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Linux

Linux é um termo comumente utilizado para se referir a sistemas operativos (português


europeu) ou sistemas operacionais (português brasileiro) que utilizam o kernel Linux. O núcleo
Linux foi desenvolvido pelo programador finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O
seu código fonte está disponível sob a licença GPL (versão 2) para que qualquer pessoa o possa
utilizar, estudar, modificar e distribuir livremente de acordo com os termos da licença. A Free
Software Foundation e seus colaboradores usam o nome GNU/Linux para descrever o sistema
operacional, o que tem gerado controvérsias.

Inicialmente desenvolvido e utilizado por grupos de entusiastas em computadores pessoais, os


sistemas operacionais com núcleo Linux passaram a ter a colaboração de grandes empresas
como IBM, Sun Microsystems, Hewlett-Packard (HP), Red Hat, Novell, Oracle, Google, Mandriva e
Canonical.

Apoiado por pacotes igualmente estáveis e cada vez mais versáteis de softwares livres para
escritório (LibreOffice, por exemplo) ou de uso geral (projeto GNU) e por programas para micro e
pequenas empresas que na maioria dos casos em nada ficam a dever aos seus concorrentes
proprietários, e interfaces gráficas cada vez mais amigáveis como o KDE e o GNOME, o núcleo
Linux, conhecido por sua estabilidade e robustez, tem gradualmente caído no domínio popular,
encontrando-se cada vez mais presente nos computadores de uso pessoal atuais. Mas já há
muito que o Linux se destaca como o núcleo preferido em servidores de grande porte,
encontrando-se quase sempre presente nos mainframes de grandes empresas e até mesmo no
computador mais rápido do mundo, o Tianhe-2, chinês (lista TOP500).

História
Antecedentes
"O que queríamos preservar era não só um bom ambiente para fazer programação, mas sim um
sistema em torno do qual um companheirismo poderia se formar. Por experiência, sabíamos que
a essência da computação em comunidade da maneira proporcionada pelo acesso remoto e o
compartilhamento de tempo de máquinas não é apenas para digitar programas em um terminal
em vez de um fundador de papel, mas para encorajar a comunicação de perto".

—Dennis Ritchie em sua palestra "A Evolução do Sistema de Compartilhamento de Tempo do


Unix" realizada em 1980.[4]
O sistema operacional Unix foi concebido e implementado em 1969 pela AT&T Bell Laboratories
nos Estados Unidos por Ken Thompson, Dennis Ritchie, Douglas McIlroy, e Joe Ossanna. Lançado
pela primeira vez em 1971, o Unix foi escrito inteiramente em linguagem assembly uma prática
comum para a época. Mais tarde, em uma abordagem pioneira em 1973, ele foi reescrito na
linguagem de programação C por Dennis Ritchie (com exceções para o kernel e I/O). A
disponibilidade de uma implementação do Unix feita em linguagem de alto nível fez a sua
portabilidade para diferentes plataformas de computador se tornarem mais fácil. Na época, a
maioria dos programas era escrita em cartões perfurados que tinham de ser inseridos em lotes
em computadores mainframe.

Devido a um caso antitruste que a proibia de entrada no negócio de computadores, a AT&T foi
obrigada a licenciar o código fonte do sistema operacional para quem quisesse.[5] Com o
resultado, o Unix cresceu rapidamente e se tornou amplamente adotado por instituições
acadêmicas e diversas empresas. Em 1984, a AT&T se desfez da Bell Labs; livres da obrigação
legal exigindo o licenciamento do royalty, a Bell Labs começou a vender o Unix como um
Software proprietário.

O Projeto GNU, iniciado em 1983 por Richard Stallman, teve o objetivo de criar um "sistema de
software completamente compatível com o Unix", composto inteiramente de software livre. O
trabalho começou em 1984.[6] Mais tarde, em 1985, Stallman começou a Free Software
Foundation e escreveu a Licença Pública Geral GNU (GNU GPL) em 1989. No início da década de
1990, muitos dos programas necessários em um sistema operacional (como bibliotecas,
compiladores, editores de texto, uma Unix shell, e um sistema de janelas) foram concluídos,
embora os elementos de baixo nível, como drivers de dispositivo, daemons e as do kernel foram
paralisadas e não completadas.

Apesar de não ser sido lançado até 1992 devido a complicações legais, o desenvolvimento de
386BSD, que veio a partir do NetBSD, OpenBSD e FreeBSD, que antecedeu do Linux. Linus
Torvalds disse que se o 386BSD estivesse disponível naquele momento, ele provavelmente não
teria criado o Linux.

Criação
O núcleo Linux foi, originalmente, escrito por Linus Torvalds do Departamento de Ciência da
Computação da Universidade de Helsinki, Finlândia, com a ajuda de vários programadores
voluntários através da Usenet (uma espécie de sistema de listas de discussão existente desde os
primórdios da Internet).
Linus Torvalds começou o desenvolvimento do núcleo como um projeto particular, inspirado
pelo seu interesse no Minix, um pequeno sistema UNIX desenvolvido por Andrew S. Tanenbaum.
Ele limitou-se a criar, nas suas próprias palavras, "um Minix melhor que o Minix" ("a better Minix
than Minix"). E depois de algum tempo de trabalho no projecto, sozinho, enviou a seguinte
mensagem para comp.os.minix:

"Você suspira pelos bons tempos do Minix-1.1, quando os homens eram homens e escreviam
seus próprios "device drivers"? Você está sem um bom projeto em mãos e deseja trabalhar num
S.O. que possa modificar de acordo com as suas necessidades? Acha frustrante quando tudo
funciona no Minix? Chega de noite ao computador para conseguir que os programas funcionem?
Então esta mensagem pode ser exatamente para você. Como eu mencionei há um mês atrás,
estou trabalhando numa versão independente de um S.O. similar ao Minix para computadores
AT-386. Ele está, finalmente, próximo do estado em que poderá ser utilizado (embora possa não
ser o que você espera), e eu estou disposto a disponibilizar o código-fonte para ampla
distribuição. Ele está na versão 0.02... contudo eu tive sucesso ao executar bash, gcc, gnu-make,
gnu-sed, compress etc. nele."

Curiosamente, o nome Linux foi criado por Ari Lemmke, administrador do site ftp.funet.fi que
deu esse nome ao diretório FTP onde o núcleo Linux estava inicialmente disponível.[11] Linus
inicialmente tinha-o batizado como "Freax".[12]

No dia 5 de outubro de 1991 Linus Torvalds anunciou a primeira versão "oficial" do núcleo Linux,
versão 0.02. No ano de 1992, Linus Torvalds mudou a licença do núcleo Linux, de uma licença
própria para uma licença livre compatível com a GPL do projeto GNU . Desde então, muitos
programadores têm contribuído com o desenvolvimento, ajudando a fazer do Linux o núcleo de
enorme sucesso colaborativo que é hoje. No início era utilizado por programadores ou só por
quem tinha conhecimentos e usava linhas de comando. Hoje isso mudou e existem diversos
grupos que criam ambientes gráficos para as diversas distribuições GNU/Linux, que são cada vez
mais amigáveis, de forma que, uma pessoa com poucos conhecimentos consegue usar o Linux,
através de uma distribuição GNU/Linux, por exemplo. Hoje o Linux é um núcleo estável e
consegue reconhecer muitos periféricos sem a necessidade de que o usuário precise instalar
drivers de som, vídeo, modem, rede, entre outros.

Núcleo
O termo Linux refere-se ao núcleo (em inglês: "kernel") do sistema operativo que inicia e
gerencia outros programas que fornecem o acesso aos recursos do sistema como os vários
software livres de shells, compiladores, bibliotecas-padrão e os comandos que fazem parte do
Projeto GNU. O Projeto GNU, por sua vez, foi criado pela Free Software Foudation com o intuito
de criar um sistema operacional completo, totalmente livre e compatível com o Unix. O principal
compilador do Linux C, gcc, é um pedaço do projeto GNU.
Arquitetura
O Linux é um núcleo monolítico: as funções do núcleo (escalonamento de processos,
gerenciamento de memória, operações de entrada/saída, acesso ao sistema de arquivos) são
executadas no espaço de núcleo. Uma característica do núcleo Linux é que algumas das funções
(drivers de dispositivos, suporte à rede, sistema de arquivos, por exemplo) podem ser
compiladas e executadas como módulos (em inglês: LKM - loadable kernel modules), que são
bibliotecas compiladas separadamente da parte principal do núcleo e podem ser carregadas e
descarregadas após o núcleo estar em execução.

Portabilidade
Embora Linus Torvalds não tivesse como objetivo inicial tornar o Linux um sistema portátil, ele
evoluiu nessa direção. Linux é hoje um dos núcleos de sistemas operativos mais portáteis,
correndo em sistemas desde o iPaq (um computador portátil) até o IBM S/390 (um denso e
altamente custoso mainframe).

Os esforços de Linus foram também dirigidos a um diferente tipo de portabilidade.


Portabilidade, de acordo com Linus, era a habilidade de facilmente compilar aplicações de uma
variedade de código fonte no seu sistema; consequentemente, o Linux originalmente tornou-se
popular em parte devido ao esforço para que os códigos-fonte GPL ou outros favoritos de todos
corressem em Linux.

O Linux hoje funciona em dezenas de plataformas, desde mainframes até um relógio de pulso,
passando por várias arquitecturas: x86 (Intel, AMD), x86-64 (Intel EM64T, AMD64), ARM,
PowerPC, Alpha, SPARC e etc, com grande penetração também em sistemas embarcados, como
handhelds, PVR, consola de videojogos, celulares, TVs e centros multimídia, entre outros.

Termos de licenciamento
Inicialmente, Torvalds lançou o Linux sob uma licença de software própria que proibia qualquer
uso comercial. Isso foi mudado, um ano depois, para a GNU General Public License. Essa licença
permite a distribuição e até a venda de versões até mesmo modificadas do Linux, mas requer
que todas as cópias sejam lançadas dentro da mesma licença e acompanhadas de acesso ao
código fonte.
Apesar de alguns dos programadores que contribuem para o núcleo permitirem que o seu
código seja licenciado com GPL versão 2 ou posterior, grande parte do código (incluído as
contribuições de Torvalds) menciona apenas a GPL versão 2. Isto faz com que o núcleo como um
todo esteja sob a versão 2 exclusivamente.

Sistemas de arquivos suportados


O Linux possui suporte de leitura e escrita a vários sistema de arquivos, de diversos sistemas
operacionais, além de alguns sistemas nativos. Por isso, quando o Linux é instalado em dual boot
com outros sistemas (Windows, por exemplo) ou mesmo funcionando como Live CD, ele poderá
ler e escrever nas partições formatadas em FAT e NTFS. É por isso que os Live CDs Linux são
muito utilizados na manutenção e recuperação de outros sistemas operacionais.

Entre os sistemas de ficheiros suportados pelo Linux, podemos citar UFS (Unix), FAT, NTFS, JFS,
XFS, HPFS, Minix e ISO 9660 (sistema de ficheiros usado em CD-ROMs), este último também com
as extensões RRIP (IEEE P1282) e ZISOFS. Alguns sistemas de ficheiros nativos são, entre outros,
Ext2, Ext3, Ext4, ReiserFS e Reiser4. Alguns sistemas de ficheiros com características especiais
são SWAP, UnionFS, SquashFS, Tmpfs, Aufs e NFS, dentre outros.

Sistema operacional

Logo que Linus Torvalds passou a disponibilizar o Linux, ou seja na sua versão 0.01, já havia
suporte ao disco rígido, tela, teclado e portas seriais, o sistema de arquivos adotava o mesmo
layout do Minix (embora não houvesse código do Minix no Linux), havia extensos trechos em
assembly, e ela já era capaz de rodar o bash e o gcc.

"A linha guia quando implementei o Linux foi: fazê-lo funcionar rápido. Eu queria o núcleo
simples, mas poderoso o suficiente para rodar a maioria dos aplicativos Unix."

O próprio usuário deveria procurar os programas que dessem funcionalidade ao seu sistema,
compilá-los e configurá-los. Talvez por isso, o Linux tenha carregado consigo a etiqueta de
sistema operativo apenas para técnicos. Foi neste ambiente que surgiu a MCC Interim Linux, do
Manchester Computer Centre, a primeira distribuição Linux, desenvolvida por Owen Le Blanc da
Universidade de Manchester, capaz de ser instalada independentemente em um computador.
Foi uma primeira tentativa de facilitar a instalação do Linux.
Desde o começo, o núcleo Linux incluía um sistema básico para chamadas do sistema e acesso
aos dispositivos do computador. O núcleo de um sistema operativo define entre várias
operações, o gerenciamento da memória, de processos, dos dispositivos físicos no computador e
é uma parte essencial de qualquer sistema operacional utilizável, contudo para um sistema
operacional adquirir funcionalidade são necessários também vários outros aplicativos que
determinam funções específicas que aquele sistema será capaz de desenvolver, os aplicativos
existentes num sistema operacional com a única exceção do núcleo são determinados pelo
usuário do computador, como por exemplo: interpretadores de comandos, gerenciadores de
janelas, que oferecem respectivamente uma interface para o usuário do computador, CLI ou GUI,
e outros aplicativos como editores de texto, editores de imagem, tocadores de som, e, mas não
necessariamente, compiladores.

A maioria dos sistemas inclui ferramentas e utilitários baseados no BSD e tipicamente usam
XFree86 ou X.Org para oferecer a funcionalidade do sistemas de janelas X — interface gráfica.
Assim como também oferecem ferramentas desenvolvidas pelo projeto GNU.

No momento do desenvolvimento do Linux, vários aplicativos já vinham sendo reunidos pelo


Projeto GNU da Free Software Foundation (‘Fundação Software Livre’), que embarcara num
subprojeto que ainda continua para obter um núcleo, o GNU Hurd. Porém devido a várias
complicações o projeto GNU e demora em desenvolver o Hurd, Stallman acabou adotando o
núcleo Linux como base para distribuir os programas do projeto GNU; no entanto diversas
pessoas e instituições tiveram a mesma ideia e assim começaram a surgir várias distribuições
baseadas no núcleo desenvolvido inicialmente por Linus.

Diretórios
Os scripts de shell, que são:os arquivos de textos, os comandos executáveis, entre outros
arquivos comuns são nomeados como arquivos regulares. Estes tipos de arquivos possuem
dados que podem ser lidos ou executados por instruções. Também há arquivos que não são
regulares, como diretórios ou redirecionamentos com nomes. Eles contêm dados singulares ou
possuem comportamentos especiais quando acessados.

Os arquivos são organizados em diretórios ou listagens de arquivos. Todos os demais arquivos no


Linux, um diretório é lidado também como um tipo de de arquivo. Cada diretório poderá conter
um subdiretório, originando assim uma lista hierárquica. Os diretórios são organizados somente
em uma árvore monolítica. O mais alto dos diretórios é chamado de diretório-raíz. Ele se difere
em relação aos outros sistemas operacionais, que tem discos marcados separadamente. O Linux
lida qualquer parte do disco como um subdiretório dentro dessa estrutura do principal diretório.
Partindo do ponto de vista do usuário, é praticamente impossível afirmar em qual parte do disco
é pertencido um respectivo diretório, pois aparentemente tudo pertence ao único disco.

O nome de caminho é uma string que mostra uma localização de um arquivo, de acordo com sua
ordem de diretórios que for encontrado ao passar. O diretório-raiz, é determinado com o
símbolo da barra (/). O uso de mais nomes de barras e diretórios especifica os diretórios
adicionais. Quando os usuários se conectam, são trazidos no diretório pessoal chamado de seu
diretório de entrada. Esse diretório é tipificado com um til (~) em Bash.

O diretório de trabalho, ou chamado também diretório corrente é representado por um ponto


final (.). Quando ele não começa com uma barra, o Bash julga que é um caminho relativo ao
diretório de trabalho. O diretório-pai, é simbolizado por dois pontos (..). Esses dois pontos
podem ser usados em qualquer diretório a fim de mover em direção ao diretório-raiz da árvore
de diretórios, anulando assim o diretório dito anteriormente em um caminho.

Os nomes de caminhos sem uma barra inicial são nomeados de caminhos relativos, pois eles
especificam a localização de um arquivo em comparação ao diretório corrente. Esses caminhos
relativos são de utilidade para representar arquivos em seu diretório corrente ou em
subdiretórios deste.

Os caminhos com uma barra no início são nomeados de caminhos absolutos. Esses tipos de
caminhos denotam a localização do arquivo em comparação ao diretório-raiz. Não importando
onde que esse diretório-raiz estiver. Os caminhos absolutos sempre identificam o arquivo com
precisão. Esses caminhos absolutos servem de localização de arquivos comuns que são
guardados sempre no mesmo lugar.

A maioria das distribuições Linux incluem os respectivos diretórios:

/dev - Contém drives de dispositivos.

/bin e /usr/bin - Contém comandos-padrão de Linux.

/lib e /usr/lib - Possui as bibliotecas-padrão de Linux.


/var - Possui arquivos de configuração e de log.

/etc - Possui arquivos padrão de configuração.

/usr/local/bin - Possui comandos que não são parte da distribuição, acrescentando pelo seu
administrador.

/opt - Possui software comercial

/tmp -Armazena arquivos temporários.

/sbin e /usr/sbin - Possui comandos de administração de sistema.

Distribuições
Atualmente, um Sistema Operacional (em Portugal Sistema Operativo) Linux ou GNU/Linux
completo (uma "Lista de distribuições de Linux ou GNU/Linux") é uma coleção de software livre
(e por vezes não-livre) criado por indivíduos, grupos e organizações de todo o mundo, incluindo
o núcleo Linux. Companhias como a Red Hat, a SuSE, a Mandriva (união da Mandrake com a
Conectiva) e a Canonical (desenvolvedora do Ubuntu Linux), bem como projetos de
comunidades como o Debian ou o Gentoo, compilam o software e fornecem um sistema
completo, pronto para instalação e uso. Patrick Volkerding também fornece uma distribuição
Linux, o Slackware.

As distribuições do Linux ou GNU/Linux começaram a receber uma popularidade limitada desde


a segunda metade dos anos 90, como uma alternativa livre para os sistemas operacionais
Microsoft Windows e Mac OS, principalmente por parte de pessoas acostumadas ao Unix na
escola e no trabalho. O sistema tornou-se popular no mercado de Desktops e servidores,
principalmente para a Web e servidores de bancos de dados.

No decorrer do tempo, várias distribuições surgiram e desapareceram, cada qual com sua
característica. Algumas distribuições são maiores outras menores, dependendo do número de
aplicações e sua finalidade. Algumas distribuições de tamanhos menores cabem num disquete
com 1,44 MB, outras precisam de vários CDs, existindo até algumas versões em DVD.

Todas elas têm o seu público e sua finalidade, as pequenas (que ocupam poucas disquetes) são
usadas para recuperação de sistemas danificados ou em monitoramento de redes de
computadores.

Dentre as maiores, distribuídas em CDs, podem-se citar: Slackware, Debian, Suse, e Conectiva.
Cada distribuição é, em síntese, um sistema operacional independente, de modo que os
programas compilados para uma distribuição podem não rodar em outra, embora usem o
mesmo núcleo (o Linux propriamente dito). A distribuição Conectiva Linux, por exemplo, tinha as
suas aplicações traduzidas em português, o que fez com que os usuários que falam a Língua
Portuguesa tenham aderido melhor a esta distribuição. Hoje esta distribuição foi incorporada à
Mandrake, o que resultou na Mandriva. Para o português, existe também a distribuição
brasileira Kurumin (essa distribuição foi descontinuada pelo seu mantenedor), construída sobre
Knoppix e Debian, e a Caixa Mágica, existente nas versões 32 bits, 64 bits, Live CD 32 bits e Live
CD 64 bits, e com vários programas open source: LibreOffice, Mozilla Firefox, entre outros.

Existem distribuições com ferramentas para configuração que facilitam a administração do


sistema.

As principais diferenças entre as distribuições estão nos seus sistemas de pacotes, nas estruturas
dos diretórios e na sua biblioteca básica. Por mais que a estrutura dos diretórios siga o mesmo
padrão, o FSSTND é um padrão muito relaxado, principalmente em arquivos onde as
configurações são diferentes entre as distribuições. Então normalmente todos seguem o padrão
FHS (File Hierarchy System), que é o padrão mais novo. Vale lembrar, entretanto, que qualquer
aplicativo ou driver desenvolvido para Linux pode ser compilado em qualquer distribuição que
vai funcionar da mesma maneira.

Quanto à biblioteca, é usada a biblioteca libc, contendo funções básicas para o sistema
Operacional Linux. O problema é que, quando do lançamento de uma nova versão da Biblioteca
libc, algumas distribuições colocam logo a nova versão, enquanto outras aguardam um pouco.
Por isso, alguns programas funcionam numa distribuição e noutras não.

Existe um movimento LSB (Linux Standard Base) que proporciona uma maior padronização.
Auxilia principalmente vendedores de software que não liberam para distribuição do código
fonte, sem tirar características das distribuições. O sistemas de pacotes não é padronizado.

ArchLinux, Debian, Fedora, Mandriva, Mint, Opensuse, PCLinuxOS, Puppy, Sabayon, Slackware e
Ubuntu são algumas das distribuições mais utilizadas actualmente, listadas aqui por ordem
alfabética.

Existem também distribuições Linux para sistemas móveis, como tablets e smartphones, sendo o
Android, desenvolvido pelo Google, a mais difundida de todas. Outras distribuições Linux para
sistemas móveis são o Maemo e o MeeGo.

Código aberto e programas livres


Um programa, assim como toda obra produzida atualmente, seja ela literária, artística ou
tecnológica, possui um autor. Os Direitos sobre a ideia ou originalidade da obra do autor, que
incluem essencialmente distribuição, reprodução e uso é feito no caso de um programa através
de sua licença.
Existem dois movimentos que regem o licenciamento de programas no mundo livre, os
programas de código aberto e os programas livres. Os dois representados respectivamente pela
OSI e pela FSF oferecem licenças para produção de software, sendo seus maiores representantes
a licença BSD e a GPL.

O Linux oferece muitos aplicativos de open source, contudo nem todos podem ser considerados
programas livres, dependendo exclusivamente sob qual licença estes programas são distribuídos.
Os programas distribuídos sob tais licenças possuem as mais diversas funcionalidades, como
desktops, escritório, edição de imagem e inclusive de outros sistemas operacionais.

Também existem organizações inclusive no mundo livre como a organização Linux Simples para o
Usuário Final (SEUL) que tem como objetivo adotar a maior gama possível de aplicativos de alta
qualidade produzidos sobre a GPL. É um projeto voluntário que atualmente se foca no
aprendizado de Linux, seu uso na ciência e em documentos de advocacia, bem como gerenciar e
coordenar projetos de desenvolvimento de aplicativos.

Controvérsias quanto ao nome


Linux foi o nome dado ao núcleo de sistema operacional criado por Linus Torvalds. Por extensão,
sistemas operacionais que usam o núcleo Linux são chamados genericamente de Linux.
Entretanto, a Free Software Foundation afirma tais sistemas operacionais são, na verdade,
sistemas GNU, e o nome mais adequado para tais sistemas é GNU/Linux, uma vez que grande
parte do código-fonte dos sistemas operacionais baseados em Linux são ferramentas do projeto
GNU.

Há muita controvérsia quanto ao nome. Eric Raymond afirma, no Jargon File, que a proposta da
FSF só conseguiu a "aceitação de uma minoria" e é resultado de uma "disputa territorial". Linus
Torvalds afirma que consideraria "justo" que tal nome fosse atribuído a uma distribuição do
projeto GNU, mas que chamar os sistemas operacionais Linux como um todo de GNU/Linux seria
"ridículo". Linus disse não se importar sobre qual o nome usado, considera a proposta da GNU
como "válida" ("ok") mas prefere usar o termo "Linux".

Sobre o símbolo
O símbolo do software foi escolhido pelo seu criador (Linus Torvalds), que um dia estava no
zoológico e foi surpreendido pela mordida de um pinguim. Fato curioso e discutido até hoje.

Em 1996, muitos integrantes da lista de discussão "Linux-Kernel" estavam discutindo sobre a


criação de um logotipo ou de um mascote que representasse o Linux. Muitas das sugestões eram
paródias ao logotipo de um sistema operacional concorrente e muito conhecido (Windows).
Outros eram monstros ou animais agressivos. Linus Torvalds acabou entrando nesse debate ao
afirmar em uma mensagem que gostava muito de pinguins. Isso foi o suficiente para dar fim à
discussão.

Depois disso, várias tentativas foram feitas numa espécie de concurso para que a imagem de um
pinguim servisse aos propósitos do Linux, até que alguém sugeriu a figura de um "pinguim
sustentando o mundo". Em resposta, Linus Torvalds declarou que achava interessante que esse
pinguim tivesse uma imagem simples: um pinguim "gordinho" e com expressão de satisfeito,
como se tivesse acabado de comer uma porção de peixes. Torvalds também não achava atraente
a ideia de algo agressivo, mas sim a ideia de um pinguim simpático, do tipo em que as crianças
perguntam "mamãe, posso ter um desses também?". Ainda, Torvalds também frisou que
trabalhando dessa forma, as pessoas poderiam criar várias modificações desse pinguim. Isso
realmente acontece.

Quando questionado sobre o porquê de pinguins, Linus Torvalds respondeu que não havia uma
razão em especial, mas os achava engraçados e até citou que foi bicado por um "pinguim
assassino" na Austrália e ficou impressionado como a bicada de um animal aparentemente tão
inofensivo podia ser tão dolorosa.
Escândalo dos Programas de Vigilância da NSA
As revelações da vigilância global exercida pela Agência de Segurança Nacional trouxeram à tona
alegações de que Google, Yahoo!, Facebook e, Microsoft estão entre as muitas empresas
intencionalmente cooperando com a NSA, oferecendo acesso aos seus sistema via uma backdoor
criada especialmente para atender aos interesses da Agência.

No caso de sistemas operacionais Linux, a agência americana NSA pediu ao criador do Linux,
Linus Torvalds, para criar backdoors em GNU / Linux através do qual eles poderiam acessar o
sistema.

O fato dos sistemas GNU/Linux serem software livre permitem que qualquer um realize auditoria
sobre o código. Dessa forma dificultando a inserção de backdoors.

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