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ANÁLISE DE

SISTEMAS TÉRMICOS
Prof. Dr. Paulo H. D. Santos psantos@utfpr.edu.br
AULA 6
Modelagem dos Ciclos Diesel e Otto e de Sistemas de
31/10/2014 Cogeração – Parte I
Sumário

 MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA (MCI)


 Terminologia do MCI

 CICLO DE AR-PADRÃO OTTO


 Análise do ciclo ar-padrão Otto

 CICLO DE AR-PADRÃO DIESEL


 Análise do ciclo ar-padrão Diesel

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 3/90
MOTORES DE
COMBUSTÃO INTERNA
(MCI)

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 4/90
 Embora a maioria das turbinas a gás sejam também motores de
combustão interna, o nome MCI é usualmente aplicado a motores de
combustão interna comumente usado em automóveis, caminhões e
ônibus.

 Na verdade, esses motores diferem das instalações SPV porque os


processos ocorrem dentro de arranjos cilindro-pistão com movimento
alternativo e não numa série de componentes diferentes interligados.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 5/90
 Dois tipos principais de motores de combustão interna
alternativos são:
 Motor com ignição por centelha
 Motor com ignição a compressão.
 No motor com ignição por centelha, uma mistura de
combustível e ar é inflamada pela centelha da vela de ignição.
 Eles são vantajosos para aplicações que exijam potência de até
cerca de 225 kW (300 HP).
 Por isso, são também mais leves e de baixo custo, são os
preferidos para uso em automóveis.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 6/90
 No motor com ignição a compressão, o ar é comprimido até
uma pressão e temperatura elevadas, suficientes para que a
combustão espontânea ocorra quando o combustível for
injetado.
 Estes são preferidos quando é necessário economia de
combustível e potência relativamente alta (caminhões pesados,
navios, locomotivas, unidades auxiliares de potência).

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 7/90
Terminologia dos MCI
 O MCI consiste de um pistão
que se move dentro de um
cilindro dotado de duas
válvulas.
 O calibre do cilindro é o seu
diâmetro.
 O curso é a distância que o
pistão se move em uma direção.
 O pistão está no ponto morto
superior quando o volume do
cilindro é mínimo (volume
morto).
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 8/90
Terminologia dos MCI
Quando o volume é máximo, o
pistão estará no ponto morto
inferior.
O volume percorrido pelo
pistão quando se move do
ponto morto superior ao ponto
morto inferior é o volume de
deslocamento.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 9/90
Terminologia dos MCI
 O volume no ponto morto
inferior dividido pelo volume
no ponto morto superior
denomina-se taxa de compres-
são (r).

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 10/90
Terminologia dos MCI
 Em um MCI de dois tempos, um
ciclo termodinâmico se completa
a cada volta do eixo. Esta
característica permite que o
próprio pistão atue também como
válvula, abrindo e fechando as
janelas (aberturas) na parede da
câmara de combustão.
 Em um MCI de quatro tempos, o
pistão executa quatro cursos
distintos dentro do cilindro para
cada duas rotações do eixo de
manivelas.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 11/90
Terminologia dos MCI

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 12/90
Terminologia dos MCI
 1. Com a válvula de
admissão aberta, o pistão
executa um curso de
admissão quando aspira
uma carga fresca para
dentro do cilindro.
 No caso de MCI com
ignição por centelha, a
carga é uma mistura de ar e
combustível.
 Para MCI com ignição por
compressão, a carga é
somente ar.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 13/90
Terminologia dos MCI
 2. Com ambas as válvulas
fechadas, o pistão passa por
um curso de compressão,
elevando a temperatura e a
pressão da carga.
 Esta fase exige fornecimento
de trabalho de pistão para o
conteúdo do cilindro.
 Inicia-se então um processo
de combustão, que resulta
numa mistura gasosa de alta
pressão e temperatura.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 14/90
Terminologia dos MCI
 A combustão é induzida
através da vela próxima ao
final do curso de compressão
nos motores com ignição por
centelha.
 Nos motores com ignição por
compressão, a combustão é
iniciada pela injeção de com-
bustível no ar quente compri-
mido, começando próximo ao
final do curso de compressão e
continuando através da
primeira etapa da expansão.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 15/90
Terminologia dos MCI
 3. Um curso de potência vem
logo em seguida, durante o
qual a mistura gasosa se
expande e é realizado trabalho
sobre o pistão à medida que
este retorna ao ponto morto
inferior.
 4. Finalmente, o pistão
executa um curso de escape
no qual os gases queimados
são expulsos do cilindro
através da válvula de escape
aberta.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 16/90
Terminologia dos MCI
 Embora os MCI percorram ciclos mecânicos, o conteúdo do
cilindro não executa um ciclo termodinâmico, uma vez que é
introduzida matéria com uma composição que muda antes da
descarga para o ambiente.
 Um parâmetro usado para descrever o desempenho de motores
alternativos a pistão é a pressão média efetiva, ou pme.
 A pressão média efetiva é a pressão constante teórica que, se
atuasse no pistão durante o curso de potência, produziria o
mesmo trabalho líquido que é realmente produzido no ciclo.
trabalho líquido para um ciclo
pme
volume de deslocamento

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 17/90
Terminologia dos MCI
 Para dois motores que apresentem o mesmo volume de
deslocamento, o de maior pme produzirá o maior trabalho
líquido e, se os motores funcionassem à mesma velocidade, a
maior potência.

trabalho líquido para um ciclo


pme
volume de deslocamento

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 18/90
Análise de Ar-Padrão
 A modelagem termodinâmica de MCI precisa de
simplificações, pois o processo real é bastante complexo.
 Um procedimento neste sentido consiste em empregar uma
análise de ar-padrão com os seguintes elementos:
 O fluido de trabalho é uma quantidade fixa de ar modelado como gás
ideal.
 O processo de combustão é substituído por uma transferência de calor
de uma fonte externa.
 Não existem os processos de admissão e descarga como no motor real.
 O ciclo se completa com um processo de transferência de calor a
volume constante enquanto o pistão está no ponto morto inferior.
 Todos os processos são internamente reversíveis.
 Na análise de ar-padrão frio, os calores específicos são considerados
constantes nos seus valores para temperatura ambiente.
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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 19/90
REVISÃO – Gases Ideais

 Equações de Estado: pv RT
pV mRT
 Variação em u e h: T2
u T2 u T1 cv T dT
T1
T2
h T2 h T1 c p T dT
T1

 Para cv e cp constantes (Tabelas A-20 e A-21):


u T2 u T1 cv T2 T1
h T2 h T1 c p T2 T1

 Para cv e cp variáveis utilize as Tabelas A-22 e A-23


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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 20/90
REVISÃO – Gases Ideais

 Variação em s: T2 dT v2
s T2 , v2 s T1 , v1 cv T R ln
T1 T v1
T2 dT p2
s T2 , p2 s T1 , p1 cp T R ln
T1 T p1
 Para cv e cp constantes (Tabelas A-20 e A-21):
T2 v2
s T2 , v2 s T1 , v1 cv ln R ln
T1 v1
T2 p2
s T2 , p2 s T1 , p1 c p ln R ln
T1 p1

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 21/90
REVISÃO – Gases Ideais

 Para cv e cp variáveis (Tabelas A-22 e A-23):


o o p2
s T2 , p2 s T1 , p1 s T2 s T1 R ln
p1

 Para processos isoentrópicos e cv e cp constantes (Tabela A-20):


k 1  k 1
 T2   v1   T2  p   p2   v1 
k
    
k
    2      
 T1  s cte  v2   T1  s cte  p1   p1  s cte  v2 

sendo que R = cp – cv , k = cp /cv e R/cv = (k –1).

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 22/90
REVISÃO – Gases Ideais

 Para processos isoentrópicos e cv e cp variáveis apenas para o ar:

 v2  vr , 2
  
 v1  s cte vr ,1

 p2  pr , 2
  
 p1  s cte pr ,1

onde pr e vr podem ser encontrados para o ar na Tabela A-22.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 23/90
Ciclo de
Ar-Padrão Otto

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 24/90
 O ciclo de ar-padrão Otto é um ciclo ideal que considera que a
adição de calor ocorre instantaneamente enquanto o pistão se
encontra no ponto morto superior.
 O ciclo consiste de quatro processos internamente reversíveis
em série:

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 25/90
 Processo 1-2: compressão isentrópica conforme o pistão se
move do ponto morto inferior para o ponto morto superior.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 26/90
 Processo 2-3: transferência de calor (calor adicionado) a
volume constante a partir de uma fonte externa enquanto o
pistão está no ponto morto superior.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 27/90
 Processo 3-4: expansão isentrópica (curso de potência).

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 28/90
 Processo 4-1: transferência de calor (calor rejeitado) pelo ar a
volume constante enquanto o pistão está no ponto morto
inferior.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 29/90
 Como os processos são internamente reversíveis, as áreas nos
diagramas p-v e T-s representam o trabalho e o calor
envolvidos, respectivamente.
Área interna =
Calor líquido
absorvido
Área interna =
Trabalho
líquido obtido

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 30/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto

 O ciclo de ar-padrão Otto consiste


de dois processos nos quais há
trabalho mas não há transferência
de calor,
 e de dois processos nos quais há
transferência de calor mas não há
trabalho.

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 31/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto

 Assim, aplicando um balanço de


energia a um sistema fechado com
variações de energia cinética e
potencial desprezíveis, tem-se
(valores positivos):

W12 W34
 u2  u1  u3  u4
m m
Q23 Q41
 u3  u2  u4  u1
m m

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 32/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto

 O trabalho líquido do ciclo é


expresso por:
Wciclo W34 W12
    u3  u4    u2  u1 
m m m
 ou, alternativamente:

Wciclo Q23 Q41


    u3  u2    u4  u1 
m m m

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 33/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto

 A eficiência térmica é a razão entre


o trabalho líquido do ciclo e o calor
adicionado:


 u3  u2    u4  u1 
 1
 u4  u1 
u3  u2  u3  u2 

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 34/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto
 Para os processos isoentrópicos
(1-2) e (3-4) do ciclo, as relações
fornecidas a seguir também são
importantes:
 V2  vr1  V4 
vr 2  vr1    vr 4  vr 3    rvr 3
 V1  r  V3 
 Onde r é a taxa de compressão.
 Note que V3 = V2 e V4 = V1, logo
r = V1/ V2 = V4/ V3.
 Para o ar, o volume relativo (vr) é
função da T (Tabela A-22).
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 35/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto
 Quando o ciclo Otto é analisado em
uma base de ar-padrão frio (calor
específico constante), as seguintes
relações podem ser usadas para os
processos isoentrópicos (1-2) e (3-4):
k 1
T2  V1 
   r k 1
T1  V2 
k 1
T4  V3  1
  
T3  V4  r k 1

k 6=–cCiclos
Aula /c =Diesel,
p v
Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I
constante
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 36/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto
Efeito da taxa de compressão no desempenho
 Voltando ao diagrama T-s do ciclo, observa-
se que a eficiência do ciclo Otto aumenta de
acordo com o aumento da taxa de
compressão (ciclo 1-2-3-4-1 muda para
1-2’-3’-4-1).
 Uma vez que a temperatura média de
fornecimento de calor é maior no último
ciclo, mantendo o mesmo processo de
rejeição de calor, conclui-se que o ciclo
1-2’-3’-4-1 tem maior eficiência térmica.

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 37/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto
Efeito da taxa de compressão no desempenho
 Numa base de ar-padrão frio, a eficiência térmica pode ser
relacionada à taxa de compressão de seguinte maneira:

cv T4  T1 
  1
cv T3  T2 
 Rearrumando:
T1 T4 T1  1
  1
T2 T3 T2  1

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 38/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto
Efeito da taxa de compressão no desempenho
 Sabendo que : T T3
4

T1 T2

 Logo, T1
  1 k  1, 4
T2

 Finalmente, para k constante:

1
  1 k 1 de Cogeração – Parte I
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas
r
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 39/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto
Efeito da taxa de compressão no desempenho
 A eficiência térmica do ciclo ar-padrão
frio Otto é uma função da taxa de
compressão (r) e de k.

 Assim, quanto maior for a taxa de k  1, 4


compressão, maior será a eficiência
térmica do MCI.

1
  1
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I k 1
r
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 40/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto
Efeito da taxa de compressão no desempenho
 Infelizmente, a possibilidade de auto-
ignição da mistura ar-combustível
limita o valor real de r.
 A auto-ignição é desfavorável porque
produz uma perda de potência no MCI k  1, 4
ao permitir a combustão antes do
tempo ideal.
 A composição da limita as taxas de
compressão no MCI de ignição por
centelha ao redor de 9.
1
  1
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I k 1
r
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 41/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Otto
Efeito da taxa de compressão no desempenho
 Já nos MCI com ignição por
compressão, as taxas de compressão
podem ser mais altas devido ao uso de
somente ar na etapa de compressão.
k  1, 4
 Assim, taxas de compressão típicas
do MCI com ignição por compressão
estão entre 12 e 20.

1
  1
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I k 1
r
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 42/90
Modelagem do Ciclo Otto
Exemplo1:

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 43 43/90
Modelagem do Ciclo Otto

"Exemplo 1 - Aula 6"


"!Dados:"
r = 8 "!Razão de compressão"
T[1] =ConvertTEMP(C;K;27) "!Temperatura atmosférica"
p[1] = 95 "!Pressão atmosférica"
q_23 = 750 "Calor fornecido ao sistema"

"Ponto 1"
u[1]=IntEnergy(Air;T=T[1])
v[1]=Volume(Air;T=T[1];P=P[1])
s[1]=Entropy(Air;T=T[1];P=P[1])

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 44/90
Modelagem do Ciclo Otto

"Ponto 2"
v[1]/v[2] = r
s[2]=s[1]
T[2]=Temperature(Air;s=s[2];v=v[2])
u[2]=IntEnergy(Air;T=T[2])
P[2]=Pressure(Air;T=T[2];v=v[2])

"!Solução da letra (a):"


"Ponto 3"
v[3] = v[2]
u[3] - u[2] = q_23 "!Balanço de energia"
T[3]=Temperature(Air;u=u[3])
P[3]=Pressure(Air;T=T[3];v=v[3])
s[3]=Entropy(Air;T=T[3];P=P[3])

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 45/90
Modelagem do Ciclo Otto

"!Solução da letra (b):"


"Ponto 4"
v[4] = v[1]
s[4] = s[3]
T[4]=Temperature(Air;s=s[4];v=v[4])
u[4]=IntEnergy(Air;T=T[4])
P[4]=Pressure(Air;T=T[4];v=v[4])
u[1] - u[4] = q_41 "!Balanço de energia"
w_total = q_23 + q_41 "!Balanço de energia no ciclo"

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 46/90
Modelagem do Ciclo Otto

"!Solução da letra (c):"


eta_ciclo_Otto = (w_total/q_23)*100

"!Solução da leta (d):"


MEP = w_total/(v[1]*(1-(1/r)))

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 47/90
TRABALHO 1 – Entrega (14/10/2014)

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 48/90
Propriedades Geométricas
 Razão de compressão: r  Vd  Vc
c
Vc
 Razão entre o diâmetro do cilindro e o
curso do pistão: B
R bs 
L
 Razão entre os comprimentos do
mecanismo biela-manivela: R  l
a
 Comprimento do curso: L  2a

Razão entre o volume dentro da câmera e


o volume na folga:
V
Vc
1
2
Aula

 1   rc  1 R  1  cos     R  sin   
6 – Ciclos Diesel, Otto e
2
Sistemas
2
de
1/2

Cogeração
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS
– Parte I
49/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

"Exemplo 2 - Aula 6:"


r_c = 9[-] "!Razão de Compressão"
L=75 [mm] "!Comprimento do Curso"
a=L/2 "!Raio do Mecanismo biela-manivela"
l_l=110[mm] "!Comprimento do Mecanismo biela-manivela"
B = 130[mm] "!Diâmetro do Cilindro"
theta = 90 [deg] "!Ângulo do Mecanismo biela-manivela"
T_max = 2500[K] "!Temperatura máxima obtida numa simulação do Ciclo Otto
(Ar-Padrão)"
RPM = 3000 "!Rotação em RPM"

"Cálculo dos Parâmetros Geométricos de Máquinas de Deslocamento Positivo:"


R = l_l/a "!Razão entre o comprimento e o raio do Mecanismo biela-manivela"
H_max = H_min + L "!Altura máxima dentro da câmara de combustão"
r_c = H_max/H_min "!Razão de Compressão"

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 50/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

V_c_mm = ((pi*B^2)/4)*H_min
V_mm/V_c_mm = 1+ (1/2)*(r_c - 1)*(R + 1- cos(theta) - (R^2 -
(sin(theta))^2)^(1/2))
V = V_mm*convert(mm^3;m^3)
V_c = V_c_mm*convert(mm^3;m^3)

"!Este procedimento calcula as propriedades (Temperatura, Pressão, Energia


Interna, Volume Específico, Entropia) para cada processo (Admissão,
Compressão, Combustão e Exaustão) dentro do Motor de Combustão Interna em
função do ângulo do mecanismo biela-manivela"
PROCEDURE Otto(Theta; Vol; Vol_c; T_max:m;T;P;u;v;s; Curso$)

if (Theta>=720 [deg]) then Theta=Theta-720 [deg]


Curso$='Admissão'
if (Theta>180) then Curso$='Compressão'
if (Theta>360) then Curso$='Combustão'
if (Theta>540) then Curso$='Exaustão'
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 51/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

if (Curso$='Admissão') then
P=95 [kPa]
T_ent=300 [K]
T_Exaustão= 900 [K]
m_min=Vol_c/volume(Air;T=T_Exaustão;P=P)
m_in=(Vol-Vol_c)/volume(Air;T=T_ent;P=P)
m=m_min+m_in
T=Temperature(Air;P=P;v=Vol/m)
u=intEnergy(Air;T=T)
v=volume(Air;T=T;P=P)
s=entropy(Air;T=T;P=P)
endif

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 52/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

if (Curso$='Compressão') then
s=entropy(Air;T=TableValue('Otto';91;'T'); P=TableValue('Otto';91;'P'))
m=TableValue('Otto';91;'m')
v=Vol/m
T=Temperature(Air;s=s;v=v)
P=Pressure(Air;s=s;v=v)
u=intEnergy(Air;T=T)
endif

if (Curso$='Combustão') then
s=entropy(Air;T=T_max;v=TableValue('Otto';180;'v'))
m=TableValue('Otto';180;'m')
v=Vol/m
T=Temperature(Air;s=s;v=v)
P=Pressure(Air;s=s;v=v)
u=intEnergy(Air;T=T)
endif
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 53/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

if (Curso$='Exaustão') then
P=105 [kPa]
s=TableValue('Otto';270;'s')
T=temperature(Air;s=s;P=P)
v=volume(Air;T=T;P=P)
m=Vol/v
u=intEnergy(Air;T=T)
s=entropy(Air;T=T;P=P)
endif
end

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 54/90
Propriedades Geométricas
 Volte no Window Equations (ctrl E) e comente o theta:
"theta = 90[deg]" "!Ângulo do Mecanismo biela-manivela"

 No Unite System coloque no SI, Mass, K, kPa, kJ, Degrees

 Digite o seguinte comando no final do programa:


$ifnot ParametricTable
Theta=0
$endif

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 55/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

"Cálculo das Propriedades Termodinâmicas em Função do theta:"


Call Otto(Theta; Vol; Vol_c; T_max:m;T;P;u;v;s; Curso$)

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 56/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

 Em New Parametric Table: digite 361 nos Runs


 Selecione: Curso$, m, P, s, T, theta, u, v, vol

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 57/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 58/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

 Modifique o nome da tabela para Otto


 Clique na seta preta no canto superior direito da variável Theta e
digite:
 0 no First Value
 720 no Last Value

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 59/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

 Clique na seta verde para resolver a tabela (ou F3)

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 60/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 61/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

 Façam agora os Diagramas T-s, p-v e p-Volume

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 62/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

 Façam agora os Diagramas T-s, p-v e p-Volume

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 63/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

 Façam agora os Diagramas T-s, p-v e p-Volume

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 64/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

"!Esse procedimento faz uma Análise Termodinâmica do Ciclo Otto:"


PROCEDURE Analise_Ciclo_Otto(R:w_compressão;w_potência;eta)
w_compressão=0
w_potência=0
eta=0
m=1
if (R>91) then m=TableValue('Otto';91;'m')
if (R>180) then w_compressão=m*(TableValue('Otto';91;'u')-TableValue('Otto';180;'u'))
if (R>270) then w_potência=m*(TableValue('Otto';182;'u')-TableValue('Otto';270;'u'))
if (R>270) then eta=(w_potência+w_compressão)/(m*(TableValue('Otto';182;'u')-
TableValue('Otto';181;'u')))
end

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 65/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

Call Analise_Ciclo_Otto(TableRun#:w_compressão;w_potência;eta)
W_dot_motor=(w_compressão+w_potência)*RPM/2*convert(kJ/min;kW)

 Resolva a Tabela Otto (F3)


 Adicione mais três colunas a direita da coluna da variável
Curso$: w_compressão, w_potência, W_dot_motor e eta
 Resolva novamente a Tabela Otto (F3)

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 66/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 67/90
Simulação do Ciclo Otto (HEYWOOD, 1988)

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 68/90
Ciclo de
Ar-Padrão Diesel

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 69/90
 Foi visto nesta aula que o ciclo de ar-padrão Otto é um ciclo
ideal que considera que a adição de calor ocorre enquanto o
pistão se encontra no ponto morto superior, i.e., a volume
constante.
 O ciclo de ar-padrão Diesel é um ciclo ideal que considera
que a adição de calor ocorre durante um processo a
pressão constante que se inicia com o pistão no ponto
morto superior.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 70/90
 Processo 1-2: compressão isentrópica conforme o pistão se
move do ponto morto inferior para o ponto morto superior.

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 71/90
 Processo 2-3: transferência de calor (calor adicionado) a
pressão constante. Este constitui a primeira parte do curso de
potência.

p = const.
heat addition

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 72/90
 Processo 3-4: expansão isentrópica (segunda parte do curso de
potência).

p = const.
heat addition

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 73/90
 Processo 4-1: transferência de calor (calor rejeitado) pelo ar a
volume constante enquanto o pistão está no ponto morto
inferior.

p = const.
heat addition

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 74/90
 Como os processos são internamente reversíveis, as áreas nos
diagramas p-v e T-s representam o trabalho e o calor
envolvidos, respectivamente.

Área interna =
Trabalho
líquido obtido

Área interna =
Calor líquido
absorvido

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ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 75/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Diesel

 No ciclo de ar-padrão Diesel a adição de calor ocorre a pressão


constante.
 Consequentemente, o processo 2-3 envolve tanto trabalho quanto
calor. O trabalho é dado por: W23
  pd  p2 3  2 
3

m 2

 O calor adicionado ao processo pode ser determinado aplicando


um balanço de energia para o sistema fechado:
mu3  u2   Q23  W23
 Logo,
Q23
  u3  u2   p 3  2   h3  h2
m
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 76/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Diesel

 Como no ciclo Otto, o calor rejeitado no processo 4-1 é:

Q41
u4 u1
m
 A eficiência térmica é a razão entre o trabalho líquido do ciclo e
o calor adicionado:
Wciclo m Q41 m u4 u1
1 1
Q23 m Q23 m h3 h2

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 77/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Diesel
 Assim, para calcular a eficiência térmica são necessários valores
de energia interna e entalpia, ou de outro modo, os valores das
temperaturas nos estados do ciclo.
 Para uma dada temperatura inicial T1 e taxa de compressão r, a
temperatura no estado 2 pode ser determinada pela relação
isentrópica: V  v
vr 2  vr 1  2   r 1
 V1  r
 Para encontrar T3, observe que a equação de gás ideal simplifica-
se com p3 = p2, fornecendo: V 3
T3 T2 rcT2
V2
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 78/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Diesel
 onde rc é denominado razão de corte: r  V3
c
V2
 Devido que V4 = V1, a razão volumétrica para o processo
isentrópico 3-4 pode ser expressa como:
V4 V4 V2 V1 V2 r
V3 V2 V3 V2 V3 rc
 Considerando a Equação anterior juntamente com o valor de vr3
determinado com T3, determina-se a temperatura T4 por
interpolação, uma vez que vr4 poderá ser determinado a partir da
relação isentrópica:
V4 r
vr 4 vr 3 vr 3
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto eV
Sistemas
3 rc Cogeração – Parte I
de
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 79/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Diesel
 Agora, numa análise de ar-padrão frio, a expressão apropriada
para o cálculo de T2 é fornecida por:
k 1
T2 V1
rk 1

T1 V2
k 1 k 1
T4 V3 rc
T3 V4 r

k = cp/cv = constante

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 80/90
ANÁLISE DO CICLO Ar-Padrão Diesel
Efeito da taxa de compressão no desempenho
 Assim como no ciclo Otto, a eficiência térmica do ciclo Diesel
aumenta com o aumento da taxa de compressão. Na base de ar-
padrão frio, a eficiência térmica pode ser expressa como:

1  rc  1 
k
  1  k 1  
r  k  rc  1 

k  1, 4

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 81/90
Modelagem do Ciclo Diesel

Exemplo 3:

16 17

18

15
Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I
ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 82/90
Modelagem do Ciclo Diesel

"Exemplo 3 - Aula 6"


"!Dados:"
r = 20 "!Razão de compressão" 17
16
T[15] =20 "!Temperatura atmosférica"
p[15] = 95 "!Pressão atmosférica"
T_17K = 2200 "!Temperatura máxima do ciclo"
T[17] = ConvertTEMP(K;C;T_17K)
18

15

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 83/90
Modelagem do Ciclo Diesel

"Ponto 15"
u[15]=IntEnergy(Air;T=T[15])
v[15]=Volume(Air;T=T[15];P=P[15]) 17
16
s[15]=Entropy(Air;T=T[15];P=P[15])

"Ponto 16"
v[15]/v[16] = r
s[16]=s[15] 18
T[16]=Temperature(Air;s=s[16];v=v[16])
u[16]=IntEnergy(Air;T=T[16])
h[16]=Enthalpy(Air;T=T[16]) 15

c_p_ar =Cp(Air;T=T[15])
h_ap[16] = c_p_ar*T[16]
P[16]=Pressure(Air;T=T[16];v=v[16])

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 84/90
Modelagem do Ciclo Diesel

16 17

18

15

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 85/90
Modelagem do Ciclo Diesel

"Ponto 17"
p[17]=p[16]
(T_17K/v[17]) = (T_16K/v[16]) 17
16
T[16] = ConvertTEMP(K;C;T_16K)
u[17]=IntEnergy(Air;T=T[17])
h[17]=Enthalpy(Air;T=T[17])
h_ap[17] = c_p_ar*T[17]
s[17]=Entropy(Air;T=T[17];P=P[17]) 18

"Ponto 18"
v[18] = v[15] 15

s[18] = s[17]
T[18]=Temperature(Air;s=s[18];v=v[18])
u[18]=IntEnergy(Air;T=T[18])
P[18]=Pressure(Air;T=T[18];v=v[18])

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 86/90
Modelagem do Ciclo Diesel

16 17

18

15

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 87/90
Modelagem do Ciclo Diesel

"Análise Termodinâmica"
0 = q_1617 + h[16] - h[17]
0 = q_1617_ap + h_ap[16] - h_ap[17] 17
16
u[15] - u[18] = q_1815
w_total_motogerador = q_1617 + q_1815
eta_ciclo_Diesel =
(w_total_motogerador/q_1617)*100
18

15

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 88/90
Trabalho 2 (Entrega 14/10/2014)

 Fazer simulação no EES do Ciclo Diesel com base na


modelagem realizada para o Ciclo Otto (Exemplo 2 – Aula 6).
 Sugestão: utilize os dados do modelo o Exemplo do EES (Examples
-> Animation -> Animation of a Diesel internal combustion
engine)

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 89/90
Fonte Bibliográfica

 ÇENGEL, Y.A. & BOLES, M.A., 2007. Termodinâmica.


São Paulo, SP: McGraw-Hill, 740p.

 MORAN, M.J. & SHAPIRO, H.N., 2009. Princípios de


Termodinâmica para Engenharia. Rio de Janeiro, RJ: LTC,
800p.

 HEYWOOD, J. Internal Combustion Engine Fundamentals,


1st ed., McGraw-Hill, 1988.

Aula 6 – Ciclos Diesel, Otto e Sistemas de Cogeração – Parte I


ANÁLISE DE SISTEMAS TÉRMICOS 90/90

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