Carta Sobre a Tolerância - Locke
By John Locke
()
About this ebook
Read more from John Locke
Segundo Tratado Sobre o Governo Rating: 3 out of 5 stars3/5Draft A do ensaio sobre o entendimento humano Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCarta sobre a tolerância - Bilíngue (Latim-Português) Rating: 0 out of 5 stars0 ratings
Related to Carta Sobre a Tolerância - Locke
Related ebooks
Como ser um conservador Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA alma do mundo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsPolítica e Fé: o abuso do poder religioso eleitoral no Brasil Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA mentalidade anticapitalista Rating: 5 out of 5 stars5/5O Caminho da Servidão: 2a. Edição Rating: 1 out of 5 stars1/5O grande debate: Edmund Burke, Thomas Paine e o nascimento da esquerda e da direita Rating: 5 out of 5 stars5/5A lei Rating: 5 out of 5 stars5/5A pretensão do conhecimento Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsF. A. Hayek e a ingenuidade da mente socialista: Breves lições Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO marxismo desmascarado: Da desilusão à destruição Rating: 3 out of 5 stars3/5Marxismo na contramão do bom senso Rating: 4 out of 5 stars4/5A lei: Por que a esquerda não funciona? As bases do pensamento liberal Rating: 4 out of 5 stars4/5Frédéric Bastiat Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsTratado sobre a Tolerância Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsRumo a uma sociedade libertária Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsIntervencionismo: uma análise econômica Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsLivre para escolher: Uma reflexão sobre a relação entre liberdade e economia Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsHans Hoppe e a insustentável defesa do Estado Rating: 5 out of 5 stars5/5História do Liberalismo Brasileiro Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsColetivismo de direita: a outra ameaça à liberdade Rating: 3 out of 5 stars3/5Uma breve história do homem: Progresso e declínio Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAristóteles: Política Rating: 5 out of 5 stars5/5Direitos máximos, deveres mínimos: O festival de privilégios que assola o Brasil Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSobre a liberdade Rating: 5 out of 5 stars5/5Crítica ao intervencionismo: Estudo sobre a política econômica e ideologia atuais Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA teoria da exploração do socialismo comunismo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDeus e o Estado Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsCaos planejado: Intervencionismo, socialismo, facismo e nazismo Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA ética da redistribuição Rating: 4 out of 5 stars4/5Lucros e perdas Rating: 0 out of 5 stars0 ratings
Philosophy For You
A história da filosofia para quem tem pressa: Dos pré-socráticos aos tempos modernos em 200 páginas! Rating: 5 out of 5 stars5/5Minutos de Sabedoria Rating: 5 out of 5 stars5/5PLATÃO: O Mito da Caverna Rating: 5 out of 5 stars5/5Tesão de viver: Sobre alegria, esperança & morte Rating: 4 out of 5 stars4/5Sobre a brevidade da vida Rating: 4 out of 5 stars4/5Política: Para não ser idiota Rating: 4 out of 5 stars4/5Poder & Manipulação: Como entender o mundo em vinte lições extraídas de "O Príncipe", de Maquiavel Rating: 5 out of 5 stars5/5Em Busca Da Tranquilidade Interior Rating: 5 out of 5 stars5/5Entre a ordem e o caos: compreendendo Jordan Peterson Rating: 5 out of 5 stars5/5O Príncipe: Texto Integral Rating: 4 out of 5 stars4/5Você é ansioso? Rating: 4 out of 5 stars4/5Viver, a que se destina? Rating: 4 out of 5 stars4/5Platão: A República Rating: 4 out of 5 stars4/5Aristóteles: Retórica Rating: 4 out of 5 stars4/5Aprendendo a Viver Rating: 4 out of 5 stars4/5Disciplina: Auto Disciplina, Confiança, Autoestima e Desenvolvimento Pessoal Rating: 5 out of 5 stars5/5São Cipriano - O Livro Da Capa De Aço Rating: 5 out of 5 stars5/5Tudo Depende de Como Você Vê: É no olhar que tudo começa Rating: 5 out of 5 stars5/5A voz do silêncio Rating: 5 out of 5 stars5/5A ARTE DE TER RAZÃO: 38 Estratégias para vencer qualquer debate Rating: 5 out of 5 stars5/5Ética e vergonha na cara! Rating: 5 out of 5 stars5/5Além do Bem e do Mal Rating: 5 out of 5 stars5/5Baralho Cigano Rating: 3 out of 5 stars3/5Sociedades Secretas E Magia Rating: 5 out of 5 stars5/5O Livro Proibido Dos Bruxos Rating: 3 out of 5 stars3/5
Reviews for Carta Sobre a Tolerância - Locke
0 ratings0 reviews
Book preview
Carta Sobre a Tolerância - Locke - John Locke
John Locke
CARTA SOBRE A TOLERÂNCIA
1a Edição
img1.jpgISBN: 9788583864271
LeBooks.com.br
A LeBooks Editora publica obras clássicas que estejam em domínio público. Não obstante, todos os esforços são feitos para creditar devidamente eventuais detentores de direitos morais sobre tais obras. Eventuais omissões de crédito e copyright não são intencionais e serão devidamente solucionadas, bastando que seus titulares entrem em contato conosco.
Sumário
Sobre o Autor
Apresentação
A CARTA DA TOLERÂNCIA
Sobre o Autor
img2.jpgJohn Locke (1632-1704)
John Locke (Wrington, 29 de agosto de 1632 — Harlow, 28 de outubro de 1704) foi um filósofo inglês conhecido como artesão do pensamento político liberal, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contratualismo ou Contrato Social.
Um dos objetivos de Locke é a reafirmação da necessidade do Estado e do contrato social e outras bases. Opondo-se à Hobbes, Locke acreditava que se tratando de Estado natureza, os homens não vivem de forma bárbara ou primitiva. Para ele, há uma vida pacífica explicada pelo reconhecimento dos homens por serem livres e iguais.
A maior parte de sua obra se caracteriza pela oposição ao autoritarismo, em todos os níveis: individual, político e religioso. Acreditava em usar a razão para obter a verdade e determinar a legitimidade das instituições sociais. Quando Locke escreveu os Dois Tratados sobre o Governo
, a sua principal obra de filosofia política, tinha como objetivo contestar a doutrina do direito divino dos reis e do absolutismo real.
Também pretendia criar uma teoria que conciliasse a liberdade dos cidadãos com a manutenção da ordem política. Para o pensador inglês, o que dá direito à propriedade é o trabalho que se dedica a ela. E desde que isso não prejudique alguém, fica assegurado o direito ao fruto do trabalho. Foram essas as bases da ideia de uma sociedade sem a interferência governamental, um dos princípios básicos do capitalismo liberal.
Para o filósofo, todo conhecimento humano pode ser obtido por meio da percepção sensorial ao longo da vida. A mente do ser humano ao nascer seria como uma folha em branco, e tudo que se sabe é aprendido depois. Baseava sua crença no poder da educação como transformadora do mundo. Afirmava que o mal não era parte de um plano de Deus, e sim produzido por um sistema social criado pelos indivíduos. Por isso, poderia ser modificado também por eles.
Sua obra, Ensaios
, escrita ao longo de 20 anos, é sua grande contribuição à filosofia. Seu interesse se centrava nos tópicos tradicionais da filosofia: a natureza do ser, o mundo, Deus e os níveis de conhecimento. Locke foi também o precursor do pensamento iluminista nas questões políticas.
De pesquisador a secretário de um nobre no governo inglês, tornou-se um escritor de economia, ativista político e um revolucionário cujas ideias ocasionaram a vitória da Revolução Gloriosa, em 1688, contra o absolutismo. Foi também deputado no Parlamento e defendeu que somente quem dispusesse de apoio da maioria dos parlamentares deveria ter o direito de ser ministro (como até hoje funciona o sistema britânico).
Em sua obra, afirmou que a organização das leis e do Estado deve ser feita com o objetivo de garantir o respeito aos direitos naturais. A garantia dos direitos naturais do povo - a proteção da vida, da liberdade e da propriedade de todos - é definida por ele como a única razão de ser de um governo. Se o governante não respeita esses direitos, os governados podem derrubá-lo e substituí-lo por outro mais competente.
Locke exerceu enorme influência sobre todos os pensadores de seu tempo e foi uma das principais referências teóricas para os líderes das revoluções que, a partir do final do século 18, transformaram a sociedade ocidental.
Apresentação: Carta sobre a tolerância
Em seu exílio na Holanda, onde se refúgio em 1683, John Locke fizera algumas importantes amizades. Foi com desses amigos, chamado Phillip van Limborch, que ele se correspondeu, discorrendo sobre a questão da tolerância.
Sem que Locke autorizasse, Limborch publicou a missiva com o título de Letter concerning on Tolerance, ou Carta sobre a Tolerância, aparecida em Londres em 1689, ano da Gloriosa Revolução.
A solução do problema para Locke exigia a necessária separação dos assuntos do Estado daqueles da Igreja. Enquanto os interesses de um se misturavam com os do outro não haveria progresso em direção à tolerância. Deveria haver uma separação radical entre a política (ao encargo do rei) e a religião (sob auspício do sacerdote). Deste modo ele alinhou-se à corrente dos estatocratas, cujo maior expoente na Idade Média fora Marsílio de Pádua.
O Estado, para Locke, nasceu da necessidade do Homem obedecer a Lei Natural, com a função de assegurar a integridade da sua vida, do seu corpo, liberdade e bens. Tem como objetivo conservar e promover o patrimônio material. Para tanto, o Magistrado dispõe de força pública, agindo por coação ou sansões, apoiado na lei sustentada pela autoridade para garantir a paz e a integridade de cada um.
A Igreja, por sua vez, é de outra natureza, visto que resulta de uma associação livre e voluntária: uma societas spontanea, sem obrigações com a Lei Natural. Nasce da afirmação pública da fé, de servir e honrar a Deus, formada por meio de um livre acordo. Dirige-se exclusivamente às almas visando sua salvação eterna. As suas verdadeiras armas são o direito de discutir, de argumentar e de exortar. A sanção dela é excluir os irredutíveis, os que não desejam