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CONTABILIDADE GERENCIAL
Professor Me. Silvio César de Castro
GRADUAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO
MARINGÁ-PR
2012
Reitor: Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva Filho
Presidente da Mantenedora: Cláudio Ferdinandi
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação
a distância:
C397 Contabilidade gerencial/ Silvio César de Castro.Maringá
- PR,2012.
222 p.
1. Contabilidade gerencial. 2. Patrimônio contábil. 3. EaD. I.
Título.
“As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir dos sites PHOTOS.COM e SHUTTERSTOCK.COM”.
Av. Guedner, 1610 - Jd. Aclimação - (44) 3027-6360 - CEP 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br
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CONTABILIDADE GERENCIAL
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos.
A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para
liderança e solução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no
mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos
nossos fará grande diferença no futuro.
Diante disso, o Cesumar almeja ser reconhecido como uma instituição universitária de
referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição
de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação
da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-
estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa;
compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do
trabalho, como também pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos,
incentivando a educação continuada.
Todas as atividades de estudo presentes neste material foram desenvolvidas para atender o
seu processo de formação e contemplam as diretrizes curriculares dos cursos de graduação,
determinadas pelo Ministério da Educação (MEC). Desta forma, buscando atender essas
necessidades, dispomos de uma equipe de profissionais multidisciplinares para que,
independente da distância geográfica que você esteja, possamos interagir e, assim, fazer-se
presentes no seu processo de ensino-aprendizagem-conhecimento.
Neste sentido, por meio de um modelo pedagógico interativo, possibilitamos que, efetivamente,
você construa e amplie a sua rede de conhecimentos. Essa interatividade será vivenciada
especialmente no ambiente virtual de aprendizagem – AVA – no qual disponibilizamos, além do
material produzido em linguagem dialógica, aulas sobre os conteúdos abordados, atividades de
estudo, enfim, um mundo de linguagens diferenciadas e ricas de possibilidades efetivas para
a sua aprendizagem. Assim sendo, todas as atividades de ensino, disponibilizadas para o seu
processo de formação, têm por intuito possibilitar o desenvolvimento de novas competências
necessárias para que você se aproprie do conhecimento de forma colaborativa.
Portanto, recomendo que durante a realização de seu curso, você procure interagir com os
textos, fazer anotações, responder às atividades de autoestudo, participar ativamente dos
fóruns, ver as indicações de leitura e realizar novas pesquisas sobre os assuntos tratados,
pois tais atividades lhe possibilitarão organizar o seu processo educativo e, assim, superar os
desafios na construção de conhecimentos. Para finalizar essa mensagem de boas-vindas, lhe
estendo o convite para que caminhe conosco na Comunidade do Conhecimento e vivencie
a oportunidade de constituir-se sujeito do seu processo de aprendizagem e membro de uma
comunidade mais universal e igualitária.
Olá, prezado acadêmico! Seja bem-vindo ao livro de Contabilidade Gerencial. Pelo fato deste
livro ter sido organizado especialmente para o seu estudo, procuro aqui mostrar qual é a melhor
maneira para estudá-lo, e desta forma lhe proporcionar maior aproveitamento.
Eu sou o professor Silvio César de Castro, trabalho junto ao Cesumar no ensino da contabilidade
a mais de dez anos e fiquei imensamente feliz em poder construir este material para nossos
alunos. Essa satisfação se dá, tendo em vista que com isso tive a liberdade de incorporar todos
os aspectos que acredito serem importantes aos nossos acadêmicos em relação ao ensino
da contabilidade.
Agora, faço um breve relato, para facilitar o entendimento da obra por você, acadêmico leitor.
Por fim, nosso foco foi a Informação Contábil, elencando os usuários e os principais atributos
da informação contábil.
Portanto, nosso propósito neste capítulo é que você compreenda as bases da contabilidade e
a sua função de apoio à gestão.
Desta forma, o objetivo é que você compreenda a importância, a estrutura e os itens que
compões este relatório oferecido pela contabilidade.
Atrelado a isso, também investimos um espaço para falar sobre o controle de bens, que são formulários
destinados a descrever a “vida” destes bens, desde sua aquisição, amortização e venda, se for o caso.
Na unidade VI, nomeada CONTROLE DE ESTOQUE, é tratado basicamente do mérito do controle dos
estoques e sua respectiva avaliação. Mérito face à importância que tem, porém, pouco observada de
forma geral pelos gestores. Comento sobre o Custo pela média ponderada móvel, o PEPS e o UEPS
(veja os significados destas siglas no capítulo em questão). Além disso, quais os reflexos no resultado
da empresa em se utilizar cada uma dessas formas de avaliação de estoque.
A grande importância deste assunto está no fato de que custos estão diretamente relacionados a
gastos na produção que, por sua vez, influenciam a apuração da margem bruta do produto.
Abordamos neste capítulo, itens como terminologias, classificação e os elementos/insumos que são
considerados custos.
A unidade VIII apresenta um tema muito discutido na gestão de custos das empresas, pois a maior
dificuldade quando se fala em acumular custos a um produto é o rateio dos custos indiretos, ou seja,
aqueles que não têm uma relação diretamente proporcional à produção. Aí, entram os critérios de
rateio. Veremos instrumentos que auxiliarão na tomada de decisão no que se refere à produção e
ao produto. Conheceremos, também, a formação da Margem de Contribuição, isto é, o quanto cada
produto contribui para que a empresa possa arcar com os seus gastos fixos.
Na sequência, entenderemos como encontramos o Ponto de Equilíbrio. Você já parou para pensar em
qual fase de um mês, ou em qual mês (no caso específico da agricultura e pecuária), o empresário
sabe que sua empresa tem condições de pagar seus gastos fixos, e daí o que vier é lucro?
Vamos conhecer também os pontos de equilíbrio contábil, financeiro e econômico que têm o mesmo
princípio, mas peculiaridades distintas.
Por fim, vamos conversar sobre a Alavancagem Operacional. Como saber até onde minha empresa
pode crescer em vendas sem aumentar os seus gastos fixos? Vamos te mostrar como calcular e como
encontrar o índice Grau de Alavancagem Operacional, que vai dizer quantas vezes crescerá o lucro em
decorrência do crescimento das vendas, dentro do mesmo gasto fixo.
Bom, é isso, caro acadêmico! Esperamos que esta iniciação ao conhecimento da contabilidade seja de
grande valia para sua vida profissional.
UNIDADE II
PATRIMÔNIO CONTÁBIL
DIREITOS 43
OBRIGAÇÕES 44
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 45
UNIDADE III
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO 57
PASSIVO 57
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 57
ORIGENS E APLICAÇÕES 63
BALANÇO PATRIMONIAL: GRUPO DE CONTAS 64
ESTRUTURA PATRIMONIAL 65
ATIVO 66
ATIVO CIRCULANTE 66
PASSIVO 70
BALANÇOS SUCESSIVOS 76
APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA 77
UNIDADE IV
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
RECEITAS 88
CUSTOS 88
DESPESAS 89
OBJETIVO 91
OBRIGATORIEDADE 91
CONTEÚDO 91
FORMA DE APRESENTAÇÃO 95
COMENTÁRIOS SOBRE OS ITENS QUE COMPÕEM O DRE 98
UNIDADE V
AMORTIZAÇÃO 119
EXAUSTÃO 121
UNIDADE VI
CONTROLE DE ESTOQUE
GASTOS 149
INVESTIMENTOS 152
RECEITAS 153
PERDAS 153
DESEMBOLSO 154
UNIDADE VIII
SOLUÇÃO 183
CONCLUSÃO 219
REFERÊNCIAS 221
UNIDADE I
Objetivos de Aprendizagem
• Usuários da Contabilidade.
Plano de Estudo
• Sistema Orçamentário.
Características da Deve ser objetiva Deve ser relevante e a tempo podendo ser
informação fornecida. (sem viés), subjetiva, possuindo menos verificabilidade e
verificável, relevante menos precisão.
e a tempo.
b) Regime de caixa é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no período de seu
recebimento ou pagamento (embolso ou desembolso), respectivamente, independente-
mente do momento em que são realizadas.
a) Vamos supor que a assinatura anual de um jornal custou R$ 120,00 e esta quantia foi paga
para a editora em 4 vezes sem juros de R$ 30,00. No regime de caixa, respectivamente
no fluxo de caixa, os valores pagos serão considerados e agendados no momento em que
ocorrerá seu pagamento, ou seja, R$ 30,00 por mês. Já no regime de competência, a des-
pesa deverá ser R$ 10,00 por mês, perfazendo um total de R$ 120,00 (período de um ano
de assinatura), independente de como ela foi paga.
b) Havendo a venda de um bem para pagamento futuro, ou seja, uma venda a prazo, no
regime de caixa, a receita só será considera quando for recebida, ou seja, no dia que a
parcela correspondente for quitada pelo cliente. Esse agendamento do recebimento da
parcela, será efetuado junto ao fluxo de caixa. Já no regime de competência, a receita é
considerada receita ganha no momento da negociação, ou seja, o total da emissão da nota
fiscal de venda, independente do momento que será paga.
A contabilidade é uma ciência de natureza econômica que tem por objetivo produzir informação
para possibilitar o conhecimento do passado, presente e futuro da realidade econômica em
termos quantitativos e qualitativos de todos os seus níveis organizativos, mediante a utilização
de um método específico apoiado em bases suficientemente testadas, com o fim de adoção
das decisões financeiras externas e as de planejamento e controles internos.
• gerar informações para terceiros com vínculo de interesse para com o empreendimento
(acionistas, investidores, fornecedores, governo etc.).
Silva (2002, p. 2) afirma que a Contabilidade pode ser estudada de modo geral (para todas
• Contabilidade Industrial.
• Contabilidade Bancária.
• Contabilidade Hospitalar.
• Contabilidade Pública.
• Contabilidade Agropecuária.
• Contabilidade Securitária.
• Contabilidade de Autônomos.
No entanto, verifica-se que pode existir uma variedade de usuários com necessidades de
informações específicas. Nessa variedade, existem dois grupos distintos: internos e externos.
A Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade conceitua:
“Os usuários internos incluem os administradores de todos os níveis, que usualmente se valem
de informações mais aprofundadas e específicas acerca da Entidade, notadamente aquelas
relativas ao seu ciclo operacional”.
Segundo Miranda (2002), usuários Internos são todas as pessoas ou grupos de pessoas
relacionadas com a empresa e que têm facilidade de acesso às informações contábeis, tais
como:
O usuário interno principal da informação contábil é a alta administração, que pela proximidade
à Contabilidade, pode solicitar a elaboração de relatórios e demonstrativos de acordo com suas
necessidades específicas, auxiliando-lhes na gestão do negócio. Os relatórios específicos
podem, além de abranger quaisquer áreas de informação (fluxo financeiro, disponibilidades,
contas a pagar, contas a receber, aplicações financeiras, compra e vendas no dia ou no período
Os usuários externos concentram suas atenções, de forma geral, em aspectos mais genéricos,
expressos nas demonstrações contábeis.
Para Miranda (2002), usuários Externos são todas as pessoas ou grupos de pessoas
sem facilidade de acesso direto às informações, mas que as recebem de publicações das
demonstrações pela entidade, tais como:
• Governo: que necessita obter informações sobre as receitas e as despesas para poder
atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela de tributação.
Fonte: PHOTOS.COM
Apesar da maioria das pessoas que nunca tiveram contato com a Contabilidade pensarem,
ela não uma ciência exata, mas sim social. E tem como objeto de estudo o patrimônio das
entidades. Lembrando que o patrimônio é tudo aquilo que pode ser mensurado financeiramente
nas entidades/empresas, tais como estoques, veículos, contas a pagar, contas a receber,
dinheiro no banco e em caixa etc.
A contabilidade é regida por uma série de princípios que foram normatizados pelo Conselho
Federal de Contabilidade.
O objetivo da contabilidade é gerar informações para as tomadas de decisão por parte dos
usuários, que podem ser internos e externos. No que tange à informação gerada, essa requer
os seguintes atributos: confiabilidade; tempestividade; compreensibilidade e comparabilidade.
A contabilidade é vista no Brasil, de forma geral, como uma ferramenta para tomadas de decisão?
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade>.
<http://www.cfc.org.br/>.
<http://www.eac.fea.usp.br/>.
<http://www.classecontabil.com.br/>.
<http://www.fi pecafi .com.br/>.
Acesso em: 03/ fev. 2007.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Nº 785/95.
10. De forma geral, os escritórios de contabilidade têm prestado serviços voltados à tomada de
decisão por parte dos usuários?
11. Qual a solução para os microempresários que não possuem condições fi nanceiras para
manter um contabilista em seu negócio?
12. Os relatórios contábeis gerados por empresas terceirizadas atendem aos atributos da infor-
mação contábil?
USUÁRIOS INTERNOS
USUÁRIOS EXTERNOS
PATRIMÔNIO CONTÁBIL
Professor Me. Silvio César de Castro
Objetivos de Aprendizagem
• Passivo, obrigações.
• Patrimônio Líquido.
Plano de Estudo
BENS
Segundo Ferrari (2001), bens representam tudo o que pode ser avaliado economicamente e
que satisfaça necessidades humanas/corporativas.
Bens Tangíveis, Corpóreos, Concretos ou Materiais têm existência física; existem como
coisa ou objeto.
Exemplos:
• Numerários: dinheiro.
• Fixos ou imobilizados (representam os bens duráveis, com vida útil superior a 1 ano): imó-
veis, veículos, máquinas, instalações, equipamentos, móveis e utensílios etc.
• De renda: não destinados aos objetivos da empresa (imóveis destinados à renda ou alu-
guel).
Não possuem existência física, porém, representam uma aplicação de recursos imprescindível
aos objetivos da entidade, e cujo valor reside em direitos de propriedade que são legalmente
conferidos aos seus possuidores, como marcas e patentes, fórmulas ou processos de
fabricação, direitos autorais, autorizações ou concessões, ponto comercial, fundo de comércio,
benfeitorias em prédios de terceiros, pesquisa e desenvolvimento de produtos, custo de
projetos técnicos, despesas pré-operacionais, pré-industriais, de organização, reorganização,
reestruturação ou remodelação de empresas etc. (FERRARI, 2001).
São os bens que fazem parte do patrimônio das entidades que se move ou pode mover
todos os objetos materiais que se podem transportar, mudar sua localização sem perder suas
características e direitos a eles inerentes.
Bens Imóveis
São aqueles bens que fazem parte do patrimônio das entidades que se não movem, são de
forma geral inertes, imutáveis. Bem que não é móvel, como terreno, prédio, edifício, casa etc.
DIREITOS
Exemplos:
Títulos a receber, clientes, contas a receber, notas promissórias a receber, dinheiro depositado
no Banco, aplicações financeiras, adiantamento a funcionários, empréstimos a sócios etc.
Propriedade
Favero et al. (1997) esclarecem que para ter propriedade é necessário possuir o legítimo poder
de decisão sobre o destino do objeto. Nem sempre ser o proprietário é necessário que se
tenha a posse. Um arrendamento mercantil (Leasing) de uma máquina ou veículo, pelo qual a
empresa pagará aluguel mensal, não se caracteriza como ativo, embora o bem esteja dentro
da empresa (posse e não propriedade).
Os mesmos autores afirmam que qualquer bem ou direito dever ser mensurável em dinheiro
para poder ser considerado como ativo de uma empresa. Iudícibus e Marion (2000) colocam
que um dos itens mais significativos que normalmente não é contabilizado como ativo, pois não
tem um valor objetivo, é o que denominamos de Goodwill (traduzido para o português como
Fundo de Comércio, Aviamentos, Mais Valia... traduções essas que não refletem fielmente”.
Para eles, inicialmente, pode-se dizer que goodwill é o valor maior, um ágio de uma empresa
em virtude de bons serviços prestados; da imagem/reputação; dos consumidores conquistados
ao longo dos anos etc. Esses aspectos considerados positivos, e outros, no momento de se
avaliar uma empresa, podem representar montantes algumas vezes maiores de que seu ativo
tangível, no entanto, não existe a possibilidade de se realizar uma avaliação precisa dado ao
seu subjetivismo assim sendo, o goodwill não é demonstrado.
Favero et al. (1997) afirmam que é necessário também que o bem ou direito tenha a capacidade
de trazer benefícios presentes ou futuros para a empresa, ou seja, tenha a potencialidade de
geração de caixa. Se a empresa possuir um “título a receber” de uma empresa falida, não
teremos mais um ativo, pois não existe mais a possibilidade de convertê-lo em dinheiro, não
trazendo benefício algum para sua portadora.
OBRIGAÇÕES
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido é constituído pela soma dos bens mais os direitos menos as obrigações,
ou seja, (pl= bens+direitos-obrigações). Como o próprio nome sugere, patrimônio líquido
significa a fatia de recursos que é da própria entidade, pois se somar o que ela possui (bens)
mais o montante do que tem para receber (direitos) e efetuar a quitação do que ela deve
(obrigações) o que resta é o líquido (patrimônio líquido).
Exemplo:
pl= 50.000+60.000-40.000
pl= 70.000
Por meio do quadro abaixo, pode-se verificar os conceitos trabalhados nesta unidade.
Inicialmente, uma indicação das origens e aplicações dos recursos. Isso significa que todos
os recursos que a entidade possui vêm das origens (passivo e patrimônio líquido). Quando
pensamos dessa forma é possível perceber que o passivo da empresa é apenas um registro
de quem forneceu os recursos para a empresa. É similar quando se compra algo e ele vem
com uma etiqueta de sua procedência. As origens (passivo e patrimônio líquido) representam
a etiqueta e não o bem, esse encontra-se no ativo (aplicações). Por meio do quadro abaixo
é possível também observar alguns exemplos de bens, direitos, obrigações e do patrimônio
líquido.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1. Responda:
i) Quando os Bens + Direitos forem menores que as Obrigações, como é considerada a situ-
ação da empresa?
a)
Direitos ( ) Veículos
4. Complete:
• Estoques $ 58.400
• Veículos $ 145.000
• Prédios $ 960.000
• Fornecedores $ 115.000
Pede-se:
b) O total de direitos.
c) O total de obrigações.
8. Complete:
( ) A Situação Líquida Patrimonial é igual a soma dos Bens e Direitos menos as obrigações
exigíveis.
12. Separe as contas abaixo em Bens, Direitos e Obrigações e informe qual o patrimônio
líquido.
Caixa 3.000,00
Veículos 3.000,00
Máquinas 10.000,00
Caixa $ 12.000
Financiamentos $ 7.000
Imóveis $ 87.000
Instalações $ 13.000
Mercadorias $ 23.000
Terrenos $ 50.000
b) O total de direitos.
c) O total de obrigações.
d) O patrimônio Líquido.
b) O total de direitos.
c) O total de obrigações.
d) O patrimônio Líquido.
BALANÇO PATRIMONIAL
Professor Me. Silvio César de Castro
Objetivos de Aprendizagem
• Aspectos Introdutórios.
• Origens e Aplicações.
• Balanços Sucessivos.
Plano de Estudo
A unidade anterior trabalhou com os elementos organizacionais que fazem parte do patrimônio
contábil. Foi possível verificar que o patrimônio no sentido contábil inclui as obrigações das
entidades, diferentemente do entendimento do senso comum, onde erroneamente patrimônio
diz respeito apenas às posses mensuráveis financeiramente de posse das entidades. Foi
possível também identificar o patrimônio líquido, onde as obrigações são deduzidas dos bens
e direitos. Nesta unidade, será apresentado, talvez o mais conhecido e importante relatório da
contabilidade para as entidades, o balanço patrimonial. Ou seja, a demonstração que expõe, em
dado momento, a posição financeira dos elementos que compõem o patrimônio (bens, direitos,
obrigações e patrimônio líquido), devidamente valorados, denomina-se Balanço Patrimonial,
se o período corresponder ao exercício social da empresa, ou Balancete Patrimonial, se for
Mensal (MARION, 2004).
De forma geral, o Balanço Patrimonial é um quadro (mapa, gráfico etc.) onde é demonstrada
a situação econômica/ financeira da empresa na data a que o balanço diz respeito. O balanço
avalia a riqueza, isto é, o valor da empresa, mas não demonstra o seu resultado, apenas o
apresenta em valor total, sendo a sua demonstração feita num outro documento chamado
“demonstração de resultados”. O balanço é composto por duas partes, que se encontram
sempre em equilíbrio. O Ativo é igual ao Passivo mais o Patrimônio Líquido.
Como já foi apresentado anteriormente, o Balanço Patrimonial abriga no seu lado esquerdo, os
bens e direitos e do lado direito as obrigações e o patrimônio líquido.
BALANÇO PATRIMONIAL
De acordo com Miranda (2002, p. 17) “o ativo representa a parte dos valores positivos do
patrimônio, tudo aquilo que a entidade possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange
o conjunto de bens e direitos da entidade”.
PASSIVO
O passivo representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com
terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas com data de vencimento e
beneficiário certo e conhecido. Todas passivo representam os valores negativos do patrimônio
(FERRARI, 2001).
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
BALANÇO PATRIMONIAL
BENS OBRIGAÇÕES
Estoques Fornecedores
O termo balanço tem a ver com balança, pois os dois lados, ativo e passivo, devem estar em
harmonia, ou seja, equilibrados com os mesmos valores totais. Nesse sentido, esse aspecto é
chamado de Equilíbrio Patrimonial, de onde resulta a seguinte Equação Patrimonial:
Pode-se afirmar então, que a riqueza líquida ou patrimônio líquido da empresa pode ser
medido pela seguinte equação:
a) PL > ATIVO - PASSIVO EXIGÍVEL → essa situação nos proporciona uma situação líquida
positiva, pois os valores componentes do Ativo permitem solver as obrigações e ainda
apresentam saldo.
Exemplo:
Ativo: R$ 100.000
Ativo Passivo
$ 100.000,00 $ 70.000,00
Patrimônio Líquido
$ 30.000,00
b) PL < ATIVO - PASSÍVEL EXIGÍVEL → essa situação nos proporciona uma situação líquida
negativa, pois os valores componentes do Ativo NÃO são suficientes para cobrir as obriga-
ções. Quando ocorre essa situação, contabilmente dizemos que a empresa apresenta um
Passivo a Descoberto.
Exemplo:
Ativo: R$ 70.000
PL=70.000-90.000 = (20.000)
Ativo Passivo
$ 70.000,00 $ 90.000,00
Patrimônio Líquido
$ (20.000,00)
c) PL = ATIVO – PASSÍVEL EXIGÍVEL → essa situação nos proporciona uma situação líquida
nula, pois os valores do Ativo cobrem tão somente o montante das obrigações, não apre-
sentando saldo positivo ou negativo.
Exemplo:
Ativo: R$ 100.000
Ativo Passivo
$ 100.000,00 $ 100.000,00
Patrimônio Líquido
$ 0,00
PL=100.000-100.000 = 0 ( zero)
Iudícibus e Marion (2000) esclarecem que em contabilidade Curto Prazo significa, normalmente,
o período de até um ano.
Grau de Liquidez - Decrescente: os itens de maior liquidez são classificados em primeiro plano.
Os de menor liquidez aparecem em último lugar. Por exemplo, entre três contas: Estoque,
Disponível e Duplicatas a Receber, o mais líquido é o disponível (1º lugar); em segundo lugar,
recebe-se mais rapidamente as duplicatas que os estoques (esses possuem uma liquidez mais
lenta – 3º lugar).
Assim, pode-se relacionar tudo aquilo que a empresa receberá no Curto Prazo (aquilo que
será transformado em dinheiro) confrontando com tudo aquilo que será pago no Curto Prazo:
Ativo Passivo
Itens que já são dinheiro ou que serão Todas as contas que serão pagas rapidamente,
transformados em dinheiro rapidamente (Curto no Curto Prazo, ou até 1 ano.
Prazo).
O grupo seguinte seria o das contas que a empresa espera muito tempo para receber (Ativo),
confrontando com as contas que se demora muito para pagar (Passivo). Que são denominados,
a princípio, de LONGO PRAZO.
Caso a empresa tinha que esperar mais de um ano para receber, pode-se denominar esse
grupo de Realizável a Longo Prazo. E, por outro lado, se o período para pagar é superior a
um ano, denomina-se um Exigível a Longo Prazo. Assim, no Passivo existem compromissos
que se pagam relativamente rápido, (menos de um ano) e compromissos demorarão mais
de um ano para se pagar (exigível a longo prazo). E o terceiro grupo será de contas que não
serão pagas enquanto a empresa estiver em atividade (IUDÍCIBUS; MARION, 2000). Esses
autores complementam que é o caso do Patrimônio Líquido: enquanto a empresa estiver em
um processo de continuidade, não precisa pagar (não exigível) seus donos.
Iudícibus e Marion (2000) afirmam que no Ativo, o que se recebe de forma mais rápida,
encontra-se em primeiro lugar (circulante) posteriormente, vem o que demorar mais tempo
para receber. Nesta sequência, em terceiro lugar vem o grupo dos itens que a empresa não
receberá, pois não estão à venda, mas destinados ao uso e à renda (permanente). Esses itens
permanecem muito tempo dentro da empresa, daí serem chamados de Permanente.
De acordo com Iudícibus e Marion (2000 p.35), “o lado do Passivo, tanto Capital de Ter-
ceiros (Passível Exigível) como Capital Próprio (Patrimônio Líquido), representa toda
Iudícibus e Marion (2000) relatam que o lado do Ativo é caracterizado pela aplicação dos
recursos originados no Passivo e Patrimônio Líquido. Assim sendo, o lado do ativo deve ser
igual a do passivo, ou origens igual às aplicações.
O ativo representa as aplicações ou uso dos recursos obtidos. A análise do passivo exigível
e do patrimônio líquido possibilita a identificação das origens ou fontes. Já a análise do ativo,
torna possível saber de que maneira os recursos obtidos estão sendo utilizados. Os recursos
podem estar aplicados em estoques de mercadorias, bens de uso, disponibilidades financeiras,
contas a receber etc. Desta forma, a pessoa jurídica obtém capital próprio e capital de terceiros
e os aplica nos bens e direitos que constituem o ativo.
Iudícibus e Marion (2000) descrevem um dos aspectos importantes do passivo que é avaliar
a estrutura do capital: capital de terceiros e o capital próprio. Quanto maior for o capital de
terceiros, mais a empresa estará endividada e ao analisar esse item pode-se avaliar, pode-se
detectar, ainda, para quem se deve, qual o prazo (circulante ou longo prazo) desta dívida e o
custo da mesma.
De acordo com o quadro anterior, o balanço patrimonial possui algumas divisões, em relação
ESTRUTURA PATRIMONIAL
Enquanto vigorou a lei 6.404/76, que regulamentava as Sociedades por Ações aplicável às
demais sociedades, a estrutura patrimonial era dividida da seguinte forma:
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Em 2007, com a publicação da lei 11.638/07, que se converteu na lei 11.941/09, com a criação
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a contabilidade brasileira vinha sofrendo
uma grande evolução, com objetivo de convergir suas normas as Normas Internacionais de
Contabilidade, emitidas pelo International Accounting Standards (IASB).
Dessa forma, a nova estrutura patrimonial das entidades ficou definida conforme abaixo:
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
De acordo com a lei das Sociedades por Ações (Lei 6404/76), no Ativo as contas devem ser
dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nela registrados.
• Ativo Circulante.
ATIVO CIRCULANTE
Caixa: destina-se a registrar as entradas e saídas de numerário, bem como cheques em mãos,
• Estoques de Matérias-primas.
constante nas notas fiscais de entrada (compra) de insumos relacionados com a atividade do
empreendimento.
b) Ativo Permanente: serão registrados neste grupo os bens e direitos de caráter permanente
na empresa, ou seja, aqueles que o empreendimento não tem interesse de negociar e que são
utilizados em processo operacional de geração de caixa.
• aquisição de imóveis, desde que não sejam para revenda ou destinados a manutenção das
atividades do empreendimento;
• obras de arte.
Edifícios 500.000,00
Veículos 300.000,00
Instalações 150.000,00
Equipamentos 130.000,00
Móveis e Utensílios 28.000,00
Implementos 120.000,00
Maquinários Agrícolas 250.000,00
Terrenos 300.000,00
Sistema Aplic. Software 150.000,00
Ferramentas 45.000,00
Marcas e Patentes 180.000,00
Benfeitoria em Imóveis de terceiros 250.000,00
Intangível: este grupo possui o registro de bens incorpóreos (não palpáveis), ativos não
monetários. São três pontos fundamentais para se classificar um ativo como intangível: a)
identificação; b) controle; e c) geração de benefícios. Este grupo foi criado pela recente reforma
na lei das Sociedades por Ações, e é o reconhecimento do chamado fundo de comércio
(goodwill), do capital humano entre outros.
• obrigações sujeitas à correção monetária serão atualizadas até a data do balanço, de acor-
do com o índice de atualização respectivos.
• Passivo Circulante.
• Patrimônio Líquido.
Salários e Ordenados a Pagar: representa os valores relativos aos salários devidos pela
empresa aos seus funcionários, quando o empreendimento não efetua o pagamento dentro
do próprio mês.
Passivo Não Circulante: neste grupo são escrituradas as obrigações da empresa vencíveis
após o exercício seguinte, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do ativo
permanente.
• Empréstimos e Financiamentos.
• Fornecedores.
São contas que são assim denominadas por serem de naturezas inversas aos grupos aos
quais pertencem.
Duplicatas descontadas: utilizada para registrar os valores que são entregues às instituições
financeiras nas operações de desconto de recebíveis para captação de recursos para capital
de giro.
Depreciação acumulada: registra por meio de metodologia própria, a perda do valor dos itens
do ativo imobilizado por uso desgaste ou obsolescência (ver unidade IV).
Patrimônio Líquido:
Segundo Silva (2002, p. 85), “a Contabilidade por Balanços Sucessivos é bastante simples: a
cada operação realizada pela empresa faz-se a alteração em um novo balanço”.
O autor argumenta que a contabilidade por balanços sucessivos, embora seja correta e facilite
a visualização do processo contábil, apresenta uma inconveniência no seu aspecto prático:
não é recomendável quando a empresa realiza muitas operações (que é o caso de quase
todas as empresas). Imaginemos uma empresa com mil operações diárias: teríamos que fazer
mil balanços sucessivos, o que seria impraticável. Dessa forma, sem perder de vista esta
metodologia, utiliza-se outro processo mais rápido e prático: o controle individual por contas,
registrando-se aumentos e diminuições em cada conta isoladamente. Ao final de um período
determinado, relacionam-se todas as contas, de forma resumida e ordenada, e chega-se ao
Balanço Patrimonial.
Segundo Favero et al. (1997, p. 71), “o Balanço Patrimonial nada mais é do que o inventário de
todos os bens, direitos e obrigações em determinado momento”.
APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Banco 20.000,00 Capital Social 20.000,00
Total do Ativo 20.000,00 Total Passivo 20.000,00
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Banco 20.000,00 Fornecedores 7.000,00
Estoques mat. prima 7.000,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000,00
Total do Ativo 27.000,00 Total Passivo 27.000,00
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Banco 20.000,00 Fornecedores 7.000,00
Estoques mat. prima 7.000,00 Exigível a Longo Prazo
Ativo Permanente Financiamentos 50.000,00
Trator 50.000,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000,00
Total do Ativo 77.000,00 Total Passivo 77.000,00
Nosso balanço patrimonial, após esta operação, fica estruturado da seguinte forma:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Banco 19.000,00 Fornecedores 7.000,00
Estoques mat. prima 7.000,00 Exigível a Longo Prazo
Estoques mat. diversos 1.000,00
Ativo Permanente Financiamentos 50.000,00
Trator 50.000,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000,00
Total do Ativo 77.000,00 Total Passivo 77.000,00
Observe que os eventos apresentados neste exemplo não se referiam a operações que
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio desta unidade, foi possível ter uma noção muito clara da disposição dos bens direitos
e obrigações e consequentemente do patrimônio líquido das entidades. Os bens e direitos se
tornaram o ativo, e as obrigações se tornaram o passivo e o patrimônio líquido. Foi possível
também verificar que o passivo nada mais é que as origens (entradas) dos recursos patrimoniais
e o ativo corresponde ao local onde esses recursos são aplicados. Eu costumo dizer que o
que a empresa possui está no ativo, o passivo é apenas para justificar de onde está vindo os
recursos. Isso pode ser melhor observado com a utilização do método de ensino-aprendizagem
dos balanços sucessivos. Apesar de trabalhoso e não utilizado na prática das entidades, esse
método e muito útil no entendimento da movimentação dos recursos patrimoniais.
Foi possível também perceber que para o balanço patrimonial ser mais bem organizado ele
teve os seus recursos divididos em grupos. O ativo atualmente está dividido em ativo circulante,
onde contempla os recursos que são disponíveis ou serão recebidos em até um ano. No ativo
circulante fica registrado os recursos que são utilizados no “giro” da empresa. No ativo não
circulante, são classificados os recursos que serão recebidos após um ano ou que não são
para o “giro” da empresa, ou seja, a infraestrutura, máquinas, móveis, veículos, equipamentos,
edificações e os investimentos da entidade.
No lado direito do balanço patrimonial, chamado de passivo, existem três grupos. O ativo
circulante, onde são classificados as obrigações que serão reclamadas em até um ano. O ativo
não circulante onde são classificadas as obrigações que serão reclamadas após um ano. E
por fim o patrimônio líquido, onde ficam registrados os recursos transferidos pelos sócios para
iniciar as atividades da empresa (capital social) e o resultado (lucro/prejuízo) que a empresa
obtém com a atividade que ela desenvolve. E é sobre como a empresa chega ao resultado
(lucro/prejuízo) que nos dedicaremos na próxima unidade.
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade>.
Marion (2004) apresenta no capítulo 4 uma introdução a respeito do Balanço Patrimonial, utilizando-se
principalmente dos itens do patrimônio (Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido). No capítulo
5 é introduzida a questão dos prazos no balanço patrimonial bem como dos grupos que compõe o
ativo e o passivo e as contas dedutivas.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004, pp. 51-74 e 124-135.
Biblioteca CESUMAR, número de chamada: 657 M341c, 7. ed. 2004.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Com base em publicação de jornal (Valor Econômico, Gazeta Mercantil etc) recorte um
Balanço Patrimonial e aponte os grupos que o compõe.
1. Atividade resolvida. A Cia Industrial Rio Negro (Ltda.) apresentou em 16/03/2007 um ba-
lancete com as seguintes contas:
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
Professora Me. Silvio César de Castro
Objetivos de Aprendizagem
• Receitas, Despesas.
Plano de Estudo
Segundo Iudícibus et al. (2009), a apresentação do DRE é de forma dedutiva (vertical), ou seja,
das receitas subtraem-se as despesas até que seja encontrado o lucro ou prejuízo.
RECEITAS
(–) DESPESAS
LUCRO OU PREJUÍZO
Segundo Ferrari (2001), receita representa a entrada de recursos para o Ativo, sob forma
de dinheiro, direitos a receber e outros. Entre outras formas, têm origem nas vendas de
mercadorias (empresa comercial), de produtos (empresa industrial) ou serviços (empresa
prestadora de serviços). São entradas de elementos para o ativo do empreendimento, na
forma de bens ou direitos que sempre provocam um aumento da situação líquida.
CUSTOS
Gastos com o consumo de um fator de produção, medido em termos monetários para obtenção
de um produto, de um serviço, ou de uma atividade que deverá gerar receitas. São considerados
custos a remuneração dos fatores de produção (mão de obra, capital, máquinas, instalações,
materiais e serviços) utilizados na preparação e execução de um processo produtivo.
• Matéria-prima.
Devido à grande importância dos custos na apuração do resultado de uma empresa, pois
DESPESAS
Ferrari (2001) conceitua despesas como “variações negativas do patrimônio líquido. Entre
outras formas, têm origem no consumo de bens e na utilização de serviços. Visam, direta ou
indiretamente, à obtenção de receitas”.
Favero et al. (1997, p. 95) descrevem que “despesa representa os sacrifícios de recursos com
que a entidade se vê obrigada a arcar para a obtenção da receita”. Exemplificando: para que
um empreendimento possa comercializar certo produto, vários “esforços” financeiros ocorrem
para colocar esse produto em condições de comercialização. São efetuados gastos com a
aquisição das mercadorias, transporte, estocagem, mão de obra etc., representam os sacrifícios
financeiros efetuados para que o empreendimento possa obter a receita da comercialização
das mercadorias. O autor lembra que nunca é tarde lembrar que em condições normais esse
sacrifício não deve superar os benefícios esperados, pois nesse caso não valeria a pena tal
esforço, ou seja, as despesas seriam superiores às receitas e conclusivamente o resultado
seria prejuízo (FAVERO et al., 1997).
As despesas representarão:
• uma diminuição do Ativo, sem alterações dos valores do passivo, quando forem pagas à
vista;
• um aumento do Passivo, sem alterações dos valores do Ativo, quando forem para paga-
• uma diminuição do Ativo sem alterações no Passivo, quando forem resultantes de gastos
diferidos apropriados no período, sem função de sua realização;
• uma diminuição do Ativo sem alterações no Passivo, quando forem resultantes de depre-
ciação, exaustão, amortização etc.
É importante lembrar, que nas colocações acima está implícita a ocorrência do consumo. Pois,
caso não haja o consumo, a simples compra de materiais para o almoxarifado, tanto à vista
como a prazo, não pode ser caracterizada como despesa. Necessário se torna a ocorrência
do consumo, que é o fato gerador da despesa para caracterizar sua ocorrência (FAVERO et
al., 1997).
Gastos
Indústria/Fábrica (Custos)
Vendas/comercialização Administrativo/controladoria
(Despesas) (Despesas)
Gastos
OBJETIVO
OBRIGATORIEDADE
É uma demonstração obrigatória, conforme determina o art. 175 da Lei n.º 6.404/76.
CONTEÚDO
A Lei atual define o conteúdo da Demonstração do Resultado do Exercício, que deverá ser
apresentado na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos
a) é iniciada com o valor total da receita apurada nas suas operações de vendas, da qual é
deduzido o custo total correspondente a essas vendas, apurando-se a margem bruta, ou
seja, o lucro bruto;
A lei exige, ainda, a apresentação do montante do lucro por ação, no caso de Sociedades
Anônimas.
(–) Deduções
(–) Perdas
(–) Dividendos
Fica claro, nesta estrutura simples, as informações de como a receita foi sendo “consumida”
pelos diversos gastos e distribuições, os resultados após estas deduções e o que restou para
os sócios e a própria empresa.
O resultado é subdividido em alguns tópicos, como: lucro bruto, lucro operacional, resultados
não operacionais, impostos e participações sobre o lucro e resultado líquido.
Abaixo, são apresentados os títulos dos grupos de contas e demais itens que compõem o
DRE:
a. De mercadorias.
b. De serviços.
a. Impostos s/ vendas.
b. Devoluções.
a. De vendas.
b. Administrativas.
É interessante notar que a legislação tributária define a Receita Bruta como vendas faturadas
menos impostos diretos não cumulativos, como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
que, portanto, não se inclui entre os impostos incidentes sobre vendas. Assim, a Receita Bruta
é dada pelas vendas faturadas menos esses impostos, enquanto a Receita Líquida é dada pela
Receita Bruta menos as deduções de abatimentos e devolução, menos os impostos incidentes
sobre vendas, como ICMS, ISS e menos os encargos diretamente proporcionais às vendas,
como PIS e COFINS.
Isso não é exatamente o que prevê a Lei das S.A. que não faz nenhuma distinção entre as
citadas categorias de impostos, bem como não se refere a encargos proporcionais às vendas.
Correspondem ao que deve ser deduzido da Receita Operacional Bruta. São deduções dos
impostos incidentes sobre vendas, as vendas canceladas e os abatimentos concedidos:
b) Vendas canceladas: é a conta devedora que registra o montante das vendas devolvidas pe-
los clientes, tendo em vista defeitos apresentados ou não atendimento das especificações
do pedido.
Onde,
EI = Estoque Inicial.
EF = Estoque Final.
Onde,
CL = Compra líquidas.
• Juros ativos: referem-se aos juros cobrados de clientes por atraso de pagamentos, pos-
tergação de vencimento de títulos etc.
É a diferença entre as receitas de vendas e o valor gasto para produzir os produtos e para
manter a atividade da empresa.
O lucro apurado é o que se pode chamar de lucro dos acionistas, pois, além dos itens normais,
já se deduzem como despesas o imposto de renda e as participações sobre os lucros a outros
que não os acionistas, de forma que o lucro líquido demonstrado é o valor final a ser adicionado
ao patrimônio líquido do empreendimento que, em última análise, pertence aos acionistas, ou
é distribuído como dividendo.
• Debêntures: são juros de títulos de longo prazo emitidos para captar recursos (emprésti-
mos) junto ao público em geral.
Tipos de Lucros:
• Lucro Cessante: suposto lucro que a empresa teria se não tivesse disposto de um determi-
nado bem.
Para facilitar nosso entendimento didático, vamos considerar que esta empresa é uma
empresa comercial, isto é, revende semente, adubos e insumos. Oportunamente, trataremos
de empresa com perfil produtor.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Banco 19.000,00 Fornecedores 7.000,00
Estoques mat. prima 7.000,00 Exigível a Longo Prazo
Estoques mat. diversos 1.000,00
Ativo Permanente Financiamentos 50.000,00
Trator 50.000,00 Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000,00
Total do Ativo 77.000,00 Total Passivo 77.000,00
1. Venda de 60% do estoque pelo valor de R$ 15.000,00 (venda total), sendo 40% à vista e
40% a prazo. Impostos na ordem de 12%. Comissão aos vendedores na ordem de 7%.
Tanto impostos como comissões serão pagas no próximo mês.
DEPRECIAÇÃO - 1.040,00
ATIVO PASSIVO
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1. Descreva 3 fontes de receitas das entidades.
1. Exercício resolvido
Salários 20.000
Telefone 5.000
Comissões 3.000
Combustíveis 2.000
Despesas Administrativas
Salários 12.000
Pró-labore 6.000
Aluguel 2.000
Depreciação 5.000
Demais Informações:
Simples Federal 3%
Salários (12.000)
Pró-labore (6.000)
Aluguel (2.000)
Depreciação (5.000)
DESPESAS FINANCEIRAS (4.000)
Juros Pagos (3.000)
Desc. Conced. (1.000)
Objetivos de Aprendizagem
• Ativo Permanente.
• Depreciação.
• Amortização.
• Exaustão.
Plano de Estudo
Os recursos aplicados no Ativo Permanente, como o próprio nome sugere, estão todas
as aplicações de recursos realizadas pela empresa de forma permanente (fixa), que são
representadas pelos:
Ativo Imobilizado - é representado pelos direitos que tenham por objeto os Bens destinados
à manutenção das atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de
propriedade industrial ou comercial. Exemplo: computadores, imóveis, móveis e utensílios,
veículos, instalações etc.
“Os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia
e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou
comercial”.
Ativo Diferido - é composto pelas aplicações de recursos em despesas que contribuirão para
a formação do resultado de exercícios futuros. Exemplo: Despesas de Organização, Despesas
pré-operacionais etc.
ATIVO PERMANENTE
Fonte: PHOTOS.COM
Ou seja, é o fenômeno contábil que expressa a perda de valor que os valores imobilizados de
utilização sofrem no tempo, por força de seu emprego na gestão.
A conta credora retifica o bem do ativo sujeito à depreciação. Integra o Balanço Patrimonial,
sendo demonstrada juntamente com a conta do bem que ela retifica, em subtração a seu
saldo.
Os encargos de depreciação dos bens do ativo imobilizado que tenham ocorrido durante a
fase pré-operacional serão escriturados no ativo diferido para posterior amortização, no prazo
mínimo de cinco anos e máximo de dez anos.
• Prédios e construções não alugados nem utilizados por seu proprietário na produção de
seus rendimentos ou imóveis destinados à venda.
• Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou antiguida-
des.
O tempo de vida útil de um bem será determinado em função do prazo durante o qual é
possível a sua utilização econômica (e a produção de seus rendimentos).
Segue, abaixo, a tabela de taxas aplicáveis aos bens de ocorrência mais usual:
Edifícios 4% 25 300
Máquinas e Equipamentos 10% 10 120
Instalações 10% 10 120
Móveis e Utensílios 10% 10 120
Veículos 20% 5 60
Computadores e periféricos 20% 5 60
A empresa Euca & Lipto adquiriu um caminhão em 05/01/2009 pelo valor de R$ 200.000,00,
de acordo com a nota fiscal.
De acordo com a tabela acima, a vida útil deste bem é estimada em 5 anos. Portanto, ao
término deste período, o caminhão na contabilidade, deverá ter acumulado de depreciação o
seu próprio valor, isto é, R$ 200.000,00.
D – Depreciação (DRE).
Isto é, após 1 ano, este bem terá acumulado depreciação de R$ 40.000,00. No balanço
patrimonial levantado em 31/12/2009, este item estará assim registrado:
Conta Saldo
Veículos 200.000,00
No que concerne aos bens móveis poderão ser adotados, em função do número de horas
diárias de operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada sobre as taxas
normalmente utilizáveis (RIR/1999, art. 312):
Nessas condições, um bem cuja taxa normal de depreciação é de 10% (dez porcento) ao ano
poderá ser depreciado em 15% (quinze porcento) ao ano se operar 16 horas por dia, ou 20%
(vinte porcento) ao ano, se em regime de operação de 24 horas por dia.
Não é necessário prévia autorização da autoridade competente. Entretanto, caso seja utilizada
a depreciação acelerada, o contribuinte poderá ser solicitado, a qualquer tempo, a justificar
convenientemente tal procedimento, sob pena de ver glosado o excesso em relação à taxa
normal, cobrando-se os tributos com os acréscimos cabíveis.
Como elementos de prova, visando a convencer a autoridade fiscal de sua adequada utilização,
poderão ser apresentados entre outros: folha de pagamento relativa a 2 ou 3 operadores diários
para um mesmo equipamento que necessite de um único operador durante o período de 8
horas; produção condizente com o número de horas de operação do equipamento; consumo
de energia elétrica condizente com o regime de horas de operação etc.
AMORTIZAÇÃO
Eliminação gradual e periódica do ativo de uma empresa, como encargos do exercício, das
imobilizações financeiras ou imateriais.
II – Direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada ou bens cuja utilização tenha
prazo legal ou contratual limitado e desde que em nenhuma hipótese caiba indenização,
como:
b) investimento em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de serviço
público, devem reverter ao poder concedente, ao final do prazo de concessão;
d) custo das construções e benfeitorias em bens locados, arrendados ou cedidos por tercei-
ros;
A taxa anual de amortização será fixada, tendo em vista os números de anos restantes de
existência do direito ou o número de exercícios sociais em que deverão ser usufruídos os
benefícios das despesas registradas no ativo diferido.
b) um máximo de dez anos, que é aplicável a todas as pessoas jurídicas que possuam escri-
turação contábil regular.
D- Amortização – DRE.
Vamos continuar a aplicar exemplos baseado na empresa Euca & Lipto Ltda. Essa por sua
vez, utiliza um imóvel de terceiro no qual teve que investir R$ 120.000,00 em 01/2008, e este
investimento seria explorado num período de 10 anos.
Dessa forma, o balanço que a empresa levantará em 31/12/2009 constará esse registro da
seguinte forma.
Conta Valor
EXAUSTÃO
Fenômeno patrimonial que caracteriza a perda de valor que sofrem as imobilizações suscetíveis
de exploração e que se esgotam no correr do tempo como, por exemplo, as reservas minerais
e vegetais (bosques, florestas, jazidas etc.).
O cálculo da exaustão é feito nas unidades extraídas ou produzidas relacionados com o custo
D- Exaustão – DRE.
Exemplo:
Empresa Euca & Lipto também é proprietária de uma reserva formada por reflorestamento
com 10.000 eucaliptos, cujo custo da cultura formada é de R$ 100.000,00. A previsão é de
quatro cortes e, consequentemente, exaustão será de 25% por corte.
Supondo que na primeira colheita até o final do exercício de 2009 será de 4.800 árvores, qual
será o custo dos recursos florestais extraídos?
Dessa forma, o balanço que a empresa levantará em 31/12/2009 constará esse registro da
seguinte forma:
Conta Valor
Esta demonstração no Balanço Patrimonial evidencia que apesar da cultura formada ser
avaliada em R$ 100.000,00 (valor contábil histórico), já houve exploração tal que reduziu o
valor da reserva para R$ 88.000,00.
Dentre esses controles internos (que na verdade seria um assunto para uma unidade a parte),
temos o Controle de Bens, cuja finalidade é manter o registro detalhado da movimentação de
cada item do Ativo Permanente, com o propósito de especificar o bem, registrar o seu valor de
aquisição/formação, calcular a perda de valor respectiva e a venda do bem, se isso ocorrer.
Por isso, além das contas de controle do balanço, devem ser mantidos registros e controles
individuais para cada unidade de propriedade do imobilizado. Isso se faz necessário, para
que a Contabilidade possa registrar adequada e precisamente os valores históricos e as
respectivas reduções no seu valor.
Vide, abaixo, como ficariam preenchidas as fichas de controle de bens dos itens que utilizamos
como exemplo que compõem o Ativo Permanente da empresa Euca & Lipto (Ltda.)
A exaustão é a perda de valor dos recursos minerais e florestais por sua exploração. Também
não existe uma tabela para a exaustão de cada tipo de recurso florestal ou mineral. O cálculo
da exaustão é feito nas unidades extraídas ou produzidas relacionadas com o custo do bem.
Ou seja, ela é proporcional ao que foi explorado no período contemplado.
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade>.
<http://www.cfc.org.br/>.
<http://www.eac.fea.usp.br/>.
<http://www.classecontabil.com.br/>.
<http://www.fi pecafi .com.br/>.
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/glossario.htm>.
<http://www.ibracon.com.br/>.
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/>.
Marion (2004) apresenta por meio do capítulo 15 vários aspectos relacionados ao imobilizado e forma
com que a depreciação, amortização e exaustão afeta os itens do ativo permanente. Aborda também
questões relacionadas à depreciação acelerada e dos seus efeitos perante Demonstrativo de resulta-
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1. Exemplifi que 5 bens sujeitos à depreciação e suas respectivas taxas aceitas pelo Regula-
mento do Imposto de renda.
2. Quais os tipos de bens sujeitos à amortização? Por que não existe uma tabela de taxas
para os bens que sofrem amortização?
3. Exemplifi que 3 bens que sofrem exaustão. Por que não existe uma tabela de taxas para os
bens que sofrem exaustão?
ATIVIDADES
De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda - RIR, os veículos podem ser depreciados
em até 60 meses. O Balanço Patrimonial da Cia Mercuri apresentou em 31/12/2003, entre
outros, os seguintes saldos:
Conta Saldo R$
Veículos 240.000
Resposta: R$ 78.000,00
Conta Saldo R$
Tendo em vista que o contrato para utilização do imóvel é de 12 meses, qual o saldo da conta
(-) Benf. em Imov. Terc. - Amort. Acumulada em 31/01/2004?
Resposta: R$ 49.500,00
Conta Saldo R$
Resposta: R$ 3.600.000,00
Exercício 4
De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda - RIR os veículos podem ser depreciados
em até 60 meses. O Balanço Patrimonial da Cia Platina apresentou em 31/12/2003, entre
outros, os seguintes saldos:
Conta Saldo R$
Veículos 160.000
Qual o saldo da conta (-) Veículos - Depreciação Acumulada em 31/03/2004, tendo em vista
que foi efetuado a aquisição de um novo veículo em 25/01/2004 no valor de: R$ 400.000
?
Resposta: 88.000
Conta Saldo R$
Tendo em vista que o contrato para utilização do imóvel é de 12 meses, qual o saldo da conta
(-) Benf. em Imov. Terc. - Amort. Acumulada em 31/01/2004?
Resposta: 46.167
Exercício 6
Conta Saldo R$
Data de Aquisição: 12/7/22001
Resposta: 1.383.333
CONTROLE DE ESTOQUE
Professor Me. Silvio César de Castro
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
• Controle de Estoque
Os materiais por sua característica física não precisam, necessariamente, serem adquiridos na
medida em que estão sendo utilizados. Eles podem, por uma questão de oportunidade, serem
Os materiais quando ingressam na entidade, são ativos que por sua vez têm como regra geral
de critério de avaliação, o custo histórico de aquisição, ou seja, quando a empresa compra
certo material, incorporam ao valor deste material todos os demais gastos (transporte, seguro,
armazenagem etc.) necessários para colocá-lo em condições de uso ou venda.
Embora, sejam muitas as funções que se realizam dentro do sistema geral de controle dos
materiais, de acordo com Campiglia (1993, p. 42) são três os seus objetivos fundamentais:
a) a evidência das quantidades físicas que compõe os inventários do material e do
valor que lhes correspondem, determinada em função das operações de entradas e do
consumo periódico ou saídas;
b) a coordenação das entradas do material com o respectivo processo de compra;
c) a identificação das saídas do material e seu entrosamento no processo de formação
e evidência contábil dos custos de produção.
Pode-se notar que anteriormente, foi bastante abordado sobre “entradas” e “saídas” de
materiais no estoque, cabendo agora definir melhor o que significam esses termos para a
entidade.
As entradas são operações que aumentam o estoque, na maior parte das vezes, decorrentes
de compras e/ou transferências internas. As compras se fazem quando do fornecimento
externo de materiais adquiridos de terceiros que se destinam ao abastecimento da fábrica,
Todo material que deixar o almoxarifado e for transferido para a fabricação ou revenda
(destinatários externos), dever ser contabilizado pelo seu valor respectivo do custo de
aquisição. O custo de aquisição compreende o preço pago na compra do material juntamente
com seus impostos não recuperáveis e suas despesas até o local de destino (fretes, carretos,
seguros, direitos, despesas alfandegárias etc.).
Inventário Permanente
Cabe, ainda, ressaltar que com a utilização do sistema de inventário permanente, torna-se
Inventário Periódico
Como já foi dito anteriormente, na movimentação dos materiais (entradas e saídas ) é quase
sempre frequente a incidência simultânea de dois ou mais lotes do mesmo material serem
comprados a preços diferentes e em diferentes datas. Com isto, surgem algumas alternativas
de métodos de valorização e controle dos estoques devendo ser adotado o mais adequado a
cada circunstância, na qual será demonstrado tais métodos a seguir:
Evento Data Quantidade Valor do LOTE R$
Compra 1/mai 100 12.000
Compra 2/mai 200 26.000
Compra 3/mai 50 7.500
Venda 4/mai 310 -
Compra 5/mai 40 6.400
Venda 6/mai 50 -
Vários autores afirmam que este é o critério mais utilizado no Brasil, possibilitando a
atualização do preço unitário a cada nova aquisição, consistindo simplesmente em apurar a
média ponderada dos preços do custo de aquisição das quantidades de cada lote individual
que entram na formação do saldo único do material.
ENTRADAS SAÍDAS SALDO
DATA
Qtdade Vlr Unit. Vlr Total Qtdade Vlr Unit. Vlr Total Qtdade Vlr Unit. Vlr Total
1/mai 100 120,00 12.000,00 100 120,00 12.000,00
2/mai 200 130,00 26.000,00 300 126,67 38.000,00
3/mai 50 150,00 7.500,00 350 130,00 45.500,00
4/mai 310 130,00 40.300,00 40 130,00 5.200,00
5/mai 40 160,00 6.400,00 80 145,00 11.600,00
6/mai 50 145,00 7.250,00 30 145,00 4.350,00
CMV 47.550,00
Como o próprio nome indica, consiste no esgotamento dos lotes com preços diferentes, sendo
assim, estes lotes devem ter controle separado na ficha de estoque, assim o material utilizado
é consequentemente custeado pelos preços mais antigos.
DATA ENTRADAS SAÍDAS SALDO
Qtdade Vlr Unit. Vlr Total Qtdade Vlr Unit. Vlr Total Qtdade Vlr Unit. Vlr Total
01/mai 100 120 12.000,00 100 120 12.000,00
02/mai 200 130 26.000,00 200 130 26.000,00
03/mai 50 150 7.500,00 50 150 7.500,00
350 xxxxxx 45.500,00
04/mai 100 120 12.000,00
04/mai 200 130 26.000 ,00
04/mai 10 150 1.500,00
310 xxxxxxx 39.500,00 40 150 6.000,00
05/mai 40 160 6.400,00 40 160 6.400,00
80 xxxxxx 12.400,00
06/mai 40 150 6.000,00
06/mai 10 160 1.600,00
50 xxxxxxx 7.600,00 30 160 4.800,00
CMV 47.100,00
Este critério não é permitido para fins de apuração do imposto de renda, sendo o contrário
do anteriormente exposto, ou seja, os lotes também são controlados separadamente quando
da sua entrada com preços diferentes, sendo baixado da ficha de estoque, primeiramente, os
materiais com os preços dos produtos que foram adquiridos por último.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio desta unidade ficou claro a importância que se deve ter com o controle de estoque
da entidade. Sem o controle de estoque é impossível verificar o resultado da entidade, evitar
desvios, efetuar gestão de rotatividade dos estoques etc.
Foram apresentadas três formas de se avaliar os estoques: média ponderada móvel, P.E.P.S
e U.E.P.S. Com o exemplo apresentado, foi possível identificar que existem diferenças quando
utilizado dada uma dessas metodologias no resultado da entidade.
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade>.
<http://www.cfc.org.br/>.
<http://www.eac.fea.usp.br/>.
<http://www.classecontabil.com.br/>.
<http://www.fi pecafi .com.br/>.
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/glossario.htm>.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Qual a solução para o controle de estoque em empresas de grande porte que movimenta
milhares de itens do seu estoque todos os dias? Faça uma pesquisa a respeito desse aspecto
e apresente algumas sugestões para tal problema.
ATIVIDADES
1. EXERCÍCIO RESOLVIDO
Com base nos dados abaixo, preencha a ficha de estoque e calcule o custo na venda de 60
impressoras.
a) Custo Médio
Impressora ENTRADAS SAÍDAS SALDO
EVENTO QTDE. $ UNIT. TOTAL QTDE. $ UNIT. TOTAL QTDE. $ UNIT. TOTAL
b) PEPS
Impressora ENTRADAS SAÍDAS SALDO
EVENTO QTDE. $ UNIT. TOTAL QTDE. $ UNIT. TOTAL QTDE. $ UNIT. TOTAL
80 - 29.781,67
25 360 9.000,00
20 385,67 7.713,33
EVENTO QTDE. $ UNIT. TOTAL QTDE. $ UNIT. TOTAL QTDE. $ UNIT. TOTAL
80 - 29.781,67
20 385,67 7.713,33
20 360 7.200,00
60 - 15 327 4.905,00
23.076,67
5 360 1.800,00
20 - 6.705,00
Exercício 2
Objetivos de Aprendizagem
• Matéria-prima.
• Mão de Obra.
Plano de Estudo
• Sistema Orçamentário.
Tendo em vista que aspectos financeiros e orçamentários serão abordados em outras unidades
do curso, esta unidade atuará em um dos segmentos da contabilidade gerencial, isto é, a
gestão de custos empresariais.
Para uma empresa ser competitiva, ela precisa estabelecer um controle de custos visando
uma redução dos defeitos, dos desperdícios de matérias-primas e de insumos, de energia,
dos retrabalhos etc., precisa rever, procurando melhorar os seus processos e equipamentos
GASTOS
Ex.: Energia elétrica, depreciação, aluguel, mão de obra, honorários, seguros, juros etc.
Custos
Gastos com o consumo de um fator de produção, medido em termos monetários para obtenção
de um produto, de um serviço, ou de uma atividade que deverá gerar receitas. São considerados
custos a remuneração dos fatores de produção (mão de obra, capital, máquinas, instalações,
materiais e serviços) utilizados na preparação e execução de um processo produtivo.
Despesas
Favero et al. (1997, p. 95) descrevem que “despesa representa os sacrifícios de recursos com
que a entidade se vê obrigada a arcar para a obtenção da receita”. Exemplificando: para que
uma empresa possa comercializar certo produto, vários “esforços” financeiros ocorrem para
colocar esse produto em condições de comercialização. São efetuados gastos com impostos
sobre as vendas, comissões dos vendedores, salários e encargos do pessoal da administração,
aluguel e depreciação do escritório etc., representam os sacrifícios financeiros efetuados para
que a empresa possa obter a receita da comercialização dos produtos. Este termo também
é empregado para identificar os gastos não identificados com a produção, isto é, referem-se
às atividades não produtivas da empresa, geralmente sendo separadas em Administrativas,
Comerciais e Financeiras.
Portanto, as despesas são diferenciadas dos custos pelo fato de estarem relacionadas com a
administração geral da empresa, ao passo que os custos estão ligados com a produção.
INVESTIMENTOS
RECEITAS
Segundo Ferrari (2001), receita representa a entrada de recursos para o Ativo, sob forma
de dinheiro, direitos a receber e outros. Entre outras formas, tem origem nas vendas de
mercadorias (empresa comercial), de produtos (empresa industrial) ou serviços (empresa
prestadora de serviços). São entradas de elementos para o ativo da empresa, na forma de
bens ou direitos que sempre provocam um aumento da situação líquida. Resulta da Venda
de Mercadorias, Produtos, Bens e Serviços em Geral com acréscimos em Disponibilidades,
quando à vista, ou Direitos a Receber quando a prazo.
PERDAS
As perdas normais integram o custo dos produtos. São considerados também como desperdício,
enquanto as anormais são retiradas dos custos da produção e jogadas diretamente para o
resultado. Os subprodutos têm sua receita considerada como redução do custo dos produtos;
as sucatas as têm consideradas como receitas extraordinárias.
É o momento que ocorre o pagamento de bem ou serviço adquirido. Pode ocorrer antes,
durante ou depois da aquisição. Assim, se algo for comprado à vista, o desembolso se dá
durante a aquisição deste bem.
Se for pago adiantado o dinheiro para posterior recebimento do bem, o desembolso ocorre
antes do recebimento deste bem.
A classificação dos gastos, anteriormente estudada, pode ainda ser identificada com base em
dois aspectos. Primeiramente, em relação à variação no volume das atividades da organização
(produção e venda). Dessa forma, os gastos podem ser fixos ou varáveis. Posteriormente,
os gastos podem ser classificados em relação à identificação e apropriação aos produtos e
serviços produzidos, podendo se distinguir em diretos e indiretos.
Ex: custos fixos: salários gerência industrial, manutenção, salários supervisão industrial,
aluguéis, depreciação de máquinas e equipamentos, segurança da fábrica, limpeza e asseio.
Por meio do quadro 2, percebe-se que os custos e despesas fixas não sofrem alterações
proporcionais às variações no nível de atividade da empresa. Os gastos fixos podem até sofrer
alteração de valor de um mês para o outro, geralmente correspondente à correção de preços
do fornecedor do produto ou serviço, como se pode perceber no quadro 2 entre o período
de maio e junho. No entanto, isso não o torna variável. Para que um gasto seja variável, ele
precisa ter a característica de modificar o seu montante alicerçado na alteração do nível de
atividade da empresa.
Nesse sentido, um gasto fixo não significa que os valores de um determinado período,
geralmente mensurados mensalmente, possuam valores iguais todos os meses. Um exemplo
desse aspecto pode ser verificado por meio do quadro 3.
Por meio do quadro 3, pode-se verificar que o custo em referência, isto é, Segurança da
Fábrica, sofreu algumas alterações do seu valor mensal. Isso pode ter ocorrido por contratações
adicionais, custos com desligamentos de funcionários, pagamento de horas extras, aquisição
de equipamento de segurança etc., no entanto, não está diretamente ligado à variação do nível
de atividade da empresa. Esse aspecto da variação dos valores mensais desse custo não o
torna variável.
Um outro aspecto dos gastos fixos é que num determinado período, seu valor total não sofre
alterações, no entanto, por unidade produzida são variáveis, como pode ser percebido por
meio dos quadros 2 e 3.
De forma geral, o comportamento dos gastos fixos podem ser observados no gráfico 1, onde
enquanto o nível de atividade sofre alterações significativas, os gastos fixos permanecem
inalterados.
São gastos (custos e despesas) que estão relacionados de acordo com o volume produzido
ou serviço, ou seja, o total dos gastos variáveis cresce à medida que o volume de atividades
da empresa aumenta.
Ex. despesas variáveis: comissões de vendas, impostos e tributos sobre as vendas, fretes e
carretos etc.
Meses Quantidade Custo com matéria-prima em cada Custo total com matéria-
produzida unidade produzida prima no período.
Pode-se verificar por meio do quadro 4, que os gastos variáveis são fixos unitariamente, no
entanto variáveis em seu montante no período analisado.
São custos e despesas que não necessitam de critérios para serem mensuráveis e identificados
Exemplos: matéria-prima, mão de obra direta, impostos e tributos sobre as vendas, embalagens,
insumos etc. Na fabricação de carteiras escolares: cola, espuma, tinta, ferro, solda, tecido,
parafusos, plástico etc.
São custos e despesas que não são identificados nos produtos ou serviços, não são
mensurados diretamente. Ou seja, são gastos que não podem ser identificados com precisão
com as receitas geradas.
Com os gastos indiretos não existe a possibilidade de se agregar custo aos produtos de forma
direta, pois não podem ser mensurados de forma direta aos produtos. Supondo que o aluguel
de uma fábrica seja de R$ 10.000,00 mensais e a mesma produz 4 modelos de produtos, A, B,
C e D, qual o montante do custo do aluguel será direcionado para cada produto, sendo que a
quantidade produzida de cada um foi diferente? O aluguel pode ser identificado e mensurado
diretamente em cada produto? A resposta é não. Será necessário recorrer a alguma forma
subjetiva pra alocar o custo do aluguel aos produtos, ou seja, será necessário efetuar o rateio
por algum critério definido.
ELEMENTOS DE CUSTOS
Durante o processo de definição do conceito de empresa industrial, foi verificado que essa,
por sua vez, são unidades produtivas com infraestrutura fixa diretamente relacionada com o
MATÉRIA-PRIMA/ MATERIAIS
Matéria-prima é o nome dado a um material que sirva de entrada para um sistema de produção
qualquer.
Exemplo: na fabricação de carteiras escolares: cola, espuma, tinta, ferro, solda, tecido,
parafusos, plástico etc.
A maneira de se controlar de forma pontual o que está sendo gasto com matérias-primas
e insumos é por meio da ficha de estoque e dentro da metodologia de controle de estoque
apresentado na unidade VI. Não interessa se é produto ou mercadoria que está sendo
controlado, existe a necessidade de se controlar eficientemente os recursos da entidade.
De forma geral, trata-se mais de um aspecto conceitual, pois enquanto as mercadorias (produtos
acabados) entram prontas no estoque da empresa e saem também prontos por meio das
vendas, as matérias-primas chegam no estoque da empresa, saem primeiro para a produção
e voltam para o estoque como produto acabado. Resumidamente, não tem importância se
aquilo que está sendo controlado chama-se matéria-prima, mercadoria, produto, insumo etc.,
a metodologia de controle é a mesma, ou seja, descrita na unidade VI.
A mão de obra pode ser definida sucintamente no produto do esforço humano, que na esfera
da contabilidade de custos é empregado na atividade produtiva das organizações.
Matz (1978, p.112) oferece uma conceitualização bem abrangente dos custos de mão de obra,
“fundamentalmente, o custo de mão de obra consiste na taxa por hora, no salário diário ou
semanal, ou no ordenado pago mensalmente aos empregados”.
No entanto, não é somente o pagamento básico que integram os custos da mão de obra.
Vários são os elementos que integram no custo de mão de obra. Por exemplo: férias, 13º
salário, bonificações ou diferenciais de turno, horas extraordinárias, incentivos de produção,
pagamento de prêmio por trabalho nos feriados, sábados e domingos onde a hora extra não
se acha envolvida, bonificações de assiduidade, por tempo de serviço, pela não ocorrência de
acidentes, de natal ou de fim de ano, custos de aprendizagem ou treinamento, pagamentos por
demissão ou indenização e pensões por aposentadoria etc.
De uma forma geral, pode-se afirmar que o custo de mão de obra todo e qualquer gasto que a
empresa tenha efetuado diretamente ao funcionário pelos serviços prestados ou indiretamente
por intermédio dos encargos ou benefícios (plano de saúde, seguro etc.) para manutenção do
seu bem-estar, treinamentos etc., dispensando assim enumerar todos os fatores que integram
o custo da mão de obra.
Quando for possível de se obter por medição e de forma direta o valor da mão de obra utilizada
em um produto, temos então, mão de obra direta; no entanto quando necessitamos de qualquer
forma de critério de rateio ou estimativa para se conhecer o valor da mão de obra aplicada na
produção, essa transforma-se então, para efeito contábil, em indireta.
Exemplo:
Com base na ilustração 5, imaginem uma indústria de móveis que possui os seguintes
departamentos:
Soldagem: onde os materiais metálicos (ferro, aço etc.) são soldados. Geralmente, constitui a
estrutura dos móveis em questão.
Pintura: nesse departamento os materiais (madeira, ferro, aço etc.) são cobertos com
diferentes tipos de tintas e vernizes, de acordo com a composição de cada material.
Corte: esse departamento presta serviço apenas para o produto carteira e possui um
funcionário trabalhando nele. Então, para saber qual o custo que esse departamento gera
para cada unidade do produto carteira, basta dividir o custo do funcionário pela quantidade
de peças que compõe o produto. Exemplo: custo mensal médio do funcionário R$ 1.500,00.
Nesse sentido, para saber qual o custo de mão de obra de cada carteira produzida, basta
dividir o custo com o funcionário pelo conjunto de componentes que compõe cada carteira:
R$ 1.500 / 500 = R$3,00 de mão de obra por carteira. Dessa forma, pode-se dizer que a mão
de obra desse departamento em relação à carteira é direta, pois não houve a necessidade de
recorrer a algum critério para alocar o custo ao produto.
Soldagem: esse departamento presta serviço apenas para o produto carteira e possui dois
funcionários trabalhando nele. Então, para saber qual o custo que esse departamento gera para
cada unidade do produto carteira dividir o custo dos funcionários pela quantidade de peças
soldadas que compõe o produto. Exemplo: custo mensal médio dos funcionários R$4.000,00.
Quantidade de conjunto de peças preparadas: 500. Nesse sentido, para saber qual o custo
de mão de obra de cada carteira produzida, basta dividir o custo com os funcionários pelo
conjunto de componentes soldados que compõe cada carteira: R$ 4.000 / 500 = R$8,00 de
mão de obra por carteira. Dessa forma, pode-se dizer que a mão de obra desse departamento
em relação à carteira é direta, pois não houve a necessidade de recorrer a algum critério para
alocar o custo ao produto.
Pintura: esse departamento presta serviço para os produtos carteira e mesa, e possui três
3. Tempo total gasto em cada produto no departamento (1x2) 350h 280h 630h
Supondo que o custo mensal médio com a mão de obra dos funcionários do departamento
fosse de R$ 6.000.
a) Qual seria o custo com a pintura de cada unidade produzida de carteiras e mesas, se fosse
utilizado o critério de quantidade produzida de cada produto?
R$ 5,00 x 500 carteiras = R$ 2.500 de custo total de mão de obra nesse departamento para
as carteiras.
R$ 5,00 x 700 mesas = R$ 3.500 de custo total de mão de obra nesse departamento para as
mesas.
b) E qual seria o custo com a pintura de cada unidade produzida de carteiras e mesas, se fosse
utilizado o critério do tempo gasto na produção de cada unidade?
Produto Hr. Maq. unit. Custo por Depto Custo por Unid.
Nesse sentido, para saber qual o custo de mão de obra de cada carteira produzida no
departamento, foi necessário utilizar um critério. Esse fato, ou seja, a utilização de um
critério, não permitindo com que a mão de obra não seja mais alocada diretamente ao
produto, torna-a então indireta. E pode-se perceber que dependendo do critério utilizado,
o custo do unitário do produto sofre alterações significativas. Por meio dos critérios utilizados
nesse exemplo, esse aspecto pôde ser percebido.
A 5,00 5,00
B 6,36 2,60
C 6,67 3,81
Isso tem sido um problema na alocação de todos os custos indiretos de fabricação, não
somente em relação à mão de obra indireta, pois dependendo do critério de alocação utilizado,
o custo dos produtos ou departamentos sofrem alteração, que pode não corresponder a real
alocação física ou de consumo de recursos.
Montagem: esse departamento presta serviço para os produtos carteira e mesa, e possui
um funcionário trabalhando nele. Para saber qual o custo que esse departamento gera com
mão de obra para cada unidade do produto carteira, NÃO basta somente dividir o custo do
Martins (2004) sugere a seguinte metodologia para cálculo do custo/hora da mão de obra
direta.
Será tomado como base um funcionário que possui remuneração de R$ 350,00 e carga horária
de trabalho de 220 horas mensais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O esforço efetuado nesta unidade foi no sentido de entender como a gestão e conhecimento dos
elementos que compõe o custo dos produtos é importante para a manutenção das entidades.
Foram apresentados conceitos específicos desta área, a diferenciação entre custos, despesas,
gastos fixos e variáveis com respectivos exemplos numéricos e ilustrados.
Um dos principais pontos que chamo a atenção é para o correto entendimento dos gastos fixos
e variáveis, tendo em vista a abordagem que faremos na próxima unidade, com a apresentação
de dois sistemas de custeio, e a margem de contribuição.
1. O que se entende por uma empresa industrial? Exemplifi que um processo industrial, ou seja, a
transformação de matérias-primas em produtos acabados.
2. De que maneira um efi ciente sistema de apuração de custos pode contribuir para a sobrevivência
das empresas? Levando em consideração que essas empresas atuam em um ambiente extremamen-
te competitivo e na chamada economia globalizada.
<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/DowContador?OpenAgent&unid=FECA94438D8E
D49383256F6B0062110D>
<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/DowContador?OpenAgent&unid=3FBBFEA85569F
44F832572CA004E51A1>
<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/DowContador?OpenAgent&unid=2BAEE4783A580
O livro Contabilidade de Custos para Não Contadores é indicado como leitura complementar, tendo
em vista que evita uma linguagem excessivamente técnica, possibilitando mesmo às pessoas com
menor conhecimento contábil, fácil entendimento a respeito de conteúdos, apuração, controle, análise
e gestão de custos.
OLIVEIRA, Luís Martins de, PEREZ, José Hernandes Junior. Contabilidade de Custos Para Não Con-
tadores. São Paulo: Atlas, 2005.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1. O que são custos de produção de bens e serviços? Quais são os principais gastos neces-
sários para a produção de um bem?
5. Conceitue despesas.
8. Como se classifi cam os gastos quanto à forma de identifi cação e apropriação aos diversos
produtos e serviços produzidos simultaneamente?
Objetivos de Aprendizagem
• Métodos de Custeio.
• Margem de Contribuição.
• Ponto de Equilíbrio.
Plano de Estudo
Por meio da ilustração 7 pode-se visualizar de forma mais eficiente como se efetua o rateio
de um custo indireto. Nesse caso, foi utilizado como rateio o aluguel da fábrica e o mesmo foi
rateado (distribuído) pela quantidade de cada produto produzido. Assim, pode-se dizer que o
custo indireto foi rateado diretamente sobre os produtos.
A 20 (R$120.000/150)*20 R$ 16.000
B 50 (R$120.000/150)*50 R$ 40.000
C 80 (R$120.000/150)*80 R$ 64.000
O cálculo efetuado segue o seguinte procedimento: valor do custo/dividido pelo total da base
de rateio conhecida x pelas partes do total da base de rateio conhecida.
Exemplo do rateio do custo de um departamento para outro departamento. Nesse caso, o custo
indireto a ser distribuído é representado R$ 32.000 proveniente dos custos com a biblioteca de
uma universidade. A base de dados utilizada para distribuição dos custos da biblioteca será
a quantidade de alunos de cada curso da universidade. Pode-se dizer que a base de rateio,
nesse caso, será a quantidade de alunos dos cursos da faculdade.
Os cálculos efetuados seguem o seguinte procedimento: valor do custo indireto (R$ 32.000,00)/
No entanto, cabe ressaltar que não existe uma regra a ser seguida em relação ao critério
de rateio utilizado. Com isso, os valores alocados aos produtos ou departamentos podem
sofrer alterações extremamente significativas, apenas com a alteração do critério utilizado na
distribuição dos custos indiretos.
Fonte: PHOTOS.COM
O objetivo fundamental dos métodos de custeio é apurar o custo de uma unidade do produto
fabricado. É por meio do método de custeio que se busca determinar o custo unitário do
produto, ou seja, o conhecimento do custo unitário do produto pelo administrador. Com essa
informação, os gestores podem:
O custeio por absorção, de acordo com Martins (1992, p. 39), “consiste na apropriação de
todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos
relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos” , ou seja, vem
a ser a apropriação de todos os custos (sejam eles fixos ou variáveis) à produção do período.
Os gastos não fabris (despesas) são excluídos.
Pode-se, então, concluir que Custeio por Absorção é um processo de apuração de custos,
cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em cada fase da produção.
O Manual de Contabilidade por Ações (1990 p. 510), define custeio por absorção da seguinte
forma:
[...] devem ser adicionados ao custo da produção os custos reais incorridos, obtidos
através da contabilidade geral, e pelo sistema por absorção, o que significa a inclusão
de todos os gastos relativos à produção, quer diretos, quer indiretos com relação a cada
produto.
Os custos referentes aos produtos em elaboração e aos produtos acabados não vendidos
constarão do estoque desses produtos.
O custeio por absorção é o único aceito pela Auditoria Externa, porque atende aos princípios
contábeis da Realização da Receita, da Competência e da Confrontação. É o único aceito pelo
Imposto de Renda.
O método de apuração dos custos unitários é tão somente o total de custos apurados, dividido
pelo volume de produção. Logo, se houver incorreção em distinguir custo de despesa, haverá
erro no cálculo do custo unitário.
Exemplo: caso prático preparado pelos autores com base em artigo jornalístico publicado na
Gazeta Mercantil, 23 ago. 2000, Caderno Por Conta Própria, p. 11.
A Boa Pesca Ltda. é uma pequena empresa cearense especializada na industrialização dos
resíduos de pescados. Tais resíduos são adquiridos das diversas indústrias que exploram as
atividades de pesca na região.
A Boa Pesca Ltda. processa anualmente 14 toneladas de cartilagem, sendo que o rendimento
é de 10% do peso desses resíduos, ou seja, para cada quilo de cartilagem de tubarão, obtêm-
se 100 gramas do pó.
Cada pote de 100 gramas do produto acabado (pó de cartilagem de tubarão) é vendido por
$85,00.
Gastos variáveis
Total
50.600
Gastos Fixos
Total
14.150
Total dos gastos variáveis mais fixos 64.750
SOLUÇÃO
Menos
Lucro líquido antes do imposto de renda e da contribuição social = (e) – (f) 21.950
CUSTEIO VARIÁVEL
Fonte: PHOTOS.COM
Só são apropriados à produção os custos variáveis, quer diretos, quer indiretos. Os Custos
fixos são contabilizados diretamente a débito da conta de resultado (juntamente com as
despesas) sob a alegação de que estes ocorrerão independentes do volume de produção
da empresa. Portanto, os custos fixos não são considerados como custos de produção e
sim como despesas. Nesse método, é levado em consideração de que a infraestrutura da
empresa não interfere no processo de formação de custos dos produtos, pois uma vez que ela
é concebida, os gastos ocorrem independentemente se houver ou não produção.
Outra diferença em relação ao custeio por absorção, está de natureza formal, reside na
maneira de apresentar a Demonstração dos Resultados. No custeio variável, a diferença entre
Vendas Líquidas e a soma de CPV (que só contém custos variáveis) e Despesas Variáveis
é denominada margem de contribuição. A margem de contribuição propicia a verificação de
quais os produtos e serviços que são mais ou menos lucrativos para a empresa, sem lançar
mão de formas de rateio discutíveis. Cada produto deve ter um percentual de margem de
contribuição que o mercado aceite pagar e não, simplesmente, um aumento ou majoração em
cima dos custos variáveis. Além de tudo isso, o isolamento dos custos fixos facilita a gestão de
sua magnitude em relação à organização do todo.
Custeio variável $
Como base no mesmo exemplo utilizado no custeio por absorção, pode-se verificar as
diferenças na utilização desses dois métodos. Durante o mês de abril, foram produzidas 1.500
unidades e vendidas 1.300 unidades pelo valor de R$ 80,00 cada unidade.
Só são apropriados à produção os custos variáveis, quer diretos, quer indiretos. Os custos
fixos são contabilizados diretamente (juntamente com as despesas) sob a alegação de que
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Fonte: PHOTOS.COM
Total por Produto É obtido por meio da soma da margem de contribuição multiplicado
pelo número de itens fabricados e produzidos de um tipo de produto
apenas em um determinado período.
Lunkes (2004, p. 121) entende que “margem de contribuição é a quantia de receita que
permanece depois de deduzir os custos e despesas variáveis”, ou seja, o lucro variável por
unidade comercializada, isto é, consiste no preço de venda menos os gastos variáveis. Oliveira
e Perez (2005, p. 222) afirmam que “Entende-se por margem de contribuição a diferença entre
Sendo custos variáveis e despesas variáveis = gastos variáveis, pode-se assim simplificar:
Oliveira e Perez (2005, p. 222) afirmam que: “A margem de contribuição é, em outras palavras,
a “sobra financeira” de cada produto ou divisão de uma empresa para a recuperação — ou
amortização — das despesas e dos custos fixos de uma entidade e para a obtenção do lucro
esperado pelos empresários[...]”
R$ R$ R$
b. Gastos variáveis
Filiais 01 02 03
R$ R$ R$
Gastos variáveis
Da mesma forma como foi demonstrado no quadro 21, pode-se identificar a margem de
contribuição por divisão de negócios ou departamentos da empresa.
b) Qual foi o produto que mais contribuiu para amortizar os gastos fixos da empresa.
Essas informações podem levar decisões de quais produtos ou linha de produção podem ser
fomentados, produtos a serem eliminados etc.
b) toda demanda de mercado/venda está sendo atingida pela empresa, não existem clientes
que estão sendo atendidos parcialmente face algum limitador de produção.
Caso a empresa possua algum fator que limite sua produção de forma que o mercado está
sendo atendido parcialmente, a simples decisão de fomentar o produto que possui a margem
de contribuição mais representativa por unidade não tem mais valor. A partir desse momento,
a análise da margem de contribuição pelo fator limitativo de produção torna-se crucial.
Exemplo Prático:
A Artefatos de Aço Furyan S.A. é fabricante de peças de aço para a construção naval. Produziu
e vendeu, em julho, três produtos com a seguinte margem de contribuição para cada unidade:
Quantidade de horas máquinas para produzir cada unidade 4,0 2,5 8,0
A empresa atendeu totalmente à demanda para o produto C, que oferece a maior margem
de contribuição, mas não conseguiu atender a toda a demanda para os produtos A e B, cujas
demandas eram de:
A: 3.000 unidades;
B: 1.400 unidades;
C: 3.000 unidades.
1º Passo:
Verificar qual o resultado obtido com a produção e venda realizada de acordo com a decisão
dos administradores da empresa, ou seja, a movimentação efetuada no quadro 19.
h. Resultado 330.000
a) Horas Máquinas
disponíveis/remanescentes. 34.500 31.000 19.000
Refazer o cálculo do resultado do mês com base no novo mix de produção, levando em
consideração o fator limitativo de produção.
h. Resultado 485.500
Por meio da comparação entre o resultado obtido no quadro 22 em relação ao quadro 19,
pode-se verificar que houve um incremento de R$ 196.000 no resultado da empresa. É
importante ressaltar, que isso ocorreu pelo simples fato de ter sido levado em consideração
o fator limitativo de produção. Esse exemplo prático demonstra que quando existirem fatores
que limitem a produção de uma forma que a demanda de mercado não possa ser atendida, a
simples premissa de incentivar a produção e venda do produto que possui a maior margem de
contribuição unitária não possui mais validade.
Fonte: PHOTOS.COM
De acordo com Cogan (1999), ponto de equilíbrio corresponde à quantidade produzida, volume
de operações para a qual a receita iguala o custo total, pois é o ponto onde o lucro líquido
iguala a zero, podendo ser demonstrada em unidades físicas ou monetárias. O modelo do
ponto de equilíbrio tem por objetivo determinar o nível de produção em termos de quantidade,
ou de valor que se traduz pelo equilíbrio entre a totalidade dos custos e das receitas. Para
um nível abaixo desse ponto, a empresa estará na zona de prejuízo e acima dele, na zona de
lucratividade. Portanto, nesse ponto, o nível de operação é tal que absorve a totalidade dos
custos e despesas fixas, e acima dele somente incidem os custos e despesas variáveis.
Possibilita identificar o nível de produção e vendas em que o saldo de caixa é igual a zero.
Assim, representa a quantidade de vendas necessária para cobrir os gastos efetuados tanto
operacional quanto não operacionais. O ponto de equilíbrio financeiro exclui os gastos que não
afetam o caixa da empresa, ou seja, não são desembolsáveis, porém são considerados para
efeito do resultado contábil. Os mais comuns são amortizações e depreciações.
PEF + saldo de caixa Gastos fixos - Gastos não desemb + Sd Caixa Projetado.
PEF = x100
% Margem de contribuição unitária
projetado receita bruta.
Por meio do ponto de equilíbrio econômico é possível projetar os resultados que a empresa
poderá obter em diversos níveis de atividades de produção e de vendas, mantidas constantes
as demais variáveis, tais como margem de contribuição, total das despesas e custos fixos
Fórmulas:
1. Qual o volume em quantidade de vendas que fará com que o resultado da empresa seja
zero? Ou seja, o ponto de equilíbrio contábil em unidades.
R$ 180.000
PEC = = 30.000
R$ 6,00
Isso significa que a empresa apresentará um resultado igual a zero quando produzir e vender
30.000 unidades de enlatado.
R$
b. Gastos variáveis
h. Resultado zero
R$
d. Resultado zero
3. Tendo em vista que entre os gastos fixos, o valor de R$ 12.000 corresponde à depreciação
do mês, quantas unidades do produto farão com que o saldo de caixa seja igual a zero?
R$ 180.000 - R$ 12.000.
PEF = = 28.000unid
R$ 6,00
R$
b. Gastos variáveis
h. Resultado (12.000)
Por meio do quadro 30, pode-se perceber que no ponto de equilíbrio financeiro o saldo de
caixa é zero, porém o resultado contábil é negativo (prejuízo). Isso é justificado pelo fato de
que os gastos fixos informados no quadro 12 permanecerem em sua totalidade, ou seja, não
foi deduzido os R$ 12.000 correspondente às depreciações do mês.
4. Tendo em vista que entre os gastos fixos, o valor de R$ 12.000 corresponde à depreciação
do mês, a receita bruta fará com que o saldo de caixa seja igual a zero?
R$ 180.000 - R$ 12.000.
PEF = x100 = R$364.000
46,15
R$
d. Resultado (12.000)
5. Tendo em vista que entre os gastos fixos, o valor de R$ 12.000 corresponde à depreciação
do mês, quantas unidades do produto farão com que o saldo de caixa seja igual a 18.000?
6. Tendo em vista que entre os gastos fixos, o valor de R$ 12.000 corresponde à depreciação
do mês, a receita bruta fará com que o saldo de caixa seja igual a R$ 18.000?
A taxa média de ocupação é de 70% da capacidade total, ou seja, 16.800 diárias (70% x
24.000).
R $1.350.00 0
PEC =
80
= 16 . 875 → diárias / m ês
Sendo que a taxa média de ocupação é de 16.800 diárias/mês (70%), verificou-se que com
essa, atualmente a Rede de Hotéis Oceânica necessita de uma quantidade maior de diárias
alugadas mensalmente do que sua média de ocupação.
No entanto, acredita-se que com essa decisão, a taxa média de ocupação passará para 80%,
tendo em vista a migração de turistas para as unidades remanescentes. Nesse sentido, 15.600
diárias seriam alugadas em média por mês (19.500 x 80%).
R$850.000
PEC = = 10.625 → diárias / mês
80
Com essa decisão, a taxa de ocupação necessária para que a rede obtenha o ponto de
equilíbrio contábil é de 68,11%, tendo em vista que 10.625 diárias representam esse percentual
da taxa média de ocupação que é de 15.600 diárias.
No entanto, acredita-se que com essa decisão, a taxa média de ocupação passará para 85%,
tendo em vista a migração de turistas para as unidades remanescentes. Nesse sentido, 12.750
diárias seriam alugadas em média por mês (15.000 x 85%).
R$650.000
PEC = = 8 .125 → diárias / mês
80
Agora, resta verificar qual alternativa é a mais viável para a Rede Oceânica Ltda, em termos
de obtenção de resultado.
Diárias pela taxa média de ocupação 16.800 diárias 15.500 diárias 15.000 diárias
Diante das demonstrações práticas anteriores, convém ressaltar, que talvez a principal
aplicação da ferramenta Ponto de Equilíbrio seja o seu aspecto de planejamento de cenários,
por intermédio das simulações que o mesmo possibilita. Nesse sentido, o administrador tem
condições de planejar mais adequadamente suas atividades e até verificar se há necessidade
de ampliação (ou ociosidade) na capacidade produtiva instalada.
Fonte: PHOTOS.COM
O mais comum é que as empresas não produzam e vendam apenas um tipo, modelo ou
tamanho de produto. No entanto, isso não impede de se utilizar o ponto de equilíbrio para
saber qual a receita bruta ou a quantidade de unidades necessárias na construção de cenário
e projeções.
Uma determinada indústria de móveis escolares produz 3 tipos de carteiras, simples, silver e
gold.
Normalmente, são vendidos 5 unidades do modelo simples para cada 3 unidades do modelo
silver e 1 unidade do modelo gold.
1º Passo:
R$247.500
PEC = = 4.500 ® unidades
55
A utilização do ponto de equilíbrio para mais de um produto pode ser efetuada também
para o ponto de equilíbrio financeiro e contábil desde que mantidas os princípios descritos
anteriormente.
As empresas com composição de gastos fixos mais elevado em relação às variáveis possuem
uma alavancagem mais elevada em relação àquelas com gastos fixos menos representativos.
Exemplo Prático:
A B C
Isso significa afirmar que para cada ponto percentual de variação no volume de vendas, o
resultado das empresas aumentará 4,8 e 20 vezes esse percentual.
A = 10% x 4 = 40%
B = 10% x 8 = 80%
C = 10% x 20 = 200%
A B C
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quando se fala em custos indiretos de fabricação sempre surgem dúvidas sobre qual o melhor
método de distribuição desses custos, que quase na sua integralidade são fixos e independem
se existe ou não produtos fabricados em determinado período, por exemplo, mês de maio. No
Brasil, a economia “sugere” que as medições de resultado das entidades ocorram mensalmente.
Isso ocorre face ao aluguel, que é reclamado mensalmente; os funcionários que são pagos
mensalmente; a alguns impostos que são recolhidos mensalmente; condomínio; energia;
água e esgoto, ou seja, de forma geral a periodicidade das obrigações no Brasil ocorrem
mensalmente, o que leva as empresas a também efetuarem medições de seu desempenho
uma vez ao mês. Mas, por exemplo, quanto do aluguel do mês de maio devo distribuir para os
vários tipos de produtos que fabrico, cada um com especificações diferentes de quantidade
produzida, tempo de fabricação, matéria-prima consumida etc.? Existe consenso sobre como
se distribuir alguns custos, mas sempre existem dúvidas sobre a exatidão do valor dos custos
O custeio por absorção leva em consideração os custos fixos e variáveis no cálculo custo
de produção. É um processo de apuração de custos, cujo objetivo é ratear todos os seus
elementos (fixos ou variáveis) em cada fase da produção.
Já o custeio variável elimina esse problema de rateio, onde são considerados custos de
produção, somente aqueles inerentes aos produtos produzidos (variáveis). É por meio do
custeio variável que surge a margem de contribuição.
A margem de contribuição talvez seja o mais importante tema quando se fala da fabricação de
produtos e sua viabilidade e rentabilidade na comercialização. A margem de contribuição mede
de forma brilhante o quanto determinado produto oferece de sobra financeira para amortizar
os gastos da entidade que independem da existência de atividade (gastos fixos). Isso ocorre
diretamente conectado com o mercado, face ao cálculo da margem de contribuição se iniciar
com o preço de venda, sendo depois deduzidos os gastos inerentes à fabricação e venda
daquele bem (gastos variáveis). Outro aspecto importante é o fato da margem de contribuição
medir não somente a sobra financeira de uma unidade de determinado produto, bem como de
toda a linha de produção de cada tipo ou modelo de produto, total da empresa, filial, divisão
de negócios, setor etc.
Por isso foi abordado o grau de alavancagem operacional, que oferece de forma rápida o
quanto o resultado da organização vai aumentar ou diminuir com a variação do faturamento.
Erroneamente, muitos acreditam que se a empresa aumentar 10% de suas vendas, o lucro
também vai aumentar 10%. Mas isso não é verdade, pois existem gastos fixos que independem
de variação no volume. E é nesse sentido que o grau de alavancagem operacional gera a
informação da real variação no resultado da empresa com origem na variação da receita bruta
(faturamento).
<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/DowContador?OpenAgent&unid=B83E6E16A0097
D3A03257146005A1566>.
<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/DowContador?OpenAgent&unid=2BAEE4783A580
55703256D520059B555>.
<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/DowContador?OpenAgent&unid=FECA94438D8E
D49383256F6B0062110D>.
<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/DowContador?OpenAgent&unid=3FBBFEA85569F
44F832572CA004E51A1>.
As obras, abaixo, apresentam modelos e exemplos dos conceitos utilizados neste módulo, além de
argumentação com respaldo de todos os modelos sugeridos. Além de que, trata-se de obras que são
amplamente utilizadas no meio acadêmico e empresarial como obras de referências, inclusive para
outros autores.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 4. ed. São Paulo. 2000.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 1997.
3. Cite exemplos de informações úteis que podem ser obtidas com apuração e análise das
margens de contribuições.
10. Qual é a utilidade do cálculo do ponto de equilíbrio contábil de uma atividade para fins de
gerenciamento de uma empresa?
11. Para obtenção do ponto de equilíbrio financeiro, por que devem ser excluídos os gastos
que não representam saídas de numerários?
12. Qual é a utilidade do cálculo do grau de alavancagem operacional para fins de gerencia-
mento de uma empresa?
Eu costumo falar para os meus alunos, que as organizações são criadas para satisfazer alguma
demanda do mercado. Mas e para os sócios/ proprietários? Qual o seu objetivo? Na grande
maioria das empresas o lucro é o objetivo, porque esse é o objetivo dos proprietários. Alguns
falam em sobrevivência, e eu rebato: como pode sobreviver sem lucro? Sem resultado, não
existe felicidade. No entanto, o que é lucro? O que é resultado? Faturamento, custo, despesa,
gasto, patrimônio? Entre tais elementos, pode-se dizer que a contabilidade é a linguagem
das empresas. Sem contabilidade, não existe comunicação empresarial. E como pode o
administrador de empresas exercer sua função se não conhece a linguagem. Como pode,
você, participar de uma rodada de negociações em alemão se não sabe nem uma palavra
nesse idioma?
Pensando nessas questões, creio que este livro soluciona quase todas essas questões. Não
posso ser pretensioso e afirmar que com este material tudo aquilo que você precisa como gestor
do patrimônio da empresa foi solucionado, e nenhuma obra existente pode também afirmar
Por fim, o grau de alavancagem operacional, que permite obter de forma quase instantânea
quais as variações no resultado de um período, quando existem variações nos volumes
produzidos e vendidos.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Rural. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
FAVERO, Hamilton; et al. Contabilidade Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 1997.
FERRARI, Ed Luiz. Contabilidade Geral: teoria e 950 questões. Impetus. Rio de Janeiro,
2001.
FIPECAFI. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. São Paulo: Atlas, 2000.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José Carlos. Contabilidade para não contadores. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
NEVES, Silvério; VICECONTI, Paulo V. Contabilidade Básica. Frase Editora, São Paulo,
2000.
OLIVEIRA, Luís Martins de, PEREZ, José Hernandes Junior. Contabilidade de Custos Para
Não Contadores. São Paulo: Atlas, 2005.