povo teria de colocar
como um “guarda” em seus corações e estas mesmas palavras
deveriam também ser atadas às suas mãos e na fronte, entre os
olhos. Este mandamento transformou-se num objeto chamado tefilin,
que é uma pequena caixinha de couro contendo estas mesmas
palavras dentro dela. Estas palavras deveriam ser ensinadas pelos
israelitas a seus filhos em todo o tempo. A palavra “ensinar” vem do
termo hebraico lamad que significa “ensinar”. Este termo traz a idéia
de treinar, bem como de educar. É impressionante como o Eterno traz
ao seu povo instruções claras para que eles não deixem de cumprir
tudo aquilo que está escrito em sua Torah! Aqui, o cumprimento deste
mandamento faria com que o povo de Israel se multiplicasse na terra!

A Parasha termina com a promessa da terra e com as suas fronteiras


prefixadas pelo Senhor. “Porque se diligentemente guardardes todos
estes mandamentos, que vos ordeno para os guardardes, amando ao
IHVH vosso Elohim, andando em todos os seus caminhos, e a ele vos
achegardes, também o IHVH, de diante de vós, lançará fora todas
estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que
vós. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso; desde o
deserto, e desde o Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar
ocidental, será o vosso termo. Ninguém resistirá diante de vós; o
IHVH vosso Elohim porá sobre toda a terra, que pisardes, o vosso
terror e o temor de vós, como já vos tem dito” (Dt 11:22-25). Esta
promessa cumpriu-se quase que totalmente, pois não houve uma
perfeita obediência da parte do povo de Israel e justamente por isso o
Eterno nunca pode dar-lhes a totalidade da terra que Ele mesmo
prometera aos patriarcas.

Que isso nos ajude a termos persistência em obedecermos ao Senhor


de tal forma que Ele possa cumprir em nossas vidas tudo aquilo que
nos prometeu!

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