O Riscado estava pensativo e o Carroço dava voltas em cima da mesa.
– Nas férias grandes, eu gostava de viajar. O Carroço ficou admirado com o desejo do amigo. O Riscado quis saber se o Carroço o poderia levar à selva. O Riscado queria ir à selva para conhecer a sua família. O Carroço, muito surpreendido com o pequeno tigre, disse-lhe: – A tua família somos nós, Riscado. Mas o Riscado queria poder sentir o cheiro da selva. O Carroço lembrou o Riscado que ainda faltavam mais de cem dias para o início das férias, por isso, ainda era cedo para fazer esses planos. O Patati e o Patatá, como sempre, aproximaram-se para ouvir a conversa, carregando um panfleto. As marionetas tentaram convencer o Riscado a ir para um local selvagem com animais simpáticos e pessoas amáveis que lhe davam miminhos como ele gostava – um sítio espetacular! O Riscado pegou no panfleto e descobriu que se tratava do Jardim Zoológico. O Patati e o Patatá apontaram para o panfleto, dizendo que os familiares do Riscado estavam lá. Mas o Riscado não queria ir. As marionetas disseram-lhe que lhe faziam um desconto, o que deixou o Riscado muito enervado: – Desconto?! Eu ainda tinha de vos pagar?! As marionetas achavam que o Riscado tinha mesmo de lhes pagar. Afinal, a ideia foi deles. O Carroço gozou com a situação e com os dois pequenos patifes: – Ah, ah, ah, ah, ah! Queriam ver se ganhavam dinheiro! Eh, eh, eh! Não tiveram sorte.