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CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE: A PERCEPÇÃO DOS ESTAGIÁRIOS SOBRE A PRÁTICA


PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO

Francisco Willams Campos Lima (UEPA) 1

Iolanda Rodrigues da Costa (UEPA) 2

Antonio Mangoni (UEPA) 3

Rosilene Pacheco Quaresma (UEPA) 4

RESUMO

O presente trabalho objetiva compreender as contribuições do Estágio para a


construção da identidade docente, a partir da percepção dos estagiários do 4º ano do
Curso de Licenciatura em Ciências da Religião da Universidade do Estado do Pará ,
acerca da prática pedagógica dos professores de Ensino Religioso, nos anos finais do
Ensino Fundamental. Consideramos que as vivências no campo do Estágio
contribuem, direta e indiretamente, para a construção de sua identidade docente.
Nessa perspectiva, buscamos compreender, inicialmente, a concepção sobre Estágio
construída pelos os alunos, considerando o fato de que o mesmo poderá orientar sua
práxis profissional, assim como ser ressignificada continuamente. Para o
desenvolvimento do estudo, utilizamos como técnica de coleta de dados a constituição
de um grupo focal. A utilização dessa técnica de pesquisa tem possibilitado a
identificação de percepções, sentimentos, atitudes e idéias dos estagiários a respeito
da prática pedagógica dos professores de ensino religioso, no campo de estágio.

1
Doutor em Educação (UFPA), Professor de Estágio do Curso de Licenciatura em Ciências da Religião
da UEPA, Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino Religiosos na Amazônia-GEPERA
(UEPA). Presidente do Conselho Municipal de Educação de Ananindeua/PA. E-mail:
willamscampos@yahoo.com.br
2Mestre em Educação (UNIMEP/SP), professora de estágio do Curso de Licenciatura em Ciências da
Religião da UEPA. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino Religiosos na Amazônia –
GEPERA (UEPA) E-mail: iolandauepa@gmail.com
3Mestre em Teologia ( PUC/RS ) ,professor de Estágio do Curso de Licenciatura em Ciências da Religião
da UEPA. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino Religiosos na Amazônia-GEPERA
(UEPA) E-mail:jmangoni@yahoo.com.br
4Mestranda em Educação (UEPA),professora de Estágio do Curso de Licenciatura em Ciências da
Religião da UEPA. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino Religiosos na Amazônia-
GEPERA (UEPA) E-mail: ro.qua@hotmail.com
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As questões norteadoras do estudo foram as seguintes: Como os estagiários


estão percebendo a prática pedagógica professores de Ensino Religioso? As
experiências e procedimentos observados pelos estagiários estão contribuindo para a
construção de sua identidade docente? Os estagiários conseguem interpretar essas
experiências fazendo articulação entre a teoria e a prática? Quais os principais desafios
apontados pelos estagiários em relação à prática pedagógica dos professores de
ensino religioso? A sistematização dos dados considerou os seguintes eixos de
análise, que no nosso entendimento, caracterizam a prática pedagógica dos
professores de ensino religioso, quais sejam: metodologias e procedimentos didáticos;
relação professor aluno e questões relacionadas à indisciplina; estratégias de
avaliação; o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais,
durante as aulas de ensino religioso. Todavia, consideramos que o propósito deste
trabalho não pretendeu exaurir a concepção de prática pedagógica, com todos os
elementos que a constituem. Dessa forma, resolvemos priorizar aspectos que
emergiram de maneira mais recorrente, dos relatos de experiência dos estagiários. O
estudo revelou a importância que o estágio vem assumindo no processo de construção
da identidade docente dos estagiários de Ciências da Religião, pelo seu caráter
dinâmico, dialógico e prático-reflexivo. Percebe-se o entusiasmo dos alunos do curso
em relação as experiências vivenciadas no decorrer do estágio, sendo inclusive um
elemento decisivo para que os mesmos assumam a docência como um projeto
importante para a sua vida, por conta das experiências exitosas percebidas na
realidade escolar, bem como, pelas relações afetivas estabelecidas com os alunos e
professores no campo de estágio.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino Religioso. Estágio. Identidade Docente. Prática


Pedagógica.

GT 2. Didática e Metodologias do Ensino Religioso

INTRODUÇÃO
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Este estudo parte do princípio de que o Estágio se constitui como


momento adequado para promover a interseção entre a teoria que os
estagiários adquirem ao longo do Curso, com a prática com a qual se depara
no “chão da escola” e que as experiências desenvolver no campo de estágio
possibilitam a construção da identidade docente , na medida em que se
constitui no lócus onde essa identidade profissional é gerada, construída e
referida (BURIOLLA,1999), sendo um espaço propício para o desenvolvimento
de uma ação que deve ser planejada, reflexiva e crítica .

Assim, dependendo da forma com que se concebe o campo de Estágio,


este poderá se constituir num espaço de construção de práticas e de novos
saberes, que concorrem diretamente para a construção de uma identidade
profissional docente, a partir da significação social que se atribui ao exercício
profissional do professor. Nessa perspectiva, Pimenta (2008), argumenta sobre
a importância de serem efetivadas revisões constantes dos significados sociais
da profissão, das tradições, mas também da reafirmação de práticas
consagradas culturalmente e que permanecem significativas.

Nessa perspectiva, consideramos a importância do Estágio em Ciências


da Religião da Universidade Estadual do Pará, que, na opinião dos próprios
discentes, tem contribuído para o fortalecimento de sua identidade profissional,
na medida em que possibilita a reflexão e a análise crítica dessas experiências.
Em relação a esse aspecto, Guimarães (2004) argumenta que os cursos de
formação exercem importante papel nessa construção, uma vez que
possibilitam a reflexão e a crítica das diversas representações sociais
historicamente construídas e praticadas na profissão e que podem ser
identificadas no campo de estágio.

No Curso de Licenciatura em Ciências da Religião, da Universidade


Estadual do Pará – UEPA, a experiência de estágio vem se constituindo a partir
de uma dinâmica que podemos considerar peculiar, uma vez que tem como
foco a formação de identidades docentes para o Ensino Religioso, por meio de
um movimento que articula ação-reflexão-ação, como atos indissociáveis,
como nos diz Tardif (2002) apud Pimenta e Lima ( 2008, pag 111) .

Ao transitar da universidade para a escola e desta para a


universidade, os estagiários podem tecer uma rede de relações,
conhecimentos, aprendizagens, não com o objetivo de copiar, de
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criticar apenas os modelos, mas no sentido de compreender a


realidade e ultrapassá-la. Aprender com os professores de profissão
como é o ensino, como é ensinar, é o desafio a ser
aprendido/ensinado no decorrer dos cursos de formação e no estágio.

Nessa perspectiva, o estágio caracteriza-se como um espaço de


formação permanente tanto para os acadêmicos quanto para os formadores,
que se vêem diante de um ambiente dinâmico, o qual exige uma contínua
revisão de concepções e práticas relacionadas ao ato de ensinar e aprender, o
que implica em conceber o estágio como um processo de investigação e
intervenção sobre a realidade.

A Prática Pedagógica como Referência para a Construção da


Identidade Docente .

A concepção de prática pedagógica, adotada neste trabalho, assume a


perspectiva de Paulo Freire (1987, pag 79), que se orienta pelo princípio da
dialogicidade, ao admitir que a construção do conhecimento é concebida como
um processo em que professor e aluno, constroem referência para a leitura
crítica e interpretativa da realidade, quando este afirma:

O diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que


se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao
mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um
ato de depositar ideias de um sujeito ao outro, nem tampouco tornar-
se simples troca de idéias a serem consumidas pelos permutantes.
Não é também discussão guerreira, polêmica, entre sujeitos que não
aspiram a comprometer-se com a pronúncia do mundo, nem a buscar
a verdade, mas impor a sua. Porque é o encontro de homens que
pronunciam o mundo, não deve ser doação de pronunciar de uns aos
outros. É um ato de criação. Daí que não possa ser manhoso
instrumento de quem lance mão de um sujeito para a conquista do
outro. A conquista implícita no diálogo é a do mundo pelos sujeitos
dialógicos, não de um pelo outro. Conquista do mundo para a
libertação dos homens.

Nesse sentido, que a prática pedagógica precisa ser necessariamente


dialógica e intencional, não adstrita a uma concepção de didática focada
apenas nos métodos de ensino e de aprendizagem. A concepção que interessa
ao ensino religioso se articula, necessariamente, como a prática social e ao
conhecimento como produção histórica e social, “datada e situada, numa
relação dialética entre prática-teoria, conteúdo-forma e perspectivas
interdisciplinares” (FERNANDES, 2008, p.159).

Considerando, portanto, a reflexão e análise desses elementos,


constituintes da prática pedagógica, assumimos uma concepção de currículo
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para o Ensino Religioso, que este está em constante construção e que deve
ser compreendido numa perspectiva dialética, diretamente articulada ás demais
áreas do conhecimento, marcado pelo respeito às diferenças, pela alteridade e
pelo diálogo inter-religioso visando a formação para a cidadania.

Nessa perspectiva, o eixo central do currículo consiste no estudo do


fenômeno religioso e não religioso em sua diversidade de expressões na
cultura humana. Dessa forma, a referida disciplina preocupa-se em educar o
olhar dos alunos para a beleza presente no diferente, que dialoga com as
diferenças, numa perspectiva intercultural, que segundo Pozzer e Wickert
(2015, pag 91)

Não se reduz à socialização de conhecimentos, mas se constitui


enquanto espaço de vivências e experiências de vida, intercâmbios e
diálogos permanentes que visam o enriquecimento das identidades
culturais religiosas e não religiosas. Não significa a fusão das
diferenças, mas um constante exercício de convivência e de mútuo
reconhecimento das raízes culturais do outro e de si mesmo, de
modo a valorar a história dos antepassados, suas experiências e
cosmovisões que,direta ou indiretamente, constituem aspectos das
identidades pessoais e coletivas. Trata-se de um livre assentimento e
respeito à diversidade cultural do outro, tornando-se a base da
construção de novas identidades mais humanas e promotoras do
bem viver.

Nesse sentido, considera-se que a prática pedagógica dos professores


sejam capazes de fomentar continua e ininterruptamente a pergunta, a
pesquisa e o diálogo como princípios orientadores dos processos de
observação, identificação, análise, apropriação e ressignificação dos saberes.

Percepções dos Estagiários acerca da Prática Pedagógica dos Professores de


Ensino Religioso.

Quando motivados a falar sobre sua percepção a respeito das


metodologias e procedimentos didáticos assumidos pelos professores do
Ensino Religioso, a pesquisa revelou que os estagiários de Ciências da
Religião demonstram compreensão crítica desses procedimentos, chegando a
fazer a leitura da realidade observada com o aporte teórico que vem sendo
adquirido em sua formação acadêmica. Dessa forma, revelam em seus
depoimentos observações e reflexões importantes, tais como: professores que
utilizam ainda métodos e técnicas de ensino que não chegam a ser atrativos
para os alunos, assumindo, na maioria das vezes postura centralizadora; há
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outros que não trabalham em conformidade com um plano previamente


concebido para desenvolver sua proposta em sala de aula, revelando assim
espontaneísmo e, em alguns casos, improvisações.

Ao refletirem acerca do significado dessas práticas, os estagiários


argumentam que estas contrariam os princípios consagrados pela didática,
acerca da importância do planejamento como uma estratégia técnico-política
para alcançar os fins educacionais, bem como, a necessidade de despertar o
interesse dos alunos para uma aprendizagem significativa.

Outro aspecto recorrente na fala dos estagiários diz respeito ao uso do


livro didático, em relação ao qual identificam duas situações bem diferenciadas
no campo de estágio: de um lado a falta de autonomia dos professores que
atuam na rede privada de ensino para a escolha do livro didático do ensino
religioso, acatando a determinação da direção da escola5. Essa postura, na
opinião dos interlocutores da pesquisa, diz respeito a uma forma de controle
exercida pela direção da escola, que perpassa, inclusive, os procedimentos
didáticos, como forma de assegurar o modelo catequético de ensino religioso
que permeia a proposta pedagógica da escola. Com isso, os professores
deixam de assumir o papel de educadores, numa perspectiva emancipatória de
educação, para serem meros repassadores de informações alheias às suas
concepções pedagógicas e saberes docente.

Felizmente essa realidade não é unânime em todas as escolas. Os


estagiários conseguem perceber, na prática pedagógica de alguns professores
que, mesmo havendo um direcionamento sobre os conteúdos de ensino
religioso, a partir do livro didático, estes conseguem manter uma relativa
margem de autonomia na seleção dos conteúdos , extrapolando os limites do
livro didático, abordando questões que discorrem sobre conhecimentos
religiosos e sociais, ampliando até certo ponto para o conhecimento da
diversidade religiosa existente na sociedade. Essa perspectiva de trabalho é
concebida pelos estagiários como sendo mais adequada, sendo este um dos
grandes desafios enfrentados pelo professor no campo de trabalho. Os
estagiários observam que os professores assumem uma postura de
resistência, utilizando sua criatividade para o enfrentamento dessa realidade,

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A pesquisa revelou que algumas escolas confessionais católicas possuem o seu próprio livro didático,
produzido pela congregação religiosa mantenedora das mesmas.
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por meio da qual deixam fluir aspectos de um currículo oculto do ensino


religioso, o que tem se refletido em sua prática pedagógica.

Outro aspecto que chama a atenção nos relatos de experiências é a


admiração que sentem por alguns professores de ensino religioso, a maioria
egressos do curso de Licenciatura em Ciências da Religião da UEPA.
Destacam em seus depoimentos o dinamismo pedagógico que estes
demonstram em sua prática docente, a relação fraterna e respeitosa que
desenvolvem com seus alunos, o respeito profissional que conquistaram junto
à comunidade escolar e o entusiasmo com que desenvolvem seu trabalho .

Essa percepção positiva da prática pedagógica dos professores


egressos do Curso de Licenciatura em Ciências da Religião também é
comentada pelos alunos que estagiam na rede pública de ensino. Os
estagiários relatam as dificuldades enfrentadas pelos professores em relação a
vários aspectos, tais como: carga horária insuficiente para o desenvolvimento
das atividades (apenas 50 minutos por semana), falta de material didático,
inexistência de livro didático fornecidos pelo governo federal para essa área de
conhecimentos, oferta da disciplina em horários desestimulantes para o aluno (
geralmente após o recreio ou no último horário). Na maioria dos relatos, os
estagiários percebem o desestímulos dos professores, que anseiam por
melhores condições de trabalho, mas mesmo assim, criam estratégias para
enfrentar as dificuldades, tornando suas aulas interessantes.

Os Desafios da Docência e a Identificação com a Profissão.

Compreendendo o estágio como um período fundamental da formação


acadêmica dos alunos, quando a maioria finalmente define o seu projeto de
vida profissional, afirmando sua opção ou não pela carreira do magistério,
perguntamos aos estagiários se pretendem seguir essa carreira . As respostas
revelam a identificação com a profissão, pois todos foram unânimes em afirmar
que pretendem ser professores de Ensino Religioso, como vemos nos
depoimentos:

“Eu tinha muito medo de lidar com crianças. O estágio é um grande


aprendizado. Consegui me encontrar no que quero. A docência me
fez ficar animada”. (estagiária 1).

“Sou membro da igreja adventista e fiz o ensino fundamental na


mesma escola adventista onde estagiei e pude acompanhar o
trabalho do meu antigo professor. A experiência me fez olhar com
outros olhos o ensino religioso da escola e vejo que há muito a ser
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mudado no currículo, que é totalmente confessional. Fui convidada a


ser professora da instituição no próximo ano. Vou ver se consigo
propor mudanças. Eu acho que é mais fácil a escola aceitar
mudanças, se esta vier de uma professora que é membro da igreja.
Não quero mais sair dessa área.” ( estagiária 2).

“Fiz estágio numa escola confessional católica. A escola nos recebeu


muito bem, não fazia diferenciação de tratamento entre professor e
estagiário. Além disso, a escola é muito aberta a inovações , a
professora de ensino religioso nos deixou muito à vontade para
interagir com os alunos, nos envolvia nas atividades e pedia
sugestões para nós, até sobre a escolha de livro didático. Gostei
muito da experiência como professor, me senti valorizado e quero
continuar.” (estagiário 3) .

Os depoimentos revelam entusiasmo dos alunos em relação à


profissão e mostram um sentimento de “empoderamento” diante da
experiência, mesmo reconhecendo os desafios a serem enfrentados ,
mas que não impedem de abraçar a profissão com amor e
determinação.
“Compreendi na escola a necessária relação professor-aluno. Os
estudantes conhecem seus direitos” ( estagiário 3)

“Tive dificuldade com a linguagem, é difícil adequar os conteúdos


acadêmicos para o ensino fundamental”. ( estagiário 3)

“Eu gostei de ser professora, mas eu não sei se conseguiria assumir


muitas turmas para poder ter 200 horas” . (estagiária 1)

“Eu tinha medo de não conseguir ter o controle da turma. Houve


momentos em que eu ficava na dúvida se deveria intervir nos
conflitos entre eles, mas eu compreendi que na condição de
estagiário eu não poderia me meter muito” (estagiário 12)

Dessa forma, percebemos que a identidade docente constitui-se em


uma construção permanente, que não termina com a formação inicial, sendo
permeada pelos saberes apreendidos no processo de enfrentamento dos
desafios cotidianos da prática profissional, exigindo a conjunção de saberes
pedagógicos, científicos e de experiência, bem como, uma boa dose de paixão
pela docência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo revelou a importância que o estágio vem assumindo no


processo de construção da identidade docente dos estagiários de Ciências da
Religião, pelo seu caráter dinâmico, dialógico e prático-reflexivo, corroborando
com a perspectiva de Dubar (1997) ao admitir que a identidade é produto de
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sucessivas socializações, por meio da qual são identificadas referências que


podem ser adotadas ou rejeitadas em sua práxis docente.

Percebe-se o entusiasmo dos alunos do curso em relação as


experiências vivenciadas no decorrer do estágio, sendo inclusive um elemento
decisivo para que os mesmos assumam a docência como um projeto
importante para a sua vida, por conta das experiências exitosas percebidas na
realidade escolar, bem como, pelas relações afetivas estabelecidas com os
alunos e professores no campo de estágio.

Os depoimentos são bastante animadores para nós que atuamos na


formação inicial desses professores, oferecendo um feed back positivo acerca
das contribuições do curso de Licenciatura em Ciências da Religião da UEPA
nessa formação docente, uma vez que ao longo do curso, são oferecidas ao
aluno diversas experiências no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão,
nas quais se articulam teoria e prática como aspectos indissociáveis da
formação acadêmica.

REFERÊNCIAS

BURIOLLA, M. A. O Estágio Supervisionado. São Paulo: Cortez, 1999.

DUBAR, C. A socialização: construção das identidades sociais e


profissionais. Porto: Porto Editora, 1997.

FERNANDES, Cleoni. À procura da senha da vida-de-senha a aula


dialógica? In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.). Aula: gênese,
dimensões, princípios e práticas. Campinas: Papirus, 2008.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1987.

GUIMARÃES, V.S. Formação de Professores: saberes, identidade e


profissão. Campinas: Papirus, 2004.

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria do Socorro Lucena. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2011.

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