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A HPP afeta aproximadamente 2% de todas as mulheres que dão à luz e está associada
a quase um quarto de todas as mortes maternas na maioria dos países em desenvolvimento
nos quais as mulheres estão mais expostas a riscos e também a condições econômicas
desfavoráveis. A estimativa mundial é de que 30% dos óbitos maternos de causa obstétrica
sejam devido a essa entidade com 1 óbito a cada 15.000 partos e responsável por 125.000 por
ano (OMS, 2014).
2 MATERIAL E MÉTODOS
A apresentação dos resultados e a discussão sobre o tema foi feita de forma descritiva
para facilitar a identificação das principais causas da hemorragia pós-parto, ações de
enfermagem para prevenção e identificar cuidado de enfermagem no tratamento das
hemorragias.
3 REVISÃO DA LITERATURA
A HPP é um caso inesperado que coloca a equipe de saúde sobre um estresse lutando
para a sobrevivência da puérpera, e é neste sentido que Andrade (2015) afirma que a
hemorragia pós-parto imediato “consiste todo sangramento excessivo que ocorre em qualquer
momento a partir da dequitação, retirada da placenta, até a sexta semana ou fim do puerpério.
São consideradas precoces quando ocorrem nas primeiras 24 horas, e tardias, após esse
período até o fim do puerpério”.
Segundo xxxx () a hemorragia pós- parto pode ser súbita e excessivamente abundante,
a moderada, mas persistente, pode continuar por dias ou semanas, pode ainda acontecer nas
primeiras 24 horas após o parto até aos 28 dia o controle da hemorragia do local de inserção
da placenta é conseguida pela contração e retração prolongada das fibras entrelaçadas do
miómetro a ligadura viva. xxxxxx () divide a hemorragia pós-parto em duas partes hemorragia
pós parto primária que é a hemorragia excessiva que ocorre nas 24 horas a seguir ao parto e a
hemorragia secundária excessiva que ocorre entre 24 horas após o nascimento do bebé e as 6
semanas após o parto.
Tabela 1 - Manifestações clínicas principais associadas ao choque hemorrágico no pós-parto em função das
perdas sanguíneas
Irritabilidade, palidez
1.500- cutâneo-mucosa Moderado
2.000 mL 7080 mmHg
(25-35%)
As leituras realizadas com a revisão bibliográfica percebeu-se que várias são as causas
que podem contribuir para a hemorragia pós-parto, sendo que as mais referidas pelos autores
são as seguintes: atonia uterina, traumatismo do trato genital, retenção do tecido placentário,
inversão uterina, alteração de coagulação.
A atonia uterina associa-se aos seguintes fatores de risco: hipertensão uterina, uso de
relaxante uterino, gravidez múltipla, anestésicos halogenados, macrossomia fetal, uso de
sulfato de magnésio e polidrâmnio associados ao trabalho de parto. Entre os fatores
intrínsecos estão: indução do trabalho de parto, hemorragia pós-parto prévia, trabalho de parto
prolongado, placenta prévia, multiparidade (desgaste das fibras musculares utrerinas),
obesidade, remoção manual da placenta, idade acima de 35 anos e retenção de coágulos
(REZENDE et al, 2009).
4 RESULTADOS
Evidenciou-se um total de 230 estudos, com a exclusão de 134 artigos não disponíveis
em texto completo, obteve-se uma amostra de 96 artigos. Com a exclusão de trabalhos no
período anterior a 2012, a pesquisa resultou numa amostra de 64 estudos. Excluindo os
trabalhos em outro idioma, que totalizaram um número de 42 publicações, obteve-se uma
amostra de 22 artigos. Após a exclusão de 3 trabalhos por não estarem relacionados ao tema, a
pesquisa obteve 19 artigos. Deste total, 3 estudos apresentavam-se repetidos nas bases de
dados estudadas, resultando em uma amostra final com 16 estudos conforme a Tabela 2 –
Características dos estudos selecionados.
A Tabela 3 traz as informações acerca das causas da HPP estudadas, assim como os
objetivos e conclusão de cada publicação. Optou-se por integrar os dados a partir das suas
características gerais.
Tabela 3 - Dados referentes às causas da hemorragia, objetivos e conclusão dos estudos incluídos
Dados Epidemiológicos
Fisiopatologia da HPP
A classificação das HPP pôde ser observada no estudo de Moraes (2009) observada como
primária e secundária. A forma primária ocorre nas primeiras 24 horas após o parto, ocorrendo em 4 a
6% de todos os nascimentos, sendo na maioria das vezes devida a atonia uterina. A hemorragia é
secundária ou tardia quando ocorre entre 24 horas e seis semanas após o parto. Associa-se com
complicação em 1 a 3% dos partos, na maioria das vezes, devido a retenção de restos placentários.
Manifesta-se, frequentemente, na segunda semana de pós-parto.
Fatores de Risco
Quanto aos fatores de Risco, Moraes (2009), Rezende (2009) e Andrade (2015) apontam
fatores de risco para a HPP: hipertensão uterina, uso de relaxante uterino, gravidez múltipla,
anestésicos halogenados, macrossomia fetal, uso de sulfato de magnésio e polidrâmnio associados ao
trabalho de parto. Além disso, destacam do denominados fatores intrínsecos: indução do trabalho de
parto, hemorragia pós-parto prévia, trabalho de parto prolongado, placenta prévia, multiparidade,
obesidade, remoção manual da placenta, idade acima de 35 anos e retenção de coágulos.
Complicações da hemorragia
Segundo Andrade (2015), “os enfermeiros e a equipe de saúde têm um papel crucial
em assegurar a hemóstase nos pós-parto com o intuito de diminuir as perdas sanguíneas
controlando assim a hemorragia.” Depois da expulsão da placenta os profissionais de saúde
deve ter atenção aos seguintes sinais clínicos que variam de acordo com a intensidade, leve,
moderada ou severa, podendo apresentar queda significativa ou acentuada da pressão arterial,
palpitações, tonturas, taquicardia, fraqueza, sudorese, irritabilidade, palidez, colapso, falta
de ar e sinais de choque hipovolêmico.
6 CONCLUSÃO
A HPP assume grande importância devido a sua alta incidência e potencial gravidade,
assim, torna-se essencial o conhecimento teórico-técnico mais apurado possível a fim de
possibilitar desde a prevenção até o tratamento imediato da hemorragia.
REFERÊNCIAS
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
FISIOPATOLOGIA
FATORES DE RISCO
COMPLICAÇÕES DE HEMORRAGIA IMEDIATO