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FARO - Faculdade de Rondônia

788 (Decreto Federal nº 96.577 de 24/08/1988)


453 (Portaria MEC de 29/04/2010)
IJN - Instituto João Neórico
3443 (Portaria MEC / Sesu nº369 de 19/05/2008)

FACULDADE DE RONDÔNIA - FARO


INSTITUTO JOÃO NEÓRICO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

JACKSON DOUGLAS PETRAZZINI

MICROGERAÇÃO CONECTADA NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO NA CIDADE DE


PORTO VELHO

PORTO VELHO - RO
2015.1
FARO - Faculdade de Rondônia
788 (Decreto Federal nº 96.577 de 24/08/1988)
453 (Portaria MEC de 29/04/2010)
IJN - Instituto João Neórico
3443 (Portaria MEC / Sesu nº369 de 19/05/2008)

FACULDADE DE RONDÔNIA - FARO


INSTITUTO JOÃO NEÓRICO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

JACKSON DOUGLAS PETRAZZINI

MICROGERAÇÃO CONECTADA NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO NA CIDADE DE


PORTO VELHO

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia


Civil da Faculdade de Rondônia - FARO, para a
obtenção do título de Bacharel em Engenheiro (a)
Civil, sob a Orientação do Docente Esp. Henrique
Otávio Braga Brasil.

PORTO VELHO – RO
2015.1
FARO - Faculdade de Rondônia
788 (Decreto Federal nº 96.577 de 24/08/1988)
453 (Portaria MEC de 29/04/2010)
IJN - Instituto João Neórico
3443 (Portaria MEC / Sesu nº369 de 19/05/2008)

MICROGERAÇÃO CONECTADA NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO NA CIDADE DE


PORTO VELHO

Esta monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de


Bacharel em Engenharia Civil e aprovada em sua forma final pela Banca
Examinadora composta pelos examinadores abaixo relacionados, na data de
16/06/2015.

_________________________________
MARIA ANGÉLICA FOES DA ROCHA
COORDENADORA DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

_________________________________
HENRIQUE OTÁVIO BRAGA BRASIL
ORIENTADOR

_________________________________
HUMBERTO GONÇALVES RIBEIRO
EXAMINADOR(A)

PORTO VELHO - RO
2015
DEDICATÓRIA

Á minha Esposa e Família que sempre


me incentivaram para a realização dos
meus sonhos e me acompanharam
durante essa trajetória.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus que permitiu que


tudo isso acontecesse. A Minha esposa
pela compreensão e companheirismo nos
momentos difíceis. Aos meus pais que me
ensinaram o verdadeiro caminho a seguir.
Ao meu irmão pelo apoio. Ao professor
HENRIQUE OTÁVIO BRAGA BRASIL
pela paciência na orientação e incentivo
que tornaram possível a conclusão deste
trabalho. Agradeço também a todos os
professores que me acompanharam
durante a graduação.
EPIGRAFE

O coração do homem pode fazer planos,


mas a resposta certa vem do Senhor.
Provérbios 16-1
RESUMO

A energia solar fotovoltaica é obtida através da conversão direta da luz em


eletricidade através do efeito fotovoltaico. Existem dois tipos de sistemas que
permitem a geração da energia solar, o sistema fotovoltaico isolado e o conectado a
rede de distribuição, no primeiro a energia produzida é armazena em uma bateria;
no segundo, a geração excedente é ejetada na rede de distribuição. O objetivo do
trabalho é analisar o custo benefício da inserção de um sistema fotovoltaico
conectado a rede elétrica da concessionária Eletrobrás Distribuição Rondônia de
uma residência localizada na cidade de Porto Velho – RO. Quantos aos métodos,
trata-se de um estudo de caso, sendo realizada pesquisas in loco. Verificou-se que
em Porto Velho é indicado que o módulo fotovoltaico seja posicionado à 12º do plano
horizontal, direcionado para o norte verdadeiro. Após testes, foi possível determinar
que o módulo atinge 89,48% da potência obtida fabricante através do STC. O
sistema instalado na residência é composto por 7 módulos, 1 conversos e 1 medidor
bidirecional. O investimento foi de R$ 13.480,19, sendo que em 16 anos é possível
haver o retorno. O sistema se demonstrou benéfico, pois além de ser uma energia
limpa e renovável, proporciona uma economia significativa.

Palavras-chave: Energia Solar, Energia Renovável, Custo Benefício, Rede Elétrica.


ABSTRACT

Photovoltaic solar energy is obtained by direct conversion of light into


electricity through the photovoltaic effect. There are two types of systems that allow
the generation of solar energy, photovoltaic isolated and connected to the distribution
network, the first the energy produced is stored in a battery; in the second, the
excess energy is ejected in the distribution network. The objective is to analyze the
cost benefit of the insertion of a photovoltaic system connected to grid Eletrobras
Distribution Rondônia dealership a residence located in the city of Porto Velho - RO.
How many methods, it is a case study, and on-site surveys performed. It was found
that in Old Port is indicated that the PV module is positioned at the horizontal plane
12, directed toward true north. After testing, it was determined that the module
reaches 89.48% of the power obtained through the STC manufacturer. The system
installed at the residence consists of 7 modules, 1 converts and 1 bidirectional meter.
The investment was R $ 13,480.19, and in 16 years there may be returning. The
system has been shown beneficial, as well as being a clean and renewable energy
provides significant cost savings.

Keywords: Solar Energy, Renewable Energy, Benefit Cost, Power Grid.


LISTA DE SIGLAS

ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

ANEL Agência Nacional de Energia Elétrica

APA Associação Brasileira de Astronomia

COGEN Associação da indústria de Cogeração de Energia

CREA – RO Conselho Regional de Engenharia de Rondônia

IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

SF Sistema Fotovoltaico

SFCR Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede de Distribuição

STC Standard Test Conditions ( Condição Padrão de Teste em

português)
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Efeito Fotovoltaico ................................................................................... 15


Figura 2 - Gerald Pearson, Daryl Chapin e Calvin Fuller, da esquerda para à direita.
.................................................................................................................................. 16
Figura 3 – Instalação do painel solar como fonte de alimentação da rede
telefónica local em Americus, na Geórgia, Estudos Unidos da América, em 1955.... 16
Figura 4 - Instalação fotovoltaica em sistema isolado na região amazônica ............ 19
Figura 5 – Sistema fotovoltaico conectado à rede de distribuição. ........................... 21
Figura 6 – Residência, local da pesquisa ................................................................. 24
Figura 7 – Modulo instalado no telhado da residência ............................................. 25
Figura 8 – Ilustração do evento de Equinócio e Solstício no planeta terra ............... 28
Figura 9 - Simulação do posicionamento do sol, no local da pesquisa, no mês de
março. ....................................................................................................................... 29
Figura 10 – Simulação do posicionamento do sol, no local da pesquisa, no mês de
junho. ........................................................................................................................ 29
Figura 11– Simulação de posicionamento do sol no mês de setembro. ................... 30
Figura 12- Simulação de posicionamento do sol no mês de Dezembro. .................. 30
Figura 13 - Informações técnicas dos módulos fotovoltaicos instalados. ................. 32
Figura 15 - Módulo fotovoltaico de 300 Wp sobre condições de testes nas
condições climáticas de Porto Velho - RO ................................................................ 33
Figura 16– Ajuste do ângulo de 9° em relação ao plano horizontal e
posicionamento do módulo para o Norte Verdadeiro. ............................................... 36
Figura 17 – Interface aplicativo NÍVEL COMPASS ................................................... 36
Figura 18 – Coleta de dados de temperatura e radiação solar ................................. 37
Figura 19 – Medição de tensão DC (Voc) gerado pelo módulo fotovoltaico. ............ 38
Figura 20 – Medição de corrente Imp e Tensão Vmp gerado pelo módulo
fotovoltaico. ............................................................................................................... 38
Figura 21 – Módulo fotovoltaico ................................................................................ 40
Figura 22 - Detalhe da fixação do suporte sobre os caibros..................................... 40
Figura 23 - Detalhe dos grampos de fixação dos módulos fotovoltaicos .................. 41
Figura 24 – Padrão de Energia................................................................................. 41
Figura 25 – Disjuntores e DP (protetores de surto) .................................................. 42
Figura 26 - Inversor .................................................................................................. 42
Figura 27 – Medidor bidirecional .............................................................................. 43
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Participação na capacidade instalada para geração fotovoltaica nos


principais países no mundo. ...................................................................................... 18
Gráfico 2 - Radiação diária média na cidade de Porto Velho ................................... 31
LISTA DE TABELAS

Tabela 1– Ângulo de inclinação dos painéis em função da latitude .......................... 27


Tabela 2 - Condições do STC e teste experimental. ................................................. 32
Tabela 3 – Comparação entre o resultado do STC e teste experimental .................. 39
Tabela 4 – Custos dos materiais e serviços necessários para a instalação do
SFCR ........................................................................................................................ 43
Tabela 5 – Demanda de consumo e valor de fatura mensais, no período de abril
de 2014 à março de 2015. ........................................................................................ 45
Tabela 6 – Consumo de Energia em abril de 2015, após a instalação do SFCR ...... 46
Tabela 7 – Alíquota cobrada no mês de abril ............................................................ 46
Tabela 8 – Projeção para o retorno do investimento ................................................. 48
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
1.1 Histórico do Desenvolvimento da Energia Fotovoltaica ................................... 15
1.2 Histórico da Energia Fotovoltaica no Brasil e no Mundo.................................. 17
1.3 A Energia Solar Fotovoltaica ............................................................................ 19
1.4 Sistema de Energia Fotovoltaico ..................................................................... 19
1.4.1Sistema Fotovoltaico Conectado a Rede de Distribuição (SFCR) .............. 20
1.4.2 Módulos Fotovoltaicos ............................................................................... 22
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 23
2.1. Objetivo Geral ................................................................................................. 23
2.2. Objetivos Específicos...................................................................................... 23
3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 24
3.1 Local da Pesquisa ........................................................................................... 24
3.2 Verificar inclinação e orientação dos módulos fotovoltaicos para receber a
máxima radiação solar ao longo do ano ................................................................ 25
3.3 Demonstrar o processo de instalação SFCR na residência ............................. 25
3.4 Apresentar o custo de implantação do sistema Fotovoltaico ........................... 26
3.5 Demonstrar a relação custo–benefício do investimento de um sistema
fotovoltaico conectado à rede elétrica.................................................................... 26
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 27
4.1. Verificação da inclinação e orientação em que os módulos fotovoltaicos
devem ser instalados para receber a máxima radiação solar ao longo do ano ..... 27
4.1.1 Avaliar o Desempenho em um Módulo Fotovoltaico nas Condições
Climáticas Locais e Comparar com os Valores de Condição Padrão de Ensaio
(STC – Standard Test Conditions) especificado pelo fabricante. ........................... 31
4.2. Demonstrar o processo de instalação do SFCR na residência ....................... 39
4.3. Apresentar o custo de implantação do sistema fotovoltaico............................ 43
4.4 Demonstrar a relação custo–benefício do investimento de um sistema
fotovoltaico conectado à rede elétrica.................................................................... 44
5. CONCLUSÃO........................................................................................................ 50
6. REFERENCIAS ..................................................................................................... 51
14

1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, a energia elétrica é indispensável à manutenção da vida


moderna, a maioria das atividades, sejam elas para lazer ou econômicas, utilizam
sistemas eletrônicos necessitando de energia elétrica para funcionarem, por isso
falhas na geração ou distribuição que interrompam seu fornecimento podem resultar
em prejuízos financeiros incalculáveis. Na situação atual, as empresas geradoras e
distribuidoras de energia elétrica têm pouca infraestrutura, potencializado pela
explosão demográfica que obriga as empresas a instalarem novos pontos de
distribuição, as falhas no fornecimento são cada vez mais comuns.
Convencionalmente, a geração de energia elétrica é produzida a partir de fontes
pouco sustentáveis, de forma centralizada, gerando custos onerosos aos usuários e
ainda não está disponível para toda a população brasileira, sendo de difícil acesso
em locais remotos. Buscando solucionar os problemas existentes foi desenvolvido
um novo conceito as smart grid (PAES e CUNHA, 2013).
As smart grids são redes elétricas inteligentes que propõe melhorias no
modelo atual através da evolução das tecnologias de controle, monitoramento dos
sistemas, automação, comunicação entre os setores interessados e armazenamento
da energia elétrica produzida com o intuito de proporcionar a utilização dos recursos
existentes de forma consciente abrangendo os aspectos socioeconômicos e
ambientais (TOLEDO, 2012; IPEA, 2012).
Na busca por meios alternativos para a geração de energia que solucionasse
os problemas, criou-se o sistema de geração distribuída, que consiste na instalação
de diversos microgeradores dispersos pela rede elétrica que podem ou não estar
interligados à rede central, sendo alternativo o retorno de energia à rede,
possibilitando ao proprietário a venda da energia excedente. Entre as alternativas
disponíveis de microssistema de produção e distribuição de energia, o mais
evidenciado na atualidade é a energia fotovoltaica em detrimento da facilidade de
instalação e operação, manutenção simples e redução do preço dos painéis
fotovoltaicos (IPEA, 2012).
15

1.1 Histórico do Desenvolvimento da Energia Fotovoltaica

O efeito fotovoltaico foi descoberto pelo físico francês Edmond Becquerel, em


1839, ao mergulhar placas metálicas de platina ou prata em eletrólitos, expondo-as à
luz solar, o cientista observou que era produzida uma diferença pequena de
potencial (VALLERA e BRITO).

Figura 1 – Efeito Fotovoltaico

Fonte: COGEN, 2012, p. 25.

Em 1877, os cientistas W. G. Adams e R. E. Day, produziram o primeiro


dispositivo de produção de eletricidade através da energia solar, a placa utilizava as
propriedades fotocondutoras do selénio para produção de energia gerando um
potencial de conversão de aproximadamente 0,5%. Mais tarde, em 1883, Charles
Fritts aprimorou o sistema, revestindo o selênio com uma camada de ouro, dobrando
a eficiência para 1% (COGEN, 2012; VALLÊRA e BRITO).
Posteriormente, em 1953 os físicos Calvin Fuller e Morton Prince, juntamente
com o engenheiro Daryl Chapin desenvolveram a primeira célula solar que tinha
apenas 2cm² de área e uma eficiência recorde de 6%, gerando 5 mW de potência
elétrica.
16

Figura 2 - Gerald Pearson, Daryl Chapin e Calvin


Fuller, da esquerda para à direita.

Fonte: ABINEE, 2012, p. 167.

A primeira vez em que as células solares de Chapin, Fuller e Pearson foram


aplicadas, eram para alimentar uma rede telefônica na cidade de Americus, no
estado da Geórgia nos USA, em 1955.

Figura 3 – Instalação do painel solar como fonte


de alimentação da rede telefónica local em
Americus, na Geórgia, Estudos Unidos da
América, em 1955.

Fonte: VALLÊRA e BRITO, p. 12.


17

O painel foi montado em 1955, tinha nove células, cada com 30 mm de


diâmetro sendo removido em março de 1956 devido aos altos custos associados a
sua aplicabilidade. A utilização do painel foi promissora, impulsionando o seu
emprego em satélites lançados no espaço durante a corrida espacial entre os USA e
a antiga União Soviética (VALLÊRA e BRITO).

1.2 Histórico da Energia Fotovoltaica no Brasil e no Mundo

Em 1980 e 1990, houve os maiores investimentos em programas de


financiamento de fontes de energia limpas em decorrência da preocupação com as
mudanças climáticas ocasionadas pela queima de combustíveis fosseis para
produção de energia. Em 1982, foi instalada a primeira central solar de envergadura
grande, cerca de 1 MWp, no estado da Califórnia nos USA; em 1990, o governo
alemão e japonês, em conjunto, implementou o programa “telhados solares” para
que diminuísse a demanda de energia proveniente de usinas nucleares, principal
produtor de energia nesses países (VALÊRA e BRITO).
Os governos, em todo o mundo, principalmente em países de primeiro mundo,
passaram a incentivar a instalação de sistemas para a utilização de energia solar
através do estimulo da produção de painéis fotovoltaicos pela indústria e instalação
dos sistemas pelos consumidores, principalmente pela redução de tarifas. A
Alemanha é a potencia mundial que mais investiu em energia solar, resultando no
crescimento exponencial desse setor a partir do final dos anos 90. Em 1999, os
alemães tinham um total de painéis fotovoltaicos acumulados que atingiu a marca
histórica de 1 gigawatt, três anos depois, dobrou a marca. Atualmente o país tem,
instalada, a maior potência de sistemas fotovoltaicos seguido do Japão, USA e
Espanha. Estima-se que em todo o mundo haja uma capacidade instalada superior a
14.500 MW (VALÊRA e BRITO; IPEA, 2012).
18

Gráfico 1 – Participação na capacidade instalada para geração fotovoltaica nos principais


países no mundo.
40%
36%
35%
Alemanha
30%
China
Coréia do Sul
25% 23%
Espanha
20% Estados Unidos
15% França
15%
Itália
11%
Japão
10% 8%
Resto do Mundo
5% 3%
2%
1% 1%
0%

Fonte: Adaptado do IPEA (2012, p. 11).

No Brasil, a energia solar virou realidade em 1994, o governo federal criou o


Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios-PRODEEM, com
o intuito de levar a energia aos extremos do país, onde as dificuldades de acesso
impossibilitavam a implementação das redes de distribuição, como solução
alternativa surgiu a ideia de implementar o sistema fotovoltaico, conforme
demonstrado na figura 4. No mesmo ano foi aberto licitação para a compra, em
indústrias internacionais, dos equipamentos necessários para a instalação desse
sistema. Inicialmente, o sistema foi instalado em 7.000 comunidades, em todo Brasil,
totalizando 5 MWp. O PRODEEM foi agregado ao Programa Luz Para Todos,
unificando-os (ABINEE, 2012).
19

Figura 4 - Instalação fotovoltaica em sistema isolado na região amazônica

Fonte: ABNEE, 2012, p. 25.

1.3 A Energia Solar Fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica, de acordo com o Pinho e Galdino (2014), é “a


energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade (efeito
fotovoltaico), sendo a célula, um dispositivo fabricado com material semicondutor, a
unidade fundamental desse processo de conversão”.

1.4 Sistema de Energia Fotovoltaico

Para a instalação de um sistema fotovoltaico, de acordo com o IPEA (2012),


são necessários os seguintes equipamentos:
 Painel fotovoltaico: sua função é produzir energia elétrica através da
energia solar.
 Inversor de corrente: tem a função de converter a energia elétrica de
corrente contínua para corrente alternada.
 Medidor bidirecional: de acordo com a ANEEL (2014, p. 13), o
sistema deve um sistema de medição que deve ser dotado de um medidor
bidirecional, que meça tanto o consumo quanto a geração de energia elétrica,
20

Em sistemas isolados, que não está interligado a rede pública, a bateria é


utilizada como meio para armazenamento da energia excedente, que posteriormente
é utilizada no período noturno ou em dias em que a radiação solar está abaixo dos
níveis esperados, esse sistema é chamado de isolado, e é instalado, normalmente
em locais onde ainda não há distribuição de energia por parte de uma
concessionária. O outro tipo de sistema é conectado à rede de distribuição, sendo
que a bateria não é utilizada. Neste caso, a energia excedente é mandada para a
rede de distribuição (COGEN, 2012).

1.4.1Sistema Fotovoltaico Conectado a Rede de Distribuição (SFCR)

O sistema Fotovoltaico conectado a rede de distribuição (SFCR) deve


obedecer às mesmas normas técnicas específicas para instalações elétricas de
baixa tensão, a NBR 5410/04 (ABNT, 2004).
De acordo com a ANNEL, nº 482/2012, em resolução sobre a microgeração
distribuída, no artigo 2, paragrafo II, a agencia define este sistema como:

minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência


instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW para fontes com base
em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada,
conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede de distribuição por
meio de instalações de unidades consumidoras (ANEEL,2012, p. 1)

Neste tipo de instalações solares fotovoltaicas, o sistema é conectado ao


inversor, que converte a corrente continua em corrente alternada, que por sua vez é
interligado a rede elétrica convencional. Neste tipo de sistema, também denominado
net metering, um medidor bidirecional é utilizado; quando o sistema gera mais
energia do que a necessidade dos usuários, o medidor retrocede; quando o
consumo é maior que a geração, a energia excedente a gerada pelo sistema
fotovoltaico é fornecida pela rede de distribuição (RUTHER, 2004; COGEN, 2012, p.
12).
Corroborando com o conceito a ANEEL afirma que esse tipo de sistema de
compensação de energia elétrica é um:

sistema no qual a energia ativa injetada por unidade consumidora com


microgeração distribuída ou minigeração distribuída é cedida, por meio de
empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente compensada com
o consumo de energia elétrica ativa dessa mesma unidade consumidora ou
21

de outra unidade consumidora de mesma titularidade da unidade


consumidora onde os créditos foram gerados...

Na prática, no SFCR, a energia excedente é injetada na rede nos períodos do


dia ou do ano em que a geração é elevada devido a maior incidência de radiação
solar superando o consumo, criando um “crédito energético” na conta de luz do
usuário; quando o processo é inverso e o consumo ultrapassa a geração, o
proprietário do sistema utiliza esse crédito acumulado, pagando para a distribuidora
apenas os Kw/h que superaram o crédito (COGEN, 2012, p12).

Figura 5 – Sistema fotovoltaico conectado à rede de distribuição.

Fonte: Veredian, 2014.

A vantagem do net metering é que o usuário tem duas fontes de energia, na


falta de uma, a outra complementa a demanda, diferentemente da isolada, que na
redução da incidência solar, consequentemente diminui a geração de energia,
podendo ser insuficiente para atender as necessidades da residência.
Em relação à vida útil dos componentes dos sistemas, estima-se que os
painéis durem entre 20 e 30 anos, enquanto que os controladores de carga e os
inversores têm um tempo menor, cerca de 10 anos (IPEA, 2012).
22

1.4.2 Módulos Fotovoltaicos

O módulo fotovoltaico é uma unidade básica formada por um conjunto de


células fotovoltaicas, interligadas eletricamente e encapsuladas, com o objetivo de
gerar energia elétrica. Como a tensão das células fotovoltaicas é reduzida, cerca de
0,5-0,6 Volts por unidade, é necessário a junção de várias para que o potencial de
energia gerado seja o suficiente para atender uma residência, por exemplo, então
para que um módulo atinja 30 Volts, este deve ser constituído de 60 células
conectadas (ABINNE, 2012).
As placas fotovoltaicas tem uma potência nominal que é a potência máxima
obtida sob Condições Padrão de Ensaio - STC, as unidades mais utilizadas são a
watt-pico (Wp) e quilowatt-pico (kWp). A definição de potência de pico de um módulo
fotovoltaico é realizada nas STC, considerando uma irradiância solar de 1000 W/m²
sob uma distribuição espectral padrão para AM 1,5 e temperatura de 25 °C
(RUTHER, 2004, p. 32).
Em relação às medidas de tensão e corrente do módulo, a corrente é
influenciada pela irradiação solar. Quando a tensão é nula, obtém-se o valor de
corrente de curto-circuito (Isc); se a corrente é nula, têm-se a tensão de circuito
aberto (Voc). A potência elétrica é determinada através do produto entre tensão e a
corrente (ABINNE, 2012).
23

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Analisar o custo benefício da inserção de um sistema fotovoltaico conectado a


rede elétrica da concessionária Eletrobrás Distribuição Rondônia de uma residência
localizada na cidade de Porto Velho – RO.

2.2. Objetivos Específicos

 Verificar qual é a inclinação e orientação em que os módulos


fotovoltaicos devem ser instalados para receber a máxima radiação solar ao longo
do ano.
 Demonstrar o processo de instalação Sistema Fotovoltaico Conectado
a Rede (SFCR) na residência.
 Apresentar o custo de implantação do sistema fotovoltaico.
 Demonstrar o custo-benefício do investimento de um sistema
fotovoltaico conectado à rede elétrica e os benefícios alcançados.
24

3 METODOLOGIA

3.1 Local da Pesquisa

O sistema Fotovoltaico conectado a rede de distribuição (SFCR), com


potência de 2,1 Kwp, encontra-se instalado no município de Porto Velho, Rondônia,
com localização geográfica definida pelas coordenadas 8°48’18.6” Latitude Sul (S) e
63°48’1’’ Longitude Oeste (W) e altitude média de 87 metros acima do nível do mar,
conforme demonstrado pela figura 6.

Figura 6 – Residência, local da pesquisa

Fonte: Google earth, image 2015 Digital Google.

A residência, alvo do estudo, localizada região leste do município de Porto


Velho-RO, possui 3 dormitórios, 2 salas, 1 cozinha, 2 banheiros e 1 área de serviço.
No local reside uma família de 4 pessoas, sendo 2 adultas e 2 crianças;
apresentando um consumo médio mensal de energia elétrica na ordem de 297
Kwh/mês.
25

Figura 7 – Modulo instalado no telhado da residência

Fonte: autor.

3.2 Inclinação e orientação dos módulos

A avaliação sobre a consistência e a qualidade dos dados obtidos de radiação


solar é crucial para o desenvolvimento do projeto e para a análise de desempenho
operacional dos sistemas fotovoltaicos (PINHO e GALDINO, 2014). Será avaliado o
desempenho elétrico da placa fotovoltaica, comparando-o com os valores de
condição padrão de teste (STC) especificado pelo fabricante.
As medições serão realizadas em um modulo fotovoltaico com inclinação igual
a 12° em relação ao plano horizontal com direcionamento voltado para o norte
verdadeiro.

3.3 O processo de instalação SFCR na residência

Demonstrar, através de fotografias, o processo de instalação do SFCR no


local da pesquisa.
26

3.4 O custo de implantação do sistema Fotovoltaico

O Custo será demonstrado através de planilha onde serão detalhados todos


os componentes empregados para implantação do sistema fotovoltaico assim como
o valor correspondente a cada item. O Projeto para instalação do sistema
fotovoltaico, instalado no local da pesquisa, é comprovado através de uma ART
registrada junto ao CREA pelo Técnico responsável pela Instalação e mão de obra.

3.5 Relação custo–benefício do investimento de um sistema fotovoltaico


conectado à rede elétrica

Para estabelecer a relação entre o custo e o beneficio do investimento, será


realizado um levantamento da energia consumida durante o ano anterior à
instalação, tirando uma média de consumo. Posteriormente será realizada uma
média anual do consumo pós-instalação, demonstrando em quanto tempo haverá
retorno do investimento ao proprietário.
27

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. Inclinação e orientação em que os módulos fotovoltaicos devem ser


instalados para receber a máxima radiação solar ao longo do ano

Com a finalidade de beneficiar-se do máximo aproveitamento da captação de


energia solar, os módulos devem estar orientados em direção à linha do Equador e
ao Norte Verdadeiro. O arranjo deverá ser instalado distante de objetos que possam
impedir a incidência da luz do sol sobre as placas para que nenhuma sombra ocorra
nas horas de melhor insolação, usualmente entre 9 e 15 horas (PINHO e GALDINO,
2014), Nesta situação os módulos fotovoltaicos foram instalados sobre o telhado
com orientação para o Norte verdadeiro e inclinação de 12° graus em relação ao
plano horizontal.
Para áreas muito próximas ao equador, com latitudes variando entre -10° e
+10°, aconselha-se uma inclinação mínima de 10°, para favorecer a autolimpeza dos
módulos pela ação da água da chuva como mostra tabela 1. No hemisfério Sul
recomenda-se o direcionamento das placas fotovoltaicas para o Norte Geográfico.
(PINHO e GALDINO, 2014).

Tabela 1– Ângulo de inclinação dos painéis em função da


latitude

Latitude geográfica Ângulo de inclinação (α)

0° - 10° Ângulo=10°

11° - 20° Ângulo = Latitude

21° - 30° Ângulo = Latitude + 5°

31° - 40° Ângulo = Latitude + 10°

>41° Ângulo = Latitude + 15°


Fonte: COELHO, 2014.

Neste sentido, a orientação do módulo fotovoltaico instalado no local deve ser


para o norte verdadeiro.
Considerando a irradiação solar que a placa deve receber durante o ano, e o
posicionamento dos arranjos fotovoltaicos, foi utilizado dois programas para auxiliar
na tomada de decisão: o Sulcalc.net e o RADIASOL. Um fato a ser considerado, é a
28

duração dos dias ao longo do ano para uma determinada localidade e a trajetória
que o sol realiza sobre o arranjo instalado. O planeta terra possui uma inclinação de
23,50º em relação ao plano da elíptica, essa inclinação e o movimento de translação
são responsáveis pelas estações do ano. O solstício de verão se inicia no dia 22 de
Dezembro quando os raios solares estão perpendiculares sobre o trópico de
capricórnio ocasionado dias mais longos. O equinócio de Outono se inicia no dia 21
de Março quando os raios solares estão perpendiculares à linha do equador. O
solstício de inverno se inicia no dia 22 de junho quando os raios solares estão
perpendiculares à linha do trópico de Câncer ocasionando dias mais curtos. O
equinócio de primavera se inicia em 23 de Setembro quando os raios solares estão
perpendiculares à linha do equador. Os eventos são demonstrados na figura 8.

Figura 8 – Ilustração do evento de Equinócio e Solstício no planeta terra

Fonte: APA, 2014.

Portanto, antes de instalar os módulos fotovoltaicos foi considerada a


ocorrência desses eventos e avaliado se as condições do nível de irradiação e a
trajetória do sol durante todo o ano seria satisfatórias para o local determinado.
Objetivando conhecer o movimento aparente do sol, foi utilizado como instrumento, o
programa computacional Suncalc.net que possibilita a simulação do posicionamento
do sol durante as mudança de estações do ano. A figura 9 demostra o movimento
aparente do sol no inicio de outono no hemisfério sul e a trajetória que o sol realiza
sobre a residência em estudo
29

Figura 9 - Simulação do posicionamento do sol, no local da pesquisa, no mês de março.

Fonte: Suncalc.net.

A figura 10 demonstra o movimento aparente do sol quando se inicia a


estação do inverno no hemisfério sul e a trajetória que o sol realiza sobre a
residência em estudo.

Figura 10 – Simulação do posicionamento do sol, no local da pesquisa, no mês de junho.

Fonte: Suncalc.net..

A figura 11 demonstra o movimento aparente do sol quando se inicia a


estação de primavera no hemisfério sul e a trajetória que o sol realiza sobre a
30

residência em estudo.

Figura 11– Simulação de posicionamento do sol no mês de setembro.

Fonte : Suncalc.net.

A figura 12 demonstra o movimento aparente do sol quando se inicia a


estação de Verão no hemisfério sul e a trajetória que o sol realiza sobre a residência
em estudo.

Figura 12- Simulação de posicionamento do sol no mês de Dezembro.

Fonte : Suncalc.net..
31

O outro instrumento utilizado, foi o software RADIASOL 2, um programa


desenvolvido no LABSOL da UFRGS, que permite a verificação da irradiação solar
diária, média e mensal para cidade de Porto Velho em todos os meses do ano
conforme demonstrado na gráfico 2.

8
Irradiação solar média mensal (kwh/m²/dia)

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Ângulo de 9º 6,96 6,3 5,62 4,5 3,5 3,28 3,45 4,39 5,09 5,82 6,61 6,77
Ângulo de 12º 6,97 6,31 5,62 4,74 3,78 3,45 4,75 4,69 5,24 5,76 6,64 5,32

Gráfico 2 - Radiação diária média na cidade de Porto Velho


Fonte: adaptado do RADIASOL.

Neste sentido a média da irradiação solar anual seria de 5,19 kwh/m²/dia. Ao


se discutir o ângulo, verificam-se que se o módulo fotovoltaico for instalado à 12º, a
incidência da irradiação é maior sobre a placa, elevando a produção de energia pelo
sistema.

4.1.1 Avaliar o Desempenho em um Módulo Fotovoltaico nas Condições


Climáticas Locais e Comparar com os Valores de Condição Padrão de
Ensaio (STC – Standard Test Conditions) especificado pelo fabricante.

A etiqueta do Inmetro, afixada na superfície posterior do módulo instalado,


fornece os dados de grandezas elétricas geradas pela placa nas STC (figura 13).
32

Figura 13 - Informações técnicas dos módulos fotovoltaicos instalados.

Fonte: o autor.

Considerando que as condições climáticas do local de instalação são


diferenciadas daquelas preconizadas para o STC, notou-se a necessidade de avaliar
o módulo fotovoltaico sobre as condições de Porto Velho e verificar o seu
comportamento e desempenho (tabela 2).

Tabela 2 - Condições do STC e teste experimental.


Condições STC Teste experimental

Temperatura 25ºC 35ºC

Irradiação Solar 1000W/m² 1035W/m²

Distribuição espectral padrão AM 1,5 AM 1,5


Fonte: o autor

O módulo foi direcionado para o Norte Geográfico com inclinação de 12° em


relação ao plano horizontal para retratar de forma factual o SFCR instalado da
residência em estudo.
33

Figura 14 - Módulo fotovoltaico de 300 Wp sobre condições de testes nas


condições climáticas de Porto Velho - RO

Fonte: o autor.

A verificação foi realizada, utilizando um módulo fotovoltaico reserva idêntico


aos instalados na residência. Os equipamentos utilizados foram

Quadro 1 – Equipamentos utilizados no teste


Equipamento Especificações Técnicas

 Mini inversor Grid Tie


Inverte Potencia 600
W.
 Input DC: 22 – 60
Volts.
 Output AC: 120 Volts.
34

 Termo-Higrômetro
Digital Portátil – HT-
270 – Instrutherm.
 Escala Temperatura: -
30 a 100 °C
 Resolução 0,01 °C
 Umidade: 0 a 100%
UR

 TES-1333R
Datalogging Medidor
de energia solar.
 Resolução: 0,1 W/m².
 Precisão dentro de ±
10 W/m² ou ± 5 % o
que for maior na luz
solar. Erros de
temperatura induzidas
adicionais ±0,38 W/m²
de 25°C.
 Range: 2000 W/m².
 Resposta espectral
400-1100nm.
 Temperatura de
Trabalho: 0 ~ 50 °C. 0
~ 80% RH.
35

 Multímetro Digital
Minipa – Modelo ET-
1005.
 Tensão DC 200m ~
600 Volts.
 Tensão AC 100 ~ 600
Volts.
 Precisão 0,8 %
 Segurança CAT II 600
Volts.

 Alicate Amperímetro
CA/CC True-rms Fluke
376.
 Tensão DC 1000 Volts
 Tensão AC 1000 Volts
 Precisão 1 %
 Segurança CAT IV
1000 Volts.

Fonte: o autor.

Na primeira etapa a placa foi posicionada na direção Norte Verdadeiro em


uma inclinação de 12° em relação ao plano horizontal (figura 16). A Inclinação e o
posicionamento foram realizados com o auxílio do aplicativo NÍVEL COMPASS que
utiliza sensores magnéticos (Figura 17).
36

Figura 15– Ajuste do ângulo de 9° em relação ao plano horizontal e posicionamento do


módulo para o Norte Verdadeiro.

Fonte: o autor.

Figura 16 – Interface
aplicativo NÍVEL
COMPASS

Fonte: o autor.

A segunda ação realizada foi a coleta de dados de irradiação solar e


temperatura ambiente. Os dados de temperatura e umidade foram coletados com o
auxílio de um termohigormetro da instumet e os dados de radiação solar foram
37

coletados com o auxilio de um TES 1333 R do tipo Dataloggim. No instante dos


testes a temperatura se encontrava em 35°C e a irradiação solar coletada de
1.083W/m² (figura 18).

Figura 17 – Coleta de dados de temperatura e radiação solar

Fonte: o autor.

As medições de Isc (Corrente de curto Circuito) e Voc (Tensão de Circuito


Aberto) se obtiveram com a utilização de instrumento de medições de grandezas
elétricas (Alicate Amperímetro AC/DC Fluke) através da conexão dos terminais da
placa (figura 19). A Voc – Tensão de Circuito Aberto é a tensão entre os terminais de
um módulo fotovoltaico quando não há corrente elétrica circulando e é a máxima
tensão que um módulo fotovoltaico pode produzir. A Isc – Corrente de Curto Circuito
ocorre se realizarmos a ligação entre os terminais de um módulo fotovoltaico e
haverá uma corrente fluindo sendo a sua tensão zero. A verificação da corrente Imp
– Corrente de potência máxima, ocorreu utilizado um miniinversor Grid Tie de
potencia máxima de 600W e tensão de entrada Voc de 20 a 60 Volts. O equipamento
foi conectado ao módulo fotovoltaico e alimentado pela rede elétrica da residência
em 127 Volts, de forma que a energia elétrica produzida pelo módulo fotovoltaico
fosse enviada para rede, ocasionando a circulação de corrente de Potência máxima
Imp e uma tensão de potência máxima Vmp (figura 20).
38

Figura 18 – Medição de tensão DC (Voc) gerado pelo módulo fotovoltaico.

Fonte: o autor.

Figura 19– Medição de corrente Imp e Tensão Vmp gerado pelo módulo fotovoltaico.

Fonte: o autor.
Os resultados encontrados em teste demonstraram valores diferentes do
STC, conforme demonstrado pela tabela 4.
39

Tabela 3 – Comparação entre o resultado do STC e teste experimental


Variáveis STC Teste experimental

Tensão de Circuito Aberto (Voc) 44,0 V 40,4 Volts

Corrente de Curto Circuito (Isc) 9,10 A 8,9 DC

Tensão de Potência máxima (Vmp) 36,0 V 29,5 V

Corrente de potência máxima (Imp) 8,33 A 9,1 A

Potência máxima (Pm) 300 W 268,45 W


Fonte: o autor.

O ponto de potência máxima corresponde, então, ao produto da tensão de


potência máxima (Vmp) e corrente de potência máxima (Imp). Diante das
informações coletadas nas condições climáticas encontradas no município de Porto
Velho, Vmp e Imp, é possível calcular a Pm ( Potência Máxima) pela lei de ohm :

P = R.I²
P=V.I => P=29,5 X 9,1 = 268,45 W

Onde:
P = potência máxima em W
V = tensão de potência máxima
I = corrente de potência máxima

A potência máxima, obtida em testes em campo, revelou que nas condições


climáticas de Porto Velho, o rendimento do módulo foi de 89,48% em relação ao
valor obtido pelo fabricante, através do STC.

4.2. O processo de instalação do SFCR na residência

O módulo fotovoltaico instalado é do modelo HSPV300Wp da YOMACAMA


HILIGNT, com potência nominal de 300 Wp, do tipo Silício Monocristalino formado
por 72 células agrupadas em série.
40

Figura 20 – Módulo fotovoltaico

Fonte: o autor.

A figura 21 demonstra os módulos totalmente instalados, fixados e integrados


ao telhado da residência, totalizando 7 módulos fotovoltaicos.
A fixação dos módulos Fotovoltaicos sobre o telhado foi realizado pelos
pontos demarcados conforme projeto. Os suportes de fixação são parafusos
estruturais M12X400 instalados na posição do caibro, sempre respeitando o lado
mais alto da telha, a figura 22 mostra o detalhe da fixação do suporte. Os perfis de
alumínio são alinhados sobre os parafusos estruturais e fixados por parafusos tipo
cabeça de martelo. A figura 23 ilustra os Grampos de fixação das placas que devem
ser encaixados no perfil metálico.
As figuras subsequentes 24, 25, 26 e 27; são o padrão de energia, Disjuntores
e DP (protetores de surto), inversor e medidor bidirecional respectivamente.

Figura 21 - Detalhe da fixação do suporte sobre os caibros

Fonte: autor
41

Figura 22 - Detalhe dos grampos de fixação dos módulos fotovoltaicos

Fonte: o autor

Figura 23 – Padrão de Energia

Fonte: o autor
42

Figura 24 – Disjuntores e DP (protetores de surto)

Fonte: o autor.

Figura 25 - Inversor

Fonte: o autor.
43

Figura 26 – Medidor bidirecional

Fonte: o autor.

4.3. O custo de implantação do sistema fotovoltaico

Os custos da compra dos matérias, assim como a mão-de-obra e autorização


do CREA-RO, para a instalação do SFCR totalizaram R$13.480,19, conforme
demonstrado pela tabela 4:

Tabela 4 – Custos dos materiais e serviços necessários para a instalação do SFCR

COMPONENTES DE PREÇOS DOS MATERIAIS E SERVIÇO

1. DESPESAS DE MATERIAIS

Material Quantidade Unidade Valor Unitário Sub. Total

Inversor Santerno - mod 3600 1,00 und R$ 3.600,70 R$ 3.600,70


Medidor Trifasico C/ 3 Ele, 4 fios 1,00 und R$ 536,00 R$ 536,00
Painel Solar Monocristalino 300 W 7,00 und R$ 924,60 R$ 6.472,20
Chave Seccionadora Rotativa 100 A 1,00 und R$ 398,10 R$ 398,10
Perfil Aluminio Ultralight 1,5 Metros 8,00 mt R$ 52,23 R$ 417,87
Perfil Alumínio Ultralight 2,0 Metros 2,00 mt R$ 65,29 R$ 130,58
Terminal Intermediário 39 a 43 mm 12,00 und R$ 9,48 R$ 113,77
Terminal Final 4,00 und R$ 9,67 R$ 38,70
Junção de Alumínio para Barras de Perfil 8,00 und R$ 19,25 R$ 154,01
44

de Alum.
Parafuso Estrutural M12 X 400 12,00 und R$ 24,58 R$ 294,96
Parafuso cabeça de Martelo 28/15
10,00 und R$ 1,85 R$ 18,55
M10X30mm
Porca M10 Inox A2 10,00 und R$ 0,98 R$ 9,82
fio 10 mm 40,00 mt R$ 3,70 R$ 148,00
fio 16 mm 36,00 mt R$ 5,08 R$ 182,88
cabo nú 10 mm 20,00 mt R$ 3,90 R$ 78,00
Disjuntores 10 A 2,00 und R$ 33,00 R$ 66,00
DPS-175 vca 40 KA) 4,00 und R$ 66,00 R$ 264,00
DPS- 500 VCC- 40 KA) (IMPORTADO) 1,00 und R$ 150,00 R$ 150,00
Terminal olhal - 10mm 4,00 und R$ 0,25 R$ 1,00
Terminal Agulha - 10 mm 8,00 und R$ 0,25 R$ 2,00
Olhal - 16 mm 2,00 und R$ 0,25 R$ 0,50
Agullha - 16 mm 6,00 und R$ 0,25 R$ 1,50
pacote de anilha 5,00 und R$ 5,00 R$ 25,00
3 metros 3/4" - cano pvc 3,00 mt R$ 8,00 R$ 24,00
3 metros por 1"-cano pvc 4,00 mt R$ 8,00 R$ 32,00
cabo aterramento 2,5 mm 5,00 mt R$ 0,81 R$ 4,05
SUB. TOTAL 13.164,19

2. DESPESAS DE MÃO DE OBRA

Mão de obra e Documentação Quantidade Unidade Valor Unitário Sub. Total

ART 1,00 Hxh R$ 66,00 R$ 66,00


Técnico Instalador 1,00 Hxh --- o próprio
Ajudante 0,00 Hxh --- R$ -
Construção civil 0,00 Hxh R$ 250,00 R$ 250,00
SUB. TOTAL R$ 316,00
TOTAL R$ 13.480,19
Fonte: o autor.

4.4 Relação custo–benefício do investimento de um sistema fotovoltaico


conectado à rede elétrica

A residência, local da pesquisa apresenta um consumo médio de 297 Kw/hora


por ano. Em termos de custo, o valor das faturas cobradas pela concessionária ao
proprietário, está na média de R$ 204,66 reais no período de um ano, conforme
demonstrado na tabela 5.
45

Tabela 5 – Demanda de consumo e valor de


fatura mensais, no período de abril de 2014 à
março de 2015.
Mês Kw/h Valor
abr/14 236 R$ 162,62
mai/14 283 R$ 195,01
jun/14 350 R$ 241,18
jul/14 286 R$ 197,07
ago/14 308 R$ 212,24
set/14 297 R$ 204,66
nov/14 334 R$ 230,16
dez/14 301 R$ 207,41
jan/15 302 R$ 208,11
fev/15 215 R$ 148,15
mar/15 355 R$ 244,63
Média 297 R$ 204,66
Fonte: o autor.

Após a instalação do SFCR, nos dois primeiros meses, a média de consumo


decaiu para R$118,46, apresentando uma queda de 57,88% em relação à média de
consumo apresentado no ano anterior. Os valores gerados foram:
46

Tabela 6 – Consumo de Energia em abril de 2015, após a instalação do SFCR


Sistema Trifásico CLAUDIO PEREIRA DA COSTA UC 1.230.519-7
Sistema de Compensação (KWh) Faturamento (KWh) Faturamento (R$) TOTAL
Exemplos Consumido Injetado Saldo Saldo Ac Consumo SCEE CD Consumo SCEE CD Total Parc IP VALOR TOTAL
a b c c e f g h i j k l m
abr/15 255 105 0 0 255 105 0 R$ 165,92 -R$ 51,69 R$ 0,00 R$ 114,23 R$ 9,79 R$ 124,02
mai/15 236 101 0 0 236 101 0 R$ 153,56 -R$ 49,72 R$ 0,00 R$ 103,84 R$ 9,06 R$ 112,90
jun/15 0 0 0 0 0 R$ 65,06 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 65,06 R$ 0,00 R$ 0,00
jul/15 0 0 0 0 0 R$ 65,06 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 65,06 R$ 0,00 R$ 0,00
ago/15 0 0 0 0 0 R$ 65,06 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 65,06 R$ 0,00 R$ 0,00
set/15 0 0 0 0 0 R$ 65,06 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 65,06 R$ 0,00 R$ 0,00
out/15 0 0 0 0 0 R$ 65,06 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 65,06 R$ 0,00 R$ 0,00

SCEEi = saldo no sistema de compensação de energia elétrica relativo ao mês i


SCEE = faturamento de energia utilizando o sistema de compensação de energia elétrica
CD = custo de disponibilidade

Tabela 7 – Alíquota cobrada no mês de abril


Mês Alíquota IP = 7%
Tarifa c/
Tarifa c/ Imp Tot Tarifa s/ Imp
PIS+COFINS
abr/15 0,520536912 0,650697 0,492320
mai/15 0,520536912 0,650697 0,492320

Legenda: o mês apresentado é abril, nos meses subsequentes houve problemas na leitura,
impossibilitando determinar o consumo.
47

Diante dos dados, calculou-se o tempo de retorno do investimento, de acordo


com o demonstrado na tabela 8, em 2.031, 16 anos após a instalação do SFCR, já é
possível obter o retorno, apresentando uma economia de R$ 14.612,73, superando o
valor da instalação do sistema: R$ 13.480,19.
Os módulos fotovoltaicos têm um tempo de vida útil de no máximo 30 anos,
portanto, a instalação do sistema é vantajosa. Em 2.045, quando seria necessária a
troca do sistema, a economia gerada seria de R$ 39.327,34 (trinta e nove mil,
trezentos e vinte e sete reais, trinta e quatro centavos), superando o investimento em
25.847,15 (vinte e cinco mil, oitocentos e quarenta e sete reais, quinze centavos).
48

Tabela 8 – Projeção para o retorno do investimento

Quantidade Valor do
Kw/h Quantidade Reajuste Valor da kw/h Valor da Econômia na
Preço por injetado Custos com Valor
Ano consumidos de Kw/h (média fatura anual fatura anual fatura com o
Kw pelo Manutenção cumulativo
no período injetados anual) sem o SFCR com o SFCR SFCR
de um ano SFCR
(sem IP)
2015 0,650697 3564,4 1236 R$ 2.319,34 0,492320 R$ 1.710,84 R$ 608,51 R$ 608,51
2016 0,68323185 3564,4 1236 5,00% R$ 2.435,31 0,542320 R$ 1.765,00 R$ 670,31 R$ 1.278,82
2017 0,717393443 3564,4 1236 5,00% R$ 2.557,08 0,592320 R$ 1.824,97 R$ 732,11 R$ 2.010,93
2018 0,753263115 3564,4 1236 5,00% R$ 2.684,93 0,642320 R$ 1.891,02 R$ 793,91 Troca do R$ 2.804,83
2015 - 2025

2019 0,79092627 3564,4 1236 5,00% R$ 2.819,18 0,692320 R$ 1.963,47 R$ 855,71 Inversor e R$ 3.660,54
do
2020 0,830472584 3564,4 1236 5,00% R$ 2.960,14 0,742320 R$ 2.042,63 R$ 917,51 Medidor R$ 4.578,05
2021 0,871996213 3564,4 1236 5,00% R$ 3.108,14 0,792320 R$ 2.128,84 R$ 979,31 Trifásico R$ 5.557,36
2022 0,915596024 3564,4 1236 5,00% R$ 3.263,55 0,842320 R$ 2.222,44 R$ 1.041,11 R$ 6.598,46
2023 0,961375825 3564,4 1236 5,00% R$ 3.426,73 0,892320 R$ 2.323,82 R$ 1.102,91 R$ 7.701,37
2024 1,009444616 3564,4 1236 5,00% R$ 3.598,06 0,942320 R$ 2.433,36 R$ 1.164,71 R$ 8.866,08
2025 1,059916847 3564,4 1236 5,00% R$ 3.777,97 0,992320 R$ 2.551,46 R$ 1.226,51 R$ 4.136,70 R$ 5.955,89
2026 1,112912689 3564,4 1236 5,00% R$ 3.966,87 1,042320 R$ 2.678,56 R$ 1.288,31 R$ 7.244,19
2027 1,168558324 3564,4 1236 5,00% R$ 4.165,21 1,092320 R$ 2.815,10 R$ 1.350,11 R$ 8.594,30
2028 1,22698624 3564,4 1236 5,00% R$ 4.373,47 1,142320 R$ 2.961,56 R$ 1.411,91 R$ 10.006,21
Troca do
2029 1,288335552 3564,4 1236 5,00% R$ 4.592,14 1,192320 R$ 3.118,44 R$ 1.473,71 R$ 11.479,92
2026 - 2035

Inversor e
2030 1,35275233 3564,4 1236 5,00% R$ 4.821,75 1,242320 R$ 3.286,24 R$ 1.535,51 do R$ 13.015,42
2031 1,420389946 3564,4 1236 5,00% R$ 5.062,84 1,292320 R$ 3.465,53 R$ 1.597,31 Medidor R$ 14.612,73
Trifásico
2032 1,491409443 3564,4 1236 5,00% R$ 5.315,98 1,342320 R$ 3.656,87 R$ 1.659,11 R$ 16.271,84
2033 1,565979916 3564,4 1236 5,00% R$ 5.581,78 1,392320 R$ 3.860,87 R$ 1.720,91 R$ 17.992,75
2034 1,644278911 3564,4 1236 5,00% R$ 5.860,87 1,442320 R$ 4.078,16 R$ 1.782,71 R$ 19.775,45
2035 1,726492857 3564,4 1236 5,00% R$ 6.153,91 1,492320 R$ 4.309,40 R$ 1.844,51 R$ 4.136,70 R$ 17.483,26
49

2036 1,8128175 3564,4 1236 5,00% R$ 6.461,61 1,542320 R$ 4.555,30 R$ 1.906,31 R$ 19.389,57
2037 1,903458375 3564,4 1236 5,00% R$ 6.784,69 1,592320 R$ 4.816,58 R$ 1.968,11 R$ 21.357,68
2038 1,998631293 3564,4 1236 5,00% R$ 7.123,92 1,642320 R$ 5.094,01 R$ 2.029,91 R$ 23.387,58
2039 2,098562858 3564,4 1236 5,00% R$ 7.480,12 1,692320 R$ 5.388,41 R$ 2.091,71 R$ 25.479,29
2036 - 2045

2040 2,203491001 3564,4 1236 5,00% R$ 7.854,12 1,742320 R$ 5.700,62 R$ 2.153,51 R$ 27.632,80
2041 2,313665551 3564,4 1236 5,00% R$ 8.246,83 1,792320 R$ 6.031,52 R$ 2.215,31 R$ 29.848,11
2042 2,429348829 3564,4 1236 5,00% R$ 8.659,17 1,842320 R$ 6.382,06 R$ 2.277,11 R$ 32.125,21
2043 2,55081627 3564,4 1236 5,00% R$ 9.092,13 1,892320 R$ 6.753,22 R$ 2.338,91 R$ 34.464,12
2044 2,678357084 3564,4 1236 5,00% R$ 9.546,74 1,942320 R$ 7.146,03 R$ 2.400,71 R$ 36.864,83
2045 2,812274938 3564,4 1236 5,00% R$ 10.024,07 1,992320 R$ 7.561,57 R$ 2.462,51 R$ 39.327,34
Fonte: o autor.
50

5. CONCLUSÃO

Conclui-se que os módulos devem ser instalados a uma inclinação de 12º da


linha horizontal, sendo que a direção deve ser ao norte verdadeiro, para que seja
possível incidir sobre o sistema o máximo possível de irradiação solar ao longo do
ano.
O trabalho é um estudo de caso, portanto o processo de instalação dos
módulos fotovoltaicos no telhado da residência pôde ser acompanhado pelo autor.
Os procedimentos foram demonstrados por meio de fotos.
Quanto aos custos, verifica-se que embora a potência máxima do módulo,
definida no STC, não seja atingida devidos as condições climáticas de Porto Velho; a
geração de energia é satisfatória, sendo que em 16 anos é possível haver o retorno
do investimento. Ao término da vida útil dos módulos, no máximo 30 anos, o SFCR
possibilitará a economia de R$ 39.327,34, apresentando um superávit de 191,74%
em relação ao investimento inicial.
Portanto além de ser uma fonte limpa e renovável de energia, que não traz
impactos ambientais, o sistema fotovoltaico também é econômico em relação aos
outros tipos de energia utilizadas no Brasil.
51

6. REFERENCIAS

ABINEE, Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. Grupo Setorial de


Sistemas Fotovoltaicos da ABINEE. Propostas para Inserção da Energia Solar
Fotovoltaica na Matriz Elétrica Brasileira. ABINNE: Junho de 2012.

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5410. Instalações elétricas


de baixa tensão. ABNT, Rio de Janeiro: 2004.

ANEEL, Agência Nacional De Energia Elétrica. Resolução normativa nº 482, de 17


de abril de 2012. Disponível em: < http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf>.
Data de acesso: 20 de junho de 2015.

APA, Associação Paraibana de Astronomia. Nascer do Sol de Equinócio em João


Pessoa. Data de publicação: 23 de setembro de 2014. Disponível em: <
http://www.apapb.org/nascer-do-sol-de-equinocio-em-joao-pessoa/>. Data de
acesso: 17 de maio de 2015 às 02h33min.

COELHO, Daniel. Como Funciona a Energia Solar Fotovoltaica. Data de


publicação: 01 de agosto de 2014. Disponível em: <
http://escoladaenergia.com/como-funciona-energia-solar-fotovoltaica/> Data de
acesso: 08 de maio de 2015 às 01h26min.

COGEN, Associação da indústria de Cogeração de Energia. A inserção da energia


solar no Brasil. COGEN, São Paulo: 2012.

IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Texto para discussão / Instituto


de Pesquisa Econômica Aplicada. IPEA, Rio de Janeiro: 2012.

PAES, Lucas André Pequeno; CUNHA, Daniel Carvalho da. Smart Grid S:
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Engenharia Civil. Universidade Federal de Pernambuco. Pernambuco: 2013.
Disponível em: <http://www.cin.ufpe.br/~tg/2012-2/lapp-proposta.pdf>. Data de
acesso: 13 de maio de 2015 às 16h43min.

PINHO, João Tavares; GALDINO, Marco Antônio. Manual de Engenharia para


sistemas fotovoltaicos.

RUTHER, Ricardo. Edifícios Solares Fotovoltaicos: O Potencial da Geração Solar


Fotovoltaica Integrada a Edificações Urbanas e Interligada à Rede Elétrica Pública
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Disponível em: <http://www.solar.ufrgs.br/#softwares>. Data de acesso: 15 de maio
de 2015 ás 15h48min.

VALLÊRA, António M.; BRITO, MIGUEL CENTENO. Meio século de história


fotovoltaica.
52

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< http://www.viridian.com.br/tecnologia/energia+solar+fotovoltaica/4>. Data de
acesso: 05 de junho de 2015 às 02h35min.

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