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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ENSAIO DE IG E CBR

SUBTTULO (SE HOUVER)


NOME DO AUTOR (2)

ENSAIO DE IG E CBR

. Especialista

r(a) completo
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4

2. ENSAIOS DE GRANULOMETRIA, COMPACTAÇÃO, LIMITES DE ATTERBERG E CBR ...... 5

2.1 COLETA E SECAGEM DO MATERIAL ........................................................................ 5

2.2 PENEIRAMENTO E PESAGEM DO MATERIAL .......................................................... 5

2.3 ENSAIO DE GRANULOMETRIA ................................................................................ 6

2.3.1 EQUIPAMENTOS .............................................................................................. 6

2.3.2 PREPARAÇÃO DA AMOSTRA ............................................................................ 6

2.3.3 ENSAIO ............................................................................................................. 7

2.3.4 MEMÓRIA DE CÁLCULO ................................................................................... 7

2.3.5 RESULTADOS .................................................................................................... 9

2.4 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO.................................................................................. 10

2.4.1 EQUIPAMENTOS ............................................................................................ 10

2.4.3 RESULTADOS .................................................................................................. 11

2.5 ENSAIO DE LIMITES DE ATTERBERG ..................................................................... 11

2.5.1 EQUIPAMENTOS ............................................................................................ 12

2.5.2 ENSAIO DE LIMITE DE LIQUIDEZ (LL) ............................................................. 12

2.5.3 ENSAIO DE LIMITE DE PLASTICIDADE (LP) ..................................................... 14

2.6 ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (CBR) ............................................ 16

2.6.1 EQUIPAMENTOS ............................................................................................ 17

2.6.2 PREPARAÇÃO DA AMOSTRA .......................................................................... 17

2.6.3 ENSAIO ........................................................................................................... 18

2.6.4 MEMÓRIA DE CÁLCULO ................................................................................. 19

2.6.4 RESULTADOS .................................................................................................. 19

3. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 20
1. INTRODUÇÃO

O pavimento é uma estrutura construída após terraplenagem e destinada,


econômica e simultaneamente a resistir aos esforços verticais e horizontais que nela
atuam. Ele tem a finalidade de melhorar as condições de rolamento, sempre visando à
segurança, durabilidade e comodidade. Os pavimentos podem ser do tipo flexível,
semi-rígido e rígido. Esse trabalho irá abordar os ensaios físicos de resistência e
suporte do solo para utilização em dimensionamento de pavimentos flexíveis.

Para se dimensionar pavimentos flexíveis, se faz necessário conhecer o material


do terreno de fundação e todos aqueles que irão tornar exequível sua execução,
sempre levando em conta o conceito de baixo custo sem prejuízo à qualidade final da
obra.

A fim de se conhecer as propriedades e as características do material de


fundação e constituição do pavimento, serão realizados ensaios de determinação do
Índice de grupo (IG) e California Bearing Ratio (CBR).

O ensaio de determinação do IG utiliza os resultados oferecidos pela análise


granulométrica e pelos índices físicos do limite de liquidez e índice de plasticidade,
para caracterização de um determinado tipo de solo do terreno de fundação.

Para a determinação do CBR é condição que se tenha um bom sistema de


drenagem, tanto superficial quanto subterrânea e que a compactação do subleito seja
realizada na umidade ótima e na densidade especificada em projeto.

Ambos os ensaios são de suma importância para o dimensionamento de


pavimentos flexíveis e visam fornecer uma análise prévia da qualidade e capacidade do
solo que servirá de fundação, base ou sub-base, sendo de caráter indispensável para o
desenvolvimento de um bom projeto.
2. ENSAIOS DE GRANULOMETRIA, COMPACTAÇÃO, LIMITES DE ATTERBERG E CBR

2.1 COLETA E SECAGEM DO MATERIAL

Primeiramente, procedeu-se com a coleta da amostra de solo na obra de


infraestrutura do bairro Joafra, no canteiro de obras da empresa Ábaco Engenharia. Foi
coletada uma saca do material.

A amostra de solo foi levada ao Laboratório de Ensaios Tecnológicos da UFAC, e


devidamente posta ao ar livre, para secagem do solo.

2.2 PENEIRAMENTO E PESAGEM DO MATERIAL

Após a secagem do material, procedeu-se com o destorroamento do mesmo,


com a utilização de pilão.

Em seguida, realizou-se o peneiramento do solo, utilizando as peneiras 3/4” e


#4. Posteriormente, executou-se a pesagem dos materiais, de acordo com o que
passava na peneira. Portanto, ficou retido na peneira 3/4” 0,433 kg, o material que
passou na peneira 3/4”, mas ficou retido na peneira #4 teve um peso de 7,772 kg, já o
material que passou na peneira #4 teve um total de 31,1 kg. Portanto, um total de
39,305 kg.

A partir do peso das amostras de solo, pode-se classificar inicialmente os


materiais em fino, médio e grosso. Então, a amostra de solo foi caracterizada como
79,12% de material fino, 19,78% de material médio e 1,10% de material grosso.

Com base nas porcentagens calculadas, foram separadas cinco amostras de 6,0
kg para o ensaio de compactação, uma amostra de 6,0 kg para o ensaio de CBR e uma
amostra de 2,0 kg para o ensaio de granulometria. Para as amostras de 6,0 kg, foram
misturados 4,747 kg de solo fino e 1,253 kg de material médio, para estas amostras
não foi misturado o solo com classificação grossa. Já para a amostra de 2,0 kg, foram
misturados 1,582 kg de material fino, 0,395 kg de material médio e 0,022 kg de
material grosso.
2.3 ENSAIO DE GRANULOMETRIA

O ensaio de peneiramento da amostra de solo foi realizado no Laboratório de


Ensaios Tecnológicos – LET, no campus UFAC, utilizado os procedimentos descritos nas
normas DNER-ME 041/64 e DNER-ME 080/94, onde explicita os procedimentos do
ensaio de peneiramento do solo, e sua consequente classificação granulométrica. O
ensaio foi realizado com o uso de instrumentação específica, que será indicado no
tópico seguinte.

2.3.1 EQUIPAMENTOS

 Peneiras #3/4”, #4, #10, #40, #200;


 Balança com precisão de 0,01g;
 Almofariz;
 Mão de gral;
 Estufa;
 Duas cápsulas para umidade higroscópica;

2.3.2 PREPARAÇÃO DA AMOSTRA

A amostra de solo foi seca ao ar livre. A seguir, realizou-se o processo de


destorroamento do solo, com o auxilio do almofariz e mão de gral. Logo em seguida,
realizou-se o quarteamento da amostra. Após isso, pesa-se a amostra, que
normalmente deve ser acima de 1.500 g.

Após a pesagem da amostra, peneira-se o material na peneira #10. O material


retido na peneira é utilizado no ensaio de peneiramento grosso do solo, já o material
que passa na peneira é utilizado no ensaio de peneiramento fino do solo, ensaio de
sedimentação e determinação do teor de umidade.
2.3.3 ENSAIO

Retiraram-se duas amostras de material, este material é posto em duas


capsulas, é pesado e levado a estufa. Após 6h, o material foi pesado novamente e
calculado sua umidade higroscópica.

Após ocorrer o destorroamento, levou-se o material para a peneira #200, o


material que passou nesta peneira é considerado silte e argila. Então, levou-se tanto o
material retido na #10 quanto o material retido na #200 para a estufa a 105ºC.

No peneiramento do material graúdo, pesou-se a amostra que fica retida, após


o peneiramento, nas peneiras 3/4”, #4, e #10.

Então, o material fino foi peneirado e pesado nas peneiras #40, #200.

2.3.4 MEMÓRIA DE CÁLCULO

Umidade higroscópica:

 Peso das cápsulas: Nº 15 = 20,21g, Nº21 = 20,37g;


 Cápsula + solo + água: Nº15 = 74,94g, Nº21 = 74,43g;
 Cápsula + solo: Nº = 74,27g, Nº = 73,88g;
 Peso da água C+S+A – C+S: Nº15 = 0,67g, Nº21= 0,55g;
 Peso do solo C+S – C: Nº15 = 54,26g, Nº21 = 53,51g;
 Umidade (A/S)x100: Nº = (0,67/54,26)x100 = 1,23%, Nº21 = (0,55/53,51)x100 =
1,03%;
 Umidade média: Hm = 1,13%;
 Fator de correção: FC = 100/(100+Hm) = 0,988%;

Peneiramento do material graúdo:;

 Peso do material retido na #3/4” = 0g;


 Peso do material retido na #4 = 288,8g;
 Peso do material retido na #10 = 59,3g;
Peneiramento do material fino lavado na #200:

 Peso do material retido na #40 = 6,80g;


 Peso do material retido na #200 = 72,9g;

Cálculos:

 Material total retido na #10 = soma do material retido até a #10 = 348,1g;
 Material que passa na #10 = amostra total – material retido na #10 = 2000g –
348,1 = 1651,9g;
 Total que passa na #10 seca = Material que passa na #10 x FC = 1632,1 x 0,988 =
1632,1g;
 Amostra total seca = retido na #10 seca + passado na #10 seca = 348,1 +
1632,1= 1980,2g;
 Percentual da amostra total até #10 = peso retido na peneira/amostra total
seca x 100:

#4 = 288,8 ÷ 1980,2 x 100 = 14,6%

#10 = 59,3 ÷ 1980,2 x 100 = 3,00%

 Percentual da amostra menor #10 = peso do material retido nas peneiras < #10
/ amostra < #10 seca:

#40 = 6,80 ÷ 197,8 x 100 = 3,40%

#200 = 72,9 ÷ 197,8 x 100 = 36,9%

 Percentual acumulado = percentual da peneira anterior + percentual da


próxima peneira:

#4 = 14,6%

#10 = 14,6 + 3,0 = 17,6%

 Percentual acumulado (peneira menor que a #10 na primeira coluna) = repete-


se os valores do percentual da amostra menor que #10 + percentual da próxima
peneira:
#40 = 3,40%

#200 = 3,4 + 36,9 = 40,30%

 Percentual acumulado (peneira menor que a #10 na segunda coluna) = 100 -


valor acumulado na primeira coluna:

#40 = 100 – 3,4 = 96,60%

#200 = 100 – 40,30 = 59,7%

 Percentual que passa da amostra total até a #10 = 100 – percentual acumulado
em cada peneira:

#4 = 100 – 14,6 = 85,4%

#10 = 100 – 17,6 = 82,4%

 Percentual que passa da amostra total (peneiras menos que #10) = percentual
que passa na amostra total #10 x percentual acumulado de casa peneira
seguinte/100:

#40 = 82,4 x 96,6 / 100 = 79,6%

#200 = 82,4 x 59,7 /100 = 49,20%

2.3.5 RESULTADOS

Pedregulho acima de 4,8mm = 100 – 85,4 = 14,8%

Areia grossa 4,8 – 2,0mm = 85,4 - 82,4 = 3,00%

Areia média 2,0 – 0,42mm = 82,4 – 79,6 = 2,8%

Areia fina 0,42 – 200 = 79,6 – 49,2 = 30,40%

Passando na #200 = percentual que passa da amostra total na #200 = 49,2%

Retido na #200 = 100 – passando na #200 = 50,80%


Com esses dados, construiu-se o gráfico de distribuição granulométrica da
amostra de solo, como mostrado em anexo I.

2.4 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

Este ensaio objetiva proceder a realização do ensaio de compactação tipo


Proctor Normal, com a reutilização do solo, para a obtenção de sua curva de
compactação.

Foi utilizada uma amostra de 6.000 g de material seco ao ar. Foi realizado o
destorroamento até que não haja torrões maiores que 4,8 mm; realizou-se o
peneiramento d a amostra na peneira #4 (4,8mm) e em seguida determinamos a
umidade higroscópica Hm = 2,5 com o fator de conversão Fc = 0,976.

2.4.1 EQUIPAMENTOS

 Almofariz e mão com borracha;


 Peneira #4 (4,8 mm);
 Balança com precisão 0,01 g;

 Molde cilíndrico de 1000 cm3, com base e colarinho;


 Soquete cilíndrico;
 Extrator de amostras;
 Cápsulas para determinação de umidade;
 Estufa.

2.4.2 ENSAIO

Foram adicionadas percentagens diferentes de água em relação à amostra


(12%, 14%, 16%, 18% e 20%) correspondendo a (720g, 840g, 960g, 1080g e 1200g) e
homogeneizado até se verificar certa consistência. Deve-se atentar para uma
perfeita homogeneização da amostra;
Compactou-se a amostra no molde cilíndrico em cinco camadas iguais (cada
uma cobrindo aproximadamente um quinto do molde), aplicando-se em cada uma
delas 12 golpes distribuídos uniformemente sobre a superfície da camada, com o
soquete caindo de 0,305m;

Removeu-se o colarinho e a base, aplainando a superfície do material à altura


do molde e pesou-se o conjunto cilindro + solo úmido compactado (M + S + A),
encontrando-se os valores (8374g, 8692g, 8912g, 8865g, 8684g) para as respectivas
amostras supraditas.

Foram pesados todos os moldes, obtendo-se os valores (4179g, 4160g, 4179g,


4179g, 4179g), onde se subtraindo esse valor de (M + S + A), encontramos o valor de
solo mais água (S + A): 4195g, 4532g, 4733g, 4686g, 4505g .

2.4.3 RESULTADOS

solo+água
Utilizando as equações: densidade umida = e densidade seca =
volume
dens.umida
, obtém-se:
umidade calc+100

% água adic 12% 14% 16% 18% 20%


Solo + água (g) 4195 4532 4733 4686 4505
Volume 2,333 2,333 2,333 2,333 2,333
Dens. Úmida 1798,1 1942,6 2028,7 2008,6 1931,0
Umid. Calc (%) 14,8 16,8 18,9 20,9 23,0
Dens. Seca 1566,0 1663,2 1706,2 1661,3 1570,0

Tabela 1 – Porcentagem de água adicionada.

Em posse desses dados, traçou-se o gráfico para determinação da umidade


ótima, conforme anexo II.

2.5 ENSAIO DE LIMITES DE ATTERBERG

Os ensaios de limite de Atterberg da amostra de solo foram realizados no


Laboratório de Ensaios Tecnológicos – LET, no campus UFAC, utilizado os
procedimentos descritos nas normas, onde explicita os procedimentos do ensaio de
limite de liquidez (LL) e limite de plasticidade (LP). O ensaio foi realizado com o uso de
instrumentação específica, que será indicado no tópico seguinte.

2.5.1 EQUIPAMENTOS

 Aparelho de Casagrande;
 Balança com precisão de 0,01 g;
 Estufa;
 Espátula;
 Cinzel;
 Cápsulas;
 Gabarito cilíndrico com 3 mm de diâmetro e 10 mm de comprimento;
 Placa de vidro.

2.5.2 ENSAIO DE LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)

 Foi retirado o material de solo seco que estava na estufa em seguida foi
colocado numa cápsula de porcelana e adicionar água destilada em pequenas
quantidades, homogeneizando continuamente com auxílio de uma espátula,
de forma a obter uma pasta homogênea e consistente.
 Logo após a homogeneização do material, o mesmo foi transferido parte da
mistura para a concha do aparelho Casagrande, moldando-a de forma que na
parte central, a espessura seja de aproximadamente 10 mm.
 Abriu-se uma ranhura na parte central da massa passando o cinzel através da
mesma, normal a articulação da concha, dividindo a massa em duas partes,
conforme figura 1.
Figura 1 – Rachadura com cinzel no aparelho de Casagrande.

 Introduziu-se a concha no aparelho e realizaram-se golpes contra a base,


girando a manivela a razão de duas voltas por segundo. Anotou-se o número de
golpes necessário para que as bordas inferiores da ranhura se unam ao longo
de 13 mm de comprimento, aproximadamente.
 Transferiu-se uma pequena quantidade do material para uma cápsula de metal
em seguida o material foi pesado e obtido o resultado do peso da cápsula mais
o solo úmido.
 Em seguida, após a pesagem do material, adicionou-se o mesmo numa estufa,
e consequentemente após sua secagem, foi realizada a pesagem do material
com cápsula mais o solo seco, e assim determinado o teor de umidade e o
limite de liquides.
 O procedimento do ensaio foi repetido 5 vezes, porém com a diferenciação do
numero de golpes, de tal forma que as bordas da ranhura iam se unindo ao
longo da execução do ensaio com a adição de agua destilada e em função da
quantidade de golpes. A tabela 2 exemplifica o resultado dos procedimentos
adotados no ensaio.
LIMITE DE LIQUIDÊS
Cápsula Cápsula + Cápsula Cápsula Água Solo Teor de Numero
solo úmido + solo (g) (g) seco umidade de golpes
(g) seco (g) (g) (%)
10,00 21,39 17,32 5,55 4,07 11,77 34,60 50,00
16,00 16,91 14,03 5,86 2,88 8,17 35,30 41,00
11,00 21,11 16,84 5,80 4,27 11,04 38,70 30,00
14,00 24,19 18,81 5,84 5,38 12,97 41,50 22,00
19,00 25,79 20,00 8,14 5,79 11,86 48,80 12,00

Tabela 2 – Limite de liquidez.

 Logo após, construiu-se um gráfico, no anexo III no qual as abscissas são os


números de golpes e as ordenadas são os teores de umidade correspondentes
e traçou-se uma reta pelos pontos assim obtidos.
 Com isso, foi obtido na reta o teor de umidade correspondente a 25 golpes, o
limite de liquidez do solo é de 40,7%. Obs.: Casagrande estabeleceu que o
limite de liquidez (LL) do solo é o teor de umidade para o qual o sulco se fecha
em 25 golpes, sendo este valor obrigatoriamente obtido no gráfico da reta de
escoamento.

2.5.3 ENSAIO DE LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

 Colocou-se a amostra na cápsula de porcelana, adicionou-se água destilada


com pequenos incrementos, de forma a obter uma pasta homogênea, de
consistência plástica.
 Tomou-se cerca de 10 g da amostra assim preparada e formar uma pequena
bola, a qual deve ser rolada sobre a placa de vidro com pressão suficiente da
palma da mão para lhe dar forma de cilindro (com diâmetro e comprimento
padronizados). Obs.: Atterberg convencionou que a condição para que uma
amostra de solo esteja no estado plástico é a possibilidade de com ela ser
possível moldar um cilindro de 10 cm de comprimento por 0,3 centímetros de
diâmetro, por rolagem sobre uma placa de vidro.
 A amostra fragmentou-se antes de atingir o diâmetro de 0,3 cm,
consequentemente foi necessário retorná-la a cápsula de porcelana, adicionar
mais água destilada, homogeneizar durante pelo menos 3 minutos e repetir o
procedimento descrito em 2.
 Quando a conformação (ou moldagem) do cilindro com as dimensões
mencionadas for conseguida, a matéria prima se encontra no estado plástico.
Refazer a esfera e repetir a rolagem sobre placa de vidro até que haja
fragmentação do cilindro com dimensões próximas as do gabarito de
comparação, conforme figura 3.

Figura 2 – Moldagem do cilindro por meio de rolagem conforme o gabarito de


comparação.

 Transferiram-se imediatamente as partes fragmentadas para um recipiente


adequado, para obter sua pesagem da cápsula mais solo úmido e em seguida
foi guardado em uma estufa para logos após seu período de secagem
determinar seu peso seco.
 Repetir as operações 5 para obter os valores de umidade com precisão de mais
ou menos 5%, fazendo a média dos mesmos. Consequentemente foi obtida a
tabela 3.
LIMITE DE PLASTICIDADE
Cápsula Cápsula Teor de Limite de
Cápsula Água Solo
+solo +solo seco Cápsula(g) umidade plasticidade
Nº (g) seco (g)
úmido (g) (g) (%) (%)
43 12,26 10,92 5,39 1,34 5,53 24,2
5 13,81 12,31 6,29 1,5 6,02 24,9
6 14,14 12,41 5,44 1,73 6,97 24,8 24,8
29 14,14 12,41 5,36 1,73 7,05 24,5
38 15,6 13,65 5,99 1,95 7,66 25,5

Tabela 3 – Limite de Plasticidade.

 O cálculo do índice de plasticidade (IP). O índice de plasticidade deve ser obtido


pela expressão:

IP = LL – LP

sendo IP – índice de plasticidade; LL – limite de liquidez; LP – limite de


plasticidade. Obs.: o índice de plasticidade deve ser expresso em porcentagem
(inteira). Quando não for possível determinar o limite de liquidez ou o de
plasticidade, ou se for obtido LP maior ou igual à LL, anotar o índice de
plasticidade como NP.

2.6 ENSAIO DO ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (CBR)

O Índice de Suporte Califórnia (ISC ou CBR – California Bearing Ratio) é a


relação, em percentagem, entre a pressão exercida por um pistão de diâmetro
padronizado necessário à penetração no solo até determinado ponto (0,1”e 0,2”) e a
pressão necessária para que o mesmo pistão penetre a mesma quantidade em solo-
padrão de brita graduada.

Através do ensaio de CBR é possível conhecer qual será a expansão de um solo


sob um pavimento quando este estiver saturado, e fornece indicações da perda de
resistência do solo com a saturação.

Apesar de ter um caráter empírico, o ensaio de CBR é mundialmente difundido


e serve de base para o dimensionamento de pavimentos flexíveis.
O objetivo do ensaio é determinar o Índice Suporte Califórnia e a expansão do
solo ensaiado.

2.6.1 EQUIPAMENTOS

 Molde cilíndrico grande com base e colarinho;


 Prato-base perfurado;
 Disco espaçador;
 Prato perfurado com haste central ajustável;
 Soquete de 4,5kg;
 Extensômetro mecânico ou transdutor elétrico de deslocamento;
 Papel-filtro;
 Prensa com anel dinamômetro;
 Tanque de imersão;
 Cápsulas para umidade;
 Estufa;
 Balança;
 Peneira de 19 mm.

2.6.2 PREPARAÇÃO DA AMOSTRA

Inicialmente, secou-se a amostra ao ar e realizou-se a pesagem. Destorroou-se


a amostra e fez-se o peneiramento na peneira de 19 mm. Foi determinada a umidade
higroscópica; Adicionou-se 18,6% de água (umidade ótima), totalizando 942 g de água.

De acordo com os dados do ensaio de compactação, tem-se:

Molde nº Peso (g) Volume (cm³) Golpes


467 4160 2333 12

Tabela 4 – Dados da amostra de solo.


2.6.3 ENSAIO

a) Expansão

Compactou-se o corpo de prova à umidade ótima. Imergiu-se o cilindro com o


corpo-de-prova e sobrecarga no tanque durante 96 horas, de tal forma que a água
banhe o material tanto pelo topo quanto pela base. Realizou-se leituras de
deformação (expansão ou recalque), obtendo-se:

Data Leitura Diferença


21-11-14 1,00
0,25
25-11-14 1,25

Tabela 5 – Dados da amostra de solo.

b) Penetração

Instalou-se o conjunto, molde cilíndrico com corpo-de-prova e sobrecarga, na


prensa. Assentou-se o pistão da prensa na superfície do topo do corpo de prova,
zerando-se em seguida os extensômetros. Aplicaram-se os carregamentos (0,63mm,
1,27mm, 1,90mm, 2,54mm, 3,81mm, 5,08mm, 6,35mm, 7,62mm, 8,89mm, 10,16mm,
12,70mm) nos tempos mostrados a seguir, obtendo as leituras no extensômetros:

Penetração (mm) Tempo (min) Leitura Extensômetro Pressão (kg/cm²)


0,63 0,5 50 5,04
1,27 1,0 74 7,46
1,90 1,5 89 8,97
2,54 2,0 101 10,18
2,81 3,0 112 11,29
5,08 4,0 125 12,60
6,35 5,0 1,39 14,01
7,62 6,0 151 15,22
8,89 7,0 157 15,83
10,16 8,0 166 16,73
12,70 10,0 184 18,55

Tabela 6 – Leitura dos extensômetros.


2.6.4 MEMÓRIA DE CÁLCULO

Para calcular a expansão (%) do solo num dado instante, usou-se o quociente:

[(h - hi)/hi].100, onde: (h - hi) - deformação até o instante considerado;

Com os pares de valores da fase de penetração, traça-se o gráfico que relaciona


a carga, em ordenadas às penetrações, nas abscissas. Se a curva apresentar ponto de
inflexão, traça-se por ele uma reta seguindo o comportamento da curva, até que
intercepte o eixo das abscissas. Esse ponto de interseção será a nova origem,
provocando assim uma translação no sistema de eixos.

Do gráfico em anexo IV obteve-se, por interpolação, ar cargas associadas às


penetrações de 2,54 e 5,08 mm.

Cálculo do CBR: CBR = [(Pressão encontrada)/(Pressão padrão)].100.

2.6.4 RESULTADOS

O resultado final para o CBR determinado foi o maior dos dois valores
encontrados correspondentes às penetrações de 2,5 e 5,0mm. Portanto, tem-se CBR =
14,5%.
3. CONCLUSÃO

Os ensaios relacionados a solos são de suma importância para engenharia civil.


Saber determinar as características e qualidade do solo serve de subsidio para
determinação dos elementos da estrada.

De acordo com os ensaios realizados no laboratório da UFAC, observou-se que


o solo extraído do depósito do Joafra apresentou as seguintes características:

 Limite de liquidez = 40,07


 Limite de plasticidade = 24,80
 Índice de plasticidade = 15,27
 IG = 4,9
 CBR = 10,22

Levando em consideração a classificação adotada pela American Association of


Highway Officials (AASHO), o solo estudado é considerado de fraco a pobre, com
predominância de materiais siltosos.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira Regulamentadora


NBR 7180. Solo – Determinação do Limite de Plasticidade.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira Regulamentadora


NBR 7182. Solo – Ensaio de Compactação.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTADAS DE RODAGEM. Norma 041/64 – Preparação


de Amostras Par Ensaios de Caracterização.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTADAS DE RODAGEM. Norma 080/94 – Análise


Granulométrica do Solo.

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