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de Laminação
em Composites
Jorge Nasseh
Técnica e Prática
de Laminação
em Composites
Nasseh, Jorge.
Técnica e Prática de Laminação em Composi-
tes / Jorge Nasseh.-
Rio de Janeiro. 2008.
1.Barcos - Construção - Manuais, guias, etc. I.
Título.
Texto e Coordenação
Jorge Nasseh
Edição Geral
Cecilia Veiga
Projeto de Capa
Bárbara Cotta
Isis Karol
Diagramação
Bárbara Cotta
Cecilia Veiga
Isis Karol
Fotos
Bárbara Cotta
Isis Karol
Revisão
Célio Albuquerque
Maria Elisa Nunes
Construtores
Edmundo Souto
Thiago Reis
Rodolpho Rebecchi
Rodrigo Nascimento
Sumário
Introdução 1
5 Agradecimentos 347
6 Notas 349
Introdução
Jorge Nasseh
1
materiais, da forma mais convencional possível, um
dia vai acabar realmente sendo devorado.
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4
Parte 1
Laminação Manual
5
Introdução
Nestor Volker
Considerações Iniciais
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O processo de laminação manual se baseia em colo-
car vários reforços de fibra, que podem ser de vidro,
aramida ou carbono, sobre um molde e em seguida
aplicar resina sobre eles, e com o esforço manual,
tentar dispersar a resina de modo uniforme sobre as
fibras e esperar até a polimerização final da resina.
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este último apresente melhor qualidade quando
laminado a vácuo. Entretanto, vários fabricantes de
materiais sandwich desenvolveram técnicas e adesivos
específicos para a laminação manual que podem ser
empregados com sucesso em peças de pequeno e
médio porte.
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Moldes de Fibra de Vidro
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Aplicação da
Cera Desmoldante
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contiver excesso de cera, que também colabora para
colar a peça nova no molde, ela terá de ser removida
com solvente para depois se iniciar a aplicação de
desmoldante.
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cera, depois se retira a cera e ao mesmo tempo se
está polindo a superfície da fôrma, deixando uma
fina camada lisa, que vai ser suficiente para desmol-
dar a peça. Cubra a primeira parte da peça com cera,
depois retire-a, prossiga fazendo a mesma operação
com as outras partes tendo a certeza que nenhuma
parte vai ficar sem cera.
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Aplicação de
Filme Desmoldante
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Depois da última aplicação de cera, o molde deve
ser polido. Somente a partir deste ponto, deve-se
aplicar o filme, o que pode ser feito com uma esponja
ou com pistola, mas na maioria das vezes se obtém
melhor resultado com um pedaço de esponja.
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Enquanto o filme ainda estiver molhado, é possível
voltar ao lugar seco e aplicar um retoque. Em alguns
locais, principalmente nas áreas onde a esponja toca
inicialmente sobre o molde, pode ficar um acúmulo
de filme, e neste caso ele deve ser retirado assim
que a esponja estiver ficando seca. Se estes pontos
ficarem com maior quantidade de filme, irão influir
no acabamento externo do gelcoat, criando pequenos
buracos na superfície. Este fenômeno acontece com
alguma freqüência nas bordas do molde, onde tende
a ficar mais filme e nos locais de difícil acesso como
as quinas do molde.
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de Mekp. No caso de gelcoat, a taxa de catalisador é
muito mais estreita e nunca se deve utilizar menos
que 1%.
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Como qualquer produto formulado, não existe uma
fórmula única para o gelcoat. Ele é composto por
uma resina poliéster, que normalmente é uma resi-
na especial para a formulação, nunca uma resina de
laminação e uma série de cargas. A base da resina
pode ser ortoftálica ou isoftálica, algumas delas ainda
incorporam aditivos para aumento da tixotropia e
resistência à hidrólise.
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tem baixa resistência à ação dos raios UV, e mesmo
sendo fabricada em cores escuras este tipo de resina
não é indicado para a laminação de peças. Uma das
exceções do uso de resina estervinílica para gelcoat é
na fabricação de moldes.
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Infelizmente, fabricantes de gelcoat não fazem carida-
de, e se você estiver aceitando comprar um produto
com preço baixo, tenha a certeza que a qualidade
também será baixa. É possível formular o gelcoat de
uma infinidade de maneiras, compondo o custo que
se quer pagar. Uma das melhores formas de se com-
prar um produto de qualidade é conhecer e confiar
no fabricante, e, se possível, conversar com ele sobre
as opções de formulação, performance e custo.
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m² vai gerar uma superfície muito rígida sobre o
laminado o que irá criar a possibilidade de trincas
em locais de maior tensão no laminado. Este defeito
é normalmente definido como formação de “pé de
galinha” e costuma aparecer alguns meses depois que
a peça começou a ser usada. Não é preciso dizer que
o reparo é trabalhoso e difícil. A medição de consu-
mo de gelcoat pode ser feita durante a aplicação, com
o auxílio de um medidor de filme. Logo depois da
aplicação se utiliza o medidor sobre o filme de gelcoat
para verificar a espessura. Os medidores podem vir
graduados em mícrons ou em mils, que significa um
milésimo de polegadas. A espessura recomendada
para uma aplicação que varia entre 600g/m² e 800g/
m² deve estar entre 500 e 600 mícrons ou em média
24 mils.