E&P-SERV / US-
US-SS / CPSE / DPPS
FUNDAMENTOS DE
POSICIONAMENTO DINÂMICO
Sandro G. Rappini
Segunda Edição Afonso Pallaoro
Março / 2003 Mauro Heringer
FUNDAMENTOS de
POSICIONAMENTO DINÂMICO
HISTÓRICO e INTRODUÇÃO
***********************************************
Existe não obstante uma outra motivação para aprender sobre Unidades
DP. Tratam-se de fascinantes exemplos práticos de Engenharia Mecânica, Elétrica,
Eletrônica e Naval associadas e consubstanciadas em ”organismos tecnológicos” que
desafiam os elementos da Natureza. Muitos colegas certamente apreciarão a
oportunidade de ampliar seus conhecimentos, extrapolando por iniciativa própria o
conteúdo deste trabalho. Esperamos portanto que seja útil no sentido de contribuir
para o aperfeiçoamento de nossas operações “offshore”. Qualquer sugestão para a
melhoria deste compêndio será bem-vinda!
Sandro / Pallaoro
CPSE/DPPS
Março/2003
ÍNDICE
I) INTRODUÇÃO.....................................................................................1
1) SISTEMA DE CONTROLADORES................................................................12
A) Forças Ambientais/Modelo Matemático.................................................15
B) Controlador PID.....................................................................................17
C) Filtros Kalman........................................................................................19
D) Interfaces com Sistemas de Referência de Posição e Sensores...............23
A) SISTEMAS HIDROACÚSTICOS
A-1) Composição e princípio de funcionamento.................................25
A-2) Tipos de Sistemas Hidroacústicos...............................................29
1) Sistema LBL....................................................................29
2) Sistema SBL....................................................................30
3) Sistema USBL ou SSBL..................................................32
4) Sistemas Combinados.....................................................34
B) DGPS
B-1) GPS.............................................................................................35
B-2) DGPS..........................................................................................38
B-3) Utilização do DGPS....................................................................39
B-4) Sistema de Coordenadas.............................................................42
C) TAUT WIRE
C-1) Funcionamento...........................................................................43
C-2) Limitações...................................................................................45
D) ERA........................................................................................................47
D-1) Funcionamento..........................................................................48
E) ARA........................................................................................................50
E-1) Funcionamento...........................................................................51
F) RADIOPOSICIONAMENTO...............................................................54
F-1) Sistema “Range-Bearing”..........................................................55
F-2) Sistema Hiperbólico....................................................................56
F-3) Sistema “Range-Range”.............................................................56
3)SISTEMAS DE SENSORES
C) ANEMÔMETROS
C-1) Influência do vento no controle DP.........................................65
C-2) Wind Sensors............................................................................66
4) SISTEMA DE “UPS”
A) TIPOS DE PROPULSORES
A-1) Configuração.............................................................................70
a) Propulsores Fixos............................................................70
b) Propulsores Azimutais....................................................71
A-2) Funcionamento..........................................................................73
1) Motores AC/Pitch Variável............................................74
2) Motores DC/Velocidade Variável..................................74
B) DESEMPENHO DE PROPULSORES.................................................76
C) DIAGRAMAS DE CAPABILIDADE...................................................80
VII) ANEXOS
I) - INTRODUÇÃO:
III)-MEDIÇÃO DO AFASTAMENTO DE
UMA UNIDADE DP:
O sistema DP “destrincha” o afastamento em relação ao alvo em
termos das 3 coordenadas ou movimentos básicos. Na prática porém as
grandezas que visualizamos e com as quais trabalhamos de forma direta
são o OFFSET e a DEFLEXÃO ANGULAR. O Offset é o principal
parâmetro de controle em qualquer unidade DP.
C A
OFFSET A = centro da embarcação
B = cabeça do poço
C = locação na superfície (“alvo”)
• Sistema de Controladores
• Sistemas de Referência de Posição
• Sistemas de Sensores
FundamentosDP 13 / 109 CPSE / DPPS
• Sistemas de UPS’s
• Thrusters
• Propellers
• Motores
• Geradores
• Gerenciadores
C) FILTROS KALMAN:
A) - SISTEMAS HIDROACÚSTICOS:
B-1) GPS:
C) - TAUT WIRE:
FundamentosDP 48 / 109 CPSE / DPPS
Por sua simplicidade, confiabilidade e pioneirismo o Taut Wire é
considerado o “fusca” dos Sistemas de Referência de Posição. Durante
muito tempo atuou como back-up do sistema acústico dada sua precisão
em lâmina d’água até 300 m, sendo que alguns mais modernos podem
funcionar bem até 500 m. A partir daí o afastamento do cabo em relação a
uma reta devido às diversas correntezas torna o sistema impreciso.
C-1) FUNCIONAMENTO:
GEOMETRIA do “ERA”
E-1) FUNCIONAMENTO:
FundamentosDP 56 / 109 CPSE / DPPS
O módulo “ARA” “clássico” (mais antigo) tem formato cilíndrico
com cerca de 0,8 m de altura, diâmetro 0,4 m e peso de 160 kg, fixado
através de “clamps” na 1a junta de Riser de Perfuração acima da Ball Joint.
CODIFICAÇÃO DO “ARA”
3) - SISTEMAS DE SENSORES:
A) - GIROSCÓPIOS (“Gyrocompass”):
4) - SISTEMA DE UPS
(“Uninterruptible Power Supply”):
FundamentosDP 70 / 109 CPSE / DPPS
Este Sistema, também conhecido como “No Breaks”, é o
responsável pelo suprimento contínuo de energia ao coração de um
Sistema DP, qual seja o conjunto de Controladores/Processadores. Além
disso garante o funcionamento de sistemas vitais como os de referência de
posição e sensores em caso de “black-out”, tornando possível continuar o
monitoramento da posição e outras informações correlatas, além de evitar a
perda dos dados armazenados.
A) CARREGADOR DE BATERIAS:
B) BANCO DE BATERIAS:
C) INVERSOR:
D) CHAVE ESTÁTICA:
No caso de sistemas com dupla UPS, este switch tem por função
comutar da principal para a “stand by” automaticamente no caso de falha
ou esgotamento das baterias.
• Thrusters
• Propellers
A)TIPOS DE PROPULSORES:
AZIMUTH THRUSTER
OBSERVAÇÕES:
A-2) - FUNCIONAMENTO:
• OBSERVAÇÃO:
B) DESEMPENHO DE PROPULSORES:
ε = δ . N2. D4. Ke
Onde: δ = densidade da água
N = velocidade do impelidor (RPS)
D = diâmetro do impelidor
Ke = coeficiente de empuxo
τ = δ. N2. D5. Kt
Onde: Kt = coeficiente de torque
O valor dos Coeficientes de Empuxo e Torque é função das
características físicas dos propulsores tais como número, formato e
pitch das lâminas do impelidor.
η = ε. Vr = Vr . Ke
2 . N .τ N. D. Kt
C) DIAGRAMAS DE “CAPABILIDADE”:
ANEXOS
ANEMÔMETRO Sensor de vento. Mede intensidade e direção do vento, cujos valores são
introduzidos diretamente no Controlador DP (“retroalimentação eólica” ou
“wind feedforward”).
BALL JOINT É o elemento localizado no LMRP (ligação entre o MARINE RISER e o BOP
STACK) cuja função é absorver os movimentos da coluna de risers causados
pela embarcação sem transmitir esforços ao BOP e cabeça do poço. Mesma
função da Uniflex Joint.
DEAD RECKONING MODE Modo de operação de sistemas DP dotados de Filtros Kalman no qual, em
caso de perda das informações provenientes dos sistemas de referência de
posição, o controlador passa a trabalhar com os dados armazenados mantendo
posição de forma preditiva por pelo menos 15 minutos. (O mesmo que
“Model Control”).
DEFLEXÃO Refere-se ao ângulo da Ball Joint inferior (ou Uniflex Joint), utilizado como
parâmetro de posicionamento primário ou auxiliar, a depender do sistema DP.
DRIFT OFF O mesmo que deriva, perda de posição caracterizada pela inoperância do
sistema de propulsão causada por falha em algum sistema responsável pelo
posicionamento dinâmico ou por “black-out”
ESTADO OPERACIONAL Termo utilizado para definir a capacidade de uma sonda DP em operar com
segurança. A depender das condições do sistema DP como um todo e do
OFFSET em relação à locação, o Estado Operacional poderá ser classificado
em Normal, Degradado, Alarme Amarelo, Alarme Vermelho e Alarme
Vermelho Direto.
HIDROFONE Equipamento que capta sinais acústicos emitidos por beacons e os converte
em pulsos elétricos, “input” de referência de posição para o Controlador DP.
KNOT Unidade de velocidade que representa 1 milha náutica/hora (ou 1,8520 km/h).
LOAD SHEDDING Operação de descarte de cargas não prioritárias do sistema elétrico, em caso
de excesso de solicitação ao sistema de propulsão para manter posição. É
parte integrante do PMS (Sistema Gerenciador de Energia).
MODELO MATEMÁTICO Descrição matemática da embarcação com base em suas características físicas
e dinâmicas, desenvolvido a partir de dados e ensaios de projeto. Utilizado
pelo controlador DP para estimar as reações da unidade sob a ação das forças
ambientais, compará-las com as informações dos Sistemas de Referência e a
partir daí comandar o Sistema de Propulsão.
MULTI SENSOR SYSTEM Configuração de sistemas DP modernos, nos quais as informações fornecidas
pelos vários sistemas de referência participam simultaneamente no cálculo da
posição, cada qual com seu “peso” atribuído em função de suas variâncias.
NOISE Traduzido de forma literal significa ruído. Na prática contudo o termo designa
praticamente todos os fatores que contribuem para a “degradação” dos sinais
do Sistema Acústico de Referência de Posição (desvio, refração, reflexão,
absorção, ruído prop. dito etc.)
PITCH (1) Ângulo das pás do hélice, que definem a quantidade de empuxo gerado pelo
propulsor.
RUÍDO Principal fator que afeta a qualidade dos sinais do Sistema Acústico de
Referência de Posição. Pode ter causas naturais (ondas, correnteza, etc) ou
causas “mecânicas” (hélices de rebocadores, etc.).
THRUSTER RETRÁTIL Propulsores que permitem seu içamento para reparos sem docagem ou até
mesmo sem interrupção das operações. São mais comuns em navios-sonda.
TUNNEL THRUSTER Propulsor fixo do tipo túnel, capaz de produzir empuxo numa única direção
porém nos 2 sentidos.
USBL Sistema acústico de “Linha Base Ultra Curta” (também conhecido como
SSBL).Caracteriza-se por um emissor no fundo do mar e vários receptores
concentrados num único módulo ou “assembly” instalado no casco da
embarcação.
CONTROLADOR REDUNDÂN SISTEMA TIPO RISER TAUT OUTROS SENSOR VRS GYRO UPS CORRENTÔMETRO
SONDA DP CIA ACÚSTICO ANGLE WIRE SISTEMAS DE
POSIC. VENTO
2 ASK 4002 2 ATS USBL 2 ERA 1 DGPS 2 2 2 2 1 DE CASCO
NS-09 SIMPLES
NAUTRONIX 1 ARA 1 INDEPENDENTE
2 RS-5 SBL 2 ERA 2 DGPS 2 2 2 2
NS-11 2 ASK H-316 SIMPLES 1 INDEPENDENTE
NAUTRONIX
3 RS-5 USBL 2 ERA ND DGPS 3 2 2 2
NS-14 2 ASK H-316 SIMPLES 1 INDEPENDENTE
2 RS-906 LBL
NAUTRONIX
3 CEGELEC 2 SBL 1 ARA 1 DGPS 3 3 3 3
NS-15 DUPLA 1 INDEPENDENTE
DPS - 803 SONARDYNE LBL
SD 7762
DUPLA SONARDYNE LSBL 1 ARA 1 2 DGPS 3 3 3 3 NÃO POSSUI
NS-17 CEGELEC 903
SD
3 SIMRAD ADP- 2 SONARDYNE LBL 1 ERA 2 DGPS 2 (503) 2 (503) 3 3
SS-37 DUPLA (503) 1 INDEPENDENTE
503 + 1 ADP-311 7707 SSBL 1 ARA (400/ + 1 (311) +1
+ 1 DP “Back-
1 HPR 309 600m) (311)
up”
1RS902 USBL 4 ERA 1 DGPS 5 2 2 2 1 INDEPENDENTE
SS-43 2 ASK H-3200 SIMPLES
(DUAL)
NAUTRONIX IRS904
(DUAL)
DUPLA (503) 1 HPR 310 SSBL 2 ERA 1 DGPS 2 (503) 2 (503) 2 (503) 2 NÃO POSSUI
SS-47 3 SIMRAD ADP-
+ 1 DP “Back- 1 HPR 410 SSBL 1 ARA (350 ARTEMIS +1 +1 +1
503 MK2 + 1 ADP-
up” SIMRAD m) (operacionalm (311) (503/ (503/
311
as não 311) 311)
contratado)
THRUSTERS PROPULSORES
SONDA FABRICANTE TIPO VELOCIDAD PITCH POT. ARRANJO FABRICANTE TIPO VELOCIDADE PITCH POT. ARRANJO
E
5 LIPS FIXO CONSTANTE VARIÁVEL 5 x 1750 2-PROA 2 LIPS FIXO CONSTANTE VARIÁVEL 2 x 3000 1 POPA BE
NS-09 TUNNEL HP 3-POPA HP 1 POPA BB
5 LIPS FIXO CONSTANTE VARIÁVEL 5 x 1750 2-PROA 2 LIPS FIXO CONSTANTE VARIÁVEL 2 x 3500 1 POPA BE
NS-11 TUNNEL HP 3-POPA HP 1 POPA BB
6 BIRD FIXO CONSTANTE VARIÁVEL 6x 3-PROA 2 BIRD FIXO VARIAVEL CONSTANTE 2000 HP 1 POPA BE
NS-14 JOHNSON RETRÁTIL 2500 HP 3-POPA JONHSON 1 POPA BB
6 LIPS FIXO CONSTANTE VARIÁVEL 6x 3-PROA 2 LIPS FIXO CONSTANTE VARIÁVEL 2100 HP 2 POPA
NS-15 RETRÁTIL 2100 HP 3-POPA 1 LIPS FIXO CONSTANTE VARIÁVEL BB/BE
7500 HP 1 CENTRAL
5 LIPS FIXO CONSTANTE VARIÁVEL 5 X 1750 2 PROA 2 LIPS FIXO CONSTANTE VARIAVEL 2X 1 POPA BE
NS-17 TUNNEL HP 3 POPA 3000 HP 1 POPA BB
1) NAVIOS SONDA:
DISPONÍVEIS EM CONVERSÃO
(projetos, construção, “up-grades”)
Discoverer 534 Neddrill Muravlenko(ex-Viktor Muravlenko)
Discoverer Seven Seas Ocean Clipper
Neddrill 1 (ex-Kingfisher) Sonat Enterprise
Neddrill 2 Gazpron
Peregrine 1 (ex-Mikhail Mirchink) Canmar Explorer III
Peregrine 2 (ex-Pacnorse 1) Foresight Driller II (ex-Sedco 445)
Peregrine 3 (ex-Pelerin) Glomar Explorer
S. C. Lancer
Sedco 471
Valentin Shashin
OBSERVAÇÕES: a) Sedco 471 fora do mercado offshore. Atualmente sob contrato de longa
duração em atívidades científicas de prospecção da crosta terrestre sob os
oceanos.
2) SEMI-SUBMERSÍVEIS:
• Seminar on Hydroacoustics
Simrad subsea - 1990