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cAPITULG MATERIAIS ELETRICOS 9.1 INTRODUGAO O dimensionamento e « especificagio corretos ce materiais, equipamentos e dispositivos cons- tiuem fatores determinantes no desempenho de uma instalagao elétrica industrial Materiais ¢ equipamentos nao especificados adequadamente podem acarretar sétios riscos & instalagio, bem como comprometé-la sob 0 ponto de vista de confiabilidade. além. & claro, dos prejuizos de ordem financeira com a paralisagao temporiria de alguns setores de produgao. ( que se pretende. neste capitulo, ¢ fornecer ao projetista es elementos minimos neces para a especificagao de vérios materiais e equipamentos empregados mais comumente nas {alacdes elétricas industriais, assim como descrevé-los de modo sumério, de tal sorte que seja fucilitada a elaboragao correta ca relagao de material para a obra. Ngo se pretende jamais forn cer detalhes de especificagao. Se isso for necessério, 0 leitor deve consultar a literatura espec O estudo dos materiais e equipamentos abordados neste capitulo é sucinto. Seo leitor desejar conhecer com maior protundidade o assunto, pode consultar 0 livro do autor Manual de Equipa- mentos Elérricos, 3. ed., Rio de Janeiro: LTC, 2005, que trata com detathes de grande parte dos pontos aqui enfocados, 9.2 ELEMENTOS NECESSARIOS PARA ESPECIFICAR 9.3 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Para se proceder a especificagdo de materiais € equipamentos, & necessério conhecer os dos elétricos em cada ponto da instalagao, bem como as caracterfsticas do sistema. De modo zeral, as trandezas minimas que caracterizam um determinado equipamento ou material podem ser, as- sim, resumidas: + tensdo nominal; + corrente nominal + freqiléncia nominal; + poténeia nominal: + tensdo suportavel de impulso; + capacidade de corrente simétrica e assimétrica de curto-circuito, As outras grandezas elétricas e/ou mecanicas fundamentais e particulares a cada tipo de equi pamento serio mencionadas nos itens pertinentes. Para methor entendimento de especificagio, foi elaborado um diagrams unifilar, mostrado na Figura 9.1, relerente a uma instalagao elétrica industrial, contendo os principais materiais, equi- pamentos € dispositivos que devem ser especificados sumariamente em fungdo das caracteristicas de cada ponto do sistema onde esto localizados. AS caracteristicas do sistema sao: fla MareRiAls ELeTRICOS 393 + tensiio nominal priméria: 13,80kV: + tensdo nominal + tensdo de fornecimento: 13,80 kV; + poténcia simétrica de curto-circuito no ponto de entrega (ponto A): 250 MVA; + tensdo suportivel de impalso: 95 kV; + tensdio méxima de operagio entre fase e terra: 12 kV: + capacidade de transformagao: 2 x 750 kVA; + corrente de curto-circuito simétrica na barra B: 40 kA; + coments de curto-circuito simeétrica na barra C: 20 kA; + motores: 50¢v - 380 V/LV polos, do tipo rotor em curto-circuito; 75. - 380 V/V polos, do tipo rotor em curto-cireuito; : 100 ev - 380 V/V pélos, do tipo roror em curto-circuito; |: 125 ev - 380 V/V polos, do tipo rotor em curto-cireuit 20) ew - 380 V/LV pélos, do tipo rotor em curto-cireuito. = cutras cargas: 630 kVA. © diagrama unifilar da Figura 9.1 € caracterfstico de uma instalagdo eléurica industrial com entrada de servigo subterrinea, Esto mostrados, apenas, os principais elementos de uso mais ! | setae lec}, | Bitte Eno 1 1 dee | rato de cdo 394 Geeirute Nove comum numa planta industrial, cujo conhecimento é de importincia relevante para a dificil tarefa de projetar e especificar. E necessirio observar que cada elemento especificado esta identificado no diagrama uni através de um mimero colocado no texto, entre parénteses, Deve-se, também, alertar pare o fato de que todos os materiais e equipamentos especificados sumariamente neste capitulo devem satistazer, no seu todo, as normas da ABNT e,na falta destas, asda IEC. 9.3.1 Para-raios de Distribuigao a Resistor Nao-linear (1) E umequipamento destinado A protegdo de sobretensio provocada por descargas atmosféricas cou por chaveamento na rede. Sdo as seguintes as caracterfsticas fundamentais de um para-raios definidas pela ABNT a) Tenso nominal E a maxima tensdo eficaz, de freqiiéneia nominal, aplicavel entre os terminais do para-raios € nna qual este deve operar corretamente b) Frequiéncia nominal Ea freqiléncia utilizadano projeto do para-raiosa qual deve coincidir com a freqiiéncia da rede aque sect ligaso, ©) Corrente de desearga nominal Eo valor de crista da corrente de descarga com forma de onda de 8/20 ys, utilizado para clas- sificar um pirs-raios. E também a corrente de descarga para iniciar a corrente subseqiiente no en- saio de ciclo de operagao, a “orrente subseqiemte E a corrente fomnecida pelo sistema que percorre o péra-raios depois da passagem da corrente de descarga. ©) Tensao disruptiva de impulso atmostérico E maior valor da tensio atingida antes do centethamento do péra-raios, quando uma tensio de impulso atmostérico, de forma de onda e polaridade dadas, € aplicada entre os terminais do péra-raios. f) Tensdo disruptiva a freqiéncia industrial 0 valor eficaz da temsio de ensaio de freqincia industrial que, aplicado aos terminais do péra-raios, causa centelhamento dos centelhadores série. ) Tensio disruptiva de impulso normalizada (1,2 50 4.) £0 menor valor de erista de uma tens de impulso normalizada que, aplicado a um péra-rai- 6s, provoea centelhamento em todas as aplicagdes. hy Tensao residual Fa tenstio que aparece entre os terminais de um para-raios durante a passagem da corrente de descargi. Basicamente, 0s péra-raios sio constituidos de: 8) Compo de porcelana Constituido de porcelana de alta resisténcia mec principais elementos ativos do para-raios ica e dielétrica, no qual estio alojados os b) Resistores nao-lineares Sio blocos cerdmicos feitos de material refratério, quimica ¢ eletricamente estiveis, Esse ma- terial € capaz de conduzir altas correntes de descarga com baixas tensGes residuais. Entretanto, @ resistorndo-linear oferece uma alta impecincia & corrente subsequiente. Sao formados de carboneta 9.2. wade um para-reios a gormdo-inear Marceis Eieracas 395 de silicio, que upresenta um coefiviente de temperatura negative, isto é, sua condutibilidade au- ‘menta com a temperatura. Também os resistores podem ser fabricados com éxido de zineo. ©) Desligador automatico E composto de um elemento resistivocolocado em série com uma cépsulaexplosiva protegida porum corpo de baquelite. Sua fungdo é desconectar o cabo de aterramento do para-raios quando teste € percorrido por uma corrente de alta intensidade capac. de provocar sua explosao, Isto ocor- re, em geral, quando o para-raios est defeituoso, como, por exemplo, perda de vedacio, 0 desligador automatico é projetado para nio operar com a corrente de descarga € a corrente subseqiiente, Tambsém serve como indicadar de defeito do para-raios. 4) Centethador série E constituide de um ou mais espagamentos entre eletradas, dispostosem série com os resistores niio-lineares, ¢ cuja finalidade é assegurar sob quaisquer condi¢des uma caracteristica de distupga0 regular com uma répida extinedo da corrente subsequent. ©) Provetor contra sobrepressio E um dispositivo destinado a aliviar a pressio interna devida a falhas ocasionais do péra-raios € cuja ago permite o escape dos gases antes que haja rompimento da porcetana ‘A Figura 9.2 mostra um para-raios, indicando os seus principais elementos, Jia Figura 9,3 mostra um péra-raios montado em cruzeta, indicando os elementos usados na montage e conexio. A Figura 9.4 apresenta graficamente as variages de corrente e tensio durante a operacio de um par raios a resisténcia nao-linear, Uma caracteristica particularmente interessante de ser conhecida para s¢ especificar cornet. ‘mente um péra-raios 60 tipode aterramento do neutro do transformador de forea da subestagdo de distibuigio da concessionéria, o que caracterizaré atensio méxima de operagdo do sistema. De- pendendo da configuragao do sistema distribuidor, ¢ transformador pode estar conectado em es- ‘cla nao aterrada ou tridngulo (sistema a trés fios), ou em estrela aternuda efetivamente, ou com impedncia inserida (sistema a ts fios) ou, ainda, em estrela aterrada e neutro multiaterrado (sis- tema a quatro fios), Pura cada tipode configuragio & necessirio que se especifique adequadamen- te opaira-raios. A Tubsla 9.1 fornece os elementos de orientagdo para a selegio dos péra-raios em \axima de operacio do sistema, enquanto a Tabela 9.2 indica as suas principais, 9.3.1.1 Especificagao sumaria Na especificagiio de um para-raios é necessirio que se indiquem, nominimo, os seguintes ele- mentos: 1 j 396 Garituco Nove “Terminal de Fase Suporte de Fhxagao ——Conelutor de Fase ‘cruzeta Tertrinal doTesta, Concutor onl is FIGLRA 9.3 Montagem de un para-raios a 1 resistor nio-linear FIGURA 9.4 ‘Atuagdo de um pira-raios TABELA 9.4 Selegiio de pira-raios 2 7 9.2 teristicas elétricas dos para-raios Mareauais ELermicos 397 44 a 18,0 13,0 825, 90 40 310 26 1550 BS 38 46,0 32,5 23,50 80 70 540 430 3100 2s 80 64.0 540 39,00 03 126 99.0 on0 7090 585 3 141,0 1410, 101,00 + tensao nominal eficaz, em kV; + freqiéneia nominal + méxima tensio disruptiva de impulso sob onda normalizada (1,2 % 50 jas), em kV; * indxima tensio residual de descarga, com onda de 8 20 % gs, em kW; + maxima tensio distuptiva, & freqiigneia industrial, em kV; + corrente de descarga, em A; + tipo (distribuigao ou estagao). Com base no diagrams unifilar ca Figur 9.1, tem-se: Para-raios do tipo distribuicao, a resistor ndo-linear, com desligador automatico, tensa. nominal de 12 KV, corrente de descarga nominal de 5.000 A, maxima tensdo disruptiva a impulso sob onda normalizada de 70 kV, maxima tensao residual de descarga de 54 kV e ixima tensao disruptiva i freqaéncta industrial de 18 kV. Chave Fusivel Indicadora Unipolar (2) E um equipamento destinado a protegdo de sobrecorrente de rede, desde o ponto de entrega de energia até o disjuntor geral da subestacao, Seu elemento fusivel, denominado elo fusivel, deve coortenar com os outros elementos de protegio do sistema da concessionsria local. Caso contrdrio, a chave fusivel deve ser substitufda Por uma chave seccionadora. E constituida, na versdo mais comum, de um corpo de porcelana, com dimensdes adequadas & tensdo de isolamento e & tensio suportével do impalso, eno qual estéarticulado um tubo, normal- mente fabricado em fenolite ou fibra de vidro, que consiste no elemento fundamental que define s capacidade de interrupgio da chave. Dentro desse tubo, denominado cartucho, éinstalado 0 elo fusivel Além das caracteristicas nominais do sistema, a chave fusivel deve ser dimensionada em fun- io da capacidade da corrente de curto-cireuito no ponto de sua insialagdo. Quanto maior a cor- rente de defeito, maiores sao os esforgos dinmicos que o cartucho teré de suportar,e isto deter- ‘mina asua capacidade de ruptura. A Figura 9.5 mostra uma chave fusivel, indicando os seus prin- Cipais elementos. 1 Especificagdo sumaria ara que uma chave fusfvel indicadora unipolar seja corretamente adquirida, devem ser espe- Cificados, no minimo, os seguintes dados: + tensio nominal eficaz, em kV: + corrente nominal, em A: 398 Capruce Nove FIGURA 9, Corpo de Porcelana Chave Fusivel indicadora Ferminal de Lina unipolar Suporte de “] (hal para Vara ‘6e Mandbra Cartucho Terminal de Carga. + freqligneia nominal; + capacidade de ruptura,em kA; + tensiio suportivel de impulso, em kV. De acordo com 0 diagrama unifilar da Figura 0.1 pode-se designar a chave ali indicada como: Chave fusivel indicadora unipolar, corrente nominal 100 A, tensao nominal 15 kV, ten sao suportayel de impulso de 95 KY e capactdade simétrica de curto-cireuito 10 kA. 9.3.3 Terminal Primario ou Terminagao (3) Em dispositivo destinado a restabelecer as condigdes de isolaydo da extremidade de um con dutor isolado quando este for conectado & um condutor nu, ‘Os terminais primiitios tm a finalidade de garantit a deflexao do campo elétrico, obriganda que os gradientes de tensao radial e longitudinal se mantenkam dentro de determinados limites. Hi uma grande variedade de terminais primérios. Os mais conhecids, porém, sto us muflas de corpo de porcelana com enchimento de composto elastomérico, Sao fabricados também termi niais primavios constituiios de material termovonisétil denominadosde terminagies termocontréteis (ou, ainda, séo fabricadas as chamadas terminagées a frio. As primeiras sio aplicadas sobre 0 com: dutor usando uma Fonte de calor (magari¢o com controle de chama), enquanto 0 segundo tipo! aplicado diretamente sobre o cabo, bastando retirar 0 dispositive de phistico que arma o tubo terminagie. Osistema de contragao a frio mantém a terminagao “pretensiorada” até o momento da ins ‘go, Durante « aplicagio, ela é contraida sob pressio no cabo, permanecend fixa durante toda a vida itil. Disponiveis em varios tamanhos, podem servir a cabos desde seg6es de 6 a 1.000 mm ‘Tanto as terminagdes termocontréteis como as terminagdes a frio podem ser utilizadas em ambi {es internos ou externos. A Figura 9.6 mostra os componentes de uma mufla terminal unipolar muniente utilizada em ramal de entrada primério subterranco. A Figura 9.7 apresenta 0 35 extemo da mufla vista na figura anterior, J4 a Figura 9.8 mostra uma terminago termovontratil, 9.3.3.1 Especificagao sumaria s terminais primérios devem ser dimensionados em fungao da segao transversal ¢ do ipo| cabo a ser uilizado, das caracteristicas eletricas do sistema edo loval de utilizago. Logo, na ag sigdo de uma terminagio, € necessério conhecer os seguintes elementos: + tipo: + condutor isolado a ser coneetado, em mm"; 9.6 tos de um mufla terminal BURA 9.7 extema de uma mula 3 unipolar 98 al ermocontrtil unipolar Maverins EtztRco8 399 te “Terminal da Mulla “Terminal do Condutor cabo Corpe de Powcalana Suporte Metalioo Terminal de Tera Corpo de Porcelana Condlutor de Terra Terminal de Linha: + tensio nominal eficaz, em kV; + corrente nominal, em A; + tensito suportével de impulso, em kV; + uso (interno ou externo) De acordo com o diagrama unifilar da Figura 9.1, pode-se assim designar o terminal primério ali indicado: 400 Captiuto Nowe Mufla terminal primaria unipolar, uso externo, do tipa composto elastomérico, para cabo ‘olado de 35 mm com isolamento XLPE, tensdio nominal de 15 kV, corrente nominal de 100 A, tensao suportavel de impulso de 95 kY, fornecida com kit completo. 9.3.4 Cabo de Energia Isolado para 15 kV (4) Atuitlmente, 05 cabos primdrios isolados mais comumente utilizados em instalagdes elétricas industriais so osde cobre, com isolagiia & hase de PVC. de polietileno reticulado ou, ainda, os de borracha etileno-propileno. (Os cabos isolados da classe de tensio de 15 kV sio consiituidos de um condutor metalico re- vestido de uma camada de fits semicondutora por cima da qual ¢ aplicada a isolagaio. Uma segun- da camada de fita semicondutora é aplicada sob a blindagem metdlica que pode ser compesta de uma fita ou de fios elementares. Finalmente, 0 cabo € provido de uma capa externa de borracha,, normalmente PVC. ‘A primeira fita semicondutora ¢ responsivel pela uniformizagao do campo elétrico radial etrans- versal, distorcido pela irregularidade da superficie externa do condutor. A segunda fita semicondutora tem a finalidade de corrigir 0 campo elétrico sobre a superticie da isolagao devido as irregularidades da blindagem metilica sobreposta a esta isolagao, Ablindagem metilica destina-se a garantir 9 escoamento das Correntes de defeito para a terra. Ja capa extema do cabo tem a funcdo de agregar a blindagem metilica e dotar 0 cabo de uma protegdo mecaniea adequada, principalmente durante © puxamento no interior de dutos. A Figura 9.9 mostra a seco transversal de um cabo classe 15 kV isolado com XLPE. esforgo provocado pelo campoelétrica se distribui na camada isolante de forma exponencial decrescente, atingindo 0 maximo na superficie interna da isolago e 0 minimo na superficie exter- nna damesma. Para que haja uniformidade do campo elétrico, a camada isolante deve estar livre de impurezas ou bolhas, pois, caso contrario, estas estariam funcionando em série com a isolagao. Considerando que a rigider dielétrica do yazio nunca ¢ superior a 1 kV/mm e que o gradiente dda borracha XLPE, por exemplo, est situado entre 3 ¢ 4 kV/mm, pode-se concluir que qualquer vazio ou impureza interior ao isolamento fica sujeito a solicitagdes superiores a rigide dielétrica, Como a tensdio a que esté submetido o cabo € altemada, a botha fica submetida a duss descargas por ciclo, oque corresponde « um bombandeio de elétrons nas paredes da vazio, desenvolvendo- se uma certa quantidade de calor e, conseqtientemente, provocando efeitos danosos a isolago, ccujo resultado € uma falha inevitavel para a terra A Figura 9.10 mostra, graficamente, a solicitagao que uma botha provoca a isolagdo de um condutor. 9.3.4.1 Especificagao sumaria Aespecificagiio de um condutor requer a indicagao minima dos seguintes pardimetros: Fita Semicondutora Capa de PVC FIGURA 9.9 FIGURA9.10 ‘Cabo de energia isolado para 15 kV Bolha de ar em dieléirico sélido Mateninis ELerRicos 401 + segdo quadratica, em mu + tipo do condutor: cobre ou aluminio; + tipode isolagio: poliet leno reticulado (XLPB), etileno-propileno (EPR) ou, ainda, o cloreto de polivinila (PVC); + tensio nominal da isolagio; + tensio suportavel de impulso. A norma brasileira NBR 6251 identifica as tensdes de isolamento através de dois valores (Vo! V).0 primeiro valor identifica a tensfo eficaz entre condutor ¢ terra ou blindagem, enquanto 0 segundo permite determinar a tensio eficaz entre fases dos condutores (por exemplo, 8,7/15 kV). ‘A mesma norma classifica os sistemas elétricos em duas categorias definidas segundo a possibi lidade de uma falta fase-terra. A categoria | compreende os sistemas previstos para operarem, du: rante um curto intervalo de tempo, em condigées de falta para a terra geralmente no superior a uma hora. A categoria 2 abrange os sistemas néo classificados na categoria I, isto é, sistema com neutro isolado e que suporta condigées de falta para a terra num tempo de cito horas. Logo, aisolagao dos condutores deve ser escathida em fungao dessas caracteristicas dos sistemas, Para sistemas com neutro efetivamente aterrado, a isolagdo dos condutores deve ser escothida para a categoria 1, anao ser que seja esperada uma elevada freqincia de operacao dessa rede com defeito a terra. Considerando a carga do diagrama da Figura 9. 1. 0 cabo pode ser assim deserito: Cabo isolado para 8,7/15 kV, em cloreto de p transversal de 25 mm? ila (PVC), condutor de cobre, segao 5 Transformador de Corrente - TC (5) 0s transformadores de corrente esto divididos em dois tipos fundamentals: transformadores de corrente para servigo de medigio ¢ transformadores de corrente para servigo de protegio. O transformador de corrente & um equipamento capaz de reduir a corrente que circulano seu primrio para um valor inferior no secundario compativel com o instrumento registrador de medi 10 (medidores), Os transformadores de comrente so constituidos deum enrolamento primétio feitonormalmente de poucas espiras de cobre, um micleo de ferro ¢ um enrolamento secundério para a corrente no- ‘minal padronizada, freqlientemente de 5 A. A Figura 9.1] mostra um transformador de vorrente com isolago de resina ep6ai, na qual es- tao identificadas os seus principais elementos de ligacao, 0 valor da corrente secundaria do TC varia segundo a corrente circulante no primério. Assim, um vransformador de eorrente de 100-5 A inserido num circuito com corrente de 80-4 fornece uma corrente secundaria de: 100 90 yeaa a isa ee ert pr i aie ie ee orn een ao ina: igre cored Guts Ge ene de coy tna NSE ge HE JetminalPrimario “Terminal Secundério Indicagao de Polandade Terminal Pamano Placa de idertificagto Indicagao de Polariade “erminal Secundario a de corrente (TC) 402 Cartruto Nove contrério, surgirdo tensdes elevadas, devido ao fato de nao haver 0 efeito desmagnetizante no se- cundario, tomando acorrente de excitacio 0 valor dacorrente priméria e originandourn fuxo muita evar perigo a vida das pessoas, Pode-se acrescentar também que, ao se retirar a carga do secund rio do TC, a impediincia secundéria passa a ter valor igual a Para mantera igualdade da Equa- £80 9.2, Vy, ~Zy X Jon € necessitio V,, crescer indefinidamente, o que ndo ocorre porque o fl no ferro €é limitado por sua relutancia magnética, A Figura 9.12 mostra esquematicamente um Tigado aum amperimetro, detalhando achave C que permite curto-circuitar os terminais secund rios do equipamento quando da retirada do aparelbo, ‘Os TCs podem ser classificados de acordo com a dispesigao do enrolamento primarioe a con trugio do miickeo. a) TC do tipo barra E aquele em que o primario é constituido por uma barra fixada alravés do micleo, confor -mostrad na Figura 9.13. 'b) TC do tipo enrolado F aquele em que o enrolamento primério é constituido de uma ou mais espiras envolvendo: iniicleo, confome se vé na Figura 9.14. ©) TC do tipo janeta E aquele constituido de uma abertura através do nticleo por onde passa 0 condutor, fazend ‘vez do enrolamento primcio, conforme se observa na Figura 9.15. Enrolamente Secundirio FICURA 9.12 FrcURA 9.13 CChave do secundario do TC ‘TC do tipo barra Enolamente Pamir. Enrolamanto Secundaro Enrclamento Soeundario FIGURA 9.14 gURA9.15 ‘TC do tipo enroiado FC do tipo janela MaTEaa ELereicos 403 d) TC dotipo bucha E aguele cujas caracteristicas so semelhantes ao TC do tipo barra, porém a sua instalagao € feita na bucha dos equipamentos (transformadores, disjuntores etc.) que funciona como enrola- mento primério. A Figura 9.16 caracteriza esse tipo de TC. ©) TC do tipo niicleo dividido E aquele cujas caracteristicas silo semelhantes ao TC do tipo janela, em que 0 niicleo pode ser separado para permitir envolver um condutor que funciona como o enrolamento primiirio, confor me mostrado na Figura 9.17. Eno Nuclgo do Foro ae) wei de a eee Bp wo Primaro Yy Eniolamento Secundiia ewolamente Secunsére FIGURA 9.16 FIGURA 9.17 ‘TC dotipo bucha ‘TC do tipo ndcleo dividido 9.3.5.1 Transformadores de corrente para servico de medigao (Os transformadores de corrente para servigo de medigdo devem ser projetados para assegurar 1 prote¢io aos aparethos a que estio ligados (amperimetros, medidores de energia: kWh, kVAth etc.). Durante a ocorréncia de um curto-circuito € necessério que a corrente no secundario do TC no aumente na mesma propor da corrente priméria. Por efeito de saturagao do micleo magné tico, a corrente secundaria € limitada a valores que nao danifiquem os aparethos, normalmente quatro vezes a comrente nominal Os transformadores de corrente para medigdo apresentam as seguintes caracterfsticas: a) Corrente secundaria nominal Normalmente, a corente nominal secundiria dos TCs é de 5 A. Em casos especificos, siio constiuidos TCs com corrente nominal igual a 1 A destinados a aferigaio de medidores.. +b) Corrente primaria nominal E aquela para qual o TC foi projetado. Na especificagao de um TC, deve-se escolher a cor- rente primaria nominal proxima do valor da corrente de carga maxima do circuito, As correntes, ‘nominais padronizadas pela norma esto baseadas na Tabela 9.3. ©) Carga nominal F aquela que deve suportar nominalmente 6 enrolamento secundério do TC e na qual estio ails as prescrigdes de sua exatidi, d) Classe de exatidio Eo valor percentual maximo de erro que 0 TC pode apresentar na indicaedo de um aparetho de medigao em condigies especificadas em norma, Os TCs so fabricados com as seguintes classes de exatidao: 0,2 -0,3 - 0,6 1,2. (Os TCs de medigao para faturamento devem ter classe de exatidio 0,3, enquanto os TCs des- tinados, por exemplo, & medico para fins de determinagdo dos custos com energia elétrica em certos setores de carga elevada de uma indkistria podem ter classe de exatidao 0,6, J4 08 TCs para 404 CCaPiTULo Nove TABELA 9.3 Correntes nominais primérias dos TCs 125 25:1 4.000 80021 150. 30:1 5.000 1.00031 200, 40:1 6.000 1.200:1 250 0:1 8,000 1.600:1 uso em instrumentos de indicagao de medidas, como, por exemplo, amperimetros, podem ter classe de exatidio 1,2, ¢) Fator térmico £0 fator pelo qual se deve multiplicar a corrente nominal priméria do TC, a fim de se obter tuma cortente secundiria capaz de ser conduzida permanentemente sem que os limites de eleva- «io de temperatura especificados por norma sejam excedidos e mantidos os limites de sua classe de exatidio. 1) Corrente térmica nominal Conhecida também como corrente de curta duragio, € 4 corrente méxima que pode circular no primério do TC estando 0 secundério em curto-cireuito durante o perfodo de um segundo, sem {que seja excedida a elevacdo de temperatura especificada por norma, ®) Corrente dindmica nominal Ea corrente méxima, valor de crista, que pode circular no primério do TC estando 0 secundé- rig em curto-circuilo durante 9 periodo do primeiro ciclo, sem que isso resulte danos. eleiromecinicos. +n) Polaridade Para os TCs que alimentam aparethos de medide de energia, 6 de extrema importincia 0 co: nhecimento da polaridade, devido’ necessidade da ligagao correta das bobinas desses instrumem tos, Diz-se que um TC tem polaridade subtrativa se a corrente que circula no primério do termi PI para P2 corresponde a uma corrente secundria circulando no instrumento de medida do termi nal SI para $2, conforme mostrado na Figura 9.18. Normalmente, os TCs t8m os terminais. éenrolamentos, primério e secundatio, de mesma polaridade postos em correspondéncia, cont ove ser observado na Figura 9.11, Se para uma corrente /, circulando no primario de P| para P2 corresponder uma corrente cundria 20 sentido inverso ao indicado na Figura 9.18, diz-se que o'TC tem polaridade aditiva 98 sentaya0 da potaridade de TC Marerins ELeraicas 405 9.3.5.2 Transformadores de corrente para servigo de protecao ‘Sao equipamentos a que devem ser conectados os relés do tipo ago indireta, ou simplesmente telés secundarios, ‘A seguir serao descritas as principais caracteristicas dos TCs de protegao. 93.5.2.1 Classe Os transformadores de corrente, ou simplesmente TCs, destinados a servigo de relés dividem- seem duas classes: a) TCs de classe B So aqueles cujo enrolamento secundaria apresenta uma reatanicia que pode ser desprezada, Nessaclasse, estiio enquadrados, porexemplo, ox TCs com nécleo toroidal, ou simplesmente TCs, de bucha, ‘TCs tipo janela ete, b) TCs de classe A So aqueles cujo enrolamento secundirio apresenta reatancia que no pode ser desprezada, Nessa classe, esto todos os TCs que nao se enquadram na classe B, 9.35.22 Fator de sobrecorrente £ um fator que expressa a relagdo entre a maxima corrente com a qual o TC mantém a sua classe de exatidao nominal e a sua corrente nominal. A Tabela 9.4 fornece as principals caracte~ rfstieas dos TCs normalizados pela ABNT. A Equacao (9.1) determina o valor da corrente mini~ ima que deve ter o primério do TC rolativamente a corrente de curto-cireuito simétrica, de valor efetivo. A) TABELA 9.4 Caracieristicas eleiricas dos TCs de protegio para 625 out 0 10 B10 cso | 02 » 20 B20 ci2s os 0 As0 0 ©2s 10 100 A100 100 | ees 20 200 ‘A200 B20 C100 40 0 400 Bato 406 carruto Novt J ~ corrente nominal primiria do TC, em A; 1, ~ corrente de curto-circuito simétrice, de valor efetivo, em A; F, ~ fator de sobrecosrente. E preciso lembrar que os TCs para protecio somente devem entrarem saturacdo para valores clevada indugio magnética, o que corresponde a uma comrente de 20 vezes a corrente nexninal Iria, conforme a NBR 5364 - Transformadares de corrente - Especificagiio. Deve-se observa st tio que, para que a protegio atve dentro dos requisitos predeterminados, a corrente secundéria "TC deve corresponder exatamente, através da relagdo de transformacio, ao valor da corrente que ircula no seu primério até o limite especificado de 20 vezes a corrente nominal. Cxso no seja obe= decida esta prescrigio, o TC entraré em saturagao, modificando a resposta da protectio. 93.5.23 Classe de exatidao (Os TCs para servigo de relés devem ser enquadrados em uma das seguintes classes de exatc dio: ‘+ classe 5: com erro perventual de 5%; + classe 10: com erro pereentual de 10%. Diz-se que um TC esti dentro de sua classe de exatidio nominal quando, por exemplo, 0 em percentual nio for superior a 5% para a classe de exatidao 5, desde a sua corente nominal até corrente dada pelo produto da corrente nominal pelo fator de sobrecorrente, 4.3.5.24 Carga admissivel E acarga maxima admitida no secundério do TC, sem que o erro percentual ultrapasse o valor cespecificado para a sua classe de exatidio. ead 1, Zu. ~ eaga maxima admitida no secundario do TC,em Q; V,, ~ tensdo nominal secundaria do TC, em Vs T,, ~ Cormente maxitna no secundario do TC, em A. ‘A tensiio rominal secundariado TCé aquela medida nos terminais da carga ligada a este, quando ‘a corrente secundiria é igual a 20 vezes a corrente nominal secundaria, ¢ na qual o erro de relagio de transformagao iio seja superior ao valor especificado. A Tabela 9.4 relaciona as cargas dos "TCs com as respectivas tenses nominais, Para exemplificar oconceito, considerar 0'TC 10A400 da Tatela 9.4, A tenso no secundério do mesmo quando a corrente ¢ igual a 20 vezes a corrente ‘nominal secundaria vale: Zyl 4 (Tabela 9.4) 5 A (corrente nominal secundaria) 20x 5= 100A V,, = 4% 100 = 400V 9.3.5.2.5 Limite da corrente de curta duracao E amaior corrente priméria simétrica, de valoreficaz, que 0 transformador de corrente & capa {de suportar com o enrolamento secundério em curto-circuito, durante um tempo especificado. O5 limites da corrente de curta duragao podem assim ser dimensionad a) Corrente térmica Eovalor da comente de curto-circuito para o qual a temperatura maxima especificada do enra Jamento nao seja excedida, E dada pela Equagiio (9.3). 042 A. i) Jo, ~ conrente de cunto-circuito para efeito térmico, em Ay Marerinis Exeratcos 407 — corrente inicial simétrica de curto-circuito de valor eficaz, em A; T.,, ~ tempo de operagao da protegio, em s, ‘Chama-se fator térmico de curto-circuito a relapdo entre a corrente térmica do TC e a sua cor- rente nominal priméria, ou seja: ay Fx ~ fator térmico de curto-cireuito; Jug ~ corrente nominal primiria do TC, em A. Em geral, os fatores térmicos de TCs sto: 80-120-160-240-320-400. b) Corrente dindmica Eo maior valor de crista da corrente de curto-circuito segundo 0 qual os esforgos eletrodinamicos, resultantes ndo danifiquem mecanicamente 0 transformador de corrente. Segundo a NBR 5364, 0 valor da corrente dindmica deve ser de: Ng = 25% lee 3) [Em fungo do valor do radicando da Equagio (9.3), devem ser estabelecidas as seguintes con- digdes de resisténcia aos curtos-circuitos para efeitos térmico e dinémico. Ty = Tay ¥ 0,042 0.6) 8) Se Tyy = 1, deve-se ter ba hy tae 25 Klay 1b) Se Tyy < 1, deve-se ter: Pe de crista, em A, Neste caso, 0 TC esté protegido para o valor da corrente térmica. ©) Se Thy > Le doverse ter 1 hag = 23 X he Ia =H DE APLicacAo (9.1) Consicerar a protege de sobrecorrente no primsrio de transformador de 2.500 KYA - 13.800/380 V onde se utiliza um TC de alimentagao do sistema de rekis. A corrente de curto-cireuito no primério do transfoma- dor & de 4.000 A eo tempo de atuacao da protegio € de 1.5 s a) Caleuloda RTC 2500 a = 1045.4 + RTC = 125 - 313.80 he Sendo F, = 20, tem-se através da Equagao (9.1): 1, _ 4.000, E20 40. 100 A RTC = 200 = ) Caleuloda conente térmica minima do TC De acordo com a Equagie (9.3), tem-se: 1, xNE fF FOOD + fay 4.000% yf7.8 F O(OE. dye ~ 4967 A Logo, © fator térmico & dado pela EquacZ0 (9.4) 408 Cariruvo Nove ©) Cileulo da comente dinamica minima do TC De acordo com a Equagio (9.5), tom-se: Is AIT 4d) Condigies de tesisténcia aos curtos-circuitos para efeitos trmicos e dindmicos Como T.,, > 1,0, esto satisfeitas as condig6es de curto-circuito para efeitos térmico e dinémicos. 9.3.6 Transformador de Potencial (6) 9.3.5.3 Especiticacao suméria Para se especificar um TC é necessério que se iquem, no minimo, os seguintes elementos: + tipo (burra, enrolado, bucha ete.); + uso (interior ou exterior) + classe de tensa + relagdo de transformagie; + isolagdo (em banho de leo, epdxi ete.) tensao nominal primar freqiiéncia; tenso suporiével de impulso (TS1): fator térmico; carga nominal; classe: classe ie exatidao; fator térmico de curto-cireuito; + polaridade. Para 0 cirouito da Figura 9.1 pode-se descrever o TC como: Transformador de corrente para uso em medigae, do tipo enrolado, classe de tensio 15 KY, relagao de transformagao de 75-5 A, carga nominal de 12,5 VA (valor dos medidores de_ kWh ¢ kVArh), classe de exatidio 0,30, tensio suportavel de impulso 95 kV, polaridade subtrativa e fator térmico 1,2, classe B, para uso interno. E um equipamento capaz de reduzir a tensdo do circuito para niveis compativeis com a tensio méxima suportével pelos aparelhos de medida, A tensio nominal priméria do TP é funglo da tensio nominal do sistema el6irico ao qual ests Jigado. A tensio secundiria, no entanto, € padronizada tem valor fixo de 115 V. Variando-sea tensio primétia, atensdo secundiéria varia na mesma proporgio. ‘Os TPs podem ser construidos para serem ligados entre fases de um sistema ou entre fase €| neutro ou terra, Os TPs devem suportar uma sobretensio permanente de até 10% sem que thes ocorranenhum dano, Sio proprios para alimentarinstrumentos de impedancia elevada, tas como ‘oltimetros, bobinas de potencial de medidores de energia etc. A Figura 9.19 representa um TP alimentando um voltimetro, Emservigo de medigéo primaia, os TPs, em geral alimentam um mecicor de kWh, com indicago dlemanda e um medidor dekV Ath, As cargas aproximadas desses instruments so datas na Tabelo 9S. Quando forem utilizados TPs para medigao de fatuamento ¢ indicatira, 6 necessirio que determine o valor da carga dos instrumentos a serconectada, afim de se poder especificar a cargh correspondente do TP, que pode ser dado na Tabela 9.6 ‘A norma classifica 0s TPs em trés grupos de ligago, grupo 1 abrange os TPs projetados Jieagao entre fases, sendo 0 de maior aplicagao na meclsao industrial de média tenst0, O grupo corresponde aos TPs projetados para ligagdo entre fase e neutro em sistemas com o neutro at do sob impedincia. Os TPs podem ser construidos parauso ao tempo ou abrigado. Também sio fomecidos em metilica, em banho de éleo ou em resina epsxi. Os primeiros Sio apropriados para instalagies cubiculos de medigio em alvenaria ejou em cubsculos metilicos de grandes dimensOes; 0 se do tipo é proprio para cubiculos de dimensées reduzidas. A Figura 9.20 mostra um TP de c metalica em banho de leo par ligagio fase-tase (grupo 1), Mauss Evereicas “MGURA 9.19 TPalmentando uma carga yoltinetro) ‘TABELA 9.5 Cargas de aparelhos de medigao Voltimetre Motor p/ conjunto de demanda Autotransformador defasador 133 Watimetro Al Freqiiencimetio 38 Fasimeiro 58 Cossifiimetro, 120 Medider de kWh (BP) 81 “Medidor de kWArh (BP) 82 32 Medider de indugao (elemarda) 9.20 Terminals he ‘Terminals Secundirios Nae iene LDispositive de Fixagao da Bucha Placa de Identificacdo. Ao contrario dos TCs, quando se desconecta a carga do secundério em um TP, os seus termi- nis devem ficar em aberto, pois, se um condutor de baixa resisténcia for ligado, ocorrerd um curto- cireuito franco, capaz de daniticar a isolagao do mesmo, 410 GaprTuLo Nove AS principais caracteristicas elétricas dos TPs sio: a) Tensao nominal priméria aquela para a qual o'TP foi projetado. b) Tensio nominal secundaria E aquela padronizada por norma e tem valor fixo igual a 115 V (TPde medigiio de faturamento) 6) Classe de exatidio E omaior valor de erro percentual que 0 TP pode apresentar quando ligado @ um aparelho de medida em condigdes especificadas, So construfdos, normalmente, para a classe de exatidan de 0.203 ~ 0,6 € 1,2. Quanto a aplicagdo, segue os mesmos principios orientados para os TCs. 4) Carga nominal Bwanngrsamicus np eomusia 06 TP een gonoene pamannul vitae valorem lados para a sua classe de exatidlio, A Tabela 9.6 indica as cargas nominais padronizadas dos TP's eas respectivas impedaneias TABELA 9.6 Cargas nominais padronizadas dos TPS ) Poténcia térmica Eo valorda maior poténcia aparente que © TP pode fomecerem regime continuo sem que se ‘excedidos os limites especificados de temperatura, £) Tensiio suportivel de impulso (TSI) Ea malortensto em valor de pico que 0 TP pode suportar quando submetido a uma frente ‘onda de impulso atmosférico de 1,2 50 ys. #) Polaridade Semethantemente aos TCs, € necessirio que se identifiquem nos TPs os terminais de my polaridade. Logo, diz-se que o terminal secundério X1 tem a mesma polaridade do terminal mario HI num determinado instante, quando Xe HI sio positives ou negatives, relat: ans terminais X2 e H2, conforme se pode observar na Figura 9.21 Normalmente, os TPs mantém os terminais secundirio e primdrio de mesma polaridade centes, A ligagdo das bobinas dos medidores de energia nos terminais secundarios de um TP deve: feita de tal modo que, se H1 corresponde ao terminal de entrada ligado 20 circuito priméi terminal de entrada da bobina de potencial dos instrumentos deve ser conectado ao terminal cundério XI para TC de polaridade subtrativa. 9.3.6.1 Especiticagao suméria F nccessério que sejam definidos, no minima, os sequintes parimetros para seespecifica retamente um TP, ou seja: + isolagao (em banho de 6teo, ou epéxi); Maristas Everricos 4iL ‘iGURA 9.21 Representacio da polaridade de mT? + uso (interior ov exterior); Jo suportavel de impulso ( + tensdo nominal primiria, em kV ‘+ tenso nominal secundaria, em W (115 VW): + freqiiéncia nominal; + classe de exatidao requerida: + carga nominal (baseada na carga das bobinas dos instrumentos a serem acoplados); + polaridade. + te ‘Com base na Figura 9.1, 0 TP pode ser assim descrit: ‘Transformador de potencial para medicio de energia, isolacio em epéxi, uso interno, freqiiéncia nominal de 60 Hz, tensdo nominal primaria de 13.800 V, tensio nominal secun- daria de 115 V, classe de exatidao 0,3, carga nominal P 25, polaridade subtrativa e tensto suportavel de impulso 95 kV. 7 Medidores de Energia Por se tratar de aparethos de uso exelusivo das concessionairis, este livronio contemplard suas especificagdes sumérias. 8 Bucha de Passagem (7) ‘Quando se deseja passar um circuito aéreo de um cubiculo fechado ao seu vizinho, normal- mente sio utilizadas buchas de passagem constituidas de um isoladorde louga, tendo como fixa- G80 0 seu ponto médio, conforme se mostra na Figara 9.22. ‘Anol do Fixagio Para Uso do Lado Externo Para Uso do Lado Abrgado: Terminal ti M922 ie assagem para uso fem ou interne 412 Capriuco Nowe Quanto ao uso, as buchas de passagem podem ser classificadas em: a) Bucha de passage pare uso interno-interno E aquela que deve ser aplicada em locais em que os dois ambientes sejam abrigados, Como exemplo, pode-se citar a bucha de passagem ligando os cubiculos de medigao ¢ 0 cubiculo de disjung30 numa subestaydo de alvenaria (veja 0 Capitulo 12), ) Bucha de passagem para uso interno-externo # aquela que conecta um circuito aéreo ao tempo a um circuito aéreo abrigado, A Figura9.22 ilustra uma bucha de passagem para uso interno-exteno. Como exemplo, pode-se citara bucha de passayem ligand a rede aérea priméria ao cubjeulo de medigao de uma subestagao de alvenaria (vejao Capitulo 12). A parte da bucha exposta ao tempo deve ter a isolagio dotada de saias, con- forme Figura 9.22, 9.3.8.1 Especificagao sumaria Enecessirio que sejam definidos, no minimo, os seguintes ‘uma bucha de passagem, elementos para se poderespecifiear + corrente nominal, em A: + tensio nominal, em kV; + tensio supostivel a seco, em kV; + tensdo suportivel sob chuva, em kV: + tensiio supostivel de impulso (TS1),em kV; + uso (interno-interno ou intemno-extemo), Com base na Figura 9.1 pode-se assim especificar uma bucha de passagem Bucha de passagem para uso inferno-interno, tensdo nominal de 15 kV. corrente nominal de 100 A, tensio suportavel de impulso (TSI) de 95 KY, tensdo suportivel a seco de 56 KY € tensdo suportivel sob chuva de 44 kV. 9.3.9 BChave Seccionadora Primaria (8) E um equipamento destinado a interromper, de modo visivel, « continuidade metiliea de um determinado circuito, Devido a seu poder de interrapgao ser praticamente nulo, as chaves seccionadoras devem ser operalas com o cireuito a vaio (somente tensfio). Tambsm so fabricadas Chaves seccionaderas interruproras, do tipo manual ou automidtica, que sao capazes de desconectar um citeuito operando a plena carga, Aschaves seccionadoras podem ser construidas com um s6 p6lo (unipolares) ou com trés px Jos (ripolares), AS primeiras so proprias para utilizagao em redes aéreas de distribuigao; 0 se ‘gundo tipo, normalmente, é utilizadoem subestagdes de instalagdo abrigada em cubsculo de alve- naria ou metico. ‘A Figura 9.23 representa uma chave seccionadora tripolar, propria para instalaao em posto de alvenaria, Jd a Figura 9,24 mostra uma chave seccionadora tripolar de abertura em carga. 9.3.9.1 Especificagao sumaria E necessirio que sejam definidos os segues elementos para se poder especificar uma chave mudora tripolar, + corrente nominal, em A; + tensio nominal, em kV; + tenso suportavel de impulso (TS1),em kV: + uso (interno ou externo}, + corrente de curta durago para efeito térmico, valor eficaz, em kA; + corrente de curta duragao para efeito dinamico, valor de pico, em kA; + tipo de acionamento (manual: através de alavanca de manobra, ou motorizada). Maretats ELeTR 413 (Chae sovcionadora tripolar de GORA 9.23 LLAminas Parlelas de Fase Al tensio \ Terminal de Carga Terminal do Fonte ‘Navanea de Manobra Isolador de Apolo Haste de Manobra 9.28 ye seccionadora tripolar de ens Lamina de Carga Principal Camara de Extingao de Arco Lamina de Abertura Rapid Fusivel Primario ‘Afavanea de Manobra Terminal de Carga Em geral, as chaves seccionadoras tripolares para a classe de tensio de 15 kV tém corrente ‘nominal de 400 A. ‘Também sdo providas de contatos auxiliares, cuja quantidade deve ser especi- ficada em fungao do tipo de servigo que ird desempenhar. ‘Com base na Figura 9.1 pode-se, assim, descrever a chave seccionadora, Chave seccionadora tripolar, comando simulténeo, uso interno, acionamento manual através de alavanca de manobra, operacao sem carga, corrente nominal de 400 A, classe de tensao 15 kV, corrente de curta duragao para efeito térmico de 8KA e para eleito dindmico de 20 kA. (0 Relé primario de agao direta (9) Os rel6s primsrios de ago direta so normalmente utilizados em subestagio de consumidor de pequeno € médio portes (aproximadamente 3.04) kVA), Nesses relés, a corrente de carga age diretamente sobre a sua bobina de acionamento, cujo deslocamento do émbolo, imerso no campo ‘magnético formado por essa corrente faz. movimentar 0 mecanismo de acionamento do disjuntor, conforme se mostra esquematicamente na Figura 9. 414 FIGURA 9.25 Relés de agio direta FIGURA 9.26 Relés deagao direta com TCs CartiuLo Nove Beles ca Ado Dela c Haste de Aclonarento Mola de Restrigto ‘Quando as correntes de carga envolvidas so muito grandes, a bobina de acionamento do pode ser alimentada através do secundsrio de um transformador de corrente, conformea Fig.9, ‘Ao contririo dos relés de agio direta, existern os relés de aco indireta ou relés secundin cuja bobina de acionamento esté ligada diretamente ao secundario dos transformadores de te; 0 comando de disparo do disjunior é feito, porém, através da energizagao de sua bobina abertura por um sisteme normalmente de corrente continua. Esse sistema de protegao requer, além cos relés propriamente ditos (dais ou tes relés de fase uum relé de neutro), dois ou trés transformadores de corrente para protegao, um conjunto ret dor-carregador-flutuader, um banco de baterias e uma érea fechada para abrig desses elem ‘© que toma cssa protegdo extremamente onerosae utilizada apenas em subestagies de capaci superior a 3.000 kVA, em media. ‘Também existem relés secundériox providos de fonte capacitiva para energizagao da bo do disjuntor. A Figura 9.27 mostra 0 esquema simplificado de uma protecdo de aco indireta. Esta segio tratara somente dos relés de ago direta, que podem ser assim classificados: a) Relés de sobrecorrente fluidedinamicos ‘So constitufdos de uma bobina de grossas espiras Higadas em série com o circuitoa ser ido. No interior da bobina pode-se deslocar um émbolo metilico em cuja extremidade infe fixado um sistema de duas arruelas providas de furos de didimetros adequados. A descentraliz ‘ou nfo desses furos, obtida através da rotagdo de uma das armuelas em tomo do seu eiXO, pet igus 9.27 Exquema pare utlizagio de relés despa indie Marenars Euerrcos 415 ob de Ago Indota DisjuntrTpoler Bobina de Abertura Banco do Embola Mave! Pino de Inpacto Goo esgieme 2 Remo © disparo do relé através de duas carvas, cada uma delas definida por uma faixa de atu forme se observa na Figura 10,57. referente ao tipo RM2P. de fabricacio Save. O relé dispoe de um émbolo que esté contido no interior de um copo metético dentro do qual se coloca certa quantidade estabelecida de dleo de vaselina, cuja fungdo principal ¢ impedir o deslo camento do émbolo em transitérios de curtissima duracio, como € ocaso do fechameento do disjuntor que propicia uma elevada corrente de magnetizagdo do transformador correspondente. A Figura 9.28 mostra 0 conjunto copo-émbolo com as respectivas arruelas Quando os orificios das arruelas estio ajusiados de forma coincidente, diz-se que o relé esti com o diafragma de regulagdo aberto. Caso contrario, iste €, quando os furos so ajustados de ‘modo niio coincidente, diz-se que o relé esta com o diafragma de regulagao fechado, Na primeira condigdo, a curva de temporizagao ¢ mais rapida devido a facilicade de escoamento do leo por entre os furos durante o movimento de ascensao do émbolo, No segundo caso, como escoamen- to do dleo somente se dé ao redor das arruclas, a temporizagao € mais lenta, A temporizacio desses relés & obtida introduzindo-se mais ou menos 0 copo ou recipiente no interior da bobina de corrente, modificando, dessa forma, © comprimento do niicleo de ferro (@m bolo mével) no interior da bobina mencionada. Quanto mais inserido esté o capo e, conseqtiente- mente, 0 émholo, menor é o tempo de atuagiio do relé para uma mesma corrente no eircuita, con- siderando ainda 0 efeito temporizador do éteo. 0 disparo do relé se dé quando a extremidade superior do émbolo, atraida Fortemente para 0 interior da bobina devido a uma elevagao do mSdulo da corrente acima do valor ajustado, se cho- ca com o dispositive detravamento do mecanismo de disparo do relé que acionao sistema dehastes, provocando a abertura do disjuntor, Uma escala graduada impressa numa chapinha indica o nmi tiplo da corrente ajustada em relacio & nominal. A calibragao ¢ feita fazendo-se coincidir a marca fendada do corpo do recipieate com o valor impresso na chapinha, que deve ser igual a corrente. que se quer ajustar para a atwagao do disjuntor. ‘O mecanismo de disparo do rele & preso as hastes de destrave do mecanismo do disjuntor atra- vés de articulacdes apropriadas. A Figura 9.29 mostra o perfil de um relé fluidodindmico, do tipo RM2F de fabricagao Sace, destacando as suas principals partes componentes, 416 FIGURA 9.29 Relé fluidedindmico CAPITULO Nove ae de Manobra Bobina de Operagao. or de Fonte Tesminal de Carga Paaca para Ajuste Marca de Aluste CCopo ou Recipiente ccm Olea de Retardo Os relés fluidodinamicos apresentam as seguintes vantagens + facilidade de instalagdo; + custo reduzido; + facilidade de regulagio, Em contrapartida, t&m como desvantagens: + inadequagdo para sistemas seletivos em virtude de a sua operagio se der dent de uma larga faixa de atuacdo: + amanutengio periddica do éleode vaselina a fim de manté-Io dentro de suas caracteristcas iniciais, pois a construgao do relé propicia uma leve penetragao de poeira dentro do copo; + cobrigatoriedade da desenergizagao do sistema durante a sua manutengao, jd que o relé esti em série com o cireuito principal; +c inadequagdo para instalagdes industrais, onde a presenga de maquinas de solda € prepon- derante, pois as fortes correntes de servigo provocam pequenos deslocamentos no émbole movel, que no retoma a sua posigao original devido a elevacdla frequléncia das operagies do trabalho, favorecendo o destigamento intempestivo do disjuntor. Um dos euidados que devem ser tomados na utilizagao dos retés fuidodinimicos ¢ a coloca 0 do leo de vaselina no recipiente que acompanha cada unidade e que é armazenado num pe queno frasco com a quantidade certa para cada unidade comespondente. E que a corrente ‘magnetizagao do transformador, que chega ao valor médio de vito vezes acorrente nominal, > voca 1 atuacio dos relés, justamente por falta do elemento de retardo. 1b) Relés de sobrecorrente eletromagnéticos Existem alguns modelos de relés eletromagnéticos de largo uso nas instalagdes elétricas indus triais ¢ comerciais de média tensio, Seu uso nas subestagbes de poténcia das concessionsries energia elétrica é praticamente nulo, devido & sua dificuldade de coordena veis de distribuigdo © com os demais relés de aplicagio rotineira dessas instalagbes. S largamente tilizados em pequenas e médias subestagdes industriais. ‘Como exemplos de relés eletromagnéticos podem ser citados os rekés de fabricacdio Suce m RMR. Seu aspecto extemo é semelhante aodos relés Muidodindmicos vistes anteriormente, Pos uma bobina de grossas espiras, cujo valor das correntes nominais coincide com 0 dos relés RM ‘A temporizacio dos relés RM2R ¢ dada através de um sistema de relojoaria que permite aj entre |e 5s, ©) Relés de sobrecortente estiticos, ‘Sto dispositivos fabricados de componentes estéticos, montados em caixa metalica bli para evitar a interferéncia do campo magnético dos condutores de alta tense, em cujos bi dos disjuntores sao instalados, Gua 9.30 Relé ele Materinis Evermioos 417 (—Ajuste de Tempo Fina Ajuste de Tempo Alto “Terminal de Linha Mecanismo de Manobra juste da Unidade Tempovizada |“ Ajuste da Unidade Instantanea (@) Visa frontal b) Perfil Eases relés dispersam alimentagiio auxiliar, 0 que torn aplicagdo bem mais conveniente nas subestagdes industriaise comerciais de pequeno e médio portes, em tensio inferior a 38 KV.O. relé RPC-I de fabricagao Sprecher Energie éum exemplo desse tipo de relé, cujas caracteristicas ‘éenicas sio exibidas no Capitulo 10. O ajuste de suas fungdes ¢ efetuado através de seletores lo- calizados no seu painel frontal, cada um deles contendo una escala adequada, Para melhor enten- dimento, observar a Figura 9.30 que mostra um relé eletronico detalhando os ajustes localizados, em sua parte frontal, conforme Figura 9.30 (a), sua vista em perfil, conforme Figura 9.30 (b). Esses relés sao constitufdos basicamente de tr€s médulos, tal como se apresenta 0 relé RPC-1 da Sprecher Energie, ou seja — Transformadores de corrente (Cada unidade possui um transformador de corrente que determina a corrente nominal do relé € que deve ser compativel com a corrente maxima do circuito a ser proiegid, Circuitos cletrinicos Ecomposte de um conjunto de placas de elen atuado do rele tos estiticos, onde se provessa toda a légicade — Dispositivos de saida £ fommado por um sistema mecénico que atua mediante um sinal elétrico enviado pelo processiclor ldgico do relé. Esses relés so montados em cada polo do disjuntor. Devido a vibra- io do disjuntor no momento da desconexao de seus terminais, € aconselhavel realizar a ligacio do relé ao barramento da subestagao através de um condutor flexivel. A caracteristica de atuago dos relés RPC-| nao é afetada pela umidade, poeira ¢ temperatura do meio ambiente no nivel em que ¢ atetado o relé fluidodindimico. As caracteristicas elétricas € (8 ajustes correspondentes estio definidos ne Capitulo 10, 9.3.10.1 Especificagao sumaria em entrar no assunto de protegao do sistema, 0 relé primiirio da Figura9.1 podera ser assim escrito: 418 CaPituto Nove acio direta, do tipo eletromecanico, corrente nominal de 100 A, tensio nominal de 15 kV, faixa de ajuste de (60. 120) A, com temporizador fluidedinimico e di fragma para definicao da curva de temporizacao. 9.3.11 Disjuntor de Poténcia (10) E um equipamento destinado a manobrae a protegdo de circuitos primérios eapaz de intetrom- per grandes poténcias de curto-circuito durante a ocorréncia de um defeito. Os disjuntores esto sempre associados a relés, sem os quis no passariam ce simples chaves com alto poder de interrapco. Enire os tipos mais conhecidos de disjuntores podem ser citados: + disjuntores « grande volume de 6leo: + disjuntores « pequeno volume de dleo; + disjuntores a vacuo: + disjuntores a hexafluoreio de enxofie (SF,). Naordem cronolégica de construgao de disjumtores, surgiram, primeiramente, os disjuntoresa grande volume de 6leo. Devico ao seu baixo poder de intermupgao, esto sendo gradativamente iabandonados desde 0 advento dos disjuntores @ pequeno volume de Sleo que, basicamente, sr ‘objeto deste estudo, Os disjuntores a vacuo vém gradativamente ganhando mercado no segmen to de média tensio em substitsigiio aos disjuntores a pequeno volume de dleo. Os disjuntores @ hhexafluoreto de enxofre (SE,), em geral, apresentam pregos mais elevados que os disjuntores io. A inlerrupsao da corrente dé-se no interior de para disjuniones veo e concorrem no segmento de média ten: um recipienie estanque que contém SF,, a uma pressdo aproximada de 16 kg/en de dupla pressio, Atualmente, as modemas instalagdes industriais de média tensdo (classe 15 kV) utilizam larga: de dleo, Sao constituidos dos seguintes elementos: mente disjuntores iripolares a pequeno vol + carrinio de apoio (nfo necessério ao seu funcionamento}; + pélos que abrigam os elementos de contato e a cimara de interrupcio: + suporte metilico de sustentagio dos polos e do mecanismo de comando, ‘A Figura9.31 mostraum disjuntora grande volume de leo, enquanto a Figura 9.32 fornece os detalhes de um disjuntor a pequeno volume de éleo, ambos fixados no cerrinh de apoio. (© prinespio de interrup0 dos disjuntores, em yeral, esté na absorgio da energia que se Forma d= rante a abertura dos seus contatos, Uma parte do leo em tomo do arco se transforma em gases, ott damentc o hidiogénio, o acetileno ¢ o metane, provocando uma elevada pressio na efimara hermeticn ‘mente fechada proporcional ao valor da correnteinterrompida, Essa pressio gera um grande fluxo de Bucha do Lad da Fente Relé Princo Haste de Manobra Bucha do Lado da Carga Caixa do Mecanismo de Manobra Suporte do Disjuntor Dispesitivo da Alavenca de Manobra Tangue de Oieo ‘de Drenager| FIGURA 9.31 Disjuntor a grande volume de leo Foda ae Aco buecional MareRuais ELeraicos 419 See Relé Primano. Camara de Extingao de Arco FIGURA 9.52 Dijunor pequeno volume de 6 Haste de Manobra Caixa do Mecanismo de Manobra [mee Shain ‘leo dirigido sobre o arvo, extinguindo-0 ¢ devolvendo a rigidez dieKétrca ao meio isolante, 0 fluxo de ‘leo atua sobre o arco em jato transversal para correntes muito elevadas de interrupyaio, ot jato axial para pequenas correntes capacitivas ou indutivas. Os gases, formados durante uma opersyo de in- ‘errupgio de corrente, novamente se condensam deixando muitas vezes pequenos residuns. ‘Gina das fungdes principais dos dispositivos de extingao de arco é desionizar a zona de inter- rupgiio quando a corrente atinge © ponto zero do ciclo alternado, evitando-se que haja formagio de um novo arco, principalmente quando a abertura do circuito se da na presenga de correntes, capacitivas, ‘Os disjuntores a pequeno volume de Gleo podem ser fabricados para montagem fixa ou extratvel com operagdo de fechamento manual ou automitica. Cake alerar que em projetos industriais nao devem ser edmitidos relés de religamento no acionamento de disjuntores. Desde que se efetue 0 destigamento do disjuntor, a equipe de manu- tengilo da instalagio deve identificar a causa, sanar © defeito para depois restabelecer 0 cixcuito, ‘A capacidade de interrupgao de um disjuntor esta ligada diretamente a sua tensio Ge servigo. Assim, se um disjuntor estiver operando num circuito cuja tensio seja inferior sua tensio nomi- nal, a sua capacidade de interrupgdo sera, proporcionalmente, reduzida. Existem virios fabricantes nacionais de disjuntores da classe de 15 kV. A Tabela 9.1 indica as principais caracteristicas dos disjuntores a pequeno volume de dleo de fabricagio Sace, do tipo es informagdes, deve-se consultar 0 catélogo do fabricante, ‘Alavanca de Mancora ‘Tensio nominal Freqiiincia Poder de ruptura nominal Comreate nominal de ruptara ra oS 137 95 KA Corrente nominal de fechamento 38 KA ‘Tempo dle imerrupstion ones = ‘Tempo de abertura 0,070 s ‘Tempo de fechamento (0,060 5 ‘Tensio suportivel de impalso 125 Wv 420 9.3.12 Fusiveis Limitadores de Corrente (11) FIGURA 9.33 Base para fusivel limitador de corrente Capriato Nowe 9.3.11.1 Especificagao sumaria No pedido de um disjuntor devem constar, no minimo, as seguintes informages + tensio nominal, em kV. + corrente nominal, em A; + capacidade de interrupedo nominal, em kA: + tempo de interrupgio; + freqiigncia nominal; + tipo de comando: manual ou motorizado; + tensao suportavel de imputso, em kV; + acionamento: frontal ou later + montagem: fixa ou extraivel; + construgao: aberta ou blinduda. Relativamente ao diagrama unifilar base da Figura 9,1, tem-s Disjuntor tripolar, a pequeno volume de 6leo, comando manual, acionamento frontal, montagem fixa sobre carrinho, construsio aberta, tense nominal de utilizacao de 15,2 kV, inal de 400 A, capacidade de interrupcao simétrica de 250 MV A, tensio ste pulso de 125 kV e freqiiéneia de 60 Hz. corrente no} portavel d (©> fusfveis limitadores primétios sao dispositives extremamente eficazes na protegao de cit cuitos de média tensdo devido as suas excelente ticas de tempo e corrente ‘Sio utilizados na protegio de trunsformadores de Forga acoplados, em geral, a um seccionadat interruptor ou, aincla, na substituigao do disjuntor geral de uma subestaeao de consumidor de pe {quond porte, quando associados a um seceionador interruptor automatic ‘Aprincipal caracteristica desse dispositivo de protepao € a sua capacidade de limitar a comente de curto-citcuito devido.aos tempos extremamente reduzidosem que atua. Além disso, possui td clevada capacidade de muptura, o que torna este tipo de fusivel adequado para aplicagio em si ‘mas onde © nivel de curto-circuito ¢ de valor muito abo, Normalmente, os fusfveis limitadores podem ser utilizados tanto em ambientes internos extemos, dependendo apenas das caracteristicas de uso dos seccionadlores aos quais esto asso ados ‘Os fustveis limitaddores primérios so constituidos de um corpo de porcetana vitrificada, oi plesmente esmaltada, de grande resisténcia mecdnica, dentio do qual estao os elementos ati esse dispositive ‘Os fusiveis limitadores primarios sao instalados em bases propriay individuals, conformen trado na Figura 9.33, ou em bases incorporadas aos seccionadores Sobre os quais Vao atta, forme Figura 9.24 “Terminal de Carga “Terminal de Pressio Placa de ldentiticagao Base de dsparo do percursor Matealals ELeTRI90s 421 ‘TABELA 9.8 Dimensdes das bases (ordem de grandezay A Tabela 9.8 fornece, em ordem de grandeza, as principais dimensSes das bases mencionadas. ‘Os fusiveis se compoem, geralmente, de varios elementos metilicos ligados em paralelo, apre- sentando ao longo do seu comprimento segdes estretas. Esto envolvidos no interior de um corpo. cilindrico de poreelana por uma homogénea camada de areia de quartzo de granulometria bastan- te reduzida e que se constitu’ no meio extintor, Desta forma, quando o elemento fusivel queima, o aren decorrente desta agao funde a areia de quartz que eavolve o local da ruptura, restitando um corpo s6lido que ocupa o espago aberto centre asextremidades que ficam do lado da fonte e da carga, garantindo a interrupeaio da continui- dade do circuito eléitico, Certos tipos de fusivel so dotados de um percursor numa de suas extremidailes que, apés a fusdo do elemento metélico, provoca disparo do seccionador interrupror ao quial esté acoplado. A forga resultante do pereursor pode ser obtida a partir do diagrama da Figura 9.34, Em vez. do percursor, hd fusfveis que trazem apenas um dispositive de sinalizagio ética, indicando a condi- gio de disparo, ‘A Figura 9.35 fomece alguns detaihes construtivos deste tipode fusivel, enquanto a Figura 9.36 ‘mostra a parte externa do mesmo fusfvel. Com poderd ser visto posteriormente, ¢ importante a observancia das caracterfsticas eetricas dos fusiveis limitadores primérios, principalmente no seu comportamento quanto &s pequenas correntes de interrupgdo. Essas earacteristicas sao: Pourso a Poses lsparaco Nola de Acionarento _Conata do ase Element Fusiet 422 Gaeiruta Now FIGURA 9.36 micresaRE (Compo daPorcelana Parte externa dle um fusivel primirio CContatodo Lado da Fone Contate da Lada ta Caron a) Corrente nominal E aquela que o elemento fusivel deve suportar continuamente sem que seja ultrapassado o lie mite de temperatura estabelecide. As correntes nominais variam freqiientemente em fungio do fabricante, porém com diferengis relativamente pequenas. Da mesma forma, so as dimenstes dos fusiveis e, conseaientemente, 0 suas buses, A Tabela 9.9 fomeceas correntes nominais dos fusiveis Timitadores em Fungo da tne ‘io nominal Quardo a corrente do cieuito for superior a 150_A, podem ser utilizados dois fusiveislimitadore | em paralelo, b) Tensio nominal aquela para a qual o fusivel foi dimensionado, respeitadas as condigdes de corrente e tempes ratura especificadas. (Os fusiveis limitador servigo ¢ outrada sobretensdio permanente dosi as seguiates tensées nominais: 73,6 - 6/7,2 - LO/12- 15417,5 apresentam dus fensGes nominais, sendo uma indicativa da tensio de jema, Em geral, esses fusiveis sio fabricados pera 20/24 ~ 30/36 kV. «) Comrentes de interrupgio Siio aquelas capazes de sensibitizar a sua operagio. As correntes de interrupedo podem sere onhecidas em duas faixas distintas: correntes de curto-circuite e correntes de sobrecarga, + Correntes de curto-cireuite So assim consideradas as correntes clevadas que provocam a atuagao do fusivel em tempos cextremamente curtos. A interrupyto dessas correntes € feita no primeiro semiciclo da onda, com forme se mostra na Figura 9.37. As correntes de curto-circuito podem ser interrompidas antes que atinjam 0 seu valor de erst Por esta peculiaridade, esses fusiveis so denominados fusiveis limitadores de corrente. Ede et irema importancia essa caracteristica para os sistemas elétricos, que os esforgos resultantes dis correntes de curto-circuito sao extremamente reduzidos, podendo-se dimensionar os equipamer tos com capacidade de eorrente dindimica inferior a corrente de erista do sistema em questo. correntes de curto-circuito, euja ordem de grandeza é de 15 4 30 vezes a corronte nominal fusiveis, sdo limitadas num tempo inferior a5 m: Através dos grificos da Figuras 10.23 e 10,24 padem ser determinados 0s valores das cot tes de curto-circuito limitadas pelos fusiveis em Funcao de sua corrente nominal, considerando ccorrente de curto-circuito simétrica, de valor efica7, presente no sistema no ponto de sta instal 20. + Correntes de sobrecarga Os fusiveis limitadores de corrente primétia nao apresentam um bem desempenho quando: licitados a atuar perante baixas correntes, em tomo de 2,5 vezes a sua corrente nominal, val temas elétricos, Desta formia, a norma IEC define a cor el lit ccaracteristicos de sobrecarga nos s minima de interrupgi0 como senido 0 menor valor da corrente presurida que um fus € capaz.de interromper a uma dada tensdo, Para correntes inferiores i minima de interrup tempo de fusdo do elemento fusivel tona-se extremamente elevado, podendo atingir fragdes Matern ELéraicos 423 TABELA 9.9 Correntes nominais dos fusiveis para varias tensdes 1,00 2,50 x x x 4,00 x 5,00 x 6.00 x 8.00, * | 10.00 x 12,50 x 16,00 m 20,00 * 2.00 * x x x x x x * x x x x a x x 9 x x 40,00 50,00 63,00 75,00 80,00 125,00 160.00 200,00 xX KX XX KK KX KK KX K Bex Hen x Boh x Bel x Ex RD x eg x Gen foe XX KX KX KK EX RK Kx eK K x XX KX KK BE XE KE xX EK EX KE KE x Rx KX Rx Kx Ke x we x KK Lx BE x Be 230,00, 315,00 400,00 500,00 x Rex Kix % x x x lx Rex x be x Kix ex * x Rg x Gx Gx Be Be x Be x me x be x Be (s fuses apenas sens tanto: = 192% 25 ma 2 192 228 mu 3-292 228 mon d= AAD APS mm 5-292 SBsrmmo. 2020 325mm -Aa2 43min, #987 % SAO am 4-442 % 42S ty 10-337 Aen, nega de qc exe omrisient ied horas, liberando, deste modo, uma elevade quantidade de energia que poderia levar & ruptura o corpo de porcelana, Isxo se deve ao fat de que os diversos elementos do fusivel, possuindo coe ficientes de dilatagao diferentes e submetidos as mesmas condi¢des térmicas, se dilatam de ma- neira desigual, resultanda forgas internas extremamente elevacas que podem culminar com a ex- plosiio do invétucro de porcelana, ‘Adicionalmente a esse fenémeno surgem, porém, outras dificuMlades de natureza dielétrica, Assim, para correntes um pouco acima da corrente minima de fusdo, pelo fato de o elemento fu- sivel néo se fundir uniformemente, verificam-se alguns pontes de teacendimento dada a redugiio da rigidez dielétrica do meio isolante, em virtude da geracao de energia decorrente do tempo ex- cessivamente longo de duragdo da corrente. Ane 0 exposto, os fusiveis limitadores primdrios nao apresentam uma resposta satisfatoria para correntes baixas com caracteristicas de sobrecarga, podendo, em muitos casos, chegar a ruptura. do involucro, Uma maneira deevitarisso € dotar 0s circuitos elétricos de elementos de sobrecarga 424 FIGURA 9.37 Represertayio senoidal do carte do usiveis limiadores CAPITULO Nowe Corrente de Crista (Walor Prosunido) ‘capants de atuar para as correntes perigosas aos fusiveis limitadores antes que estes atinjam. condig6es anteriormente descritas. ‘Como conseqtiéncia dos reacendimentos devidos as baixas correntes, surzem sobretensoes e vadas no sistema que podem comprometer o desempenho da protecao, ) Bfeitos das correntes de curto-circuito ‘Como se sabe, as comrentes de curto-circuito solicitam demasiadamente 0s através de dois parametros: a corrente térmica e a corrente dinamica. + Corrente térmica de curto-cireuito Como os fusiveis limitadores atuam num tempo extremamente curto, os eeitos térmicas corrente de curto-circuito so muito reduzidos, ja que dependem do tempo que a corrente rou no circuito. + Corrente dindmica de curto-circuito. Os efeitos dindimicos das correntes de curto-circuito podem afetar mecanicamente as cha barramentos. isoladores suportes ete, podendo esses equipamentos chegar & ruplura. Como os siveislimitadores, deperdendo da corrente, ndo permitem que a corrente de curto-circuito atin seu valor de pico, como se mostra na Figura 9.37, 0 sistema fica aliviado de receber uma mecanica, as veres extremamente clevada. ©) Capacidade de ruptura 0s fusiveis limitadores apresentam uma elevada capacidade de ruptura que normalmenté pera os valores encontrados na maioria dos casos priticos. A corrente nominal de ruptura é mente Fornecida pelo fabricante para um fator de poténcia de curto-circuito muito beixo, da ‘dem de 0,15. Esse valor deve ser comparado com 0s valores obtidos nos eircuitos, nos pontos: serio instalados os Fusiveis limitadores, A Tabela 9.10 fornece como valor médio a capacid ruptura dos fustveis limitadores, TABELA 9.10 Capacidade de ruptura dos fusiveis limitadores 1st75 20R4 3076 Mares EerRices 425 9.3.12.1 Especificagao sumaria No pedido de um fustvel limitador decorrente devem constar no mitt bes: 10.45 Seguintes informa: + tensio nominal, em kV; + corrente nominal, em + capacidade de interrupgdo nominal, em KA: + fornecimento com o sinalizador dtico e/ou pino percursor; + designagdo da base na qual ira operar. A sua especificagde sumaria pode assim ser formulada: Fusivel limitador de corrente provido de sinalizador 6tico, tensao nominal de 15/17,5 kV, corrente nominal de S0 A, capacidade minima de interrupcao de 10 kA. 4.3.13 Transformador de Poténcia (12) E um equipamento que, por meio de indugo eletromagnética, transfere energia de um circuito chamado primério para um ou mais circuitos denominados secundarin ou tercirio, respectivi- ‘mente, sendo mantida a mesma freqténcia, porém com tensdes e correntes ciferentes. ‘Quanto ao meio isolante, os transformadores se classificam em: + transformadores imersos em 6leo mineral isolante; + transformadores a seco, Este livro contemplard somente os transformadores imersos em dleo, devido & quase exclusi vidacle de sua utilizagdo em projetos industriais. Os transformadores a seco sio empregados mais cespecificamente em instalagbes de prédios de habitagdo oem locais de alto risco para a vida das pessoas e do patriménio, Sao construides, em geral, em resina epsxi. Um transformador imerso em éleo mineral € composto basicamente de trés elementos + langue ou carcaga; + parte ativa (nieleo € enrolamentos); + acessérios (terminais, ganchos, registros ete.). seu fancionamento esté fundamentado nos fenémenos de mitua indugo magnética entre os dois cireuitos (primério e secundsrio) eletricamente isolados, porém magneticamente A equazdo fundamental de operagao de um transformador é: Moh or ‘My — nuimero de espiras do enrolamento primstio: Ny — ntimero de espiras do enrolamento secundirios V, ~ tensdo aplicada nos terminais da bobina do primario; V, — tensao de saida nos terminais da bobina do secundirie: 1) ~ corrente que citcula no enrolamento primirio: 1, ~ corrente que circula no enrolamento secundério, Gs transformadores podem ser, quanto ao niimero de fases: + monobucha (F-T + monofiisico (F-Ny, + bifiisivo (2F); + triffsico GP). Ao longo deste livro $6 se fard referéncia aos transformadores triffsicos, devido & sua quase {otal utilizagao em sistemas industrials, no Brasil, A Figura 9.38 apresenta um transformador trifésico a leo mineral de fabricagiio CEMEC (Fortaleza ~ Ceara) com a indicagao de todos os seus elementos externes, Quanto as caracteristicas elétricas, os transformadores podem assim ser estudados: 426 FIGURA 9.38 ‘Transformador de distribuigao caPiTuLo Nove Tlermometro Indicador de Temperatura ‘Conservador de Ofeo Jubo de Enchimento do Conservador de Oteo Incicador ‘Valvula de Explosto Visor co Nive! do Oleo SN \\ iy yy) ))) rane valvuta de Drenager al a) Poténeia nomi E apoténcia que o transformador fomnece continuamente auma determinada carga, sob condi + de temperatura especifi da carga que alimenta € es de tensio e freqiiéncia nominais, dentro dos limit A determinasio da poténcia nominal do transformador em func pela Equacia (9.8), VIX, XI, SETAE (RVA) 1,000 V, ~ tensio secundaria de alimeniago da carga, em Vs 1, ~ corrente da carga conectada, em A. fo discriminadas na ‘Tabela 9.11 As pot@neias neminais padronizadas ¢ usuais e b) Tens Eo valor eficaz da tensio para a qual 0 transformador foi projetado segundo perdas & mento especificados. Este livro se resringea aboidar transformadores projetados para a clase kv, Em geral, os transformadores sto dotados de derivagSes ou tapes utilizados quase sempre elevara tensto de saida do secundario, devido a uma tenso de fornecimento abaixo do valor qucrido. © tape de maior valor define a tenso nominal priméria do transformador, isto &, a tensdo ‘qual foi projetaco, Normalmente, ontimero maximo de derivagdes fica limitado a tes, var de 3,049,6% da tenso nominal especificada para oequipamento, Como exemplo, citando um formador de tense nominal de 13.800 V, os tapes disponiveis so 12.600, 13.200 e 13.800 V. E importante lembrar que é constante produto da tensao ¢ corrente no primério ¢ secunt Considerar, por exemplo, um transformader de 225 kVA, tensio nominal de 13.800/380 V, rando numa rede com tensio nominal primétia de mesmo valor, por motivo de abaixamenta tensao de fonecimento, o transformador foi religado no tape de 12,600 V; logo, « corrente aumentada de: Marerinis E.ératz0s 427 Vy X = Va X dy V,, ~ tensio no primario no tape |; Va ~ tensao no priméio no tape 2; 1), ~ comente no tape 1; To ~ corrente no tape 2. 13.800 X [, = 12.600 X I, 13.800 X 94 = 12.600 % fy fa = 1029.4 ‘Se atensdo de fornecimento fosse de 12,400 V, a tenso secundaria assumiria o valor de: , 12.400 b 380 =374.V 12.600 ©) Tensio nominal de curto-circuito E medida curto-circuitando-se os termingis secundirios do transformador e alimentando-0 no primdrio com uma tensfio que faga cizcular nesse enrolamento a comrente nominal. O valor per- ‘centual desta tenso em relago A nominal é numericamente igual ao valor da impedncia em per- centagem, ou seja: Ves 1 %100 (4) 0.9) Z,,~ tensdo nominal de curto-circuito, em 4% ou impedancia percentual; Vag, ~ tensiio nominal de curto-cicuito aplicada aos terminais do enrolamento primétio, em V; Vig. ~ tensdo nominal priméria do ransformador, em V; Caso se deseje conhecer a impedincia do transformador em valor dhmiico, pode-se usara Equa- 10 (9.10), 10 XZ, Va 10K Zy Vi. gy 9. z (@) (9.10) P., — poténcia nominal do transformador, em kV. V,, ~ tensio nominal priméia do transformador, em kV. Uma impedancia percentual de 5,5% correspondente a um transformador de 1,000 KVA ~ 13,800,380 V tem eomo impedincia éhmica o valor de: 10 5.5 X 13,80 1,000 iteg 10,4) ) Componentes percentuais da tensio nominal de curto-cireuito E determinada a partir da composigio vetorial dos componentes de tensio resistivae reativa, ou seja: + Componente de tensao resistiva percentual ou resistencia percentual £0 componente ative da tensa percentual, cujo valor & dado pela Equacao (9.11). (%) OL) 10xP, perdas Shmicas de curto-cireuito, ou simplesmente perdas no cobre, em W (Tabela 9M): P,,~ poténcia nominal do transformador, em kVA, + Componente de tensao reativa percentual ou reataneia percentual 428 Caetruta Nove ‘TABELA 9.11 Dados caracterfsticos de transformadlores trifésicos em leo para instalagao interior ou exterior — classe 15 kV — primério em estrela ou tridngulo e secundirio em estiela ~ 60 Hz 380 ou 440 6.000 oR 36 45 750 220 2.000 | 10.000 9804 432 5 380 ou 440 8.500 9828 42 38 1.000 220 3.00 | 12,500 98:10 427 55 380 ou 440 11,000 9828 49 55 380 ou 440 | 16.000 | 98.36 | 4,16 38 Conhecido o valor da tensao percentual de curto-cireuito do transformador, fornecido fabricante, aplica-se a Equag@o (9.12) para se obter o valorda tensdo reativa percentual, ou Xp=fZe— RE ch Z,,~ impedancia pereentual de placa do transformador. €) Penlas elétricas 0s transformadores apresentam perdas elétricas pequenas quando comparadas com suas cias nominais. Mas send uma maquina que opera, em geral, continuamente, a energia despert pode ser relevant e, portanto, considerada nas avaliagdes energéticas, conforme Capitulo 15. As perdas dos transformadores referem-se a perdas no micleoe a perdas nos enrolament EXEMPLO DE APLICACAO (9.2) Considerar um transformador de 225 kVA, 13.800-380/220 V do qual se deseja suber 08 valores tuais das quedas de tensfo resistiva e reativa, 2.800 124% 10x 225 TOxP, Xp = JZ — Ry = VAS? — 1,24? = 4,329 2,800 W (Tabela 9.11) Z, = 45% (Tabela9.11) MareRIs ExerRos 429 1) Regulagao Representa a varlagao de tensto no secundério do transformador, desde o seu funcionamento a vazio alé a operagao a plena carga, considerando a tensio priméria constante, ‘Também denominada queda de tensdo industrial, poe ser calculada em fungao dos compo- hnentes ativo e reativo, da impedincia percentual do transformador, do fator de pottncia e do fator de carga, conforme a Equagio (9.13), (XX cost = Ry, X senih)? R= a 1 a (9.13) x [eco + xy > end + R —regulacao; F, ~ fatorde carga; W ~ angulo do fator de poteacia. O valor da tensio no secundétio do transformador, comespondente 4s condigées de carga a que estd submetido, é dado pela Equagio (9.14), ou seja: Y= Moa (1 W) (9.14) is) Vy ~ tensio nominal do secundério, em Y. 0 DE APLicacAo (9.3) Considerar um transformador de 225 kVA, 13.800-380/220 V operando numa instalapio eujo fator de {carga € 0.75, Deseja-se determinaro valor da regulacao oa variagao de tension secundari, sabendo-se que ‘ fator de poténcia da carga ¢ 0,80. Os valores de Re X, foram calcalados no exemplo anterior (4,32 X 0,80 1.24% 0.67 ] 20 X 0,80 + 4,32 0,64 R= 201% ne oasx | Logo, a tensio secundaria vale: 2) Rendimento E a relagio entre a poténcia elétrica fornecida pelo secundirio do transformador € a poréncia clétrica absorvida pelo primario, Pode ser determinado pela Equagao (9.15). 100. (Pie + 100 ~ FER, Koos + Pe + (9.15) perdas no ferro, em kW; Angulo do fator de poténcia, DE APLICACAO (9.4) ‘Tomando como exemplo as condigdes previstas anteriormente, determinar 0 rendimento do transfornia- dor de 225 kVA. 10 + 0,25? 2,80) 0+ 00+ 0,15: x28 n= 100- 90 KW (Tabela 9.11) 8 KW (Tabela 9.11) 430 FIGURA 9.39 Exemplo de medida do deslovamento angular Capinuco Nove ara determinar o rendimento maximo de um iransformador, deve-se modular a carga de modo ase obter um fator de carga dado pela Equagio (9.16) 8.10) Logo, aplicando-se a formula anterior ao transformador de 225 KVA, tem-se um fator de cargt igual [0,90 2,80 fh) Destocamento angular 0,566 56,6% de carregamento Ea diferenga entre os fasores que representam as tens6es entre @ ponto neutro (real ou ideal) & 1s teminais correspondentes de dois enrolamentos, quando um sistema de seqincia positiva tensio é aplicado aos temminais de tensio mais clevada, na ordem numérica desses teminais. A mite-se que os fasores giram no sentido anti-horétio, Sendo, por convengio, os terminais primérios e secundérios dos transformadores indicados, respectivamente, pelas referéacias HI ~H2~ H3 e X0— X1 —X2— X3,os vats diagramas pox dem ser confrontados diretamente,estabelecendo-se que se race, primeiramente, 0 tringulo tensoes corcatenadas primar, posicionando para cima o vértice HT, correspondente a fase cen tral, quando esta o vértice Hem adiantamento eo vértice H3 em atraso. A Figura 9.39 represen uum exemplo de conexiio em que o deslocamento angular vale 30°. A Figura 9.40 mostra as ligagdes dos transformadores trifisicos ¢ os respectivos defasamentos aangulares. 1) Liquido isolame © liquido isolante nos transformadores tem 2 fungio de tansferir 0 calor gerado pelas internas do equipamento para as paredes do tangue ¢ dos radiadores, que sao restriadas natura ‘mente ou por ventilagao forgada, fazendo com que o éleo volte novamente ao interior rei calor e passando ao exterior, num ciclo continuo, segundo o fendmeno de convecgao, © 6teo mineral para transformador deve apresentar uma alta rigidez dielétrica e excelente fl ‘além de manter as suas caraeteriticas naturais praticamente inalleradas perante temperaturas elev ‘0 6ieo mineral ¢ inflamavel e, portanto, cuidados devem ser tomados na instalagio de t formadores. No caso de projetos indastriais de produtos de alto risco de ineéndio, usando-se tran formadores a 6leo, estes devem ser localizados distantes € fora da area de riseo. Existe, entretanto, um tipo de liquide isolante, chamado ascarel, eujas propriedades ele se assemelham as do éleo mineral, com a vantagem de nao ser inflamdvel, Devido ao seu poder de poluigio, esté proibida a sua utilizacdo no territ6rio nacional. (Quando for estritamente necesséria a instalagao de transformadores nao inflaméveis, deve ser especificados transformadores 4 seco ow a silicone 0s transformadores podem conter leo mineral do tipo parafinico ou naftén TURKS 9.40 ‘Lago de transformadores MareRinis ELETRICOS 431 Liaagoes dos] a Daiosamon | Etrobmentes Dagemase | Eswoma de nar nesailes ema) gute | Tne . a At] | | range eon » | ex : Loy pea j) Tanque ov careaga © tanque dos transformadores varia de formato desde a aparéncia ovalar até a forma retangu- lar, Os transformadores de maior poténcia possuem radiadores que servem para aumentar a érea. de dissipagao de calor para 0 meio exterior. ‘Transformiadores de poténcia igual ou superiora S00 kVA. em geral, sio providos de tanque de expansdo de 6leo moniado na parte superior da carcaga, k) Limites de temperatura de operagiio (Os transformadores devem operar dentro de suas caracteristicas nominais, desde que a tempe- ratura do meio ambiente nao exceda os limites definidos em norma, Quando instalados em altitudes superiores a 1.000 m, 0s limites de temperatura so reduzidos, devidoa diminuigdo da densidade do ar que, em conseyiizneia, reduza transferéncia de calor para omeio exterior. ANBR S416 estabolece no item 4, | limitagdo de temperatura dos transformadores de poténcia. }) Carregamento ‘Como abordadono Capitulo 1, 0 ciclo de carga de uma instalacao é ditrio e imegular,existindo tum periodo em que a carga solicitada alcanga um valor superior aos demais durante 0 periodo didrio, ao que se chama ponta de carga do ciclo ou valor maximo de demanda, A NBR 5416 estabelece as condig@es de carregamento de transformadores de poténcia apre- senta as tabelas apropriadas para a deierminagdo da perda de vida dil, em fungao da duragao da ponta, da temperatura ambiente e do carregamento percentual inicial, A Tabela 9.12 indica o car- regamento de transformadores de 55°C (limite de elevagdo de temperatura) com um carrega- mento inicial de 70%. ‘Ainda da NBR 5416, pode-se acrescentar: 432 FIGURA 9.41 Representagiio de uma curva de ga correspondent 3 carga inicial de 70% Captruco Nove ‘A carga equivalente da ponta de carga é 0 valor médio quadratic obtido da Equagao (9.17) para o periodo limitado sobre o quail a maior parte da ponta irregular real parece exist. A duragio estimada da ponta de carga tem consideravel influéncia sobre o célculo da carga equivalente. Sea duragio for superestimada, o valor médio quadritico da ponta poderé ficar consideravelmente abai- xo da ponta de demanda msxima, Como precauaio contra superaquecimento devido a sobrecar: zgas breves ¢ altas durante © periodo da ponta, valor médio quadratico nao deve ser menor que ‘90% da demanda maxima integrada no perfodo de meia hora. c,= EXTER ERR on 1 +147 P., Py, P, ~ vitios degraus de carga em perceatagem, pu, kVA ou corrente real Ty Trou T, ~ duragies respectivas dessas carges, Sugere-se que o intervalo de duragdio de carga seja de uma hora para aplicago da Equagio (0.17), Esse método pode ser usado para converter um ciclo de carga irregular, como mosirado na Fi lode carga retangular. Neste caso, a carga hasica €70% e a ponta 140% da pura 9.41, para um poténcia nominal, Através da Tabela 9.12 pode-se observar que a carga permissivel apés um carregamento con- tinuo de 70%, com temperatura ambiente de 30°C, é de 167% durante ums hora, Portanto, 0 trans formador suportari esse ciclo de carga sem reducao de sua vida normal esperada. Océlculo do carregamento maximo do transformador, com baseno que foi exposto, se faz bas: tante titil durante um periodo de contin, . quando se perde uma unidade de transformagio ‘mas € necessério que a industria continue em operagao com as unidades remanescentes dura uum certo periodo, que pode, inclusive, ser determinado, m)Acessorios + Relé de Buchholz, ‘Também conhecide como relé de gs, lem a finalidade de sinalizar o painel de controle! acionar o equipamento de protegdo quando hé presenga de gas no interior do transformador,e gral, devido & perda de isolacao O'relé de Buchholz ¢ moniado na parte intermedidria do tubo de conexdo, entre o tanque transformador e © tanque de expansio. E provido de flutuadores que, ao serem atingidos pel bolhias de gés, provocam fechamento de dois comatos elétrices responsaveis pelo acionamento circuito de sinalizacao ¢ ainda podem permit a abertura do disjuntor de protecio do trans dor. So utilizados, normalmente, em unidades superiores a 750 kVA. + -Termometro simples Indica a temperatura da camada superior do éleo, + Desumidificador de ar “Tem a finatidade de impedir a entrada de umidade através da abertura de passagem de ar ues dé sobre a superticie do Nquico de refrigeragiio do transformador, 150 + roo + (Carga Incl - 70% cargaom Percitapam Noms ‘TABELA 9.12 Carregamento de transformadore Materials Een os 433 'C- ONAN - Carga inicial - 70% ae bales oe 0,5 | Normal | 200 | 125 | so | 200] 135 | 60 | 188 | 136 | 68 | 170 141} 126 | 92 025 200 | 145 | 70 | 200 | 155 | so | 191 | 159 | 88 1 | Norma | 194 | 132 | 60 | 181 | 131 | 67 | 167 | 130 | 73 | 150] 127 | #0 | 123) 119] 34 025 | 200 | 137 | 61 | 200 | 147 | 71 | 196 | 154 | 80 | 183 | 153 | 87 | 168 | 151 | 94 2 | Normal | 171 | 126 | 67 | 159] 125 | 73 | 146 | 124 | 78 | 130 | 121 | 82 | 106 | 113 | 85 as | 194) 149 | 77 | 183 | 148) a2 | 172 | 147 | a8 | 159 | 145 | 93 | 146 | 144 | 98 050 | 200155 | 79 | 191 | 155 | 85 | 180 | 155 | 91 | 168 | 153 | 96 | 155 | 151 | 101 4 | Norma | ist | 19 | 7 | 140 | us | 79 | 128 | 117 | 79 | aa fara | 83 | 94 | 107 | 86 02s | 171 | tat | 82 | tor | 140 | 87 | 151 | 139 | 91 | 140 | 138 | 95 | 127| 136 | 99. 030 | 177 | 149 | 86 | 168 | 148 | on | 188] 147 | 95 | 147 | 14s | 99 | 136 | 144 | 103 100 _| 184 | 156 | 90 | 174 | 155 | 94 | 16s | 154 | 99 | 155 | 153 | 103] 144 | 152 | 107 8 | Normal} 136/111 | 70 | 126] 110] 74 [11s | 108 | 77 | 102 | 106 | 80 | 85 | 102 | 82 025. | 154 | 131) 81 | 145 | 131 | 85 | 135 | 130 | 89 | 125 | 129 | 93 | 114] 128 | 97 | 050 | t60 | 138) xs | isi] 137 | xo | ar] ag6 [os | iat | 13s 97 | 121 | 13s | ror 1.00 | 166 | 14589 | is7 | 145 ] 93 | 14s | 144 | 97 | 13x | 143 [101 128 | 142 | 10s 200 | 172 | 153 | 94 | 163 | 152 | 97 | 155 | 152 | 102) 145 | 151 | 105) 136 | 150 | 110 24 | Nermat | 122 | 97 | 62 | 112] 96 | 67 | 101 | 96 | 71] 90 | 96 | 75 | 77 | 95 | 79 2s | 139 | 115 | 73 | 130] 115 | 77 | 120 | 115 | 81 | 110 | 115 | 86 | 99 | 114] 90 950 | 144 | 121 | 77 | 135 | 121 | 81 | 126 | 121 | 85 | 116 | 120 | 89 | 105 | 120] 93. 1,00, | 149 | 128 | 80 | 141 | 128 | 84 | 132 | 128 | 89 | 122 | 127 | 93 | 112 | 127 | 97 200, | 135 | 135 | ¥4 | 147 | 135 | 89 | 138 | 134 | 93 | 129 | 134 | 97 | 120] 134 | 101 400_| 161 | 142 | 89 | 153 | 142 | 93 | 145 | 142 | 97 | 135 | at | tor] 126 | 141 | 10s ‘raga da pone es Bead vd aie car apo em; D- Temperatura do pto main quenteem °C: E» Tempera dotopo ddleoen-C. 9.3.13.1 Especificagao sumaria pedido de compra de um transformador deve conter, no minimo, os seguintes elementos: + poténcia nominal; + tenstio nominal priméria: + tensdo nominal secundaria; + derivagdes desejadas (tapes): + perdas miximas no ferro eno cobre: + ligagdo dos enrolamentos; + tensio suportavel de impulso; + impedancia percentual; + acess6rios desejados (espeeificar) Com base po diagrama unifilor da Figura 9.1, tem-se: ‘Transformador trifisico de 750 kVA, tenso nominal primdria 13.800 V, tensao nominal secundaria 380 Y/220 V, com derivagdes 13.800'13,200/12.600 V, dispondo de ligagao dos enrolamentos em triangulo primario e em estrela secundaria com neutro acessivel, impe- dancia nominal percentual de 5,5% , freqiiéncia de 60 Hz, perdas méximas no cobre de 8.500 W, perdas maximas no ferro de 2.000 W e tensio suportavel de impulso 95 kV. 4 Cabos de Baixa Tensao (13) ‘Os condutores isolados sao constituflos de fios de cobre mole em que a resisténeia mecdnica d tragdo ndo € falor preponderante, Podem mais comumente ser assim construidos: 434 CAPITULO Nove FIGURA 9.42 Fermagai dos condutores Condutor Isolacto Capa de Protecio (a) Condutor unipolar (b) Condutor nu 4) Fios ¢ cabos com encordoamento simples Quando o condutor é formado por um tnico fio ou por duas ou mais camads de fis (coroas) «de mesma segiio transversal, concéniricas a um fio, conforme mostrado pela Figura 9.42 (a) (b). 'b) Cabos redondos com encordoamento compacto Sao aqueles resultantes da compactagao do cabo de encordoamento simples através de uma: rmatriz, reduzindo a sua segdo transversal ¢ os espagos existentes entre Os fios, conforme Visto na Figura 9.9. Em geral, os cabos singelos apresentam os seguintes tipos de eneordoamento: + segdes de 1.5 a 6 mmr: encordoamento redondo normal; + segies superiores a 6 mm’: encordoamento redondo compactado, Os cabos silo, em geral, isolados com dielétricos s6lidos, cajo comportamento térmico & mect- nico estd classificado a seguir, a) Termoplisticos Si materiais isolantes que, ao serem submetidos a uma elevagio de temperatura, se mantém ‘em estado slido até 120°C, tornandy-se pastosos € finalmente Itquidos se esta softer acréscimoy Odieléuico oplistico mais comumente utilizado € 0 cloreto de polivinila (PVC), b) Termofixos Sio materiais isolantes que, ao serem submetidos a temperaturas elevadas, acima do seu limi guido. ‘0,0 dielétrico termofixo permite, para uma mesma ivamente supe: te, se earhonizam, sem passarem pelo estado ‘Comparativamente a0 isolamento termoplis se¢do transversal de um condutor, uma capacidade nominal de corrente signifi ‘Os dieléiricos termofixos mais comumente utilizados sao o polictileno reticulado (XLPE) ed! borracha etilenopropileno (EPR). Muito se tem discutido sobee as vantagens de um ou outro isolante, Os cabos isolados em EPR so mais flexiveis do que aqueles isolados em XLPE, Outras vantagens so anuladas quando s¢ esta trabalhando em tenso secundaria, 9.3.14.1 Especificacao sumaria O pedido de aquisiggo de um condutor secunildrio deve conter no minimo as seguintes infor: magoes: + segiio nominal, em mm + classe de tensao; + natureza do material condutor (cobre ou aluminio); + material da isolacio; Martiruais ELerricos 435 + material da capa de protegao; + tipo (solado, unipolar, bipolar, tipolar, quadripotar): + tamanho da bobina. ; Com base no diagrama unifilar da Figura 9. 1, « Cabo de cobre unipolar isolado em PVC, 750 V, seco transversal de 300 mm’, eapa de PVC, em bobina de 100 m. 15 Disjuntor de Baixa Tensao (14) E um equipamento de comando e de protecao de circuitos de baixa tensio, cuja finalidade & conduzir continuamente a corrente de carga sob condigies nominais e interromper correntes anor- mais de sobrecarga e de curto-circuito, 9.3.15.1 Quanto ao tipo de construgao a) Disjuntores abertos ‘Sao aquelesem que o mecanismo de atuaedo, 0 dispositivo de disparo e outros so montados em estrutura, normalmente metdlica, do tipo aberto, Em geral, sto disjuntores trifésicos de cor- rente nominal elevada e préprios para montagem em quados € painis. Podem ser acionados ma- nyalmente ou & motor. Sao utilizados como chaves de comando e de protecio de eireuitos de lis- tribuigdo de motores, de transformadores e de capacitores. Nesse tipo de disjuntor, seus varios componentes podem ser substituidos em caso de avaria. moldada bb) Digjuntores em cai Si aquees em que o meeanismo de atuagio, o dispositive de disparo e outros sao montados dentro «de uma caixa motcladla em poli¢ster especial ou fibra de vidro, oferecende o maximo de seguranga de ‘operagaioe elevada rigidez, e ocupando um espago por demais reduzido em quadros ¢ painéis. 9.3.15.2 Quanto ao tipo de operagao a) Disjuntores termomagnéticos Sdo aqueles dotados de disparadores térmicos de sobrecarga e eletromagnéticas de curto-cir- cuito. ) Disjuntores somente térmicos Sio destinados exclusivamente & protegdo contra sobrecargas, ©) Disjuntores somente magnéticos Sdo semelhantes aos disjuntores termomagnéticos quanto ao aspecio externo. Diferenciam-se estes por serem dotados somente do disparador eletromagnético. So utilizados quando se dese {ja protegio apenas contra correntes de curto-cireuito, ) Disjumtores limitadores de corrente So aqueles que limitam o valor e duragao das correntes de curto-circuito, proporcionando uma redugao substancial dos esforgos térmicos ¢ eletrodindmicas. Nesses disjuntores, os contatos sto separados pelo efeito das Forgas eletrodinamicas de grande intensidade que se originam nas cor rentes de curto-circuito de valor elevado, fazendo 0 disjuntor abrir antes que o relé eletromagné- 0 seja sensibilizado. A Figura 9.43 mostra esquematicamente a pare interior de um disjuntor, enfocando os contates ¢ a camara de inerrup;a0, 9.3.15.3 Quanto ao tipo de constrygao do elemento térmico 4) Disjuntores sem compensagio térmica Sao aqueles calibrados « uma temperatura de 25°C. Esses disjuntores, quando utilizados em ambientes cuja temperatura € superior a 25°C, normalmente comum nas instalagdes em quadrose: 436 FIGUEA 9.43 Vista interice do digjuntor limitador de corrente de baixa tensio IIGURA 9.44 Disparador térmico simples (CerTuLa Nove Terminal de Forte paingis, devem ter a sua corrente nominal corrigida de tal modo que fique reduzida a 70% de seu valor. Isso se deve ao efeito térmico duplo a que o bimeial é submetido, tanto pela temperatura ambiente, quanto pela dissipagao de calor proprio produzido pela corrente de carga. 'b) Disjuntores tropicalizados ‘Sao aqueles calibrados,em média, a uma temperatura de 50°C, Alguns fabricantes calibram os seus disjuntores para uma temperatura de 50°C, enquanto outros admitem uma temperatura de, 55°C. Os disjuntores tropicalizados, quando utilizadosem ambientes cuja temperatura é igual ou in- ferior aos limites anieriormente mencionados, podem ser carregados até a uma corrente corres pondente ao seu valor nominal, Para temperaturas superiores, porém, 0 que pode ecorrer em qua- dros e painéis de distibuigdo industriais, a corrente nominal dos disjuntores deve ser corrigida de ‘modo ficar redurida a 80% de seu valer. 9.3.15.4 Principais elementos de protegao de um disjuntor 8) Disparador témico simples E constitufdo de um elemento bimetilico que consiste em duas Kiminas de metal soldadas, com diferentes coeficientes de dilatagéo térmica. Quando sensibilizadas por uma deteminada quanti- dade de calor resultante de uma corrente de valor superior ao estabelecide para esta unidade, essas iminas se curvam de modo que o metal de maior dilatagao térmica adquire a posicio que corres- ponde ao maior arqueamiento da lémina, provocando 0 deslocamento da barra de disparo que des- trava 0 mecanismo que mantém a continuidade do circuito. Assim, a alavanca do disjuntor assu- ime a posigao disparado, intermedidria entre 2s posigdes ON (ligado) e OFF (desligado). A Figura 9.4 indica, esquematicamente, a atuagdo do elemento bimetdlico simples, tanto na posigao de ‘operagio normal, quanto na posigao de disparo, dediapan, Lpamect] cage \_eamonto simetioo (a) Posigiio normal a frio (b) Posigio de disparo Mareris Exernicos 437 b) Disparador térmico compensado EE constituido de um elemento térmico principal que atua mecanicamente sobre outro elemento {é:mico compensador que neutraliza 0 efeito da elevagaio de temperatura do ambiente em que disjuntor esté operando, Esse sistema proporciona a uilizagZo da corrente nominal do disjuntor até a uma temperatura «de 50°C, em média, A Figura 9.45 ilusta a atuagio de mecanismode compensagio desse disparador que, no restante, se assemelha ao disparador térmico simples. _Slemenio Beton Compensdor Elemento Bimetélico Compensador Barra de Disparo ~ Fonte Elemento Bimetalios (a) Posigao neemal a frio Contato can U sot \ stones mento (€) Posigao dispando ) Disparador magnético conaciitas' ae ita bobind Yule avai MRR ESaas por uaa desetininnds KOrTERIg Ue TAR superior ao estabelecido para essa unidade, atrai o induzido e se processa a aco de desengate do _mecanismo que maniém a continuidade do circuito, fazendo com que os contatos do disjuntor se separem. A Figura 9.46 indica o estado de operagio. Barra de Disparo Elemento Magnético Tava (a) Posigao normal a fio (tb) Posigo disparado Os disparadores magnéticos apresentam erro de operagao em torno de + 10% em relagdo a0 valor da corrente de ajuste 4) Disparadores termomagnéticos nie compensados Nos disjuntores em que se combinam as ages térmica e magnética, o dispositive de disparo do bimetalico esti mecanicamente acoplado ao dispositive magnético de curto-circuito, proporcio- nando uma atuagao combinada que pode ser vista através das curvas de caracteristica de tempo X cosrente no Capitulo 10. A Figura 9.47 ilustra este tipo de atuacao. 438 (CaPinuto Nove ous 9.47 a _— Barra de Disparo Barra do Dispero isparadores termomagnéticos a or ‘no compensados pe Pane teandtico Elemento Magnética leva {a) Posigdo normal a frio ©) Disparadores termomagnéticos compensadlos, ‘Sio aqueles cuja unidade t&rmica é compostados elementos bimetaticos simples e de compen- sagao, combinando as suas ages com a unidade magnética, conforme ilustragao da Figura 948, (Os disjuntores multipolares, quando submetidos a uma corrente de defeito ou sobrecarga em: qualquer uma das fases isoladamente, abrem simultaneamente todos os polos, evitando uma ope raco unipolar, ao contrério do que ocorre com os elementos fusfveis. Elemento Bimetaice Compensador Barta de Disparo _Elemenio Magnétea Elemento Magnético Treva Contatos Sree i { cam} (6 ian Fone ae FIGURA 9.48 \ Elemento Bimetallco \. Elemento Bimetéliso Disparaoestromugntios ete ate, “ compensados (a) Poxgio noemala rio (b)Posigtodispara A protecao de circuttos através de disjuntores leva uma grande vantagem quando comparada protecdo através de fusiveis. As caracteristicas de tempo X correate dos disjuntores podem ser ajustiveis, a0 contrario dos fusiveis, que ainda podem ter as suas caracteristicas de tempo X cot. rente alteradas quando submetidos 4 intensidade de corrente proxima & do valor de fusdo. Ent tanto, 0s disjuntores apresentam uma capacidade de interrupgao geralmente inferior & dos fuse veis, principalmente as unidades de corrente nominal abaixo de 1.500 A. Quando instalados pontos do circuito cuja corrente de curto-circuito supera a sua capacidade de interrupcio, dlisjuntores devem ser pré-ligados a fusfveis limitadores de corrente para protegé-los. (Os disjuntores sao dotados de cémaras de extingao de arco que, em geral, consistem emu série de placas metélicas em forma de veneziana, montadas em paralelo entre dois supories ‘material isolante. As ranhurasdas referidas places sobrepSem-se aos contatos, atraindo 0 arco @ se forma, a partir do deslocamento do contato mével, para o seu interior, confinando-o ¢ divi do-o num tempo aproximado de meio cielo, 0s disjuntores limitadores de corrente, quando atuam por efeito eletradindmico, 0 fazem tempo aproximado de 2 ms. Como sio dotados. também, de disparadores eletromagnéticos.es sdo ajustados acima do valor que corresponde a atuagio eletrodinamica, A Figura 9.49 mostra a parte frontal de um disjuntor de baixa tensfo, indicando os dispositiv de ajuste dos disparadores témicos eletromagnéticos, s detathes de dimensionamento de disjuntores ¢ os ajustes nevesséirios dos disparadores micos ¢ eletromagnéticos serio abordados no Capitulo 10, MorRs 9.49 ‘Yisa frontal de um disjuntor de ‘aisa ens Mates ELerRCos 439 Terminal de Fonte Praca de ldentifcacso- Alavanca de Manobra Cara de Baquemte Seletor de Ajuste Terminal de Carga 9.3.15.5 Especificagao sumaria A.aquisigzo de um disjuntor, para utilizago em um determinado ponto do sistema, requer que sejam discriminados os seguintes elementos, no minimo:, + corrente nominal de operagao; + capacidade de imterupgao; + tensao nominal; + frequéncia nominal; + faixa de ajuste dos disparadores; + tipo (termomagnético, limitador de corrente, somente magnético ou somente + acionamento (manual ou motorizado). érmico); De acordo com o diagrama unifilar da Figura 9.1, tem-se: Disjuntor tripolar termomagnético, corrente nominal de 1.250 A, corrente minima de interrupgao de 45 kA, faixa de ajuste do relé térmico (700 a 1.250) A, faixa de ajuste do relé eletromagnético (4,000 a 8.000) A, acionamento manual frontal, frequéneia nominal de 60 He tensao nominal 660 .16 Voltimetro de Ferro Movel (15) E destinado ao registro instantineo da tensdo em sistemas de corente altemmada ou continua. Compée-se de uma bobina fixa que age magneticamente sobre dois nticleos concéntricos de ferro doce nio magnetizados, sendo um fixo ¢ outro mével. Ao ser alimentada « bobina, cria-se ‘um campo magnético que atua sobre os dois micleos referidos que, por estarem submetidos a po- laridades iguais, tendem a se repelir. Estando fixo um dos nticleos, conseqilentemente 0 nticleo ével a que esta preso um ponteiro indicador Sofrerd um deslocamento angular, registrando, em escala adequada, 0 valor correspondente da tensao do circuito, Quanto mais intenso for © campo ‘magnético da hobina, mator seri a deflexao do referido pontelro. Quando 0 micleo movel detlete em toro do set eixo, movimenta também a cémara de amortecimento, 0 ponteiro ¢ a mola de ‘ompressio que tem a finalidade de fazer © conjunto voltar & posigio inicial, & medida que a in: tensidade do campo diminui ‘A Figura 9.50 mostra esquematicamente um corte longitudinal de um yoltimetro de ferro mé- vel cuja aplicagao € mais acentuada, enquanto a Figura 9.51 apresenta a vista frontal do mesmo voltimetro. Os voltimetros jo comercializados mais comumente com as seguintes dimensoes + 144 x 144 mm — abertura do painel: 138. 138 mis + 96 X 96 mm — abertura no painel: 92 92 mm; + 72 2 mm-— abertura no painel: 69 69 mm. Existem tambsm voltimetros com dimensdes retangulares ¢ mais rarumente com formato circular. A Figura 9.51 mostra um voltimetro de aplicacao em painéis ce controle com escala de 0 500 V. 440 9.3.17 Amperimetro de CaPiruLo Nove Escala de Loitura Pontairo Indicador _ Camara de Amortecmento _ Bobina Fixa \__Nadoleo Fixo Nucleo Mével FIGURA 9.50, PIGURA 9.51 Componentes de umn voltimetro ‘Vista froma de urn voltimetro (© valor de Fundo de escala deve ser pelo menos 25% superior ae valor da tensio nominal de sistema. ‘Os voltimetrossio ligados diretamente i rede em sistemas de baixs terstio ou atrawss de trane formadores de potencial em sistemas primiérios, 9.3.16.1 Especificagao sumaria E necessirio que na compra de voltimetros se estabelecam os seguintes elementos: + dimensdes: + fundo de escalas + tipo (Ferro mével, bobina mével - ndo deserito neste Livro) + freqiléncia nominal 0 voltimetro representado no diagrama unifilar da Figura 9.1 pode ser assim deserito: Voltimeiro de ferro mével, dimensoes 96 * 96 mm, escala de0 a 500 V e freqiténcia de 60 Hy. Ferro Mével (16) E destinado a indicagdo instantanea de corrente, tanto em sistemas de corrente continua como em sistemas de corrente alternada. (O seu principio de funcionamente corresponde ao que ja foi exposto para 0 voltimetro de fer | mével ‘Osamperimetros so comercializados com as mesmas dimensoes padronizacas para os voltimeuas Normalmente, so fabricados para suportarem 50 vezes a carga nominal durante 1s, 4 vezes a carga nominal aproximadamente durante 3 min, €2 vezes a carga nominal durante 10 min, Em geral, deve-se dimensionar 0 fundo de escala de um amperimetro para o minimo de 15 do valor da corrente prevista para o circuito a ser medido, Os amperimetros, em geral, so conectados aos barramentos os paingis através de transfor madlores de corrente que podem ser dimensionados em funcao da corrente de carga do ponto sera instalado, Os amperimetros de conexio direta sao fabricados para corrente nominal de, maximo, 100 A. A Figura 9.52 mostra a vista fromial de um amperimetro, enquanto a Figura 9.53 indica as i xas de escala para medigdo e sobrecarga. ’m geral, os amperimetros conectados através de transformadores de corrente s comercializados com as escalas indicadas na Tabela 9.13, 9.3.17.1 Especificagao sumaria E necessirio que se estabelecam no pedido de compra para amperimetros, no minimo, ose ‘mentos relacionados na pagina seguinte MaTEsiaIs ELETRICUS FIGURA 9.52 FiguRs Vista frontal de um amperimetro Faixadas escalas de um amperimetro TABELA 9.13, Escalas de amperimetros [ Dimenséex | sous | 1.000/5 1500/5 2.000/5 3.00015 4000/5 5.0005 605 1.00005 144 x 144 + dimensie + fundo de escula ou faixa de eseala; + tipo: ‘+ freqiiéncia nominal O amperimetro indicado no diagrama unifilar ds Figura 9.1 pode ser assim deserito Amperimetro de ferro mével, dimensdes 96 X 96 mm, fundo de escala de 400 A ¢ fre- qiéneia de 60 Hz, 18 Fusivel de Baixa Tensao (17) E um dispositive dotado de um elemento metdlico com segio reduzida na sua parte média, normalmente colocado no interior de um corpo de porcelana hermeticamente fechado contendo areia de quartzo de granulometria adequada, Segundo a IEC 269, os fusiveis para aplicagdes industrais apresentam a seguinte classificagao: + gl ~sio fusiveis limitadores de corrente que tém a capacidade de interromper desde a cor- rente minima de fusio até a capacidade nominal de interrupeao; + all —obedecem &s mesmas caracteristicas anteriores diferindo, no entanto, daquelas, nos seguintes aspectos: ~ alé 1,, ~ 50 A, os fusiveis gll so mais répidas do que os fustveis el; — entre 100 = 1, < 1.000 A, os fusfveis gf e ell tm as mesmas caracteristicas: — nas aplicagdes domésticas, as capacidades de interrupedo dos fusiveis gl e gll sto diver: gontes. 442 GaPHULo Nove Os fusiveis gle gl se caracterizam pela proteco contra sobrecargas e curtos-circuitos, + aM — sio fusiveis limitadores de coremte que témn a eapacidade de imterromper a eorrente desde um determinado méltiplo da sua corrente nominal até a sua capacidade de interrup- ° Os fusiveis aM se acterizam pela protego somente contra as correntes de curtos-circuitos, Por isso, é necessério que se utilize, neste caso, uma protegio contra sobrec AEC ainda classifica os fusiveis como de aplicagao doméstica e industrial, Os primeiros sao. acessiveis a pessoas no qualificadas. Ao segundo, somente devem ter acesso pessoas autoriza- das. Essa classificagao implicaas caracteristicas construtivas dos fusiveis quanto a0 acesso ds pares vivas no caso de substituigao. Oclemento metilico, em geral, € de cobre, prata ou estanho. O corpo de porcelana € de alta resisténcia mecfnica, ‘Aatuagio de um fusfvel é proporcionada pela Fuso do elemento metilico quando percorrida por uma corrente de valor superior ap estabelecido na sua curva de caracteristica tempo * corren te. Apés a fusio do elemento fusivel. a corrente ndo & interrompida instantaneamente. pois & indutincia do circuito a mantém por um curto intervalo de tempo, circulando através do arco for ‘mado entre as extremidades do elemento metilico s6lido. ‘Aareia de quartzo, que € 0 elemento extintor do fusfvel, absorve toda a energia calonifica produ rida pelo arco, cujo vapor do elemenio metilico fundide fica envolvido por esta, resultando no final ‘um corpo sélido isolante que mantém a extremidade do fusivel ligado a carga eletricamente separ da da outra extremidade ligada & fonte. As principais caracteristicas elétricas dos Fusiveis sao: a) Corrente nominal ‘Baquela que pode percorrer o fusivel por tempo indefinido sem que este apresente um aque) _menio excessivo.0 valor da corrente de [uso de um fusivel é normalmente estabelecido em 60 superior ao valor indicado como corrente nominal b) Tensio nominal Eaquela que define a tensio maxima de exercicio do cireuito em que 0 Fusivel deve ope regularmente ©) Capacidade de inverrupgao. Eo valor maximo eficaz da corrente simétrica de curto-circuito que o fusivel & capa de int romper, dentro das condigdes de tenso nominal e do fator de poténcia estabelecido. ‘Os fusiveis do tipo NH e diazed devem operar satisfatoriamente nas condicdes de tempera ambiente para as quai foram projetados. Quanto mais elevada a temperatura a que esta su do, mais rapidamente 0 elemento fusfvel alcanga a temperatura de fusit. ‘Os fusiveis do tipo NH apresentam caracteristicas de limitagao da corrente de impulso, isto particularmente vélido na protegao da isolagao dos condutores € equipamentos de comando ¢ obra, pois a limitagdo da intensidade da corrente de curto-circuito implica valores mais 1 dos das solicitagdes térmicas e eletrodindmicas sofridas por estes. Através das Figuras 1026 10.27, pode-se determinar esta limitagdo entrando-se com o valor da corrente de eurto-cireul simétrica (valor inicial efetivo), calculado no ponto de instalagao do fusivel (I, = 40 kA da Fi ra 10.27) no eixo das ondenadas, tragando-se uma reta até atingir a curva do fusivel €, entio, obtendo-se 0 valor da corrente limitada (/, = 20 kA}, Semo fusivel, acortente de circuito atingiria 0 valor de crista igual a 80 kA. O grafico é particularmente vilido ara fat poténcia de curto-circuito igual ou inferior a 0,7. Quando as cortentes de curto-circuito sao de grande intensidade, aaplicagao de disjuntores| se onerosa na maioria dos casos, Portanto, a utilizagdo de fusiveis limitadores de corrente él tante comum como protego contra as correntes de defeito, deixando-se a protegio contra carga para s responsabilidade do disjuntor, cuja capacidade de ruptura podera ser bastante 1 dae, portanto, de custo inferior. ‘Aatuagio dos tusiveis do tipo diazed e NH obedece as canucteristicas de tempo X corrente finidas pelas normas especificas como sendo a curva média de Fuszo X corrente que cl {eriza o tempo. médio correspondente a fusdo do elemento fusivel. Os fusiveis NH e diazed sdo providos de indicadores de atuacao do elemento fustvel. Oi dor éconstitufdo de um fio ligado em paralelo ao elemento fasivel, que quando se funde p a fusio do fio mencionado que sustenta uma mola pressionada, provocando a liberagio do: sitivo indicador, normaimente caracterizado pela cor vermelha. Mareaais ELETR a3 Ds fusiveis sao fabricados com du ticas distintas de atuagdo: ripida e retardada. O fusivel de caracteristica ripida é mais comumente empregado nos circuitos que operam em condi- {¢0es de corrente inferior 4 corrente nominal, como € 0 caso de circuitos que suprem cargas resistivas, iio fusivel de efeito retardado € mais adequado aos circuitos sujeitos a sobrecargas periddicas, como no caso de motores e capacitores. A aplicagdo dos fustveis limitadores como elemento de protecdo dos circuitos elétricos sub- metidos a correntes que definem uma sobrecarga nao ¢ aconselhavel, pois, devido as suas carac- teristicas de abertura para corrente com intensidade variando em tomo de 1,4 vez a sua corrente nominal, do se obtém desses dispositivos uma margem de seguranga aceitavel para tal finalida- de. Assim, esses fustveis devem somente ser dimensionados tendo em vista a prokegao da rede para correntes de curto-circuito, ou de sobrecarga ceracterizada por motor de indugio com rotor bloqueado, apesar de representar uma protegdo pouco segura A Figura 9.54 mostra os diversos elementos componentes de um fusivel do tipo diazed, Jaa Figura 9.55 apresenta os detalhes construtivos dos fusiveis NH, enquanto a Figurs 9.56 mostra, respectivamente, 0 fusivel do tipo NH e a sua base correspondent, ane de Ajuste -Anel de Protecao frees a i \ oi ¥ \ / Chapa Matalin mr LE oeangsn | LEE A Fornaio do Arco oN ees ‘Terminal de Fonte Terminal de Carga aaa 9.3.19 Chave Seccionadora Tripolar de Baixa Tensao (18) CaPHULo Now 9.3.18.1 Especificagao sumaria No pedico de compra de um fusivel, devem constar, no minimo, os seguinies elementos + corrente nominal, + tamanho da base (fusvel NH}; + capacidade de ruptura: + caructeristica da curva tempo X corrente (ripido ou com retardo); + componentes (fusivel diazed: base, tampa, parafuso de ajuste, anel de protecao & fusivel),, (O fusivel indicado no diagram da Figura 9.1 pode ser assim descrito: Fusivel tipo NH, corrente nominal de 160 A, capacidade de ruptura de 100 kA, base tax manho 2, tipo retardado, E.um equipamento capaz. de permitir a abertura de todos os condutores nao aterrados de um Circuito, de modo que renhum polo possa ser operado independentemente. Os seccionadores pos dem ser clasificados em dois tipos: a) Seccionador com abertura sem carga E aquele que somente deve operar com a ctcuito desenergizado ou sob tensa. £ 0 caso ds chaves sectionadoras com abertura sem carga +) Seccionador sob carga ou interruptor Baquele capar de operar com o circuito desde a condigao de carga nula até a de carga pleni 0s seccionadores de atuagao em carga silo provides de cdmaras de extinedo de arco € de conjunto de moles eapsz de imprimir uma velocidade de operagio eleveda ‘A principal fungao dos seccionadores ¢ permitir que seja feita manutengio segura numa deter sminada parte do sistema. Quando os sec tos ce movores deven desligar tanto os motores como o dispositivo de controle. Sobre os dispositivos de seccionamento, pode-se estabetecer: nadlores sia instaladas em cit + a posicdo dos contatos ou dos outros meios de seecionamento deve ser visivel do exes fu indivade de forma clara e segura; + 08 dispositivos de seccionamento devem ser projetacles e/ou instalados de Forma a in qualquer restabelecimento involuntério, Esse restabelecimento poderia ser causado, exemplo, por chaque ou vibragdes + devem ser tomacas medidas para impede: positivos de seccionamento apropriados rertura inadvertida ou desautorizada ds dis sabertura sem carga. Recomenda-se que os seccionadores utilizados em circuitos de motores de até 600 V sionados pelo menos para 115% da corrente nominal, ito & Ige = 115% log out ser dime Quando sao instalados em cireuitos de capacitor, devem ser dimensionados pelo menos 135% da corrente nominal do banco, ou seja 139 % hap ‘A Figura 9.57 mostra uma chave seccionadora de abertura em carga, indicando-se os seus} cipais componentes. Aschaves seccionadoras devem ser dimensionadas para suportar, durante o iempode | sa rente de curto-citcuito, o valor eficaz (corrente térmica) e © valor decristada mesma corrente rente dindimica). ‘A Tabela 9.14 forneve as principais caracteristicas elétricas das chaves seccionadoras dos pos STH e $32 de fabricagao Siemens. Para outros detalhes, consultar catélogo especifico do bricante, De aconto com a Tabela 9,14, deve-se esclarecer as seguintes definigoes: + Corrente mixima de estabelecimento Mayans Everacos 445 957 xo de Manobra ve seecionadoratripolar de enso Cmara de Extingte de Arco. Terminais de Carga 94 ¢s seccionadoras dos tipos SH ¢ $32 ~ Siemens ise de erg hic, elaine pequena obreciess iggie de args mista, Shc intact pegs Sobveeasas fgg de otoese oulan cagas ia Eo valor de cristado primeiro semiciclo, num pélo da chave, durante 0 perfodo transi se segue numa operasao de fechamento, + Corrente presumida de curto-cireuito E a corrente que circularia no circuit se cada polo da chave fosse substitufdo por um condutor de impedncia desprezivel. + Corrente de corte ou de interrupgiio E aquela que se estahelece no circuit no inicio do processo de interrupgao. 9.3.19.1 Especificagao sumaria ‘A compra de uma chave seccionadora deve acompanhar pelo menos os seguintes elementos: + tenso nominal; + corrente nominal; 446 Gariruia Nove + corrente presumida de curto-circuito, + fusivel maximo admitido (especificar): + acionamente (manual rotativo ou motorizado); + contatos auniliares (se necessario); + operago (em carga ou a vazio); + vida mecfinica minima (se necessério); + tregiiéneia nominal Relativamente & chaye seccionadora indicada no diggrama unifilar da Figura 9.1, ter Chaye seccionadora tripolar, comando simulténeo, abertura em carga, tensio nominal 500 V, corrente nominal de 250 A, acionamento manual rotativo, sem contatos aux! 9.3.20 Contator Magnético Tripolar (19) Terminal de Fone] Bovina ‘Auste de Corrente FIGURA 9.58 Componentes de um contator um dlsposiivo de atuayao magnéica destinado A interrupso de un circuit em eargaow a vari (0 seu prineipiode Furcionamento baseis-se naforgi magnética que tem origem na energizagio de uma bobina na forga meciinica proveniente do conjunto de molas preso a estrutura dos con, tatos méveis Quando a bobina é energizada, a forga eletromecdinica desta sobrepde-se A forga meciinica dis molas, obrigando os coniatos méveisa se fecharem sobre os contatos fixos aos quai esto ligados 68 terminais do circuito, A Figura 9.58 mostra as principais partes de um coniator acoplado a respectivo relé térmico. Os contatores sao construfdos para suportar um elevado nimero de manobras. Si dimensionados em fungio da corrente nominal do circuit, de niimero de manobras desejad e dt corrente de desligamento no ponto de instslagao. A corrente de partida dos motores nao tem praticamente renhuma influéneia sobre a vid ii dos contatos dos contatores. No entanto, o ricochete pode reduzir drasticamente a duracdo dos contatos. Em geral, os contatores pequenos, quando tém 05 seus contatos danificados, tormamn-s inutilizaveis; porém, os contatores de corrente nominal elevada possibilitam, em geral, a repost {go dos contatos éaniticados. mando local com recurs eristico na aplicagao de motores elétricos. ia 9.15 permite a eszolha dos contatores da série 3TF de fabricagao Siemens ‘A Figura 9.59 mostra um diagrama de comando de um contator de de comando a distincia, muito cara A Tabel Caixa de ‘funilares Rate “Termico mi —_- carge t eae FIGLRA 9.59. [Esquema de comand de um contator 9.15, ego te contatores do tipo de 3TF ~ Siemens Marteniass ELereicos 447 Tipo | s1¥40 10[sreat wo|sreso vo|srras 10] snp 11] sees 11) stR46 22|srr47 2] srr 22] srP49 22 ‘Tema (V) > | 2 [iw | | 2 | ow | ow | ow | os | os aeooy | oar | oa | az | ae | os | os | | ao | 1m | 120 20 ar dh eas lige slang wo [is | o [os | » | a 3 a a Sd sevgo nora EATEGORIA ACS de motores ok de cur 20 ig | a | a [ss is_| ww | us [is a0 a+ [1b oe a aD pe ee a a w | | os | a | @ | « | wo | as | ow | 10 Tipo | 31¥50 22 [srs1 22 | svs2 22 |srwsp 22] srPEA 22|sTPSS 2] STFS6 22 stwS7 2] stH6s 44[ STOO 4 Temio (V) tia] igo | a0 | 205 | 250 | a0 | a | as | ow | r00 avowoy | io fro | x0 | 2m | as | as | es | oo | mm | om 220 so | w | as | 7 | wo | rs [iso | 200 | 250 [a0 50 Tt | as 150 | 530028000} | oo i 75] 100 [2s | 15000250300 [350 | “500 [a 20 2 | 2 | 0 | wo | | 0 | «@ | | ns [is a0 5 eC 0 [50059500595 [350380 | mm [ma | ma [ae | ma | ao | a0 | so | tom | 1380 a | 448 caPirano Nove 9.3.20.1 Especificagao sumaria ‘Na compra de contatores devem ser fomecides, no minim, os seguintes elementes: + tensiio nominal + freqiiéncia nominal: + corrente nominal + nime:o minimo de manobrass + tensio nominal da bobina; + niimeso de contatos: NA (normalmente aberto) ¢ NF (normaimente Fechclo), ‘Assim, com base no diagrama unifilar da Figura 9.1, pode-se deserever 0 contator como: Contator magnético tripolar para motor de 50 ev/380 Y, tensio nominal 500 V, corrente nominal 75 A, numero de manobras minimo de 50.000, com bobina para tensa de 220 Vy freqiiéncia de 60 Hz, com dois contatos NA e 2 NF. 9.3.21 Relé Bimetalico de Sobrecarga para Contatores (20) Siio dispositivos dotados de um par de léminas construidas com metais de diferentes coeficien- tes de dilatagio linear que, quando sensibilizados pelo efeito térmico produzido por uma corrente de intensidade ajustada equecendo o bimetal, provocam, pela dilatagdo térmica de suas laminas, operagfio de um contato mével Osrelés himetéicos de sobrecarga so constituldos de movlo a permitir ajustes de corrente nd minal dentro de determinadas faixas que podem ser escolhidas conforme o valor da corrente-¢@ natureza da carga. Quanto maior for o valor da corrente de sobrecarga, menor serd 0 tempo dec rido para a atuagiio do relé térmico. Normalmente, os relés de sobrecarga sao acoplados a contatores, de largo emprego no aciont mento de motores elétricos, podend também manobrar circuitos em geral. Também os res 6 sobrecarga so destinados 2 protegio de motores triffsicos que, por uma razo qualquer, come: queima de um fusivel numa determinada fase, operam com slimentacao bifésica Osrelés de sobrecarga, quando aquecidos & temperatura Ue servigo, témn os tempos redu nas suas curvas caracteristicas de disparo, geralmente a25% ou a 50% dos tempos indicados, nl ‘Osrelés de sobrecarga devem ser protegidos contra as elevacas correntes de curto-circuito, N malmente, os fabricantes fornecem a capacidade maxima dos fusiveis que devem ser empre no circuito para garantir a integridade do relé e que, em nenhuma hipstese, deve ser superada A Tahela 10,2 fornece as principais caracteristicas dos relés 3UA de fabricagdo Siemens. bbém no Capitulo 10 estao definidos os criterias para protego através dos relés de sobrecarge, cluindo-se af as curvas de atuayao. ido do fabricante. 9.3.21.1 Especificagao sumaria Para qualificar um relé so necessirios, no minimo, os seguintes dados: + poténeia do motor que vai proteget: + faixa de ajuste desejada: + fusivel maximo a ser usado; + tipo do contator ao quall vai ser acoplado, Relativamente & Figura 9,1, pode-se especificar assim o relé térmico. Relé térmico de sobrecarga para motor de 50 cvi380 V, faixa de ajuste de 63-90 A, plado ao contator (especificar 0 contator) e fusivel maximo de protegio de 125 A, tipo: 9.3.22 Chave Estrela-triangulo (21) Fun cdlpanienie daninaars pancea eon UR ae ROSnS ae nor ONION indugio com disponibilidade de seis bornes para ligaga Aschaves estrela-tridngulo sio fabricadas para a operagiio manual ou automitica. No pris caso, o tempo paraa mudanga da conexao estrela para triangulo € devinido pelo operador, eng 9.60 de comand de uma etiingulo MarERMs ELeraioos 449 to nas chaves automiéticas toda operacdo é comandada por um relé de tempo que atua sobre os ccontatores componentes da chave, de acordo com o ajuste selecionado, As chaves estrela-tridngulo automidticas sao compostas de: + 3 fusiveis no cireuito de comando; + 3 fusiveis no circuito de forga; + 3 contatoress +L relé bimetilico; + 2hotoeiras; + 1 relé de tempo: + 1 lampada de sinalizagio verde: + 1 Kimpada de sinalizagio vermelha; + indicadores de medidas de tensao e corrente; +L transformador de comand. ‘A Figura 9.60 representa o diagrama de comando de uma chave estrels-tridngulo automitiea. A ‘ua operagio ¢ iniciada quando o contator C3 & energizado pelo acionamento ca botoeira L que, em seguida, volta A sua posi¢o inicial (aberta). Nesse instante, 0 contato auxiliar CA3.2 6 fechado, per- ‘mitindo a operagio do contator C1, que se mantém fechado pelo seu proprio contato auxiliar CAL.1, iniciando, desse modo, o proceso de partida do motor na configuracdo estrela.J4 acionado pelo fe~ chamento da botoeira L, 0 relé de tempo RT inicia a sua operacdo. Decorrido o tempo previsto para que 0 motor adquira a velocidade proxima a velocidade de regime, o relé de tempo RT abre 9 con- {alo CRT, desenergizando o contator C3 cujo contato CA3.3¢ acionado, eenergizando a bobina do contator C2, Nesse instante, © motor inicia o funcionamento oa ligaeao triingulo. ‘A Figura 9.61 mostra o diagrams de ligagao da chave estrela-triingulo anteriormente descrita As chaves estrela-tringulo tém o seu uso limitado pela freqtiéncia de manobras permitida pelo relé de sobrecarga. Em geral, essa limitagao condiciona as chaves a um maximo de 15 manobras, por hora, (Os contatores C1, C2.¢ C3 podem ser dimensionados de acordo com as seguintes express0es: + Contator Cle C2 (9.20) corrente nominal do contator, em A; J = corrente nominal do motor, em A. + Contator C3 Ing = BEAD en + Relé bimetilico 058 X Pom (9.22) care floazr Jone I ons yaa j i t 4 } OAs \ | Gun eur N 450 Ccapinuco Nowe FIGURA 9.61 Esquema de ligago dos ‘comtatores de uma chave estrela- tridngulo I | Spiers) A Tabela9.16 permite a escolha das chaves estrela-tiiangulo de fabricagiio Siemens em fur da poténcia nominal do motor. 9.3.22.1 Especificagdo sumaria ‘Nacompra de uma chave estrela-tridngulo & necessario que se fomecam, pelo menos, os relacionados na pégina seguinte, ‘TABELA 9.16 Escolha das chaves estrela-trifgulo ~ Siemens 3742-22 | 3TF40-11 | 3UAS2002A | 10-16 3143-22 | arF4i-t1 | 3UA52002¢ 16-25 3143.22 | srra2-11 | 3UA52002C | 16-25 arpa4-22 | 3742-11 20-32 airat.22 | 37Fa3-11 | 3UAss002D | 20-32 31F 45-22 | 3743-11 | 3UA5900-2R | 32-40 37F46-22 | 3744-11 | 3UAS800-2F | 32-50 3147-22 | 37F4S-11 | 3UAS800.2P | 50-63 3148-22 | 31F49-22 | suassoo2u | 03-30 3749-22 | 3TF47-22 | 3UAS8008W | 70-88 3750-22 | 37F47-22 | 3UA60003H | 90-120 s1rst-2z | s1Fas-22 | suactoosK | 120-150

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