Você está na página 1de 12
Seaie Téenica IPEF v IL, 30, p. 51-62, mai, 1997 Planejamento global e normatizagao de procedimentos operacionais da talhadia simples em Eucalyptus José Luiz Stape Departamento de Giéncias Florestais ESALQ/USP RESUMO: A talhadia simples foi o primeito sistema silvicultural a ser utilizado pela humanidade face & sua execugio simples ¢ previsibilidade de novas intervengées. No ‘easo do Eucalyptus, com capacidade de emissao de brotagbes e manejado para a produ ‘gio de madeira de pequenas a médias dimensoes, o sistema se adapta perfeitamente, sendo por isso aquele predominante para o género em todo o mundo. A despeito da tradicao de uso, a talhadia simples pode apresentar insucessos na conducéo da brotacio, resultado este que nao deve ser ereditado diretamente ao sistema silvicultural, mas, sim, falta de um melhor planejamento global do mesmo & complexidade de fatores existentes na condugio da brotagio. Os aspectos envolvidos neste planejamento e as alternativas para organizar e adequar 0 uso dos fatores condicionantes no manejo por talhadia sao apresentados neste trabalho. INTRODUGAO O sistema silvicultural de talhadia simples se caracteriza por ser aquele no qual, apés a corte das Arvores existentes numa floresta, as gemas dormentes ou adventicias, dos to- cos e/ou raizes que permaneceram na rea, se desenvolvem emitindo brotagées que inici- am um novo ciclo florestal, sendo portanto aplicavel apenas as espécies florestais que tenham capacidade de brotar apés 0 corte raso (Pancel, 1993). Atalhadia é 0 sistema mais antigo manejado pelo homem, existindo desde os tempos da idade do bronze, passando pela idade antiga (gregos e romanos), média (feudos euro- peus) e contemporanea (Europa ¢ América do Norte), até a substituicdo energética no ini- cio do século (Matthews, 1994), Atualme a predomina nos paises em desenvol- vimento da América, Asia e Africa para produgio de material lenhoso de pequenas a médias dimensées, para uso social ou industrial, havendo, no entanto, tendéncia de ser nte o sister 52m __Procedimentos operacionais do tathadia simples fee novamente utilizado nos paises desenvolvidos para producao de biomassa para proces- sos industriais (Evans, 1992). A sua grande utiliza 10 se justifica, dentre outros, pelos seguintes aspectos: produgio de madeira de pequenas a médias dimensdes, simplicidade de execugio do corte, dis- pensa a produco de mudas, preparo de solo ¢ novo plantio, facilidade de planejamento da produgao madeireira a curto ¢ médio prazos, menores custos por volume de madeira produzido, e ciclos de cortes mais curtos com antecipagao de retornos financeiros ans, 1992). Como aspectos negativos deste sistema, Matthews (1994) (Lamprecht, 1990; E relaciona: madeiras de baixo valor devido suas menores dimens6es, remogao de nutrien- tes a cada ciclo curto de colheita, danos as cepas e as brotagées pela colheita, e geadas, € manejo de paisagem, em geral, mondtona e desagradavel. No balango das vantagens ¢ desvantagens do sistema, predominam os aspectos positi- vos, a ponto de, dentre as espécies florestais com capacidade de regeneracao econémica, © Eucalyptus destacar-se como sendo aquela de maior area plantada nos trépicos (38! dos plantios), com mais de 4.000.000 ha reflorestados, sendo em sua quase totalidade ma- nejado por talhadia simples (Matthews, 1994). Também no Brasil, onde o género possui cerca de 3.200.000 ha reflorestados, ha ab- soluta predominancia do manejo por talhadia simples. Desde a introducdo comercial do Eucalyptus no Brasil, por Navarro de Andrade, no inicio do século, a talhadia simples, para produgio de lenha, com ciclos de corte de 6 a 10 anos, sempre foi o manejo predomi- nantemente associado & eucaliptocultura (Andrade, 1961). Assim, quando do advento dos incentivos fiscais na década de 60, que perduraram até © inicio da década de 80, a opcao pela producao de biomassa de eucalipto através do uso da talhadia foi rapidamente definida como sistema padrdo pois 0 modelo era compativel com a produgao massal de matéria prima para as indiistrias de celulose e chapas, de carvao vegetal para as siderurgias, além do uso de lenha como substituto energético (Golfari et al., 1978). Esta grande expectativa de potencial de rebrota apés a colheita se evidencia pelo vinculo das florestas incentivadas por 3 ciclos de corte. No entanto, devido as intimeras espécies/procedéncias de Eucalyptus utilizadas, & diversidade de sitios edafo-climaticos implantados, ¢ aos diferentes niveis tecnolégicos de implantacao e colheita adotados, a produtividade florestal obtida na segunda rotacao mostrou-se extremamente varidvel, comparativamente Aquela obtida na primeira rotacgao (Simées ef al., 1980). Esta oscilagao de produtividade foi, em geral, para menor, em fun- cio principalmente do aumento do percentual de falhas, levando as empresas florestais verticalizadas, comprometidas com 0 abastecimento de unidades fabris, a iniciarem um processo de erradicacio das cepas e reforma de seus povoamentos (Graca, 1989). Estas reformas, iniciadas na década de 80, foram fortemente motivadas pela adequa cao de material genético, substituindo espécies/procedéncias menos produtivas por mate- rial melhorado, mais produtivo, ¢ melhor adaptado as condigées do sitio. Em um segun- do nivel de importancia ocorreram as reformas com mesmo material genético, porém fa- zendo adequacdes necessarias de alinhamento de plantio, fertilizacio e recomposig’o da densidade original do povoamento. No entanto, pelo maior custo da reforma, as causas da menor produtividade da segunda rotacao passaram a ser pesquisadas, e evidenciaram uma complexidade muito grande de fatores interferentes sobre a brotagio e seu crescimen- aX Stape = 53 to (IPEF, 1987; IPEF, 1988; ¢ IPEF, 1992), que compreendiam desde o material genético até aspectos relacionados ao sitio ¢ as téenicas de colheita. A partir do final da década de 80 os critérios de decisio de condugao (talhadia) ou re- forma de eucaliptais passaram a estar menos associados aos critérios téenicos, sendo mais dependentes de critérios econémicos, buscando-se indicadores de produgao que possam recomendar a utilizacao, ou nao, da talhadia no manejo de projetos florestais com eucaliptos (Graca, 1989) Este mesmo perfodo vem sendo também marcado por uma série de mudangas conjuntu- rais ¢ estruturais no modelo de produgao das atividades florestais, com 0 surgimento da figura dos prestadores de servico, em silvicultura e colheita, ¢ a globalizacao da econo- mia trazendo como reflexos diretos uma necessidade de administragao dos servigos ¢ custos de projetos, controlando a qualidade final dos mesmos e o valor unitério da madei ra produzida. ‘Todo este processo econémico-administrativo vem introduzindo mais v veis ao j4 complexo rol de fatores técnicos ¢ operacionais que condicionam a escolha ou nao da talhadia como sistema silvicultural. Consequentemente, face a resultados sofriveis na produtividade da brotacdo, a talhadia € inadequadamente estereotipada como um sistema pior que 0 alto fuste (corte/reforma), quando na verdade sio os fatores que levaram Aquela baixa produgao os que deveriam ser penalizados, se possfvel, 0 que nem sempre o é, corrigidos. O discernimento dos fatores determinantes (causas) do sucesso ou insucesso da talhadia (conseqiiéncia) deve entao ser buscado para a correta avaliago dos sistemas silviculturais a serem adotados nas diferentes florestas, haja visto as peculiaridades socias, ambientais, produtivas e econémicas de cada projeto. Desta forma, nos povoamentos que comportam o mancjo por talhadia simples, urge a identificagdo dos fatores determinants sobre a ca- pacidade e viabilidade da brotacao, identificacdo essa, que apesar de trabalhosa, é fun- damental para um adequado manejo florestal. Finalmente, uma vez detalhados os fatores, faz-se mister a organizacao racional dos mesmos de forma a embasarem as recomenda- Ges de praticas operacionais que visem o sucesso da segunda ou mais rotacdes. Assim, este trabalho discute alguns destes fatores condicionantes, relacionando-os, com as fases da talhadia, e evidenciando a necessidade de um melhor planejamento glo- bal para viabilizacao deste importante sistema silvicultural, e 0 estabelecimento de pro- cedimentos preferenciais para salvaguardé-lo operacionalmente. FATORES DETERMINANTES E FASES DA BROTAGAO. Os fatores que influenciam a produtividade da brotagao das cepas sio em grande par- te conhecidos na eucaliptocultura, destacando-se, dentre outros: espécie/procedéncia ou clone, sobrevivéncia, altura do corte, sombreamento das cepas, face de exposicio do ter- reno, formigas cortadeiras, cupins, tipo do solo, época de corte, nivel de matocompeticio, época e forma de desbrota, danos as cepas ¢ ao solo durante a colheita, déficit hidrico, precipitagao ¢ interplantio (IPEF, 1987; IPEF, 1988; ¢ IPEF 1992). Em razio desta diversidade de fatores ha necessidade de uma abordagem mais interpre tativa dos mesmos, possibilitando suas andlises dentro de uma visio mais global do siste- 54m Procedimentas operacionais do tathadia simples fee ma de talhadia. Com este propésito estratificaram-se em trés niveis os fatores determi- nantes as fases da brotagio Fatores Determinantes Por fatores determinantes da brotagao entende-se aqueles fatores, que quando adequa- dos, permitem que a brotagio do Eucalyptus ocorra, se estabeleca ¢ se desenvolva de for- ma igual ou superior ao esperado. Os trés fatores determinantes considerados sao: Fato- res Genéticos, Fatores Operacionais e Fatores Ambientais. Os Fatores Genéticos, ou Fisiolégicos, sio aqueles intrinsicamente relacionados ao in- dividuo Arvore, no que se refere & sua capacidade de possuir e desenvolver os diferentes tipos de gemas (dormentes, adventicias e do lignottiber), ao reflexo da idade neste poten- cial de emissao, a condigao fisiolégica da cepa em termos de balango hormonal, a capaci- dade de resisténcia ao estresses hidrico € nutricional etc. Os Fatores Operacionais estao relacionados as alterac6es do desenvolvimento das brotacées em funcao de atividades ou efeitos controlades parcial ou totalmente pelo homem. Por tiltimo, os Fatores Ambientais denotam aqueles fatores externos as arvores que possibilitam maior ou menor desenvol- vimento das brotacées por nelas atuarem de forma continua, e nao sendo, a principio, controlados pelo homem, A estruturagao destes fatores é basica para o seu relacionamento com as fases da bro- taco, € consequentemente para a visio de planejamento global da talhadia. Fases da Brotagdo Ao se defrontar com intimeros fatores influentes sobre a brotagao, listados anterior- mente, tender-se-4 a considera-los indistintamente importantes para 0 sucesso da talhadia, © que torna-os de pouco auxilio para uma visio mais interpretativa do fenémeno. No entanto, se os fatores forem associados as diferentes fases pelas quais passa a brotacio, desde seu inicio até um novo corte raso, a significancia de cada fator, ou de cada grupo de fatores, ficaré mais evidente. Desta forma, as fases identificadas numa brotagao sao: Fase de Emissao de Brotos, Fa- se de Estabelecimento dos Brotos, e Fase de Crescimento dos Fustes. A Fase de Emissao ocorre do corte até cerca de 2 a 3 meses apés, destacando-se como sendo aquela na qual os Fatores Genéticos sio fundamentais para a adequada emissdo das brotagdes. A Fase de Estabelecimento dos Brotos inicfa-se apés a emissio dos brotos perdura até aproximadamente 6 a 12 meses, quando o crescimento dos brotos sao alta- mente influenciaveis pelos Fatores Operacionais. Finalmente, a Fase de Crescimento dos Fustes inicia-se apés a fase de estabelecimento e perdura até o 5 a 6 anos, quando do momento de novo corte raso, sendo este crescimento altamente dependente dos Fatores Ambientais. Percebe-se, portanto, que h4 uma paridade entre os Fatores Condicionantes e as Fases da Brotacdo, possibilitando uma melhor compreensio e classificagao dos fatores influen- tes sobre a produtividade da brotacao, como mostra a Tabela 1 a Supe Pela ‘Tabela 1 nota-se uma maior facilidade de andlise dos fatores influentes, e de que forma podem comprometer, se mal manejados, a emissio, estabelecimento ou crescimen- to da brotacao, e consequentemente o sucesso da talhadia. Ainda pela ‘Tabela 1 perceb se que boas emissées (fatores genéticos) e bons estabelecimentos (fatores operacionais) so condigées necessarias, porém, nao suficientes para o bom crescimento da brotacao, uma vez que os fatores que os influenciam sao distintos. yela 1 Relacio de alguns fatores influentes sobre a produtividade da brotacio, agrupados por Fatores Gondi- cionantes e Fases da Brotacio. Facores Fases da Fatores Influentes Condicionantes Brotaciéo (Exemplos) Genéticos| Emissio Espécie/Procedéncia/Clone Estresse Hidrico Estresse Nutricional, ete Operacionais Estabelecimento Altura de Corte Formigas, Cupins Sombreamento Danos de Colheita Densidade de Plantas, ete Ambientais Crescimento Regime Térmico Regime Hidrico Condigao Edafo-Fisiografica Fertilizacao/lrrigagao Matocompetigao, etc Sao estes aspectos interrelacionados de Fatores Condicionantes e Fases de Brotacao que justificam 0 adequado planejamento da talhadia simples para 0 Eucalyptus, uma vez que a existéncia de um ou outro fator condicionante inadequado pode significar a neces sidade de execucdo de procedimentos operacionais preventivos ou corretivos, ou, até mesmo, a nao recomendagio do manejo por talhadia para 0 povoamento, PLANEJAMENTO DA TALHADIA SIMPLES, A talhadia simples para Eucalyptus € um sistema que requer, segundo Matthews (1992) solo com reserva de nutrientes e suprimento hidrico, espécie/procedéncia adaptada, den- sidade de plantas suficiente, técnicas de plantio ¢ condugao adequadas e controle efetivo de vegetacao competidora. Vé-se que estas condigdes refletem os 3 Fatores Condicionantes ja definidos, e que volta a ressaltar a necessidade de planejamento da talhadia simples (© global do sistema 56m Procedimentas operacionais do tathadia simples fee Adequacéo da Espécie A utilizagao de espécie/procedéncia ou clone de Eucalyptus com caracteristicas genéti- cas adequadas a produgao ¢ desenvolvimento das gemas pés corte raso 6 fator de real inte- resse para 0 manejo por talhadia. Estes genotipos devem também possuir um eficiente sistema de metabolismo hormonal ¢ de carbohidratos, possibilitando um rapido desenvol- vimento ou diferenciagéo das gemas. Além disso, ha necessidade de bons sistemas de trans- locacao de gua e nutrientes das cepas e das raizes para as gemas em desenvolvimento. Aspectos anatémico-morfoldgicos de existéncia de lignotiber, espessura ¢ dureza da casca, forma e profundidade de sistema radicular sio também importantes. Obviamente, devido a forte interacao genétipo-ambiente, estes materiais devem estar mapeados quanto as suas ptabilidades as condig6es climaticas ¢ edaficas locais (Eldridge, 1994). Os materiais propagados sexuadamente, via sementes, apresentam maior variabilida- de de comportamento frente a brotagéo que os materiais propagados assexuadamente, via estaquia ou micropropagacio, os quais apresentam, em geral, maior uniformidade de brotacdo, em fungao da origem assexuada. O Fator Genético é portanto imprescindivel para a recomendacao do manejo por talhadia, o que justifica a reforma de cucaliptais na década de 80 para introdugio de materiais mais adaptados e produtivos. Adequacao do Sitio A adequagao do sitio para o manejo por talhadia reveste-se de extrema importéncia uma vex que o sitio deve propiciar boas condigées de nutricéo © aporte hidrico as arvo- res, € consequentemente as cepas, garantindo a sobrevivéncia ¢ densidade do plantio a cada nova rotagao, e mais do que isso, possibilitando o crescimento da floresta ao longo da Fase de Crescimento dos Fustes, norteada basicamente pelos Fatores Ambientais. A identificagao destes sitios de maior aptidao para o manejo por talhadia pode ser m Ihor compreendido pela utilizagao do conceito das iséclinas de produtividade (Kimmins et al., 1990), STATUS NUTRICIONAL Pobre Rico . SL umiaaae 2 Nuteante | EL iaragio ta 7 Figura 1 (a) Iséclinas de produtividade para um mesmo regime térmico, fixado o material genético; (b) Fatores primarios limitantes ao crescimento em cada regido das iséelinas (Kimmins et al., 1990), aX Stape = 57 As is6clinas representam curvas com produtividade semelhante, fixado 0 regime térmi- co e material genético, num plano onde variam-se as disponibilidades hidricas e nutricionais do sitio, como mostra a Figura 1(a). Nota-se pela Figura 1(a) que as curvas nao so simétricas, havendo diferentes efeitos das restrigdes hidricas, nutricionais e de aeracio na produtividade florestal. Os fatores primérios limitantes ao crescimento potencial da espécie est4o identificados na Figura 1(b). Percebe-se ainda que a correcdo de um fator limitante pode nao propiciar atingi- mento do crescimento potencial, pois outro fator pode tornar-se limitante. Assim, como j4 discutido, os sitios com maior potencial para serem manejados por ta~ Ihadia seriam aqueles com os melhores aportes hidrico ¢ nutricional. Os sitios marginais, por limitacao de agua, nutrigéo e aeracao, podem, dentro de certos limites, serem utili dos para a talhadia através do uso de técnicas de irrigacio, fertilizagio e drenagem, res- pectivamente. Estes sao fatores Ambientais, com certo grau de controle pelo homem, ¢ que irdo influenciar a Fase de Crescimento dos Fustes. Desta forma, sitios com restrigdes hidricas severas nao seriam recomendados para sustentar manejos por talhadia com médias a altas produtividades, mesmo com a escolha de matérias genéticos mais aptos a tais situagoes. A probabilidade de sucesso do manejo por talhadia seré maior 4 medida em que se mapearem os sitios mais aptos a este manejo, além do que, varios insucessos ocorridos devem ser creditados a inadequada escolha do sitio, ¢ nao ao sistema silvicultural em si. A tentativa de prevengao ou corregao dos fatores limitantes, por meio das técnicas de irrigacdo, fertilizacao e drenagem, s6 surtiré efeito caso sejam bem sucedidas as Fases anteriores, de Emissdo € Estabelecimento dos Brotos (densidade do povoamento) Adequacéo do Espacamento ¢ Arranjo Uma vez identificados os sitios (Fatores Ambientais) e espécies (Fatores Genéticos) recomendaveis a serem manejados por talhadia, torna-se imprescindivel a escolha dos espacamentos e arranjos de plantio que minimizem os efeitos danosos dos Fatores Opera- cionais sobre a Fase de Estabelecimento das Brotacées, notadamente aqueles relaciona- dos com as atividades de colheita florestal. As operagies de colheita florestal, que podem se utilizar de diversas maquinas e equi- pamentos, tem acentuada influéncia sobre a Fase de Estabelecimento das brota: a ferindo na integridade da cepa, das brotagdes, do solo ¢ no sombreamento, tornando-se ainda mais criticas quando associadas as fases de relevos e microrelevos, dentro dos povoa- mentos, inter A escolha de espacamentos, entrelinhas ¢ entreplantas, que propiciem densidades ade- quadas de plantio, nao sao suficientes para garantir esta sobrevivéncia por uma ou mais ro- tages. Para esta garantia deve ser levado em consideracao o planejamento do arranjo des- tes espagamentos (layout), dentro dos povoamentos, de forma a direcionar o wafego de ma- quinas/implementos e a disposigao de residuos florestais para locais que minimizem ou eliminem os efeitos danosos sobre a Fase de Estabelecimento. O conhecimento prévio destas posigdes permite ainda o planejamento de interferén- cias preventivas ¢ corretivas no que diz respeito A compactagao © conservagio do solo, €

Você também pode gostar