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F4 Portugues Final PDF
F4 Portugues Final PDF
Impresso no Brasil.
Guia Prático para um Controle mais Limpo, Seguro e Produtivo de Pó e Material a Granel
SEDE DA MARTIN
ENGINEERING
Rua Estácio de Sá, 2104 – Jardim Santa Genebra
Campinas – SP – Brasil – 13080-010
Tel.: 55 19 3709 7200
Fax: 55 19 3709 7201
martin@martin-eng.com.br
www.martin-eng.com.br
Quarta Edição
Quarta Edição
Foundations ™
Guia Prático
para um Controle mais Limpo, Seguro e Produtivo
de Pó e Material a Granel
Quarta Edição
por
FOUNDATIONSTM
ISBN 978-0-9717121-1-9
Número de controle da Biblioteca do Congresso: 2007942747
Direitos Autorais © 2009 Martin Engineering
Parte Número L3271-4
Foto da Capa © Lester Lefkowitz/Corbis Corporation
Todos os direitos reservados. Esta publicação não pode ser
reproduzida de nenhuma maneira sem a permissão da Martin Martin Engineering Brasil
Engineering, Neponset, Illinois. Parte do conteúdo deste livro foi Rua Estácio de Sá, 2104 – Jardim Santa Genebra
reproduzida a partir de outras fontes protegidas por direitos autorais. Campinas – SP – Brasil – 13080-010
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Impresso no Brasil.
Fax: 55 19 3709 7201
Editora: Martin Engineering, Ltda. martin@martin-eng.com.br
Tradução e Diagramação: AMK Traduções (SP) www.martin-eng.com.br
iv
Índice
Índice. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v Seção Um
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vi FUNDAMENTOS PARA O MANUSEIO SEGURO DE MATERIAIS A
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . viii GRANEL
Dedicatória. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . x 1 Controle Total de Materiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Segurança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 Transportadores passo a passo: Componentes do Transportador. 28
4 Transportadores passo a passo: A Correia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5 Transportadores passo a passo: Emenda da Correia. . . . . . . . . . . 60
Seção Dois
CARREGANDO A CORREIA
6 Antes da Zona de Carga. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
7 Controle do Ar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
8 Chutes de Transferência Convencionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
9 Auxílios de Fluxo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
10 Suporte da Correia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
11 Calhas-Guia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
12 Chapas de Desgaste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
13 Sistemas de Vedação Lateral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
Seção Três
CICLO DE RETORNO DA CORRREIA
14 Limpeza da Correia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196
15 Raspadores de Proteção das Polias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244
16 Alinhamento das Correias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252
Seção Quarto
CONTROLE DE PÓ
17 Panorama de Controle de Pó. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280
18 Controle Passivo de Pó. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296
Pesquisa, Desenvolvimento de Pessoal, 19 Supressão de Pó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304
Serviços e Produtos 20 Coleção de Pó. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322
v
Prefácio
“O controle de pó
na Austrália, no Canadá, no Chile e na Índia. Na Europa, temos também
filiais na França, na Turquia e no Reino Unido. Temos quase 800
funcionários por todo o mundo; Nossa dedicada equipe tornou possível
e derramamento ultrapassarmos 135 milhões de dólares em vendas no ano de 2008.
Edwin H. Peterson
Presidente, Conselho Administrativo
Martin Engineering
vi
Prefácio
Desde seu início, na década de 1940, a Martin limpa, “THINK CLEAN®”, enquanto aprimoram a
Engineering é comprometida com segurança, excelência eficiência, produtividade e segurança.
e inovação no manuseio de materiais a granel. De nossos
primeiros vibradores industriais até os conceitos de ponta Como todos sabem, trabalhamos em um perigoso setor
em transportadores existentes hoje em dia, nosso foco global e precisamos ser enfáticos para evidenciar tais
estratégico no aprimoramento contínuo representa o preocupações. Existem muitos ferimentos e fatalidades
crescimento e o desenvolvimento das práticas em prol em nosso ramo que poderiam ser evitados. Devemos
do controle efetivo da movimentação de material e do considerar a segurança em operações de transportadores
aprimoramento de operações envolvendo transportadores como uma prioridade. No início da revisão de
de correia. Muitos de nossos aprimoramentos são FOUNDATIONS3 para esta quarta edição, os autores
baseados em nossa convicção fundamental de que, para a fizeram uma decisão consciente de transferir nossa ênfase
obtenção de um manuseio limpo, seguro e produtivo de em segurança para a seção inicial do livro. Além do
material a granel, as empresas devem assegurar o controle material no capítulo de segurança, o leitor irá encontrar
integral de material em seus transportadores de correia. informações adicionais e notas de segurança no decorrer
do livro. A maioria dos capítulos inclui uma seção distinta
Com a inauguração do Centro de Inovações para designada “Questões de Segurança” para o leitor analisar.
o Manuseio de Material a Granel em nossa matriz Simplificando, devemos nos empenhar mais em proteger a
global localizada em Neponset, Illinois, EUA, a vida daqueles que trabalham em nosso setor.
Marting Engineering se empenhou significativamente e
demonstrou, de maneira substancial, um desenvolvimento Através da leitura de FOUNDATIONS™, Guia Prático
contínuo para a indústria de manuseio de materiais a para um Controle mais Limpo, Seguro e Produtivo de
granel. Nosso objetivo é compartilhar o conhecimento Pó e Material a Granel, você irá conhecer mais sobre
adquirido mediante essa ciência fundamental e no as qualificações e a filosofia da Martin Engineering.
centro de pesquisa prática aplicada, com universidades, Esperamos que o considere útil, tornando as operações de
associações e clientes. Através desses recursos e com seus transportadores mais limpas, seguras e produtivas.
comprometimento, a Martin Engineering continuará
sendo a líder no fornecimento de informações e no
desenvolvimento de tecnologias para controlar o pó,
derramamento e materiais fugitivos.
vii
Introdução
A pergunta mais comum feita por tadores, na medida em que eles ocorrem, mas
engenheiros que encontro em minhas viagens os operadores não podem parar a produção
pelo mundo é “Que mudanças observou no em função da necessidade de atingir cotas.
setor de manuseio de materiais a granel nos Antigamente, quando novos engenheiros eram
últimos 50 anos?” inseridos em programas de aprendizagem jun-
to com colegas experientes, eles eram expostos
O que mudou? a situações do mundo real. Eles adquiririam
A. Computadores: Primeiro e acima de experiência para uma rápida análise e o reparo
tudo está o computador. Ele rastreia, registra de quebras, de maneira a permitir que a fábri-
e protege tudo que fazemos. Cinquenta anos ca retomasse a produção. Como resultado de
atrás, as prioridades de projetos para trans- modernas técnicas de engenharia, sistemas de
portadores estavam contidas em livros; hoje manuseio de materiais a granel estão sendo
em dia, elas estão em bancos de dados de desenvolvidos por detalhadores com pouca
computadores. ou nenhuma experiência prática. Enquanto
fábricas, usinas e minas vêm tentando manter
“Que mudanças Como resultado,
engenheiros mecâ-
os equipamentos mecânicos funcionando e
produzindo, operadores são forçados a aceitar
você observou no nicos são graduados
somente sabem fazer
um design com poucos recursos de acesso
para reparo do sistema. Na medida em que
setor de manuseio desenhos e cálculos
com o auxílio do
observo fábricas modernas dotadas com os
mesmos projetos de engenharia utilizados 30
de materiais a computador. anos atrás, pergunto-me quem será capaz de
conservar, em uma base diária, os componen-
granel nos últimos Programas avan-
çados de computa-
tes que tendem a falhar ou desgastar, especial-
mente quando o design não tem recursos que
dor permitem que
50 anos?” engenheiros vejam
permitem a execução de reparos necessários
de maneira prática e rápida.
“imagens virtuais” e
que desenvolvedores Aprimoramentos em design podem ser exe-
vejam representações visuais das propriedades cutados de maneira mais eficiente por aqueles
de fluxo de um material. com experiência prática em transportadores.
Operadores experientes têm o conhecimento
Esses programas permitem diversas possibi- para conduzir uma equipe de desenvolvi-
lidades de desenvolvimento para que enge- mento, prevenindo falhas no equipamento
nheiros possam obter os resultados almejados e fornecendo meios para reparar problemas
em cada ponto de transferência no transporta- com o mínimo de paralisação. Eles devem ser
dor. No entanto, é importante lembrar que o permitidos e estimulados a contribuir para o
modelo gerado por computador somente será design.
válido quando um engenheiro ou técnico, que
tenha experiência prática com o material a C. Normas Ambientais e de Seguran-
granel em questão, o tiver revisado. Além dis- ça: Outras diferenças estão nas intensificadas
so, o engenheiro experiente ou técnico deve normas e nos regulamentos ambientais e de
aprovar os componentes do transportador, segurança, que atualmente devem ser incorpo-
lembrando que eventualmente eles precisarão rados a prioridades de design. Essas normas
ser consertados, portanto, devem ser desen- tornaram-se tão importantes quanto as exigên-
volvidos visando a fácil acessibilidade e a uma cias para produção de transportadores. Ficou
manutenção segura. obvio para mim, desde a década de 1950, que
“Material de Retorno” e pó eram assuntos
B. Experiência Prática: Atualmente, a de segurança/saúde/prejuízo que precisavam
maioria das fábricas opera 7 dias por semana, ser considerados durante o projeto inicial, ao
24 horas por dia. A gerência pode exigir que invés de esperar ameaças de multa ou suspen-
uma fábrica dobre a produção com uma equi- são das operações, impostas por inspetores,
pe reduzida pela metade. Essas instalações para então eliminar o perigo do “Material de
precisarão consertar problemas em transpor- Retorno”.
viii
Introdução
ix
Dedicatória
DEDICATÓRIA
É uma honra para nós dedicarmos a quarta edição de FOUNDATIONS™:
Guia Prático para um Controle mais Limpo, Seguro e Produtivo de Pó e
Material a Granel aos seguintes:
Andrew D. Marti
Larry J. Goldbeck
Daniel Marshall
Mark G. Strebel
x
Dedicatória
xi
Chapter Title | Chapter #
SEÇÃO 1
FUNDAMENTOS PARA O
MANUSEIO SEGURO DE
MATERIAIS A GRANEL
• Capítulo 1......................................................................................................................................2
CONTROLE TOTAL DE MATERIAIS
• Capítulo 2................................................................................................................................... 14
SEGURANÇA
• Capítulo 3................................................................................................................................... 28
TRANSPORTADORES passo a passo: COMPONENTES DO
TRANSPORTADOR
• Capítulo 4................................................................................................................................... 36
TRANSPORTADORES passo a passo: A CORREIA
• Capítulo 5................................................................................................................................... 60
TRANSPORTADORES passo a passo: EMENDA DA CORREIA
1
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
Figura 1.1
O controle do movimento do
material é essencial para seu
manuseio limpo, seguro e
produtivo.
Capítulo 1
CONTROLE TOTAL
DE MATERIAIS
Transportadores e Material Fugitivo.................................................................................................................. 3
Problemas com o Material Fugitivo..................................................................................................................... 4
A Economia do Controle de Material.................................................................................................................. 9
Armazenando Informações para o Controle Total de Materiais ............................................................. 11
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 12
A Oportunidade do Controle Total de Materiais............................................................................................ 12
2
Controle Total de Materiais | Capítulo 1
3
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
4
Controle Total de Materiais | Capítulo 1
Materiais fugitivos também podem ser vistos Rolos travados criam outros riscos ainda
como problema para a eficiência da fábrica, maiores, inclusive a possibilidade de incêndios no
porque será necessário mais trabalho para a
limpeza do local. Materiais da produção podem
sistema. Uma instalação exportadora de carvão
na Austrália sofreu danos devido a um incêndio
1
ser manuseados em grandes máquinas, em no transportador principal de carregamento. Tal
quantidades significantes, em grandes lotes, em incêndio foi causado por um rolo emperrado
enormes porções e em vagões, geralmente de e alimentado pelo material acumulado. O fogo
maneira automatizada ou por controle remoto. destruiu grande parte da extremidade dianteira do
Em contrapartida, os materiais fugitivos são, na transportador, causando uma falha de
maioria das vezes, coletados por varredeiras, 1.600 mm na correia e queimando cabos elétricos
uma pá carregadeira ou um caminhão a vácuo e controles. Os reparos ficaram prontos em quatro
– ou até mesmo de uma forma bem antiquada, dias, mas o custo total do incêndio foi estimado
por um funcionário e uma pá. em US$ 12 milhões.
5
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
Uma correia desalinhada pode se mover para termos de saúde dos funcionários e do volume
dentro da estrutura do transportador e começar e da eficiência na produção. Em 2005, o
a friccionar a correia e a estrutura. Conselho Nacional de Segurança (National
Se essa situação não for rapidamente Safety Council), nos Estados Unidos, calculou
1 percebida, grandes extensões da correia podem US$ 1.190.000 como o custo de uma morte
ser destruídas, além da sua própria estrutura relacionada ao trabalho; o custo de um
de aço. Uma correia trabalhando solta gera ferimento incapacitante foi avaliado em US$
interrupções na produção, já que ela precisa 38.000, o que inclui pensão e lucros cessantes,
ser parada e reparada antes de retomar as despesas médicas e administrativas. Esses
operações. números não incluem nenhuma estimativa
de dano material e não devem ser utilizados
Uma situação particularmente problemática para estimar a perda econômica total para a
ocorre quando materiais fugitivos criam um comunidade.
problema e escondem sua evidência. Por
exemplo, acúmulos de materiais úmidos em Dados estatísticos da Mine Safety and
volta das estruturas de aço do transportador Health Administration (MSHA, sigla inglesa
podem acelerar a corrosão e dificultar a para Administração de Segurança e Saúde
visualização do problema por funcionários da em Minas), nos Estados Unidos, indica
fábrica (Figura 1.8). Em um cenário ainda grosseiramente que a metade dos acidentes
pior, o problema poderia acarretar danos que ocorrem em torno dos transportadores
catastróficos. de correias em minas é atribuída à limpeza
e aos reparos necessários decorrentes de
O mais preocupante nessa situação é o fato derramamento e acúmulo. Se materiais
de que tais problemas se autoperpetuam. O fugitivos pudessem ser eliminados, a frequência
derramamento leva a acúmulos de material com que os funcionários estariam expostos a
nos rolos, fazendo com que a correia opere em tais perigos seria significantemente reduzida.
desalinhamento, o que, por sua vez, conduz a Excesso de derramamento também pode
mais derramamento. Materiais fugitivos podem acarretar ameaças menos óbvias à segurança.
de fato criar um círculo vicioso nas atividades –
e tudo isso aumenta os custos de manutenção. Na Austrália, o seminário em segurança
do Departamento das Grandes Indústrias
Menor Segurança da Fábrica (Department of Primary Industries) alertou
Acidentes em fábricas custam muito em que, no período de seis anos, entre 1999
e 2005, 85 incêndios foram relatados
Figura 1.7
envolvendo transportadores de correias em
minas subterrâneas no Estado de New South
Material acumulado
na superfície das Wales. Dentre eles, 22 foram atribuídos ao
polias e dos rolos derramamento de carvão, e 38, ao alinhamento
pode levar a correia da correia. Entre as doze recomendações
ao desalinhamento,
contidas no relatório, havia: “Melhoria
resultando em danos
à correia e a outros do alinhamento da correia” e “Parar o
equipamentos. funcionamento dos transportadores quando
houver derramamento”.
6
Controle Total de Materiais | Capítulo 1
Uma fábrica limpa oferece um local seguro Mais Exposição a Agentes Externos
de trabalho e constrói uma sensação de orgulho e Outros Grupos
para com ele. Como resultado, os funcionários Materiais fugitivos funcionam como um
têm sua moral elevada. Trabalhadores com para-raios: eles são um alvo fácil. Nuvens
moral elevada têm maior probabilidade de densas de pó atraem a atenção de forasteiros
serem pontuais e de desempenharem melhor preocupados, incluindo agências reguladoras
suas tarefas. As pessoas tendem a se sentir e grupos comunitários. Acúmulos de materiais
orgulhosas se seu local de trabalho tem boa sob os transportadores ou próximos a
aparência e elas trabalharão para que ele estradas, prédios e equipamentos enviam uma
continue nessas condições. É difícil ter orgulho mensagem para agências governamentais e
de se trabalhar em uma fábrica vista como companhias de seguro. A mensagem é que
suja e ineficiente pelos vizinhos, amigos e, a fábrica é negligente em suas operações e
especialmente, pelos próprios trabalhadores. merece inspeções e atenção adicionais.
É fato que os empregos que envolvem tarefas Se uma fábrica é intimada por sujeira e
repetitivas e não recompensadoras, como a insegurança, algumas agências reguladoras
limpeza de derramamentos de transportadores, podem ordenar a interrupção de suas
têm maiores níveis de absenteísmo e ferimentos atividades até que os problemas sejam
no trabalho. É um exercício monótono resolvidos. Grupos comunitários podem
o de recolher com uma pá uma pilha de gerar uma exposição desagradável na mídia e
derramamento hoje, sabendo que outra pilha criar confrontos em várias audiências e outras
estará de volta amanhã. reuniões públicas.
7
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
8
Controle Total de Materiais | Capítulo 1
Material Acúmulo
Fugitivo Hora Dia Semana Mês Ano
Lançado (60 minutos) (24 horas) (7 dias) (30 dias) (360 dias)
“pacote de 4g 96 g 672 g 2,9 kg 34,6 kg
açúcar “
(4 g)/hora (0.1 oz) (3.4 oz) (1.5 lb m) (6.3 lb m) (75.6 lb m)
“pacote de 240 g 6,2 kg 43,7 kg 187,2 kg 2,2 t
açúcar “
(4 g)/minuto (8.5 oz) (13.8 lb m) (96.3 lb m) (412.7 lb m) (2.5 st)
“pá cheia” 9 kg 216 kg 1,5 t 6,5 t 77,8 t
9 kg/hora
(20 lb m) (480 lb m) (1.7 st) (7.2 st) (86.4 st)
“Porção” 20 kg 480 kg 3,4 t 134,4 t 172,8 t
20 kg/hora
(44 lb m) (1056 lb m) (3.7 st) (15.8 st) (190 st)
“pá cheia” 540 kg 13 t 90,7 t 388,8 t 4665,6 t
9 kg/minuto (1200 lb m) (14.4 st) (100.8 st) (432 st) (5184 st)
9
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
calcário, cimento e argila foram examinadas. É mais fácil calcular o custo real da
Os custos foram ajustados para refletir um interrupção de um sistema transportador do
aumento anual devido à inflação. Esse estudo, que, por exemplo, reduções na quantidade de
compilado para a Instituição de Engenheiros material processado em um dia. Se uma correia
1 Mecânicos, estabeleceu que os materiais se movimenta 24 horas por dia, cada hora de
fugitivos industriais adicionam um custo que perda de produção devida à interrupção da
chega a 1% de perda de materiais e US$ 0.70 correia pode ser calculada como a quantidade
por tonelada de rendimento de trabalho. e o valor de mercado do material não entregue
Resumindo, para cada tonelada carregada em relação à capacidade total do sistema. Isso
pelo transportador, há uma perda de 10 kg, afeta o rendimento e os lucros da fábrica.
assim como custos adicionais significativos de
despesas gerais. A Economia do Controle de
Material
Esse custo geral foi determinado através da
soma dos quatro componentes a seguir: O custo de sistemas de controle de
materiais fugitivos geralmente é levado em
A. O valor da perda de material (calculado em consideração três vezes, ao longo da vida útil
1% do material). do transportador. A primeira é durante o
B. O custo do trabalho de limpeza do desenho do sistema; a segunda no lançamento
derramamento, sendo em média de US$ do sistema; e a terceira durante as operações do
0.22 por tonelada de produção. sistema, quando se descobre que os sistemas
C. O custo das peças e do trabalho adicional iniciais não impedem a fuga de materiais.
de manutenção advindo do derramamento,
sendo em média de US$ 0.15 por tonelada Geralmente, é muito difícil, com novas
de produção. instalações, prever as exigências precisas
D. Custos peculiares especiais para para o controle de material. Na maioria dos
indústrias específicas, como o custo de casos, somente um palpite pode ser feito,
reprocessamento do derramamento com base em experiências com materiais
e o custo de checapes médicos para ou transportadores similares, indexado com
funcionários expostos a ambientes julgamentos intuitivos de engenharia. Um
carregados de pó, representando US$ 0.33 axioma que merece ser lembrado é: “Uma
por tonelada de produção. decisão que custa $1 para ser executada no
estágio de planejamento normalmente custa
Observação: Esse prejuízo inclui materiais $10 para ser alterada no estágio de desenho e
fugitivos advindos de problemas como $100 para ser corrigida no local de operação”.
derramamento e acúmulos de materiais na A lição é: é melhor planejar para as piores
correia do transportador, juntamente com condições possíveis do que tentar forçar ajustes
materiais fugitivos carregados pelo vento de através de equipamentos adicionais, depois que
pilhas de estocagem. o sistema inicial se provou mal desenhado.
10
Controle Total de Materiais | Capítulo 1
fabricado. Mesmo que os melhores controles rolos). Isso permitiria a geração de relatórios
de manuseio de materiais não sejam incluídos computadorizados de custo versus causa
no desenho, custa muito pouco a mais para de falhas dos componentes. Esse programa
garantir que estruturas e chutes sejam instalados deveria incluir dados sobre limpeza da correia
de modo que permitam a instalação de e, vedação lateral sua, para que custos precisos 1
sistemas superiores em algum momento futuro. possam ser determinados para o sistema
As consequências de escolhas baseadas em instalado.
pequenas economias feitas no desenho inicial
são o problema que criam: materiais fugitivos e Alguns serviços contratados de manutenção
entupimento de chutes, acarretando despesas mantêm bases de dados dos transportadores
adicionais para sua correção. dos clientes, incluindo especificações dos
sistemas, detalhes do estado do equipamento e
procedimentos realizados. Essas informações
são úteis para o agendamento de manutenção
ARMAZENANDO INFORMAÇÕES
preventiva e para determinar quando recursos
PARA O CONTROLE TOTAL DE
MATERIAIS
externos devem ser utilizados. Elas podem
ser utilizadas para um melhor gerenciamento
Muita atenção é prestada à engenharia de dos equipamentos e do orçamento de uma
componentes-chave de transportadores de operação.
correia. Frequentemente, outros fatores que A medição dos materiais fugitivos em pontos
afetam a confiabilidade e a eficiência desses de transferência é difícil. Em uma área fechada,
sistemas caros são ignorados. O custo de é possível usar instrumentos de medição de
materiais fugitivos é um deles. opacidade para determinar a densidade relativa
O armazenamento de informações sobre de pó no ar. Para pontos de transferência a céu
o tema de materiais fugitivos não é parte do aberto, a medição de pó é um desafio, apesar
padrão de relatórios feitos por funcionários de de não ser impossível.
operações ou de manutenção. A quantidade Uma técnica básica é a de limpar uma área
de derramamento, a frequência de ocorrência, definida e pesar ou estimar o peso ou volume
os materiais de manutenção consumidos do material retirado e o tempo consumido na
e os custos relacionados ao trabalho em si limpeza. O acompanhamento é conduzido
raramente são totalizados para se chegar através de repetidas limpezas em intervalos
ao custo real dos materiais fugitivos. Todos regulares de tempo. A frequência dos intervalos
os fatores – como as horas de trabalho e a – semanais, diários ou de hora em hora –
frequência da limpeza; o desgaste na correia dependerá das condições da fábrica.
e na emenda dos transportadores; o custo
da substituição de rolos, incluindo o preço A parte mais difícil é a determinação do
de compra, trabalho e tempo ocioso; e até ponto de origem dos materiais fugitivos.
mesmo a energia adicional consumida para Materiais fugitivos podem ter sua origem em
superar rolos emperrados com o acúmulo acúmulos nos transportadores, derramamento
de materiais – deveriam ser calculados para causado por desalinhamento da correia,
determinar o custo real dos materiais fugitivos. vazamento na vedação lateral, derramamento
Os componentes cuja vida útil pode ser advindo de rápidas elevações durante o
encurtada por materiais fugitivos, como rolos, carregamento ou carregamento desalinhado,
revestimentos de polias e a própria correia, vazamento por buracos nos chutes causados
deveriam ser examinados para determinar sua por corrosão ou falta de parafusos ou mesmo
vida útil e o ciclo de substituição. em pisos acima do sistema.
Programas computadorizados de A pessoa que realizar um estudo de
manutenção poderiam facilmente incluir um materiais fugitivos deve levar em consideração
campo para a causa da falha de qualquer o número de variáveis que podem influenciar
peça substituída. Os menus descendentes os resultados. Para isso, a pesquisa deve ser
desses programas deveriam incluir causas de conduzida em um período razoável de tempo
derramamento, ingresso de pó, ingresso de e incluir a maior parte das condições comuns
água e desgaste por abrasão de material (para de operação, incluindo: condições ambientais,
11
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
12
Controle Total de Materiais | Capítulo 1
Este livro apresenta vários conceitos que 1.1 Engineering Services & Supplies PTY
podem ser utilizados em um programa para Limited. Australian Registration #908273,
se alcançar o controle total de materiais para Total Material Control and Registration
#716561, TMC.
transportadores de correia.
1.2 Environment Australia. (1998). Best
Practice Environmental Management
A Seguir...
in Mining: Dust Control, (ISBN 0 642
Este capítulo sobre Controle Total de 54570 7).
13
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
Figura 2.1
Transportadores de correia
transportam materiais a
Capítulo 2
Segurança
Os Registros e os Problemas.. ............................................................................................................................. 15
Práticas de Segurança em Transportadores.................................................................................................. 18
Treinamento de Segurança.................................................................................................................................. 23
A Importância da Responsabilidade dos Funcionários.................................................................................. 24
Tópicos Avançados.................................................................................................................................................. 25
Benefício Duplo da Segurança do Transportador.. ......................................................................................... 25
14
Segurança | Capítulo 2
15
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
Tabela 2.1 Dados da MSHA sobre Acidentes em Transportadores entre 1996 e 2000
Causa do Ferimento Fatal Não fatal Total
Pego pela Correia em Movimento 10 280 290
Manutenção, Lubrificação ou Inspeção 10 182 192
Limpeza e Uso de Pá 3 176 179
Total* 13 446 459
* O número total em cada coluna não é a soma da coluna, já que pode haver múltiplos casos cita-
dos para qualquer acidente específico (Referência 2.1)
16
Segurança | Capítulo 2
17
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
ser identificados. Despesas menos evidentes fechamento e a sinalização podem não ser
associadas com acidentes são conhecidas como suficientes para garantir a segurança de um
custos “indiretos” ou “ocultos” e podem ser trabalhador; portanto, é importante que,
várias vezes mais altas que os custos diretos. Tais após fechar e sinalizar o transportador, o
2 custos ocultos incluem: funcionário faça o bloqueio e o teste para
se assegurar de que ele não pode se mover.
A. Despesas e tempo gasto para encontrar um Tais procedimentos devem ser seguidos
substituto temporário para o trabalhador antes de se iniciar qualquer trabalho – seja
ferido. de construção, instalação, manutenção ou
B. Tempo usado por outros empregados para inspeção – na área.
socorrer o trabalhador ferido. B. Cronograma de inspeção/manutenção
C. Tempo usado pela supervisão para investigar Um cronograma formal de inspeção e
o ocorrido, preparar relatórios de acidentes e manutenção deve ser desenvolvido e seguido
fazer ajustes no cronograma de trabalho. para o sistema de manuseio de material. Tal
D. Danos materiais em ferramentas, materiais e programa deve incluir botões de emergência,
equipamentos. luzes, sirenes, instalação elétrica e etiquetas
E. Atrasos no cumprimento de tarefas. de aviso, assim como as partes móveis do
transportador e os componentes acessórios.
C. Observância da velocidade de operação e
Em 2005, o Conselho Nacional de Segurança capacidade.
dos Estados Unidos listou US$1,190,000 como
o custo de uma morte relacionada ao trabalho; o A velocidade de operação e a capacidade
custo de um ferimento incapacitante foi avaliado projetadas para os transportadores, chutes
em US$ 38,000. Nessa contabilidade estão e outros equipamentos de manuseio de
incluídas perdas de salários e produtividade, materiais não devem ser ultrapassadas.
despesas médicas e administrativas. Os números D. “Caminhada ao redor” por segurança.
não incluem estimativas de danos materiais.
Todas as ferramentas e os materiais de
É fácil perceber que mesmo uma pequena trabalho devem ser removidos da correia e
redução no número de acidentes relacionados do chute antes de reiniciar um transportador.
a transportadores pode economizar quantias Uma “caminhada ao redor” por segurança é
significativas de dinheiro para uma operação. recomendada antes do reinício da operação
do transportador.
E. Controles de emergência.
PRÁTICAS DE SEGURANÇA EM
TRANSPORTADORES Todos os controles de emergência devem
estar localizados próximo ao sistema, de fácil
Práticas Gerais de Segurança em acesso e livres de entulhos ou de obstruções.
Transportadores
F. Equipamento de proteção individual (EPI) e
Há certas práticas de segurança que deveriam
uniforme.
ser observadas independentemente do desenho
do transportador ou de suas circunstâncias de Equipamento de proteção individual e
operação. Elas incluem: uniforme apropriado, em conformidade
com as exigências do local (incluindo
A. Procedimentos de fechamento/sinalização/ normalmente capacete, óculos de proteção
bloqueio/teste. e calçados com biqueira de aço) devem ser
Procedimentos de fechamento/sinalização/ utilizados na área do transportador. Roupas
bloqueio/teste devem ser estabelecidos para largas ou volumosas não são permitidas;
todas as fontes de energia da correia do assim como cabelos longos soltos ou joias.
transportador, assim como os acessórios
G. Práticas seguras enquanto o sistema estiver
e equipamentos associados. Materiais a
em operação.
granel na correia podem representar perigo
de queda de pedaços ou energia potencial É importante nunca cutucar ou tentar
que movimenta a correia mesmo quando a alcançar dentro de um transportador
energia do sistema foi cortada. Somente o ou sistema de manuseio de material ou
18
Segurança | Capítulo 2
tentar limpar ou ajustar rolos ou outros setor elétrico é quase sempre considerado
componentes enquanto o sistema estiver em em separado, dentro do departamento
operação. de manutenção de uma fábrica. Somente
trabalhadores que sejam especialmente treinados
H. Sem funcionários no transportador. e certificados deveriam trabalhar em sistemas de 2
Funcionários nunca devem ter permissão fornecimento de energia elétrica e controles.
de sentar sobre, atravessar ou passear em
um transportador de manuseio de material Avaliação de Segurança Pré-
em operação. (Em algumas partes do Trabalho
mundo, pegar carona no transportador é Antes de se iniciar qualquer trabalho em
um método aceito para os trabalhadores transportadores de correia, é recomendado que
chegarem a suas áreas designadas; em outras, uma avaliação de segurança pré-trabalho seja
isso é estritamente proibido. Para fins de realizada. Tal avaliação deve incluir todos os
simplificação, este volume considerará as equipamentos que podem estar ligados àquele
caronas em transportadores como um caso à que de fato será consertado. Essa avaliação
parte da discussão acerca de transportadores pré-trabalho deverá garantir que toda a área
de correia para materiais a granel.) esteja segura para os trabalhadores e que o
equipamento apropriado esteja disponível para o
Padrões de Segurança para desempenho seguro do trabalho. Além disso, a
o Desenho e Operação de inspeção de segurança pré-trabalho deve incluir
Transportadores a inspeção detalhada da área ao redor do sistema
As práticas relatadas não devem substituir para verificar perigo de incêndio, tropeções ou
as diretrizes de segurança mais detalhadas queda de objetos.
publicadas pela Sociedade Americana de
Engenheiros Mecânicos (ASME) no Padrão Um item que normalmente não recebe a
ASME B20.1-2006, Padrão de Segurança para devida atenção nas inspeções de segurança pré-
Transportadores e Equipamentos Relacionados, trabalho é a coordenação de todas as atividades
e B15.1, Padrão de Segurança para Aparelhos dos empregados no transportador de correia.
de Transmissão de Energia Mecânica, nos Por exemplo, trabalhadores no chute de entrada
Estados Unidos – por agências reguladoras substituindo lâminas do raspador da correia,
apropriadas ao redor do mundo, ou nas regras podem se ferir, caso os trabalhadores que
de uma fábrica específica. Consulte aquelas estejam substituindo a correia a movam.
referências, assim como as instruções de
segurança fornecidas por fabricantes de sistemas Procedimentos de Bloqueio/
específicos. Sinalização
Uma parte crucial do programa de
Na Austrália, a especificação AS1755- segurança de um transportador são os
2000 do Padrão Austrália (do inglês Australia procedimentos de bloqueio/sinalização. Nos
Standard – AS) Equipamento de Segurança Estados Unidos, o bloqueio/sinalização são
de Transportadores se aplica ao desenho, exigências da Administração de Segurança
construção, à instalação e proteção de
transportadores e sistemas relacionados para o
transporte de materiais. Figura 2.4
As regras de bloqueio/
Tais referências e/ou seus equivalentes sinalização exigem
nacionais ou internacionais devem ser que o suprimento de
energia para o sistema
consultados como um guia para o desenho e a transportador (e
construção de qualquer sistema de transportador qualquer equipamento
de correia. acessório) seja
desligado, bloqueado, e
sinalizado pela pessoa
Sistemas Elétricos dos que estiver trabalhando
Transportadores e Segurança no sistema.
Os sistemas elétricos de transportadores
geralmente envolvem altas voltagens e sistemas
complexos de comunicação e controle. O
19
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
e Saúde Ocupacionais (OSHA); a MSHA fechadura tem a chave para ela e somente
adotou uma versão similar dessa regra. aquele empregado pode removê-la.
Para se alcançar segurança total frente à
energia potencial armazenada na tensão da C. Fechaduras múltiplas.
2 correia ou em materiais a granel elevados, os Se vários empregados estiverem trabalhando
componentes adicionais de bloqueio e teste são em uma determinada área, cada um deve
recomendados. colocar uma fechadura na fonte de energia.
Alguns equipamentos terão vários pontos
As regras de bloqueio/sinalização exigem que exigirão bloqueio.
que a energia para o sistema transportador seja
desligada, bloqueada e sinalizada pela pessoa D. Sinalização própria.
que estiver trabalhando no sistema (Figura Cada empregado que colocar uma fechadura
2.4). Somente a pessoa que bloqueou o sistema deve também colocar uma sinalização que
pode abri-lo novamente. Isso impede que inclua seu nome e informações de contato.
alguém inicie o funcionamento do transportador
inadvertidamente enquanto, outra pessoa estiver Procedimentos de Bloqueio
trabalhando nele.
Mesmo quando um transportador de correia
Procedimentos típicos de bloqueio/ for devidamente bloqueado e sinalizado, ainda
sinalização seguem: pode haver quantidade significativa de tensão
ou energia potencial presente no sistema. Um
A. Fechadura própria. cenário de fácil compreensão seria o caso de
Cada trabalhador deve colocar uma uma correia inclinada sofrer um desligamento
fechadura própria no botão ou nos botões de de emergência com material ela. O peso do
controle de energia. Isso pode exigir uma ou material causará um rolamento da correia
várias barras de bloqueio (Figura 2.5). em sentido contrário. Tanto o movimento da
correia quanto a potencial cascata de materiais
B. Chave própria. na extremidade inferior do transportador
Somente o empregado que colocar cada representam riscos de ferimentos para
empregados desafortunados ou ingênuos.
Figura 2.5 Levantar o contrapeso gravitacional da correia
Colocar uma fechadura tensionadora pode não aliviar tais tensões.
no sistema de energia Esse método não é confiável. Freios e escoras
de um transportador
podem ajudar a prevenir essa rolagem contrária.
impedirá que alguém
inicie sua movimentação Entretanto, uma fábrica não deve depender de
inadvertidamente, freios e escoras para prevenir uma correia de se
enquanto outra pessoa movimentar sem controle. Houve situações em
trabalha nele.
que a correia se moveu devido a tensões internas
do esticamento da correia.
20
Segurança | Capítulo 2
Proteções do Equipamento
É importante que pontos de risco – em
equipamentos rotatórios, como polias dianteiras,
e em equipamentos que permitam movimentos
súbitos, como por gravidade – sejam equipados Figura 2.9
com proteções para prevenir invasões acidentais
As proteções são feitas
ou imprudentes por parte de empregados de malhas e telas
(Figura 2.7). metálicas para permitir
que os funcionários
Tem se tornado cada vez mais comuns observem as peças
os transportadores totalmente fechados por móveis do transportador
e pontos de risco sem
barreiras protetoras ao longo de passarelas para uma aproximação que
proteger os funcionários que tenham que utilizá- represente riscos.
las (Figura 2.8). Tais proteções são feitas
com malhas ou telas metálicas para permitir
a observação das partes móveis e dos pontos
de risco, impedindo uma aproximação que
represente riscos para o funcionário (Figura
2.9). Figura 2.10
Para proteger
Apesar de cada nação ter suas exigências funcionários que
individuais, que devem ser cumpridas em trabalham próximo à
correia, o transportador
termos da instalação apropriada de proteções deve ser equipado com
em equipamentos, exigências locais e industriais botões de parada de
devem ser também minuciosamente investigadas emergência do tipo
“puxão de corda”.
e implementadas.
21
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
22
Segurança | Capítulo 2
granel e vários acessórios comuns. Tais etiquetas desligamento do botão principal de energia
podem ser visualizadas e adquiridas através do que fica próximo à polia dianteira ou na sala
site da organização: http://www.cemanet.org. de controle. Como isso, pode representar
uma distância considerável do local de
Sinalizações incorporando pictogramas
podem ser exigidas para proteger todos
trabalho. O cumprimento dessas exigências 2
pode custar uma grande quantidade de
os trabalhadores em fábricas onde são tempo e esforço. Não é difícil imaginar o
falados vários idiomas (Figura 2.12). Se pessoal da manutenção pensando que não
necessário, devem ser realizadas traduções há problemas em realizar algum reparo
das mensagens de segurança localmente para rápido de rotina sem desligar a correia,
garantir o significado preciso. (A Organização considerando-se que o procedimento de
Internacional para Padronização – ISO – tem desligamento levaria mais tempo que o
o objetivo de eliminar palavras que necessitem próprio trabalho.
de tradução e de usar placas que incorporem
apenas figuras.) Esse “atalho” cria a oportunidade para
acidentes e ferimentos.
Considerações de Segurança para
o Lançamento de Transportadores
O início da operação de novos TREINAMENTO DE SEGURANÇA
transportadores pode ser um dos momentos O relatório sul africano (Referência 2.3)
mais perigosos, porque o sistema pode observou: “A maioria dos acidentes pode ser
não se comportar conforme o esperado, e atribuída à falta de compreensão acerca dos
equipamentos de segurança, como sirenes e riscos inerentes aos sistemas de transportadores
sinais, podem não funcionar apropriadamente. e do uso seguro destes”.
Recomenda-se que vários funcionários sejam
colocados ao longo da rota do transportador A melhor abordagem para a prevenção de
com a finalidade de identificar possíveis
problemas, antes de iniciar a correia. Eles
Figura 2.12
devem ter comunicação por rádio com a sala de
Sinalizações que
controle ou com a pessoa responsável por iniciar incorporem pictogramas
a correia. podem ser exigidas
para proteger todos
Os eventuais ajustes necessários para que a os trabalhadores em
correia se movimente suavemente devem ser fábricas onde vários
idiomas são falados.
feitos somente enquanto o transportador estiver
devidamente desligado/sinalizado/bloqueado/
testado. Um simples ajuste, enquanto a correia,
estiver em movimento, pode resultar em
acidentes.
Pensamento Perigoso
Muitas operações proíbem o trabalho no
sistema transportador com ele em movimento.
Mesmo assim, as mesmas operações exigem
trabalhos ao redor do sistema com ele em
operação. Os trabalhadores se aproximam
dos transportadores para realizar inspeções,
procedimentos de manutenção e limpeza de
materiais fugitivos.
23
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
24
Segurança | Capítulo 2
25
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
26
Segurança | Capítulo 2
27
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
Figura 3.1
O transportador de correia
é o alicerce do manuseio
de materiais a granel.
Capítulo 3
Transportadores
passo a passo —
Componentes do Transportador
Componentes de um Transportador Padrão................................................................................................... 29
Pontos de Transferência: Problemas e Oportunidades.. ............................................................................... 32
Engenharia dos Sistemas . ................................................................................................................................... 34
Preocupações de Segurança................................................................................................................................ 35
Transportadores de Correia: Simples e Complexos.. ..................................................................................... 35
28
Transportadores passo a passo — Componentes do Transportador | Capítulo 3
29
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
Dribble
Polia Chute
Polia Tensionadora
Traseira
Raspador Mesa de Ponto de Transferência
em “v” Vedação
Mesa
de Impacto
Roletes Polia do contra
peso
de Retorno
30
Transportadores passo a passo — Componentes do Transportador | Capítulo 3
31
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
Equação 3.1 P = ∆T · V · k
Cálculo da Energia
Considerando que: 5.400 newtons (1.200 lbf ) de tensão são adicionados a uma correia, movimentando-se
Necessária.
a 3 metros por segundo. Encontre: A energia necessária para operar a correia do transportador.
5400 · 3
Métrico: P = = 16
1000
Imperial: 1200 · 600
= 22
P= 33000
P Energia Necessária 16 kW 22 hp
pode ser encontrado neste livro ou na sexta sistemas devem ser avaliados. Transportadores
edição de Transportadores de Correia para de correia de roldana côncava têm um longo
Materiais a Granel da CEMA. A tensão histórico de desempenho satisfatório em
adicionada para elevar o material e a correia é condições desafiadoras.
calculada no livro supracitado.
O sucesso geral de um sistema de
Uma vez que a tensão para cada componente transportador de correia depende muito do
tenha sido encontrada, elas podem ser somadas sucesso de seus pontos de transferência. Se
para se chegar à energia total necessária. o material é mal carregado, o transportador
sofrerá danos na correia, nos componentes
Um fator razoável de segurança deve ser rolantes e/ou na sua estrutura, reduzindo
adicionado às exigências de energia para a eficiência de sua operação. Se o material
garantir que a correia do transportador não escapa, esse material fugitivo causará vários
seja operada próximo a uma condição de problemas de manutenção, novamente levando
sobrecarga. Esse valor deve ser utilizado como a uma redução na eficiência da produção
MÍNIMO ao selecionar os componentes de e a um aumento nos custos de operação e
transmissão. manutenção.
O Valor do Transportador
Convencional PONTOS DE TRANSFERÊNCIA:
Há uma variedade de sistemas avançados PROBLEMAS E OPORTUNIDADES
de transportadores que oferecem alternativas
para o manuseio de materiais. (Ver Capítulo O Desafio do Ponto de
33: Considerações sobre Transportadores Transferência
Especializados.) Para fins gerais, o
Um ponto de transferência típico é composto
transportador de correia convencional de
de chutes de metal que guiam o fluxo do
roletes côncavos é o padrão de desempenho
material (Figura 3.4). Ele também pode
e a referência de valor contra o qual os outros
incluir sistemas para regular o fluxo, para
Figura 3.4 acomodar apropriadamente o fluxo dentro
da estrutura receptora (seja uma correia, seja
Um ponto de
transferência típico é um veículo, seja outro equipamento) e para
composto por chutes impedir a saída de material fugitivo.
que guiam o material
para a correia, veículo Pontos de transferência são tipicamente
ou outro sistema de instalados em transportadores pelas seguintes
processamento. razões:
32
Transportadores passo a passo — Componentes do Transportador | Capítulo 3
33
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
básicos para adequar o layout mestre dos A. Características do material e taxas de fluxo.
transportadores (Figura 3.6). O segundo B. Exigências mínimas de desempenho em
método é a especificação de componentes termos de horas de trabalho de limpeza e/
críticos do ponto de transferência e o ou quantidade de derramamento por horas
3 desenho geral do layout do transportador de operação.
para minimizar os problemas com pontos de
C. Exigências máximas de orçamento para
transferência. Essa seria a solução especificada
manutenção anual e reconstruções
(Figura 3.7).
periódicas em intervalos especificados pelo
O terceiro método é uma solução de fornecedor.
engenharia. Ele é utilizado para analisar as D. Exigências ergonômicas de acesso para
características do material a granel e produzir limpeza e manutenção.
chutes customizados, os quais minimizem
o desvio da trajetória do material a granel E. Plantas de engenharia e especificações para
e coloquem o material na próxima correia, peças desgastadas, assim como manuais
na direção apropriada e na velocidade da completos de manutenção.
correia receptora. Essa terceira classe de
pontos de transferência é caracterizada pelas
especificações que exigem que o material ENGENHARIA DOS SISTEMAS
a granel seja testado em termos de suas
propriedades de fluxo. A transferência do Um Passo para Frente, um Passo
material de uma correia para outra é projetada para Trás...
usando a mecânica de fluidos para minimizar o Infelizmente, melhorar a operação
pó, o derramamento e o desgaste. Esse projeto de sistemas complexos como pontos de
pode ser feito para novas construções ou para transferência de transportadores não é uma
reformas em pontos de transferência existentes. questão de resolver um problema estritamente
(Figura 3.8). definido. A tentativa de solucionar um
problema nesses sistemas de operação
As especificações para um ponto de sofisticados normalmente traz à luz ou cria
transferência projetado devem incluir: outro problema. Esse segundo problema pode
se provar tão difícil quanto o original ou mais.
34
Transportadores passo a passo — Componentes do Transportador | Capítulo 3
melhorar componentes individuais. Entretanto, discutidas neste livro podem oferecer melhorias
o retorno do investimento justifica a despesa. significativas na eficiência do manuseio de
materiais e na lucratividade.
Falar em “engenharia de sistemas” é fácil;
a aplicação dessa abordagem é que se prova A Seguir...
difícil. O desenvolvimento de uma abordagem
abrangente exige conhecimento do material; Este capítulo sobre Componentes do
compreensão do processo; comprometimento Transportador, o terceiro capítulo na seção
dos recursos para projetar, instalar e operar Fundamentos para o Manuseio Seguro de
apropriadamente um sistema e manutenções Materiais a Granel, é o primeiro de três
consistentes para manter o sistema em capítulos relacionados aos Transportadores
operação na eficiência máxima e para alcançar 101. Os capítulos 4 e 5 continuam esta seção
o controle total de materiais. sobre os princípios básicos dos transportadores
de correia e o controle de materiais para
a redução do pó e do derramamento,
descrevendo A Correia e Emendando a
TRANSPORTADORES DE CORREIA:
Correia.
SIMPLES E COMPLEXOS
Finalizando...
Transportadores de correia manuseando REFERÊNCIAS
materiais a granel são simples máquinas, 3.1 Qualquer fabricante e a maioria dos
regidas pelas leis universais da física. distribuidores de lonas podem fornecer
Entretanto, eles também são complexos, uma variedade de materiais sobre a
já que são vulneráveis a uma variedade de construção e o uso de seus produtos
incertezas que surgem de grandes quantidades específicos, assim como sobre correias
de material não confinado se movendo de transportadores em geral.
sobre eles e da energia que aplicam sobre o
material. Se mal contido, esse material em 3.2 Conveyor Equipment Manufacturers
movimento pode se espalhar pela instalação Association (CEMA). (2005). Belt Con-
em forma de derramamento, acúmulos e veyors for Bulk Materials, Sixth Edition.
pó, reduzindo a eficiência, encurtando a vida Naples, Florida.
útil do equipamento e aumentando custos. 3.3 O site <http://www.conveyor- beltguide.
A compreensão dos princípios básicos das com> é um recurso valioso e não com-
propriedades dos materiais e do desempenho ercial, tratando de vários aspectos das
do equipamento e a aplicação dos remediações lonas.
35
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
Figura 4.1
As correias transportadoras
são fatores-chave na
produtividade geral da
fábrica.
Capítulo 4
Transportadores
passo a passo —
A Correia
Preocupações com a Segurança......................................................................................................................... 37
Segurança da Fábrica e Cintas.. .......................................................................................................................... 37
Construção da Correia.. ......................................................................................................................................... 39
Seleção da Correia.. ................................................................................................................................................ 44
Armazenamento e Manuseio da Correia........................................................................................................... 48
Danos na Correia..................................................................................................................................................... 50
Reparos na Correia................................................................................................................................................. 55
Preservando a Vida Útil da Correia.................................................................................................................... 58
A Correia é a Chave................................................................................................................................................ 59
36
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
Neste Capítulo…
SEGURANÇA DA FÁBRICA E
Este capítulo dá sequência às discussões CINTAS
acerca dos fundamentos para o manuseio
seguro de materiais a granel e os princípios Resistência a Incêndios da Correia
básicos dos transportadores, focando na do Transportador 4
construção e no uso apropriado das correias. Um incêndio na correia do transportador é
Considerações para a seleção da correia estão um risco significativo. O correame em si pode
incluídas, juntamente com a importância do queimar; no entanto, são o comprimento e o
armazenamento e manuseio apropriados. Além movimento da correia que representam o risco
disso, são discutidos vários tipos de danos na de uma correia espalhar um incêndio por uma
correia, assim como métodos de reparação e grande área, dentro das instalações, em um
preservação da vida útil dela. tempo muito curto.
Um sistema de transportador de correia Incêndios em transportadores são mais
é composto por vários componentes; no comumente iniciados por calor gerado pela
entanto, nenhum é mais importante que a fricção induzida por uma polia girando contra
correia (Figura 4.1). A cinta representa uma uma correia emperrada (ou deslizando) ou por
porção substancial do custo da correia, e sua uma correia se movendo sobre roletes travados.
operação bem-sucedida pode ser o fator-chave Outros incêndios em esteiras ocorrem quando
para a produtividade geral de toda a fábrica na material quente ou ardente é inadvertidamente
qual se encontra o sistema. Portanto, a cinta carregado na correia. As melhores práticas para
deve ser selecionada com cuidado, e todas as minimizar o risco de incêndio em qualquer
medidas possíveis devem ser empregadas para correia de transportador incluem:
salvaguardar sua utilidade.
A. Verificar regularmente a correia.
Este capítulo foca em cintas de serviço pesado
B. Remover todos os acúmulos de materiais
utilizado tipicamente no manuseio de materiais
combustíveis ao longo da correia.
a granel. Os tipos mais comuns de cintas para
manuseio a granel são feitos com coberturas de C. Corrigir fontes potenciais de incêndios,
borracha ou cloreto de polivinila (PVC) e uma como rolos travados, rolamentos
carcaça tensionadora interna de tecido sintético superaquecidos ou desalinhamento da
ou cabos de aço. correia.
37
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
A cinta auto extinguível custa mais do que C. Teste com Maçarico de Propano de Alta
o retardante de incêndios. Esse acréscimo no Energia (EM 12881)
custo é geralmente de 10% a 50%, porém pode Para determinar se uma correia de
variar, dependendo da construção da carcaça e transportador propagará um incêndio, uma
da medida da cobertura. amostra de 2 a 2,5 metros de comprimento
por 1.200 milímetros de largura é queimada
Com exceção dos Estados Unidos, os com um maçarico de propano. Após a
padrões de segurança contra incêndio para remoção da fonte de ignição, as chamas
correame de transportadores são semelhantes devem se extinguir em certa quantidade
nos maiores países exploradores de carvão, de tempo, deixando uma área definida de
incluindo Austrália, Canadá, China, Alemanha, danos na correia.
Índia, Indonésia, Polônia, Rússia e África do
Sul. Na Alemanha, por exemplo, exigências D. Teste de Galeria em Escala de Laboratório
estritas foram implementadas há mais de 30 (DIN 22100 e 22118).
anos. Uma amostra de cinta de 1.200 milímetros
de comprimento por 120 milímetros de
Há várias organizações reguladoras e
largura é colocada sobre um maçarico de
agências governamentais internacionais que
propano. Após a remoção da fonte de
oferecem orientação e direção. Entre elas
ignição, as chamas devem se auto extinguir,
estão: Instituição Britânica de Padrões (British
e uma área definida não danificada deve
Standards Institution - BSI), Associação
permanecer.
dos Fabricantes de Equipamentos para
Transportadores (Conveyor Manufacturers Nos Estados Unidos, padrões de
Equipment Association - CEMA), Deutsches inflamabilidade de correias transportadoras
Institu für Normung (DIN), European podem ser considerados menos rigorosos
Standards (EN) e Organização Internacional do que os utilizados em outros países, já que
para Padronização (International Organization uma abordagem sistêmica é utilizada para a
for Standardization - ISO). supressão de incêndios. As regulamentações
dos EUA incluem não somente cintas de
Os testes nesses e na maioria dos outros
transportadores, mas também aparelhos
países incluem:
de monitoramento do ar e de detecção de
A. Teste de Fricção de Tambor (DIN 22100 e
38
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
39
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
40
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
é utilizada em aplicações que exijam tensões desgastada. Em geral, é melhor evitar a inversão
operacionais além do alcance das correias da correia após desgaste profundo no lado
de tecidos. superior. Girar a correia leva uma superfície
irregular para o contato com a polia, resultando
Outra aplicação é em transportadores onde,
devido a limitações na distância em que o
em má distribuição lateral da tensão, o que 4
pode levar ao desalinhamento da correia. Outro
sistema tensionador pode se movimentar, a problema é que pode haver partículas finas do
cinta não pode se esticar significativamente. material carregado presas nas irregularidades
da superfície carregadora; ao ser girada a
D. Cinta de Entrelaçamento Sólido.
correia, esse material passa a ser colocado em
Este tipo de cinta consiste em uma única contato abrasivo com o revestimento da polia,
camada de tecido sólido entrelaçado, dos roletes e de outros sistemas de suporte
normalmente impregnada e coberta de da correia. Além disso, após anos sendo feita
PVC, com coberturas superior e inferior côncava em uma direção, a correia tende a se
relativamente finas. A superfície de correias “firmar” (uma predisposição a uma direção) e
de PVC geralmente é enrugada de propósito resistirá à reversão de concavidade necessária
para auxiliar o transporte em inclinações; para inverter a correia. Às vezes, pode-se levar
no entanto, a superfície enrugada torna a semanas para superar esse quadro, e ele ainda
limpeza mais difícil. A resistência à abrasão pode levar a problemas de alinhamento da
do PVC é mais baixa que a da borracha, correia.
então, algumas correias de entrelaçamento
sólido são feitas com a combinação de um Uma menção específica deve ser feita à
núcleo de PVC e coberturas de borracha. prática de alguns fabricantes de correias de
estampar seu logotipo na superfície carregadora
Cobertura Superior e Inferior da correia (Figura 4.2). Mesmo quando
próxima à extremidade da correia, essa área
As coberturas protegem a carcaça da correia
se torna uma armadilha para o material
da abrasão causada pelo carregamento ou
transportado, e a rugosidade dela pode abusar
quaisquer outras condições que poderiam
dos sistemas de limpeza e vedação da correia,
contribuir para a deterioração da correia. A
sob os quais a área salientada irá passar. É
cobertura superior e a inferior da correia do
recomendado que os usuários especifiquem
transportador fornecem pouca força estrutural
que esses logotipos de fornecedores sejam
a ela. O propósito da cobertura superior é
posicionados no lado de retorno da correia, que
proteger a carcaça dos danos causados pelo
não carregará materiais.
impacto e do desgaste. A cobertura inferior
fornece uma superfície de fricção para a
transmissão de energia e o alinhamento da Relação de Aspecto
correia. Normalmente, a cobertura superior é Apesar de algumas correias terem a mesma
mais grossa que a inferior e mais resistente à espessura da cobertura dos dois lados, a maioria
abrasão, os danos por impactos e ao desgaste, delas é fabricada com uma cobertura um pouco
devido ao seu maior potencial para danos. mais fina do lado da polia (mais leve em escala)
Abrasão e cortes podem ser tão severos que do que o lado carregador, devido à diferença de
uma cobertura superior a 18 milímetros se resistência necessária ao desgaste. A diferença
torna necessária. De qualquer maneira, o de espessura entre a cobertura superior e a
objetivo da seleção da cobertura é fornecer inferior é definida como a relação de aspecto
proteção suficiente para a carcaça chegar ao da correia. Entretanto, a diferença na espessura
limite de sua vida útil.
Figura 4.2
As coberturas podem ser feitas de uma
variedade de elastômeros, incluindo borrachas É uma má prática para
o fabricante de correias
naturais e sintéticas, PVC e materiais estampar um logotipo
especialmente formulados para atender no lado carregador da
exigências especiais de aplicação, como correia, já que ele pode
acumular material.
resistência a óleo, incêndios ou abrasão.
41
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
entre as duas coberturas não pode ser muito particularmente útil com grandes pedaços de
grande, ou a correia pode se envergar. pedra que poderiam facilmente rolar por uma
inclinação desobstruída.
O problema com correias que possuem
4 relação de aspecto mal desenhado é que a
massa maior de borracha irá encolher mais
Chapuzes ou nervuras podem ser vistos
como paredes ou prateleiras instalados
que a menor. Consequentemente, se uma perpendiculares às linhas formadas pelas
correia tem uma relação desproporcional extremidades da correia. Fraturas estriadas
entre a cobertura superior e a inferior, e a possuem um formato em V. Alças são “ilhas”
superior encolher devido à idade, à exposição individuais ou pilares na superfície da correia.
a raios ultravioleta ou outros fatores, a correia Todos estão disponíveis em uma variedade
irá se envergar, reduzindo a área inferior em de padrões e estilos, com altura determinada
contato com as roldanas. Isso dificultará que pela aplicação. Eles podem ser moldados
se mantenha o alinhamento da correia. Esse à superfície durante a fabricação original
problema pode ocorrer mais provavelmente da correia ou podem ser parafusados ou
quando, visando obter uma cobertura superior vulcanizados à superfície da correia.
grossa para prolongar a vida útil, uma fábrica
faz o pedido de uma correia cuja cobertura Deve-se ter em mente que quanto mais altas
superior é grossa demais para a inferior. Para forem essas peças, mais vulneráveis elas serão a
promover o encolhimento e um alinhamento danos e mais difícil será a limpeza e a vedação
mais consistentes, uma relação de aspecto de da correia.
1.5 para 1 é recomendada para correias com até
Um modo de aumentar a tração entre a
900 milímetros, e de 2 para 1 para aquelas entre
correia e o material transportado é usar uma
1.000 e 1.600 milímetros. Para correias acima
cobertura superior que tenha fraturas estriadas
de 1.600 milímetros, recomenda-se uma relação
invertidas. Ao invés de serem salientes sobre
de aspecto de 3 para 1. Correias com relação de
a correia, eles são como interrupções na
aspecto de 3 para 1 são apropriadas para vários
superfície da cobertura superior, como as
propósitos e é o tipo mais comumente estocado
bandas de rodagem dos pneus. Os canais são
pelos distribuidores.
cortados na cobertura da correia com uma
fresa; eles podem ter o ângulo das fraturas
Chapuzes, Nervuras, Fraturas estriadas ou serem perpendiculares à borda da
Estriadas e Alças correia. Esse desenho permite maior sucesso na
Elementos salientes são utilizados às vezes limpeza e vedação da correia com os sistemas
na superfície de correias para auxiliar no tradicionais, apesar de ser possível que materiais
carregamento de materiais (Figura 4.3) Esses transportados entupam os canais.
chapuzes, nervuras, fraturas estriadas e alças
são utilizados geralmente para permitir que um Graus da Correia
transportador carregue materiais em um ângulo
Vários órgãos nacionais e internacionais
maior de inclinação do que seria normalmente
estabeleceram sistemas de classificação para
possível com uma correia plana. Isso é
a correia utilizada no manuseio geral de
materiais a granel. Desenhadas para oferecer
Figura 4.3 uma referência para os usuários finais acerca
Chapuzes, nervuras, de que graus usarem em diferentes aplicações,
fraturas estriadas e as classificações especificam distintos critérios
alças são elementos
de testes laboratoriais sem fornecer qualquer
salientes na superfície
de correias para auxiliar garantia de desempenho em alguma aplicação
o carregamento de específica.
materiais em um ângulo
maior de inclinação. Nos Estados Unidos, a Associação dos
Fabricantes de Borracha (RMA) estabeleceu
dois graus padrões de cobertura de correia.
A correia RMA Grau I atende exigências
superiores de tensionamento e alongamento
da borracha, tipicamente indicando maior
resistência a cortes em comparação com o
42
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
desempenho das coberturas de Grau II. Deve- Um segundo método de teste é o Teste
se observar que a classificação por graus não de Abrasão de Pico, também chamado pela
necessariamente denota resistência geral à Sociedade Americana de Testes e Materiais
abrasão. (ASTM) de Método de Teste ASTM D2228.
43
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
com menores motores, polias, redutores, eixos, aos elementos. Devido ao fato de ser feita sob
rolamentos, roletes e estruturas de aço. medida, provavelmente exigirá um tempo de
aprovisionamento maior e geralmente custa
Os usuários não podem supor que uma mais do que a correia de extremidade cortada.
4 cobertura de LRR reduzirá as despesas
operacionais, nem podem simplesmente A correia de extremidade cortada é fabricada
especificar o LRR, já que cada correia é e depois cortada na largura especificada exigida
composta para uma aplicação específica. A para atender ao pedido. Por meio desse
relação entre o consumo de energia com uma método, o fabricante pode atender dois ou três
correia LRR e as condições de temperatura não pedidos com uma única correia produzida.
é linear e há tipicamente uma pequena janela Como resultado, as correias de extremidade
de aplicação. Uma cobertura inferior específica cortada são mais econômicas de se fabricar,
em LRR, desenhada para economizar energia por isso esse tipo se tornou mais comum. O
a 20º pode custar mais para ser operada a 0 corte na largura especificada pode ocorrer no
ou 30º graus, portanto, cada correia deve ser momento da manufatura ou pode ser feito
desenhada para as condições climáticas de cada cortando-se uma correia de um rolo grande em
aplicação. uma operação secundária, tanto nas instalações
do fabricante quanto de um distribuidor.
Outro novo desenvolvimento em construção
de correias é o uso de coberturas antiaderentes. Uma correia de extremidade cortada pode
Essa correia é criada aplicando-se uma camada ser extraída de qualquer correame mais largo.
antiaderente para impedir que se formem Isso a torna mais prontamente disponível.
acúmulos de material sobre a correia. Essa No entanto, há algumas desvantagens. Nas
camada reduz a necessidade de limpeza da extremidades cortadas da correia, a carcaça é
correia, consequentemente, estendendo a exposta; portanto, ela se torna mais vulnerável a
vida útil através da redução do desgaste da problemas relacionados a condições ambientais
cobertura. Essa camada também é resistente abusivas no armazenamento, manuseio e
a óleo e graxa e não é afetada pela ação dos utilização. Além disso, o processo de corte é
elementos e pelo envelhecimento. Deve-se vulnerável a problemas. Facas cegas podem
observar que os limpadores convencionais levar a problemas como arqueamento da
de correia (raspadores) devem ser removidos correia – uma curvatura na extremidade. Ainda,
se for utilizada correia antiaderente, já que há os fatores desconhecidos inerentes à compra
a “extremidade limpante”, mesmo dos pré- de correia usada ou recortada, incluindo idade,
limpadores feitos de poliuretano, pode remover exposição ambiental e histórico de aplicação.
a camada.
A correia de cabos de aço é fabricada em
Os transportadores são desenhados como uma largura predeterminada, portanto, tem as
sistemas, e qualquer mudança na especificação extremidades moldadas. Correias de camadas
original da correia pode afetar negativamente de tecido são disponibilizadas com ambos os
a operação do transportador. Fabricantes tipos de extremidade.
de correame devem ser consultados para
determinar qual tipo é mais apropriado para
qualquer aplicação. SELEÇÃO DA CORREIA
44
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
A. Espessura.
descarregada.
B. Detalhes do ponto de transferência,
4
Variações nos limites da espessura para incluindo ângulo de concavidade e distância
uma escala de deslizamento de +/- 20% para de transição, assim como informações
coberturas finas como as de 2.4 milímetros e sobre a trajetória do material, o peso e a
+/- 5% para coberturas de mais de velocidade de queda.
19 milímetros. C. Descrição o mais completa possível do
material a ser manuseado, incluindo
B. Curvatura ou arco. tamanhos dos pedaços e alcance da
Curvatura ou arco limite para um quarto de temperatura do material.
1% (0.0025). Isso permite uma dimensão D. Descrição do sistema de limpeza da correia
de curvatura ou arco de +/- 25 milímetros a ser utilizado.
em 10 metros. A curvatura representa a E. Descrição dos tratamentos químicos (ex:
convexidade da extremidade da correia; o agentes descongelantes ou supressores de
arco é a concavidade dela. A RMA define pó) a serem aplicados.
arco (e curvatura) como a relação da F. Descrição dos contaminantes atmosféricos
distância, a meio caminho entre dois pontos, (de processos próximos ou outras fontes).
ao longo da extremidade da correia, que G. Especificação dos extremos climáticos locais
estejam distantes de 15 a 30 metros, entre que a correia terá que suportar.
a real extremidade da correia e uma fita ou
fio esticado reto entre os dois pontos. Para Conheça sua Estrutura, Conheça
expressar isso em porcentagem, calcula-se sua Correia
a relação em centésimos e multiplica-se por Colocar qualquer correia sobre a estrutura
100. Por exemplo, se 30 metros de correias de um transportador, sem conhecer as
estavam desviados por 450 milímetros, isso características dela poderá atrapalhar
seria equivalente a uma curvatura de 1.5%. o desempenho do sistema e reduzir o
Em medidas imperiais, uma distância de 18 desempenho da correia. Podem surgir
polegadas sobre um comprimento de 100 problemas na forma de desalinhamento,
pés de correame seria uma curvatura de redução da vida útil, danos nas emendas, tempo
1.5%. ocioso não programado e despesas adicionais
de manutenção.
C. Superfície da correia.
Especifique a superfície da correia como Uma análise detalhada da estrutura do
suave, plana e uniforme +/- 5 pontos de transportador e dos componentes rolantes é
dureza. A dureza é medida, nos Estados necessária para garantir que a correia utilizada
Unidos, com um Durômetro Shore A. As no sistema seja a escolha correta. Recomenda-
leituras vão de 30 a 95 pontos – quanto se que todos os parâmetros sejam totalmente
maior o número no durômetro, mais duro compreendidos, antes de selecionar e instalar
é o composto. A escala Internacional de uma correia em uma estrutura existente. É
Graus de Dureza da Borracha (IRHD) sempre sábio considerar os conselhos dos
tem uma abrangência de 0 a 100, fornecedores de correia.
correspondendo ao módulo elástico de 0 (0)
e infinito (100), respectivamente. Compatibilidade com a Estrutura e
os Componentes Rolantes
D. Marca do fabricante. Comprar correias é como comprar roupas.
Solicite que a marca do fabricante seja Para servir da melhor maneira, elas devem ser
eliminada ou moldada na cobertura inferior, feitas sob medida para a estrutura existente.
ao invés da superior, onde ela não interferirá
na limpeza e vedação da correia. As correias de transportadores são
desenhadas para distintas capacidades,
Os parâmetros operacionais a serem comprimentos, larguras, ângulos de
45
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
concavidade e tensões. Uma correia deve ser métrico de newtons por milímetro (N/mm) ou
compatível com a estrutura do transportador, e quilonewtons por metro (kN/m).
isso envolve mais do que somente a largura da
correia. Infelizmente, isso não é comumente A classificação de força é feita em função
4 compreendido no nível da operação de uma do reforço incluído na carcaça da correia e da
quantidade e do tipo de material nas camadas
fábrica. Muito frequentemente, há uma filosofia
de “uma correia é uma correia”. Isso tem de tecido ou, em caso de correia de cabos de
origem na compreensão incompleta acerca aço, do tamanho deles. Como observado, a
da complexidade da equação da correia. Essa cobertura superior e a inferior de uma correia
filosofia se torna prática, às vezes, quando há representam muito pouco da força dela ou da
a necessidade de economizar ou de garantir sua classificação de tensão.
um retorno mais rápido do serviço. A resposta
A força da correia, seja quanto à classificação
típica nesses casos é usar uma correia do
de tensão da carcaça ou à força máxima de
estoque, seja um pedaço restante, seja uma
ruptura, representa a quantidade de força que
correia sobressalente encontrada em lojas de
pode ser aplicada à correia. Exigir mais em
manutenção, seja utilizar correia de pronta
termos de carga de material, de peso de tensão
entrega de alguma fonte externa, como um
e de inclinação gravitacional poderia causar
distribuidor de correias ou um vendedor de
problemas sérios, incluindo a possibilidade de
equipamentos usados.
ruptura da correia. Quanto maior a classificação
Trata-se de uma falsa economia utilizar uma de tensão da correia, mais fundamental é a
correia “barganhada” que não seja totalmente compatibilidade entre ela e a estrutura e os
compatível com o sistema do transportador. A componentes rolantes.
incompatibilidade entre a correia e a estrutura
A estrutura de cada transportador exigirá
é um problema comum que leva ao mau
uma correia com uma classificação de tensão
desempenho da correia e ao fraco retorno
específica. Os fatores que afetam essa decisão
do investimento nela. Essa incompatibilidade
são:
poderia muito bem ser a causa mais comum
de problemas de alinhamento vistos em A. Comprimento da estrutura.
transportadores onde uma correia substituta
B. Ângulo de inclinação do transportador.
foi instalada ou pedaços foram adicionados à
correia existente. Compreender os princípios C. Capacidade desejada.
básicos de compatibilidade é essencial para D. Largura da correia.
garantir um bom desempenho da correia e do E. Arrasto e inércia dos componentes rolantes.
transportador.
Raio Mínimo de Curvatura
Especificar uma correia transportadora é um
empreendimento importante. É extremamente A correia é projetada com um tamanho
vantajoso para a operação permitir que um mínimo de polias especificado pelo fabricante.
especialista se encarregue dessa parte do Curvar uma correia sobre um raio muito
processo do transportador. Esse especialista pequeno pode danificá-la. Isso pode resultar
estará familiarizado com as capacidades das em separação de camadas, falhas em camadas
correias fornecidas pelos fabricantes e saberá ou rachadura da cobertura superior da correia.
formular as perguntas apropriadas. O tamanho inadequado das polias também
pode levar à separação de emendas mecânicas.
Classificação da Tensão da Correia O diâmetro mínimo da polia é determinado
pela quantidade e pelo material das camadas,
Cada correia é classificada quanto à força – a
seja de aço, seja de tecido reforçado, além da
quantidade de força de tração que suportará. A
classificação de tensão da correia e da espessura
força de uma correia (ou, mais precisamente,
das coberturas superior e inferior.
a tensão que ela pode suportar) é classificada,
nos Estados Unidos, em Libras por Polegada Quando um sistema de transportador é
de Largura, comumente abreviada como PIW originalmente desenhado, o desejo de utilizar
(do inglês Pounds per Inch of Width). Em uma correia mais espessa (para prolongar a vida
outras partes do mundo, a correia é classificada útil face aos altos níveis de impacto na zona
quanto à força máxima de ruptura no sistema de carregamento, por exemplo) pode exigir a
46
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
47
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
A. Enrolada em um núcleo.
À medida que a correia deixa as instalações
do fabricante ou do distribuidor, ela deve
ser enrolada com o lado carregador para
fora, em um núcleo com abertura quadrada
(Figura 4.7). O núcleo protege a correia
48
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
de ser enrolada em um diâmetro muito deve ser produzida com uma seta indicando
pequeno e quando ela é elevada pelo centro. a direção de rotação. Rodar a correia na
Ele também ajuda no desenrolar da correia direção oposta causará o desenrolamento
sobre o transportador. O tamanho do dela.
núcleo é determinado pelo fabricante, com
D. Devidamente protegida.
4
base no tipo, na largura e no comprimento
do rolo de correia. O tamanho do rolo pode
ser menor do que o diâmetro mínimo da
Figura 4.9
polia, já que a correia enrolada não está
Armazenar um rolo de
sendo tensionada. A barra de elevação deve correia lateralmente
ser quadrada para se adequar à abertura pode levar a problemas
quadrada do núcleo. de curvatura.
B. Devidamente apoiada.
A correia do transportador nunca deve ser
armazenada no chão (Figura 4.8). Esse
tipo de armazenamento concentra o peso do
rolo sobre a superfície inferior. A carcaça da
correia é comprimida nessa pequena área e
não é comprimida igualmente de um lado
ao outro. A carcaça pode ser mais esticada
em um lado ou outro. Isso é uma causa
provável de curvatura da correia em formato
de banana ao longo do seu comprimento. Figura 4.10
Um rolo de correia nunca deve ser Apoiar o rolo de correia
em um berço ou suporte
armazenado apoiado lateralmente (Figura
impedirá estresse
4.9). O peso do rolo pode causar expansão desigual, enquanto
da lateral da correia, criando problemas armazená-lo no chão é
de curvatura. A umidade pode penetrar na uma má prática.
carcaça através da extremidade cortada da
correia, criando problemas na carcaça ou
curvatura da correia.
49
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
50
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
a. Formação de conchas.
O material preso formará uma área de
alta pressão, causando desgaste excessivo
no sistema de vedação (visto como a
formação de conchas na vedação em
cada rolete).
Figura 4.16
b. Formação de sulcos.
Danos na extremidade
Sulcos serão cavados ao longo de todo o da correia indicam que
comprimento da correia sob a calha-guia ela está desalinhada e
entrando na estrutura do
(Figura 4.15). transportador.
c. Derramamento de material.
O material será forçado para fora da
correia, levando à formação de pilhas
de material derramado sob a zona de
carregamento.
51
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
52
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
53
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
54
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
L. Curvatura da correia.
A curvatura ocorre longitudinalmente
na correia, quando ela é vista do topo. A
Associação dos Fabricantes de Borracha
define a curvatura como a extremidade
convexa da correia; o lado côncavo é
Figura 4.25
Vista de cima, a
curvatura é uma curva
longitudinal na correia.
55
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
na correia observados durante essas inspeções Felizmente, muitas formas de danos são
devem ser reparados prontamente para impedir reparáveis através de métodos simples. Formas
que pequenos problemas se tornem grandes. reparáveis de danos incluem:
Danos na correia podem permitir a entrada de
4 umidade ou de objetos estranhos na cinta. Para A. Sulcos provocados pelo desgaste da
cobertura superior em função da abrasão do
preservar a correia, é importante fazer reparos
imediatos e efetivos em quaisquer danos. material ou de objetos estranhos.
B. Rasgos longitudinais nos quais a correia
Reparos vulcanizados podem ser feitos é rasgada por um objeto fixo, como uma
quando a correia estiver parada para barra de metal presa na estrutura do
manutenções programadas o suficiente para transportador.
permitir o longo tempo necessário para se fazer
C. Rasgos de perfil estendidos para dentro da
uma emenda vulcanizada. Em quase todos os
extremidade da correia.
casos, um reparo vulcanizado exige a remoção
de uma seção completa da correia e, então, D. Cortes nas extremidades, nos quais objetos
a emenda das partes restantes ou a adição de cegos arrancam pedaços da extremidade
um pedaço extra de correia, frequentemente da correia, geralmente causados por
chamado de “sela”. desalinhamento desta, guiando-a para dentro
da estrutura do transportador.
Figura 4.26 Reparos podem ser feitos com material
A curvatura da correia adesivo autocurante para manter umidade
pode ser criada e objetos estranhos fora da carcaça. Fixação
durante a fabricação
mecânica é outro método de reparo de correia
ou por armazenamento,
emenda ou danificada, de modo a retomar o serviço sem
tensionamento tempo ocioso significativo e prolongar a vida útil
impróprios. de correias caras.
56
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
por aquecimento até o estado líquido e, ou um rasgo é fechado (Figura 4.28). Nesses
então, endurecidos à medida que esfriam, casos, a fixação mecânica é usada como um
formando uma cola. Considerando que esfria “band-aid” para cobrir o dano e fechar um
rapidamente de sua temperatura de aplicação buraco, permitindo que a correia volte a se
de 120 a 150oCelsius (250o a 300o F), o reparo movimentar. 4
deve ser realizado rapidamente, antes que o
adesivo retorne à sua condição endurecida Emendas mecânicas podem ser utilizadas
(não adesiva). Problemas encontrados nos com eficácia para reparos na correia, desde que
adesivos termoplásticos incluem a possibilidade os fixadores sejam instalados cuidadosamente
de encolhimento, enquanto o adesivo esfria, e de maneira apropriada. Obviamente, o
e o risco de operações ou cargas de alta problema com todos os reparos temporários é
temperatura causarem um amolecimento do de que rapidamente as partes “temporárias” se
adesivo, levando, por sua vez, à falha no reparo. tornam esquecidas. O sistema volta a funcionar;
os funcionários da fábrica assumirem outras
Produtos de poliuretano são tipicamente tarefas, ao menos mentalmente. É preciso
sistemas de dois componentes que o usuário lembrar que esses reparos são apenas paliativos
pode misturar e espalhar, como uma cobertura e temporários, e não são desenhados para
de bolo, diretamente sobre a área a ser terem um bom desempenho a longo prazo. É
reparada. Normalmente eles alcançam força sempre importante solucionar a causa original
operacional em um curto período, entre uma e do problema para evitar recorrências.
duas horas, mas continuarão a curar por de oito
a doze horas, até que seja atingida força total de A recuperação de um dano em correia não
cura. precisa envolver um longo tempo ocioso.
Fixadores mecânicos para consertos de rasgos
Todos os sistemas adesivos oferecem são reparos baratos e rápidos. Eles podem
aplicações simples, considerando que sejam ser instalados com ferramentas simples e sem
seguidas as instruções. Obviamente, é descartar nenhuma porção da correia. Assim
fundamental que as instruções do fabricante que estiverem instalados, a correia pode voltar
sejam seguidas cuidadosamente, no que se a se movimentar, sem esperar um tempo de
refere à preparação da superfície, à mistura dos “cura”. Eles podem ser instalados a partir do
componentes, à validade do produto, à técnica lado superior da correia, sem removê-la do
de aplicação e ao tempo de cura. O tempo transportador.
necessário para uma cura operacional e para a
cura total pode servir de base para selecionar Fixadores de peça única estilo “garra”,
um produto em particular. instalados com martelo, podem significar
reparos temporários de rasgos onde a
É importante que o perfil da área reparada velocidade do conserto e o retorno à operação
seja igualado ao perfil da correia original para são fundamentais (Figura 4.29). Esses
preservar o reparo e evitar mais danos à correia. fixadores para rasgos também podem ser
usados para fortalecer regiões com cortes e
É importante também identificar e solucionar pontos amolecidos ou danificados da correia,
a causa do problema, removendo a obstrução para impedir que eles se tornem rasgos. Para
ou corrigindo o desalinhamento que causou reparo de rasgos denteados (em “zigue-zague”),
o dano em primeiro lugar. Do contrário, a os fornecedores de emendas recomendam
retomada das operações após o reparo somente alternar fixadores de dois e três parafusos
inicia um período de espera até que reapareça o
dano e um novo reparo precise ser feito.
Figura 4.28
Correias danificadas
Fixação Mecânica para Reparos em
podem ser reparadas
Correias usando fixação
Devido à sua instalação comparativamente mecânica.
mais fácil, emendas mecânicas são usadas
com frequência em situações de reparos de
emergência, quando um novo pedaço de
correia precisa ser adicionado à correia velha
ou quando uma correia precisa ser remendada
57
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
(Figura 4.30) ao longo do reparo. O lado atuando no sentido de preservar a vida útil de
maior (com dois parafusos) dos fixadores de suas correias, através da instalação de sistemas
três parafusos deve ser posicionado no lado de detecção de rasgos. Caso ocorra um rasgo na
“mais fraco” do rasgo para oferecer maior força. correia, esses sistemas acionam um alarme e/ou
4 Para rasgos retos, o fixador padrão de dois automaticamente param a correia.
parafusos é aceitável.
Esses sistemas são desenhados para situações
em que rasgos no comprimento da correia –
PRESERVANDO A VIDA ÚTIL DA causados por um pedaço de metal preso ou
CORREIA por um pedaço afiado do material, o qual corta
a correia em dois pedaços independentes, ou
Sistemas de Detecção de Rasgos quase independentes – exigiriam a substituição
Um número crescente de operações está total de uma correia cara. Sem o sistema de
detecção de rasgos, a correia poderia continuar
Figura 4.29 por centenas ou milhares de metros.
Os fixadores tipo garra
podem ser instalados Sistemas de detecção de rasgos são mais
com um martelo para o comumente vistos em transportadores muito
reparo rápido de uma caros, fundamentais para a produção de uma
correia rasgada.
fábrica. Nessas circunstâncias, a operação seria
fechada pelo tempo necessário para comprar e
instalar uma nova correia ou fazer o reparo de
um rasgo em seu comprimento.
58
Transportadores passo a passo — A Correia | Capítulo 4
Finalizando…
O sistema transportador é a chave da
eficiência de toda uma operação; o correame
é a chave da produtividade do transportador.
Consequentemente, a preservação das
capacidades e da vida útil da correia é essencial.
Considerando o tamanho do investimento
inicial na correia do transportador, a
importância de se preservar uma correia por
meio de inspeções regulares e atividades de
reparo não pode ser menosprezada. Os custos
relativamente mínimos de uma inspeção
cuidadosa e dos reparos na correia e as
despesas um pouco mais significativas do tempo
ocioso de um transportador para permitir que
reparos sejam feitos serão compensados, muitas
vezes, pelo prolongamento da vida útil da
correia.
A Seguir…
Este capítulo, A Correia, foi o segundo
relacionado aos aspectos básicos dos
transportadores na seção Fundamentos para
o Manuseio Seguro de Materiais a Granel. O
próximo capítulo, Juntando a Correia, conclui
esta seção, descrevendo vários tipos de emendas
de correias e seus impactos sobre os materiais
fugitivos.
59
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
Figura 5.1
Seja vulcanizada ou com
fixadores mecânicos,
uma emenda bem
aplicada e bem mantida é
essencial para o sucesso
das operações de um
transportador.
Capítulo 5
Transportadores
passo a passo —
Emenda da Correia
Emendas Vulcanizadas.. ......................................................................................................................................... 61
Emendas Mecânicas............................................................................................................................................... 64
Preocupações com a Segurança......................................................................................................................... 71
Desenho Seguro das Emendas............................................................................................................................ 72
Estações de Manutenção e Instalação.............................................................................................................. 72
Inspeção e Monitoramento . ................................................................................................................................ 72
A Importância da Emenda . .................................................................................................................................. 73
60
Transportadores passo a passo — Emenda da Correia | Capítulo 5
61
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
62
Transportadores passo a passo — Emenda da Correia | Capítulo 5
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Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
64
Transportadores passo a passo — Emenda da Correia | Capítulo 5
de correias mais finas (possibilitado pelo uso de Esse tipo de fixador oferece uma emenda forte
materiais sintéticos na correia), melhoramentos e durável, sem espaços para a fuga de materiais
no desenho e nos materiais utilizados nos finos. Fixadores tipo placa são eficazes nas
fixadores, para aumentar a força e reduzir o mais difíceis aplicações, em minas, pedreiras
desgaste, e o desenvolvimento de ferramentas e siderúrgicas. Em aplicações onde a correia é 5
para rebaixar o perfil da emenda. mais espessa que 22 milímetros, fixadores tipo
placa são a única escolha para fixação mecânica.
Tipos de Emendas Mecânicas Fixadores tipo placa sólida são direcionados
Os fixadores mecânicos para correias de somente a serviços permanentes e não são
manuseio de material a granel estão disponíveis recomendados para correias em aplicações que
nos estilos dobradiça e placas, com opções exijam abertura da emenda para alterações no
dentro de cada grupo. comprimento ou na localização da correia.
65
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
(Figura 5.9), o que pode ser a única opção Um problema surge se o transportador
para o uso de fixadores em correias espessas de utiliza polias menores que 300 milímetros
alta tensão desenhadas para vulcanização. de diâmetro. Nesse caso, os fixadores tipo
placa sólida podem ser grandes demais para
5 Um problema com os fixadores tipo placa
sólida parafusados é que eles normalmente
se curvarem em volta da polia, causando o
rompimento dos componentes da emenda.
usam somente dois parafusos em cada placa,
com um em cada lado da emenda. Apertar nas Emendas de Placas com Matriz
extremidades da emenda significa que elas são Flexível
mais comprimidas do que o meio da placa. Isso
causa o envergamento do meio, criando um Outra técnica de emenda utiliza placas com
ponto de desgaste no fixador e nos raspadores matriz flexível. Esse sistema usa parafusos
ou em outros sistemas que entrem em contato autoatarraxantes inseridos em uma matriz de
com a correia, em seu movimento pelo dobradiça em forma de H (ou talvez de I). Para
transportador. formar essa emenda, as duas extremidades
da correia são descascadas enviesadamente
Os fixadores tipo placa sólida arrebitados são até a carcaça de tecido e, então, inseridas
desenhados para as aplicações mais exigentes e nas extremidades da matriz de dobradiça de
de alta tensão. A conexão por pontos múltiplos borracha reforçada em forma de H. A matriz
em cada lado da dobradiça oferece a maior (que cobre toda a largura da correia) é então
força entre todos os fixadores mecânicos. Eles fixada na correia, usando até 240 parafusos por
podem ser instalados sem ferramentas grandes, metro de largura da correia.
usando apenas um martelo para colocar os
arrebites e para quebrar os pedaços que ficarem Esse sistema oferece instalação relativamente
salientes. Essa é uma vantagem em locações rápida e fácil, usando somente ferramentas
remotas ou subterrâneas. para descascar as extremidades e uma chave de
fenda elétrica (Figura 5.10). A emenda pode
ser instalada em qualquer clima e em locações
Figura 5.9 onde a prensa de vulcanização ou outras
Uma emenda em V ferramentas para emenda sejam difíceis de usar.
pode ser a melhor Ela não requer tempo de cura e pode ser usada
escolha para unir
para unir ou reparar correias. Se for usada
correias de alta tensão
com prendedores para um reparo temporário, a matriz pode ser
mecânicos. removida e reutilizada.
66
Transportadores passo a passo — Emenda da Correia | Capítulo 5
Este deve ser selecionado com base no para um lado da estrutura, em todos os pontos
diâmetro da menor polia do sistema. do transportador. Isso é identificado como um
movimento rápido de lado a lado, quando a
Os fixadores estão disponíveis em uma área da emenda passa por qualquer ponto da
variedade de metais distintos, para atender
exigências especiais de aplicações. Essas
estrutura. Utilizar a extremidade da correia 5
como referência para o alinhamento não é
propriedades incluem: não produção de recomendado, já que ela pode não estar reta.
faíscas, não magnetismo, resistência à Correias usadas podem ter extremidades tortas
abrasão e/ou resistência à corrosão. Pinos de devido ao desgaste. Então um dos seguintes
dobradiça são disponibilizados em opções procedimentos é recomendado:
semelhantes. O fabricante deve ser contatado
para recomendações apropriadas em qualquer A. Método da linha central.
aplicação específica. Para encontrar a linha central média da
correia, meça, de uma extremidade à
O treinamento para seleção e instalação
outra, cinco pontos ao longo da correia,
de emendas deve ser realizado por pessoal
cada um aproximadamente 300 milímetros
qualificado. Quando instaladas de acordo
mais distante do fim da correia. Marque
com as instruções do fabricante, as emendas
uma série de pontos no centro da correia
mecânicas representam um método econômico
e conecte-os usando uma linha de giz ou
de emenda da correia. Quando especificadas
régua para determinar a linha central média
ou instaladas de maneira incorreta, elas podem
(Figura 5.11).
criar problemas caros e recorrentes.
Desenhe a linha de corte usando um
Instalação Apropriada de Fixadores esquadro. Desenhe uma linha perpendicular
As emendas mecânicas podem ser à correia até a linha central média. Essa
instaladas de modo relativamente fácil pelo linha pode ser usada como linha de corte
pessoal da fábrica; entretanto, elas podem, (Figura 5.12).
consequentemente, ser mal aplicadas,
especialmente por pessoal não treinado ou em B. Método do duplo arco.
uma situação de emergência para a retomada Para maior precisão ou em correias com
rápida das operações. É fundamental que o extremidades desgastadas, um método
pessoal da fábrica seja treinado para a instalação de “arco duplo em interseção” pode ser
apropriada de fixadores mecânicos. empregado. Após estabelecer uma linha
média central como no método anterior,
É uma prática comum, porém incorreta, o escolha um ponto nessa linha de duas ou
armazenamento de apenas um tamanho de três vezes a largura da correia, a partir de
emendas mecânicas no estoque da manutenção. sua extremidade. Utilizando um cordão
Com o passar dos anos, as especificações para com um prego na linha central como ponto
as correias utilizadas na fábrica podem mudar; pivô, desenhe um arco na correia, de modo
no entanto, os fixadores estocados permanecem que ele cruze a extremidade da correia nos
os mesmos, o que pode levar a uma variedade dois lados (Figura 5.13). Agora, crie um
de problemas, incluindo falha de emenda e segundo ponto pivô na linha central, bem
danos aos componentes do transportador. A mais próximo do fim da correia. Desenhe
instalação apropriada de fixadores mecânicos um segundo arco na correia, dessa vez na
exige uso dos fixadores corretos, ferramentas direção oposta, de modo que ele cruze
apropriadas e atenção aos detalhes. o primeiro arco nos dois lados da linha
central média, próximo das extremidades
Alinhando as Extremidades da da correia (Figura 5.14). Desenhe uma
Correia linha da interseção dos dois arcos em um
No ponto em que as extremidades da lado da correia até a interseção dos arcos no
correia são unidas com fixadores mecânicos, outro lado (Figura 5.15). Essa nova linha é
a primeira exigência para uma boa emenda é perpendicular à linha central da correia e é a
que as extremidades sejam cortadas de maneira linha de corte ou linha da emenda.
alinhada. O não cumprimento dessa exigência
causará o deslocamento da área da emenda
67
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
68
Transportadores passo a passo — Emenda da Correia | Capítulo 5
69
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
70
Transportadores passo a passo — Emenda da Correia | Capítulo 5
bem acima da correia, permitindo que mais a passagem de materiais finos pela emenda;
materiais alcancem o sistema de vedação da esse problema é eliminado por emendas
extremidade. Isso, por sua vez, resulta em vulcanizadas.
aceleração do desgaste e derramamento.
Frequentemente, os fixadores utilizados na Apesar de oferecer maior força, a emenda
em forma de V tem seus custos. Ela requer
5
emenda não são devidamente aparados, e esses
arrebites ou parafusos salientes podem ficar até 3 metros de correia. Isso pode ser uma
presos em outros componentes, na vedação da quantidade significativa de correia descartada.
calha-guia ou nos raspadores da correia.
As emendas mecânicas são frequentemente
A maioria, se não a totalidade, das emendas utilizadas em correias de tecido para tornar
permite que uma pequena quantidade do a correia uma peça contínua ou para reparar
material transportado passe pela própria rasgos e buracos; no entanto, em correias de
emenda. Esse material cairá ao longo do cabos de aço, elas podem ser utilizadas somente
percurso do transportador, resultando em para reparos temporários.
problemas de limpeza e em potenciais danos
aos roletes, às polias e a outros componentes
do transportador. Os fixadores tipo placa, DESENHO SEGURO DAS EMENDAS
em uma emenda bem feita, são praticamente Tanto as emendas mecânicas quanto as
isentos do vazamento de materiais. Os fixadores vulcanizadas devem ser desenhadas com fatores
tipo dobradiça são sujeitos a problemas como de segurança, quando comparadas à tensão
71
Seção 1 | Fundamentos para o Manuseio Seguro de Materiais a Granel
esperada da correia. Esses fatores de desenho novamente após os primeiros dias e, então, em
para os fixadores mecânicos são embutidos nas intervalos de dois ou três meses de operação.
tabelas de seleção dos fabricantes. As emendas
vulcanizadas em correias de cabos de aço As emendas normalmente devem ser
5 de alta tensão normalmente são desenhadas inspecionadas semanalmente, com substituição
de qualquer fixador que pareça gasto, com
individualmente pelo fabricante ou consultor.
A incompatibilidade entre emenda e correia atenção para rachaduras cruzadas atrás dos
e o descaso quanto à manutenção correta e os fixadores e verificando se eles não estão se
fatores de segurança podem resultar em falhas soltando.
catastróficas de emenda, causando ferimentos,
morte, perda de produção e danos em Sistemas de Monitoramento de
equipamentos. Emendas
Tecnologias mais novas estão disponíveis hoje
em dia, as quais permitem a avaliação remota
ESTAÇÕES DE MANUTENÇÃO E de emendas medindo qualquer alongamento
INSTALAÇÃO seu. Esses sistemas são baseados no princípio
de que o aumento do comprimento de uma
Algumas operações desenvolvem o que é
emenda é uma indicação de falha iminente. O
chamado de estação de emenda de correia ao
sistema é instalado em correias vulcanizadas,
longo do transportador. Nela são armazenadas
colocando-se pequenos alvos magnéticos na
ferramentas e equipamentos para a manutenção
correia, em uma distância determinada, em
de emendas e são disponibilizados espaço
ambos os lados das emendas; se a correia tiver
e superfície de trabalho para a instalação de
fixadores mecânicos, o sistema pode usá-los
emendas.
como alvos. O sistema irá monitorar a distância
Esse também pode ser o ponto no qual uma entre os pares de alvos cada vez que a emenda
nova correia é colocada no transportador. passar pelo scanner. Essa distância é medida,
e, se uma emenda passar dos limites, o sistema
Uma estação de emenda deve ser localizada de monitoramento irá parar a correia ou alertar
onde haja espaço suficiente preferivelmente, os funcionários da fábrica para verificarem o
permitindo o trabalho em ambos os lados da problema. Além disso, o sistema pode ajudar
estrutura. A estação deve oferecer proteção para a identificar se um clipe sofreu dano sério e
a correia em relação às condições climáticas precisa ser substituído.
e aos materiais fugitivos. O espaço deve ser
localizado em um ponto onde haja uma
distância de pelo menos cinco vezes a largura da A IMPORTÂNCIA DA EMENDA
trave horizontal do transportador ,em qualquer
dos lados do ponto onde a emenda será Finalizando…
realizada. Deve haver eletricidade disponível, Seja vulcanizada, seja com fixadores
incluindo tomadas para ferramentas de mão. mecânicos, uma emenda devidamente
desenhada, bem aplicada e mantida é
essencial para o sucesso das operações de um
INSPEÇÃO E MONITORAMENTO transportador de correia. A aplicação indevida
de uma emenda reduzirá a vida útil da correia
Inspeção e Manutenção da Emenda e interferirá no cronograma e na eficiência
Onde são usados fixadores com parafusos, do transportador. O cuidado na aplicação
é importante que as placas sejam mantidas da emenda apropriada oferecerá benefícios
devidamente apertadas. O modo mais prático para toda a fábrica. De acordo com um velho
de se alcançar isso é apertando os parafusos de axioma: “Se você não tem tempo para fazer isso
modo que a borracha atrás da placa inche um direito, como você encontrará tempo para fazê-
pouco. Deve-se ter cuidado para não apertar lo novamente?”.
demais os fixadores ou “enterrar” as placas
na cobertura da correia, já que isso poderia Olhando Adiante...
causar danos nas camadas do correia. Os
Este Capítulo, Emendando a Correia,
fabricantes geralmente sugerem o reaperto dos
explicando como emendas atrasadas ou
parafusos após as primeiras horas de operação,
72
Transportadores passo a passo — Emenda da Correia | Capítulo 5
REFERÊNCIAS
5.1 Qualquer fabricante e a maioria dos
distribuidores de correia podem for-
necer uma variedade de materiais sobre
a construção e o uso de seus produtos
específicos, assim como sobre correias de
transportadores em geral.
73
Chapter Title | Chapter #
SEÇÃO 2
CARREGANDO A CORREIA
• Capítulo 6.. ...................................................................................................................................... 76
ANTES DA ZONA DE CARGA
75
Seção 2 | Carregando a Correia
6
Figura 6.1
Após a correia envolver
as polias traseiras e
atingir a parte superior do
transportador, deve ser
preparada para receber a
carga na zona de carga.
Capítulo 6
Antes da Zona de
Carga
Polias Traseiras....................................................................................................................................................... 77
Transportadores Planos e Côncavos................................................................................................................. 79
Formação da Calha................................................................................................................................................. 81
Vedação na Área de Entrada................................................................................................................................ 85
Especificações Típicas............................................................................................................................................ 87
Tópicos Avançados.................................................................................................................................................. 88
Questões de Segurança......................................................................................................................................... 88
Proteja sua Seção Traseira.................................................................................................................................. 89
76
Antes da Zona de Carga | Capítulo 6
POLIAS TRASEIRAS
Centralizando a Correia
Ter a correia no centro da estrutura de
transporte, quando ela vai para a zona de
carga, é um ponto crítico. Se a correia não
estiver corretamente centralizada quando
receber a carga, a força da carga irá aumentar
77
Seção 2 | Carregando a Correia
a correia de retorno, e a polia aletada pode agir de gravidade, onde oferecem os mesmos
como um dispositivo eficaz para a remoção benefícios e limitações.
desse derrame sem danos à correia, embora a
selagem da correia na zona de carga, juntamente Apesar de sua intenção de projeto, polias
com a instalação de um raspador de proteção aletadas traseiras ainda estão sujeitas ao
de polia, seja a solução preferida. acúmulo e ao aprisionamento, muitas vezes
não oferecendo a proteção desejada. Elas
Polias aletadas também são vistas em tensores são mais bem-sucedidas em correias lentas,
onde a limpeza e a vedação não são requisitos
Figura 6.3 essenciais. Pedaços maiores de material
podem ficar encravados nas aletas da polia,
As reentrâncias na polia
aletada servem para potencialmente cansando o dano que a polia foi
6 eliminar acúmulos de
material.
projetada para evitar (Figura 6.4).
78
Antes da Zona de Carga | Capítulo 6
material sobre polias traseiras é usar uma As polias abauladas também apresentam
polia de aço sólida e plana, protegida por um problemas com os limpadores de correia
dispositivo de limpeza situado em frente à polia montados sobre a face da polia de descarga.
(Figura 6.7). Esse tipo de raspador diagonal ou
em V deve ser colocado imediatamente antes
da polia traseira, no lado não transportador da TRANSPORTADORES PLANOS E
correia, para remover qualquer material fugitivo CÔNCAVOS
que possa ser transportado na parte interior da
correia. (Veja o Capítulo 15: Raspadores de Correias Planas
Proteção das Polias.) Muitos materiais a granel podem ser
transportados em correias planas. Elas são
Polias Abauladas particularmente comuns para materiais com
Uma polia plana possui o mesmo diâmetro um acentuado ângulo de repouso; o ângulo que 6
em toda a sua face. Uma polia abaulada possui uma pilha de materiais formados livremente
diâmetro diferente a partir de seus bordos para fará. Materiais com ângulos de repouso acima
o centro, com este ligeiramente maior do que as de 30o são adequados para correias planas e
bordas (Figura 6.8). vão desde materiais irregulares, granulados
ou grumosos, como o carvão, a pedra e o
As polias abauladas são por vezes utilizadas minério, até materiais lentos, que normalmente
na parte traseira do transportador, pois é são irregulares, fibrosos e interligados, como
amplamente reconhecido que a face abaulada lascas de madeira e casca de árvores (Figura
irá melhorar a tração da correia ao girar em 6.9). Ao manter a mesma distância da borda
torno da polia em direção à zona de carga. No com materiais com baixo ângulo de repouso,
entanto, nem sempre isso é verdade, e há casos o volume de material transportado é reduzido;
em que a face abaulada da polia pode danificar portanto, os materiais com baixo ângulo de
a correia. repouso geralmente exigem que a correia seja
côncava.
Polias abauladas nunca devem ser usadas
em uma área de alta tensão da correia. Correias planas são especialmente eficazes
Geralmente usa-se a polia conduzida. A polia quando a carga ou uma parte da carga deve
condutora pode estar na extremidade frontal, ser descarregada da correia em pontos
extremidade traseira ou, com acionamento intermediários por raspadores ou placas de
central, em qualquer lugar ao longo do lado deflexão.
de retorno do transportador. Nessas áreas
de alta tensão, o diâmetro adicional no
centro da polia acrescenta estresse adicional Figura 6.7
no centro da correia e pode causar danos à Um v-plow é
posicionado na frente
carcaça e afrouxamento. A exceção a isso é da polia para protegê-la
quando a tensão nominal da correia for de 35 de pedaços de material.
quilonewtons por metro (200 PIW) ou menos;
nesse caso, uma polia abaulada pode ser
utilizada em qualquer parte do sistema.
79
Seção 2 | Carregando a Correia
80
Antes da Zona de Carga | Capítulo 6
FORMAÇÃO DA CALHA
Transição
Em um transportador típico, a correia é
formada em calha pela parte de transporte de
sua viagem e retorna a uma configuração plana
na execução do retorno. Por conseguinte, 40o
em uma polia terminal (carga ou descarga),
a correia deve ser convertida do formato
plano para côncavo ou de côncavo de volta
ao plano. Esta mudança do perfil da correia
é comumente chamada de transição (Figura
6.13). Transições existem nos locais das polias
traseiras (carga) e frontais (descarga) de um
transportador côncavo e podem ocorrer em
outras áreas do transportador, tais como na
45o
81
Seção 2 | Carregando a Correia
82
Antes da Zona de Carga | Capítulo 6
foi distribuída por vários roletes e em uma transportador. Nunca deve ser colocada uma
distância maior. correia sobre um transportador onde a distância
de transição é curta demais para a correia.
Distância de Transição
É altamente recomendável que o fornecedor
A distância necessária para a transição da correia seja contatado para garantir que a
de uma correia varia com a quantidade de distância de transição da estrutura existente
concavidade necessária, a espessura da correia, seja compatível com a correia. Gráficos
a construção da correia transportadora, o tipo que identificam a distância de transição
de carcaça (cabo de aço ou tecido) e a tensão recomendada em função da tensão nominal
nominal da correia. A distância de transição tanto da correia de tecido como de cabos
deve ser selecionada para fornecer pelo menos de aço, nos vários ângulos côncavos, são
a distância mínima para a correia selecionada. publicados na literatura dos fabricantes e pela 6
Quanto mais pesada a carcaça da correia, CEMA em Transportadores de Correia para
mais ela vai resistir a ser colocada em uma Materiais a Granel, sexta edição.
configuração côncava e maior será a distância
de transição necessária. Isso é fácil de entender Roletes de Transição
se lembrarmos que uma corda esticada pelo Dependendo da distância, um ou mais roletes
centro do transportador será mais curta do de transição devem ser utilizados para apoiar
que uma corda colocada na borda externa dos a correia entre a polia terminal e o primeiro
roletes. As bordas externas devem percorrer rolete totalmente côncavo.
uma distância maior que o centro da correia.
Quanto maior o ângulo da calha, mais as bordas É uma boa prática instalar diversos roletes
são esticadas e maior a distância necessária para de transição para apoiar a correia na mudança
chegar a esse ângulo. gradativa de um perfil plano para um contorno
totalmente côncavo (Figura 6.17). Os
A distância de transição necessária é uma roletes de transição podem ser fabricados
função da construção de uma correia. Ao em ângulos intermediários específicos (entre
projetar um novo transportador, a correia deve plano e totalmente côncavo) ou podem ser
ser selecionada para coincidir com a carga de ajustáveis a diferentes posições (Figura 6.18).
material e as características de comprimento Por exemplo, seria uma boa prática colocar
de transporte. A distância de transição do um rolete de concavidade 20o como um
sistema seria, então, concebida para atender rolete intermediário, à frente de um rolete de
aos requisitos da correiame selecionada. No concavidade de 35o, e ambos, um rolete de
entanto, um cenário mais provável é que, 20o e um de 35o, à frente de um rolete de 45o.
devido a limitações de espaço e custo, a correia A CEMA recomenda que todos os roletes de
será selecionada para coincidir com a distância transição utilizem cilindros de metal.
de transição projetada para a estrutura de
aço do transportador. De qualquer maneira, É também importante para a estabilidade da
no entanto, o fabricante da correia deve ser correia e a vedação do ponto de transferência
consultado para determinar a distância de que o rolete de transição mais próximo à polia
transição recomendada. terminal seja instalado de modo que o topo da
polia e o topo do cilindro central estejam no
No caso de substituição da correia existente, mesmo plano horizontal. Isso é referido como
ela deve ser selecionada para combinar com a uma transição de concavidade total.
distância de transição prevista na estrutura do
Figura 6.17
Vários roletes de
transição devem ser
instalados entre a polia
e o primeiro rolete
totalmente côncavo.
83
Seção 2 | Carregando a Correia
84
Antes da Zona de Carga | Capítulo 6
move para baixo, também deve ser movida que ela mantenha a superfície plana, o que é
para mais longe do primeiro rolete com ângulo fundamental para a eficácia da vedação.
final da correia. Se isso não for possível, outras
alterações devem ser feitas, como a redução
do ângulo de correia na área de carga, para VEDAÇÃO NA ÁREA DE ENTRADA
encurtar a distância de transição necessária.
A correia pode, então, ser alterada para um Sistemas de Vedação
ângulo mais alto fora da zona de carga. Outra A vedação da entrada da correia na zona de
abordagem seria a adoção de uma área de carga é muitas vezes um problema (Figura
transição bem gradual. Ambas as técnicas são 6.21). A turbulência de material quando
discutidas a seguir em Tópicos Avançados. é carregado pode fazer com que algumas
partículas saltem ou rolem para trás, em direção
A melhor prática, bem como a atual
à parte traseira do transportador. O material 6
recomendação da CEMA, é usar o regime de
saltará para fora da zona de carga e rolará pelo
correia côncava em que a polia está alinhada
transportador, acumulando-se na polia, nos
com o topo superior do rolete central. Isso
suportes dos rolamentos ou no chão, perto da
requer uma distância de transição mais
polia traseira.
comprida, mas melhora muito a estabilidade
da correia quando entra na zona de carga e, em Na tentativa de resolver esse problema, um
consequência, melhora a vedação do ponto de sistema de vedação de algum tipo é aplicado
transferência. na parte de trás do chute de carregamento.
Tipicamente, essa vedação é uma cortina ou
Carga na Área de Transição parede, fabricada a partir de uma folha de
Carregar a correia enquanto está em fase plástico ou borracha (Figura 6.22). Essa
de transição é uma prática ruim e deve ser vedação pode criar tantos problemas quanto os
evitada. A área onde a carga é introduzida que resolve.
na correia deve começar não antes do ponto
onde a correia estiver totalmente côncava e Se a vedação, no momento da entrada da
devidamente apoiada por um leito deslizante correia no chute, for feita de maneira frouxa, o
ou pelo ponto médio do primeiro conjunto de material vai continuar a escapar pelos fundos
roletes totalmente côncavos. A melhor solução da zona de carga, pela área de transição e para
é introduzir a carga cerca de 300 milímetros
(12 pol.) para além desse ponto totalmente Figura 6.20
côncavo, para acomodar qualquer retorno de Usar a configuração de
materiais causado pela turbulência. distância de transição
mais curta pode fazer
Se a carga for realizada enquanto a correia com que a correia
se eleve dos roletes
ainda estiver em transição, a carga é despejada (particularmente quando
em uma área maior com lados não paralelos. descarregada).
85
Seção 2 | Carregando a Correia
o chão. Se um sistema de selagem for colocado todo o material que permanecer aderido à
firme o bastante contra a correia, para evitar a correia durante o percurso de volta da polia de
fuga na parte de trás da zona de carga, em vez descarga. O material retirado por esse efeito
disso, a vedação pode agir como um raspador “raspador de correia” irá, então, acumular-se
de correia. Nesse caso, a vedação vai raspar no ponto onde a correia entra na zona de carga
(Figura 6.23) ou, se o transportador estiver
Figura 6.22 inclinado, rolará pela correia e se acumulará na
Vedações traseiras parte traseira do transportador (Figura 6.24).
simples de borracha ou
plástico geralmente não A vedação na parede traseira do chute onde
são eficazes.
a correia é carregada é difícil, devido às altas
pressões de material e à grande circulação de
6 ar, que podem levar o pó para fora do ponto de
transferência (Figura 6.25). Essa dificuldade
em selar a área de entrada é decorrente de
qualquer vibração dinâmica na linha da correia,
criada por flutuações na tensão da correia,
resultantes de “picos” na carga de material, ou
da utilização de polia aletada traseira. Polias
Figura 6.23 aletadas devem ser evitadas por esse motivo.
Se a vedação traseira
é forçada demais Caixa de Vedação de Barreiras
contra a correia, um Múltiplas
efeito de “raspador
de correia” raspará Uma abordagem eficaz é selar a área atrás
material da correia que da zona de carga com uma caixa de vedação
se acumulará na parte
de barreiras múltiplas (Figura 6.26). Fixada
traseira da zona de
carga. à parede traseira do chute de carga, essa caixa
liga o chute à área onde a correia está plana. Na
situação ideal, a caixa traseira seria estendida
à superfície plana da polia traseira, tornando a
vedação mais eficaz e fácil de manter (Figura
Figura 6.24 6.27). Uma caixa traseira é frequentemente
instalada em área de transição, ao reformar
Se o transportador
estiver inclinado, o transportadores existentes. Para transportadores
material rolará pela novos, isso não é recomendado, porque é difícil
correia e se acumulará vedar na área de transição.
no chão.
Uma tira de vedação é instalada na parte
externa da parede traseira da caixa de vedação,
mais próximo da polia traseira (Figura 6.28).
Fletida pelo movimento da correia, essa tira
dá forma a uma vedação de direção única de
maneira que impede que escape material pelos
fundos da zona de carga e para fora da parte
Figura 6.25 traseira do transportador. Como essa tira fica
sobre a correia com apenas uma leve pressão,
Vedar os cantos da
zona de carga é difícil, evita o efeito raspador. O material que adere
permitindo que haja à correia pode passar sob a vedação sem ser
derrame de material e “limpo” da correia.
vazamento de pó.
Nas laterais, a caixa deve estar equipada com
uma vedação de múltiplas camadas de baixa
manutenção, para evitar o derramamento de
material sobre as bordas da correia. A caixa de
vedação traseira deve incorporar o início do
transportador, assim, a tira de vedação percorre
86
Antes da Zona de Carga | Capítulo 6
ESPECIFICAÇÕES TÍPICAS 6
A. Transição.
O projeto do transportador deve incorporar
uma distância de transição suficiente e
roletes de transição para permitir que a
correia forme uma concavidade completa,
antes de qualquer material ser carregado na Figura 6.27
correia. Uma caixa traseira
é frequentemente
B. Distância da área de transição. instalada em área de
transição, ao reformar
A polia traseira deve ser colocada na altura transportadores
do rolete central, para que a correia saindo existentes. Para
da polia, esteja alinhada com o rolete transportadores
novos, isso não é
central. recomendado, porque é
difícil vedar na área de
C. Caixa de vedação traseira. transição.
Uma caixa de vedação traseira com uma
vedação eficaz na extremidade da polia
traseira deve ser instalada na correia para
evitar o escape de material fugitivo da parte Figura 6.28
traseira da zona de carga. Uma tira de vedação
deve ser instalada na
D. Faixa de vedação lateral. parte externa da parede
traseira da caixa de
Uma vedação eficaz nas bordas da vedação, mais próximo
correia nas laterais da caixa traseira será da polia traseira.
providenciada, estendendo a faixa de
vedação lateral através da zona de carga
de transferência, como uma faixa única de
vedação, sem uma junta ou emenda que
possa vazar material.
Figura 6.29
TÓPICOS AVANÇADOS Os sistemas de vedação
lateral da correia devem
Áreas de Transição de Dois se estender por uma
Estágios faixa contínua, desde a
caixa traseira até o final
Por muitos anos, a recomendação tem sido da área com vedação
que a correia deve estar totalmente côncava lateral.
antes de introduzir a carga. Uma variação desse
conceito é a ideia de que é mais crítico que a
correia esteja estável (ou seja, não passando
por transição), quando for carregada, em
87
Seção 2 | Carregando a Correia
88
Antes da Zona de Carga | Capítulo 6
Figura 6.31
Em uma área de
transição com dois
estágios, a correia é
parcialmente formada
no ângulo final dos
roletes, antes de ser
carregada. Após a
carga ser colocada, a
correia passa por outra
transição, que aumenta
o ângulo dos roletes.
A seguir…
REFERÊNCIAS
Este capítulo, Antes da Zona de Carga,
iniciou a discussão de Carga da Correia, 6.1 Associação de Fabricantes de Equi-
examinando as polias traseiras e áreas de pamentos Transportadores (CEMA).
(2005). Transportadores de Correia
transição, juntamente com técnicas para evitar o
para Materiais a Granel, Sexta Edição.
escape de material fugitivo na parte traseira do
Naples, Flórida.
transportador. Os capítulos seguintes abordarão
outros aspectos da carga da correia, iniciando 6.2 O site http://www.conveyor- beltguide.com
pelo Controle do Ar. é um recurso valioso e gratuito que cobre
muitos aspectos da correia.
89
Seção 2 | Carregando a Correia
7
Figura 7.1
Um fator-chave no controle
da quantidade de pó
que escapa do ponto de
transferência é minimizar e
controlar o fluxo do ar que
passa por ele.
Capítulo 7
Controle do Ar
Movimento do Pó e do Ar...................................................................................................................................... 91
Ar Deslocado, Induzido e Gerado........................................................................................................................ 92
Velocidade e Volume do Ar................................................................................................................................... 94
Controlando o Ar..................................................................................................................................................... 95
Manutenção do Sistema.. ...................................................................................................................................... 98
Especificações Típicas............................................................................................................................................ 98
Tópicos Avançados.................................................................................................................................................. 98
Questões de Segurança......................................................................................................................................... 99
Controle do Ar e Controle do Pó......................................................................................................................... 99
90
Controle do Ar | Capítulo 7
91
Seção 2 | Carregando a Correia
ao invés de serem carregadas para fora. Tipica- transferência pode ser calculado adicionando-se
mente, isso é difícil, se não for impossível de se essas três variáveis (Equação 7.1).
alcançar de modo consistente, sem um sistema
ativo de coleção de pó. O fluxo de ar, criado Ar Deslocado
pelo equipamento acima do ponto de transfer- A primeira categoria é o ar deslocado. Uma
ência, e o movimento dos materiais passando simples explicação sobre o ar deslocado começa
pelo ponto criam uma pressão positiva através com uma xícara de café. Quando o café é
do sistema, gerando um fluxo para fora do com- servido em uma xícara, o ar do interior é deslo-
partimento. Isso ocorre na maioria das zonas de cado pelo café. O mesmo efeito ocorre quando
carregamento, porque o impacto dos materiais materiais entram no chute de carregamento:
na correia receptora impulsiona o ar com um o ar que preenchia o chute é empurrado para
movimento brusco. Quanto maior o impacto,
7 mais forte é a corrente de ar gerada no local
fora, deslocado pelos materiais. A quantidade
de ar deslocado do chute é igual ao volume
do impacto. Se essa pressão positiva não for dos materiais colocados lá. O movimento dos
controlada com controle de fluxo de materiais, materiais pelo ponto de transferência sempre
liberação adequada de pressão ou sistemas cole- produzirá ar deslocado, que pode ser calculado
tores de pó, as partículas de pó serão carregadas pela quantidade de materiais transportados e
para fora do ponto de transferência pelo fluxo pela densidade deles (Equação 7.2).
de ar.
Ar Induzido
AR DESLOCADO, INDUZIDO E
O ar induzido está presente nas zonas de
GERADO carga dos transportadores sempre que materiais
a granel estão em movimento, porque eles
Calculando o Fluxo de Ar possuem certa quantidade de ar preso e
carregam uma pequena quantidade de ar à
O fluxo de ar pode ser medido ou calculado.
medida que viajam pela correia. À medida
O método a seguir é teórico, porém viável. As
que os materiais saem da polia dianteira em
condições de qualquer combinação específica
uma trajetória normal, o fluxo do material se
de desenho do transportador e fluxo do mate-
expande, puxando ar para os novos vazios.
rial podem afetar os resultados de maneira
Cada partícula de material dá energia para uma
significativa.
quantidade de ar, puxando ar com o fluxo do
Há três fontes de movimento do ar que po- material. Quando o produto cai e comprime
dem estar presentes no ponto de transferência a pilha, o ar induzido é liberado, causando
ou em seu entorno: ar deslocado, ar induzido e pressão positiva substancial para fora do centro
ar gerado. da zona de carga. Se essa pressão positiva não
for controlada com um desenho apropriado
O fluxo de ar total em um ponto de
Equação 7.1
Qtot = Qdis + Qind + Qgen
Cálculo do fluxo de
ar total. Dados: Um ponto de transferência é conectado a um britador que gera 0,77 metros cúbicos (1.625 ft3/min)
de ar por segundo. O ar deslocado é 0,06 metros cúbicos por segundo (133 ft3/min), e o ar induzido é 0,055
metros cúbicos por segundo (117 ft3/min) Encontre: O movimento de ar total.
Variáveis Unidades Métricas Unidades Imperiais
Qtot Fluxo de Ar Total Metros cúbicos por segundo Pés cúbicos por minuto
Qdis Ar Deslocado 0,06 m 3/s 133 ft 3/min
Qind Ar Induzido 0,055 m /s
3
117 ft 3/min
Qgen Ar Gerado (Se houver) 0,77 m 3/s 1.625 ft 3/min
Métrico: Qtot = 0,06 + 0,055 + 0,77 = 0,885
Imperial: Qtot = 133 + 117 + 1625 = 1875
92
Controle do Ar | Capítulo 7
Equação 7.2
k·L
Qdis = ρ
Cálculo do ar
deslocado.
Dados: Um chute de transferência carrega 180 toneladas por hora (200 st/h) de material, com densidade de
800 Quilos por metro cúbico (50 lbm/ft3). Encontre: O ar deslocado.
Variáveis Unidades Métricas Unidades Imperiais
Qdis Ar Deslocado Metros cúbicos por segundo Pés cúbicos por minuto
Carga (quantidade de
L material transportado)
180 t/h 200 st/h
0,277 · 180
Métrico: Qdis = = 0,062
800
33.3 · 200
Imperial: Qdis = = 133
50
Qdis Ar Deslocado 0,062 m 3/s 133 ft 3/min
93
Seção 2 | Carregando a Correia
Considerando que o ar gerado pode repre- material – incluindo o tamanho das partículas,
sentar uma quantidade significativa, essa variável a coesão do material e o conteúdo de umi-
deve ser obtida com o fabricante do equipa- dade –, em geral as partículas de pó têm uma
mento, ou o fluxo pode ser calculado multipli- velocidade de captação de 1,0 a 1,25 metros por
cando a área de exaustão pela velocidade do segundo (200 a 250 ft./min). Isso significa que o
ar, medida enquanto o equipamento estiver em ar em movimento sobre uma cama de material
operação. a essa velocidade pode captar o pó da superfície
e carregá-lo.
Equação 7.3
RS2
Cálculo do ar Qind = k · Au · 3
Induzido. D
Dados: Um chute de transferência carrega 180 toneladas por hora (200 st/h) e tem uma abertura final de
0,046 metros quadrados (0,5 ft2). O material com diâmetro médio de 0,075 metros (0,25 ft) cai 1,25 metros
(4ft). Encontre: O ar induzido.
Variáveis Unidades Métricas Unidades Imperiais
Qind Volume de Ar Induzido Metros cúbicos por segundo Pés cúbicos por minuto
Au Abertura do Chute Dianteiro 0,046 m 2 0,5 ft 2
R Taxa de Fluxo do Material 180 t/h 200 st/h
Altura da Queda Livre do
S Material
1,25 m 4 ft
94
Controle do Ar | Capítulo 7
Verificando a Velocidade e o
CONTROLANDO O AR
Volume do Ar
A quantidade de ar fluindo pelo ponto de Controlando o Movimento do Ar
transferência a cada minuto pode ser calculada Um sistema completo para controle de pó
a partir de medições (Equação 7.4). Para cal- nos pontos de transferência de transportadores
cular o volume do ar em movimento, multipli- é baseado em quatro parâmetros de desenho:
que a velocidade medida do ar saindo de cada
abertura do ponto de transferência – incluindo A. Limitar a quantidade de ar entrando no
a saída da correia, a caixa traseira, as laterais da chute e impedir que o ar entre no chute pela
correia, as captações de pó e outras aberturas região da polia de descarga é possível sem
– pela área de cada abertura. Esses fluxos de ar alterações sofisticadas ou caras. Cortinas
são, então, adicionados para se chegar ao fluxo convencionais de borracha podem ser insta-
de ar total. Essas medições devem ser realizadas ladas na entrada e na saída da correia, assim 7
com o ponto de transferência em operação. As como outras aberturas, como em volta dos
medidas de velocidade do ar podem ser realiza- eixos das polias, podem ser vedadas. Talvez
das com um anemômetro manual relativamente o procedimento mais fácil para limitar a
barato; a área pode ser medida com uma fita entrada de ar nos pontos de descarga dos
métrica (Figura 7.3). transportadores seja certificar-se de que to-
das as portas de inspeção estejam fechadas.
Considerando que fluxo de ar adicional
B. Limitar o espalhamento do material
através do compartimento do ponto de
transferência pode ser produzido por À medida que o material passa pelo ponto
britadores, telas vibratórias, alimentadores de transferência, cada partícula ou pedaço
e outros equipamentos de processamento e do material age sobre o ar no comparti-
manuseio, é necessário medir a velocidade do mento, carregando consigo um pouco dele.
ar com esses dispositivos em operação também. Manter os materiais em um fluxo coeso, à
Equação 7.4
Qtot = A · V Cálculo da quantidade
de ar.
Dados: A velocidade do ar saindo de um ponto de transferência é medida em 4,3 m/s (850 ft./min). O
compartimento do ponto de transferência tem uma área transversal total de 0,19 (2 ft2). Encontre: O fluxo de
ar total.
Variables Metric Units Imperial Units
Movimento de Ar Total Metros cúbicos por
Qtot Pés cúbicos por minuto
segundo
Área Transversal do Chute do
A 0,19 m 2 2 ft 2
Ponto de Transferência
V Velocidade do Ar 4,3 m/s 850 ft/min
95
Seção 2 | Carregando a Correia
Consequentemente, há menos pó e ar em
alta velocidade escapando. Depositando os
materiais suavemente sobre a correia, há menos
distúrbio ou turbulência deles na correia. Há
também menos impacto na zona de carga,
reduzindo a possibilidade de danos à correia.
Devido à mínima turbulência dos materiais e
às menores forças laterais, a área com calhas-
guia pode ser mais curta e mais eficientemente
vedada.
96
Controle do Ar | Capítulo 7
97
Seção 2 | Carregando a Correia
98
Controle do Ar | Capítulo 7
99
Seção 2 | Carregando a Correia
Figura 8.1
Seja qual for a fonte da
carga, o material quase
sempre é transferido para
o transportador através de
um chute de transferência.
Capítulo 8
CHUTES DE
TRANSFERÊNCIA
CONVENCIONAIS
Funções de um Chute de Transferência Convencional.. ............................................................................. 101
Fatores no Desenho de Chutes......................................................................................................................... 104
Especificações Típicas......................................................................................................................................... 112
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 113
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 113
O Trabalho do Chute............................................................................................................................................ 114
100
Chutes de Transferência Convencionais | Capítulo 8
101
Seção 2 | Carregando a Correia
102
Chutes de Transferência Convencionais | Capítulo 8
103
Seção 2 | Carregando a Correia
Parâmetros de Sistema
FATORES NO DESENHO DE CHUTES A seguir estão os parâmetros mínimos que
um projetista deve ter antes de desenhar um
Desenho de um Chute de chute de transferência entre transportadores de
Transferência Convencional correia:
O desenho de um chute de transferência
convencional normalmente é feito por um A. Taxa de capacidade – toneladas por hora
projetista experiente ou por um engenheiro (st/h).
de manuseio de materiais a granel, utilizando B. Variações climáticas nos ambientes de
princípios básicos aceitos pela indústria. operação.
Muitas empresas de engenharia estabelecem C. Densidade do material como transportado –
suas próprias regras de desenho; muitas delas quilogramas por metro cúbico (lbm/ft3).
desenvolveram abordagens consistentes para
D. Densidade do material solto – quilogramas
o desenho de chutes, de modo a resolver
por metro cúbico (lbm/ft3).
problemas específicos de suas necessidades.
Apesar de essas várias regras variarem, há E. Classificação do material a granel –
um acordo geral, ao menos quanto à ordem distribuição de tamanho, características do
de magnitude, para muitas das exigências material, e quaisquer condições especiais.
de desenho para um chute convencional. F. Largura, velocidade e ângulos de
As diretrizes para o desenho de chutes de concavidade da zona de descarga e correia
transferência convencionais foram publicadas receptora.
em várias referências. A seguir, trazemos um G. Área transversal da carga sobre a correia –
breve resumo de algumas das mais comuns metros quadrados (ft2).
regras e abordagens.
H. Fluxograma do processo mostrando a
Um chute de transferência convencional sequência dos transportadores.
normalmente consiste das seguintes partes I. Desenho geral do arranjo mostrando a vista
básicas (Figura 8.7): plana e em elevação, dimensões críticas, e
a relação de plano entre o transportador de
Figura 8.7 descarga e o receptor.
Um chute de
transferência Muitas vezes, a capacidade listada dos
convencional transportadores é subtaxada em 10 a 20%
normalmente consiste da sua real capacidade projetada, por várias
nas seguintes partes
básicas: A) Chute razões. Subtaxar a capacidade permite surtos
Dianteiro; B)Chute de de carga, reduz o derramamento e oferece um
Queda; C) Chute de fator de segurança no cumprimento da taxa
Carga; e D) Zona de
Acomodação.
104
Chutes de Transferência Convencionais | Capítulo 8
105
Seção 2 | Carregando a Correia
106
Chutes de Transferência Convencionais | Capítulo 8
para manter a velocidade de fluxo do material É comumente aceito que a área transversal
(Figura 8.11) e normalmente exigem alturas de um chute de queda seja no mínimo
maiores de queda para serem implementados. quatro vezes a área transversal do perfil do
Colheres projetadas oferecem muitos benefícios material. Também é comumente aceito
e devem ser consideradas como parte do que as dimensões mínimas de largura e/ou
desenho original ou como parte das exigências profundidade sejam pelo menor 2,5 vezes o
para melhorias futuras. (Ver Capítulo 22: tamanho do maior pedaço que passar pelo
Chutes de Fluxo Projetados.) chute. Muitos projetistas aumentam essas
proporções com base em sua experiência com
Considerações Sobre o Projeto do materiais específicos. Em alguns casos, onde
Chute de Transferência o material é de tamanho uniforme e em fluxo
O volume do chute dianteiro ao redor livre, essas proporções podem ser reduzidas,
da polia de descarga normalmente é ditado especificamente quando o chute é projetado 8
pelo arranjo geral dos transportadores, pelas utilizando as propriedades específicas do
exigências de acesso para manutenção e pela material sendo transportado.
trajetória inicial do material. A largura do chute de carga (receptor) deve
O diâmetro da polia dianteira e a largura da ser desenhada para manter a extremidade de
face ajudam a determinar a largura e altura do correia mínima necessária para a vedação e para
chute dianteiro. O espaço entre a parede do acomodar desalinhamentos (Ver Capítulo 11:
chute e a beira da polia deve ser pequeno o Calhas-Guia.)
suficiente para impedir a passagem de pedaços O erro mais comum cometido nessa fase
grandes do lado do carregamento para o lado do desenho é fazer a transição entre o chute
de retorno, de modo que não fiquem presos de queda e o chute de carga muito abrupta,
entre a polia e a parede do chute. O espaço criando ângulos das paredes do chute que
típico é de 50 a 75 milímetros (2 a 3 polegadas) promovem acúmulos e entupimento. A
em cada lado. A manutenção da polia e do seu prática atual de desenho utiliza ângulos de vale
revestimento, assim como o acesso às buchas
do eixo, deve ser considerada ao se tomar essa
decisão. Figura 8.11
Capuzes e colheres
O chute dianteiro deve começar no último projetados utilizam a
rolete de transição da correia alimentadora, para gravidade para manter
ajudar a conter o material fugitivo que pode cair a velocidade de fluxo do
material.
da correia quando ela passa de côncava a plana
na polia dianteira. A área de entrada do chute
dianteiro deve ser controlada com cortinas para
pó, no lado da carga, e com barreiras de vedação,
no lado de retorno, porque essas áreas são
fatores-chave para o controle da quantidade de
ar fluindo pelo chute de transferência (Figura
8.12).
107
Seção 2 | Carregando a Correia
mínimos de 60o, sendo preferíveis os de 75o para se alcançar o efeito desejado. Elas devem
(Figura 8.5). ser acessíveis para permitir substituição
eficiente. Pontos de inspeção e acesso são
Gerenciando o Desgaste e o Fluxo essenciais para observar e manter a direção
de Material apropriada do fluxo de material.
O chute de transferência normalmente A colocação da carga pode ser melhorada
é projetado para fluxo total e um curso com defletores instalados na superfície interna
consistente de material. Entretanto, o fluxo do chute de carga, para direcionar pedaços
de materiais a granel através do chute mudará do material para o centro da zona de carga.
à medida que mudarem as propriedades do Pedaços centralizados têm menor probabilidade
material e a tonelagem, que o chute se desgasta, de deslizar para fora das extremidades da
8 ou que o material se acumular nas paredes do
chute.
correia ou danificar a vedação da calha-guia.
108
Chutes de Transferência Convencionais | Capítulo 8
Os materiais subsequentes são desviados por O espaço entre a polia dianteira e a placa de
essa pilha. A força de abrasão que seria exercida impacto deve ser cuidadosamente considerado
sobre a parede do chute passa para a pilha de para minimizar os problemas causados por
material acumulado, e a altura total de queda pedras grandes demais ou material preso
é reduzida, dissipando a força do impacto à entre a polia e a placa, sem contar acúmulos
medida que o material quica na pilha (Figura de materiais coesivos ou de alta umidade que
8.16). podem entupir o chute de transferência.
109
Seção 2 | Carregando a Correia
110
Chutes de Transferência Convencionais | Capítulo 8
Figura 8.21
Um transportador de
aceleração pode ser
usado para aumentar a
velocidade do material
até que ele atinja a
velocidade e direção
apropriadas.
111
Seção 2 | Carregando a Correia
um chute dará um retorno significativo através da chute. Materiais com altos níveis de umidade
eficiência melhorada, manutenção simplificada e podem aderir às paredes ou até congelar
menor quantidade de material fugitivo. durante operações no inverno (Figura 8.24).
A operação contínua pode comprimir o
Apesar das melhores intenções e práticas material incrustado ainda mais firmemente
dos projetistas de chutes de transferência, há na parede do chute, permitindo o acúmulo
ocasiões em que o material se acumula no de mais material e, possivelmente, levando ao
bloqueio total do chute. Durante o processo de
Figura 8.22 desenho do chute, é aconselhável considerar
Uma porta curva, rampa exigências futuras de dispositivos de auxílio de
ou colher pode colocar fluxo, como vibradores ou canhões de ar. (Ver
o fluxo de material na
Capítulo 9: Auxílios de Fluxo e Capítulo 22:
8 correia receptora na
velocidade e direção Chutes de Fluxo Projetados.)
apropriadas.
Acesso ao Chute
Um chute de transferência fechado deve
ter aberturas que permitam a inspeção visual
e portas para a entrada dos funcionários.
Deve haver também caminho livre para os
trabalhadores alcançarem essas aberturas. As
aberturas de inspeção, como portas de acesso
com dobradiças, devem ser posicionadas longe
do fluxo do material, porém, onde seja possível
Figura 8.23 para os funcionários observarem o movimento
O ângulo no qual do material e inspecionar desgastes (Figura
o chute desce da 8.25).
estrutura de carga para
a correia receptora deve Telas ou proteções devem ser posicionadas
ser plano o suficiente para proteger os trabalhadores enquanto
para que o material
toque a correia em um observam o fluxo do material em pontos de
ângulo rasante, evitando captura e componentes rolantes. As coberturas
seu quique excessivo. e portas devem ser resistentes à corrosão
e oferecer vedação contra pó. Barreiras de
segurança devem ser instaladas para impedir
que o material escape do chute e para impedir
Ângulo que o pessoal alcance a trajetória do material.
Rasante
No desenho de chutes de transferência,
frequentemente são esquecidos métodos de
acesso para a substituição de chapas de desgaste
dentro do chute ou para a manutenção dos
raspadores.
ESPECIFICAÇÕES TÍPICAS
A. Direção.
112
Chutes de Transferência Convencionais | Capítulo 8
113
Seção 2 | Carregando a Correia
recomendada entre as paredes das calhas-guia considerar que o desenho do chute mantenha
é baseado na quantidade de extremidade da o mínimo de 60o exigido. Se os ângulos fossem
correia necessária para uma vedação eficaz e alterados para 65 e 75o , o ângulo de vale seria
para acomodar desalinhamentos da correia. A 61o , o que seria íngreme o suficiente para
largura recomendada da calha-guia para uma manter o fluxo.
correia de 1.200 milímetros (48 polegadas) de
largura, com 30o de concavidade de roldanas, é Deve-se observar que o ângulo de vale nunca
894 milímetros (32,5 polegadas). (Ver Capítulo será maior que o menor dos outros dois ângulos
11: Calhas-Guia.) A diferença entre o método (parede traseira e parede lateral).
CEMA e o método de extremidade da correia
O desenho é um processo interativo de
é mais evidente em correias muito estreitas e
seleção dos ângulos das paredes, com base na
muito largas.
8 geometria e calculando o ângulo de vale. Se
o ângulo de vale não for apropriado, ângulos
Calculando Ângulos de Vale diferentes de paredes devem ser selecionados,
Um novo chute com um ângulo de e o ângulo de vale, calculado para os novos
vale mínimo de 60o foi necessário. Foram ângulos. Esse processo é repetido até que os
selecionados os ângulos de 75o para a parede ângulos das paredes se enquadrem na geometria
lateral e 60o para a parede traseira, porque eles disponível e o ângulo de vale esteja dentro da
estavam dentro da faixa recomendada (Figura faixa correta, com base no tipo de material.
8.26). A equação pode ser usada para conferir
o desenho (Equação 8.1).
O TRABALHO DO CHUTE
Nesse exemplo, o ângulo de vale é de
aproximadamente 57o. Então o projetista deve Finalizando…
Figura 8.26 Se desenhados corretamente, os chutes de
transferência são um método eficaz de transferir
O ângulo de vale fica
entre a parede lateral e o material, de maneira segura, de uma elevação
a traseira. para outra, com mínima quantidade de material
fugitivo e reduzidas exigências de manutenção.
Incorporar os itens discutidos neste capítulo aos
planos oferecerá tanto ao projetista quanto ao
Ângulo de usuário final as ferramentas apropriadas para
concavidade compreender como os chutes operam em um
nível prático e como desenhá-los ou modificá-
los para melhorar seu desempenho.
A Seguir…
Este capítulo sobre Chutes de Transferência
Convencionais, o terceiro capítulo da seção
Carregando a Correia, enfocou o chute de
transferência e métodos de gerenciamento do
placa traseira placa lateral
Equação 8.1
Cálculo dos ângulos de α = arc cot ( cot2 (β) + cot2 (γ) )
vale.
Dados: Um projetista escolheu um ângulo lateral de 75o e um ângulo traseiro de 60o
Encontre: O ângulo de vale do chute.
α Ângulo de Vale graus
β Ângulo da Parede Traseira à Horizontal 60°
γ Ângulo da Parede Lateral à Horizontal 75°
α = arc cot ( cot (60) + cot (75)) = 57.5
2 2
114
Chutes de Transferência Convencionais | Capítulo 8
REFÊRENCIAS
8.1 Conveyor Equipment Manufacturers
Association (CEMA). (2005). Belt Con-
veyors for Bulk Materials, Sixth Edition.
Naples, Florida.
115
Seção 2 | Carregando a Correia
Figura 9.1
Para superar problemas
com fluxo de materiais,
são instalados auxílios
de fluxo nos chutes de
transferência.
Capítulo 9
Auxílios DE Fluxo
Auxílios de Fluxo e Pontos de Transferência.. ............................................................................................... 117
Vibração Aplicada.. ............................................................................................................................................... 118
Canhões de Ar.. ..................................................................................................................................................... 122
Outros Métodos de Melhoria de Fluxo............................................................................................................ 123
Manutenção do Sistema.. ................................................................................................................................... 124
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 125
Aplicações de Auxílios de Fluxo.. ....................................................................................................................... 127
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 127
Auxílios de Fluxo Ajudam o Fluxo...................................................................................................................... 127
116
Auxílios de Fluxo | Capítulo 9
117
Seção 2 | Carregando a Correia
VIBRAÇÃO APLICADA
Os vibradores desempenham a mesma
função que uma batida no fundo de uma
embalagem de ketchup: eles reduzem a coesão
entre as partículas do material e a aderência
entre as partículas e a lateral para aumentar o
fluxo de materiais fora do fundo.
118
Auxílios de Fluxo | Capítulo 9
tamanho da partícula. Como regra geral, quanto porção de material e esfregá-lo contra uma
menor a partícula, melhor ela responde a bola. Se o material permanecer de imediato na
frequências mais altas de vibração. A relação bola depois de separadas as mãos, a vibração
entre a amplitude da vibração e o material linear provavelmente é a melhor solução.
a granel é baseada nas forças coesiva e
aderente. Conforme o tamanho da partícula O vibrador de pistão seria montado no lado
aumenta, a amplitude necessária para causar externo do canal ou do chute, no ponto de
o movimento do material a granel também acúmulo ou bloqueio interno. Muitas vezes,
aumenta. Partículas finas e de fluxo livre (baixa esses vibradores são anexados a um canal de
coesão) tendem a responder bem a amplitudes aço que é colocado na parede de chute (Figura
pequenas de vibração: partículas maiores de 9.7). Essa formação espalha a força sobre uma
fluxo livre respondem melhor a amplitudes área mais ampla da estrutura para maximizar
maiores. Partículas aderentes tendem a se a eficiência, enquanto poupa a estrutura da 9
acumular em massas sólidas que respondem exaustão. A maioria dos vibradores lineares
bem à vibração de alta amplitude e baixa é conduzida pelo ar da fábrica e pode ser
frequência. De modo geral, a direção da rotação controlada a distância, com um solenoide, ou
ou o impacto da massa do vibrador deve estar no local, com uma válvula de ativação manual.
na direção do fluxo desejado do material.
Figura 9.4
Vibradores Lineares Golpear a lixeira ou a
parede de chute com
Os vibradores lineares ativam o material
uma marreta causa
dentro de um chute ou de uma lixeira, usando dano à superfície lateral,
ondulações fortes do lado externo das laterais normalmente chamado
de aço da estrutura. De fato, a forma mais de “risco de marreta”.
antiga de vibração era a marreta. O ato de
golpear a lateral do chute ou da lixeira supera
a força aderente entre o material e a superfície
lateral. No entanto, essa batida na lixeira ou
na parede de chute muitas vezes causa dano
à superfície lateral (Figura 9.4). As marcas Figura 9.5
deixadas na lateral pela marreta, muitas
O vibrador de pistão
vezes chamadas de “riscos de marreta”, vão foi desenvolvido para
continuar e expandir os problemas que o golpe produzir esse efeito
da marreta supostamente solucionaria. Além de golpe sem girar a
disso, o manuseio do martelo revela o risco de marreta.
ferimentos à equipe da fábrica. O vibrador de
pistão foi desenvolvido para produzir esse efeito
sem girar a marreta (Figura 9.5).
119
Seção 2 | Carregando a Correia
O vibrador de uma aplicação particular (1 lbf /10 lbm) do peso do material dentro do
é selecionado de acordo com o peso e as chute. Essa regra geral considera que o material
características do material no chute ou da parte seja adaptável ao fluxo e possua uma densidade
inclinada de um funil ou uma lixeira (Tabela menor que 1.440 quilogramas por metro cúbico
9.1). A regra geral para aplicações típicas de (90 lbm/ft3).
vibradores é aplicar 1 newton por 1 quilograma
Tabela 9.1 Tamanhos Típicos de Vibrador por Peso de Material Dentro do Chute
Faixa de Comprimento
Peso Máximo Diâmetro do
Força Vibratória Espessura Sugerido
do Material a Pistão no
Necessária da Lateral da do Canal de
Granel no Chute Vibrador Linear
Lixeira Montagem
9 kg (lb m) N (lb f ) mm (in.) mm (in.) mm (in.)
1.315 ~1300 32 1,6 a 3,2 900
(2900) (~300) (1,25) (1/16 a 1/8) (36)
2.223 ~2.250 50 4,8 a 6,4 900
(4900) (~500) (2) (3/16 a 1/4) (36)
4.445 ~4.450 75 6,4 a 9,5 900
(9800) (~1.000) (3) (1/4 a 3/8) (36)
9.979 ~10.000 100 9,5 a 12,7 1800
(22000) (~2.200) (4) (3/8 a 1/2) (72)
120
Auxílios de Fluxo | Capítulo 9
Será necessária mais força para materiais com – aumentando ou diminuindo a quantidade em
alta densidade ou umidade ou baixa densidade. desequilíbrio –, para fornecer a quantidade de
Embora a relação apresentada seja aceitável força vibratória desejada.
para materiais entre 640-1.440 quilogramas por
metro cúbico (40-90 lbm/ft3), materiais com A vibração pode induzir pressão nas
densidade aparente maior ou menor requerem estruturas de metal, e as laterais podem precisar
relações diferentes (Tabela 9.2). ser reforçadas no(s) ponto(s) de aplicação.
Como os vibradores lineares, os vibradores de
O comprimento do canal de montagem e da rotação geralmente são instalados em um canal
espessura da parede de chute mais adequados ou placa de montagem que espalha a energia
para essas aplicações também dependem do vibratória (e o peso do aparelho) sobre uma
peso do material e de suas características; área superficial maior (Figura 9.10).
aplicações fora dos parâmetros determinados
Os vibradores de rotação projetados para
9
na tabela podem precisar de uma elaboração
especializada. chutes ou funis normalmente têm um tamanho
baseado em uma razão de 1:10 da força de
É necessário o cálculo da força linear para saída para a massa de material, dentro do chute
a aplicação de um vibrador em um chute
(Equação 9.1). Figura 9.7
Após a instalação, os vibradores supridos Um vibrador de pistão
deve ser instalado em
a ar devem ser sintonizados às necessidades um canal de aço que
da aplicação, ajustando a pressão do ar e/ou a está colocado no lado
taxa de fluxo para maximizar o efeito sobre o externo do chute, no
material a granel. ponto de acúmulo.
Vibradores de Rotação
Em contraste com os vibradores lineares,
outros vibradores geram uma força vibratória
através da rotação de um peso excêntrico. Esses
vibradores de rotação geram uma vibração
tão potente quanto uma máquina de lavagem
interna, quando a carga está desalinhada. Eles
fornecem uma energia mais adequada para Figura 9.8
mover materiais finos e secos (Figura 9.8). Os vibradores de
rotação geram uma
Os vibradores de rotação podem ser supridos vibração potente
através da rotação de
pneumática, hidráulica ou eletricamente: a uma massa ou peso
escolha de uma determinada aplicação muitas excêntrico em torno do
vezes é determinada pelo suprimento de energia eixo central.
mais disponível no ponto de instalação.
121
Seção 2 | Carregando a Correia
122
Auxílios de Fluxo | Capítulo 9
a 20 ft3) da parede de chute sem acúmulo de ou cascalhos não respondem bem a esse
material. Canhões de ar com volume de ar de sistema.
50 litros (1,75 ft3) apresentam bons resultados
em aplicações de chutes. Os canhões de ar Alinhadores de Chutes
podem ser instalados a diversas alturas em Materiais de alinhamento, como a cerâmica
torno do canal da instalação. ou o plástico projetado, podem fornecer
Os canhões de ar estão disponíveis com uma uma solução econômica para problemas de
variedade de tamanhos de reservatórios de ar fluxo em um chute. O Polietileno de Alta
e uma variedade de diâmetros de descarga, Densidade (HDPE), o polietileno de Ultra-
para fornecer a quantidade de força adequada. Alto Peso Molecular (UHMW) e a cerâmica
A sequência de disparo para uma instalação demonstraram a capacidade de organizar o
de canhões de ar deve ser ajustada para as fluxo de materiais. O material selecionado para
alinhamento deve ser capaz de lidar com os
9
circunstâncias específicas da instalação, inclusive
as condições do chute, do material e do clima. níveis de impacto e/ou abrasão de deslize vistos
Após a obtenção de resultados satisfatórios, na aplicação.
o(s) canhão(ões) podem ser colocados em um Os plásticos projetados normalmente são
temporizador ou outro controle automático, fixados às paredes de chute com parafusos
para que o ciclo de disparos mantenha o fluxo embutidos e cobertos. Um problema que
de materiais sem a atenção de uma equipe de deve ser tratado com alinhadores de plástico
operação. é a diferença nas suas taxas de expansão e
A descarga do canhão de ar em um chute contração, a partir das taxas da parede de metal.
pode gerar um aumento de pressão positiva O sistema de montagem deve acomodar essa
dentro do chute, podendo, assim, aumentar a diferença, permitindo que os alinhadores de
fuga do pó conduzido pelo chute ou pela zona plástico se movam. Se isso não for feito, o
de carregamento. Em muitos casos, os canhões alinhador será travado, impedindo o fluxo de
de ar são usados em materiais aderentes que materiais e desgastando rapidamente.
requerem mais força do que a fornecida pela Os alinhadores de cerâmica podem ser
vibração, mas que não gerará níveis altos de instalados em chutes de metais com cola, solda
pó. O ar gerado pelos canhões de ar deve
ser incluso no cálculo de ar generalizado. Figura 9.14
(Consultar Capítulo 7: Controle de Ar e
Os esguichos de
Equação 7.1: Cálculo Total do Fluxo de Ar.) descarga para um
sistema de canhões
de ar são encaixados
OUTROS MÉTODOS DE MELHORIA na parede de chute,
descarregando, assim,
DE FLUXO sob a camada de
material acumulado.
Sistemas de Aeração
Alguns materiais de partículas finas, como a
farinha e o amido de milho, perderão aeração
quando armazenados – eles ficarão compactos
e rígidos. Se eles forem armazenados por um
período muito longo, não serão carregados com
Figura 9.15
eficácia. Aplicar ar de baixa pressão/alto volume
nos produtos permitirá que o material seja Os esguichos de
aeração podem ser
carregado com eficácia novamente. Isso é feito colocados dentro do
usando um deslocador positivo que forneça ar chute para melhorar o
para os esguichos, controles ou difusores de fluxo.
aeração colocados dentro do canal (Figura
9.15). Alguns aparelhos de aeração dependem
apenas da corrente de ar; outros vibram com
o fluxo de ar. O ar dos controles quebrará a
aderência entre o material e a parede de chute
de material seco. Materiais aderentes, úmidos
123
Seção 2 | Carregando a Correia
ou uma combinação das duas técnicas. conectado ao sistema) impedirá que o material
se ligue ao alinhador de borracha.
A instalação adequada dos alinhadores do
chute é crucial para atingir os benefícios dos Os vibradores e os canhões de ar podem ser
coeficientes mais baixos de fricção. Se as folhas usados para auxiliar um chute leve, ativando
ou linhas não são instaladas adequadamente, as o alinhamento flexível. Um exemplo do uso
quedas onde eles se juntam podem aumentar de um vibrador para organizar o fluxo em um
o coeficiente eficaz de fricção sobre o do aço, chute leve é um chute de desvio vibratório, no
agravando as propriedades de fluxo do chute. qual uma folha de plástico se torna uma parede
É recomendado testar o alinhador e o material ou chão falso no chute (Figura 9.16). O
a granel para determinar o coeficiente atual de vibrador é anexado a essa folha para manter o
fricção e as taxas de desgaste previstas. material em movimento. (Consultar Capítulo
9 Modelos de Chute Leve
14: Limpeza da Correia, para mais informações
sobre chutes de desvio vibratórios.)
A maioria dos chutes é feita de metal rígido.
No entanto, há ocasiões em que o chute ou seus Outra técnica usa a descarga dos canhões de
alinhadores podem ser feitos de um material ar na parte traseira de um lençol de borracha
flexível. Materiais extremamente úmidos ou flexível instalado como um alinhador na
aderentes respondem bem a modelos de chute parede de chute (Figura 9.17). Quando os
leve. canhões descarregam, eles dão um “golpe” no
lençol para deslocar o material acumulado,
O modelo de chute leve usa uma estrutura como balançar a areia de uma toalha na praia.
espacial feita de ferro angular ou de Normalmente, o lençol é instalado apenas na
canal. O material flexível é anexado a essa parte mais plana, ou “sem fluxo”, do chute.
estrutura, como borracha ou o correame de O cano de descarga deve ser mirado para que
transporte. Muitas vezes, a vibração natural ele incline do canhão para a saída do canal,
do equipamento (originada da condução impedindo a entrada do material na abertura de
do transportador ou de outro equipamento descarga do canhão. Essa técnica funciona bem
com materiais aderentes ou úmidos.
Figura 9.16
Um chute de desvio
vibratório liga um MANUTENÇÃO DO SISTEMA
vibrador a uma folha Polia Frontal
suspensa de plástico Os aparelhos de auxílio de fluxo são
para manter o material relativamente sensíveis a uma operação e
em movimento. localização adequada. Uma das principais
vantagens do uso de auxílios de fluxo é que
a operação conseguirá um nível de controle
sobre o fluxo de material em um chute que não
seria possível de outra forma. Essa vantagem
também pode se tornar um problema, pois
é muito fácil ajustar um auxílio de fluxo fora
de suas configurações ideais de operação.
Muitas vezes, os funcionários se esquecerão de
registrar as configurações ao fazer a manutenção
ou tentarão ajustar o auxílio de fluxo em
Folha de Desvio
resposta às solicitações dos operadores. Isso
pode resultar em um desempenho fraco no
movimento do material, uma eficiência fraca
Lateral do Chute
de energia e uma vida útil mais curta do
auxílio de fluxo. Se montados ou ajustados
inadequadamente, os auxílios de fluxo podem
não produzir o efeito desejado e podem,
inclusive, agravar a situação. Um fornecedor
experiente normalmente pode otimizar a
instalação inicial e controlar as configurações
124
Auxílios de Fluxo | Capítulo 9
125
Seção 2 | Carregando a Correia
9
de um sistema de auxílio de fluxo. Essas
Figura 9.18 configurações devem ser registradas para futura
Os vibradores e referência.
montagens devem ser
fixados na parede de A falta de volume ou pressão de ar necessária
chute por solda fixa, na
qual os intervalos dos afetará o desempenho. Evitar sujeira e umidade
pontos de solda são nas linhas de suprimento de ar comprimido é
separados por espaços. crucial para os auxílios de fluxo supridos a ar.
Alguns auxílios de fluxo pneumáticos requerem
lubrificação; outros não. É importante seguir
as exigências do fabricante para tratamento e
qualidade do ar.
126
Auxílios de Fluxo | Capítulo 9
127
Seção 2 | Carregando a Correia
128
Auxílios de Fluxo | Capítulo 9
129
Seção 2 | Carregando a Correia
10 Figura 10.1
Para um ponto de
transferência eficaz, com
o mínimo de vazamento, a
linha de trajeto da correia
deve ser estabilizada
com o suporte de correia
adequado na zona
de carregamento do
transportador.
Capítulo 10
SUPORTE DA correia
Benefícios de Estabilidade.. ................................................................................................................................ 131
Suporte de Correia com Roldanas.. ................................................................................................................. 133
Cabines de Suporte de Correia.. ....................................................................................................................... 138
Instalação da Cabine........................................................................................................................................... 143
Métodos Alternativos de Suporte de Correia............................................................................................... 145
Manutenção do Sistema.. ................................................................................................................................... 146
Especificações Típicas......................................................................................................................................... 146
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 147
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 147
Pague Agora ou Pague (Mais) Depois............................................................................................................. 149
130
Suporte da Correia | Capítulo 10
Figura 10.3
BENEFÍCIOS DE ESTABILIDADE
A queda da correia é
Uma linha de correia regular, sem quedas, um desvio vertical da
na área de transferência, é essencial para uma correia a partir de uma
linha reta desenhada
vedação bem sucedida da zona de carga (Figura pela superfície de duas
10.2). Teoricamente, o correame deveria ser roldanas adjacentes.
mantido regular, como se ele estivesse operando
sobre uma mesa que impedisse movimento em
qualquer direção exceto, a direção que a carga
precisa percorrer. Assim ele eliminaria quedas e
seria fácil de vedar. Figura 10.4
Uma fenda na
Uma queda de correia, quando vista do lado cobertura da correia
do ponto de transferência, é o desvio vertical da ao longo do seu
correia a partir de uma linha reta traçada por comprimento total, na
área de transferência,
toda a superfície de duas roldanas adjacentes normalmente pode ser
(Figura 10.3). O formato de uma correia atribuída ao material
saliente é considerado uma curva catenária, capturado nos pontos
uma curva natural formada quando um cabo é de travamento.
suspenso por suas pontas.
131
Seção 2 | Carregando a Correia
A Associação de Fabricantes de
Figura 10.5 Equipamentos de Transporte (Conveyor
Para reduzir as quedas Equipment Manufacturers Association –
da correia, é necessário CEMA) fornece uma fonte valiosa para padrões
melhorar o sistema de de construção de transportadores e zonas de
suporte de correia do carregamento: “Conveyor Installation Standards
transportador.
for Belt Conveyors Handling Bulk Materials”
(Referência 10.1).
132
Suporte da Correia | Capítulo 10
pela melhoria do suporte de correia na zona de implicada, com um código de letra seguido pelo
carregamento. Eles incluem roldanas, cabines diâmetro da roldana em polegadas, resultando
de suporte de correia e cabines de impacto. em classes de B4 a F8 (Tabela 10.1). Outras
regiões podem possuir sistemas de classificação
diferentes.
SUPORTE DE CORREIA COM
Independentemente dos códigos e
ROLDANAS
classificações, a chave é garantir a consistência
O meio básico de suporte para uma correia de cada transportador – que todas as roldanas
transportadora são as roldanas. Uma roldana de um determinado transportador estejam de
consiste em um ou mais roletes – cada um acordo com os mesmos padrões e, teoricamente,
contendo um ou mais rolamentos para garantir sejam fornecidas pelo mesmo fabricante.
o rolamento livre. Os roletes são suportados,
ou suspensos, por uma estrutura instalada Há uma ampla variedade de categorias gerais
10
pelos reforçadores do transportador (Figura de roldanas, dependendo da sua aplicação
10.6). As roldanas são os componentes mais pretendida.
numerosos do transportador, em termos
do número usado em um transportador Roldanas de Carregamento
particular e o número de estilos e opções As roldanas de carregamento fornecem
disponíveis. Há vários tipos, mas todos eles
compartilham as mesmas responsabilidades:
moldar e dar suporte à correia e à carga, Figura 10.6
enquanto minimizam a potência necessária para Uma roldana consiste
em um ou mais roletes,
transportar os materiais.
cada um com um ou
mais rolamentos. Os
A Família de Roldanas roletes são suportados,
ou suspensos por uma
As roldanas são classificadas de acordo estrutura instalada
com o diâmetro do rolo, o tipo de serviço, as pelos reforçadores do
condições de operação, a carga da correia e transportador.
sua velocidade. Elas são classificadas de acordo
com sua capacidade de carregamento com base
na vida útil calculada do rolamento. A CEMA
usa um código de dois caracteres que expressa
a classificação das roldanas e a taxa de carga
133
Seção 2 | Carregando a Correia
134
Suporte da Correia | Capítulo 10
135
Seção 2 | Carregando a Correia
136
Suporte da Correia | Capítulo 10
25 mm 25 mm 25 mm 25 mm Figura 10.18
(1 in.) (1 in.) (1 in.) (1 in.)
As roldanas
normalmente podem
ser posicionadas de
forma que seus rolos
tenham uma distância
de 25 milímetros (1 in.)
entre si.
137
Seção 2 | Carregando a Correia
138
Suporte da Correia | Capítulo 10
139
Seção 2 | Carregando a Correia
140
Suporte da Correia | Capítulo 10
minimizar a fricção – com uma ou mais camadas impacto pode ser montada em uma estrutura de
secundárias tipo-esponja, para absorver a energia absorção de choque, como molas ou almofadas
do impacto (Figura 10.30). de ar. Embora isso efetivamente reduza a
danificação de toda a zona de carregamento
Alguns fabricantes alinham um grupo de e, portanto, absorva a força de impacto, isso
barras longas – geralmente 1,2 metros (4 ft) também apresenta uma desvantagem de
de comprimento – em uma cabine, com as permitir um desvio vertical da correia na área
barras operando paralelamente na direção do de transferência, dificultando a vedação da zona
trajeto da correia. Outros fabricantes usam de carregamento.
segmentos modulares mais curtos, que alinham
para formar uma plataforma perpendicular ao Padrão para Cabines de Impacto
trajeto da correia. Essas plataformas geralmente
são de 300 milímetros (12 in.) de largura. O O padrão CEMA STANDARD 575-2000
fornece um sistema de classificação de fácil
10
número de cabines e plataformas necessárias
é determinado pelo comprimento da zona uso para cabines de impacto em aplicações de
de impacto. O número de barras necessárias manuseio de materiais a granel. Esse sistema
em uma determinada cabine ou plataforma oferece a fabricantes e usuários um sistema
é determinado pela largura da correia comum de classificação para reduzir a chance
transportadora. de má aplicação.
Fl = W + 2 · k · W · hd Equação 10.1
Cálculo da força de
Dados: Um cascalho de material com um peso (força) de 475 newtons (100 lbf) tem uma queda de 4 metros impacto de um cascalho
(13 ft) sobre uma cabine de impacto, com uma constante geral da mola de 1.000.000 newtons por metro de material (CEMA
(70.000 lbf / ft). Encontrar: A força de impacto gerada pelo cascalho de material. STANDARD
575-2000).
Variáveis Unidades Métricas Unidades Imperiais
Fl Força de Impacto newtons libra-força
Constante da Mola
k do Sistema que está 1.000.000 N/m 70.000 lb f /ft
Absorvendo o Impacto
Peso (Força) do Maior
W Cascalho de Material
475 N 100 lb f
hd Altura da Queda 4m 13 ft
Força de Impacto
Fl 62119 N 13591 lb f
141
Seção 2 | Carregando a Correia
Cálculo de impacto do
maior cascalho.
Equação 10.2 Fs = k · Q · hd
Cálculo da Força de
Impacto de um Fluxo de Dados: Um fluxo de material tem uma queda de 4 metros (13 ft) sobre uma cabine de impacto a uma taxa
Material (CEMA de 2.100 toneladas por hora (2.300 st/h). Encontrar: A força de impacto gerada pelo fluxo de material.
STANDARD 575-2000).
Variáveis Unidades Métricas Unidades Imperiais
Fs Força de Impacto newtons libra-força
Q Fluxo de Material 2.100 t/h 2.300 st/h
hd Altura da Queda 4m 13 ft
142
Suporte da Correia | Capítulo 10
INSTALAÇÃO DA CABINE
143
Seção 2 | Carregando a Correia
144
Suporte da Correia | Capítulo 10
145
Seção 2 | Carregando a Correia
que expõe as bordas da correia a danos a partir necessário – algumas roldanas são fabricadas
da estrutura de transporte (Figura 10.43). com o selo “lubrificadas para longa
Consequentemente, a distância maior da duração”; nesse caso, não seria necessário
borda deve ser deixada fora da calha-guia para D. Inspeção de cabines de suporte de correia.
considerar a vedação.
E. Ajuste de cabines para compensação de
desgaste.
Transportadores Supridos a Ar
F. Realinhamento e/ou substituição de barras
Outro conceito de estabilização do trajeto com desgaste ou mau uso.
da correia é o transportador suprido a ar.
G. Remoção de acúmulos de material de
Esses transportadores substituem cabines e
roletes, estruturas, cabines e barras de
roldanas de carregamento com um plenum de
suporte, conforme necessário.
10 formato convexo abaixo da correia. A correia é
suportada por uma camada de ar que é liberada É importante consultar as instruções do
do plenum (Figura 10.44). (Consultar fabricante quanto à manutenção necessária para
Capítulo 23: Transportadores Sustentados por qualquer componente específico.
Ar.)
As roldanas não devem ter excesso de
lubrificação. Isso pode danificar a vedação dos
rolamentos, permitindo que materiais fugitivos
MANUTENÇÃO DO SISTEMA entrem no rolamento, aumentando a fricção à
Uma solução para proporcionar a medida que diminui a vida útil. O excesso de
estabilidade e o alinhamento próprios de um óleo e graxa pode vazar sobre a correia e ele
transportador é a manutenção dos sistemas de pode se fixar à cobertura, reduzindo sua vida
suporte de correia. A manutenção adequada útil. O excesso de graxa também pode escapar
desses componentes evitará que a correia em trilhos, passarelas ou pisos, deixando-os
desenvolva ações dinâmicas imprevistas que escorregadios e perigosos. Roldanas equipadas
destruiriam a capacidade do sistema de suporte com rolamentos com o selo “lubrificado para
de correia de controlar os materiais fugitivos. longa duração” não devem ser lubrificadas.
146
Suporte da Correia | Capítulo 10
147
Seção 2 | Carregando a Correia
148
Suporte da Correia | Capítulo 10
Equação 10.4
∆TS = (Wb · Lb · 0.1) + (Fss · 2 · Lb) Cálculo da tensão
aplicada à correia
Dados: Uma correia transportadora pesando 130 newtons por metro (9 lbf/t) é suportada sob a vedação
devido a suporte de
por 6 metros (20 ft). A vedação pressiona a correia com uma força de 45 newtons por metro (3 lbf/ft).
vedação.
Encontrar: A tensão aplicada à correia devido ao suporte de vedação.
Variáveis Unidades Métricas Unidades Imperiais
Tensão Aplicada à Correia devido ao Suporte
∆T S newtons libra-força
de Vedação
Peso (Força) da Correia por Comprimento da
Wb 130 N/m 9 lb f /ft
Correia
F ss Carga de Vedação em Faixas de Borracha 45 N/m 3 lb f /ft
Lb Suporte da Correia em Comprimento 6m 20 ft
Métrico: ∆Ts = (130 · 6 · 0,1) + (45 · 2 · 6) = 618
Imperial: ∆Ts = (9 · 20 · 0.1) + (3 · 2 · 20) = 138
Tensão Aplicada à Correia devido ao Suporte
∆T S 618 N 138 lb f
de Vedação
149
Seção 2 | Carregando a Correia
Equação 10.5 ( Q · Lb · k )
Cálculo da tensão ∆TIB = (Wb · Lb) + (Fss · 2 · Lb) +
aplicada à correia V
devido à cabine de
Dados: Uma correia transportadora pesando 130 newtons por metro (9 lbf/ft) é suportada por uma cabine
Impacto.
de impacto por 1,5 metros (5 ft). A vedação pressiona a correia com uma força de 45 newtons por metro
(3 lbf/ft). A correia carrega 275 toneladas por hora (300 st/h) e percorre a 1,25 metros por segundo (250 ft/
min). Encontrar: A tensão aplicada à correia devido à cabine de impacto.
Variáveis Unidades Métricas Unidades Imperiais
Tensão Aplicada à Correia devido à
∆T IB newtons libra-força
Cabine de Impacto
Peso (Força) da Correia por
Wb 130 N/m 9 lb f /ft
Comprimento da Correia
10 Lb Suporte da Correia em Comprimento 1,5 m 5 ft
Carga de Vedação em Faixas de
F ss 45 N/m 3 lb f /ft
Borracha
Q Fluxo do Material 275 t/h 300 st/h
V Velocidade da Correia 1,25 m/s 250 ft/min
k Fator de Conversão 2,725 33,33
( 275 · 1,5 · )
Métrico: ∆T IB = (130 · 1,5) + (45 · 2 · 1,5) 2,725 = 1230
+
1,25
( 300 · 5 · 33.33 )
Imperial: ∆T IB = (9 · 5) + (3 · 2 · 5) + = 275
250
Tensão Aplicada à Correia devido à
∆T IB 1230 N 275 lb f
Cabine de Impacto
150
Suporte da Correia | Capítulo 10
A Seguir…
Este capítulo sobre Suporte de Correia, o
quinto capítulo da seção Carregando a Correia,
discutiu a importância de sistemas adequados
de suporte de correia para manter uma linha
de correia estável para impedir material fugitivo
e pó. Os três capítulos seguintes continuam
essa seção e discutirão outras formas de evitar
vazamento, com foco na Calha-Guia, Placas de
Desgaste e Sistemas de Vedação de Bordas.
151
Seção 2 | Carregando a Correia
11 Figura 11.1
Calhas-guia são as
extensões horizontais
em cada lado do chute
de carga, utilizadas para
conter a carga na correia
até que assuma um perfil
estável sobre ela.
Capítulo 11
calhas-guia
Calha-Guia e sua Função.............................................................................. 153
Tamanho Adequado da Calha-Guia.................................................................. 154
A Calha-Guia como uma Zona de Acomodação.................................................. 158
Construção da Calha-Guia.. ........................................................................... 159
Questões de Segurança............................................................................... 162
Manutenção do Sistema.. ............................................................................. 162
Especificações Típicas................................................................................. 163
Tópicos Avançados...................................................................................... 163
Tirando uma Conclusão sobre Calha-Guia.. ....................................................... 168
152
Calhas-guia | Capítulo 11
Figura 11.2
Calhas-guia geralmente
saem do ponto de
transferência na direção
em que a correia corre
e são instaladas dos
dois lados da correia,
confinando e moldando
a carga até que esta
esteja pronta para a
etapa seguinte.
153
Seção 2 | Carregando a Correia
Figura 11.4
A área de fixação é
geralmente uma porção
alargada da área de
calha-guia coberta, no
ponto de transferência.
A. Medidas métricas.
DIMENSÕES ADEQUADAS Da
Se o fluxo de ar está abaixo de 0,5 metro
calha-guia
cúbico por segundo, o comprimento da
Comprimento da calha-guia calha-guia é de 0,6 metro para cada 0,5
metro por segundo de velocidade da correia.
O comprimento da calha-guia refere-se ao
Se o fluxo de ar for superior a 0,5 metro
comprimento adicional de parede de aço para
cúbico por segundo, o comprimento da
além da zona de impacto. A zona de impacto
calha-guia é de 0,9 metro para cada 0,5
é a área do chute de carga que se projeta para
metro por segundo de velocidade da correia.
baixo até a correia.
B. Medidas inglesas.
A calha-guia deve se estender na direção de Se o fluxo de ar for inferior a 1.000 pés
percurso da correia de transporte, além do cúbicos por minuto, o comprimento da
ponto onde a carga de material foi totalmente calha-guia é de 2 metros de calha-guia para
assentada no perfil que deve manter durante o cada 100 pés por minuto de velocidade da
restante do percurso sobre a correia. correia. Se o fluxo de ar for maior que 1000
Às vezes, a carga não chega a ficar pés cúbicos por minuto, o comprimento da
com¬pletamente estável, e, consequentemente, calha-guia é de 3 pés para cada 100 pés por
é necessário uma calha-guia por toda a extensão minuto de velocidade da correia (Equação
do transportador. Isso é mais comum com 11.2).
materiais muito finos, que se dispersam Para evitar derrames ou danos à correia, a
facilmente no ar, materiais que tendem a rolar calha-guia deve terminar acima de um rolete
ou transportadores com vários pontos de carga. livre e não entre roletes (Figura 11.6). Isso
por si só pode aumentar o comprimento total
Figura 11.5
da calha-guia.
Essa área de fixação
retarda o ar e permite
O que pode dar uma resposta mais
que o produto
transportado se reveladora sobre o comprimento da calha-guia
sedimente e um ar mais é a necessidade de enclausurar os sistemas
limpo escape. de supressão de pó e/ou sistemas de coleção
de pó, como discutido em outra parte deste
livro. (Veja o Capítulo 19: Supressão de Pó
e o Capítulo 20: Coleção de Pó.) As paredes
de um gabinete de controle de poeira podem
154
Calhas-guia | Capítulo 11
155
Seção 2 | Carregando a Correia
Métrica (mm)
40° 253 NR 40° 1.182 1.005 40° 2.194 2.018 40° 2.532 2.356
11 45° 241 NR 45° 1.127 964 45° 2.092 1.930 45° 2.414 2.252
0° 500 270 0° 1.600 1.370 0° 2.800 2.570 0° 3.200 2.970
20° 480 264 20° 1.536 1.320 20° 2.687 2.471 20° 3.071 2.855
30° 455 NR 30° 1.457 1.258 30° 2.550 2.351 30° 2.914 2.715
500 1600 2800 3200
35° 440 NR 35° 1.407 1.219 35° 2.462 2.274 35° 2.814 2.626
40° 422 NR 40° 1.350 1.174 40° 2.363 2.187 40° 2.701 2.525
45° 402 NR 45° 1.288 1.125 45° 2.253 2.091 45° 2.575 2.413
0° 650 420 0° 1.800 1.570 0° 18,0 9,0 0° 54,0 45,0
20° 624 408 20° 1.728 1.512 20° 17,3 8,8 20° 51,8 43,4
18 54
30° 592 393 30° 1.639 1.440 35° 15,8 NR 35° 47,5 40,1
650 1800
35° 572 383 35° 1.583 1.395 45° 14,5 NR 45° 43,5 37,1
Métrica (mm)
40° 549 372 40° 1.519 1.343 0° 24,0 15,0 0° 60,0 51,0
45° 523 360 45° 1.449 1.286 20° 23,0 14,6 20° 57,6 49,1
24 60
0° 800 570 0° 2.000 1.770 35° 21,1 NR 35° 52,8 45,4
20° 768 552 20° 1.920 1.703 45° 19,3 NR 45° 48,3 41,9
30° 729 529 30° 1.821 1.622 0° 30,0 21,0 0° 72,0 63,0
800 2000
35° 704 515 35° 1.759 1.570 20° 28,8 20,3 20° 69,1 60,6
30 72
40° 675 499 40° 1.688 1.512 35° 26,4 19,0 35° 63,3 55,9
45° 644 481 45° 1.609 1.447 45° 24,1 17,8 45° 57,9 51,6
0° 1.000 770 0° 2.200 1.970 0° 36,0 27,0 0° 84,0 75,0
20° 960 744 20° 2.112 1.895 20° 34,6 26,1 20° 80,6 72,2
Inglesa (mm)
36 84
30° 911 711 30° 2.004 1.804 35° 31,7 24,3 35° 73,9 66,5
1000 2200
35° 879 691 35° 1.935 1.746 45° 29,0 22,6 45° 67,6 61,2
40° 844 668 40° 1.857 1.681 0° 42,0 33,0 0° 96,0 87,0
45° 805 642 45° 1.770 1.608 20° 40,3 31,9 20° 92,1 83,7
42 96
0° 1.200 970 0° 2.400 2.170 35° 36,9 29,6 35° 84,4 77,1
20° 1.152 936 20° 2.304 2.087 45° 33,8 27,4 45° 77,3 70,9
30° 1.093 894 30° 2.186 1.986 0° 48,0 39,0 0° 108,0 99,0
1200 2400
35° 1.055 867 35° 2.111 1.922 20° 46,1 37,6 20° 103,7 95,2
48 108
40° 1.013 837 40° 2.026 1.849 35° 42,2 34,8 35° 95,0 87,6
45° 966 803 45° 1.931 1.769 45° 38,6 32,3 45° 86,9 80,5
Obs.: As dimensões foram determinados por cálculo, em vez de medições de campo. 0° 120,0 111,0
Medidas métricas são arredondadas ao milímetro mais próximo. Medidas inglesas
são arredondadas para um decimal. A espessura do aço no chute ou calha-guia não
20° 115,2 106,7
é considerada. Supõe-se um sistema de três roletes livres de formação de calha de 35° 105,5 98,2
comprimento equivalente. As distâncias métricas de borda de correia consideram 90 120
milímetros para a vedação lateral + 25 mm para margem de desalinhamento de correia. As
distâncias de borda em medidas inglesas consideram 3,5 polegadas para a vedação lateral 45° 96,6 90,2
+ 1 polegada para a margem de desalinhamento de correia. A granulometria do material a
granel não é considerada.
156
Calhas-guia | Capítulo 11
A distância da borda deve ser aumentada Para materiais que podem criar um
para um mínimo de 150 milímetros (6,0 problema de pó, é uma boa prática
polegadas), quando for usado um conjunto aumentar a altura da área com calha para
de cinco roletes livres catenários, na zona de servir como uma câmara, um espaço que irá
carga, para compensar o desalinhamento extra
reduzir a pressão positiva do ar. Essa área
da correia, que é uma característica de correias
servirá para “parar” o ar cheio de pó, de
usando roletes livres catenários.
modo que as partículas possam se assentar e
A largura da calha-guia deve ser verificada para voltar para a carga do transportador.
assegurar que a altura do leito do material que
sai da área de calha juntamente com o ângulo de Para o máximo controle de pó, as paredes
repouso do material não se combinem para criar do chute (calhas-guia) devem ser altas o
uma condição de derrames. suficiente para criar uma área transversal 11
na zona de carga que proporcione uma
Altura da Calha-guia velocidade máxima do ar acima do leito do
A largura e velocidade da correia, o tamanho produto de menos de 1 metro por segundo
dos fragmentos do material e a velocidade do (200 pés/min). (Equação 11.2). Esse
ar na descarga devem ser considerados quando maior volume, combinado com cortinas
da determinação da altura da calha-guia exigida múltiplas de poeira, cria uma câmara
para um determinado ponto de transferência. suficiente para acomodar as pressões
A calha-guia deve ser alta o suficiente para positivas da circulação do ar, sem que os
conter a carga de material quando a correia materiais a granel mais comuns escapem
estiver funcionando com capacidade normal e para fora do compartimento (Figura 11.8).
para passar fragmentos sem travar. À medida Em muitas circunstâncias, para atingir essa
que o tamanho dos aglomerados inclusos na velocidade limitada, a altura da calha-guia
carga subir, assim também deve-se aumentar a deve ser aumentada para 600 milímetros
altura da calha-guia; no mínimo, a altura deve (24 pol) ou mais. Materiais muito leves,
ser suficiente para conter os pedaços maiores. A com partículas extremamente pequenas
calha-guia deve ser alta o suficiente para conter
dois dos maiores pedaços empilhados um em
Figura 11.7
cima do outro.
A largura efetiva da
Na sexta edição do Belt Conveyors for correia (A) é a largura
Bulk Materials, a CEMA publicou tabelas da esteira quando
côncava. A distância
especificando a altura mínima para uma real de transporte de
calha-guia descoberta em transportadores carga (B) é, então,
reduzida pela exigência
com roletes livres de 20, 35 e 45o, de uma borda de
transportando cargas de vários tamanhos vedação no exterior da
de fragmentos. Em resumo, ela especifica calha-guia.
157
Seção 2 | Carregando a Correia
ou materiais com muito pó podem exigir razão específica para não cobri-la, a calha-guia
velocidades de saída tão baixas quanto 0,25 deve ser fechada com uma tampa, cobertura ou
metros por segundo (50 pés/min). telhado. A cobertura da calha-guia é necessária
para criar a câmara a fim de para permitir
A calha-guia deve ainda ser alta o bastante que o pó se assente e a circulação de ar seja
para conter o maior fragmento da carga, se diminuída. Uma grande câmara é útil no
for colocada na parte superior do perfil da controle das nuvens de pó expulsas pelas forças
carga de material. Se o cálculo não resultar da transferência do fluxo de material. (Veja
o Capítulo 7: Controle de Ar e Capítulo 18:
em uma altura suficiente, a altura calculada
Controle Passivo de Pó.)
deve ser substituída por uma altura de 2,5
vezes o maior fragmento. A incorporação de cortinas de pó
11 Obviamente, há um limite prático para
corretamente colocadas dentro do sistema de
calha-guia ajudará a diminuir o fluxo de ar e
a altura que uma calha-guia pode ter. Se significativamente diminuir a liberação de pó no
as exigências da área de fixação/altura da ar, a partir da saída do ponto de transferência.
calha-guia se tornarem excessivas, deverá (Veja o Capítulo 18: Controle Passivo de Pó
ser instalado um sistema de coleção de pó para maiores informações sobre as cortinas de
que possa dar conta do movimento total do pó.)
ar do ponto de transferência e um sistema Além disso, colocar um “telhado” sobre a
ativo de controle de pó (por exemplo, um calha-guia irá conter ocasionais fragmentos de
sistema de supressão de pó ou sistema de material que, por alguma circunstância aleatória,
coleção de pó filtro de manga). passe pelo chute de carga para a correia com
força suficiente para “saltar” completamente
As paredes do chute precisam ser altas o para fora da correia.
bastante e situadas de modo que os coletores de
escape de pó não puxem partículas finas para A CEMA recomenda que essas coberturas
fora da pilha. Os coletores podem puxar tanto das calhas-guia devam ser inclinadas para
material que rapidamente ficam obstruídos. baixo do chute de carga até a calha-guia,
Se as paredes da calha-guia não forem altas evitando que o material que ainda não está
o bastante, será desperdiçada energia para se movendo na velocidade da esteira cause
remover o pó que teria em breve se assentado congestionamento de material. Em Belt
por si próprio, e o sistema de coleção de pó Conveyors for Bulk Materials, Sixth Edition, a
será maior e mais caro que o necessário. (Veja a CEMA fornece tabelas para alturas mínimas de
discussão sobre áreas de fixação no Capítulo 18: calhas-guia descobertas e larguras mínimas da
Controle Passivo de Pó.) correia baseadas no tamanho dos fragmentos.
A prática geralmente aceita é a de manter a
largura e altura da calha-guia em pelo menos
A calha-guia COMO UMA zona 2,5 vezes o maior tamanho de fragmento. Ao
de acomodação manter as calhas-guia altas, duas coisas são
realizadas: evitar congestionamentos de material
Recomenda-se cobrir a calha-guia com um
e o fornecimento de um grande espaço para
sistema de tela de aço ou lona para o controle
dissipar a velocidade do ar e deixar o pó se
do pó (Figura 11.9). A menos que haja uma
assentar.
158
Calhas-guia | Capítulo 11
A cobertura deve ser projetada de modo que Quanto mais perto a correia e o aço estão
suporte o peso de um trabalhador ou deve ser colocados, mais fácil é manter uma vedação
protegida e marcada com avisos de “Proibido entre eles. É fundamental dar um alívio na
Pisar”, para evitar que alguém caia através da direção do movimento da correia. Um vão
cobertura. entre o aço deve formar uma abertura em
forma de cunha, que permita que o material
Aberturas na calha-guia ou tampas devem transportado passe ao longo do contorno
ser disponibilizadas para o serviço de inspeção; de aço e a borracha de vedação, ao invés de
essas aberturas devem estar equipadas com ficar encravado em uma abertura pela força
portas para impedir a fuga de material e
minimizar a saída de ar.
incessante do movimento da correia. A calha- 11
guia deve abrir gradualmente, tanto horizontal
como verticalmente, do ponto de carga na
direção do movimento da correia para permitir
CONSTRUÇÃO Da calha-guia que o material aprisionado seja liberado
(Figura 11.10).
Espaço Livre Acima da Correia
Mesmo sob as condições mais ideais, calhas- Recomenda-se que as extremidades inferiores
guia de aço podem ser perigosas para a correia. das placas da calha-guia sejam posicionadas 6
Flutuações na linha do percurso da correia milímetros (1/4 ou 0,25 pol) acima do correia,
podem permitir que ela se mova contra o aço, na entrada da correia para a zona de carga.
onde pode ser arrancada ou cortada. Além Essa dimensão deve ser aumentada de maneira
disso, material pode formar uma cunha sob a uniforme, no sentido do percurso da correia de
calha-guia e raspar a superfície da correia. 9-12 milímetros (3/8 ou 0,38 a 0,5 polegada),
quando a correia sai da calha-guia (Figura 11.11).
É fundamental elevar a(s) borda(s) inferior(es) Esse afastamento próximo não pode ser alcançado
da calha-guia longe o suficiente, acima do a menos que o percurso da correia seja estabilizado
transportador, para que nunca entre(m) em dentro de uma tolerância de mais ou menos 1,5
contato com a cobertura da correia. Quanto milímetros (1/16 ou 0,063 pol) na extremidade da
mais aumenta a distância acima da correia, entrada (polia traseira) do chute.
maior é a dificuldade em fornecer uma vedação
eficaz. A calha-guia às vezes é instalada com É fundamental que a linha central do
uma distância de vários centímetros acima da conjunto da calha-guia esteja alinhada
correia para facilitar a sua substituição. Quando com a linha central da correia, para evitar
o aço é colocado a essa distância da superfície desalinhamento desta. Se as duas não estiverem
da correia, é praticamente impossível fornecer alinhadas, as forças desiguais do centro de
uma vedação eficiente na parte externa das gravidade da carga e o atrito contra a calha-
calhas-guia quando há pressão lateral. guia irá causar um desalinhamento crônico
da correia e um desgaste acelerado nos forros
Uma vedação ineficaz se perpetua. Há de desgaste e vedação da calha-guia. Com o
vazamentos de material para fora, acúmulo aço posicionado próximo à linha de correia, é
sobre rolos livres, levando a problemas de crítico para a segurança desta que se evite que
desalinhamento, e outros que resultam em uma
linha de correia instável. A correia se flexiona
para cima e para baixo e oscila de um lado Figura 11.10
para outro. Engenheiros da fábrica e equipes Para reduzir o risco de
de manutenção, conscientes da necessidade de que material aprisionado
arranque o correia, a
impedir que a correia entre em contato com calha-guia deve se
o conjunto de chutes, aumentam o espaço abrir (ou autoaliviar)
livre da correia ao calha-guia. Isso aumenta horizontalmente e
verticalmente, na
drasticamente a dificuldade de selar o ponto
direção do movimento
de transferência, resultando em um aumento da correia. (A ilustração
no derramamento. Esse aumento no derrame está exagerada para
resulta em um contínuo ciclo vicioso de mostrar o efeito.)
159
Seção 2 | Carregando a Correia
Figura 11.11
As extremidades
inferiores das
calhas-guia devem
ser posicionadas 6
milímetros (1/4 ou 0,25
polegada) acima da
correia, na entrada
desta, para a zona de
carga. Essa dimensão Saída
deve ser aumentada Entrada
de maneira uniforme,
no sentido do percurso
da correia de 9 para
11 12 milímetros (3/8 ou
0,38-0,5 polegada)
quando a correia sai da
calha-guia.
suba até para fora dos roletes livres durante cuidado, com todas as emendas bem alinhadas.
a ativação do transportador. Esta é uma
razão para que a elevação da polia traseira, Uma lacuna entre a calha-guia e a superfície
vulgarmente conhecida como regime de da correia deve ser vedada com um sistema de
meia-calha, não seja uma boa idéia, pois essa elastômero flexível e substituível aplicado na
prática incentiva a correia a subir. O emprego parte externa da calha-guia. (Veja o Capítulo
do uso do regime de meia-calha é geralmente 13: Sistemas de Vedação Lateral).
feito com o intuito de encurtar a distância de
transição. (Veja o Capítulo 6: Antes da Zona Construção da calha-guia
de Carga, para obter informações adicionais
A força e a estabilidade da calha-guia são
sobre as transições de meia-calha.) É importante
muito importantes para o seu sucesso. Muitas
que as especificações e a tensão do correame
vezes a calha-guia do transportador é apoiada
sejam calculadas corretamente para minimizar o
em suportes cantilever que não são rígidos o
risco de a correia se elevar para fora dos roletes
suficiente para resistir ao impacto do material
livres. Tensores podem ser instalados para
ou à vibração do equipamento. Isso é um risco
manter a correia sobre os roletes livres.
de uma falha estrutural que põe em perigo a
Bordas de fundo áspero ou aço deformado correia e o ponto de transferência em si.
podem criar condições difíceis, capturando
A espessura da calha-guia deve ser suficiente
material para aumentar o arrasto na tração
para suportar as pressões laterais que podem
do transportador e/ou abrasão da superfície
ocorrer quando o chute fica obstruído ou a
da correia. Blocos de cerâmica ou placas de
correia rola para trás. Como está localizado
desgaste devem ser cuidadosamente instalados
próximo à correia, qualquer movimento da
para evitar irregularidades ou aspereza nas
calha-guia deve ser evitado para minimizar os
bordas que possam aprisionar material ou
riscos de danos.
danificar a correia (Figura 11.12). A regra é
manter uma superfície de fluxo estável na borda Exceto em aplicações muito leves, a espessura
inferior da calha-guia e eliminar todos os pontos mínima do aço carbono utilizado na construção
de aprisionamento. Os forros de aço da calha- da calha-guia deve ser de 6 milímetros (0,25
guia e do chute devem ser instalados com muito polegadas). Em correias que se movem
acima de 3,7 metros por segundo (750 pés/
Figura 11.12 min) ou com 1.300 milímetros (54 pol) ou
A calha-guia deve ser mais de largura, a espessura mínima deve ser
instalada de modo que de 10 milímetros (3/8pol). Para aplicações
mantenha um fluxo
constante em sua borda
com correias com movimento superior a
inferior para eliminar 5 metros por segundo (1.000 pés/min) ou
todos os pontos de 1.800 milímetros (72 polegadas) de largura, a
aprisionamento de espessura mínima deve ser de 12 milímetros
material.
(0,5 polegada).
160
Calhas-guia | Capítulo 11
Tamanhos recomendados para ângulos de ferro para suportes de calha-guia Tabela 11.2
Especificações do transportador Tamanho do ângulo de ferro de
estrutura em “A”
161
Seção 2 | Carregando a Correia
de carga, uma certa quantidade de aração e pontos de carga e um ângulo mais profundo
derramamento do material é provavelmente de concavidade do que seria normalmente
inevitável. Esse material fugitivo contribui para utilizado em vez usar calhas-guia individuais em
maiores custos de funcionamento e limpeza, cada ponto de carga (Figura 11.14).
bem como falhas prematuras de equipamento.
Portanto, é uma boa prática incorporar calhas- Outra abordagem excelente para situações
guia contínuos. com múltiplas zonas de carga seria a instalação
de um transportador suportado a ar.
Quando os pontos de carregamento são Transportadores suportados a ar são adequados
relativamente próximos, geralmente é melhor para as zonas de carga múltipla, uma vez que
colocar uma calha-guia contínuo entre os dois requerem apenas uma carga centralizada, ao
invés de vedações convencionais de calha-
11 Figura 11.14 guia (Figura 11.15). (Veja o Capítulo 23:
Quando um Transportadores Suportados a Ar).
transportador tem
vários pontos de carga
relativamente próximos,
isso pode ser melhor MANUTENÇÃO DO SISTEMA
para colocar uma calha-
guia contínuo, entre os Como a calha-guia é basicamente uma parede
pontos de carga. de aço sem peças móveis, há pouca manutenção
preventiva a ser realizada. Se a calha-guia
também funciona como um forro de desgaste,
o desgaste pode ser um problema. A calha-guia
pode estar sujeita à corrosão e exige substituição
Figura 11.15 periódica. Se o transportador está sujeito a
Transportadores travamentos frequentes, a calha-guia pode ficar
suportados a ar são deformadas, aumentando a possibilidade de
adequados para as dano à correia. As coberturas da calha-guia
zonas de carga múltipla,
uma vez que requerem
devem ser fixadas no lugar, e as portas de acesso,
apenas carregamento fechadas depois de inspeções e manutenção.
central, ao invés de Verificações periódicas devem ser realizadas para
calha-guia convencional garantir que as calhas-guia são estruturalmente
ou calhas para selagem.
capazes de conter o material a granel e
corretamente posicionados acima da correia.
162
Calhas-guia | Capítulo 11
163
Seção 2 | Carregando a Correia
Figura 11.16
Exemplo de problema COMPRIMENTO
nº 1. CALCULADO
ZONA DE
CARGA
DISTÂNCIA DE
TRANSIÇÃO
11
Tabela 11.3 Exemplo de problema de calha-guia nº 1
(Figura 11.16) Dados: Material Carvão sub-betuminoso Determinar: Comprimento
mínimo da calha-guia
Largura da correia 1 m (36 pol)
(Equação 11.1.1)
Velocidade da correia 3 m/s (600 pés/min) Altura mínima da
calha-guia (Equação
Largura da calha-guia 0,6 m (2 pés)
11.2.1)
Fluxo de ar medido 0,56 m 3/s (1.200 pés 3/
min)
Equação 11.1.1 V · CF
l sb =
Exemplo de problema k
de comprimento da
calha-guia nº 1. Dados: Velocidade da correia de 3 metros por segundo (600 pés/min) e um fluxo de ar de 0,56 metros
cúbicos por segundo (1.200 pés3/min). Determinar: Comprimento mínimo da calha-guia.
Variáveis Unidades Métricas Unidades Inglesas
V Velocidade da correia 3 m/s 600 pés/min
3 · 0,9 600 · 3
Métricas: Isb = = 5,4 Imperial: Isb = = 18
0,5 100
Comprimento mínimo da calha-guia
lsb 5,4 m 18 pés
(da zona de carga ao final do chute)
0,56 1200
Métricas: hsb = = 0,93 Imperial: hsb = = 3.0
0,6 · 1 2 · 200
164
Calhas-guia | Capítulo 11
I-BEAM A 0,45
DISTÂNCIA DE METROS (18 POL)
TRANSIÇÃO DA CORREIA
V · CF Equação 11.1.2
l sb =
k Exemplo de problema
de comprimento da
Dados: Velocidade da correia de 3,5 metros por segundo (700 pés/min) e um fluxo de ar de 0,84 metros calha-guia nº 2.
cúbicos por segundo (1.800 pés3/min). Encontrar: Comprimento mínimo da calha-guia.
Variáveis Unidades Métricas Unidades Inglesas
V Velocidade da correia 3,5 m/s 700 pés/min
0,84 1800
Métricas: hsb = = 0,84 Imperial: hsb = =3
1,0 · 1 3 · 200
Obs.: Esta calha-guia de altura estendida deve Obs.: Em algumas aplicações reais, os resultados
começar imediatamente a jusante do “I-beam” calculados podem ser impraticáveis, portanto, deve-se
acima da correia. empregar um discernimento de engenharia.
165
Seção 2 | Carregando a Correia
I-BEAM A 0,45
DISTÂNCIA DE METROS (18 POL)
TRANSIÇÃO DA CORREIA
Equação 11.1.3 V · CF
l sb =
Exemplo de problema k
de comprimento da
calha-guia nº 3. Dados: Velocidade da correia de 3,5 metros por segundo (700 pés/min) e um fluxo de ar de 0,28 metros
cúbicos por segundo (600 ft3/min). Determinar: Comprimento mínimo da calha-guia.
Variáveis Unidades Métricas Unidades Inglesas
V Velocidade da correia 3,5 m/s 700 pés/min
0,28 600
Métricas: hsb = = 0,28 Imperial: hsb = =1
1,0 · 1 3 · 200
hsb Altura mínima da calha-guia 0,28 m 1 pés
Obs.: A calha-guia pode caber abaixo do “I-beam” Obs.: Em algumas aplicações reais, os resultados
acima da correia. calculados podem ser impraticáveis, portanto, deve-se
empregar um discernimento de engenharia.
166
Calhas-guia | Capítulo 11
Figura 11.19
COMPRIMENTO
ZONA DE CALCULADO
Exemplo de problema
CARGA nº 4.
DISTÂNCIA DE
TRANSIÇÃO
V · CF Equação 11.1.4
l sb =
k Exemplo de problema
de comprimento da
Dados: Velocidade da correia de 0,5 metros por segundo (100 pés/min) e um fluxo de ar de 0,047 metros calha-guia nº 4.
cúbicos por segundo (100 pés3/min). Determinar: Comprimento mínimo da calha-guia.
Variáveis Unidades Métricas Unidades Inglesas
V Velocidade da correia 0,5 m/s 100 pés/min
0,047 100
Metric: hsb = = 0,03 Imperial: hsb = = 0.1
1,5 · 1 5 · 200
hsb Altura mínima da calha-guia 0,03 m 0.1 pés
Obs.: A altura deve ser de pelo menos 0,3 metro Obs.: Em algumas aplicações reais, os resultados
(1 pé), porque essa é a altura do material na calculados podem ser impraticáveis, portanto, deve-se
correia. empregar um discernimento de engenharia.
167
Seção 2 | Carregando a Correia
168
Calhas-guia | Capítulo 11
11
169
Seção 2 | Carregando a Correia
12
Figura 12.1
A chapa de desgaste é
instalada no interior do
ponto de transferência
como uma superfície de
sacrifício.
Capítulo 12
ChapaS DE DESGASTE
Papel das Chapas de Desgaste.. .................................................................... 171
Tipos de Chapa de Desgaste......................................................................... 171
Aplicandas Chapas de Desgaste.................................................................... 175
Questões de Segurança............................................................................... 176
Especificações Típicas................................................................................. 178
Selecionando uma Chapa de Desgaste para uma Aplicação Específica................... 178
170
Chapas de Desgaste | Capítulo 12
171
Seção 2 | Carregando a Correia
172
Chapas de Desgaste | Capítulo 12
a área de saída do ponto de transferência. As lisa e reta. Uma instalação malfeita pode criar
partículas que conseguirem sair para desafiar bolsões onde os materiais a granel podem ficar
o selo de borracha são relativamente livres de aprisionados e desgastar a correia.
forças aplicadas; são isoladas as forças para
baixo e para fora da carga de material. Materiais da Placa de Desgaste
A desvantagem das chapas de desgaste Chapas de desgaste retas e defletoras
defletoras é que reduzem a área transversal normalmente são fornecidas como folhas
efetiva da área da calha-guia. Isso, por de material, com 1.200 milímetros (48
sua vez, reduz o volume de material que polegadas) de comprimento, 200 milímetros (8
pode passar pelo ponto de transferência e, polegadas) de altura e 12 milímetros (1/2 ou 0,5
consequentemente, pode necessitar de ajustes polegada) de espessura. Chapas fundidas são
nas dimensões do chute ou na programação normalmente comercializadas em peças com
300 a 400 milímetros (12 a 16 polegadas) de
12
operacional de um sistema para manter a
capacidade especificada. Essa consideração largura, 200 a 500 milímetros (8 a 20 polegadas)
é particularmente importante em correias de altura e 25 a 75 milímetros (1 a 3 polegadas)
menores, inferiores a 750 milímetros (30 de espessura. As chapas podem ser fornecidas
polegadas) de largura ou correias acionadas com furos pré-perfurados para simplificar a
próximo à sua capacidade total. Ao reduzir instalação em campo.
a seção transversal da zona de carga, a chapa Há uma série de materiais adequados para
defletora pode também reduzir o tamanho uso como chapas de desgaste (Tabela 12.1).
máximo admissível dos fragmentos, levando a
congestionamentos de material.
Chapa de Desgaste de Aço Doce
Além disso, a chapa de desgaste defletora A chapa de desgaste de aço doce é
não deve ser usada em zonas de carga onde comumente utilizada em materiais com abrasão
houver impacto. Em tais aplicações, a chapa muito baixa ou em correias com cargas leves ou
enfrenta maior desgaste, e há oportunidade de horário de funcionamento reduzido. Materiais
fragmentos de material rebaterem na correia e como serragem, aparas de madeira e lixo seriam
ficarem aprisionados na parte aberta inferior bons exemplos de material adequado para usar
das chapas defletoras, criando risco de abrasão em placas de aço doce. Além disso, projetos
da correia. A chapa defletora também concentra com baixos custos iniciais, mas que exigem
o desgaste abrasivo de impacto do material bons resultados de curto prazo também são
sobre a área “dobrada” e a “borda” das chapas. candidatos para uma chapa de desgaste de aço
Se o desgaste for concentrado em um ponto, doce.
isso pode criar uma abertura onde fragmentos
de material podem se acumular, aumentando as Se o ambiente for úmido ou corrosivo, a
chances de abrasão da correia (Figura 12.7). maior taxa de corrosão do aço doce pode criar
um atrito adicional ao corpo do material na
Chapa de Desgaste Cônico zona de carga.
A chapa de desgaste cônica geralmente A chapa de desgaste de aço doce pode vir em
é fundida em aço molibdênio para uso em qualquer padrão de linha reta ou defletora.
aplicações pesadas. A seção transversal da
carcaça é trapezoidal para reduzir a lacuna no
cruzamento da correia, chapa e vedação do
contorno, enquanto apresenta uma espessura
suficiente de desgaste onde o material impacta Figura 12.7
ou desliza pela área do contorno. Para manter A chapa defletora
também concentra o
o peso razoável de peças individuais para
desgaste abrasivo de
manipulação, as chapas de desgaste cônicas são impacto do material
geralmente feitas com 300 a 400 milímetros sobre a área “dobrada”
(12 a 16 polegadas) de largura. Como chapas e a “borda” das chapas.
de desgaste fundidos são pesadas e oferecidas
em comprimentos curtos, é difícil instalá-las de
forma que a borda inferior fique em uma linha
173
Seção 2 | Carregando a Correia
174
Chapas de Desgaste | Capítulo 12
175
Seção 2 | Carregando a Correia
chapa de desgaste devem ser instalados com um Na área de entrada, o espaço entre a correia
ângulo de alívio da abertura da área de entrada e a borda inferior das chapas de desgaste
para a área de saída do ponto de transferência. está geralmente na faixa de 3 a 10 milímetros
A distância acima da correia vai variar com (1/8 a 3/8 de polegada), com a dimensão
o tamanho do produto. Tal como acontece mais próxima especificada para materiais
com o aço da calha-guia, deseja-se que a chapa com partículas menores. Na extremidade
crie uma maior abertura para a saída da zona da saída, a distância será tipicamente entre
de cargam a fim de evitar aprisionamento de 10 e 20 milímetros (3/8 a 3/4 de polegada).
material. Novamente, a menor distância é de materiais
de revestimento, enquanto a maior dimensão
Como afirmado anteriormente, as placas é para materiais que contenham fragmentos
de desgaste de UHMW e poliuretano são maiores. Um suporte adequado da correia
12 normalmente instalados de modo que a borda para frouxidão e vibração é essencial para
inferior toque, ou esteja colocada sobre a a preservação da correia em face desse
correia. espaçamento estreito.
176
Chapas de Desgaste | Capítulo 12
Para evitar esse estresse, é importante usar Filete de solda Figura 12.11
a técnica de soldagem adequada. A “melhor Soldagem de retrocesso
prática” aceita é chamada de passo inverso ou é a “melhor prática”
“soldagem de retrocesso”. Ela pede pontos de para a instalação de
chapas de desgaste
soldagem no topo da placa (Figura 12.11). para evitar torção.
Em cada solda, o filete é atraído de volta para a
177
Seção 2 | Carregando a Correia
guia para facilitar o içamento e colocação de existente ou tornar encomendas futuras mais
folhas de chapa de desgaste. simples, mesmo em uma aplicação onde o
material especificado é inferior ao ideal.
REFERÊNCIAS
12.1 Conveyor Equipment Manufacturers
Association (CEMA). (2005). Belt Con-
SELECIONANDO Uma chapa DE
veyors for Bulk Materials, Sixth Edition.
DESGASTE PARA UMA APLICAÇÃO
Naples, Florida.
ESPECÍFICA
12.2 O site http://www.conveyor- beltguide.com
Para Concluir…
é um recurso valioso e não-comercial que
A escolha do “melhor” material de chapa aborda muitos aspectos do correame.
para uma determinada aplicação é geralmente
específica para ela, orientada pelo material 12.3 Qualquer fabricante e a maioria dos
transportado e o sistema. distribuidores de produtos de transporte
podem fornecer uma variedade de ma-
Às vezes, a escolha do material é direcionada teriais sobre a construção e utilização de
pela administração da organização, quando um seus produtos específicos.
engenheiro corporativo tem alguma experiência
positiva ou negativa com uma chapa especial
e assim determina (ou proíbe) o uso de um
material específico. Outras vezes, a escolha será
feita para manter todos os materiais uniformes
dentro de uma fábrica, para usar o material
178
Chapas de Desgaste | Capítulo 12
12
179
Seção 2 | Carregando a Correia
13
Figura 13.1
Uma vedação eficaz
nas bordas da correia
nas zonas de carga
e assentamento é um
requisito fundamental para
o controle de materiais
fugitivos em qualquer ponto
de transferência.
Capítulo 13
Sistemas DE Vedação
LATERAL
Papel do Sistema de Vedação.. ...................................................................... 181
Vedação Vertical, Interna ou Externa.............................................................. 182
Considerações para uma Vedação de Sucesso.. ................................................ 187
Questões de Segurança............................................................................... 188
Instalação e Manutenção............................................................................. 189
Especificações Típicas................................................................................. 189
Tópicos Avançados...................................................................................... 190
A Etapa Final do Controle de Derrame............................................................ 192
180
Sistemas de Vedação Lateral | Capítulo 13
Neste Capítulo…
PAPEL DO SISTEMA DE VEDAÇÃO
Neste capítulo, nós concluímos a discussão
sobre a vedação da zona de carga de um ponto O que os Sistemas de Vedação
de transferência com foco em sistemas de Podem e Não Podem Fazer
vedação de borda. Três principais tipos de Antigamente, um sistema típico de vedação
sistemas de impermeabilização estão descritos, de borda era uma faixa vertical de elastômero
com as vantagens e desvantagens de cada um, presa à parte externa da calha (chute) ou ao
juntamente com vários sistemas de engenharia. aço de vedação lateral (calha-guia). Uma faixa
Orientações para a seleção, instalação, utilização de borracha de vedação preenchia a lacuna do
e manutenção de sistemas de vedação de borda aço à correia, que era normalmente de 25 a 50
também são discutidas. O capítulo termina com milímetros (1 a 2 polegadas) ou mais.
as equações para calcular o consumo de energia
adicional requerida. Esperava-se que essa faixa de vedação de 13
elastômero desempenhasse uma função quase
Um requisito fundamental em qualquer milagrosa. Com a correia não devidamente
ponto de transferência projetado para reduzir suportada e/ou nenhum forro de desgaste
o derramamento e obter alta eficiência é um ou um forro totalmente desgastado, o selo
sistema eficaz de vedação nas extremidades de borda de elastômero era necessário para
da correia (Figura 13.1). A vedação deve conter o peso total da carga de material
começar na área de carga e continuar até o final durante a tentativa de ajustar para um caminho
da área de fixação. Um sistema de vedação de ondulante de correia. Pedir que faixas de
borda, geralmente uma faixa de elastômero vedação flexível sozinhas fizessem mais do que
flexível, é instalado no lado de fora da calha- conter o material leve ou pó sobre a correia
guia (vedação lateral), em ambos os lados é querer algo inatingível. A carga de material
da correia, para preencher a lacuna entre as rapidamente criaria abrasão na faixa de vedação
estruturas de aço e a correia em movimento. ou a empurraria para longe da vedação lateral
(calha-guia) e permitiria a retomada do derrame
Em vez de ser a primeira etapa na prevenção
(Figura 13.3).
de derrames de transporte, o selo da calha-
guia é a última chance para controlar material Em uma tentativa de impedir a fuga de
fugitivo e evitar a sua liberação. Uma linha partículas, o pessoal da fábrica ajustaria
da correia estabilizada, com um suporte de continuamente as faixas de vedação até
correia instalado corretamente, e um controle a correia, aumentando, assim, a pressão
da quantidade de fuga de material, com um de vedação e levando a vários resultados
sistema de forro de desgaste instalado perto da indesejáveis. O aumento da pressão de
correia, melhoram o desempenho do sistema selagem eleva as necessidades de energia do
de vedação da borda da correia. Um sistema
flexível, de múltiplas camadas, incorporando
Figura 13.2
um nível de autoajuste, proporciona uma
Uma vedação eficaz da
contenção de material eficaz para um ponto de borda da correia requer
transferência e melhora o funcionamento da suporte de correia,
correia transportadora. forros de desgaste,
calha-guia, e selo de
Um sistema de vedação de borda funcional borda.
requer o uso de suporte de correia, calha-
guias, forros de desgaste e um selo de borda
(Figura 13.2). Sistemas de suporte de correia
são discutidos no Capítulo 10, calha-guias no
Capítulo 11 e chapas de desgaste no Capítulo
12. Este capítulo concentra-se principalmente
na vedação lateral (calha-guia) ou de borda,
como elemento final importante na vedação
da zona de carga de um ponto de transferência
para a prevenção da fuga de partículas finas de
material fugitivo.
181
Seção 2 | Carregando a Correia
182
Sistemas de Vedação Lateral | Capítulo 13
correia ou mantidos em posição pela força da selecionado sempre deve ser menos resistente
gravidade. Enquanto eles eram baratos, esses à abrasão que a tampa superior da correia que
sistemas não foram muito bem-sucedidos. está vedando.
Tornaram-se impregnados com o material que
abrasou a correia e não tinham um método Um cuidado específico deve ser tomado
fácil de ajustar para o desgaste. Finalmente, contra o uso de qualquer correame usado
os resultados decepcionantes dessas técnicas anteriormente ou sobras como selo de
caseiras levou ao desejo de projetar e ter contorno. Correames usados normalmente
sistemas mais eficazes. estão cheios de materiais abrasivos, como areia,
cinzas ou partículas finas, ao longo de seus
Agora, o “estado da arte” em engenharia anos de serviço. Qualquer correame, novo
para os componentes do ponto de transferência ou usado, cabos de aço ou tecido de reforço
progrediu de faixas de vedação que mal serão abrasivos sobre a correia em movimento, 13
continham fragmentos de material para os atuais
sistemas que impedem a fuga de partículas finas Figura 13.6
e até de pó. Uma série de projetos de sistemas A distância de correia
de vedação está disponível comercialmente. Em livre, ou seja, a
geral, esses sistemas são constituídos por uma quantidade de correia
longa faixa de elastômero, fixada contra a borda de fora da vedação
lateral (calha-guia) em
inferior da vedação lateral (calha-guia) por um ambos os lados da
conjunto de grampos. correia, proporciona o
Distância de espaço disponível para
correia
Para uma vedação efetiva, é fundamental que o sistema de vedação.
haja uma distância adequada de correia livre. A
distância de correia livre, ou seja, a quantidade
de correia de fora da vedação lateral (calha-guia)
em ambos os lados do transportador, fornece
o espaço disponível para o sistema de vedação
Figura 13.7
(Figura 13.6). Demasiadas vezes, com o
interesse de colocar a maior carga sobre a Os sistemas de
vedação vertical
correia mais estreita, a distância de correia livre normalmente usam uma
é reduzida. Isso invariavelmente vem à custa da faixa de borracha ou de
eficácia do sistema de vedação. (Para maiores elastômero que pode
informações sobre a distância de correia livre e ter uma forma especial
própria. Um sistema
a largura eficaz da correia, consulte o Capítulo de grampos é usado
11: Calha-guias.) para fixar a borracha de
vedação lateral (calha-
Há um número de diferentes abordagens guia) no lugar.
para a vedação da calha-guia. Uma maneira
simples de classificar esses sistemas é descrever
onde cada um deles entra em contato com a
correia: alguns descem diretamente para baixo
da calha-guia, alguns se estendem de volta para
dentro da calha-guia, e algumas fazem a vedação
do lado de fora da calha-guia.
Figura 13.8
Vedação Vertical Faixas de borracha ou,
pior, correias usadas
Os sistemas de vedação vertical normalmente são vistas às vezes.
utilizam apenas uma única faixa de vedação Independentemente
de borracha (Figura 13.7). Muitas vezes, um do material usado, o
sistema de vedação
fornecedor oferece um sistema de abraçadeiras,
deve ser sempre menos
e outro fornece a faixa de borracha. Às vezes, resistente à abrasão que
uma faixa de elastômero especialmente a cobertura superior da
moldada é instalada, outras vezes, faixas correia.
de borracha ou, pior, correias usadas são
aplicadas (Figura 13.8). O sistema de vedação
183
Seção 2 | Carregando a Correia
desgastando a capa de protecção superior e apenas um martelo; porém, cada bloco deve ser
levando à falha prematura e à substituição ajustado individualmente, e um ajuste excessivo
onerosa. é um problema comum. Quando ajustados
excessivamente, esses blocos podem facilmente
Outro tipo de sistema de vedação vertical travar uma correia.
utiliza um conjunto de blocos de vedação
interligados, instalados fora da vedação As principais vantagens dos selos de vedação
lateral (calha-guia), em uma placa especial de lateral (calha-guia) perpendiculares retos, ou
montagem. Os blocos interligados podem ser verticais, são:
movidos para baixo (em direção à correia), mas
resistem ao movimento ascendente (Figura A. Baixo custo.
13.9). Esses blocos podem ser facilmente B. Requisitos de faixa estreita de distância da
13 ajustados para baixo até a correia, usando borda (distância da correia livre).
C. Pode ser autoajustável.
Figura 13.9
As principais desvantagens dos selos de calha-
Uma classe de sistemas guia perpendiculares são:
de vedação é facilmente
ajustável, porque é A. Bem difíceis de ajustar com precisão.
feita em segmentos.
Uma série de blocos B. Facilmente ajustados excessivamente,
de vedação modular causando desgaste prematuro.
está instalada fora
da vedação lateral C. Propensos a aprisionar material, causando
(calha-guia), em uma
placa de montagem
danos à correia.
especial, que os blocos D. Suscetível à fuga de pó e partículas finas.
interligados sejam
movidos para baixo (em
direção à correia), mas
Um terceiro tipo de sistema vertical de
resistam ao movimento vedação de borda, projetado para superar
ascendente. muitas das desvantagens associadas às vedações
perpendiculares, é o sistema flutuante de
vedação. Esse sistema utiliza faixas de vedação
Figura 13.10 montadas sobre a vedação lateral (calha-guia)
Um sistema de vedação
em aço sobre braços articulados livremente,
de borda que poderia giratórios independentes (Figura 13.10). As
ser classificado como articulações permitem que a faixa de vedação
perpendicular é o flutue sobre a correia, reagindo às mudanças na
sistema flutuante de
vedação. Ele utiliza
linha da correia, permanecendo em contato de
faixas de vedação vedação com a correia (Figura 13.11). Essa
montadas na calha- concepção permite que o sistema de vedação
guia de aço em braços faça um auto-ajuste, usando seu próprio peso
articulados giratórios
independentes. para compensar o desgaste. A função de
auto-ajuste permite que esse tipo de sistema
de vedação supere os obstáculos devidos a
inconsistências na linha da correia por causa
do suporte inadequado da correia ou surtos na
Figura 13.11 carga de material.
Esse sistema permite
que o sistema de fecho
se autoajuste, usando Vedação Interna
seu próprio peso para Alguns sistemas de impermeabilização são
compensar o desgaste
ou variações no
fixados na parte externa da calha (chute), com a
percurso. faixa de elastômero enrolada por baixo do aço.
Com esses tipos de sistemas, o selo é formado
no interior da vedação lateral (calha-guia).
Como o selo se volta para dentro, o forro de
desgaste deve ser espaçado o suficiente acima
184
Sistemas de Vedação Lateral | Capítulo 13
da correia para permitir algum movimento A. Vida do selo mais curta devido a estar no
vertical livre do selo (Figura 13.12). Esses caminho do fluxo de material.
sistemas voltados para dentro tiveram algum B. Propensão ao aprisionamento de material
sucesso em transportadores com material leve, sob a faixa de vedação, levando ao desgaste
macio e fino, não abrasivo, como negro de prematuro da correia.
carbono. Sistemas de vedação voltados para
dentro também são úteis como uma solução C. Área reduzida de transporte de carga na
temporária, em correias com distância limitada correia devido ao efeito “arco-íris “ (Figura
de selagem da borda, onde a falta de espaço de 13.14).
correia fora da vedação lateral (calha-guia) de
aço limita o espaço disponível para a aplicação
de um sistema de vedação. Esses sistemas são Figura 13.12
às vezes úteis em áreas de alta pressão interna Alguns sistemas de 13
da calha (chute), como, por exemplo, sob o vedação são fixados na
despejo de um vagão ferroviário, onde, quando parte externa da calha
(chute) com a faixa
devidamente aplicado, o material carregado de vedação enrolada
no selo tenderia a ajudar no esforço de por baixo do aço, para
vedação. Observe que o selo pode se desgastar formar um selo no
rapidamente, e o material preso sob o selo interior da parede do
chute. Como o selo está
tenderia a desgastar prematuramente a camada dentro, o revestimento
superior da correia. de desgaste deve ser
espaçado o suficiente
A vedação interna é aplicada às vezes acima da correia
devido a uma correia com um grave problema para permitir algum
movimento vertical livre
de desalinhamento, porque o correia seria do selo.
menos propensa a sair por baixo desse tipo de
sistema. Nessa situação, seria melhor resolver
os problemas de desalinhamento em vez de
aplicar um selo para superar o problema. (Veja
Figura 13.13
o Capítulo 16: Alinhamento das Correias.)
O benefício de proteção
A proteção benéfica da instalação de um da instalação do forro
de desgaste é um
revestimento de desgaste pode ser neutralizada pouco neutralizado
quando o sistema de vedação se volta por baixo quando o sistema
da calha-guia, colocando a fita de vedação no de vedação passa
interior do forro de desgaste (Figura 13.13). por baixo da parede
do chute para
A faixa de vedação é esfolada pela carga do colocar a faixa de
material, e o material pode ficar mais facilmente vedação no interior
aprisionado contra a correia. do compartimento de
aço. Dentro do forro
As principais vantagens dos sistemas de de desgaste, a faixa
de vedação pode ser
selagem de calha-guia voltados para dentro são: facilmente danificada
pelas forças da carga
A. Autoajuste. de material.
B. Lidam com materiais leves, macios e finos,
não-abrasivos.
Figura 13.14
C. Exigem distância da borda limitada
Selos de calha-guia
(distância de correia livre). voltados para dentro
D. Lidam com alta pressão interna da calha reduzem a área útil
da correia por ocupar
(chute). espaço em que a
E. Lidam com correias com severo carga poderia ser
desalinhamento. transportada. Devido
a um efeito “arco-
íris” nas bordas da
As principais desvantagens dos selos de calha- área de transporte, a
guia voltados para dentro são: capacidade é reduzida
ao longo da correia.
185
Seção 2 | Carregando a Correia
186
Sistemas de Vedação Lateral | Capítulo 13
187
Seção 2 | Carregando a Correia
188
Sistemas de Vedação Lateral | Capítulo 13
sob a calha-guia. Sempre que determinar a complicados, três consequências negativas são
causa de um sulco na correia, é importante prováveis:
inspecionar os transportadores e chutes,
localizados acima do transportador afetado, A. Nenhum ajuste.
quanto a vazamentos e derrames. O ajuste não ocorre, então, as faixas de
vedação do contorno se desgastam, os vãos
se abrem e o vazamento recomeça.
INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO
B. Ajustes eventuais.
Orientações de Instalação Os ajustes são feitos muito raramente, então,
Um sistema de vedação deve formar o derrame ocorre de forma intermitente.
uma faixa contínua ao longo dos lados da
vedação lateral (calha-guia) de aço. Como
C. Ajuste excessivo. 13
são mais simples, são usadas juntas de topo O técnico de manutenção ou operador
para emendar seções da faixa de vedação, de correia, para compensar por não fazer
mas o material eventualmente penetra entre ajustes regulares, faz um ajuste excessivo do
as superfícies adjacentes e vaza. Uma junta selo. Aplicar força demais para baixo sobre
entrelaçada ou sobreposta é melhor para evitar a correia causa o risco de danificar a correia
esse derramamento. Uma solução melhor é ou de esta se prender em uma emenda e
usar faixas de vedação disponíveis como uma arranca toda a seção da faixa de vedação.
faixa contínua, sem necessidade de uma costura
ou emenda. Para evitar esses problemas, os
procedimentos de manutenção da vedação da
Em todos os sistemas de vedação de borda, calha-guia devem ser tão livres de complicações,
é uma boa ideia arredondar a ponta do selo na ferramentas e tempo de inatividade quanto
parte traseira do transportador, onde o correia possível.
entra na parte de trás da zona de carga (Figura
13.20). Fornecer uma borda arredondada para Os sistemas de vedação que repousam
a correia em movimento reduz a chance de um suavemente sobre a correia, usando pouco
fecho mecânico da correia se prender à faixa mais do que a pressão de seu próprio
de vedação e rasgá-la ou puxá-la para fora do peso ou a tensão incorporada no projeto,
chute. podem minimizar a necessidade de ajuste de
manutenção.
Manutenção do Sistema de Alguns sistemas de vedação de múltiplas
Vedação camadas fornecem uma função de autoajuste,
Ao especificar um sistema de vedação pois a memória dos elastômeros mantém a
de contorno, é prudente considerar seu pressão de selagem. À medida que as seções
mecanismo quanto ao ajuste e à substituição da faixa secundária se desgastam, a resistência
da borracha de desgaste. À medida que a
correia segue seu percurso, o calor gerado pelo Figura 13.20
atrito da correia contra o selo de contorno se Como em todos os
combina à natureza abrasiva das partículas finas sistemas de vedação
de material para corroer a faixa de vedação. de borda, é uma
Para contrabalançar esse desgaste, a faixa de boa ideia arredondar
a borda frontal na
vedação deve ser ajustada periodicamente para extremidade traseira do
baixo contra a correia. transportador, onde o
correia entra na parte
Aplicar pressão demasiada para baixo sobre de trás da zona de
o sistema de vedação conduz a requisitos carga.
adicionais de energia para mover a correia, o
que também leva a desgaste extra em ambos,
correia e selo.
189
Seção 2 | Carregando a Correia
natural da faixa de elastômero a mantém sobre deve ser um projeto de baixa manutenção
a correia, guardando a eficácia do selo. proporcionando uma vedação eficiente,
sem aplicação de pressão para baixo sobre a
correia.
ESPECIFICAÇÕES TÍPICAS
B. Forros de desgaste.
A. Projeto de baixa manutenção.
Recomenda-se que as chapas de desgaste
Um sistema de vedação de contorno apropriadas sejam instaladas no interior do
(calha-guia) deve ser instalado no ponto de chute e calha-guia para proteger o sistema de
transferência do transportador para eliminar vedação contra as forças laterais de carga de
o derrame de material e proporcionar material.
uma vedação positiva de pó nas laterais
13 da zona de carga. Esse sistema de vedação C. Função de autoajuste.
Para reduzir a periodicidade da manutenção,
o sistema de vedação deve ser concebido
Figura 13.21
para se autoajustar, com o sistema se
A distância de contato
flexionando, para manter a eficácia da
da vedação é a largura
da borda da correia em vedação em resposta ao desgaste ou
contato com a vedação mudanças na linha de percurso da correia.
da borda.
D. Faixa única com comprimento estendido.
A faixa de vedação deve ser fornecida
em uma única faixa com comprimento
estendido (em cada lado da correia), para
proporcionar selo contínuo sem costura.
E. Severidade da aplicação.
Ao selecionar um sistema de vedação de
calha-guia, é importante que corresponda
à gravidade da aplicação. Fatores como
Distância de
contato da velocidade da correia, carga de material e
vedação
distância de correia livre devem ser revistos
Distância de contato da
vedação (Figura 13.21)
≥ 38 mm (1,5 pol) ≤ 51 mm (2 pol) ≈ 75 mm (3 pol)
Forro de desgaste
Sim Sim Sim
obrigatório
Distância do forro de
desgaste acima da ≥ 25 mm (1 pol) ≤ 25 mm (1 pol) ≤ 25 mm (1 pol)
correia
190
Sistemas de Vedação Lateral | Capítulo 13
para garantir que a aplicação receba um calha-guia com vedações de borda de borracha
sistema adequado (Tabela 13.1). genéricas instaladas ao longo de ambos os lados
de um ponto de transferência (Equação 13.1).
Força entre a correia e a faixa de vedação com vários sistemas de Tabela 13.2
vedação
FSS
191
Seção 2 | Carregando a Correia
192
Sistemas de Vedação Lateral | Capítulo 13
Olhando Adiante…
Este capítulo sobre Sistemas de Vedação de
Borda conclui a seção Carregando a Correia e
a discussão sobre a zona de carga de um ponto
de transferência para evitar a fuga de partículas
finas e material fugitivo. O capítulo seguinte
inicia a seção relacionada ao retorno da correia,
com uma discussão sobre a limpeza da correia.
Os dois capítulos seguintes continuam aquela
seção com informações sobre raspadores de
proteção de polias e alinhamento da correia.
13
REFERÊNCIAS
13.1 Swinderman, R. Todd, Martin Engineer-
ing. (October–December 1995). “Belt
Cleaners, Skirting and Belt Top Cover
Wear,” Bulk Solids Handling. Clausthal-
Zellerfeld, Germany: Trans Tech Publi-
cations.
193
Chapter Title | Chapter #
SEÇÃO 3
195
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Figura 14.1
Os sistemas projetados
de limpeza de correia,
instalados e tratados
adequadamente, removem
o material morto e
devolvem-no ao fluxo
14 principal de materiais.
Capítulo 14
LIMPEZA DA CORREIA
Material Morto da Correia Transportadora.. ................................................................................................ 197
Limpeza da Correia e Transportador.............................................................................................................. 201
Desenho do Sistema de Limpeza...................................................................................................................... 204
Selecionando um Sistema de Limpeza de Correia.. ..................................................................................... 208
Abordagem de Sistemas para Limpeza de Correias.. ................................................................................. 210
Pressão Lâmina-Correia..................................................................................................................................... 221
Instalação do Raspador...................................................................................................................................... 223
Manutenção do Sistema.. ................................................................................................................................... 228
Avaliando o Desempenho do Raspador.......................................................................................................... 230
Especificações Típicas......................................................................................................................................... 232
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 233
Benefícios do Controle de Material Morto.................................................................................................... 240
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 241
196
Limpeza da Correia | Capítulo 14
197
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
198
Limpeza da Correia | Capítulo 14
morto em uma determinada correia. Esses a quantidade média de material morto presente
sistemas foram usados para avaliar o sucesso na correia e a variância prevista como desvio
do equipamento de limpeza, para auxiliar no padrão (Figura 14.8).
projeto de novos equipamentos e para controlar
as contrações de desempenho do raspador. Uma amostra aparentemente modesta de um
grama (0,035 oz) de material morto extraído
Há diversas formas de se determinar a de uma seção do correame indica que haveria
quantidade de material morto. Pode ser uma quantidade substancial de material morto
coletada uma pequena amostragem de uma restante nessa correia, material que poderia ser
seção da correia, usando uma espátula para liberado pela correia e depois acumulado sob
raspar o material morto da correia travada. Ao esse único transportador (Figura 14.9).
raspar a área medida, coletar o material em
uma vasilha ou lona plástica e depois pesar
o material, pode ser calculado um valor de Figura 14.6
material morto por área de unidade. Uma O pioneiro em limpeza
desvantagem desse método é que, no processo de correia, Dick
de interrupção da correia, a quantidade e a Stahura, desenvolveu
característica do material morto será alterada. um recipiente de coleta
de material morto fixado
às lâminas raspadoras.
Um método desenvolvido pelo pioneiro
em limpeza de correia Dick Stahura usou um
recipiente de coleta de material morto fixado
14
às laminas raspadoras (Figura 14.6). Esse
recipiente foi projetado para ser fixado no
lado contrário da correia em movimento para
remover os resíduos e coletá-los no recipiente.
Devido a questões de segurança, esse método
foi automatizado, resultando em uma barra Figura 14.7
de material morto como a desenvolvida pela A Barra de Material
Associação de Pesquisa da Universidade de Morto do ICT usa
um amostrador em
Newcastle Ltda., Austrália (normalmente movimento que percorre
conhecida como Grupo TUNRA) para o a correia a uma
grupo International Conveyor Technology frequência constante
(ICT). A Barra de Material Morto do ICT por um período de
tempo predeterminado.
tem a capacidade de amostrar a largura
inteira da correia, usando um amostrador
em movimento que percorre a correia a uma
frequência constante por um período de tempo
predeterminado (Figura 14.7).
199
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Esse um grama de material coletado do Uma medida mais “científica” seria amostrar
transportador seria a mesma quantidade de a correia logo após o ponto de descarga e
material encontrada em sachês de adoçante depois amostrar a correia novamente pouco
distribuídos nas mesas de vários restaurantes. antes de ela entrar na zona de carregamento
No entanto, com a largura, o comprimento e a no transportador. Além de mostrar como o
velocidade da correia vistos nos transportadores material se fixa à correia após a descarga, isso
modernos, essa pequena quantidade de material geraria uma medida de quanto material morto
morto torna-se toneladas de material deixado é desprendido da correia durante o ciclo de
na correia por ano. Isso cairá da correia à retorno. Esse material é não apenas perdido no
medida que o transportador volte, prejudicando processo, mas também se acumula nas polias e
equipamentos e criando uma confusão que leva roldanas de retorno e gera problemas futuros
tempo, esforço e dinheiro para consertar. de manutenção.
O grama de material usado no exemplo
representa uma pequena quantidade de material Analisando o Material
morto e indicaria para alguns que essa correia já Testar o material a granel é útil para
está limpa. Mais comumente, a medida atual de determinar como ele se comporta na correia.
material nas correias transportadoras mostra o Esse comportamento depende de uma série
material morto em uma faixa de 7 a 250 gramas de parâmetros: densidade aparente, fricção
por metro quadrados (0,2 a 7,3 oz/1,2 yd2). da interface, coesão da interface, aderência da
14 Esse material se transforma em pó no ar e/ou se
acumula em pilhas sob o transportador ou em
interface e a própria condição da correia. Os
testes mostraram que, para a maioria (se não
montes sobre e em torno dos componentes de todos eles) dos materiais, a coesão (acúmulo
rolagem. no próprio material) e a aderência (acúmulo
na correia) aumentam conforme o aumento
Figura 14.9 da umidade. Esse comportamento ocorre em
Mesmo uma pequena um ponto crucial, conforme mostrado em
quantidade de material uma curva de sino, até ser aplicada umidade
morto deixada na
correia pode acumular
suficiente para começar a fluidizar o material e
pilhas consideráveis a reduzir a coesão (Figura 14.10). A variação
sob o transportador. exata na aderência e na coesão com o teor de
umidade variará de material para material e de
local para local.
200
Limpeza da Correia | Capítulo 14
Controlando o Desempenho do
Raspador
A capacidade de medir o material morto
considera o desenvolvimento de uma
especificação de desempenho de limpeza para
um determinado equipamento de tratamento
201
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
202
Limpeza da Correia | Capítulo 14
O ato de revirar a correia coloca o lado sujo rapidamente, causando atrito da correia com pó
dela em contato com os roletes da inversão. e com roldanas danificadas ou sem rotação que
Como isso ocorre em um ponto onde o levantam quando a correia não está limpa. Na
alinhamento das roldanas e a limpeza são verdade, um sistema de limpeza bem projetado
cruciais, o material fugitivo é particularmente tem efeitos muito menos negativos sobre a vida
problemático aqui. Para minimizar o material útil da cobertura da correia do que a carga de
morto liberado quando a correia é revirada, material sobre a correia. A escolha da cobertura
deve ser instalado um sistema de limpeza eficaz deve ser priorizada pelas considerações do
na descarga do transportador. Muitas vezes é carregamento de material de carga, em vez de
mais rentável instalar um sistema avançado de preocupações sobre a limpeza da correia.
limpeza, como uma caixa de lavagem, do que
instalar um sistema de inversão. Algumas vezes, uma correia transportadora
em “boas condições” sofrerá um dano do
Sistema de Correias e Raspadores trilho longitudinal que proporciona métodos
convencionais de limpeza menos eficazes. Esse
A condição da correia terá uma influência dano longitudinal pode aumentar por diversas
drástica sobre o desempenho do sistema de fontes, inclusive um pedaço de material ou uma
limpeza. É difícil limpar uma correia que tenha tira de ferro fixada na correia. Para melhorar
sido danificada, quebrada, partida ou riscada a eficiência de limpeza, o trilho poderia ser
devido à exposição a elementos prejudiciais, revestido pela aplicação de uma emenda
dano químico ou desalinhamento da correia.
A limpeza pode se tornar difícil com marcas
de poliuretano para preenchê-lo. Pode ser 14
necessária a reaplicação desse composto da
na superfície da correia, como as vistas em emenda diversas vezes durante a vida útil da
correames de cloreto de polivinila (PVC). Nos correia. A limpeza localizada com uma lâmina
dois casos, o único método eficaz para remoção de ar, uma escova de limpeza ou um aparelho
de resíduos é a lavagem da correia. alternativo também pode ser uma solução para
Alguns fabricantes de correame continuam as manter a correia utilizável por mais tempo.
demarcações desaconselháveis de números de
identificação e logos da empresa na superfície O Impacto da Limpeza na Vida Útil
das correias (Figura 14.13). É fácil reconhecer da Correia
o valor de marketing dessa prática. No entanto, A questão de redução do tempo útil da
também é tão fácil reconhecer as dificuldades correia com o uso de um sistema projetado
que esses emblemas na superfície das correias de limpeza requer um pouco de atenção.
podem gerar na limpeza eficaz e na vedação Os mecanismos de desgaste dependem
dos sistemas de transporte. A melhor prática consideravelmente da quantidade de calor
é colocar a logomarca das correias no lado gerado na lâmina e na cobertura. Observações
inferior à superfície. de campo indicam, particularmente para
materiais de lâmina elastomérica, que a maior
As correias de cabo de aço muitas vezes taxa de desgaste para a lâmina e a correia ocorre
mostram em sua superfície a marca dos cabos quando não há material na correia.
ocultos dentro da borracha. Isso dá o efeito
de listras leves e intensas. Para remover essas
“listras”, a pressão de limpeza é aumentada
além do necessário, desgastando a cobertura da
correia e acelerando as lâminas de limpeza. Figura 14.13
Alguns fabricantes de
Todos os métodos de limpeza e todos os correias demarcam o
materiais laminados desgastarão a cobertura da logo da empresa na
cobertura da correia,
superfície da correia em alguma intensidade. gerando problemas na
Ao menos um fabricante de correias incorpora limpeza e na vedação
um fator para esse desgaste no desenho da dos sistemas de
cobertura. Geralmente é aceito que é melhor transporte.
203
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
204
Limpeza da Correia | Capítulo 14
para minimizar a chance de aderência de desgaste; ela deve ser periodicamente reajustada
material. Isso é realizado evitando superfícies e eventualmente substituída para manter o
planas e orifícios que possam reter material e desempenho da limpeza.
usando materiais não finos para a construção
de raspadores. No ambiente apropriado, Cobertura da Correia
espalhar água na superfície da correia – ou Geralmente, as lâminas de um raspador não
nos raspadores – ajuda a amolecer o material cobrem a largura inteira da correia, pois esta
e a minimizar o acúmulo deste. (Consultar normalmente não é usada para transportar
Capítulo 24: Sistemas de Lavagem de Correia.) materiais. A CEMA especifica a cobertura
mínima da lâmina com base na largura da
Com Risco Mínimo à Correia correia (Tabela 14.1).
Uma consideração essencial na seleção de
um aparelho de limpeza é minimizar qualquer Vários fabricantes de raspadores possuem sua
risco que o raspador possa oferecer à correia própria cobertura de lâmina típica ou padrão.
ou à emenda, exatamente esses sistemas Muitos fabricantes consideram mais de uma
instalado para proteger. Os sistemas de limpeza cobertura mínima, mas raramente a largura da
devem ser projetados para que a lâmina seja lâmina precisa ser igual ou maior que a largura
capaz de mover-se pela correia quando uma de correia.
emenda, seção danificada da correia ou outra
Para uma limpeza melhor, deve ser observada
obstrução ultrapassar o raspador com a correia.
Os sistemas de tensionamento do raspador,
ou calculada a largura de transporte do material 14
sobre a correia e comparada pela largura do
particularmente no raspador primário, onde
raspador.
o ângulo de ataque é mais acentuado, devem
incluir um mecanismo para fornecer proteção Em alguns casos, fornecer uma largura de
contra o choque do impacto da emenda. lâmina maior que a carga do material sobre
a correia pode levar a padrões de desgaste
Um raspador primário agressivo com muita
indesejáveis. A seção central da lâmina será
pressão de limpeza terá uma tendência a
danificada mais rápido que a porção da lâmina
danificar mais rápido a superfície da correia.
na seção exterior da correia, pois há mais
Esses raspadores fornecem inerentemente
material nocivo no centro. A porção exterior
um risco aumentado de reterem-se em uma
da lâmina de limpeza afastará então a seção
saliência da emenda ou da correia.
central da lâmina da correia. O material morto,
Deve-se tomar cuidado na escolha do pois, poderá passar entre a correia e a lâmina,
material apropriado para colocar em contato acelerando o desgaste na seção central da
com a correia. Materiais como fatias de correias lâmina (Figura 14.16).
usadas nunca devem ser usados como material
O material na correia também fornece um
de limpeza ou vedação, pois eles podem incluir
efeito de refrigeração e lubrificação para a
cabos de aço ou resíduos prejudiciais. Esses
lâmina; portanto, deve-se tomar cuidado para
materiais fixados causam desgaste excessivo à
impedir a cobertura excessiva da correia. Sem
cobertura da correia.
esse efeito de lubrificação, o acúmulo de calor
na ponta exterior pode causar falha na lâmina e/
Princípios do Projeto de ou dano na correia.
Raspadores
Embora ouros sistemas de limpeza – mais
notavelmente sistemas pneumáticos e de Figura 14.15
fricção – estejam disponíveis, a maioria dos Os raspadores de
raspadores são laminados. Eles usam uma correia devem ser
lâmina para remover o material da superfície instalados fora do fluxo
do material.
da correia. Esses aparelhos requerem uma
fonte de energia – como uma mola, um
reservatório de ar comprimido ou um elemento
espiral elastomérico – para forçar a ponta do
raspador contra a correia. A lâmina que toca
diretamente a correia está sujeita a dano ou
205
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
206
Limpeza da Correia | Capítulo 14
207
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
na superfície da correia, mesmo se fixada contra mais difíceis de limpar do que as correias mais
a correia com pressão excessiva. curtas.
Uma opinião geral é de que o ângulo positivo Correias curtas e correias deixadas em
é aceitável para raspadores primários, que são operação e vazias por longos períodos podem
aplicados a pressões muito baixas contra a sofrer problemas com aquecimento gerado
correia. No entanto, é aconselhável usar lâminas pelo raspador da correia. Uma lâmina em
de ângulo negativo em posições secundárias e contato com a correia gerará aquecimento
terciárias, onde pressões de limpeza lâmina- devido à fricção da correia contra a lâmina.
correia mais altas e o uso de lâminas de metal As correias deixadas em operação por muito
apresentam mais riscos à correia, à emenda e ao tempo sem carga podem causar aquecimento
próprio raspador. acumulado na lâmina e em seu mecanismo de
retenção, reduzindo sua vida útil ou danificando
o suporte. Se a correia é curta, sua cobertura
SELECIONANDO UM SISTEMA DE pode não dissipar o calor e degradar. Um
LIMPEZA DE CORREIA raspador fornecido com alta tensão contra a
correia agravará esse problema a ponto de a
Selecionar um raspador para uma
lâmina ficar presa à correia, quando a correia
determinada aplicação requer a avaliação
parar.
de uma série de fatores. A seguir estão as
14 informações básicas de que um fornecedor
precisaria a fim de recomendar um sistema de
As variáveis adicionais que podem afetar
o desempenho ideal do sistema selecionado
limpeza adequado: e, logo, devem ser revistas na seleção de um
sistema de limpeza incluem:
A. Velocidade e largura da correia.
B. Largura da carga sobre a correia. A. Espaço disponível para instalação e serviço.
C. Diâmetro da polia. B. A possibilidade de alterações nas
características do material (p.ex., de
D. Características do material (inclusive
molhado e aderente a seco e fragmentado).
tamanho da partícula/peça, teor de umidade,
temperatura, abrasividade e corrosividade). C. Extremos/limites graves de temperatura.
E. Comprimento do transportador. D. Cortes, fendas, riscos ou rachaduras na
superfície da correia, por desgaste ou mau
O comprimento do transportador é uma uso.
variável significativa, uma vez que a ação E. Emendas mecânicas danificadas, sólidas ou
ondulatória da correia, conforme ela se move numerosas.
sobre as roldanas, causa a fixação das partículas F. Vibração da correia, a partir de acúmulo
pelo material e sua compactação na correia. Em de material nas polias frontais e em outros
transportadores longos de uso terrestre, esse componentes de rolamento, dificultando a
efeito pode ser significativo. Por esse motivo, os permanência do raspador em contato com a
transportadores mais longos são quase sempre correia.
Figura 14.21
G. Material que aderirá ou se envolverá no
aparelho de limpeza.
As lâminas de ângulo
negativo permitem H. Acúmulo de material no chute de desvio.
que o material se
acumule na ponta Outras considerações no desenvolvimento
inclinada de limpeza, de uma proposta de fornecedor e na avaliação
a qual pode forçar
a lâmina no contato dessa proposta incluem:
de limpeza eficaz.
No entanto, todos os A. Nível desejado/requerido de desempenho
raspadores de correia, em limpeza .
independentemente do
ângulo de incidência, B. Nível requerido/disponível de manutenção.
estão sujeitos a um
serviço de limpeza
C. Nível requerido/disponível de habilidade/
regular sem acúmulo.
experiência em instalação.
208
Limpeza da Correia | Capítulo 14
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Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
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Limpeza da Correia | Capítulo 14
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Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
enorme de material. Ao aumentar a pressão, obstrução como uma emenda mecânica passar
aumenta-se o risco de dano à correia. pela ponta de limpeza, reduzindo, portanto,
o risco de dano. Aplicada adequadamente,
Para minimizar o risco à correia, à emenda a pressão de limpeza melhora a vida útil da
e ao raspador a partir de uma lâmina lâmina e reduz a avaria da correia. Uma pressão
levemente tensionada mantida em uma muito pequena permite que o material deslize
posição de ângulo positivo, os pré-raspadores entre a lâmina e a correia, onde ele pode ser
normalmente usam lâminas de elastômero preso e causar avarias a ambos. Uma pressão
resiliente, como poliuretano ou borracha, em muito grande acelera a avaria e aumenta a
vez de metal. Uma pressão lâmina-correia de energia necessária para mover a correia.
aproximadamente 14 kPa (2 lbf / in.2) combina
desempenho de limpeza com segurança à A fim de alcançar um nível aceitável de
correia. Essa baixa pressão lâmina-correia limpeza com apenas um único pré-raspador
significa que o sistema será capaz de aliviar – ou (não auxiliado por qualquer raspador
seja, afastar a lâmina da correia – quando uma secundário ou adicional), geralmente seria
necessário tensionar a lâmina contra a correia
Figura 14.25 com pressão lâmina-correia mais alta do que
O raspador primário, seria recomendado para a preservação da vida
algumas vezes útil da correia.
chamado de pré-
14 raspador ou lâmina
mestra, é instalado
As características do pré-raspador incluem
área de avaria, limpeza em ângulo constante e
na frente da polia
motriz, logo abaixo da limpeza em área constante.
trajetória do material
sendo descarregado da
correia.
Área de Avaria
Uma propriedade que deve ser definida
em qualquer pré-raspador é a quantidade de
material da lâmina que pode ser avariada pela
correia. Isso é chamado de área de avaria. Essa
área pode ser encontrada desenhando a lâmina e
a polia motriz em um software de layout/esboço.
Figura 14.26 A distância de acúmulo, o centro da rotação da
Pré-raspadores, com lâmina e o diâmetro da polia motriz devem ser
um ângulo agressivo de baseados nas especificações do fabricante. A
incidência, mas baixa
pressão de lâmina,
lâmina é girada na polia motriz para uma vida
raspam a superfície da útil de 100% e na área de interferência calculada
camada de material (Figura 14.28). Essa área de avaria considera
morto. a comparação dos modelos de lâminas, pois a
vida útil da lâmina não depende da cobertura da
correia nem das larguras de cada lâmina.
212
Limpeza da Correia | Capítulo 14
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Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
pouco tempo pelo movimento da correia. Essas que um ângulo de 7 a 15o na direção do trajeto
lâminas afiadas aumentam o risco de que um da correia mantém a eficiência de limpeza,
ajuste feito por um operador despreparado embora permita uma passagem mais fácil de
possa resultar em muita pressão ou em um obstruções (Figura 14.33).
ângulo incorreto aplicado ao raspador, para
retirar rapidamente obstruções da correia, como Uma correia em movimento não apresenta
emendas mecânicas. O resultado pode danificar uma superfície uniforme e consistente.
a correia, a emenda ou o próprio raspador. Lâminas estreitas independentes que estejam
Consequentemente, quando surgem obstruções suspensas apresentam o melhor potencial para
ou emendas mecânicas, é recomendado que as permanecer em contato preciso, conforme a
lâminas secundárias sejam inclinadas na direção superfície em alteração da correia passa pela
do trajeto da correia – um ângulo negativo –, margem de limpeza. Também é produtivo se
em vez de colocá-las contra a correia em uma essas lâminas puderem fixar ou balançar de
posição de ângulo positivo. Testes indicaram lado a lado para ajustar imediatamente aos
contornos em alteração da superfície da correia.
Pesquisas indicam que um raspador formado
Figura 14.30 a partir de uma linha de lâminas individuais e
Raspadores independentes a cada 75 a 200 milímetros de
secundários são distância (3 a 8 in.) é bem adequado para uma
definidos como
qualquer raspador limpeza secundária eficaz.
14 localizado na área
O estudo da Agência de Mineração (Bureau
anterior ao ponto em
que a correia deixa o of Mines), Basic Parameters of Conveyor Belt
contato com a polia Cleaning, aponta que a avaria inicial da lâmina
motriz até a área
anterior ao contato da ocorre nos limites onde as lâminas individuais
correia com a polia se encontram (Referência 14.2). Os testes
traseira. mostraram que o material passaria pelos
espaços entre as lâminas adjacentes e alargaria
lentamente esses espaços. Essa abertura,
por sua vez, acelerou o desgaste da lâmina e
permitiu a passagem de mais material. Para
minimizar esse dano erosivo, pode ser usado
um padrão de lâmina de cobertura completa,
gerado por um padrão alternante de braço
curto e braço longo (Figura 14.34). Isso
Figura 14.31 impede “tiras” de material morto embaixo da
A melhor localização de correia, criadas por espaços entre as lâminas.
um raspador secundário Alternadamente, podem ser instalados dois
é colocá-lo em contato raspadores com lâminas, alinhados com os
com a correia enquanto espaços compensados.
ela ainda está contra a
polia motriz, permitindo
que ele raspe uma As próprias lâminas de raspadores
superfície firme. secundários podem ser de um material duro
– carbeto de tungstênio ou cerâmica, por
exemplo – que resista ao acúmulo de calor
retido/estancado pela fricção contra a superfície
da correia. Algumas operações preferem evitar
a aplicação de uma lâmina de metal contra a
Figura 14.32 correia; logo, foi desenvolvida uma variedade
O desempenho de de fórmulas de poliuretano para raspadores
limpeza será menos secundários.
eficaz se um raspador
secundário estiver Um modelo de raspador secundário aplica a
instalado em uma
posição em que sua
resiliência natural ou a mola da borracha usada,
pressão altere o trajeto do elastômero usado nas lâminas para reduzir
da linha da correia. a necessidade de ajustes do raspador. Essas
214
Limpeza da Correia | Capítulo 14
Raspadores Terciários
Os raspadores terciários às vezes são
aplicados para limpeza final. A localização
terciária para raspadores normalmente é
considerada como a área após a polia traseira e
fora do chute de descarga (Figura 14.37). Essa Figura 14.33
localização é externa à área que permite um Um ângulo de 7 a 15o
retorno fácil do material ao fluxo principal de na direção do trajeto
da correia mantém a
material, que requer o uso de um chute auxiliar
ou um transportador tipo scavenger. Pode haver
eficácia da limpeza, 14
enquanto permite a
múltiplos raspadores aplicados a esse local para passagem mais fácil de
que se atinjam os resultados necessários pela obstruções.
operação (Figura 14.38).
215
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
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Limpeza da Correia | Capítulo 14
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Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Figura 14.47
Raspadores para Correias
Seu tensionamento e Portáteis
sua instalação vertical
permitem que os Correias com obstruções muito profundas
raspadores reversíveis e/ou materiais aderentes para tratamento de
sejam instalados na
laterais são difíceis de limpar. A forma mais
correia em espaços
estreitos, onde não comum de raspar essas correias é causar
cabem raspadores impacto com um vibrador linear ou girar com
secundários com um um raspador tipo batedor, onde a correia é
desenho de braço
estático.
elevada e é horizontal no ciclo de retorno. Esses
sistemas requerem manutenção frequente e são
apenas parcialmente eficazes.
218
Limpeza da Correia | Capítulo 14
219
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
para melhorar a eficácia da limpeza, como em podem gerar um pó adicional no ar. Com
um sistema de caixas de lavagem. (Consulte o materiais molhados, o líquido espalhado vai se
Capítulo 24: Sistemas de Lavagem de Correia, acumular nas laterais do chute.
para uma discussão mais detalhada sobre
sistemas de caixas de lavagem.) O Uso de Água na Limpeza da
Correia
As desvantagens dos sistemas de lâminas de
ar incluem o gasto contínuo de fornecimento Em muitas aplicações, o aumento no nível de
de ar para a lâmina e problemas com a ligação umidade do material morto está diretamente
da(s) saída(s) de ar. Em materiais secos, eles relacionado à aderência aumentada à correia,
aumentando, então, a dificuldade de tratar e
Figura 14.52 remover o material. Esse efeito é visto com
aumentos no teor de umidade até um nível
Sistemas de limpeza
compostos por uma específico – característico para cada material
escova rotativa aplicada –, ao ponto de haver perda de aderência.
contra a correia podem Portanto, o uso de água é uma vantagem maior
ser usados com eficácia
na limpeza de correias transportadoras que
em materiais secos.
comportam quase todo o tipo de material.
220
Limpeza da Correia | Capítulo 14
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Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
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Limpeza da Correia | Capítulo 14
ajuste de potência, como uma bolsa de ar, As considerações que afetam a posição de
que pode ser controlada remotamente/a instalação de um raspador de correia incluem:
distância. As roldanas lineares mantêm um
ângulo de limpeza constante, conforme a A. Modelo de limpador.
lâmina se desgasta, e podem ser projetadas B. Roldana e requisitos de montagem.
para considerar uma retirada/extração fácil do
raspador para manutenção, sem remover a C. Soldagem ou fixação do raspador em seu
roldana. lugar.
INSTALAÇÃO DO RASPADOR
Um ingrediente/aspecto crítico no Figura 14.60
desempenho do sistema de limpeza da correia Alguns raspadores
é sua instalação. A instalação inadequada usam a resiliência de
apresentará um efeito adverso sobre o uma pá de poliuretano
desempenho do raspador; ela reduzirá a para suprir a pressão de
limpeza.
vida útil da pá e a eficácia do raspador. As
instruções de instalação do fabricante devem ser
acompanhadas rigorosamente.
Força Força
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Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
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Limpeza da Correia | Capítulo 14
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Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
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Limpeza da Correia | Capítulo 14
dinâmico dentro do chute. Ele pode ser útil Uma vantagem dos transportadores
colocando-se uma folha de plástico leve, não “scavenger” é que eles permitem a colocação
abrasivo e de baixa fricção como o polietileno de vários raspadores de correia terciários em
UHMW paralela ao andar do chute com um um local mais conveniente para operação.
fim aberto, para que a folha de plástico se O material limpado da correia pode ser
mova livremente. É colocado um vibrador na transportado, inclusive em inclinação/
folha, proporcionando uma ação dinâmica subida, de volta para o chute principal. A
para impedir o acúmulo de material (Figura
14.70). Como essa folha vibratória é isolada do
chute de aço por uma almofada de borracha, a Figura 14.70
força aplicada à estrutura é muito pequena para Pode ser colocado um
causar desgaste do metal (Figura 14.71). vibrador elétrico na
folha de plástico de
baixa fricção, criando
Um sistema alternativo poderia incluir uma um chute de desvio
cortina flexível ou uma folha de borracha vibratória.
usada como alinhador/nivelador do chute, que
periodicamente é “expulsado” com a descarga
de um canhão de ar. Isso flexibiliza o nivelador,
causando a eliminação de qualquer material
aderido (Consultar o Capítulo 9: Auxílios de
Fluxo). 14
Deve ser proporcionado um acesso à chute
de desvio para permitir à equipe remover os
acúmulos e realizar uma lavagem periódica para
impedir bloqueios.
Transportadores “Scavenger”
Figura 14.71
Quando um chute de desvio não é
Isolando a folha
prático, pode ser benéfico providenciar um vibratória do chute de
transportador tipo “scavenger” (Figura aço com uma almofada
14.72). Ele é um transportador auxiliar menor, de borracha, a força
instalado abaixo do sistema principal, que aplicada à estrutura é
muito pequena para
devolve o material extraído ao fluxo principal causar desgaste do
de material. Transportadores helicoidais metal.
pequenos, transportadores de corrente de
limpeza, raspadores hidráulicos ou elétricos ou
transportadores de condução e transportadores
vibratórios são comumente usados como
sistemas “scavenger” (Figura 14.73).
Figura 14.72
Um raspador de
potência ou um
transportador de
condução podem ser
usados para devolver
o material extraído
da correia à rede
principal de material.
(Drip-N-Ham Conveyor,
produto patenteado,
e foto cortesia da
S&S Concepts, Inc.
[Referência 14.4])
227
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
228
Limpeza da Correia | Capítulo 14
229
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
230
Limpeza da Correia | Capítulo 14
231
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
preocupante, mas não gera um problema ser e melhor deve ser seu desempenho (Tabela
ambiental ou de segurança significativo. Os 14.2).
sistemas de limpeza normalmente associados
ao desempenho de nível II seriam sistemas de
raspadores múltiplos, com lâminas segmentadas ESPECIFICAÇÕES TÍPICAS
submetidas à manutenção no intervalo
especificado pelo fabricante. A limpeza de A. Geral:
nível II seria especificada para operações de a. É importante elaborar sistemas de
grande volume, em operações onde o material limpeza de correias transportadoras
desperdiçado tem valor moderado ou onde a para os problemas apresentados pelas
limpeza manual sob os transportadores uma vez condições de material “problemas”,
por semana é aceitável. em vez de elaborá-los para condições
“normais” de operação. Isso permite que
A limpeza de nível III geralmente é os sistemas de limpeza lidem melhor
especificada quando as preocupações sobre o com as alterações nos materiais.
material morto são críticas. As preocupações
b. Os raspadores de correia devem ser
variam desde questões ambientais e de segurança
instalados o mais próximo do ponto
até contaminação do produto. Os sistemas de
de descarga de material, garantindo
limpeza normalmente associados ao alcance
uma limpeza eficaz pelo suporte dos
do desempenho de nível II são sistemas de
elementos de limpeza contra uma
14 raspadores múltiplos em conjunto com ao menos
superfície firme.
um jato de água de baixo volume. Materiais
a granel difíceis de limpar podem requerer o c. Os raspadores de correia devem ser
uso de um sistema de caixa de lavagem com instalados fora da trajetória do material
raspadores múltiplos, usando uma combinação e posicionados de forma que o material
de jatos de água de baixo volume, para lubrificar removido não possa se acumular nas
os raspadores, e jatos de alto volume para manter lâminas e nas estruturas.
a caixa de lavagem e os tubos de descarga fluindo d. Os sistemas de limpeza da correia devem
livremente. O desempenho de nível III seria ser elaborados para fornecer menos
especificado onde é necessária a prevenção de do que a cobertura da largura inteira
desperdício, onde a contaminação da carga na da correia para considerar variações
correia é uma preocupação, onde o material a mínimas no trajeto da correia e fornecer
granel possui um alto valor por tonelada ou onde um contato lâmina-correia ideal.
a limpeza sob os transportadores uma vez ao mês e. Cada polia motriz deve ter um sistema
é aceitável. de limpeza da correia consistindo em
O trabalho de Swinderman observou que, (no mínimo) um raspador primário e um
quanto mais alto o nível de limpeza desejado, raspador secundário com provisões para
mais sofisticado o sistema de limpeza precisa a adição de raspadores terciários.
Tabela 14.2 O Nível Médio de Material Morto Permitido na Porção Limpa da Correia
Nível de Limpeza Nível I Nível II Nível III
Nível Médio de Material
250 100 10
Morto (Peso Seco g/m2)
Nível Médio de Material
0.82 0.33 0.03
Morto (Peso Seco oz/ft2)
Obs.:
1. Como as condições ambientais e de operação variam, o nível de limpeza é baseado na média de uma
curva de distribuição padrão que será ideal para cada transportador e cada material a granel. Portanto, a
média das medidas de todos os sistemas semelhantes transportando materiais a granel parecidos em um
recurso deve ser usada na medição do desempenho total de raspadores de correia.
2. Os fatores de material morto (Cbf), a porcentagem de material que cai por último da correia e acumula-se
embaixo do transportador, foram medidos para calcular a média de 75% do material morto medido no nível
I, 50% no nível II e 25% no nível 3 (Referência 14.6).
232
Limpeza da Correia | Capítulo 14
233
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Uma aplicação é calculada usando um (0,25 lbm/ft2) de material morto estiver presente
software de engenharia de transportadores na correia, isso acumularia 10,9 toneladas a
disponível comercialmente. As especificações mais por hora (12 st/h) de carga. A própria
usadas no programa são: uma correia de 1.200 carga adicional exigiria bem pouca energia
milímetros (48 in.) de largura, operando a 3,0 adicional para ser carregada: 1 quilowatt
metros por segundo (600 ft/min), transportando (1,3 hp) de energia adicional, para um total
1.350 toneladas por hora (1.500 st/h) de carvão de 108 quilowatts (144 hp). Os problemas de
por uma distância de 90 metros (300 ft), a transporte não são provenientes da potência
uma inclinação de 14o. O peso da correia é consumida pelo peso do material morto, mas
especificado como 22,3 quilogramas por metro sim do impacto na estrutura do transportador
(15 lbm/ft), e as roldanas são espaçadas a cada desse material morto, conforme ele é despejado
600 milímetros (24 in.). Esse transportador no ambiente.
exigiria uma potência total de 107 quilowatts
(143 hp). Um único conjunto de roldanas de impacto
exigiria aproximadamente 1,2 quilowatts
Se 1,2 quilogramas por metro quadrado (1,6 hp) de potência adicional. Um conjunto
234
Limpeza da Correia | Capítulo 14
de roldana de metal demandaria o equivalente adicional causada pelas roldanas, com acúmulo
a 0,27 quilowatt (0,36 hp) de energia adicional. de material ou rolamentos.
Esse estudo também observa que uma camada
de 25 milímetros (1 in.) de material morto Limpeza da Correia e Controle de
em um único rolete de retorno pode adicionar Pó
o equivalente a 0,32 quilowatt (0,43 cv) aos Material morto é a maior fonte de pó no
requisitos do condutor do transportador. transporte. Esse pó é criado quando o lado
Essas exigências de potência adicional para sujo da correia interage com as roldanas e
os problemas provenientes do material fugitivo as polias da correia. Raspadores de correia
devem ser comparadas às exigências de um reduzem consideravelmente a geração total de
típico sistema duplo de limpeza. Continuando pó no transporte de materiais a granel, pois
o exemplo acima, para uma correia de 1.200 eles reduzem a quantidade total de material
milímetros (48 in.), percorrendo a 3 metros devolvido no ciclo de retorno da correia. À
por segundo (600 pés/min) e incorporando medida que os modelos de raspadores de
um sistema duplo de limpeza, a exigência de correia foram desenvolvidos, o nível geral de
energia poderia ser de 1,3 quilowatt (1.7 hp) pó originado como material morto foi reduzido
para o pré-raspador e de 2,1 quilowatts (2.8 hp) ao ponto em que os raspadores de correia
para o raspador secundário. se tornaram um método passivo crucial no
controle de pó. Esse tópico avançado oferecerá
O consumo de energia adicional combinado
de 3,4 quilowatts (4,5 hp) necessário para o
um método para estimar a redução de pó que
potencialmente pode ser liberado da correia
14
uso de um sistema de limpeza múltiplo eficaz para o ambiente.
representa um aumento de apenas 3% sobre
os 107 quilowatts (143 hp) necessários pelo Teor de umidade e Tamanho das
transportador sem nenhum raspador. Essa Partículas
“penalidade de potência do transportador”, O nível de pó de materiais a granel está
aplicada pelo sistema de limpeza da correia relacionado à velocidade do ar, ao tamanho das
é apenas um pouco mais do que a energia partículas e à coesividade (Figura 14.78).
consumida ao custo de 0,27 quilowatt (0,36
hp), para um conjunto de roldanas, ou 0,32 Diversos fatores influenciam o nível de pó de
quilowatt (0,43 hp) exigido por 25 milímetros (1 um determinado material a granel. Os fatores
in.) de acúmulo de material em um único rolete mais importantes para essa discussão são o
de retorno. teor de umidade e o tamanho das partículas.
Geralmente, teores de umidade adicionais
Conforme observado por Swinderman, as aumentam o tamanho da partícula do material
consequências de não instalar e não fazer a e a coesividade. Conforme o tamanho das
manutenção própria de raspadores de correia partículas e a coesividade aumentam, o índice
prova uma drenagem mais intensa da fonte de de pó diminui. Uma diminuição no nível de pó
energia do transportador, por meio da fricção
235
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Figura 14.78
Pó Velocidade do Ar
Relação na geração de
α Tamanho da Partícula • Coesão
pó no ar
Gerado
Tabela 14.4 Características do Material Morto que Passa pelo Sistema de Limpeza
Sistema Pré-Raspador (com Lâmina de
Raspadores Só Pré-Raspador de Lâmina
de Uretano) e Raspador Secundário
Desativados de Uretano Acionado
Limpeza com Lâmina de Metal Acionado
Partículas Finas,
Tamanho Partículas Finas e
Pequenas e Partículas Finas (250 mícrons a 1
das Pequenas (5 mm a 1
Grandes (10 mm a 1 mícron)
Partículas mícron)
mícron)
Teor de Menor Teor de umi- Teor de umidade
Muito Molhado (~50%)
umidade dade (~15%) Aumentado (~30%)
Observações: Material Transportado: Calcário triturado, 200 mm (8 polegadas) menos. Velocidade da
Correia: 2 m/seg (394 pés/min). Tempo de Coleta para Cada Amostra: 30 segundos.
236
Limpeza da Correia | Capítulo 14
Tempo
237
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
238
Limpeza da Correia | Capítulo 14
239
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
240
Limpeza da Correia | Capítulo 14
A Seguir…
REFERÊNCIAS
Esse capítulo sobre limpeza de correia, o
14.1 Swinderman, R. Todd and Lindstrom,
primeiro capítulo da seção Ciclo de Retorno
Douglas, Martin Engineering. (1993).
da Correia, discutiu meios de remover material
“Belt Cleaners and Belt Top Cover
morto para prevenir material fugitivo de cair da
Wear,” National Conference Publication
correia no ciclo de retorno. Os próximos dois
No. 93/8, pp. 609–611. Paper presented
capítulos, Raspadores de Proteção das Polias
at The Institution of Engineers, Australia,
e Alinhamento das Correias, continuam essa
1993 Bulk Materials Handling National
seção e descrevem métodos adicionais para
Conference.
redução de vazamento.
241
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
14.2 Rhoades, C.A.; Hebble, T.L.; and 14.7 Swinderman, R. Todd, Martin Engineer-
Grannes, S.G. (1989). Basic Parameters ing. (May 1991). “The Conveyor Drive
of Conveyor Limpeza de Correia, Report Power Consumption of Belt Cleaners,”
of Investigations 9221. Washington, D.C: Bulk Solids Handling, pp. 487–490.
Bureau of Mines, US Department of the Clausthal-Zellerfeld, Germany: Trans
Interior. Tech Publications.
14.3 Planner, J.H. (1990). “Water as a means 14.8 Wood, J. P. (2000). Containment in
of spillage control in coal handling
the Pharmaceutical Industry. Informa
facilities.” In Proceedings of the Coal
Handling and Utilization Conference: Health Care.
Sydney, Australia, pp. 264–270. Barton, 14.9 Roberts, A.W.; Ooms, M.; and Bennett,
Australian Capital Territory, Australia: D. Conveyor Limpeza da Correia – A
Institution of Engineers, Australia. Bulk Solid/Belt Surface Interaction Prob-
14.4 S&S Concepts, Inc., Pittsburgh, PA., lem. University of Newcastle, Australia:
USA. Courtesy photo of Drip-N-Ram Department of Mechanical Engineering.
Conveyor, SSConceptsSales@verizon.net. 14.10 Swinderman, R. Todd; Goldbeck, Larry
14.5 Swinderman, R. Todd, Martin Engineer- J.; and Marti, Andrew D. (2002). FOUN-
ing. (2004). “Standard for the Specifica- DATIONS3: The Practical Resource for
14 tion of Limpeza da Correia Systems Total Dust & Material Control. Nepon-
Based on Performance.” Bulk Material set, Illinois: Martin Engineering.
Handling by Conveyor Belt 5, pp. 3–8.
Edited by Reicks, A. and Myers, M.,
Littleton, Colorado: Society for Mining,
Metallurgy, and Exploration (SME).
242
Limpeza da Correia | Capítulo 14
14
243
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Figura 15.1
Os raspadores de proteção
15 da polia são instalados
para remover pedaços e
componentes perdidos
da correia antes que eles
possam danificar a polia ou
a correia.
Capítulo 15
RASPADORES DE
PROTEÇÃO DAS
POLIAS
Preservando as Polias......................................................................................................................................... 245
Construção e Colocação dos Raspadores..................................................................................................... 247
Especificações Típicas......................................................................................................................................... 249
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 250
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 250
Proteção de Polia como uma Garantia Econômica..................................................................................... 251
244
Raspadores de Proteção das Polias | Capítulo 15
245
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
246
Raspadores de Proteção das Polias | Capítulo 15
247
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
uma proteção de limpeza em ambas as direções a função é evitar que o raspador mude a linha
(Figura 15.8). Os raspadores diagonais da correia, empurrando/pressionando a correia
normalmente são instalados pela correia em um para baixo, de forma que o material possa
ângulo de 45o para a direção do trajeto (Figura passar por baixo da lâmina. Dependendo do
15.9). Se a correia opera em duas direções, espaço disponível, pode ser um único rolete de
onde as duas polias podem servir como polias condução colocado diretamente sob o raspador
traseiras, então, deve ser instalado um raspador ou um par de condutores de retorno, um
em cada ponta do transportador. instalado antes do raspador e um depois.
248
Raspadores de Proteção das Polias | Capítulo 15
P = BW · fC · V · f · k Equação 15.1
Consumo de potência
Dados: Um raspador de poliuretano sobre uma correia de 900 milímetros (36 in.), operando a 3 metros por de um raspador de
segundo (600 ft/min). Encontrar: A potência adicionada ao condutor devido ao raspador. proteção de polia
Variáveis Unidades Métricas Unidades Imperiais
Consumo de Potência Adicio-
P quilowatts cavalos de potência
nada ao Condutor da Correia
BW Largura da Correia 900 mm 36 in.
Carga por Largura da Correia
fC 0,35 N/mm 2 lbf /in.
(Conforme CEMA)
V Velocidade da Correia 3 m/s 600 ft/min
Coeficiente de Fricção (Con- 0,5 (UHMW) 0,5 (UHMW)
f forme PADRÃO CEMA 575-2000) 1,0 (Urethane) 1,0 (Urethane)
1,0 (Rubber) 1,0 (Rubber)
k Fator de Conversão 1/1000 1/33.000
900 · 0,35 · 3 · 1
Métrica: P = = 0,945
1000
36 · 2 · 600 · 1
Imperial: P = = 1.3
33,000
15
Consumo de Potência Adicio-
P 0,945 kW 1,3 hp
nado ao Condutor da Correia
249
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
A lâmina do raspador deve fornecer uma ser muito grande se houver condições como
cobertura completa da correia para evitar alta velocidade da correia e cascalhos grandes.
que cascalhos deslizem em volta do raspador Essas forças de impacto grande devem ser
nas laterais. consideradas ao selecionar o equipamento,
especialmente em vista da demanda contínua de
E. Localização. aumento da velocidade da correia.
O raspador deve ser localizado de forma
que o material limpo da correia possa ser A única variável controlável pelo projetista
projetado com segurança do transportador, de um raspador é a constante elástica (k) nesse
sem acertar o reforçador, outros componente. Essa variável é a capacidade da
componentes ou a passagem; ele deve ser lâmina do raspador de absorver, amenizar ou
colocado em um lugar seguro e conveniente desviar um cascalho em movimento sem dano.
para limpeza. Da mesma força que soltar um ovo sobre um
colchão (em vez de um chão de concreto) reduz
F. Transportadores unidirecionais. a força de impacto, o uso de materiais “mais
Em transportadores unidirecionais, o leves” nas lâminas e a incorporação de molas
raspado-V deve ser instalado entre o último ou outros elementos flexíveis na montagem do
condutor de retorno e a polia traseira. raspador aumentam a chance de o raspador
Podem ser necessários aparelhos adicionais lidar com as forças de impacto do cascalho.
para proteger outras polias ou limpar a Como exemplo, um cascalho de material
15 cobertura inferior da correia. pesando 2,25 quilogramas (5 lbm), percorrendo
3 metros por segundo (600 ft/min), em uma
G. Transportadores reversíveis. correia em movimento, vai se chocar com o
Em transportadores reversíveis, os raspador com uma força de 815 newtons (183
raspadores de retorno diagonais devem ser lbf). No entanto, se o cascalho, percorrendo na
instalados nas duas pontas do transportador mesma velocidade, se chocar com um raspador
e montados pela correia em um ângulo de equipado com uma lâmina cujas propriedades
45o. de absorção de impacto sejam duas vezes
maiores, o choque terá uma força de apenas
199 newtons (45 lbf). Essa força de impacto
reduzida resulta em exigências menores de
TÓPICOS AVANÇADOS força/resistência do raspador, o que, por sua
O impacto causado por um cascalho ou vez, reduz o custo do equipamento.
outros objetos carregados sobre a correia pode
250
Raspadores de Proteção das Polias | Capítulo 15
251
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Figura 16.1
Uma correia em boas
condições que está
carregada ao centro e uma
estrutura de transportador
bem projetada e
preservada não se
movimentam; permanecem
em perfeito alinhamento.
16
Capítulo 16
Alinhamento das
Correias
Mantendo a Correia Alinhada........................................................................................................................... 253
Comportamento Básico da Correia................................................................................................................. 254
Causas de Desalinhamento............................................................................................................................... 256
Investigando o Problema: A Pesquisa............................................................................................................. 260
Testando a Correia.............................................................................................................................................. 261
Equipamento de Teste de Correias.................................................................................................................. 265
Instalação de Dispositivos de Alinhamento de Correia.............................................................................. 272
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 274
Manutenção do Sistema.. ................................................................................................................................... 274
Especificações Típicas......................................................................................................................................... 274
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 275
Correias no Mundo Real..................................................................................................................................... 276
252
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
253
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
254
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
Isso pode ser demonstrado de forma muito Com essas regras básicas em mente, os
simples ao deitar um lápis redondo em uma operadores e a equipe de manutenção podem
superfície nivelada, como uma mesa. Se um fazer os ajustes ao transportador que colocarão
livro for colocado sobre o lápis e for levemente o trajeto da correia em linha.
empurrado pelo experimentador, o livro
tombará para a esquerda ou para a direita,
dependendo de que ponta do lápis estiver mais Figura 16.8
próximo da pessoa que realiza a ação, ou seja, a A regra básica de
ponta que o livro tocar primeiro (Figura 16.8). teste de correia pode
Essa regra básica é verdadeira para os conjuntos ser demonstrada ao
de condutores de nivelamento e de condutores deitar um livro sobre
um lápis redondo.
convexos. Quando empurrado,
o livro tombará para
Além disso, os condutores convexo, exercem a esquerda ou para a
uma força de alinhamento notável. Com sua direita, dependendo
configuração convexos, uma porção de cada de qual ponta do lápis
estiver mais próxima
lado da correia é mantida suspensa. É exercida da pessoa que realiza
uma força gravitacional sobre essa porção a ação, ou seja, a
aumentada. Se a correia não estiver centralizada ponta que o livro tocar
primeiro.
no conjunto de roletes, a força sobre o lado
mais alto será maior que a força do outro 16
lado, direcionando a correia ao centro do
conjunto de condutores convexos. Essa força
gravitacional de alinhamento é tão saliente
que os transportadores de material a granel
normalmente dependem dela, de acordo com
sua influência maior de alinhamento.
255
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Causas de Desregulagem
CAUSAS DE DESALINHAMENTO
Em muitos casos, a causa do desalinhamento
O Problema Evitável de pode ser determinada a partir da forma como
Desregulagem de Correia a desregulagem se mostra. Quando todas as
Para testar adequadamente um transportador, partes da correia operarem fora do centro
o primeiro passo é investigar o sistema existente em determinado ponto do comprimento do
para entender o estado da estrutura e dos transportador, a causa provavelmente estará
componentes e para determinar as causas do no alinhamento ou nivelamento da estrutura
desalinhamento. do transportador, dos condutores ou das
polias nessa área. Se uma ou mais seções da
Conforme Clar Cukor observou na coletânea correia são desreguladas em todos os pontos
sem data de Georgia Duck (agora Fenner do transportador, a causa mais provável está
Dunlop) Tracking (Referência 16.1): na construção da correia, na(s) emenda(s) ou
na carga da correia. Se a correia se desalinha
O problema de desalinhamento deve quando cheia e depois se centraliza quando
ser abordado a partir do ponto de vista vazia, ou vice-versa, a causa normalmente é a
de sistemas. A correia pode muito bem carga descentralizada ou o acúmulo no chute,
estar errada – no entanto, é mais provável que cria situações de carregamento variáveis.
simplesmente reagir a um defeito estrutural
ou mau ajuste no sistema... [Uma correia As causas mais comuns de desalinhamento
16 de transportador] é flexível e, se projetada, podem ser divididas em três grupos: falhas
manufaturada e cortada adequadamente, com as correias ou suas emendas; falhas com a
ela funcionará direcionada pelo sistema estrutura de transporte, componentes ou com o
de transporte conforme foi construída. ambiente; e falhas com a carga de material.
A correia transportadora serve como um
indicador e deve ser assim considerada. Falhas com a Correia ou suas
Emendas
A desregulagem de correia pode ser causada
por uma série de problemas. Os fatores que A. Correias.
causam desregulagem incluem desalinhamento a. A correia está curvada, convexa ou
dos componentes do transportador, afundada.
carregamento de material fora do centro, b. Há defeitos ou danos na carcaça (fios e
acúmulo de material fugitivo nos componentes cordas) da correia
de rolagem, emendas de correia malfeitas,
dano estrutural causado por operadores de c. A cobertura ou a ponta da correia está
maquinário desatentos, subsidência do solo e danificada.
muitos outros. E quaisquer desses problemas d. Há uma degradação da correia, desde
podem ocorrer simultaneamente, complicando exposição a elementos até a produtos
em grande escala o processo de correção. químicos.
B. Fabricação e aplicação.
Apesar da complexidade desses problemas,
eles são solucionáveis. Os componentes a. A correia é pouco adequada à estrutura
desalinhados podem ser endireitados; os ou aplicação.
chutes podem ser redesenhados para carregar b. A correia possui um “arco” ou
o material no centro da correia; os acúmulos “concavidade” desde o processo de
de material podem ser evitados ou removidos; fabricação.
as emendas de correia podem ser melhoradas c. A correia não foi armazenada
e os operadores podem ser treinados. O corretamente.
desafio começa em identificar qual das
muitas possibilidades é a causa específica dos C. Emendas
problemas de determinada correia. Uma vez a. Houve uma má instalação de emendas
que a causa do desalinhamento é identificada, mecânicas ou vulcanizadas, resultando
ele pode ser solucionado. em uma emenda irregular para a correia.
b. A correia foi formada por várias
256
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
257
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
ou as falhas de componentes são muitas vezes construídos e tratados para evitar vazamento
acusadas por muitos problemas de alinhamento de material. Deve ser instalado um sistema
de correia, a maioria desses problemas pode de limpeza de correia com raspadores
ser indício de aplicação imprópria da correia. múltiplos eficaz, para evitar sobra de
Uma correia pouco adequada à aplicação material. Se necessário, podem ser instalados
normalmente será insuficientemente alinhada à raspadores para limpar as polias de suporte,
estrutura. de levantamento e outras polias. (Consultar
Capítulo 14: Limpeza da Correia.)
Desregulagem Devido a Problemas
Estruturais e de Componentes Desregulagem Devido a Condições
Para possibilitar a operação alinhada da Ambientais
correia, a estrutura deve ser adequadamente Ventos fortes em um lado do transportador
levantada e corrigida, se danificada. A maioria podem proporcionar força suficiente para tirar
dos danos à estrutura ocorre quando a a correia de sua linha central ou mesmo afastar
estrutura de transporte entra em choque com a correias de seus condutores. A solução é
equipamentos móveis. O dano à estrutura instalar anéis de retenção conhecidos como
também pode ocorrer como resultado de “anéis de vento” sobre o transportador, para
corrosão ou posicionamento das bases. manter a correia no lugar, fornecer um controle
de vento no lado afetado pelo vento ou isolar o
É igualmente importante que os componentes
16 sejam instalados e tratados adequadamente em
transportador inteiro.
relação à correia, para um trajeto confiável da Caso a chuva, o gelo ou a neve afaste um
correia. Uma fonte principal de desregulagem lado do transportador, o resultado será uma
da correia são os sistemas de uso da gravidade diferença na fricção dos condutores. Essa
que estão fora de alinhamento, os quais causam diferença pode ser suficiente para empurrar
um movimento lateral muito intenso ou correias de carga leve para fora do trajeto ideal.
“transbordam”. A polia de levantamento, como Mesmo a diferença gerada quando o sol aquece
todas as polias principais, deve permanecer um lado da correia pela manhã é suficiente
em alinhamento com a correia, durante todo para causar uma desregulagem. Novamente,
o trajeto do levantamento, ou a correia será a solução seria uma forma de cobertura do
desalinhada. transportador.
258
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
(Figura 16.11). Quando a carga da correia mais próximo de uma ponta do transportador
não está centralizada, o peso da carga empurra do que de outra. Isso pode ser corrigido pelo
a correia para o lado com carga mais leve do desenho adequado do chute de carregamento
transportador. Isso pode ser corrigido por e pelo uso de desviadores, grades e fundos de
ajustes apropriados no chute de carregamento chute ajustáveis, que possam ser adaptados para
ou através do uso de desviadores, grades ou corrigir a colocação da carga na correia.
verso do chute, que podem ser ajustados para
corrigir a colocação da carga sobre a correia. Materiais diferentes na mesma correia
(Consultar Capítulo 8: Chutes de Transferência reversível também podem causar problemas.
Convencionais.) Suponha que a correia tenha sido “configurada”
para alinhamento com materiais com uma
densidade a granel específica. Agora, inverta a
Desregulagem em Correias
Reversíveis direção de trajeto e introduza um material com
densidade a granel diferente, e todos os ajustes
Transportadores reversíveis podem ser de teste aplicados anteriormente poderão
uma fonte especial de frustração. Quando estar errados. A fim de superar esse tipo de
a direção da correia é invertida, as áreas de problema, deve ser conduzida uma investigação
tensão no correame mudam de local em na estrutura para determinar se o contrapeso
relação à polia de condução e à(s) área(s) de das polias de levantamento é insuficiente ou se
carregamento. Imagine haver um transportador os componentes estão desalinhados e devem ser
com um condutor frontal que, à alteração de
uma chave, se torna um condutor traseiro.
feitas as correções conforme a necessidade. 16
Quando o lado superior da correia é operado Problemas com o Trajeto dos
em direção à polia de condução, o lado rígido Transportadores
da correia está em cima. No entanto, quando
a correia é invertida, e o lado superior está se Sistemas de transporte que se movimentam
afastando da polia de condução, o lado rígido (como máquinas de barril, retensores de trajeto
agora está embaixo. O lado de carregamento ou correias alternativas) são consideravelmente
do transportador muda de condição, de influenciados pela estrutura de trilhos sobre a
atraído para empurrado. Uma correia sendo qual eles se movem. Por exemplo, se um trilho
empurrada é inerentemente mais instável que é mais alto ou mais baixo em um determinado
uma correia sendo atraída. Portanto, é mais ponto do que o ponto paralelo no outro
difícil de controlar. trilho, o transportador de trajeto pode parar
ou balançar (às vezes muitos milímetros [in.]
Isso levanta problemas especialmente difíceis, em estruturas altas), causando problemas de
pois todos os componentes agora contribuem desalinhamento da correia.
de forma diferente para os problemas
de alinhamento. A correia pode operar Muitas vezes esse problema é ignorado
regularmente de um lado e desreguladamente quando se tenta encontrar a causa do
quando invertida, pois conjuntos diferentes desalinhamento da correia e do dano resultante.
de roletes e polias controlam o nivelamento A parte do sistema que se “movimenta” pode
da correia. A fim de superar esse tipo de ser estacionada em uma área em que os trilhos
problema, o sistema deve ser investigado para estejam nivelados, quando é feita a investigação.
determinar quais componentes estão fora Os resultados da investigação mostrariam,
de alinhamento. Devem ser feitas correções então, tudo o que está alinhado. No entanto,
conforme a necessidade para o alinhamento de quando o sistema de trajeto é movido para um
todos os componentes de rotação.
Figura 16.11
Outros problemas encontrados e agravados Quando a correia não
pelas correias reversíveis estão relacionados está centralizada, o
peso da carga empurra
ao carregamento descentralizado, múltiplos a correia de forma
pontos de carga e carregamento de materiais desordenada em
diferentes na mesma correia. O carregamento direção ao lado com
descentralizado pode agravar consideravelmente carga mais leve do
transportador.
os problemas de desregulagem em correias
reversíveis, especialmente se a carga for aplicada
259
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
local diferente, a correia é desregulada, pois a entanto, esse método possui uma série de
estrutura de suporte não está nivelada. problemas potenciais. Por exemplo, a corda é
vulnerável a alterações em sua linha. Alterações
Os sistemas de trilhos também devem ser na temperatura ambiente pelo aquecimento
verificados quanto ao alinhamento paralelo. O do sol, ou até mesmo o peso atual da própria
alinhamento inadequado pode causar inclinação corda, pode esticar a corda, alterando a linha.
das rodas de carregamento dentro ou fora dos Outro problema é que não há um meio preciso
trilhos, causando o mesmo efeito que uma de medir um ângulo de 90o a partir da corda. Se
ponta de trilho mais alta que a parte oposta. ela se move ao ser tocada por uma régua ou um
esquadro, a precisão das medidas subsequentes
é destruída.
INVESTIGANDO O PROBLEMA: A
PESQUISA Agora a alta tecnologia, em forma de raios
de luz de um laser colocados paralelamente
O primeiro e mais importante passo no
à estrutura do transportador, fornece uma
teste de um transportador é verificar e alinhar
referência repetida e desobstruída para o
a estrutura. A melhor forma de começar esse
alinhamento de componentes da estrutura de
processo é fazer uma investigação detalhada das
transporte (Figura 16.12).
condições existentes e dos critérios de desenho
originais. Isso permite a realização de correções A tecnologia de teste a laser evita os
16 medidas, retornando o sistema às suas
especificações originais, em vez de adotar uma
problemas encontrados com a velha técnica
da “piano wire” (corda de piano). O laser
abordagem imprudente de uso não planejado. gera um raio perfeitamente reto com uma
faixa de eficácia de 150 metros (500 ft),
O método tradicional de verificar o
com configurações múltiplas que permitem
alinhamento era esticar uma corda de piano
distâncias ilimitadas. Para verificar objetos
de uma ponta a outra do transportador e usar
colocados a ângulos da linha de base, podem
essa corda como uma linha de base para tomar
ser usados prismas para ligar os raios. Com um
as medidas de avaliação do alinhamento. No
direcionador a laser, a equipe de investigação
Figura 16.12 não precisa mais tentar medir uma linha
perpendicular; eles criam uma. Uma vez que o
O raio de luz de um
laser fornece uma raio laser não pode ser tocado, a linha não pode
referência repetida ser acidentalmente desviada no ato de medição.
e desobstruída para
o alinhamento de Muitos operadores não possuem o
componentes da equipamento e a experiência para conduzir
estrutura de transporte.
adequadamente uma investigação a laser.
Portanto, é de grande interesse da operação
contratar um especialista ou um serviço
especializado, com equipamentos e experiência
para conduzir essa investigação. O especialista
Figura 16.13 Estação de Tratamento de Carvão deve investigar a correia, inscrever uma série de
Dados da Polia 950 do Transportador
O relato de investigação pontos de alinhamento ou comparações, criar
a laser deve listar quais Ponta Inicial
8
1
Ponta Final
um relato detalhado e oferecer recomendações
componentes estão 2 de como corrigir os maiores problemas de
4
desalinhados e quanto, 7
alinhamento.
para que a equipe de 3 Levantamento
manutenção da fábrica 6 5
Lado Direito
o alinhamento da correia (Figura 16.13).
Lado Esquerdo
1
2
0.000
0.000
0.000
0.000
0.125
0.000
0.000
0.000
Ao fazer diversas investigações do mesmo
3
4
0.000
0.000
0.000
0.000
0.000
0.000
1.125
0.000 transportador em intervalos regulares –
5 0.000 0.000 0.000 0.500
6
7
0.000
0.000
0.000
0.000
0.000
0.000
0.000
0.000
anualmente, por exemplo –, a manutenção
8 0.000
Em “Nível”, um número positivo indica que o lado é mais alto.
0.000 0.000 0.000
da fábrica pode fornecer uma verificação
Em “Equilíbrio”, um número positivo indica que o lado está mais avançado.
260
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
regular da condição da estrutura de transporte. de teste pode ter um grande impacto com
A investigação dirá se a estrutura está se pouca quantidade de alterações. Em áreas de
deteriorando ou se estão ocorrendo outras alta tensão, há muita tensão sobre a correia
circunstâncias – como subsidência do solo para ajustes relativamente menores, para ter
sob o transportador ou alteração na massa de um impacto tão significativo no trajeto da
contrapeso. Essa informação pode ser usada correia. A tensão da correia normalmente é
para evitar desativações inesperadas e perda maior na polia de condução (Figura 16.14).
consequente de produção, alertando as equipes A área de tensão mais baixa variará no local
de manutenção e engenharia da fábrica para os das polias de suporte e de levantamento. As
problemas, assim que eles se desenvolvem. áreas de baixa tensão são completamente
dependentes de cada transportador e devem
ser identificadas para cada aplicação. A sexta
TESTANDO A CORREIA edição do Belt Conveyors for Bulk Materials,
da Associação de Fabricantes de Equipamentos
Conseguir alinhar a correia no centro da para Transportadores (Conveyor Equipment
estrutura de transporte e dos componentes Manufacturers Association – CEMA) ou um
é um processo de ajuste de condutores e engenheiro de transportadores experiente deve
condições de carregamento para corrigir ser consultado para mais informações.
qualquer tendência da correia de fugir do
trajeto previsto. O primeiro passo é conseguir É importante certificar-se de que o peso
o alinhamento da estrutura com a linha central de levantamento está aplicando a tensão 16
teórica da correia, conforme identificado correta exigida pela correia e os níveis de
na investigação do sistema. Uma vez que a capacidades atuais. Se a correia é tensionada
estrutura esteja alinhada, todas as polias e os inadequadamente pela polia de levantamento,
roletes devem estar alinhados para que o nível é provável que haja diversas variações no trajeto.
e o equilíbrio com a linha de centro estejam
adequados. Assim, deve-se ter atenção para Determinar os Locais de
conseguir o funcionamento ideal da correia. Desregulagem
Ao testar a correia, apenas uma pessoa É melhor que a inspeção de desregulagem
deve ser encarregada desse processo. Quando comece com o primeiro rolete, logo após a área
mais de uma pessoa ajustam o transportador de maior tensão (normalmente onde a correia
ao mesmo tempo, isso pode causar conflitos deixa a polia de condução), uma vez que a
nas “correções”, dificultando a correção do tensão normalmente será menor nessa área, e
trajeto da correia. É importante que sejam continue pelo trajeto da correia até um ponto
mantidos registros, observando as áreas de onde a correia esteja visivelmente desregulada.
problema do transportador e detalhando as
É importante lembrar que a regulagem da
medidas corretivas tomadas. Isso evitará ou, ao
correia em qualquer ponto é mais afetada pelos
mesmo, identificará os problemas provenientes
roletes e outros componentes superiores (os
da correção, recorreção, sobrecorreção
pontos por onde a correia já passou) do que
e contracorreção quando, os problemas
pelos componentes inferiores (os pontos que
reincidirem sobre uma área específica.
a correia ainda não alcançou). Isso significa
que, onde a desregulagem é visível, a causa da
Procedimento de Teste
desregulagem está em um ponto pelo qual a
O que se segue é um processo passo a correia já tenha passado.
passo de teste da correia para correção do
alinhamento de componentes e de problemas Portanto, as medidas corretivas devem ser
de carregamento. aplicadas nos pontos pelos quais a correia
passou antes da área onde a desregulagem
Determinar Áreas de Tensão da é visível. O movimento de um condutor
Correia geralmente apresenta seu maior efeito de teste
em uma área dentro de 5 a 8 milímetros (15 a
Ajustes a componentes em áreas de baixa
25 ft) abaixo.
tensão possuem o impacto maior na correção
do trajeto da correia. Ao ser identificado e
iniciado nas áreas de baixa tensão, o processo
261
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Figura 16.14 A CORREIA PARA DE OPERAR AQUI TRANSPORTADOR CONDUZIDO PELA FRENTE
16
262
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
conforme ela entra na zona de carregamento e também. Deve ser evidente que uma correia
na zona de descarga. possa ser condicionada a operar em direção
reta, com metade dos roletes acertados em
Técnicas para Testes de Correia uma direção, e a outra metade acertada na
A técnica de teste de correia mais básica é direção oposta, mas isso ocorreria em termos
o ajuste de roletes. Testar uma correia usando de aumentar a fricção de rolagem entre a
seus roletes de carga e retorno é bem-sucedido correia e os roletes. Condutores ajustados em
ao se trocar o eixo do rolete em relação ao direções diferentes em uma tentativa de testar
trajeto da correia. Esse método é comumente a correia geram fricção adicional, resultando,
chamado de “acertar os roletes”, pois a base do desnecessariamente, em desgaste aumentado
rolete é ajustada pelo impacto de um martelo na cobertura inferior da correia e consumo de
(Figura 16.15). potência aumentado.
Testar uma correia pela alteração de posição Devem ser feitos ajustes apenas aos roletes –
de um ou mais roletes é igual a ajustar uma nunca às polias. As polias devem ser mantidas
bicicleta com seu guidão (Figura 16.16). niveladas com seu eixo de 90o para o trajeto
Quando você puxa uma ponta do guidão (ou pretendido da correia.
do rolete) em sua direção, a bicicleta (ou a
correia) vira nessa direção. Isso é equivalente Outras Técnicas para Centralizar a
à regra básica de teste de correias: a correia Correia
será ajustada ao lado do rolete que ela tocar Outra abordagem para centralizar a correia é 16
primeiro. sacudir os roletes de carregamento levemente,
até 2o, na direção do trajeto da correia. A
Esse princípio de ajuste do guidão é fricção da correia nos roletes alados gera
interessante, mas apenas se a correia tem um uma força central que é direcionada para a
contato firme com os três roletes convexos. linha central da correia. Isso pode ser feito
Então, antes de testar uma correia, é necessário simplesmente inserindo lavadores de metal
verificar se ela está bem encaixada em
todos os pontos pelo lado de carregamento, Figura 16.16
mesmo quando não carregada. Se ela não
Testar uma correia pela
estiver “encaixada” no vale, pode haver um alteração de posição
problema de compatibilidade com a estrutura de um ou mais roletes
(Figura 16.17). Uma correia muito espessa e é igual a ajustar uma
bicicleta com seu
inadequada para um determinado transportador guidão. Quando você
nunca pode ser alinhada corretamente. puxa uma ponta do
guidão (ou do rolete) em
Os ajustes aos roletes devem ser pequenos. sua direção, a bicicleta
Uma pesquisa da Universidade de Newcastle, (ou a correia) vira nessa
direção.
na Austrália, mostrou que, uma vez que um
rolete é acertado depois de um determinado
ponto, ele não corrigirá mais o trajeto da
correia, pois esta desliza pelo rolete como um
carro escorregando por um caminho de gelo
(Referência 16.2).
263
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
264
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
265
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
266
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
267
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
268
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
269
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
270
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
Variações de Alinhadores de
Correia Multipivô Figura 16.38
Muitos fabricantes têm criado uma O alinhador multipivô
modificação sútil para o dispositivo de teste de está disponível nos
correia mulipivô (Figura 16.41). Esses usam a modelos para o lado
angulado (ou lado
mesma geometria de amplificação de força, mas carregador) ou o
o rolete desliza lateralmente tão bem quanto lado de retorno do
pivoteia. Com o sistema condutor deslizante, o transportador.
rolamento sensível deve superar a resistência de
pivotamento tanto quanto a força de fricção de
tentar mover rolete sob a correia. Isso diminui
muito a força de direcionamento absoluta desse Figura 16.39
sistema de teste.
Com os rolamentos
postos ao centro da
Alinhadores de Pivotagem Livre correia, os dispositivos
de alinhamento
Fabricantes têm desenvolvido roletes de multipivô podem
alinhamento onde o rolamento de direção sentir movimentos
também serve como rolamento sensor. Com menores da correia e
fazer correções após
esse modelo, há um suporte no centro do desalinhos muito
rolamento, de modo que o final do rolamento delicados.
possa girar em torno do eixo desse rolamento,
assim como rolar. A manivela do pivô
271
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
lado do rolamento, ela cria uma grande força volta para o centro. Quando a correia está se
de fricção naquele lado. Como reação, o movendo, a força em cada lado do condutor
rolamento do alinhador vai pivotear, movendo- equilibra-se, e o condutor volta à posição que é
se para a direção em que a força sinuosa o perpendicular à superfície da correia.
estiver empurando. De acordo com o princípio
básico do direcionamento de correia, o Embora essa solução seja efetiva e tenha
rolamento pivô vai direcionar a correia de poucas partes móveis, ela ainda envolve uma
estrutura de suporte complexa, que é suscetível
Figura 16.40 a resíduos/pós/sucatas do ar. Como as forças
Com os dispositivos
que fazem a unidade pivotear são muito
de alinhamento pequenas, a unidade deve estar bem solta para
mulipivô, a correia pivotear/balancear. Tal liberdade permite que
cruza o rolamento a unidade seja influenciada por condições
direcionador antes que
ele atinja os rolamentos
ambientais muito diferentes, fazendo, então,
guia. Dessa forma, com que ela balanceie/pivoteie quando a
os rolamentos-guia correia não está vagando.
ajustam a superfície
“corrigida” da correia
preferencialmente à Alinhadores para Transportadores
superfície da correia Reversíveis
desviada.
Transportadores que correm em duas
16 direções têm sido sempre a “última fronteira”
do rastreio de correia. Com transportadores
reversíveis, mesmo os funcionários mais
Sentido do desvio experientes da fábrica hesitam em ajustar
da correia os condutores e realizar os “truques” de
manutenção tipicamente usados para testar
correias vagantes.
272
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
Figura 16.45
Os locais típicos em que
dispositivos de teste são
instalados incluem:
A. Logo antes de a
correia entrar na polia
traseira.
B. Um pouco depois da
zona de carga.
C. Logo antes da polia
de descarga.
Figura 16.46
Alinhadores de correia
devem ser posicionados
de 21 a 50 metros
(70 a 150 pés) de
distância para prevenir
que compitam ou
21 a 50 metros contradigam a ação de
21 a 50 metros
(70 a 150 pés) direcionamento uns da
(70 a 150 pés) outros.
273
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Figura 16.47
Para melhorar
o desempenho
de sistemas de
rastreamento de correia
de retorno, um condutor
de retorno pode ser
instalado antes do
Rolete de Retorno
dispositivo acima da
correia para aumentar a
aderência do condutor
de teste na correia.
Dispositivo de Alinhamento
274
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
275
Seção 3 | Ciclo de Retorno da Correia
Essa força adicional requerida deve ser a solução pode requerer mais força do que
multiplicada pelo número de roletes de o rolete do transportador pode fornecer. A
rastreamento instalados. maioria das empresas de engenharia tem
um fator de segurança aceitável para lidar
É interessante notar que uma correia com imprevistos tais como esse, quando
de 1.800 milímetros (72 polegadas), com desenhado de um transportador, mas trata-se
uma tensão de 175 newtons por milímetro de interesse máximo de operação verificar se
(500 PIW), no lado frouxo terá uma força seu transportador tem força suficiente para lidar
centralizadora de aproximadamente 9,640 com essas cargas altas.
newtons (2.200 lbf) e uma componente de
força centralizadora na direção do percurso de
aproximadamente 589 newtons (134 lbf). Um
CORREIAS NO MUNDO REAL
condutor de tráfego nessa correia requer 1.177
quilowatts (1,6 cv) por rolete de rastreamento. Finalizando…
Se o rolete programável congela, parando de No mundo real, correias transportadoras
rodar e não servindo mais de pivô, ele pode vagueiam. Mas permitir que uma correia
adicionar uma exigência de força substancial. cronicamente saia de rota pode guiar para
danos pessoais, escape de materiais fugitivos
A energia consumida pelas soluções de e danos à estrutura do transportador e da
percurso deve ser considerada ao se selecionar
16 uma solução de percurso. Enquanto alguns
correia. Além disso, configurar uma correia sem
qualquer conhecimento dos efeitos de medidas
métodos de treinamento podem ser eficientes, de configuração pode resultar no uso de energia
Equação 16.3
P = Tm · V · f · k
Calculando a força para
compensar um rolete Dado: Um rolete desalinhado exerce 29 newtons (6.7 lbf) em um sistema transportador. A correia está
programável trafegando a 2 metros por segundo (400 pés/min). A interface de fricção entre a correia e o rolete é 1.
Encontre: A força adicionada à fonte em função do rolete programável.
Variáveis Unidade Métrica Unidade Imperial
P Força Adicionada à Fonte da Correia quilowatts cavalo-vapor
Tm Força de Desalinhamento de Sucção 29 N 6,7 lb f
(Calculada na Equação 16.2)
V Velocidade da Correia 2,0 m/s 400 ft/min
f Coeficiente de Fricção 1,0 1.0
k Fator de Conversão 1/1000 1/33.000
29 · 2 · 1
Métrica: P = = 0,058
1000
6.7 · 400 · 1
Imperial: P = = 0.081
33,000
P Força Adicionada à Fonte da Correia 0,058 kW 0.081 hp
276
Alinhamento das Correias | Capítulo 16
A Seguir…
Este capítulo sobre Alinhamento das
Correias, o último capítulo da seção Ciclo de
Retorno da Correia, explicou como materiais
fugitivos podem causar o desalinhamento da
correia e como, por sua vez, o desalinhamento
da correia pode aumentar a quantidade de
material fugitivo. O capítulo seguinte, Panorama
de Controle de Pó, inicia a próxima seção sobre
Controle de Pó.
277
Chapter Title | Chapter #
SEÇÃO 4
CONTROLE DE PÓ
• Capítulo 17................................................................................................................................... 280
PANORAMA DE CONTROLE DE PÓ
279
Seção 4 | Controle de Pó
Figura 17.1
Pó no ar é um problema
comum em operações de
tratamento de materiais a
granel.
17
Capítulo 17
PANORAMA DE
CONTROLE DE PÓ
280
Panorama de Controle de Pó | Capítulo 17
281
Seção 4 | Controle de Pó
282
Panorama de Controle de Pó | Capítulo 17
Níveis de Exposição a Pó Admissíveis para Oito Horas Diárias, de Acordo Tabela 17.2
com a Administração de Saúde e Segurança Ocupacional (OSHA) (EUA)
Pó total 15 mg/m3
283
Seção 4 | Controle de Pó
organizados. Ninguém quer os valores das suas Também deve ser feita menção de outras
propriedades comprometidos pelas emissões agências regulatórias, que, embora não sejam
da operação de uma indústria. Os grupos formalmente responsáveis pelo controle de
comunitários preferem reclamar e procurar liberação de pó, são responsáveis por outros
apoio, acionistas, grupos ambientais e agências aspectos do controle governamental das
regulatórias. A necessidade de expandir uma operações industriais, como mapeamento
operação, como uma fábrica agregada, muitas e permissões de uso da terra. Esses corpos
vezes traz discursos permissivos longos e regulatórios estão sujeitos e vulneráveis às
opositores. influências externas, inclusive dos residentes da
vizinhança, proprietários (e/ou desenvolvedores
Uma solução para os processos permissivos potenciais) ou tratados de terra adjacentes e
cada vez mais complicados é a operação manter grupos de interesse ambiental.
boas relações de trabalho com as comunidades
em que ela opera. Esforços como doações da Problemas no Processo
comunidade e visitas à fábrica contribuem para
revelar a operação e demonstrar o valor que a Além das questões ambientais, de segurança
fábrica fornece e os esforços que ela faz para se e de saúde discutidas, há uma série de motivos
tornar um bom vizinho. para controlar o pó fugitivo, a fim de melhorar
o processo internamente.
Esses esforços podem se tornar desagradáveis
se as nuvens de pó aumentarem a partir O pó afeta a qualidade de uma operação
dos equipamentos de operação regular ou industrial e seus resultados. Ele contamina a
periódica. fábrica e possivelmente até mesmo o produto
final. O pó se acomodará em sensores e
instrumentos sensitivos, comprometendo a
Agências Regulatórias
capacidade do instrumento de monitorar um
Além dos perigos explosivos e para a saúde processo e confundindo os dados fornecidos
provenientes do pó, a operação deve ter para os operadores. Em algumas operações
ciência da natureza visual da poluição por pó.
17 Crescentemente as indústrias que produzem
industriais, como sintetização de ferro e fábricas
de pelotização, o pó no processo é um agente
pó são inspecionadas e investigadas devido à contaminante que afeta negativamente os
poluição visual para as casas e os comércios resultados.
dos arredores. É muito mais fácil identificar
uma nuvem de pó a certa distância do que um Outro perigo do pó no ar refere-se à
vazamento. Por esse motivo, uma operação categoria de dano à propriedade. Se existe um
com materiais a granel deve estar atenta material corrosivo, é o pó. Como o pó no ar se
ao clima ambiental na área onde ela esteja acomoda em toda a superfície dentro de uma
operando. operação, há um potencial de dano massivo
devido à corrosão ampla na operação. O pó
As agências regulatórias são encarregadas será atraído pela sucção de ar em motores e
de proteger a saúde dos trabalhadores e de bombas, causando uma falha imprevista desses
terceiros. Adequadamente, elas monitorarão e equipamentos caros e substanciais.
revisarão os resultados do nível de pó quanto a
outras pessoas, inclusive vizinhos preocupados O pó representa uma perda de material
com a proteção da sua propriedade e grupos valioso, um material pelo que se paga e,
preocupados com o ambiente em geral. Além em muitos casos, possui certo nível de
disso, elas estão suscetíveis à pressão dos grupos processamento aplicado a ele. O pó fugitivo
de interesse e da mídia. representa uma oportunidade perdida de
lucro. Em algumas fábricas, o pó no ar terá
Como resultado, muitas empresas e/ou uma concentração mais alta do mineral alvo da
operações em geral controlam a discussão de operação do que do conjunto geral de materiais.
seus limites regulatórios e dos resultados dos Descobriu-se que o pó em grandes minas de
testes. A gerência não quer que o assunto seja metal precioso possui mais ouro e cobre do que
discutido fora da fábrica, pois os resultados matéria-prima, com concentrações aumentadas
podem ser “ruins”, os dados estão sujeitos à má de 25% a 100%. A recuperação desse pó
interpretação de quem vê por fora e a discussão valioso proporciona um retorno significativo no
aponta que o pó é uma tarefa da fábrica. investimento de sistemas de controle de pó.
284
Panorama de Controle de Pó | Capítulo 17
285
Seção 4 | Controle de Pó
para analisar as concentrações é semelhante calculada a partir desse valor, pela medição
à amostragem básica em local específico, mas da diferença na força do sinal enviado e do
esses sistemas podem ser muito mais precisos e sinal recebido (Figura 17.6). Podem ser
controlados. Os resultados podem ser gerados usados equipamentos mais elaborados para
para um computador ou para outro aparelho de medir o tamanho das partículas, Embora esse
controle, permitindo que as leituras sejam feitas equipamento seja muito preciso, ele tende a ser
remotamente. caro e não é portátil. Esse tipo de sensor seria
empregado por uma operação para controlar
Outra versão do amostrador de pó em uma peça particular do equipamento.
local específico é o alinhador de opacidade
por micro-ondas. Esse aparelho opera pela Leituras de Opacidade Visual
liberação de luz ou micro-ondas em uma
faixa de ar. A luz ou radiação é desviada ou A leitura de opacidade visual é realizada por
absorvida pelo pó no ar. A energia é medida um inspetor treinado e autorizado que observa
pela faixa de ar, e a quantidade de pó pode ser a área por uma determinada quantidade de
tempo e registra a quantidade de pó visível
Figura 17.3 no ar. Embora esse método seja acusado de
As vasilhas no chão
ser subjetivo, ele é amplamente regulado e
distribuídas pela geralmente aceito entre agências de proteção
parte posterior do ambiental nos Estados Unidos.
transportador foram
colocadas para coletar
amostras de pó neste Aparelhos Portáteis Eletrônicos de
local. Medição de Pó
A tecnologia está sempre tentando
fazer métodos de “tecnologia mais alta”
(mais científica) de medição de pó mais
portátil. Aparelhos portáteis podem medir
concentrações, tamanho de pó e muitas outras
17 propriedades do pó. Conforme a tecnologia
avança, esses aparelhos vão se tornando menos
caros e mais comumente vistos no campo
(Figura 17.7).
Figura 17.4 18 19 20
Esse desenho mostra
BAIXO
o plano de coleção de
pó e vazamento pelas
EL. 526” -0”
polias traseiras de dois
transportadores. B7
B8 15 16 17
B4
5A
12 13 14
B5 B6
7
5B
4 5 6
B1 B2 UP
BAIXO
1 2 3
286
Panorama de Controle de Pó | Capítulo 17
micro-ondas usa a
Estimativa da Relatividade de Medida). diferença na força do
sinal enviado e do
ISO 7708 Air Quality Particle Size sinal recebido para
Frac¬tion Definitionsjòr Health-Related determinar a quantidade
Sampling (Qualidade do Ar – Definições de pó no ar.
de Frações de Tamanhos de Partículas para
Partícula de pó Sinais de Micro-
Amostragem Relacionada à Saúde). ondas
287
Seção 4 | Controle de Pó
Figura 17.8
Pó Velocidade do Ar
Equação para α Tamanho da Partícula • Coesão
cálculo da poeira em
suspensão.
Gerado
288
Panorama de Controle de Pó | Capítulo 17
289
Seção 4 | Controle de Pó
290
Panorama de Controle de Pó | Capítulo 17
Para haver uma explosão de pó, precisam combustão, é gerada uma explosão.
ser apresentados os seguintes fatores: um Essa explosão rápida de gases gerará
pó combustível confinado na concentração sobrepressões significativas e destrutivas
certa, um gás que suporte ignição e uma fonte que podem até mesmo demolir o prédio,
de ignição. Muitos resíduos de pó, inclusive causando ferimentos e danos maiores.
substâncias químicas, produtos alimentícios,
fertilizantes, plásticos, materiais de carbono e C. Explosão primária ou secundária.
certos metais, são altamente combustíveis; o Uma explosão inicial pode causar explosões
primeiro requisito para uma explosão de pó. secundárias por provocar, dispersar e
Naturalmente, qualquer aparelho de coleção inflamar novas fontes de pó afastadas a
de pó contém nuvens dessas partículas finas alguma distância da explosão original.
suspensas no ar, o qual é um gás que suporta Explosões secundárias podem ser mais
ignição por si só; o segundo requisito. destrutivas que a explosão primária, e cada
explosão pode causar outras explosões
Em qualquer operação mecânica de secundárias.
tratamento de materiais, há uma série de
possíveis fontes de ignição; o terceiro requisito D. Magnitude.
para uma explosão de pó: A velocidade e força de uma explosão
A. Falhas mecânicas que causam fricção ou são funções diretas de uma característica
faísca entre metais. mensurável denominada índice de
deflagração. Explosões de pó podem ser
B. Lâminas e ventiladores que faíscam quando mais prejudiciais que explosões causadas por
são obstruídas por um objeto externo. gases inflamáveis.
291
Seção 4 | Controle de Pó
292
Panorama de Controle de Pó | Capítulo 17
Figura 17.10
Material Fluxograma do 17
processo de seleção de
controle de pó
A Umidade é
Aceitável?
SIM NÃO
Coleção de
Supressão de Pó
Pó
293
Seção 4 | Controle de Pó
Para combater o pó com sucesso, qualquer 17.2 Qualquer fabricante e a maioria dos
operação de tratamento de materiais a distribuidores de produtos de transporte
granel deve entender todos os aspectos de podem fornecer uma variedade de mate-
seus problemas. Esses aspectos incluem as riais sobre a construção e o uso de seus
consequências, as fontes, os métodos de produtos específicos.
medição e os métodos de controle. Uma
equipe de operação deve selecionar a solução
mais apropriada com base nas necessidades
da operação e nas limitações da aplicação.
Independentemente da solução escolhida,
a equipe de operação deve ter ciência das
exigências de manutenção e segurança para
manter seu sistema de controle de pó operando
eficientemente.
A Seguir…
Este capítulo introduziu a seção Controle
de Pó e forneceu um panorama do assunto,
enquanto explicava a importância do controle
de pó. Os próximos três capítulos continuarão
17 a discussão de controle de pó, analisando vários
aspectos mais profundamente: Controle Passivo
de Pó, Supressão de Pó e Coleção de Pó. Se
todas as peças do sistema de controle de pó se
encaixarem corretamente, a operação será mais
limpa, mais segura e mais produtiva.
294
Panorama de Controle de Pó | Capítulo 17
17
295
Seção 4 | Controle de Pó
Figura 18.1
Dependendo das
características do
transportador, da zona
de carga e do material
Capítulo 18
CONTROLE
PASSIVO DE PÓ
Minimizando Pó nos Pontos de Transferência............................................................................................. 297
Chutes e Zonas de Acomodação...................................................................................................................... 297
Controle de Ar na Entrada da Transferência................................................................................................ 299
Cortinas de Pó da Área de Saída..................................................................................................................... 299
Bolsas de Pó.......................................................................................................................................................... 300
Especificações Típicas......................................................................................................................................... 301
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 302
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 302
Quando os Controles Passivos Não São Suficientes.. ................................................................................. 303
296
Controle Passivo de Pó | Capítulo 18
297
Seção 4 | Controle de Pó
o fluxo de ar calculado pela transferência, que Zonas de acomodação existentes podem ser
deve ser reduzido a menos de 1,0 metro por prontamente alargadas usando esses sistemas
segundo (200 ft/min). (Consultar Capítulo 11: modulares de calha-guia (Figura 18.4). O
Calhas-Guia, especialmente a Equação 11.2.) sistema modular também pode ser usado
para o projeto e a construção de zonas de
Sistemas Modulares de Calha-guia acomodação em novas construções de ponto
As áreas da calha-guia podem ser construídas de transferência para ter a vantagem de sua
ou alargadas para servir como zonas de simplicidade e fabricação local. Os sistemas
acomodação eficazes através do uso de sistemas modulares facilitam a atualização de sistemas
modulares de parede de chute (Figura 18.3). se forem necessárias alterações nos pontos de
Esses sistemas usam painéis laterais com transferência pela mudança nas especificações
um método de montagem parafusada para do material ou do transportador.
combinar a economia de pré-fabricação com a
facilidade de montagem no local. Eles vêm em Chutes de Fluxo Projetados
tamanhos padrão e podem ser combinados para Uma abordagem avançada para o controle
atender a maior parte dos requisitos da zonas passivo de pó é o uso de chutes de fluxo
de acomodação. projetados. Esses chutes normalmente
incorporam um modelo de curva superior e
inferior que direciona e confina o fluxo de
Figura 18.3 materiais em movimento (Figura 18.5).
Os sistemas modulares
de calha-guia usam
O hood minimiza a expansão da carga
painéis com um material, desviando o fluxo para baixo. A
método de montagem spoon proporciona um chute de carregamento
parafusada, para curvado que fornece uma linha leve de
combinar a economia
de pré-fabricação
inclinação, assim, o material desliza para
com a facilidade da o receptáculo, seja ele um canal seja a
18 montagem no local. área de carga de outro transportador. A
spoon “alimenta” o material nivelado e
consistentemente controla a velocidade, direção
e o nível de impacto do material na área de
carga.
Figura 18.4
O sistema modular pode Basicamente, esses chutes de curva superior
ser usado para projeto e inferior mantêm o fluxo de material em um
e construção das zonas perfil rígido e minimiza o distúrbio do fluxo
de fixação em um novo
ponto de transferência natural de material através da transferência.
ou na modificação de Manter o material em um corpo consolidado
pontos de transferência reduz a quantidade de ar que é induzida para o
existentes. ponto de transferência; controlar o caminho do
material reduz o impacto e, portanto, a geração
de pó.
298
Controle Passivo de Pó | Capítulo 18
Em alguns casos, tanto a curva superior Muitas vezes, essas barreiras são formadas
quanto inferior são usados, mas não os dois. por cortinas ou folhas de borracha. A ideia é
Algumas vezes, não há espaço suficiente fechar o máximo possível da área para reduzir
para incluir ambos no desenho. Para a quantidade de ar que será atraída para o fluxo
materiais muito aderentes, a tampa pode ser de material conforme o material se espalha
usada para direcionar o fluxo para baixo, quando é descarregado pela polia motriz.
para o carregamento central. Essa variação
normalmente é vista em transportadores longos Devem ser considerados transportadores
terrestres usados para materiais altamente suportados por ar, pois eles possuem a
variáveis ou para materiais aderentes, como vantagem de um lado de carregamento
concentrado de níquel e bauxita. A gravidade restrito, que isolará o fluxo de ar para o chute
e o fluxo de materiais tendem a evitar que o de descarga. Usar barreiras para bloquear
hood se acumule e conecte ao chute. Em outros o fluxo de ar para o chute de descarga
casos, com materiais de fluxo livre, apenas a reduzirá a capacidade do material espalhado
spoon é usada para alterar a direção do fluxo de penetrar ar no fluxo de materiais; ar que
para minimizar a abrasão da correia e a pressão eventualmente seria liberado quando o fluxo
no lado da calha-guia. As curvas inferiores de material alcançasse outra correia, canal de
estão propensas a recuar se as características armazenamento ou outra pilha de estoque.
dos materiais a granel forem variáveis. É igualmente importante controlar todas as
Algumas exceções podem ser elaboradas outras aberturas no chute para minimizar as
para a variabilidade de materiais. O resultado áreas abertas onde o ar possa penetrar o chute
principal do uso do conceito de curva superior ou onde possa ser expelido pó do chute. As
e inferior é o custo inicial desses componentes aberturas e portas de acesso em torno dos
especialmente projetados. No entanto, onde sensores precisam ser ajustadas com vedação.
eles puderem ser aplicados e controlados, eles
Uma técnica para reduzir a indução de ar
oferecerão benefícios significativos na redução
na entrada da correia para a área de carga é
de pó, vazamento e desgaste da correia.
a instalação de uma barreira – muitas vezes
O sistema de curva superior e inferior opera formada por uma cortina de pó, uma correia 18
melhor quando a taxa de fluxo de materiais usada ou uma folha de borracha – entre o ciclo
a granel é mantida o mais uniforme possível. de retorno e o ciclo de carga. Colocada de
O sucesso desse sistema bem pode eliminar a um lado do chute frontal ao outro, a barreira
necessidade de sistemas de coleção ativa de pó isola parcialmente a polia motriz, afastando-a e
em muitas operações. (Consultar Capítulo 22: reduzindo o fluxo de ar. Todas as aberturas no
Chutes de Fluxo Projetados.) chute frontal devem ser vedadas para reduzir
ao máximo o ar induzido. Isso pode incluir
retentores, portas de inspeção, aberturas de
raspadores e áreas de entrada e saída da correia.
CONTROLE DE AR NA ENTRADA
DA TRANSFERÊNCIA
A carga de material começa a se espalhar CORTINAS DE PÓ DA ÁREA DE
conforme ela deixa a polia motriz. Conforme SAÍDA
ela se espalha, ela tenta atrair mais ar.
Portanto, a área de entrada do chute deve ser Outra técnica para o controle passivo de pó é
o mais selada possível para impedir que seja a instalação de cortinas perto da ponta de saída
introduzido mais ar pelo fluxo de material em na área da zonas de acomodação do ponto
movimento. de transferência (Figura 18.7). Aqui, onde a
299
Seção 4 | Controle de Pó
300
Controle Passivo de Pó | Capítulo 18
há uma quantidade grande de ar gerado para causar uma faísca, que, consequentemente,
controle. Essas bolsas filtram o ar de saída pode provocar uma explosão, se as condições
para minimizar o escape de pó no ambiente da estiverem predispostas a isso. Para combater
fábrica. Esses sistemas consistem em um canal esse fenômeno, os fabricantes das bolsas estão
aberto no teto da seção de contorno, com uma costurando uma grade de aço inoxidável no
bolsa ou manga de filtragem esticada sobre a material e aproximando-a do chão para dissipar
parte superior do canal (Figura 18.10). Essas qualquer carga acumulada. Essa dissipação
bolsas podem ser anexadas com um simples também pode ser realizada pela costura de
grampo circular à borda do canal. A pressão fibras de carbono condutivas no tecido. Se
positiva do ar é atenuada através da bolsa de pó, houver um potencial de pó explosivo, devem
e o pó é capturado dentro da bolsa. O ponto ser usadas bolsas de pó de dissipação estática.
de transferência pode precisar da instalação de
mais de uma dessas bolsas de pó, dependendo
do tamanho e da permeabilidade da bolsa e do ESPECIFICAÇÕES TÍPICAS
fluxo de ar do ponto de transferência.
A. Bolsas de pó.
As bolsas de pó geralmente apresentam A cobertura da calha-guia será ajustada com
um anel isolante em sua parte superior, que uma (ou mais) bolsas de pó para atenuar
permite que ela seja suspensa pelos suportes o fluxo de ar positivo excessivo e capturar
no alto (Figura 18.11). Embora a bolsa possa
ser estendida sem o braço de suporte, ela deve
Figura 18.9
estar sujeita ao vento ou pode dobrar do lado,
vulnerável a danos. Nas instalações onde essas As bolsas de pó podem
ser protegidas do clima
bolsas de liberação de pressão estão sujeitas a e ainda fornecem um
influências ambientais, como neve e chuva, as método de coleção de
bolsas devem ser instaladas em um abrigo de pó sem a necessidade
proteção. de um sistema de
filtragem de coleção.
Cada bolsa possui certa capacidade de fluxo 18
de ar baseada na permeabilidade do material
de filtragem e na área de superfície da bolsa.
O tamanho e o número de bolsas necessárias
estão diretamente relacionados às propriedades
Figura 18.10
da bolsa. (Consultar Tópicos Avançados:
As bolsas de pó
Calculando o Tamanho da Bolsa de Pó.)
consistem em um canal
aberto no teto da seção
Uma bolsa de pó normalmente é instalada de contorno, com uma
em um ponto com um terço do comprimento bolsa ou manga de
do chute de transferência para baixo da área de filtragem esticada sobre
a parte superior do
carga. É recomendada a instalação de cortinas
canal.
de pó dentro da área de calha, uma em cada
lado da bolsa, pois isso reduzirá o fluxo de ar,
permitindo a saída de mais ar pela bolsa de pó.
301
Seção 4 | Controle de Pó
302
Controle Passivo de Pó | Capítulo 18
303
Seção 4 | Controle de Pó
Figura 19.1
A supressão de pó é
a aplicação de água,
ou água aditivada com
substâncias químicas, para
aglomerar com partículas
de pó e aumentar sua
massa, a fim de impedir a
liberação de pó no ar.
19
Capítulo 19
SUPRESSÃO DE PÓ
304
Supressão de Pó | Capítulo 19
305
Seção 4 | Controle de Pó
306
Supressão de Pó | Capítulo 19
307
Seção 4 | Controle de Pó
Outro problema que ocorre em sistemas que significa que eles podem absorver umidade
de supressão com “água processada” é a do ar. O carvão tem a capacidade de absorver
possibilidade de excesso de umidade nos a umidade livre a níveis de 2% a 45% do seu
materiais, que pode diminuir o desempenho peso. Essa absorção ocorre rapidamente, com
de geração de energia ou outros sistemas de ganho de peso de 1,5% a 5,5% nos primeiros 15
processamento térmico. O excesso de água minutos de exposição. O estado de equilíbrio
adicionado ao carvão ou ao coque usado para ocorre dentro de 3 a 5 dias de exposição.
combustíveis de ebulição resulta em uma Muitas vezes, essas mudanças naturais são
penalidade térmica que pode ter um efeito muito mais significativas do que a quantidade de
degradante nas taxas de aquecimento. Quanto água adicionada por um sistema de controle de
mais água é adicionada, maior é a penalidade. pó bem elaborado e mantido. Qualquer adição
de água pode representar um aumento de
Penalidade Térmica para a Adição custo ao sistema e afetar a frequência de calor
de Umidade e a eficiência da fábrica. Portanto, os esforços
Há uma penalidade de desempenho para minimizar a adição de umidade devem ser
substancial adicionada à combustão e outros cuidadosamente considerados.
processos térmicos, quando a quantidade Com o poder calorífico do carvão
de água do combustível é aumentada abrangendo de 16.300 quilojoules por
significativamente. Em aplicações como usinas quilograma (7000 BTU/lbm), para lignito, a
de carvão e indústrias de cimento, a água 27.900 quilojoules por quilograma (12.000
adicionada ao material envolvido deve ser BTU/lbm), para carvão betuminoso, uma usina
“queimada” pelo processo. Isso pode reduzir perde consideravelmente o calor de 1 a 1,5
drasticamente a eficácia da operação e aumentar quilogramas por tonelada (1,9 a 3,3 lbm/st) para
os custos de combustíveis. cada 1% de umidade adicionada à operação de
Alguns materiais a granel estão suscetíveis a tratamento de carvão. A usina deve adquirir,
variar naturalmente o conteúdo de umidade da manusear e queimar mais combustível para
compensar a umidade adicionada. (Consultar
19 sua exposição ao ambiente no armazenamento
ou durante o transporte. Muitos materiais a Tópicos Avançados: Penalidade Térmica em
granel, como o carvão, são higroscópicos, o uma Usina de Carvão.)
10-50 litros por 3-25 litros por 0,5-2 litros por 0,1-0,5 litros por
tonelada tonelada tonelada tonelada
(2,4 – 12 gal/st) (0,75 – 6 gal/st) (0,125 – 0,5 gal/st) (0,025 – 0,125 gal/st)
5%
5%
4%
3%
2.5%
2%
1%
0% 0.2% 0.05%
Jato de Jato de Água/ Espuma de Água/ Fumaça
Água Pleno Surfactante Surfactante
Tipos de Sistema de Supressão de Pó
308
Supressão de Pó | Capítulo 19
309
Seção 4 | Controle de Pó
310
Supressão de Pó | Capítulo 19
311
Seção 4 | Controle de Pó
As objeções aos sistemas de supressão uma boa supressão de pó. Isso proporciona o
por água aditivada com substâncias químicas benefício de adição limitada de umidade com
incluem os custos constantes de aquisição custo mínimo de substâncias químicas, devido às
de aditivos químicos. Os custos podem ser taxas mais altas de diluição com os surfactantes
mais altos, principalmente considerando a aplicados ao jato.
mortificação e depreciação do equipamento.
312
Supressão de Pó | Capítulo 19
313
Seção 4 | Controle de Pó
Penalidade Térmica
27.852–139.260 kJ 8.356–69.630 kJ 1.393–5.570 kJ 279–1.393 kJ
(6.400–132.000 BTU) (7.920–66.000 BTU) (1.320–5.280 BTU) (264–1.320 BTU)
5%
5%
4%
3%
2,5%
2%
1%
0,2% 0,05%
0%
314
Supressão de Pó | Capítulo 19
315
Seção 4 | Controle de Pó
escolhidos para colocação das mangueiras e eficaz quando aplicada no ponto de descarga
o padrão de distribuição são tão importantes, de um misturador ou do transportador,
se não mais do que a seleção da substância onde o corpo de materiais está misturado e
química a ser aplicada (Figura 19.9). Mesmo espalhado (Figura 19.10). Aqui, as forças do
o programa melhor elaborado não terá sucesso movimento do material dobrarão o supressor
se a substância supressora não for distribuída no fluxo de material conforme ele se mover
no local correto para permitir a mistura do através do ponto de transferência e na correia
supressor e dos resíduos de pó. transportadora. A aplicação do supressor nesse
ponto permite que a espuma penetre no fluxo
O sucesso do esforço de supressão no ponto de material e capture cada partícula, em vez de
de transferência depende da mistura adequada permanecer na camada externa do material.
de materiais e do supressor. Se o supressor for
simplesmente água ou uma mistura de água/ A Importância da Qualidade da
surfactante como jato ou espuma, é melhor Água
localizar o sistema de supressão no ponto
em que os materiais deixam a polia motriz. A qualidade da água desempenha um papel
Conforme os materiais deixam a polia motriz, importante na eficácia de qualquer programa
eles se espalham, e o ar penetra no fluxo de de supressão de pó. A capacidade de gerar
materiais transportados. O supressor será uma espuma aceitável depende amplamente
direcionado para os materiais pela pressão da qualidade da água usada. Dependendo
negativa do ar. Conforme o supressor e do sistema de supressão de água usado,
os materiais transportados passarem pelo é importante filtrar a água, removendo as
chute, eles continuarão se misturando, partículas entre 5 e 40 mícrons, e ter a água o
proporcionando uma dispersão eficaz. mais próximo possível do pH neutro.
MANUTENÇÃO DO SISTEMA
Sem dúvida, uma das causas mais comuns
de falha nos sistemas de supressão de pó é a
falta de manutenção preventiva. As mangueiras
devem ser verificadas; os filtros devem ser
limpos; as bombas lubrificadas; os níveis
químicos verificados; as configurações da
Figura 19.10
aplicação checadas, e as taxas de fluxo de água e
A supressão por ar ajustadas regularmente, ou mesmo o melhor
espuma é mais eficaz
quando aplicada onde o
sistema estará destinado a falhar. É importante
material está misturado, consultar as instruções do fabricante para
como na descarga diretrizes sobre os procedimentos e intervalos de
de um britador ou do serviço adequados dos componentes do sistema.
transportador.
Alguns fornecedores de substâncias químicas
e equipamento de supressão de pó agora
oferecem um serviço de rotina como parte do
pacote do seu sistema. É prudente considerar
essa solução, uma vez que ela dispensará a
equipe de operação e manutenção interna para
outras tarefas, enquanto garantirá a operação do
sistema de supressão de pó.
316
Supressão de Pó | Capítulo 19
C. Módulo de bombas.
ESPECIFICAÇÕES TÍPICAS
O sistema de supressão de pó incluirá um
As especificações típicas a seguir pertencem
módulo de bombas, contendo uma bomba
apenas aos sistemas de supressão de pó por
de proporção [0 a 76 litros por minuto
espuma.
(0 a 20 gal/min)] com a adição de 0,2% a
A. Mistura espumada. 1,5% de aditivo, um regulador [170 a 520
quilopascais (25-75 lbf/in.2)], uma válvula de
A área de carga do transportador será escape e um medidor de fluxo [0 a 76 litros
equipada com um sistema de supressão de por minuto (0 a 20 gal/min)].
pó que aplica uma mistura espumada de
substâncias químicas supressoras e água para D. Câmara de espuma.
minimizar o escape do pó no ar.
O ar e a mistura de água/aditivo serão
B. Aditivo. combinados em uma câmara de espuma. As
entradas das linhas de água/aditivo e de ar
O sistema de supressão de pó funcionará serão equipadas com válvulas de checagem
pela medição de um aditivo de supressão de para impedir o fluxo reverso. Uma barra de
pó a um suprimento de água, gerando uma ar localizada na câmara de espuma permitirá
mistura espumosa de água e suplemento que o controle da pressão do ar gere uma
e aplicando essa mistura sobre o corpo espuma totalmente desenvolvida.
do material. Essa mistura estimulará a
aglomeração das partículas finas e inibirá o E. Mangueiras.
espalhamento do pó.
A espuma produzida será aplicada ao
Os sistemas de supressão de pó em
ambientes frios devem incorporar medidas
para manter o sistema operando em
condições de resfriamento, ou o sistema deve
317
Seção 4 | Controle de Pó
318
Supressão de Pó | Capítulo 19
319
Seção 4 | Controle de Pó
320
Supressão de Pó | Capítulo 19
A Seguir…
Este capítulo sobre Supressão de Pó é o
terceiro capítulo da seção Controle de Pó,
depois de Panorama de Controle de Pó e
Controle Passivo de Pó. O capítulo seguinte,
o capítulo final relacionado a controle de pó,
continua o assunto de controle ativo de pó, com
foco em Coleta de Pó.
19
321
Seção 4 | Controle de Pó
Figura 20.1
Com sistemas de coleta
ativa de pó, a energia
externa é despendida
para reunir o ar ou separar
os materiais do fluxo de
ar antes que o ar seja
liberado.
20
Capítulo 20
COLEÇÃO DE PÓ
322
Coleção de Pó | Capítulo 20
323
Seção 4 | Controle de Pó
Os materiais secos podem gerar problemas as forças exercidas pelo fluxo de ar sejam
secundários de pó durante a descarga e mínimas.
o descarte. O descarte de lama pode ser
outro problema de tratamento de materiais Os três tipos primários de separadores por
para um coletor úmido. Podem ocorrer inércia são:
problemas de poluição de água se o lixo da
A. Câmaras de assentamento ativo.
água não for tratado adequadamente.
B. Câmaras defletoras (chicana).
324
Coleção de Pó | Capítulo 20
325
Seção 4 | Controle de Pó
Pó
326
Coleção de Pó | Capítulo 20
327
Seção 4 | Controle de Pó
Ar repleto de pó
328
Coleção de Pó | Capítulo 20
Figura 20.10
O sistema de unidade
coloca coletores de
pó menores próximo
a pontos de geração
de pó individuais ou
convenientemente
agrupados. (Obs.: Os
coletores de pó são
mostrados em laranja.)
329
Seção 4 | Controle de Pó
330
Coleção de Pó | Capítulo 20
para uma aplicação com base nas especificações rapidamente, e o sistema de supressão de pó
do pó a ser coletado. Por exemplo, se o pó será maior e mais caro do que o necessário. A
coletado está a uma temperatura próxima ao localização deve ser escolhida para minimizar a
limite de um filtro padrão, pode ser escolhido captura de partículas grossas, que se assentam
um meio de alta temperatura. Com materiais rapidamente, e, em vez disso, capturar apenas
combustíveis, deve ser usado um meio de pó fino.
filtragem antiestático.
Para os pontos de transferência, normalmente
Muitos fabricantes de filtros publicam listas são necessários vários pontos de foco de
de relação ar-tecido para seus vários produtos. coleção de pó (Figura 20.14). O ponto de
A relação ar-tecido é definida como o fluxo de foco principal de coleção de pó é posicionado
ar em metros cúbicos por segundo aproximadamente a duas vezes a largura da
(ft3/min), dividido pela área do meio de correia após o ponto de carga, para coletar
filtragem em metros quadrados (ft2). A três quartos do volume de ar em movimento.
relação ar-tecido adequado depende do tipo Muitas vezes, um ponto de foco de coleção de
e da concentração de pó e do tipo de meio pó é localizado na área de entrada da correia
de filtragem. Essas listas devem servir como do ponto de transferência (na caixa traseira e
diretrizes, sendo modificadas por variáveis exatamente antes da área de carga). Esse ponto
como tamanho da partícula de pó, temperatura de pó deve tomar aproximadamente um quarto
do processo e presença de umidade. O do movimento do ar total calculado (Figura
representante do fornecedor de sistemas pode 20.15).
oferecer informações detalhadas de aplicação.
O Tamanho de um Sistema de
A maioria dos meios de filtragem requer Coleção
um bolo de pó na sua superfície para atingir a
eficiência de coleta desejada. Muitas pessoas O livro da Conferência Americana de
pensam que, quanto mais limpos os sacos, Higienistas Industriais do Governo (American
mais baixa a emissão. Isso não é verdadeiro: Conference of Governmental Industrial
Hygienists), Industrial Ventilation, é uma fonte
limpar excessivamente os sacos de pó perderá
amplamente usada para informações sobre
20
o benefício do bolo de pó no filtro e, portanto,
reduzirá a eficiência da operação. sistemas de controle de pó. Originalmente
publicado em 1951, esse livro oferece cálculos
Os fabricantes de coletores de pó padrão para muitas situações de controle
normalmente oferecem uma opção valiosa em de pó, inclusive pontos de transferência
um controlado Delta P (ΔP), um dispositivo do transportador. No entanto, embora as
que “pulsa” automaticamente a manga para especificações fornecidas no Industrial
limpar os filtros que a pressão diferencial – a Ventilations possam demonstrar utilidade em
diferença entre o lado limpo e o lado sujo do algumas circunstâncias, esse volume não deve
filtro – aumenta acima do valor recomendado. ser considerado como referência para sistemas
de transporte. Experiências têm mostrado que
Tamanho e Localização das muitos dos dados do Industrial Ventilations
Captações de Pó não são mais apropriados para pontos de
transferência. Fornecedores de referência que
Um antigo dito popular diz: “As três coisas
possuem experiências práticas em projeção,
mais importantes para um negócio rentável são
instalação e manutenção de sistemas de coleção
local, local e local”. A mesma verdade se aplica
de pó para transportadores com correias têm
à coleção de pó: o elemento mais crucial na
desenvolvido métodos novos e mais sofisticados
elaboração de um sistema de coleção de pó é a
de medir e posicionar sistemas de coleção de pó.
localização dos pontos de pó.
331
Seção 4 | Controle de Pó
Figura 20.14
Muitos pontos de
MANUTENÇÃO DO SISTEMA
transferência requerem A Retenção
Remove 75% do
mais de um local de Ar Expelido Devem ser feitas consultas com os
foco de pó, como o foco
fornecedores de sistemas de controle de pó
principal posicionado
aproximadamente a para determinar os procedimentos e intervalos
A Retenção
dois terços da largura Remove 25% do de reparo necessários para manter uma
Ar Expelido
da correia após o ponto operação eficaz.
de carga.
É importante que os sistemas de controle
de pó sejam elaborados para permitir acesso
Figura 20.15 eficiente ao isolamento e para permitir inspeção
Uma retenção e reparos dos sacos de filtragem e de outros
secundária de pó é componentes.
localizada na área de
entrada da correia do
ponto de transferência
(na caixa de vedação ESPECIFICAÇÕES TÍPICAS
traseira e exatamente
antes da área de carga). A. Coletor de pó.
O ponto de transferência do transportador
será equipado com um sistema de coleção
de pó para capturar partículas espalhadas
no ar e devolvê-las ao corpo principal do
material sem o uso de outros equipamentos
332
Coleção de Pó | Capítulo 20
333
Seção 4 | Controle de Pó
O coletor removível colocará o pó coletado que fosse indicado para o teor de risco
de volta no transportador como pedras adequado.
maiores, eliminando a necessidade de uma
operação secundária para tratar o pó coletado. Resposta: Essa aplicação precisaria de um
O coletor removível também manterá a carga coletor de pó removível que puxasse 50
relativamente valiosa na correia transportadora. metros cúbicos por minuto (1.750 ft3/min),
tivesse 18 metros quadrados (194 ft2) de
O coletor removível seria instalado no ponto meio de filtragem e fosse indicado para o
de transferência da correia transportadora perto grau de risco adequado.
da saída do chute de transferência. Ele puxaria
o excesso de ar e pó através de uma série B. Chute de carvão sub-betuminoso.
de filtros. Em intervalos regulares, o ar seria Dados: Um chute de carvão sub-betuminoso
pulsado através dos filtros, e as partículas de gera 50 metros cúbicos por minuto (1.750
pó, agora aglomeradas, cairiam de volta sobre o ft3/min) de ar; o coletor requer uma relação
transportador. ar-tecido de 2,1 metros por minuto (7 ft/
min) para esse carvão.
334
Coleção de Pó | Capítulo 20
Finalizando…
Este capítulo apresentou apenas um
335
Seção 4 | Controle de Pó
Equation 20.1 vt = k · ρs · D2
Velocidade de captura
das partículas de pó Dados: Uma partícula que possui 0,006 metros (0,020 ft) de diâmetro e uma densidade de partícula de 800
quilogramas por metros cúbicos (50 lbm /ft3). Encontrar: A velocidade de captura da partícula.
Variáveis Unidades Métricas Unidades Imperiais
Velocidade de Captura de
vt uma Partícula em Queda metros por segundo pés por segundo
no Ar
k Fator de Conversão 3,187 X 10 3 15,6 X 10 3
ρs Densidade da Partícula 800 kg/m 3 50 lb m/ft 3
D Diâmetro da Partícula 0,006 m 0,02 ft
Métrico: vt = 3,187x10 3 · 800 · 0,006 2 = 91,8
Imperial: vt = 15,6x10 3 · 50 · 0,02 2 = 312
Velocidade de Captura de
vt uma Partícula em Queda 91,8 m/s 312 ft/s
no Ar
20
REFERÊNCIAS
20.1 dustcollectorexperts.com oferece um
tutorial útil e detalhado sobre vários
sistemas de coleção de pó. Esse site
sem fins lucrativos fornece informações
de base e links para uma série de
fornecedores de equipamentos de
coleção de pó.
336
Coleção de Pó | Capítulo 20
20
337
Chapter Title | Chapter #
Seção 5
CONCEITOS DE VANGUARDA
• Capítulo 21................................................................................................................................... 340
TRANSPORTADORES PRECISOS, SEGUROS E PRODUTIVOS
DESDE SEU DESENHO
339
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Figura 21.1
Uma nova hierarquia
no design é útil no
desenvolvimento de
transportadores que sejam
produtivos, seguros, de
fácil reparo, sem materiais
fugitivos, e de alto custo-
benefício.
21
Capítulo 21
Transportadores
Precisos, Seguros e
Produtivos DESDE SEU
Desenho
O Processo de Desenho...................................................................................................................................... 341
Desenho Seguro.................................................................................................................................................... 342
Desenho Limpo...................................................................................................................................................... 343
Desenho Produtivo............................................................................................................................................... 346
Uma Nova Hierarquia.......................................................................................................................................... 347
340
Transportadores Precisos, Seguros e Produtivos desde seu Desenho | Capítulo 21
Neste Capítulo...
O PROCESSO DE DESENHO
Neste capítulo, a hierarquia tradicional do
Como dito por George E. Dieter, “desenhar
design dos transportadores – 1: capacidade;
é se engajar em alguma coisa nova ou organizar
2: respeito a regras incluindo segurança; e
coisas já existentes de forma a satisfazer uma
3: preço baixo – é questionada. Uma nova
reconhecida necessidade da sociedade”
hierarquia de design, com transportadores que
(Referência 21.1). Desenho é tanto arte quanto
não somente possuam capacidade e respeitem
ciência. O processo de desenho de toda a
regulamentos, mas também sejam 1: limpos
companhia difere, mas em geral inclui:
(controle de materiais fugitivos); 2: seguros (de
fácil manuseio); e 3: produtivos (custo-benefício A. Definição de problema.
e atualizáveis); é a proposta (Figura 21.1).
B. Reunião de informações.
Desde a invenção da correia transportadora, C. Geração de conceito e avaliação.
tem havido mudanças substanciais em regras D. Modelagem e simulações.
de segurança, proteção ambiental, padrões
de construção e capacidade de transporte E. Seleção de materiais.
exigidos desses sistemas. Infelizmente, os F. Revisão de risco, confiabilidade e segurança.
detalhes de desenho e fabricação de correias G. Avaliação de custo.
transportadoras ainda são regidos por “regras de
aproximação” e métodos de desenho que foram H. Desenho detalhado.
transmitidos de uma geração de projetistas para I. Divulgação do desenho.
a seguinte. Apesar dos avanços na informática
para predefinir ações, carcaças sintéticas para Os pormenores desse processo não
correias e melhores tecnologias de controle, os serão discutidos em detalhes aqui, mas é
sistemas de transportes ainda são desenhados importante notar que o processo começa com a
muito parecidos como eram 50 anos atrás. identificação de uma necessidade e a definição
do problema. Esse primeiro passo, apesar de
A maioria dos contratos de projetos de importante, tem geralmente uma visão genérica.
construção e engenharia são conseguidos Com base em como o estatuto do problema
em lances de baixo valor. A prática atual dos é definido, o resultado final pode diferenciar
fornecedores é dar um lance com base no preço sensivelmente.
por quilograma (por libra) de fabricação, com
tempo mínimo de desenho, a fim de serem A proposta de um sistema de correia
competitivos no sistema de baixa oferta. Devido transportadora é encontrar um meio de
a essas pressões competitivas, é uma prática movimentar um ou mais materiais em grande
comum para os fornecedores basear uma quantidade de um ponto a outro. O sistema
proposta em especificações, esboços e desenhos de correia transportadora pode ser quebrado 21
que tenham sido completados previamente em em várias seções ou zonas, com o detalhe e
um sistema similar. Lamentavelmente, para o desenho dessas seções sendo examinados
os proprietários, operadores e mecânicos dos de novos e distintos pontos de vista. Uma
transportadores, essa prática normalmente definição de problema tradicional seria como
resulta em um desenho de 50 anos de idade, transportar um material de tipo, tamanho e
a preços bastante atuais. Se o sistema foi quantidade específicos do ponto A ao ponto B.
desenhado com uma visão ultrapassada, Se os requisitos forem expandidos para incluir
é provável que ele não consiga atender às considerações sobre segurança e minimização
expectativas de hoje. de escape e acúmulo de materiais fugitivos,
então, todo o sistema transportador é visto de
Esse capítulo demonstra como desenhar uma perspectiva diferente. Quando fatores
componentes e partes importantes de adicionais – tais como facilidade de instalação,
transportadores de maneira a deixar precisos, manutenção e limpeza; padronização de
seguros e produtivos os sistemas de transporte componentes; e criação de um desenho de
de materiais a granel. custo efetivo e atualizável – estão inclusos, um
sistema de correia transportadora desenhado
sob esses critérios é bem diferente do típico
sistema transportador feito hoje.
341
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Para começar a mudar para novos e mais Protetores fixos devem ser projetados para
modernos desenhos – desenhos onde precisão, fácil instalação e remoção, a fim de permitir à
segurança e facilidade de reparo também sejam equipe de serviço autorizado realizar funções
incluídos nas considerações iniciais de projeto solicitadas segura e eficientemente e para
–, uma nova e mais compreensível visão de garantir que os protetores sejam retornados ao
como grandes quantidades de materiais são seu lugar quando o serviço estiver completo.
trabalhados deve ser investigada. (Veja Capítulo 2: Segurança.)
342
Transportadores Precisos, Seguros e Produtivos desde seu Desenho | Capítulo 21
343
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
facilidade (Figura 21.7). Para auxiliar na para Materiais a Granel, Sexta Edição, da
redução de geração de pó e garantir que Associação dos Fabricantes de Equipamentos
qualquer material fugitivo passe para o lado de Transportadores (do inglês, CEMA) e em
fora do transportador, essas tampas deveriam outras referências e padrões, é baseada no
ser desenhadas para aplicação com uso de cascalho de lado mais largo que será carregado
vibradores. no transportador sem as coberturas das calhas-
guia. Hoje, muitas calhas-guia são cobertas a
Altura das Calhas-guia fim de conter pó/sucata. É recomendado que
A altura das calhas-guia (parede de chute) calhas-guia sejam projetadas para acomodar o
citada em Transportadores de Correia ar suspenso acima do material a granel. (Veja
o Capítulo 11: Calhas-Guia.) Isso leva a um
requisito que é no mínimo duas vezes a altura
Figura 21.6
que o CEMA recomenda para calhas-guia
Coberturas de pó são
abertas. (Veja o Capítulo 11: Calhas-Guia para
instaladas para reduzir
o acúmulo de material maiores informações sobre calcular a altura
fugitivo. apropriada para calhas-guia cobertas em cima.)
Calhas-guia superiores devem ser projetadas
para incluir pressão significativa, a fim de evitar
resíduos de material.
344
Transportadores Precisos, Seguros e Produtivos desde seu Desenho | Capítulo 21
das calhas-guia. A chapa de desgaste também ou cordas, usados para amarrar alinhadores,
pode ser ajustável a instalações precisas. na proximidade das correias móveis, são
perigos de segurança. Essa questão pode ser
Tamanho das Polias exacerbada trocando condições ou preferências
Por décadas, o tamanho das polias traseira do operador que requerem um alinhador
e de descarga tem sido selecionado a partir de amarrado para segurar a correia em uma
tabelas publicadas por fabricantes de correia, direção pela manhã e ser trocado para amarrar
com diâmetros mínimos de polias baseados a correia na direção oposta à tarde.
em custos mínimos e proporcionando nível Na ausência do alinhamento apropriado da
de tensão seguros para a correia. Determinar estrutura do transportador, substituindo e/ou
o tamanho correto das polias deve incluir a alinhando componentes do transportador que
consideração da facilidade de acesso para estejam causando problemas de alinhamento
o serviço. Uma polia de diâmetro maior – de correia, garantindo que a carga esteja
uma com um diâmetro de, no mínimo, 600 corretamente centralizada ou instalando um
milímetros (24 polegadas) – permitiria um ou mais dispositivos de alinhamento de correia
espaço adequado entre os ciclos de carga e para alinhar apropriadamente e rastrear a
de retorno para a instalação de um chute de correia, esses alinhadores podem ser acertados
proteção de polia traseira e, se necessário, com um mecanismo que permite que eles
um chute de retorno da correia (Figura sejam “listados”, ou isolados em posição, sem
21.10). O espaço adicional que poderia ser recorrer a laços não seguros com fios ou cordas
suprido entre os ciclos de retorno e de carga (Figura 21.11).
da correia permite uma inspeção mais fácil
para os chutes ejetarem materiais fugitivos da
Conduítes e Canaletas
correia. Uma polia maior na descarga da correia
proporciona espaço necessário para a instalação Transportadores proporcionam superfícies
de raspadores de correia em uma posição ótima convenientes para correr utilitários e
de funcionamento. O custo adicional de se componentes elétricos. Por décadas, utilitários
acrescentarem polias maiores é compensado e canaletas elétricas têm sido instalados ao
pelo custo economizado, derivado do efetivo longo da estrutura do transportador com
controle de materiais fugitivos e das horas de pouca atenção aos efeitos dessa localização
baixo rendimento e menos manutenção. na instalação, manutenção e operação dos
componentes do transportador. Esse aspecto
Alinhadores de Correia é particularmente notável nas zonas de carga e
descarga do sistema de correia transportadora.
Desvio de correia é a maior causa de
vazamento; por isso, é necessária muita atenção
aos dispositivos de teste de correia, a fim de Figura 21.9 21
manter a correia centrada à estrutura. Em um Placas de desgaste
esforço para manter os custos absolutos de instaladas do lado de
fora das calhas-guia
uma nova instalação baixos, alinhadores são é uma modificação
comumente supridos em vez de dispositivos potencialmente simples,
de teste de correia em várias novas instalações. poupando várias horas
de manutenção.
Alinhadores normalmente acabam amarrados
a um lado ou outro, em uma tentativa de
compensar, por uma situação além da
capacidade do dispositivo ou por proteger
o dispositivo, do uso excessivo pela correia Figura 21.10
correr continuamente de um só lado. Correias O diâmetro da polia
transportadoras normalmente correm de um traseira deve ser
lado a outro devido a condições tais como selecionado visando a
ter clareza plena para a
carga fora de centro, questões de alinhamento instalação e o reparo de
da estrutura do transportador, problemas de um chute.
alinhamento de componentes do transportador,
condições climáticas ou uma variedade de
outros fatores. Pedaços inconsistentes de cabos
345
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Atualizável
Projetistas rotineiramente consideram
a capacidade de atualizações, mas eles
raramente incluem medidas provisórias para os
346
Transportadores Precisos, Seguros e Produtivos desde seu Desenho | Capítulo 21
Finalizando…
Técnicas modernas de desenho – tais como
modelagem 3D para fabricação, Análise de
Elementos Finitos (do inglês, FEA) para
a estrutura e Modelagem de Elemento
Discreto (do inglês, DEM) para o desenho
de chutes – podem ser usadas para melhorar A Seguir…
a confiabilidade, produtividade e segurança Este capítulo, Transportadores Precisos,
do transportador, enquanto reduzem o custo Seguros e Produtivos desde seu Desenho,
total da aquisição. Para atingir desenhos o primeiro capítulo da seção Conceitos de
limpos, seguros e produtivos, projetistas devem Vanguarda, discutiu a sabedoria de projetar
considerar uma nova hierarquia para decisões sistemas de manuseio de materiais a granel
de desenho: que podem custar mais inicialmente, mas
A. Capacidade.
podem economizar dinheiro a longo prazo. O
próximo capítulo, Chutes de Fluxo Projetados,
21
B. Segurança e respeito às normas. é o primeiro de três capítulos que apresentam
C. Controle de materiais fugitivos. desenhos para sistemas de transporte mais
D. Facilidade de manuseio. limpos, seguros e produtivos.
E. Vantagens no custo.
F. Capacidade de atualização.
References
Decisões relacionadas ao desenho do sistema
transportador ou à seleção de componentes 21.1 Dieter, George E. (1999). Engineering
individuais devem seguir uma hierarquia para Design: A Materials and Processing Ap-
garantir que o melhor desenho possível seja proach, Terceira Edição. McGraw-Hill.
criado.
No futuro, todos os sistemas de manuseio
de materiais a granel deverão incorporar
desenhos para mover seguramente a quantidade
requerida de material do ponto A para o ponto
B, de uma forma de fácil serviço, de alto custo-
benefício e que controla pó e materiais fugitivos
cada vez mais.
347
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Figura 22.1
Usados para conectar um
transportador a outro ou
para conectar um ponto
de carga ou descarga do
transportador a um canal,
transferidores de fluxo
projetados proporcionam
benefícios distintos na
organização de material
suspenso e no controle de
pó e vazamento.
22
Capítulo 22
Chutes de fluxo
projetados
Chutes e seus Problemas.................................................................................................................................. 349
Fluxo Projetado..................................................................................................................................................... 350
Desenho para Fluxo Projetado.......................................................................................................................... 353
Instalação de Sistemas de Fluxo Projetado.. ................................................................................................. 358
Manutenção do Sistema.. ................................................................................................................................... 359
Especificações Típicas......................................................................................................................................... 359
Informações de Segurança................................................................................................................................ 360
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 360
O Retorno de Chutes Projetados...................................................................................................................... 361
348
Chutes de Fluxo Projetados | Capítulo 22
349
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
350
Chutes de Fluxo Projetados | Capítulo 22
351
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
352
Chutes de Fluxo Projetados | Capítulo 22
d. Velocidade da correia.
DesenHo para Fluxo
Projetado e. Espessura da correia.
Mesmo se dois transportadores correrem à f. Largura da correia.
mesma velocidade, a gravidade pode fazer com g. Ângulo de concavidade.
que a velocidade do material aumente durante h. Capacidade de transporte.
a transferência de um transportador a outro,
se o fluxo for deixado irrestrito. Ambos os i. Tipo de estrutura transportadora (canal,
chutes curvo superior e curvo inferior, devem cabo).
ser desenhados para interceptar a trajetória j. Método pelo qual o material é entregue à
do material a um baixo ângulo de incidência. indústria (p. ex. : balsa, trem, caminhão).
Isso usa as forças naturais do movimento do B. Transferência.
material para direcionar o fluxo para dentro do
a. Ângulo de interface (Figura 22.11).
chute curvo inferior, em um posicionamento
próprio na correia receptora, com impacto b. Distância horizontal do ponto de carga
e desgaste reduzidos. Em função de o chute (Figura 22.10).
curvo superior e o chute curvo inferior serem c. Altura de queda (Figura 22.10).
desenhados com ambas as especificações de
d. Capacidade de transporte.
material e o requisito de fluxo como critério,
o chute pode operar no fluxo requerido com e. Número de transferências.
risco reduzido de entupimentos ou bloqueios f. Número de portas e o propósito (p. ex.:
do chute, os quais vão causar impactos nas dividir o fluxo ou mudar a direção do
operações. fluxo).
g. Interferência devido à estrutura próxima.
Para atingir o desenho ideal do chute curvo
superior, do chute curvo inferior e da área de C. Sistema receptor.
assentamento, chutes de fluxo projetados são a. Tipo de sistema receptor.
criados usando modelagem computadorizada
baseada em 3D, para definir a geometria de Figura 22.8
chute (Figura 22.9). O ângulo e a força de A área de assentamento
impacto devem ser minimizados para manter é cuidadosamente
o máximo do momento possível. O ideal é o projetada para
ângulo de impacto estar a não mais de 15° a 20°. promover uma retenção
de ar carregado de
Esse desenho deve ser baseado em processos e pó e assentamento
procedimentos rigorosos para proporcionar um de qualquer pó no ar,
desenho preciso, minucioso e completo. Dados segurando o ar tempo o
dimensionais podem ser determinados a partir suficiente para diminuir
sua velocidade.
22
de uma pesquisa local ou – particularmente
para novas instalações/prédios/empresas – a
partir de uma revisão dos desenhos do local e
especificações do transportador.
353
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Figura 22.10
O projetista dos
chutes de fluxo
projetados precisam
de informações
detalhadas sobre o
sistema transportador
e o material que ele
carrega.
ÂNGULO DE INCLINAÇÃO
2
DISTÂNCIA
HORIZONTAL DO
PONTO DE CARGA
Figura 22.11
O ângulo de interface
de um ponto de
transferência é a chave
elementar no desenho
de chutes projetados.
TRANSPORTADOR
22 ALIMENTADOR
TRANSPORTADOR
RECEPTOR
ÂNGULO DE
INTERFACE
354
Chutes de Fluxo Projetados | Capítulo 22
355
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
356
Chutes de Fluxo Projetados | Capítulo 22
O projeto de chute projetado completo inclui que toma lugar depende da diferença na
chute curvo superior, chute de queda, chute dureza entre o fluxo do material e a placa
curvo inferior, placas de desgaste, suporte à de desgaste e da quantidade, velocidade e
correia, sistema de alinhamento/monitoramento força da carga na superfície do lineador de
de correia, sistemas limpadores de correia, desgaste. Em função do desenho dos chutes
chute de desvio, portas de acesso, vedação da de fluxo projetados, ligar o comportamento
calha-guia, caixa de vedação da porta traseira e do material com a interface nas paredes de
zona de assentamento. chute, análise de impacto e de queimadura
deslizante são importantes no controle da
Outros Itens forma e da velocidade do fluxo do material.
Outros itens a serem considerados durante C. Tolerâncias.
o desenho do chute são os requerimentos
para aquecedores, acesso ao interior do chute, Mesmo pequenas diferenças na instalação
iluminação, plataformas de acesso, chaves de de componente podem afetar o fluxo
chutes ligadas, guardas apropriadas e espaço suave do material e o ar, através do ponto
adequado para a substituição de raspadores de transferência. As recomendações
de correia, reparo de fluxo ou outros dos fabricantes para a instalação de
componentes. componentes e materiais devem ser seguidas
estritamente.
Outras Considerações de Desenho D. Análise do fluxo de duas fases
No seu senso mais simples, um chute de A análise de fluxo de duas fases leva
transferência deve ter superfícies internas que em consideração o movimento do fluxo
sejam suficientemente suaves, com cantos de material através de um chute de
arredondados, para prevenir problemas de transferência e o ar induzido que trafega nele
fluxo, tais como resíduos de material e choque na área de assentamento do transportador
– mesmo quando transportando material com receptor. Se o fluxo de material permanece
propriedades de fluxo de pior caso. O ideal é em contato com a superfície do chute –
que essa geometria possa ser governada apenas preferencialmente se afastando dela –, há
pelos efeitos da gravidade. A realidade é que há menos aeração, e a força de impacto é
uma série de outras considerações que devem reduzida na área de carregamento. Durante
ser incluídas e calculadas quando se planeja a a fase de desenho do chute, a análise de
instalação de chutes de transferência projetados. movimento das partículas de material e
Esses fatores incluem: do ar através do chute de transferência
habilita o projetista do chute a minimizar
A. Trajetória do material.
O cálculo da trajetória do fluxo de material,
o ar induzido, o qual, por sua vez, reduz a
geração de pó.
22
conforme ele deixa o transportador de
descarga, envolve a consideração do centro Uma variedade de técnicas baseadas em
de massa do material, velocidades, o ponto computador, incluindo DEM, Dinâmicas
na polia de descarga onde a trajetória de Fluido Computacional (do inglês, CFD)
começa e a forma da carga. (Uma discussão e Análise de Elemento Finito (do inglês,
detalhada da trajetória de descarga pode FEA), é usada no modelo de fluxo de
ser encontrada no Capítulo 12 da obra duas fases. Essa análise deve incluir o ar
Transportadores de Correia para Materiais a deslocado, ar induzido e ar gerado. (Veja
Granel, Sexta Edição do CEMA.) Capítulo 7: Controle do Ar.)
357
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
358
Chutes de Fluxo Projetados | Capítulo 22
MANUTENÇÃO DO SISTEMA
Uma operação deve manter marcas precisas
de desenho do chute e de placas de desgaste Figura 22.15
e posicionar, para simplificar a fabricação e a Incluir braçadeiras
instalação de placas de desgaste, de recolocação, para a instalação de
conforme elas sejam necessárias. reparos de fluxo durante
a construção inicial do
A fim de simplificar a recolocação de placas, chute vai economizar
tempo e dinheiro ante
o chute deve ser desenhado com sistema de a readaptação de uma
bordas de fácil abertura que permite uma braçadeira.
parede – na maioria dos casos, a parede traseira
e a parede que sustenta o lineador – do chute
para deslizar fora de sua posição (Figura
22
22.16). Isso permitirá acesso mais eficiente
para inspeção e recolocação dos placas de
desgaste dentro das estruturas do chute (Figura
22.17). Figura 22.16
Para simplificar a
recolocação de placas
de desgaste, o chute
ESPECIFICAÇÕES TÍPICAS deve ser desenhado
com um sistema de
A. Especificações de material. bordas de fácil abertura,
O sistema de transferência de material vai que permite uma
parede – na maioria dos
incorporar chutes de transferência de correia casos, a parede traseira
à correia projetados personalizadamente e a parede que sustenta
para combinar com as especificações de a placa de desgaste –
material e requerimentos de fluxo. Por do chute para deslizar
fora de sua posição.
meio de teste das propriedades do material,
o sistema de chute será desenhado para
proporcionar a taxa de fluxo requerida, sem
entupir, e para eliminar a geração de pó
359
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
360
Chutes de Fluxo Projetados | Capítulo 22
361
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
REFERÊNCIAS
22.1 Stuart, Dick D. and Royal, T. A. (Sept.
1992). “Design Principles for Chutes
to Handle Bulk Solids,” Bulk Solids
Handling, Vol. 12, No. 3., pp. 447–450.
Disponível em PDF: www.jenike.com/
pages/education/papers/desenho-princi-
ples-chutes.pdf.
22
362
Chutes de Fluxo Projetados | Capítulo 22
22
363
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Figura 23.1
Mais do que os roletes
côncavos usados
pelos sistemas de
correias transportadoras
convencionais,
transportadores
sustentados por ar
sustentam a correia com
uma camada fina de ar.
23
Capítulo 23
Transportadores
Sustentados por Ar
Características Básicas dos Transportadores Sustentados por Ar ..................................................... 365
Componentes do Sistema.................................................................................................................................. 366
Vantagens dos Sistemas Sustentados por Ar.............................................................................................. 370
Aplicações e Instalação...................................................................................................................................... 372
Manutenção do Sistema.. ................................................................................................................................... 374
Informações de Segurança................................................................................................................................ 374
Especificações Técnicas..................................................................................................................................... 374
O Transportador Certo para as Circunstâncias Certas.. ........................................................................... 375
364
Transportadores Sustentados por Ar | Capítulo 23
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
utiliza um fluxo de ar
para erguer e sustentar
23
a correia e a carga.
DOS Transportadores
Sustentados por Ar
Um transportador aéreo usa ar de baixa
pressão para erguer e sustentar a correia e
a carga. O ar é suprido por um ventilador
centrífugo de baixa pressão e liberado por meio
de um recipiente de formato côncavo abaixo
da correia transportadora (Figura 23.3). Uma
série de furos feitos no centro do recipiente ao Correia
Cobertura Carga Figura 23.4
longo da extensão do transportador – entre a
câmara de transporte de ar (plenum) e a correia Furos feitos no centro
do recipiente ao
– permite ao ar, suprido pelo ventilador através Almofada de Ar
longo da extensão do
dos furos na recipiente, subir e sustentar a Topo do Plenum com Ventilador transportador, entre
correia carregada (Figura 23.4). Os limites de Furos de Ar o plenum e a correia,
uma correia côncava agem como um regulador permitem ao ar suprido
Base “V” do pelo ventilador levantar
de pressão, automaticamente balanceando a Plenum e sustentar a correia.
pressão requerida para elevar a carga. A camada
de ar elimina a necessidade da maioria das
Correia de Retorno
365
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
COMPONENTES DO SISTEMA
Plenum
O plenum é o espaço onde o ar do ventilador
está a uma pressão maior do que a da atmosfera
interna. É através dele que o ar do ventilador
passa; pode ser feito côncavo de plástico ou de
aço galvanizado (ou inoxidável), dimensionado
Figura 23.7 para combinar com a correia requerida pela
O típico transportador aplicação do transportador.
sustentado por ar, de
menos de 180 metros O plenum deve ser suave, sem irregularidades
(600 pés), requer no perfil da superfície. As seções do plenum
um único ventilador
centrífugo.
devem ser descarregadas e seladas a cada
conexão das unidades modulares. A estrutura
23 deve ser desenhada para minimizar a deflexão
sob várias cargas e condições climáticas, para
proteger a integridade do selo entre os plenums.
Suprimento de Ar
O ar que sustenta a correia é proporcionado
Figura 23.8 por um ou mais ventiladores centrífugos
Uma indústria (Figura 23.7). Um típico transportador de
pode especificar a menos de 180 metros (600 pés) requer um
instalação de uma único ventilador, embora a indústria possa
hélice redundante,
ou reserva, para especificar a instalação de uma unidade
garantir a operação redundante, ou reserva, para garantir a
do transportador na operação do transportador na ocasião de uma
ocasião de uma falha de falha de ventilador (Figura 23.8).
hélice.
É importante que o suprimento de ar a
suportar a correia seja suficiente para trabalhar
em toda a gama de condições de carga para
aquele transportador particular. O número de
sopradores requeridos depende da extensão
366
Transportadores Sustentados por Ar | Capítulo 23
Tamanhos Típicos para Ventiladores Centrífugos Usados com Correias Transportadoras Tabela 23.1
Suportadas por ar
Largura da Correia Extensão do Transportador
23
Acima de 45 m 45-90 m 90-140 m 140-185 m
mm (in.)
(150 pés) (150-300 pés) (300-450 pés) (450-600 pés)
500-650 (24) Tam. do Ventilador A Tam. do Ventilador B Tam. do Ventilador C Tam. do Ventilador D
650-800 (30) Tam. do Ventilador A Tam. do Ventilador B Tam. do Ventilador C Tam. do Ventilador D
800-1000 (36) Tam. do Ventilador A Tam. do Ventilador B Tam. do Ventilador C Tam. do Ventilador D
1.000-1.200 (42) Tam. do Ventilador A Tam. do Ventilador B Tam. do Ventilador C Tam. do Ventilador D
1.200-1.400 (48) Tam. do Ventilador A Tam. do Ventilador B Tam. do Ventilador C Tam. do Ventilador D
1.400-1.600 (54) Tam. do Ventilador A Tam. do Ventilador B Tam. do Ventilador C Tam. do Ventilador D
1.600-1.800 (60) Tam. do Ventilador B Tam. do Ventilador C Tam. do Ventilador D Tam. do Ventilador D
1.800-2.000 (72) Tam. do Ventilador B Tam. do Ventilador C Tam. do Ventilador D Tam. do Ventilador D
Tamanho do Potência do
Medidas métricas e cotações do tamanho do ventilador
Ventilador Ventilador
são conversões de especificações Imperiais.
Tam. do Ventilador A 2,5 kW (3 hp)
O tamanho do ventilador representa apenas o tamanho
Tam. do Ventilador B 6 kW (7,5 hp)
do ventilador centrífugo (que supre ar para erguer a
Tam. do Ventilador C 7,5 kW (10 hp) correia e reduz a fricção). Isso NÃO inclui o condutor de
Tam. do Ventilador D 12 kW (15 hp) energia do transportador.
367
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
condensação, que pode levar a correia a aderir interferir nas operações do retorno suportado
ao recipiente ou deixar os resíduos bloquearem por ar. Rolos de retorno podem estar suspensos
as fendas no recipiente. por braçadeiras abaixo do transportador
ou fechados na estrutura abaixo do plenum
Retorno Convencional ou Aéreo suportado por ar. Um típico ciclo de retorno
O ciclo de retorno de um transportador tem roldanas instaladas a cada 3 metros (10
aéreo também pode ser sustentado por ar pés).
(Figura 23.10) ou pode ter tradicionais rolos Fechar um ciclo de retorno de
de retorno (Figura 23.11). transportadores sustentado por ar é
Sem os rolos no lado de retorno, um recomendado apenas quando a contaminação
transportador totalmente sustentado por ar é um problema crítico. Um ciclo de retorno
reduz os custos de manutenção. Na verdade, fechado pode usar tanta energia quanto o
esse sistema pode permitir a eliminação de lado carregador, e o custo do fechamento
passagens ao longo do transportador, devido frequentemente sobrepassa qualquer benefício.
aos seus requisitos de manutenção mínimos. Além disso, há o problema de acúmulo de pó
Em função de um ciclo de retorno sustentado e resíduos na câmara do ciclo de retorno. É
por ar ser totalmente fechado e a correia ser normalmente mais econômico instalar e fazer a
visível apenas na dianteira e na traseira do manutenção de um bom sistema de limpeza da
transportador, ele pode gerar um sistema de correia. Em um ciclo de retorno sustentado por
limpeza. ar, a correia tende a querer levantar no centro,
e o meio toca o recipiente se a correia não
Sistemas de retorno de rolos podem ter está com a firmeza adequada. Às vezes é difícil
preferência em aplicações onde o desempenho balancear o fluxo de ar e a pressão requerida
ótimo do raspador de correia não pode ter pelo ciclo de retorno e o ciclo de carregamento
manutenção, pois materiais fugitivos podem com um ventilador. O suporte de ar do retorno
do transportador também aumenta o custo de
fabricação. O custo de um sistema de limpeza
Figura 23.10 de correia efetivo e da manutenção relativa
Uma correia é geralmente muito menor do que o custo
transportadora
adicionado do fechamento do ciclo de retorno.
sustentada por ar pode
incorporar um lado de
retorno sustentado por Estrutura de Suporte para
ar. Transportadores Sustentados por
Ar
368
Transportadores Sustentados por Ar | Capítulo 23
369
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
área de carga, e, então, mudar para o sistema podem pegar materiais que podem então
sustentado por ar do lado de fora da área de desgastar a superfície da correia. Em muitos
carga. Seções de transportadores convencionais casos, o sistema de vedação é culpado pelo
podem ser facilmente inseridas em sistemas de dano à correia, quando foi o travamento do
transportadores sustentados por ar para permitir material que na verdade causou a queimadura.
o uso de acessórios como, por exemplo,
balanças. Ainda é importante ter a carga Como os transportadores sustentados por
propriamente centrada na porção sustentada ar usam de preferência um recipiente em vez
por ar desses sistemas híbridos. de roletes para criar a linha da correia, eles
apresentam uma superfície suave e uma linha
de correia de nível que, quando combinadas
VANTAGENS DOS SISTEMAS com o carregamento central, podem permitir
SUSTENTADOS POR AR a eliminação de sistemas de calhas de
transferência e vedação. Suporte de correia
Os Benefícios da Orientação Suave
estável e eliminação de calhas de transferência
Sistemas de suporte de correia tradicionais previnem pontos de travamento que deixam o
em zonas de carga consistem em rolos de material ficar encalçado ou congestionado.
impacto ou padrão (roletes) que são colocados
o mais próximo possível um do outro. Mesmo Em transportadores com inclinação íngreme,
nas melhores instalações, independentemente, o movimento da correia sobre as roldanas
os rolos côncavos proporcionam uma linha pode atrapalhar o material suficientemente, de
de correia abaixo do ideal. O material segue forma que leve cascalhos de material a rolar de
uma superfície/piso similar a uma montanha- volta para dentro do transportador, conforme o
russa (Figura 23.14). A correia se move para progresso da correia suba a inclinação. Com sua
cima e para baixo à medida que ela atravessa superfície estável, o transportador sustentado
as roldanas. Esse movimento para cima e para por ar elimina o distúrbio da carga conforme
baixo agita o material, deixando que algumas ela passa sobre os roletes em um transportador
partículas se tornem aéreas, fazendo o material convencional. Essa superfície permitirá aos
segregar no tamanho ou jogando alguns transportadores sustentados por ar operar ao
materiais para o lado de fora da correia. ângulo mais íngreme do que transportadores de
rolagem. Esse benefício interessa para operações
Se os roletes estão espaçados a apenas 225 que lidam com materiais a granel e que
milímetros (9 in.), a correia ainda pode ceder tendem a rolar de volta para o transportador.
entre os roletes, deixando o pó e o vazamento Um típico ganho em inclinação é de 3o. Esse
escaparem da correia. Além disso, essa falha aumento no ângulo age de forma a reduzir a
cria pontos de travamento entre a correia e o extensão absoluta do transportador, reduzindo
23 aço vertical nas calhas de transferência ou as o custo instalado, quando comparado com um
placas de desgaste. Esses pontos de pressão transportador de correia com rolos.
Figura 23.14
Os rolos de um
transportador
convencional
proporcionam uma
linha de correia abaixo
do ideal. Então, o
material segue uma
superfície similar a
uma “montanha-russa”.
Um transportador
sustentado por ar usa
um recipiente côncavo
para proporcionar um
caminho suave e estável
para a correia e a carga.
370
Transportadores Sustentados por Ar | Capítulo 23
Benefícios
E. Gasto de Manutenção Reduzido: Não há roletes J. Economia nas Passagens: Eliminando roletes
do lado de carregamento. Então, não há roletes para côncavos e reduzindo a lubrificação de rotina e
substituir e não é requerida nenhuma lubrificação de a manutenção do transportador, transportadores
roletes. sustentados por ar podem permitir a eliminação de
passarelas.
F. Sem Selo de Calha de Transferência: Nenhum
encalhamento é requerido na área de carregamento, K. Melhor Segurança: O sistema tem menos partes
pois a parede do chute/lineador de desgaste forma móveis que trazem risco aos trabalhadores.
uma barreira para conter o material sendo carregado.
Desvantagens
23
A. Sistemas de Limpeza de Correia Projetados e E. Limitações no Impacto de Carregamento:
Requeridos: Transportadores sustentados por ar O impacto deve ser minimizado na área de
requerem sistemas de limpeza de correia agressivos carregamento ou ocorrerão danos ao plenum.
para garantir que o material morto seja controlado. F. Investimento Inicial Mais Alto: O custo inicial
Material morto pode também tampar os buracos de é mais alto do que para um sistema transportador
suprimento de ar quando permitidos em uma área convencional.
de plenum.
G. Acesso Reduzido para Observação: O
B. Alinhamento Afetado pelo Acúmulo de transportador é totalmente fechado, o que dificulta a
Material: O alinhamento de correia pode ser inspeção da carga ou do interior do sistema.
afetado por materiais fugitivos acumulados em
componentes do sistema. H. Inaptidão para Aplicações Pesadas: O sistema
pode não ser apto a aplicações pesadas.
C. Necessidade da Carga Centrada: O
transportador sustentado por ar deve estar com I. Margem de Erro Reduzida no Desenho ou na
a carga centrada ou ocorrerá o desvio da correia. Instalação: O sucesso da instalação pode depender
Nenhum dispositivo de alinhamento de correia pode da superfície e das juntas da correia entre plenum/
ser instalado junto ao sistema sustentado por ar. recipientes.
D. Fluxo Estável Requerido: Surtos de material
devem ser evitados, pois o sistema é totalmente
fechado. Bloqueio e desligamento do sistema
poderão ocorrer.
371
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
APLICAÇÕES E INSTALAÇÃO
372
Transportadores Sustentados por Ar | Capítulo 23
373
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
de reforçadores existentes. Isso permite aos sustentados por ar vão permitir a substituição
transportadores sustentados por ar serem das placas de desgaste bem perto da correia.
usados para uma atualização de readaptação Isso pode eliminar a necessidade de um sistema
de um sistema existente, e a compatibilidade de selagem de calha-guias ou pelo menos
dos transportadores sustentados por ar com reduzir a extensão do sistema requerido.
os padrões da CEMA ou da ISO vai permitir
aos sistemas atualizar porções de sistemas de É essencial que o sistema de limpeza de
correias transportadoras já existentes. É possível correia no transportador sustentado por
converter um transportador existente para um ar funcione a um nível ideal para eliminar
sistema sustentado por ar sem tomar todo o material fugitivo. Limpeza de correia efetiva é
desalinhamento do transportador instalando muito importante em um sistema com retorno
a seção uma segunda vez. O ventilador é sustentado por ar para prevenir resíduos de
dimensionado para a instalação completada e material, resquício no plenum de retorno ou
o fluxo de ar ajustado com um damper para fechar os buracos de ar na recipiente.
equivaler ao número de seções instaladas.
Se os buracos de ar ficarem entupidos,
Para novas construções, os plenums do eles podem ser limpos soprando-os com
transportador sustentados por ar podem ar comprimido ou, em pior caso, furando
ser integrados na estrutura de suporte do novamente. Em casos extremos, novos buracos do
transportador. plenum podem ser furados com a correia no lugar,
furando através da correia e do plenum e, então,
cobrindo os buracos na correia com fita elástica.
MANUTENÇÃO DO SISTEMA
Eliminando (ou quase eliminando) os rolos A manutenção regular do filtro de ar inserido
em um transportador sustentado por ar, o gasto é requerida para manter a saída do ventilador.
de ambos, a substituição dos componentes
de rolagem e as horas de trabalho requeridas
para fazer a manutenção do sistema são ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
significativamente reduzidos. A. Desenho
Outra oportunidade para gastos reduzidos O sistema de manuseio de materiais
para manutenção e substituição de a granel vai incorporar um sistema
componentes é a eliminação de um sistema de transportador sustentado por ar. Essa correia
vedação de calhas de transferência. Com sua transportadora sustentada por ar vai ser
superfície da correia estável, os transportadores desenhada por um experiente engenheiro
23
INFORM AÇÕES D E SEG URANÇA
374
Transportadores Sustentados por Ar | Capítulo 23
C. Rolos. I. Fabricação/instalação.
Rolos convencionais serão usados para Para atingir um suporte de correia
transições da correia e ciclo de retorno. uniforme, os plenums do transportador
sustentado por ar devem ser fabricados
D. Plenum. a tolerâncias estreitas, e as seções devem
O transportador sustentado por ar vai usar ser cuidadosamente alinhadas durante a
um plenum em forma de “V” para permitir instalação.
movimento de ar ao longo da extensão do
transportador. O recipiente vai afundar
a correia a um ângulo de 30o ou 35o sem O TRANSPORTADOR CERTO PARA
distorção da linha da correia. AS CIRCUNSTÂNCIAS CERTAS
E. Aplicações antigas. Finalizando…
A integridade estrutural do plenum deve Enquanto não convenientes para todas
permitir seu uso em aplicações antigas sem as circunstâncias, correias transportadoras
precisar de modificação/replanejamento/ sustentadas por ar oferecem melhorias
reforço da estrutura do transportador. significativas sobre transportadores
convencionais, incluindo um controle
F. Lado de carregamento fechado. melhorado de pó e vazamento. A chave para
Composto de aço leve (ou inoxidável) um sistema transportador sustentado por ar é
galvanizado, esse transportador sustentado um compromisso para proporcionar condições
por ar será totalmente fechado no lado de de carregamento de correia convenientes.
carregamento da correia para prevenir a Tratando informações tais como alto impacto
liberação de material fugitivo. A estrutura
será modular na construção para simplificar
ou descentralização da carga com a instalação 23
de chutes curvos inferiores centralizadores de
a instalação. carga, uma fábrica pode, usando chute curvo
inferior, ter os benefícios: transporte sustentado
G. Zona de carregamento. por ar de baixa manutenção, eficiente e limpo.
A área de carregamento da correia Correias transportadoras sustentadas por ar
transportadora sustentada por ar vai podem ser particularmente benéficas quando
incorporar um sistema de chute projetado instaladas em combinação com chutes de
para carregar o material no transportador carregamento de fluxo projetados.
com colocação centralizada e mínimos
níveis de impacto. A colocação apropriada A Seguir…
do material vai permitir o carregamento do
Este capítulo sobre Transportadores
material sem precisar de mesa de impacto.
Sustentados por Ar, o terceiro capítulo da seção
H. Limpeza da correia. Conceitos de Vanguarda, explicou como eles
podem melhorar o controle de pó e vazamento.
O transportador sustentado por ar vai O próximo capítulo continua essa seção,
incorporar um conveniente sistema de focando em Sistemas de Lavagem de Correia.
limpeza de vários elementos. Esse sistema
será composto de um mínimo de raspador
primário de poliuretano instalado na polia
375
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Figura 24.1
Talvez o meio mais
eficiente de se limpar uma
correia transportadora seja
com uma combinação de
raspadores convencionais
e um sistema de caixa de
lavagem.
24
Capítulo 24
Sistemas de
Lavagem de Correia
Lavagem de Correia para a Limpeza Final.. ................................................................................................... 377
Sistemas de Caixa de Lavagem........................................................................................................................ 381
Especificações Típicas......................................................................................................................................... 390
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 390
Sobre o Projeto dos Sistemas de Lavagem de Correia.. ............................................................................ 394
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 395
376
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
377
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
378
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
379
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
aumentou a eficiência de limpeza da faixa de uma lâmina tipo rodo é usada para remover a
85% à faixa de 95% (Referência 2.1). água.
380
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
Figura 24.11
O desenho de um
sistema de caixa de
lavagem vai depender
de aplicações
específicas, do grau de
limpeza desejado e a da
presença de quaisquer
restrições locais.
381
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Figura 24.15
Uma caixa de lavagem
modular usa uma
série de componentes
“padrão” e módulos
configuráveis
para proporcionar
flexibilidade com
economia no projeto e
na construção.
382
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
383
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Os dois fatores mais cruciais na escolha dos usadas no sistema de lavagem. Em alguns casos,
esguichos de jato são a quantidade de material são necessários esguichos especiais. Podem ser
morto presente e a velocidade da correia. As especificados esguichos resistentes à corrosão, à
correias de velocidade mais alta requerem mais abrasão ou a substâncias químicas encontradas
água para cobrir totalmente a correia e suavizar no processo.
o material morto durante o menor tempo de
exposição da correia ao jato. Níveis altos de Uma caixa de lavagem típica, operando com
material morto exigirão mais água: a camada jatos à pressão moderada – 138 quilopascais (20
mais grossa de material morto exigirá mais água lbf / in.2) –, exigira aproximadamente 63 litros
para “suavizar” o material, pois há mais material por metro (5.1 gal/ft) da largura da correia por
a ser suavizado. Níveis altos de material morto minuto de operação (Tabela 24.1). Conforme
também requerem distribuição de água para o observado, devem ser escolhidos volume e
sistema a pressões mais altas, para que a água pressão de água adequados após a consideração
penetre a massa do material que deve atingir a dos níveis de material morto (aderência de
superfície da correia. A pressão não precisa ser material) e velocidade de correia.
alta o bastante para remover o material, mas
A necessidade e o uso de mais esguichos
deve ser suficiente para permitir que a água
de jato de água para manter o movimento do
alcance a superfície da correia.
material pela operação da caixa de lavagem e do
São disponibilizados esguichos oferecendo sistema de drenagem normalmente dobrarão o
uma variedade ampla de padrão de jato, taxas volume de água necessário.
de fluxo e pressões. Fatores como a distância
A projeção de um sistema de lavagem de
da correia para a barra de jatos, taxa e pressão
correia pode ser um processo complicado,
devem ser considerados na determinação da
com uma série de opções compostas
configuração das barras de jatos. Geralmente,
pelas variáveis de ampla abrangência em
são usados ângulos largos de jato para
transportadores e materiais. É necessário um
maximizar a área de cobertura, enquanto se
entendimento profundo do sistema, do material
minimiza o consumo de água (Figura 24.22).
e dos requisitos do processo. É necessário
O esguicho selecionado, com seu ângulo de
o envolvimento de equipes treinadas e
jato e padrão de jato, controlará a distância de
experientes para garantir que o sistema atenderá
montagem e o espaçamento das barras de jatos
as expectativas do cliente e as exigências de
aplicação.
Figura 24.21
A forma mais eficaz e Qualidade da Água
eficiente de espirrar
água nesses sistemas é A qualidade da água talvez seja a parte mais
24 uma série de esguichos importante da elaboração de um sistema de alto
projetados, colocados
ao longo do cano.
desempenho e, se negligenciada, pode causar
mal funcionamento do sistema ou propensão
a intervalos de manutenção e exigências de
limpeza que não sejam aceitáveis.
384
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
Largura
da Correia 34 kPa 69 kPa 103 kPa 138 kPa 207 kPa 276 kPa 414 kPa
mm (in.) (5 lbf /in.2) (10 lbf /in.2) (15 lbf /in.2) (20 lbf /in.2) (30 lbf /in.2) (40 lbf /in.2) (60 lbf /in.2)
400-500 16 23 27 32 39 45 57
6
(18) (4,3) (6,0) (7,2) (8,4) (10,2) (12,0) (15.0)
500-650 22 30 36 42 51 61 76
8
(24) (5,7) (8,0) (9,6) (11,2) (13,6) (16,0) (20.0)
650-800 24 34 41 48 58 68 85
9
(30) (6,4) (9,0) (10,8) (12,6) (15,3) (18,0) (22.5)
800-1.000 30 42 50 58 71 83 104
11
(36) (7,8) (11,0) (13,2) (15,4) (18,7) (22,0) (27.5)
1.000-1.200 35 49 59 69 84 98 123
13
(42) (9,3) (13,0) (15,6) (18,2) (22,1) (26,0) (32.5)
1.200-1.400
(48)
15
40
(10,6)
57
(15,0)
68
(18,0)
79
(21,0)
97
(25,5)
114
(30,0)
142
(37.5)
24
1.400-1.600 43 61 73 85 103 121 151
16
(54) (11,4) (16,0) (19,2) (22,4) (27,2) (32,0) (40.0)
1.600-1.800 48 68 82 95 116 136 170
18
(60) (12,8) (18,0) (21,6) (25,2) (30,6) (36,0) (45.0)
1.800-2.000 59 83 100 117 142 166 208
22
(72) (15,6) (22,0) (26,4) (30,8) (37,4) (44,0) (55.0)
2.000-2.200 70 98 118 138 167 197 246
26
(84) (18,4) (26,0) (31,2) (36,4) (44,2) (52,0) (65.0)
385
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Figura 24.25
O uso de sistemas de
roletes-secagem, tanto
com roletes simples
como duplos, é uma
forma eficaz de remover
o excesso de água da
correia transportadora
em movimento.
ROLETES-
SECAGEM
386
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
estudo mostraram
claramente que, quanto
menor o rolete, melhor
é a ação de secagem,
independentemente da
velocidade da correia.
Testador de
Material Morto Parafuso de Compressão
387
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
388
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
Recuperando os Sólidos
Os materiais no efluente da caixa de
lavagem podem ser recuperados. Isso é
importante naquelas operações em que a carga
é especialmente valiosa e/ou a carga já foi
389
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
G. Sistema de drenagem.
Figura 24.33
O volume e a taxa de fluxo da água fluente e
24 A descarga de uma
caixa de lavagem deve do desenho do sistema de drenagem devem
ser um canal aberto ou ser suficientes para impedir o assentamento
um cano de diâmetro de sólidos a granel no sistema de drenagem.
largo que possua
curvas mínimas, vários
conectores removíveis
para permitir a limpeza TÓPICOS AVANÇADOS
e que use muita água
fluente.
O Processo de Desenvolvimento de
um Sistema de Caixa de Lavagem
Ao desenvolver uma estação de lavagem
de correia, é aconselhável fornecer uma
análise completa do sistema que leve em
conta uma série de fatores, inclusive o layout
físico do sistema de reciclagem de água e
do transportador, a quantidade de energia
necessária para secagem e reciclagem de água
e a capacidade de separação dos sólidos pela
água.
390
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
391
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Um estudo mais detalhado e uma análise Dez gramas por metro quadrado
teórica, combinados com testes em campo no é muito material morto deixado
local em questão, produzirão outros fatores e na correia na saída da caixa de
variáveis que podem ser usados para futuras lavagem?
opções de investigação. Outras questões que Conforme observado na discussão dos
podem ser consideradas agora incluem: níveis de material morto, ter 10 gramas por
metro quadrado (0,033 oz/ft2) é considerado
A. Dez gramas por metro quadrado (0,033
uma correia limpa. (Consultar Capítulo 31:
oz/ ft²) é muito material morto deixado na
Medições de Desempenho.) Testes mostraram
correia quando ela sai da caixa de lavagem?
que, em média, apenas cerca de 50% do
(O material morto é medido como o peso
material morto deixado na correia no seu nível
seco do material.)
de limpeza cairá da correia no ciclo de retorno.
B. Qual o nível de umidade da correia quando
A limpeza da correia é um processo com
ela sai da caixa de lavagem?
resultados em uma curva de seno. Um nível
C. Como o uso geral de água pode ser de material morto de 10 gramas por metro
reduzido? quadrado pode variar de 20 gramas por metro
quadrado (0,066 oz/ft2) a algumas vezes 0
Com o objetivo de manter esse exemplo gramas por metro quadrado. Para conseguir
curto, devem ser feitas algumas suposições uma correia mais limpa que 10 gramas por
sobre o teor de umidade do material morto metro quadrado (0,033 oz/ft²) de material
(50%) e do efluente (15%), para responder morto, é, então, necessária tanta pressão de
essas questões. Essas suposições são baseadas limpeza aplicada que danificaria a cobertura
em experiências com o desenho da caixa de da correia. Portanto, 10 gramas por metro
lavagem. quadrado é um limite inferior prático e aceitável
para o material morto restante na correia.
24 Cb day–out
Material Morto na Saída
da Caixa de Lavagem toneladas toneladas curtas
por Dia
BW Largura da Correia 1,2 m 4 ft
Largura Limpa da
CW 0,67 (67%) 0.67 (67%)
Correia
S Velocidade da Correia 3,5 m/s 700 ft/min
T Tempo em um Dia 86.400 s 1.440 min
Quantidade de Material
Cb out Morto na Saída da Caixa 10 g/m 2 0,033 oz/ft 2
de Lavagem
k Fator de Conversão 1 x 10 -6 3,12 x 10 -5
Métrico: Cbday–out = 1,2 · 0,67 · 3,5 · 86.400 · 10 · 1 · 10-6 = 2,4
392
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
Qual o nível de umidade da correia espessura, com uma gravidade específica de 1,0,
na saída da caixa de lavagem? é igual a 1,0 grama por metro quadrado.)
A quantidade de água deixada na correia
pode ser estimada com base no tipo de sistema Como o uso geral de água pode ser
de remoção de água usado. O método mais reduzido?
eficaz é um sistema de lâminas de ar de alta O uso geral de água pode ser reduzido
velocidade. reciclando toda a água do efluente e
adicionando apenas a água tratada necessária
Testes confirmaram que, para ao sistema de caixa de lavagem. Teoricamente,
transportadores em movimento, o valor teórico a quantidade de água tratada necessária
de 6,0 gramas por metro quadrado (0,020 oz/ seria igual à quantidade de água deixada na
ft2) de água deixada na correia é baixo e fácil de correia na saída da caixa de lavagem e no
obter. efluente. No entanto, haverá outras perdas
No exemplo, considerar 10 gramas por metro no sistema em uma caixa de lavagem, como
quadrado (0,033 oz/ft2) (peso seco) de material vazamentos e espalhamento, bem como
morto deixado na correia a um teor de umidade evaporação. A quantidade de água que deixa
de 50%, significa que haverá uma quantidade a caixa de lavagem, contida no material morto
igual, ou 10 gramas por metro quadrado, de e nos sólidos reciclados, normalmente é no
água deixada na correia. (Obs.: uma camada mínimo metade da água tratada necessária.
de material morto ou água de 1,0 mícron de Como a adição de água tratada normalmente
é controlada por algum tipo de indicador de
393
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
[(( )( )]
Equação 24.4 Cbday–out Cbday–in – Cbday–out
Cálculo de água tratada
MW = + · SF · k
1 – MCb
) ( 1 – ME
)
necessária por minuto
MCb ME
Dados: Uma caixa de lavagem onde 24,3 toneladas (27,8 st) de material morto entram e 2,4 toneladas
(2,8 st) de material morto saem, com um teor de umidade do material morto de 50% e um teor de umidade
da efluente de 15%. Encontrar: A quantidade de água tratada necessária por minuto.
[( ( ) (( )]
2,4 24,3 – 2,4
Metric: MW = 1 – 0,5
0,5 ) + 1 – 0,15
0,15 ) · 2 · 0,69 = 8,6
[( ( )) (( ) )]
2.8 27.8 – 2,8
Imperial: MW = 1 – 0,5 + 1 – 0,15 · 2 · 0,17 = 2,5
0,5 0,15
MW Água Tratada por Minuto 8,6 l/min 2,5 gal/min
394
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
395
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
24.5 University of Illinois. (2005). Design of 24.7 Roberts, A.W.; Ooms, M.; and Ben-
Conveyer Belt Drying Station. Estudo nett, D. Conveyor Belt Cleaning – A
não publicado feito pela Martin Engineer- Bulk Solid/Belt Surface Interaction
ing. Problem. University of Newcastle,
Australia: Department of Mechanical
24.6 Swinderman, R. Todd, Martin En-
Engineering.
gineering. (2004). “Standard for the
specification of belt cleaning systems 24.8 Spraying Systems Company (http://
based on performance.” Bulk Materi- www.spray.com) contém uma
al Handling by Conveyor Belt 5, pp. variedade de materiais úteis sobre
3–8. Edited by Reicks, A. and Myers, os princípios básicos e as opções
M., Littleton, Colorado: Society for disponíveis para esguichos a jato.
Mining, Metallurgy, and Exploration
(SME).
24
396
Sistemas de Lavagem de Correia | Capítulo 24
24
397
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Figura 25.1
A ciência de materiais
a granel envolve a
determinação das
propriedades do(s)
material(is) a granel
e a aplicação dessas
propriedades ao projeto
dos sistemas de tratamento
de material a granel e seus
componentes.
25
Capítulo 25
CIÊNCIA DE
MATERIAIS
Propriedades Básicas de Materiais a Granel............................................................................................... 399
Propriedades Avançadas dos Materiais a Granel........................................................................................ 402
Aplicações Típicas das Propriedades dos Materiais a Granel................................................................. 406
Especificações Técnicas..................................................................................................................................... 407
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 408
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 408
Ciência de Materiais para Melhoria de Projetos......................................................................................... 410
398
Ciência de Materiais | Capítulo 25
399
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Ângulo de Repouso
O ângulo inconsistente de repouso para
Figura 25.3
materiais a granel é o ângulo entre uma linha
A densidade a
horizontal e uma linha diagonal de cima de uma
granel consolidada
pilha de material a granel, formada livremente,
(ρ2) – algumas
vezes chamada de até a base da pilha (Figura 25.4). O ângulo
densidade a granel de repouso de um determinado material pode
vibrada – normalmente variar, contudo, depende de como a pilha
é a densidade mais
pesada que pode
é montada e da densidade, do formato das
ser encontrada no partículas, do teor de umidade e da consistência
transporte de materiais do tamanho do material. Como o ângulo
25 a granel, alcançada
pela aplicação de uma
de repouso é relativamente fácil de medir,
muitas vezes ele é usado como um parâmetro
força compressora (F)
ou energia vibratória ao conveniente de desenho. No entanto, isso pode
corpo do material. causar erros graves devido às largas variações
do ângulo para uma determinada categoria
de material a granel. Por exemplo, a faixa do
ângulo de repouso para vários tipos de carvão,
conforme listado no CEMA STANDARD
550-2003, percorre de 27o a 45o. A aplicação
do ângulo de repouso deve ser limitada para
o formato das pilhas de estoque formadas
livremente.
Ângulo de Sobrecarga
O ângulo de sobrecarga é o ângulo da seção
Figura 25.4 cruzada de carga, medido pela inclinação em
Ângulo de repouso graus para o eixo horizontal (Figura 25.5).
O símbolo θs é frequentemente usado para
representar o ângulo de sobrecarga. O ângulo
Ângulo de
Repouso
Horizontal
400
Ciência de Materiais | Capítulo 25
de sobrecarga de um material a granel sobre a calha-guia devem ser no mínimo duas vezes
um transportador em movimento depende a dimensão do minério maior, a fim de evitar
do tipo de transportador envolvido. Com um entupimento.
transportador de correia convexa, a superfície
superior da seção cruzada de carga do material A análise de uma triagem fornece a
a granel é assumida como parte de um arco representação mais completa do tamanho dos
circular, com os limites do arco encontrando materiais a granel (Figura 25.8). O ASTM
os lados inclinados da correia sem distância de
borda. (Consultar Capítulo 11: Calhas-Guia, D Figura 25.5
Bo istâ
para uma discussão sobre distância de borda.) rd nci Ângulo de sobrecarga
aP ad
Em transportadores de superfícies verticais, ad e (θs) para uma correia
rã
o topo da seção cruzada de carga pode ser o convexa.
assumido como uma parte de um arco circular,
cujas pontas atingem os lados verticais (Figura
25.6). O ângulo de sobrecarga é medido pela
inclinação da linha tangencial ao arco circular.
Em uma correia plana ao transportador, a
superfície superior do material a granel é
presumida como triangular na seção cruzada
(Figura 25.7).
Tamanho do Material
O tamanho do material a granel normalmente
é descrito usando tanto o tamanho máximo do
minério como a porcentagem de partículas que
passam por uma série de obstáculos definidos
através de um processo geralmente chamado
25
triagem. As duas medidas são importantes para
a elaboração do transportador.
401
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Figura 25.8
A análise por triagem
fornece a representação
mais completa do
tamanho do material a
granel.
Figura 25.9
A curva de distribuição
25 do tamanho da partícula
geralmente é um gráfico
semilogarítmico.
Porcentagem Passante
402
Ciência de Materiais | Capítulo 25
umidade inerente é a massa de água contida forças perpendiculares à área da seção cruzada
dentro dos poros fechados, mas não inclui do material. A pressão forçada aumenta a partir
a umidade quimicamente ligada dentro das das forças paralelas ao plano da seção cruzada
partículas. O teor de umidade é definido (Figura 25.10). A pressão é expressa como
com referência de umidade na indústria de uma força dividida por uma área.
tratamento de materiais a granel. O teor de
umidade é expresso como uma porcentagem do O trabalho original de Jenike focava nas
peso úmido total. O método mais comum de propriedades dos materiais a granel como
determinar a umidade superficial é secar uma derivadas da capacidade de pressão forçada
amostra em um forno, até alcançar o equilíbrio, do material. O trabalho de Jenike visava a
e depois medir a perda de peso. determinar as dimensões de saída do despejo
de um armazenamento pelas pressões e pelo
Taxa de Assentamento e fluxo de gravidade confiável na lateral da
Umedecimento superfície para um desenho de despejo seguro.
A capacidade de umedecimento de uma As propriedades de fluxo de um material
solução é a medida da sua capacidade de a granel podem ser derivadas da medição
“molhar” (espalhadamente) e penetrar em um da força de enfraquecimento do material a
material a granel. Isso é importante, pois afeta granel, usando uma célula de enfraquecimento
o desempenho dos sistemas de supressão de (Figura 25.11). Há vários fabricantes de
pó e as substâncias químicas com o material células de enfraquecimento e métodos de teste
particular e reflete neles. usados para determinar as propriedades dos
materiais a granel, como o ASTM D6128-06
Os métodos de medição de sedimentação (Referência 25.5) ou o ASTM D6773-02
são baseados na aplicação da Lei de Stokes, que (Referência 25.6). Normalmente, apenas os
descreve a velocidade terminal para uma esfera resíduos do material a granel são testados, pois
isolada, assentando em um líquido viscoso, eles geralmente apresentam os maiores valores
sob a influência de um campo gravitacional (ou de aderência e coesão. Os testes de célula de
seja, sem queda). Para materiais com baixos enfraquecimento consomem tempo, devido
números de Reynolds (ou seja, condições de ao grande número de testes necessários para
fluxo laminar), a velocidade terminal depende determinar as propriedades em diferentes
do contraste de densidade entre a partícula e o níveis de umidade e pressões de consolidação.
meio, da viscosidade e do tamanho da partícula. A repetição dos resultados dos testes requer
A taxa de assentamento ou sedimentação procedimentos de teste e preparação de
é semelhantemente importante para ajudar a amostras cuidadosos, feitos por um profissional
avaliar o desempenho de sistemas de supressão capacitado.
de pó e de lavagem de correia com materiais 25
Ao conduzir esses testes, os valores
específicos. Um teste simples e comum para encontrados são a força principal ou de
a taxa de assentamento de materiais a granel consolidação (V) e a área da amostra. O
na água é comumente chamado de “Teste do que é medido é a força de cisalhamento (S)
Jarro”. Na forma mais simples, uma amostra necessária para ceifar o material a granel. A
do material a granel é colocada em um força de cisalhamento e a área de cisalhamento
béquer de água, e registra-se o tempo para o são usadas para determinar a força normal
material assentar no fundo. Os procedimentos
detalhados são descritos no ASTM D2035-08
Figura 25.10
(Referência 25.4).
A pressão forçada
aumenta a partir
Pressões Internas das forças paralelas
A pressão interna em um material não pode Forç
a ap
ao plano da seção
licad
Pres a cruzada.
ser medida diretamente. Ela deve ser deduzida são
força
da
a partir da força que atua na área de uma
Pres
unidade de um material a granel, conforme são
força
da
ele resiste à separação, à compactação ou ao
deslizamento, induzida por forças externas. A
pressão normal se refere à pressão causada por
403
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
Figura 25.11
Área de
Usando uma célula Cobertura Carga de Consolidação Cisalhamento
(V)
de cisalhamento, as
propriedades de fluxo Anel de Movimento
do material a granel
podem ser derivadas Força de
Anel de Base Cisalhamento (S)
da medição da força
de cisalhamento do
material a granel.
404
Ciência de Materiais | Capítulo 25
Figura 25.15
Ângulo de fricção
interna eficaz.
Força de Cisalhamento
Limite de Escoamento
Coesão
Força Normal
405
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
coesão. Pode ser usada uma adaptação da granel lidar com o cisalhamento – sua coesão
célula de cisalhamento para aplicar forças – começa a diminuir. A força coesiva pode
de consolidação negativas ou o limite de ser determinada a partir de testes de célula de
escoamento lateral pode ser extrapolado para cisalhamento. Ela é dada pela seguinte equação:
estimar esses valores (Equação 25.1). a força coesiva é igual à força de consolidação,
vezes a tangente do ângulo de fricção interna
Coesão mais uma constante [τ = σc tan Φ + k].
A coesão (τ) é a resistência do material
a granel para ceifar a zero a força normal Aderência
compressora. A coesão pode ser imaginada A aderência (σ) é a resistência do material
como a capacidade das partículas de se a granel para movimentar a uma força de
unirem umas às outras. O teor de umidade cisalhamento zero. A aderência pode ser
(tensão superficial), a atração eletrostática e a imaginada como o ligamento do material a
aglomeração são as três condições principais superfícies, como chutes e correias. A condição
que afetam o nível de força coesiva em um da superfície, a umidade e as impurezas,
material a granel. A força coesiva aumenta como barro, são as três condições principais
conforme é adicionada umidade ao material que afetam o nível de força aderente em um
a granel, até um valor máximo ser alcançado material a granel. A força aderente pode ser
(Figura 25.19). Conforme é adicionada determinada a partir de testes de célula de
mais umidade, a capacidade de o material a cisalhamento e é muito útil na determinação da
probabilidade de um material se aderir ou ligar
Figura 25.18 a superfícies.
O coeficiente de fricção Limite de
é a inclinação ou Escoamento
tangente do ângulo de
Ângulo de
APLICAÇÕES TÍPICAS DAS
fricção lateral. Fricção Lateral PROPRIEDADES DE MATERIAIS A
GRANEL
Coesão
Capacidade de Transporte
Aderência
A capacidade de transporte, normalmente
expressa como toneladas por hora (st/h), é um
dos parâmetros de projeto básicos calculados
Equação 25.1 S τ diretamente a partir da densidade – quilogramas
Relação da fricção de tan θ = = =μ por metro cúbico (lbm /ft3) – do material a
interface. V σ granel.
25
Densidade é um termo familiar usado
Figura 25.19 Testes de Interface -Coesão
quando se refere a materiais como aço e
Os testes mostraram
que a coesão e a
concreto; isso é chamado de densidade da
aderência aumentam partícula. No desenho de transportadores,
conforme aumenta a devem ser consideradas tanto a densidade
umidade, até ter sido inconsistente como a densidade vibrada. A
aplicada umidade
densidade a granel de um material muda de
Coesão
406
Ciência de Materiais | Capítulo 25
407
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
408
Ciência de Materiais | Capítulo 25
O CEMA STANDARD 550-2003 lista Para esses exemplos, uma comparação das
nove classificações diferentes de carvão. As áreas da seção cruzada, encontrada usando os
densidades a granel inconsistentes listadas para valores perto dos extremos dos nove carvões
essas diferentes classificações abrangem de 720 diferentes, demonstra a sensibilidade de um
a 960 quilogramas por metro cúbico (45 a 60 projeto para as propriedades do material a
lbm/ft3); os ângulos de repouso variam de 27o granel.
a 40o. Os ângulos de sobrecarga normalmente
são de 10o a 15o menores que os ângulos de Nossos exemplos assumem:
repouso. (Obs.: A CEMA oferece apenas
• Densidade a Granel Inconsistente: 720 a
medições imperiais; as medições métricas são
960 quilogramas por metro cúbico (45 a 60
conversão da Martin Engineering.)
lbm/ft3).
Nesse exemplo, as capacidades do projeto • Ângulo de Repouso: 27o a 45o.
Q = A · ρ lb · S · k Equação 25.2
Cálculo da capacidade
Dados nº1: Uma correia transportadora carregando carvão com uma densidade de 960 quilogramas por
da correia com
metro cúbico (60 lbm/ft3) está percorrendo 2,5 metros por segundo (500 ft/min). O carvão possui um ângulo
propriedades diferentes
de sobrecarga de 30°. Encontrar: A capacidade da correia transportadora.
de carvão
Variáveis Unidades Métricas Unidades Imperiais
Q Capacidade da Correia toneladas por hora toneladas curtas por hora
Área de Carga da Seção
A 0,195 m 2 2,1 ft 2
Cruzada (conforme CEMA)
Densidade a Granel
ρlb 960 kg/m 3 60 lb m/ft 3
Inconsistente
Velocidade do
S 2,5 m/s 500 ft/min
Transportador
k Fator de Conversão 3,6 0,03 25
Métrico: Q = 0,195 · 960 · 2,5 · 3,6 = 1.685
Imperial: Q = 2,1 · 60 · 500 · 0,03 = 1.890
Q Capacidade da Correia 1.685 t/h 1.890 st/h
Dados nº2: Uma correia transportadora carregando carvão com uma densidade de 720 quilogramas por
metro cúbico (45 lbm/ft3) está percorrendo 2,5 metros por segundo (500 ft/min). O carvão possui um ângulo
de sobrecarga de 20°. Encontrar: A capacidade da correia transportadora.
Q Capacidade da Correia toneladas por hora toneladas curtas por hora
Área de Carga da Seção
A 0,168 m 2 1,804 ft 2
Cruzada (conforme CEMA)
Densidade a Granel
ρlb 720 kg/m 3 45 lb m/ft 3
Inconsistente
Velocidade do
S 2,5 m/s 500 ft/min
Transportador
k Fator de Conversão 3,6 0,03
Metric: Q = 0,168 · 720 · 2,5 · 3,6 = 1089
Imperial: Q = 1.804 · 45 · 500 · 0.03 = 1218
Q Capacidade da Correia 1.089 t/h 1.218 st/h
409
Seção 5 | Conceitos de Vanguarda
410
Ciência de Materiais | Capítulo 25
25
411
Chapter Title | Chapter #
Seção 6
MANUTENÇÃO DO
TRANSPORTADOR
• Capítulo 26................................................................................................................................... 414
ACESSIBILIDADE DO TRANSPORTADOR DE CORREIA
413
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
Figura 26.1
Em um sistema de manuseio
de material a granel, acesso
significa pontos de observação,
portas de entrada e espaço de
trabalho para reparos e limpeza.
Capítulo 26
ACESSIBILIDADE DO
TRANSPORTADOR DE CORREIA
26
Facilitando o Acesso.. .......................................................................................................................................... 415
Espaço ao Redor dos Transportadores de Correia.. ................................................................................... 416
Proteção................................................................................................................................................................. 418
Portas de Observação e Entrada..................................................................................................................... 419
Espaço Confinado................................................................................................................................................. 421
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 421
Especificações Típicas......................................................................................................................................... 422
A Vantagem do Acesso.. ..................................................................................................................................... 423
414
Acessibilidade do Transportador de Correia | Capítulo 26
415
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
416
Acessibilidade do Transportador de Correia | Capítulo 26
417
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
418
Acessibilidade do Transportador de Correia | Capítulo 26
Necessidades de Observação
Sistemas de acesso, incluindo portas e
plataformas de trabalho, devem ser instalados
para facilitar o acesso e a observação do
equipamento. Problemas de fluxos nas calhas
de escoamento podem ser mais facilmente
419
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
420
Acessibilidade do Transportador de Correia | Capítulo 26
421
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
B. Proteções.
Componentes rolantes e pontos de
esmagamento serão providos de proteções
eficazes para evitar a entrada de funcionários
enquanto o transportador de correia estiver
funcionando. As proteções devem ser
fixadas firmemente no local, mas devem ser
equipamentos e cabos de segurança e removíveis para permitir as atividades de
funcionários extras para o sistema de trabalho manutenção.
em duplas. Consequentemente, projetar
sistemas para minimizar espaços confinados C. Acesso.
que requerem autorização de entrada pode Será fornecido acesso adequado para
proporcionar um retorno significativo visualização e manutenção do transportador
do investimento: quando o trabalho de de correia, do ponto de transferência e
manutenção e reparo pode ser realizado sem de outros sistemas relacionados. Serão
necessidade de autorizações ou funcionários fornecidas aberturas suficientes para permitir
especialmente treinados, a despesa de trabalho a inspeção de todas as áreas internas.
associada a essas tarefas é minimizada.
D. Portas de visualização.
Projetos que incorporam as seguintes As portas serão posicionadas fora do
características de “espaço confinado que não percurso da corrente de material.
requer autorização de entrada” possuem boa Essas portas de visualização serão providas
relação custo-benefício ao longo do tempo: de portas impermeáveis ao pó. As portas
serão providas de telas para evitar que
A. Fácil acesso e acesso suficiente para entrada
o material seja empurrado, para fora da
e saída do recinto.
abertura caso a observação seja realizada
B. Ventilação natural das áreas de trabalho enquanto o transportador de correia estiver
internas. em funcionamento.
422
Acessibilidade do Transportador de Correia | Capítulo 26
26
423
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
Figura 27.1
A “Inspeção da correia”
é utilizada para avaliar a
situação do equipamento
e oferecer oportunidades
para a manutenção de
rotina, ajustes e limpeza
dos diversos componentes
do transportador de
correia.
Capítulo 27
VISTORIA DO SISTEMA
DE TRANSPORTADOR
DE CORREIA
Razões para se Inspecionar a Correia................................................................................................... 425
27 Estatísticas do Sistema............................................................................................................................ 425
Inspeção de Manutenção.......................................................................................................................... 428
Vistoria do Local.. ....................................................................................................................................... 429
Transportador de Correia em Funcionamento ou Parado................................................................. 429
Utilizando Recursos Externos.. ................................................................................................................ 430
Questões de Segurança............................................................................................................................ 430
O que Buscar em um Prestador de Serviço Externo.. ......................................................................... 431
O que Fazer Quando a Inspeção for Concluída..................................................................................... 431
Inspecionar a Correia Mantém um Transportador de Correia em Boas Condições.. ................... 432
424
Vistoria do Sistema de Transportador de Correia | Capítulo 27
425
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
426
Vistoria do Sistema de Transportador de Correia | Capítulo 27
Rodanas Transportadoras
Roldanas de Impacto
Amortecedores de Impacto
Amortecedores de Suporte da Correia
Roldanas de Retorno
Fluxo de Ar Área de Saída da Zona de Carregamento [m 2 (pés 2)]
Velocidade Máxima do Ar na Saída da Zona de
Carregamento [m/s (pés/min)]
Componentes Fabricação & Modelo
Mostruário
Escala da Correia
Imã
Sistema de Detecção de Rasgos
Comutadores de Segurança de Corda de Puxar
Comutadores de Desalinhamento
Dispositivos de Alinhamento Lateral da Correia 27
Dispositivos de Alinhamento de Retorno
Sistemas Primários de Limpeza da Correia
Sistemas Secundários de Limpeza da Correia
Dispositivo de Proteção da Polia na Parte Traseira
Coletores de Pó
Sistemas de Eliminação de Pó
Dispositivos Auxiliares do Fluxo do Chute
Portas de Acesso
427
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
428
Vistoria do Sistema de Transportador de Correia | Capítulo 27
429
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
Problemas que incluem o derramamento de e deve ser treinada e autorizada a fazer uma
material e a influência da carga de material quantidade limitada de correções em um
no trilho da correia são mais aparentes. Se o transportador em operação.
transportador não está em movimento, muitos
dos principais indicadores ficam ocultos, desde Portanto, a decisão de “inspecionar as
as vibrações da estrutura e da linha de curso da correias” quando o transportador está em
correia até os ruídos que as emendas fazem ao funcionamento ou não pode depender de
passar por um rolete. fatores externos, incluindo a disponibilidade de
potencial humano e do nível de serviço/trabalho
É claro que os transportadores são mais esperado ou exigido. De qualquer forma,
seguros quando não estão em funcionamento e recomenda-se tomar bastante cuidado.
é mais seguro executar qualquer ação corretiva
nos transportadores quando eles não estão em
funcionamento. Algumas inspeções, como UTILIZANDO RECURSOS EXTERNOS
inspecionar a bucha de desgaste dentro dos
chutes de descarga, não podem ser realizadas Um Par de Olhos Diferente: Usando
de forma segura quando a correia está em Prestadores de Serviço Externos
movimento. Entretanto, algumas inspeções e para Inspecionar a Correia
alguns ajustes podem ser feitos apenas com a Está se tornando cada vez mais difícil para os
correia em movimento. A pessoa designada funcionários regulares da fábrica – tanto para
para inspecionar a correia deve estar ciente dos o pessoal de produção como para a equipe de
riscos associados aos sistemas do transportador manutenção – encontrar tempo para atividades
430
Vistoria do Sistema de Transportador de Correia | Capítulo 27
431
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
INSPECIONAR A CORREIA
MANTÉM UM TRANSPORTADOR
DE CORREIA EM BOAS CONDIÇÕES
Concluindo…
Uma operação de manuseio de material
a granel é um sistema de componentes
conectados. Se um componente ou subsistema
27 deixa de funcionar, tanto os processos
anteriores à zona de descarga como os
processos posteriores serão afetados. Em
termos mais simples, uma correia parada pode
fazer com que uma fábrica inteira interrompa
suas atividades. Consequentemente, um
transportador é uma peça de equipamento
crítica em uma operação de manuseio
de materiais a granel (Figura 27.2).
Uma inspeção regular da(s) correia(s) do
transportador é uma forma eficaz de avaliar
o sistema, catalogar seus componentes e
432
Vistoria do Sistema de Transportador de Correia | Capítulo 27
27
433
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
Figura 28.1
Não importa quão bem
projetados e construídos
sejam, os sistemas de
transportadores e seus
componentes exigem
manutenção oportuna para
manter o desempenho em
níveis de projeto.
Capítulo 28
28 MANUTENÇÃO
Planejamento da Manutenção........................................................................................................................... 435
Recursos Humanos e Procedimentos............................................................................................................. 436
Programações de Manutenção........................................................................................................................ 438
A Importância da Manutenção.. ........................................................................................................................ 438
Questões de Segurança...................................................................................................................................... 439
Itens Avançados.. .................................................................................................................................................. 442
Os Dólares e o Sentido da Manutenção......................................................................................................... 443
434
Manutenção | Capítulo 28
435
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
436
Manutenção | Capítulo 28
437
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
438
Manutenção | Capítulo 28
dados. Esse serviço pode ser particularmente Ao padronizar vários componentes por toda
útil quando os registros de um sistema de a fábrica, o tamanho desse estoque de peças
transportador existente se tornam ultrapassados. de reposição e, portanto, o custo dessas peças
Com uma base mais ampla de experiência em ociosas podem ser minimizados.
equipamentos e fontes de informação, esses
serviços podem ser capazes de rastrear uma Pode ser uma boa ideia manter um
informação de um fornecedor que, de outra “cemitério de peças”, em que os componentes
forma, poderia se tornar indisponível. removidos possam ser armazenados e
disponibilizados para serem recuperados e
Peças de Reposição posteriormente utilizados como peças de
substituição, quando necessário. É claro que as
Determinadas peças para conserto devem peças retiradas dos equipamentos necessitam
estar disponíveis no estoque. Isso irá permitir ser totalmente limpas e inspecionadas antes de
a substituição de rotina das peças usadas e serem reutilizadas.
a conclusão rápida de reparos inesperados,
para que o equipamento possa voltar a operar
Lubrificação
o mais rápido possível. Esse estoque deve
incluir as peças com maior “probabilidade de Devido ao grande número de rolamentos
serem danificadas” e as “peças usadas” para presentes nos sistemas de transportador e sua
substituição, como as lâminas de limpeza influência nas exigências de voltagem e potência
da correia, barras de impacto e os roletes. da correia, a lubrificação é muito importante.
Também deve estar incluído nos locais de Seguir as recomendações do fabricante com
armazenamento de manutenção um suprimento relação ao tipo, à quantidade e à frequência da
de fixadores da correia para “reparo de rasgos” lubrificação irá aumentar a expectativa de vida
ou para reparos de emergência. dos componentes de rotação do sistema.
439
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
QUESTÕES DE SEGURANÇA
Sempre inspecione a área de trabalho para verificar se há riscos antes
de iniciar as inspeções ou realizar o trabalho
440
Manutenção | Capítulo 28
QUESTÕES DE SEGURANÇA
Sempre inspecione a área de trabalho para verificar se há riscos antes
de iniciar as inspeções ou realizar o trabalho
Nota: Em todos os casos, as recomendações dos fabricantes para inspeção e manutenção devem ser seguidas, incluindo as recomendações para lubrificação. A lista acima abrange
a maior parte dos componentes e sistemas encontrados na maioria dos transportadores de correia. Os componentes e sistemas específicos ou exclusivos do transportador que está
sendo inspecionado devem ser adicionados com a frequência apropriada. Por exemplo: ecala, portas de inspeção, detecção de rasgos, limpador(es) de correia(s), raspador(es), auxílio
ao fluxo, mostruário, detector(es) de nível, lanterna, sistema de proteção contra incêndio, componentes de controle de pó, proteção contra raios, limpeza geral, itens proibidos, etc.
441
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
demais as peças, pois isso pode danificar os sua total capacidade, enquanto são verificados
seladores dos rolamentos, o que permitiria que possíveis problemas.
os materiais fugitivos entrassem no rolamento,
aumentando a fricção e diminuindo a vida útil
deste. O excesso de óleo ou de graxa pode ITENS AVANÇADOS
ser derramado na correia e atacar a cobertura,
diminuindo a vida útil da correia. O excesso O Custo de Desligamentos Não
de graxa também pode cair nos corrimões, Programados
passarelas ou pisos, tornando-os escorregadios Os transportadores de correia são, com
e perigosos. frequência, a linha mestra de uma operação, e
a disponibilidade (ou vida útil) desses sistemas
Atualmente, algumas fábricas usam roldanas tem impacto direto na lucratividade. Em muitas
e outros componentes giratórios equipados operações, a perda de produção atribuída ao
com rolamentos selados, que não necessitam tempo ocioso do transportador resulta em
de lubrificação e que, portanto, reduzem a uma perda de oportunidade que não pode ser
necessidade de manutenção recuperada.
442
Manutenção | Capítulo 28
Concluindo…
28.2 Roberts, Alan. (November 1996).
Conveyor System Manutenção & Reli-
28
Um serviço de manutenção eficiente e eficaz ability, ACARP Project C3018. O autor
diminui os custos, não apenas do departamento é membro do Centre for Bulk Solids
de manutenção como de toda a operação. A and Particulates, University of Newcastle,
meta é fornecer um trabalho de qualidade com Australia. Publicado pelo Australian Coal
o mínimo de interrupção da rotina de produção. Association Research Program (Programa
Isso irá gerar benefícios para a eficiência de Pesquisa da Associação Carbonífera
operacional, para a disponibilidade do sistema e Australiana); pode ser adquirido através
em última análise, para o retorno financeiro. do site: http://www.acarp.com.au/ab-
stracts.aspx?repId=C3018.
Ironicamente, as fábricas que “cortam
443
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
Figura 29.1
O pessoal que opera e
gerencia um sistema de
manuseio de material é o
segredo do seu sucesso .
Capítulo 29
O FATOR HUMANO
29
Limitações de Hardware..................................................................................................................................... 445
O Processo para o Aperfeiçoamento Contínuo............................................................................................ 446
Educação e Treinamento.................................................................................................................................... 446
A Importância da Manutenção.. ........................................................................................................................ 447
Consultando Especialistas.. ................................................................................................................................ 448
Desenvolvendo Parcerias com os Fornecedores......................................................................................... 449
Para o Controle Total do Material................................................................................................................... 450
444
O Fator Humano | Capítulo 29
445
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
Compromisso com o
O PROCESSO PARA O
Aperfeiçoamento
APERFEIÇOAMENTO CONTÍNUO
Um controle de material eficaz exige um
Desenvolvendo um Processo para o processo de melhoria contínua das operações
Aperfeiçoamento Contínuo de manuseio de material.
Melhorar o desempenho do transportador de Os resultados são afetados pela variação
correia, reduzindo o derramamento de material das condições do material, pela operação
e controlando o pó transportado pelo ar, não inapropriada do material e pela manutenção
é apenas uma questão de adquirir a tecnologia mínima ou inexistente.
mais recente ou de comprar peça de hardware
As exigências da empresa obrigam a fábrica
do primeiro fornecedor que passar pela porta
a buscar continuamente por oportunidades de
da frente da fábrica. Pelo contrário, a solução
reduzir custos e aumentar a lucratividade, ao
reside em desenvolver um processo que possa
mesmo tempo em que mantêm uma operação
atualizar continuamente o desempenho do
segura e eficiente. Pressionar os fornecedores
equipamento, dos materiais, dos fornecedores
preferidos por concessões no preço pode
e do pessoal de fábrica. O processo começa
levá-los a achar novas formas de recuperar seus
com um comprometimento de toda a
custos e atingir as margens exigidas, o que pode
fábrica para aperfeiçoar o gerenciamento de
sair mais caro para a fábrica a longo prazo.
material fugitivo. Ele favorece a educação
e o treinamento de gerentes e de outros O aperfeiçoamento requer um círculo
empregados, para que entendam o valor e completo de comprometimento, começando
vejam as oportunidades do controle total de pelo nível da gerência e estendendo-se até
material. Ele inclui a otimização e a autoridade o nível de operações da fábrica, da gerência
dos departamentos de serviços para manter o de manutenção até os operadores, a equipe
desempenho dos componentes e aperfeiçoar de manutenção e qualquer outra pessoa da
a eficiência operacional geral da fábrica. organização.
Ele favorece o desenvolvimento de relações
com consultores e fornecedores que possam A gerência deve reconhecer e demonstrar
auxiliar a fábrica a enfocar os desafios que o compromisso com a resolução dos problemas,
manuseio de material oferece. Essas etapas enquanto os empregados devem ter acesso a
ajudam a desenvolver um processo de contínuo recursos, tempo, ferramentas e equipamentos
refinamento na busca da meta do controle total necessários para desenvolver, implantar e
do material. manter soluções. É essencial que a fábrica faça
investimentos sensatos ao selecionar sistemas
Não se desenvolve esse processo de que irão ajudar a reduzir a manutenção, que
melhoria contínua da noite para o dia, nem interajam facilmente com a manutenção e que
se atinge esse objetivo com um decreto da aumentem a confiabilidade no equipamento, no
alta gerência. Embora seja necessário o desempenho e na segurança.
endosso dos executivos, também é necessário
o compromisso e a autoridade do pessoal de
operações e de manutenção. Esse processo
EDUCAÇÃO E TREINAMENTO
deve ser cuidadosamente mantido através da
educação e do treinamento. Um aspecto importante do processo para o
29 Existem muitas técnicas comprovadas
contínuo aperfeiçoamento é o treinamento de
pessoal. Os empregados precisam ser treinados
para desenvolver uma cultura de melhoria para que possam entender inteiramente a
contínua. Os nomes podem ser familiares: finalidade e as capacidades do equipamento
Lean Manufacturing, Toyota Production que irão operar, ao mesmo tempo em que
System, Business Process Management, desenvolvem um nível de conforto e confiança
Lean, Six Sigma, e outros, agora e no futuro. em suas próprias capacidades. Essa educação
Independentemente do plano específico deve incluir como identificar desafios, como
selecionado, o fator mais importante para o solucionar problemas e como tomar medidas
sucesso é o comprometimento da gerência com corretivas, ajustando o equipamento a fim de
essa técnica. corrigir e minimizar problemas.
446
O Fator Humano | Capítulo 29
447
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
448
O Fator Humano | Capítulo 29
449
Seção 6 | Manutenção de Transportadores
Concluindo… REFERÊNCIAS
Existem muitas tecnologias novas e 29.1 Sullivan, Dr. John. Increasing retention
comprovadas e soluções atualizadas de and productivity: let employees do what
hardware discutidas nesta edição. Elas they do best! Article #163. Available on-
vão desde chutes de fluxo de escoamento line: http://ourworld.compuserve.com/
projetados a sistemas de limpeza de correia homepages/GATELY/pp15s163.htm.
aperfeiçoados, todas buscando obter o controle
total do material. Entretanto, o único segredo
do sucesso para conter o derramamento e
controlar o pó são as pessoas – aqueles que
operam e mantêm os transportadores de correia
e o resto da fábrica. É e sempre será “o fator
humano” o que irá determinar, em última
análise, o sucesso ou o fracasso de um sistema
de manuseio de material.
29
450
O Fator Humano | Capítulo 29
29
451
Chapter Title | Chapter #
Seção 7
PANORAMA DO MANUSEIO DE
MATERIAIS A GRANEL
• Capítulo 30................................................................................................................................... 454
GERENCIAMENTO TOTAL DO PROJETO
453
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
Figura 30.1
O gerenciamento total do
projeto pode assegurar
o sucesso da solução
combinada, apresentando
o projeto pontualmente
e sem ultrapassar o
orçamento.
Capítulo 30
GERENCIAMENTO
TOTAL DO PROJETO
O que Esperar do Gerenciamento de Projeto............................................................................................... 455
O Gerente de Projeto.. ......................................................................................................................................... 455
30
Acompanhamento do Projeto.. .......................................................................................................................... 456
Sequência do Projeto........................................................................................................................................... 456
Como o Sucesso é Avaliado............................................................................................................................... 462
454
Gerencimento Total do Projeto | Capítulo 30
455
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
456
Gerencimento Total do Projeto | Capítulo 30
457
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
458
Gerencimento Total do Projeto | Capítulo 30
Figura 30.2
Uma planilha de fluxo
do processo mostra os
dados-chave e o layout
geral do transportador.
30
459
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
460
Gerencimento Total do Projeto | Capítulo 30
ser acompanhado durante todo o processo parte do plano do projeto –, uma porcentagem
do projeto. Um representante da equipe de substancial do pagamento total do fornecedor
fabricação deve participar das revisões do deve ser reservado para a entrega bem-sucedida
projeto. dos materiais ou da mão de obra contratada.
O pagamento atrasado, ou retido sem motivo,
Tarefa 10: Fabricação pode afetar a capacidade do fornecedor de
Conforme os projetos dos componentes e manter as programações futuras de entrega ou
subconjuntos são inicializados, a liberação entre de qualidade.
o projeto e a fabricação deve acontecer. Da Assim que os materiais, componentes ou
mesma forma que com a equipe de projetos, subconjuntos são recebidos e aprovados no
a programação, o escopo e as especificações local de trabalho, eles devem ser instalados
devem ser revisadas pelo gerente de projetos por ordem de instalação, armazenados fora do
com todos os envolvidos na fabricação dos caminho, em uma área controlada, e protegidos.
componentes e subconjuntos do projeto. Perda de material — devido ao vandalismo ou
Depois que um projeto está em andamento, à pilhagem — é uma preocupação em muitos
não é hora de experimentar novos locais ao redor do mundo e pode afetar o
fornecedores. O gerente de projetos deve custo do projeto e a programação, devido ao
utilizar fabricantes que possuam um histórico tempo e aos gastos de substituição dos materiais
de entrega pontual de produtos de qualidade danificados ou em falta.
e deverá evitar fornecedores desconhecidos O gerente de projetos é responsável por
ou financeiramente questionáveis, se possível. controlar todo o trabalho produzido na
Algumas vezes isso não pode ser evitado, mas, instalação sob o escopo do projeto. O gerente
nesses casos, as precauções básicas deverão deve observar e controlar cuidadosamente
ser tomadas. Deve-se verificar cuidadosamente quaisquer alterações do escopo, comumente
as referências, solicitando estatísticas tanto chamadas de “scope creep” (que poderia
com relação à qualidade quanto com relação ser traduzido como escopos que mudam
à entrega para programação, juntamente constantemente). As alterações do escopo,
com uma verificação de credenciais, como as qualquer que seja o motivo, devem ser
certificações do sistema de qualidade ISO. documentadas (ordem de alteração) e irão
normalmente exigir uma revisão do contrato
Conforme os materiais, componentes e
ou um adendo para assegurar a validade. Elas
subconjuntos são entregues, eles precisam ser
podem corroer rapidamente o orçamento
inventariados e inspecionados. Os fornecedores
e a programação do projeto e são umas das
precisam ser informados imediatamente de
primeiras razões de fracasso na entrega do
qualquer falta de produto ou itens que não
projeto.
estejam em conformidade com o que foi pedido
e a resolução pretendida determinada, para
evitar atrasos no projeto. Tarefa 12: Operação
A inicialização de qualquer equipamento
Tarefa 11: Instalação deve seguir um procedimento de inspeção
completa e um ajuste de todos os componentes
Os dois problemas de controle mais
e sistemas elétricos pelo gerente de projeto,
importantes na instalação, que são obstáculos
que deve revisar a lista de verificação de
para uma entrega de qualidade e dentro do
inicialização, se houver.
prazo, são o fluxo de caixa e a programação.
Na realidade, se o gerente de projeto Antes da inicialização, os equipamentos
está negociando com fornecedores ou móveis devem ser verificados visualmente para
subcontratados no local de trabalho, o fluxo assegurar que todos os componentes estejam
de caixa é a ferramenta básica para controlar de acordo com o esperado, com o gerente de
a programação. Da mesma forma que deve projetos identificando e fazendo quaisquer
haver um compromisso entre o gerente de ajustes necessários. Depois da inicialização e do
projeto e o cliente no que se refere à entrega, o teste inicial, o equipamento deve ser carregado 30
fornecedor e o subcontratado também devem para que se possa verificar o desempenho,
se comprometer com o gerente de projeto. No novamente fazendo quaisquer ajustes
desenvolvimento do plano de fluxo de caixa – necessários.
461
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
462
Gerencimento Total do Projeto | Capítulo 30
30
463
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
Figura 31.1
A aplicação de princípios
básicos de contabilidade
irá ajudar a gerência a
reconhecer e dar apoio
aos benefícios econômicos
oferecidos pelas melhorias
no manuseio de materiais
a granel.
Capítulo 31
MEDIDAS DE
DESEMPENHO
Medindo o Desempenho..................................................................................................................................... 465
Calculando o ROI.. ................................................................................................................................................. 468
Medindo os Materiais Fugitivos........................................................................................................................ 471
31
Medindo a Eficiência............................................................................................................................................ 480
Tópicos Avançados............................................................................................................................................... 481
O Retorno dos Cálculos de ROI......................................................................................................................... 483
464
Medidas de Desempenho | Capítulo 31
465
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
dos ativos (o que a firma possui ou o que tem irá gerar lucro suficiente para pagar a dívida
a receber) menos os passivos (empréstimos contraída. Por essa razão, os Gastos de Capital
e contas que a empresa deve pagar) e o são frequentemente planejados para um ano ou
patrimônio líquido (os lucros e perdas mais depois da obtenção de lucros.
acumulados), em um determinado momento,
normalmente o último dia do mês, do trimestre O Custo de Capital total envolve uma
ou do ano. combinação do valor do dinheiro retido no
negócio depois das despesas e dos impostos
É comum comparar demonstrações (Patrimônio Total), o valor dos empréstimos
financeiras de anos anteriores com as do ano existentes (Dívida Total), a quantia que
corrente, para avaliar o progresso da empresa os acionistas esperam ganhar sobre seus
em alcançar suas metas financeiras. As metas investimentos (Custo de Patrimônio) e a quantia
financeiras são normalmente estabelecidas que a empresa deve pagar para emprestar
pelo conselho de diretores ou acionistas. dinheiro e investir no negócio (Custo da
Empresas públicas vendem ações da empresa Dívida). Quase sempre o Custo de Capital é
ao público como forma de alavancar seus usado como o Retorno sobre o Investimento
recursos financeiros para que o negócio cresça. (ROI) mínimo para um projeto. Esses números
Empresas privadas obtêm seus fundos dos variam enormemente, dependendo de como
proprietários, que usam seus próprios recursos uma empresa é financiada, mas geralmente
ou emprestam dinheiro para financiar o o Custo de Capital é cinco a dez pontos
crescimento do negócio além do que os lucros percentuais maior do que os juros que o banco
apenas podem financiar. cobraria.
O dinheiro usado para operar um negócio O custo do dinheiro usado para investir em
normalmente é dividido em duas categorias: novos equipamentos ou atualizações não é
Fundos de Capital e Fundos Operacionais. apenas o custo do dinheiro emprestado pelo
Os Fundos Operacionais normalmente são banco (Equação 31.1). Quanto maior o risco
obtidos com o processo contínuo de vender do investimento, maior será o retorno que a
um produto, receber o dinheiro e pagar todas empresa deverá ter para justificar o gasto do
as contas. Para continuar atuando, a empresa dinheiro.
precisa vender seus produtos por mais do que
ele custa para ser produzido, ou, em breve O Custo do Capital é normalmente um custo
ela terá problemas financeiros. É importante médio estabelecido para toda a empresa por
receber rapidamente a quantia obtida com as seu departamento financeiro. Ele não deve ser
vendas, ou não haverá Fundo Operacional confundido com as exigências da empresa para
suficiente para que o negócio funcione. Se não projetos individuais, normalmente denominadas
houver lucros, a empresa terá de pedir dinheiro ROI ou Retorno. O valor do ROI exigido em
emprestado ou os acionistas terão de investir uma determinada empresa normalmente pode
mais dinheiro. variar de 10 a 33%. Um grande investimento de
longo prazo, como um novo sistema completo
Os Fundos de Capital são usados para de transportador de correia, normalmente
aquisições que irão durar por muito tempo, terá uma exigência de ROI na extremidade
como terras, edifícios e equipamentos. Os mais baixa do intervalo. As melhorias nos
Fundos de Capital são obtidos com os lucros transportadores para que sejam eliminados o
líquidos, venda do estoque ou empréstimos. pó e o derramamento normalmente possuem
A fim de ter dinheiro para gastos de capital, um ROI bastante alto, talvez exceda os 100%
a empresa precisa acumular lucros ou pedir (Equações 31.2-4). Em outras palavras,
dinheiro emprestado. Para emprestar dinheiro espera-se que esses investimentos se paguem
para gastos de capital, a empresa deve ter um em menos de um ano (Tabela 31.1).
registro de lucro ano após ano, ou a taxa de
juros será maior, devido ao risco adicional
que o banco corre ao emprestar dinheiro
31 para a empresa. Como os Gastos de Capital
normalmente envolvem grandes somas de
dinheiro, a empresa tem de planejar com
antecedência e confiar que o investimento
466
Medidas de Desempenho | Capítulo 31
CC = ( 2.000.000
2.000.000 + 500.000
· 0,15 )+( 500.000
2.000.000 + 500.000
· 0,08 · (1 – 0,35) ) = 0,13
CC Custo do Capital 0,13 (13%)
1 Equação 31.3
ROI(anos) = Cálculo do retorno
ROI sobre o investimento em
Dado: Um projeto tem um retorno sobre o investimento de 40% (0,4). Calcule: A quantidade de anos anos.
necessários para obter o retorno sobre o investimento.
ROI(anos) Retorno sobre o Investimento em Anos anos
ROI Retorno sobre o Investimento em Percentual 0,4
(Decimal)
ROI(years) 1
= 2.5
= 0,4
ROI(years) Retorno sobre o Investimento em Anos 2,5 anos
12 Equação 31.4
ROI(meses) = Cálculo do retorno
ROI sobre o investimento em
Dado: Um projeto possui um retorno sobre o investimento de 40% (0,4). Calcule: A quantidade de meses meses.
necessários para obter o retorno sobre o investimento.
ROI(meses) Retorno sobre o Investimento em Meses meses
ROI Retorno sobre o Investimento em Percentual 0,4
(Decimal) 31
ROI(months) 12
= 30
= 0.4
ROI(meses) Retorno sobre o Investimento em Meses 30 meses
467
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
468
Medidas de Desempenho | Capítulo 31
469
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
Pode haver uma análise similar do custo Excluindo danos à propriedade, o custo
versus benefícios, realizada para manutenção médio de todos os acidentes com tempo
e ajuste dos sistemas de limpeza da correia. perdido nos locais de trabalho e doenças
O desempenho da limpeza será melhor cada ocupacionais nas economias de mercado
vez que as lâminas de limpeza forem limpas e estabelecidas é de aproximadamente US$
novamente tensionadas com relação à correia; 35.500 por incidente. Para as economias
entretanto, em algum ponto ao longo da linha, o emergentes, o custo médio por acidente
custo de mão de obra será maior do que o valor com tempo perdido é de aproximadamente
da melhora do desempenho. Como exemplo, US$ 4.700. O custo desses incidentes nas
o benefício da inspeção e ajuste semanal dos economias de mercado estabelecidas para um
sistemas de limpeza pode se pagar, enquanto acidente fatal é de aproximadamente US$ 1
que o custo de mão de obra para ajuste em milhão. Não existem estimativas confiáveis
todos os turnos, programado para todos os dias, sobre o custo de um acidente fatal no local de
pode ser que não se pague. trabalho nos mercados emergentes, mas, se a
proporção entre acidentes com tempo perdido
É claro que essa é uma avaliação puramente nas economias estabelecidas e nas economias
econômica dos benefícios das melhorias emergentes forem mantidos, um acidente fatal
nos sistemas de limpeza da correia. Ela não nas economias emergentes poderia custar US$
inclui nenhuma variável de saúde, segurança 132.500.
ou problemas de relacionamento com a
comunidade. Não há uma resposta universal Esses valores representam os custos totais,
para essas questões. O equilíbrio entre saúde diretos e indiretos para a empresa. Esses
e segurança, custos de manutenção e retorno valores, junto com os custos por danos à
sobre o investimento deve ser avaliado e propriedade e por danos ambientais, podem
otimizado para cada fábrica. ser usados nos cálculos do ROI de uma
empresa, para ajudar a justificar as melhorias
ROI em Melhorias Relacionadas à em segurança e nas condições de trabalho,
Segurança relacionadas ao controle do material fugitivo.
Acidentes são normalmente vistos como Mas eles não representam o custo para
sendo contusões, cortes e ossos quebrados, mas os trabalhadores e seus familiares, que é
os efeitos sobre a saúde devido à exposição, frequentemente três vezes maior, em termos
Figura 31.2
Custos comuns
e parâmetros de
Custos de Investimento & Manutenção
produção relacionados em Raspadores de Correia
Custos
Custo de Limpeza
470
Medidas de Desempenho | Capítulo 31
de perdas salariais, custos não reembolsados e feito pela empresa no treinamento desses
incapacidade de retornar ao mesmo nível de empregados.
trabalho. Pode ser fácil racionalizar o baixo E. Dificuldade em recrutar empregados
custo de um acidente para uma empresa, em altamente qualificados.
um país em desenvolvimento, comparado ao
F. Pagamento de indenização e/ou perdas e
custo nos países desenvolvidos. Entretanto,
danos a trabalhadores que tenham sofrido
isso ignora o custo do sofrimento humano
lesões ou a dependentes de trabalhadores
e o fato de que qualquer empresa pode se
mortos.
beneficiar por ser mais produtiva do que seus
concorrentes locais. Além disso, as empresas arcam com:
Já se argumentou que os países em A. Os custos legais relacionados.
desenvolvimento não podem arcar com os
custos de uma postura que considere a “saúde e B. Pagamento de adicionais de periculosidade.
a segurança em primeiro lugar” — que as nações C. Altos prêmios de seguros.
emergentes devem fazer qualquer coisa para D. Danos materiais ou à propriedade devido a
gerar renda e se tornarem economicamente incidentes e acidentes.
viáveis e/ou competitivas. Isso coloca a E. Multas.
segurança em último lugar, uma questão a ser
F. Discussões com sindicatos, autoridades
considerada apenas depois que o país se tornar
públicas e/ou residentes locais.
competitivo no mercado.
G. Perda de imagem.
Entretanto, os dados mostram algo diferente. H. Redução nas vendas.
Em 2003, a Organização Internacional do
Trabalho (OIT) de Genebra relatou pesquisas Em alguns casos, o custo pode ser a perda
sugerindo que os países com maior índice de total ou parcial da “licença de funcionamento”
segurança no trabalho também são os mais da empresa.
competitivos. Observando que os países mais
competitivos também são os mais seguros, um Quando se trata de competitividade, todas as
relatório emitido em 2005, Trabalho Decente – empresas podem se beneficiar por serem mais
Trabalho Seguro, do Congresso Mundial sobre produtivas do que seus concorrentes locais. A
Segurança e Saúde no Trabalho, afirma: “Não segurança é parte essencial de ser competitivo.
existe nenhuma evidência de que qualquer
país tenha se beneficiado com baixos níveis
de segurança e saúde”. O relatório continua: MEDINDO MATERIAIS FUGITIVOS
“Uma estratégia baseada em baixos níveis de
segurança não gera maior competitividade ou Quantidade e Qualidade
sustentabilidade” (Referência 31.3). Sem as duas informações, tanto as
qualitativas como as quantitativas, a discussão
O relatório da OIT, A Segurança em sobre a eficácia dos esforços para controlar
Números: Indicadores para uma Cultura o material fugitivo se converte em um debate
Global de Segurança, lista uma série de efeitos fútil baseado em opiniões, e não em fatos.
decorrentes de uma política ruim de saúde Medidas da quantidade de material fugitivo
e segurança no resultado financeiro de uma coletado oferecem fortes evidências da natureza
empresa (Referência 31.2). Esses efeitos dos problemas específicos de uma operação
incluem: e funcionam como avaliações que capturam
A. Alta taxa de absenteísmo e mais tempo a verdadeira quantidade de material perdido,
ocioso, acarretando perda de produtividade. testando o sistema antes e depois que os
B. Subutilização de fábricas de produção projetos de melhoria são instalados.
dispendiosas e uma possível queda na O(s) tipo(s) de material(is) fugitivo(s)
economia de escala. visto(s) em uma operação de manuseio de
C. Moral baixo, levando à perda de material a granel pode(m) ser determinado(s) 31
produtividade. normalmente pelo tamanho das partículas
D. Perda de empregados capacitados e no material a granel e pela forma da pilha
experientes, bem como do investimento do material. O pó é composto por partículas
471
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
muito pequenas que tendem a ser transportadas Ao utilizar essas pontuações, uma
pelo ar e se acumular ao cobrir uma área. operação pode avaliar o desempenho do seu
O derramamento, em geral, tem forma equipamento (e dos seus fornecedores) em
granular, representando o tamanho médio da obter o controle dos materiais fugitivos.
partícula do material a granel transportado, e
se acumula em pilhas de formato cônico, com Uma escala, combinada com os dados
uma inclinação igual ao ângulo de repouso quantitativos coletados sobre taxas de
do material a granel. Em alguns casos, o furo produção, custos de manutenção e segurança
através do qual o derramamento vaza age como do trabalhador, pode ser usada para preparar
uma tela, e a pilha de material derramado terá uma avaliação abrangente dos esforços da
um tamanho uniforme. Em outros, o processo gerência em relação a um processo contínuo de
cria uma separação por tamanho de partículas, aperfeiçoamento.
através do fluxo de ar ou da gradação.
Sistema de Pontuação
Enquanto medir o derramamento é um O sistema de pontuação é baseado na
processo relativamente direto, determinar a comparação entre as inspeções visuais e uma
origem do material fugitivo normalmente é um série de condições, divididas em categorias e
trabalho de investigação. É importante fazer ilustradas com fotos relevantes. Cada categoria
uma pesquisa quando se estiver procurando recebe uma pontuação numérica com um
pela origem de um derramamento e tentar determinado peso. A gerência estabelece o
deduzir de onde o material pode ter se peso, a fim de concentrar os esforços em
originado. Se não houver uma origem clara, um problema específico. O total de todas as
pode ser que o derramamento seja causado pontuações numéricas fornece uma classificação
por um problema operacional, como um geral, enquanto uma lista da pontuação
chute ligado, uma correia desalinhada por categoria fornece um meio de dividir o
ou sobrecarregada, ou um problema de problema em origens administráveis do material
manutenção, como um indicador com defeito. fugitivo.
Além das informações quantitativas, pode Cada operação de manuseio de material deve
haver ocasiões em que apenas as medições estabelecer seu próprio sistema de pontuação,
sejam insuficientes para indicar a natureza do com base no que é aceitável, e usar fotos
problema ou para representar a quantidade de verdadeiras da fábrica para a pontuação do
melhorias necessárias ou alcançadas. Nesses sistema de desempenho.
casos, tem-se a oportunidade de usar padrões
qualitativos. Entretanto, para serem eficazes
Definição da Escala Swinderman
e úteis, esses padrões devem ser definidos
previamente e sujeitos a um sistema de A Escala Swinderman de Materiais
pontuação versátil e bem intencionado. Fugitivos, detalhada a seguir é uma tentativa de
desenvolver esse sistema de pontuação.
A Escala dos Materiais Fugitivos
O material apresentado pretende ser uma
Faz parte da natureza humana esquecer amostra ou demonstração dessa escala. Cada
quais eram as condições no passado e operação desenvolve sua própria escala de
inconscientemente mudar a definição do que pontuação, para sua situação específica, e
é aceitável. Uma escala de materiais fugitivos utiliza essa escala para medir a melhoria do
é um sistema de avaliação que utiliza valores desempenho em um período.
pontuais predeterminados e fotografias
comparativas de uma operação ou instalação A escala pode ser revisada periodicamente,
específica, como padrão de avaliação. Uma talvez anualmente, aumentando as
escala estabelece um índice que atribui valores exigências para dar suporte ao processo de
ao desempenho do sistema no controle de aperfeiçoamento contínuo, conforme a limpeza
materiais fugitivos. Ela exige a atribuição de melhora. O sistema de pontuação e as metas
31 pontos para o controle de pó, derramamento
e material residual em um determinado
não devem ser alterados com muita frequência,
ou não será possível avaliar o progresso
sistema, usando um sistema de pontuação alcançado.
preestabelecido, específico para a operação.
472
Medidas de Desempenho | Capítulo 31
31
473
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
31
474
Medidas de Desempenho | Capítulo 31
475
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
476
Medidas de Desempenho | Capítulo 31
D1 Excessivamente
Empoeirado
D2 Empoeirado
D3 Sem Pó e de Acordo
com os Limites Legais
S1 Derramamento Exces-
sivo e Contínuo
S2 Derramamento
Frequente
S3 Sem Derramamento
ou com Derramamen-
to Ocasional
C1 Sujo
C2 Limpo
C3 Muito Limpo
88
Formulário de Pontuação da Escala Swinderman (Com os Pesos Tabela 31.4
Atribuídos pela Gerência)
Sistema de Pesos para Área de Pontuação Acionador Emissões de Material Fugitivo
Classificação
Nível Descrição Pontos Base Data: 30 Dias Data: 60 Dias Data: 90 Dias Data:
Escala 23 Maio 23 Jun. 23 Jul. 23 Agos.
D1 Excessivamente
Empoeirado
D2
D3
Empoeirado
Sem Pó e de Acordo
20
com os Limites Legais
S1 Derramamento Exces-
sivo e Contínuo
S2 Derramamento
S3
Frequente
Sem Derramamento
20
ou com Derramamen-
to Ocasional
C1 Sujo
C2
C3
Limpo
Muito Limpo
60
PONTUAÇÃO TOTAL 100 31
Quanto maior a pontuação, melhor o desempenho. Máxima pontuação possível = 100;
min = 0.
477
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
S3
Frequente
Sem Derramamento
20 0
ou com Derramamen-
to Ocasional
C1 Sujo
C2
C3
Limpo
Muito Limpo
60 0
PONTUAÇÃO TOTAL 100 15
Quanto maior a pontuação, melhor o desempenho. Máxima pontuação possível = 100; min = 0.
S3
Frequente
Sem Derramamento
20 0 0
ou com Derramamen-
to Ocasional
C1 Sujo
C2
C3
Limpo
Muito Limpo
60 0 30
100
31
PONTUAÇÃO TOTAL
15 45
Quanto maior a pontuação, melhor o desempenho. Máxima pontuação possível = 100; min = 0.
478
Medidas de Desempenho | Capítulo 31
S3
Frequente
Sem Derramamento
20 0 0 15
ou com Derramamen-
to Ocasional
C1 Sujo
C2
C3
Limpo
Muito Limpo
60 0 30 30
PONTUAÇÃO TOTAL 100 15 45 60
Quanto maior a pontuação, melhor o desempenho. Máxima pontuação possível = 100; min = 0.
S3
Frequente
Sem Derramamento
20 0 0 15 20
ou com Derramamen-
to Ocasional
C1 Sujo
C2
C3
Limpo
Muito Limpo
60 0 30 30 30
100
PONTUAÇÃO TOTAL
15 45 60 70 31
Quanto maior a pontuação, melhor o desempenho. Máxima pontuação possível = 100; min = 0.
479
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
480
Medidas de Desempenho | Capítulo 31
481
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
que vale a pena reduzir o material residual ao Correia, no qual a Empresa Happy instalou
Nível III (0-10 gramas por metro quadrado), um equipamento de limpeza de correia para
instalando um sistema de limpeza da correia alcançar o Nível III de limpeza, e colocando
sofisticado (Figura 31.12 e Equação 31.6). essa informação na declaração financeira
anterior, na linha de Salários & Suprimentos de
Declaração de Lucros & Perdas da Manutenção, a situação financeira da Empresa
Empresa Happy Happy se altera, como mostra a Declaração de
Tomando as economias do exemplo de Lucros & Perdas Corrigida (Tabela 31.12).
Retorno sobre Investimento do Raspador de
Relacionados e de
Manutenção Reduzidos
ROI = = 6,47
9.500
ROI Retorno sobre o Investimento em ROI = 6,47 (647%)(12/6,47 = 1,85 meses
Porcentagem (como Decimal) para retorno)
482
Medidas de Desempenho | Capítulo 31
Declaração de Lucros e Perdas Corrigida (com Limpeza de Nível III) Tabela 31.12
Declaração de Lucros e Perdas CORRIGIDA para o Período de 1
Moeda USD % de Vendas
de Janeiro a 31 de Dezembro
Rendimentos Vendas $1.000.000 100%
Total de Rendimentos $1.000.000 100%
Custo dos Bens Mão de Obra de Produção $ 250.000 25%
Vendidos Materiais Produção $ 150.000 15%
Custo Total dos Bens Vendidos $ 400.000 40%
Despesas Salários & Suprimentos Escritório $ 100.000 10%
Salários & Suprimentos Manutenção $ 223.000 22%
Água, Gás & Eletricidade $ 100.000 10%
Juros, Licenças & Multas $ 50.000 5%
Total Despesas Antes do Imposto $ 473.000 47%
Lucros Rendimento Menos Despesas $ 127.000 13%
Impostos (Taxa de Imposto 50%) $ 63.500 6,5%
Lucro Líquido Livre de Impostos $ 63.500 6,5%
Ao reduzir o custo total das operações com forneceu ferramentas para avaliar a necessidade
a instalação e manutenção de um sistema de melhorias no controle de materiais
sofisticado de limpeza da correia, o lucro fugitivos e os benefícios obtidos com elas.
líquido livre de impostos da Empresa Happy Seguem os dois capítulos finais, que abordam
aumentou cerca de 30%, de 5% para 6,5%. os transportadores utilizados em situações
específicas.
483
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
Figura 32.1
Na aplicação de sistemas
de transportador de
correia e componentes
em indústrias específicas,
uma série de fatores
relacionados ao
material, às condições,
aos equipamentos e
aos padrões deve ser
considerada.
Capítulo 32
CONSIDERAÇÕES
SOBRE
SETORES ESPECÍFICOS
Agregado, Brita, Areia e Cascalho.. ................................................................................................................. 486
Transporte de Material a Granel...................................................................................................................... 488
Cimento................................................................................................................................................................... 490
Termogeração a Carvão..................................................................................................................................... 492
Mineração de Carvão (Subterrânea).. ............................................................................................................. 494
Mineração Hardrock (Metais e Materiais Não Combustíveis)................................................................. 496
Fundição de Metal................................................................................................................................................ 498
Indústrias de Processamento........................................................................................................................... 499
32
Produtos de Papel e Celulose/Produtos Florestais.. .................................................................................. 500
Mineração de Superfície (Carvão e Outros Minerais)................................................................................. 502
Conheça seu “Inimigo” ....................................................................................................................................... 503
484
Considerações sobre Setorers | Capítulo 32
Neste Capítulo…
Neste capítulo, oferecemos uma visão geral
de algumas das condições específicas que têm
maior probabilidade de afetar os esforços para
reduzir o derramamento e o pó em uma série
de setores da indústria de transportadores
de material a granel. Incluímos observações
gerais e informações específicas sobre
transportadores e transferidores, limpeza da
correia e gerenciamento do pó, para dez setores
diferentes.
32
485
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
486
Considerações sobre Setorers | Capítulo 32
487
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
488
Considerações sobre Setorers | Capítulo 32
• A eliminação do derramamento é
especialmente importante (nas aplicações
de carregamento), porque os materiais
possuem um grande valor por tonelada e
são considerados contaminados e inúteis se
caírem no chão ou na água. Em mais e mais
jurisdições, esses materiais são considerados
lixo perigoso.
• O derramamento nos acionadores é um
problema comum, porque eles devem
atingir alturas mínimas de carga e carregar
vários tipos de material. A saia cria uma
parede em todo o comprimento dos
defletores suspensos e inclinados e ajuda a
evitar que o material role. As bandejas para
derramamento são normalmente colocadas
sob o transportador em áreas críticas, com
previsão de limpeza constante ou limpeza
fácil.
• As correias nos portos precisam ser
projetadas com distância da aba para vedação
maior do que o normal, para controlar o
derramamento. Como esses transportadores
são montados normalmente em estruturas • Sistemas de cortina de ar e a vácuo são
que devem ser flexíveis, eles têm mais eficazes para materiais muito finos como
probabilidade de ficar desalinhados. alumina. Esses materiais frequentemente
apresentam uma tendência de aderência
devido à estática, em que os refugos fluem
Limpeza da Correia
diretamente; nesses casos, um pegador a
• Nos transportadores de alta velocidade e nas vácuo é necessário.
polias de descarregamento que são difíceis
de alcançar, raspadores de correia de longa
duração, que mantêm automaticamente a Gerenciamento do Pó
pressão e o ângulo de limpeza, são a melhor • Normalmente utiliza-se a coleção de pó,
opção. desde imensos sistemas centralizados até
• Como algumas correias do terminal são coletores com ponto de origem individual.
utilizadas para diversos materiais e/ou para • Métodos convencionais de controle de
transportar nas duas direções, a lavagem da pó e derramamento frequentemente
correia pode ser necessária para reduzir a não são suficientes. O uso de caixas de
contaminação cruzada. lavagem e programações de manutenção
• As caixas de lavagem são comprovadamente tão frequentes quanto uma vez a cada ciclo
úteis para assegurar que as correias que de carregamento/descarregamento são
passam por corpos de água estejam bem necessários.
limpas. As caixas de lavagem também são • Chutes curvos de carga especiais são usados
eficazes para reduzir a contaminação quando normalmente para centralizar o material e
as correias são usadas para manusear vários reduzir a geração de pó.
materiais diferentes. Deve-se usar água fresca
para lavar as caixas e para a lavagem, ou o
equipamento írá oxidar.
32
489
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
32
490
Considerações sobre Setorers | Capítulo 32
Gerenciamento de Pó
• Para o controle do pó nas pilhas de
material bruto, a água tem sido o sistema de
supressão escolhido. O uso de supressão
com espuma é eficaz no triturador e acarreta
alguns efeitos residuais.
• No que se refere ao acabamento, a adição
de umidade não é permitida. Portanto, a
contenção e a coleta são as únicas opções.
• Transportadores sustentados a ar podem
ser usados de forma eficaz nesse setor, para
controle do pó.
• Devido à natureza abrasiva da escória e ao
tamanho muito pequeno da partícula do
cimento acabado, o vazamento dos chutes e
das vedações da calha-guia é um problema
comum. Prestar atenção extra no conserto e
na vedação dos furos nos chutes irá oferecer
maior controle do pó. O suporte da correia
e as vedações autoajustáveis são úteis para
controlar o pó nos pontos de transferência.
32
491
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
492
Considerações sobre Setorers | Capítulo 32
sustentados a ar.
• Problemas com o alinhamento da correia
no manuseio do carvão podem ser
resolvidos com dispositivos de alinhamento
multipivotantes. Dispositivos pivotantes
padrão frequentemente deslizam nas
correias de manuseio de carvão; é por
isso que esses alinhadores de correia são
frequentemente amarrados a um lado.
Desativar esses dispositivos de alinhamento
pode criar problemas ainda maiores,
acarretando danos à correia e problemas de Gerenciamento do Pó
derramamento de material.
• As regulamentações sobre emissão de Pó
• A vedação da calha-guia é importante no afetam o manuseio do carvão, desde o
manuseio do carvão. Os transportadores de descarregamento do vagão por meio de
carvão são particularmente muito adequados sistemas de manuseio de materiais até os
para amortecedores de suporte de correia e reservatórios acima das caldeiras.
vedação autoajustável.
• O carvão que possui baixo teor de
• A preocupação com um rendimento enxofre queima de forma mais limpa, mas
consistente e com a redução da geração de normalmente é mais quebradiço. Conforme
pó faz com que se considere a construção as fábricas mudam para o carvão limpo,
de chutes de fluxo em muitas aplicações de também se torna necessário encontrar
manuseio de carvão. métodos para reduzir o pó. Esses métodos
podem incluir chutes de fluxo projetados,
Limpeza da Correia
sistemas de supressão de pó e a atualização
• A limpeza dos transportadores de manuseio dos sistemas de coleção de pó existentes
de carvão é normalmente mais direta e (caixas coletoras de pó).
pode ser considerada uma aplicação típica.
• A supressão de pó com uso somente de
Um sistema padrão de limpeza da correia
água não é uma opção econômica, pois
em uma geradora de energia elétrica é um
reduz a saída térmica do carvão. A supressão
sistema duplo ou triplo, com um raspador
química é a escolha de muitas fábricas,
primário de poliuretano e um ou dois
porque seus níveis reduzidos de umidade
raspadores secundários com ponta de
minimizam a penalidade para a umidade
carboneto de tungstênio.
acrescentada.
• Alguns tipos de carvão contêm argila, o que
• Vagões rotativos para trens de carvão criam
pode dificultar a limpeza. Esse material
um grande problema com relação ao pó.
tende a “lambuzar” a correia e se acumular
A supressão com espuma ou tensoativos
como “flocos de milho” abaixo das roldanas
oferece benefícios, incluindo um efeito
de retorno. A solução normal é fazer com
residual que permanece com o carvão
que os raspadores de correia funcionem
quando ele vai para a pilha de estocagem.
com pressão de limpeza mais alta ou utilizar
um ângulo de limpeza mais agressivo. • Coletores de pó inseríveis (modulares) são
adequados para o gerenciamento do pó
• O uso de água é benéfico para manter
específico do lugar, caso a contenção não
a eficiência do raspador de correia, mas
seja prática ou seja insuficiente.
as geradoras de energia elétrica têm
frequentemente editais mal concebidos
sobre o uso da água (“água não”), devido
à penalidade por BTU. A quantidade de
água necessária para manter a eficiência
da limpeza da correia é tão pequena que é
difícil separá-la de outras fontes de utilização 32
de água, como supressão do pó, chuva e
até mesmo a água absorvida devido ao alto
índice de umidade.
493
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
494
Considerações sobre Setorers | Capítulo 32
495
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
496
Considerações sobre Setorers | Capítulo 32
497
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
498
Considerações sobre Setorers | Capítulo 32
INDÚSTRIAS DE PROCESSAMENTO
Essa seção aborda as aplicações de “serviço
leve” nas indústrias, o que inclui processamento
de produtos alimentícios, produtos químicos,
farmacêuticos, fertilizadores, grãos e tabaco.
Em Geral
• Embora essas indústrias manuseiem
materiais diferentes, existem uma série de
padrões comuns de projeto e construção.
• Em geral, essas indústrias são consideradas
como aplicações de serviço leve, com
correias mais estreitas – 450 a 900
milímetros (18 a 36 pol.) –, velocidades mais
baixas do transportador e taxas menores
do fluxo de material. Em muitos casos,
esse equipamento é uma versão menor
dos sistemas utilizados em aplicações de
mineração. Entretanto, devido ao tamanho
limitado da polia dianteira, das velocidades
e das tensões da correia e das exigências
especiais de limpeza, esses sistemas
requerem componentes especiais.
• Em muitas aplicações, exige-se que os
materiais de grau alimentício sejam • Sistemas especializados de lavagem
usados na construção de equipamento e são utilizados em muitas indústrias. Os
acessórios de manuseio de materiais. Os equipamentos e componentes de manuseio
polímeros de grau alimentício são usados de materiais devem ser compatíveis com os
em muitos casos; lâminas de alumínio processos de limpeza e com os processos
podem ser utilizadas em aplicações como químicos. Os sistemas de limpeza da correia
tabaco. O tipo de lâmina é determinado devem ser projetados para que possam ser
pela velocidade da correia, pelos materiais facilmente removidos de acordo com as
manuseados e pela temperatura desses exigências sanitárias.
materiais.
Gerenciamento do Pó
Transportadores e Transferidores
• Devido ao tamanho geral limitado do
• Correias planas do transportador são mais equipamento e do volume menor dos
comuns do que as correias inclinadas. materiais manuseados, a quantidade de
pó não é tão grande quanto em outras
Limpeza da Correia indústrias. Entretanto, o valor de materiais
• O tamanho menor das polias, perdidos em forma de pó é normalmente
transportadores e das correias pode maior, aumentando o benefício de sua
dificultar a remoção do acúmulo de captura e recuperação ou, melhor ainda, a
materiais das correias. prevenção do escape de pó.
32
499
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
500
Considerações sobre Setorers | Capítulo 32
Limpeza da Correia
• A presença de resina de madeira, ou breu,
na correia cria problemas para a limpeza.
É difícil que essa resina seja removida por
si só, o que faz com que outros materiais
— tiras, lascas ou resíduos—também fiquem
aderentes, complicando o processo de
limpeza. A resina aderente na correia
do transportador pode fazer com que as
lâminas do preraspador de poliuretano fibroso, o que interfere no desempenho. A
apresentem trepidação e vibração, limpeza será mais bem sucedida se forem
provocando o aquecimento da lâmina de utilizados raspadores de lâminas unitárias ou
limpeza e, em alguns casos, até mesmo o raspadores alinhados sem braços.
derretimento das mesmas. Lâminas finas
com pontas de carboneto de tungstênio, • Pode ser necessário utilizar lâminas especiais
operadas com pressões mais altas do que o no raspador de correia para a produção de
normal, podem ser necessárias para resolver papel branco, a fim de evitar a contaminação
o problema. Fazer com que a correia do papel com partículas coloridas originadas
funcione sem carga, permitindo que o com o desgaste da lâmina.
raspador remova o acúmulo depois de cada
ciclo de produção, também pode ajudar a Gerenciamento do Pó
evitar que o material endureça.
• A supressão do nevoeiro é comum, uma
• A descarga do transportador alimentador vez que as fábricas buscam evitar interferir
do digestor contém substâncias químicas no processo químico adicionando produtos
que podem enfraquecer as lâminas do químicos às polpas, como por exemplo,
raspador de correia de poliuretano e, tensoativos para supressão do pó.
consequentemente, diminuir a vida útil da • Os sistemas de coleção de pó são comuns
lâmina. e em muitos casos existem grandes caixas
coletoras.
• Correias com taliscas são utilizadas com
frequência para mover as lascas ou tiras
de casca para cima nas inclinações. Os
raspadores da escova e das correias com
chevron são necessários para limpar essas
correias, porém essas são aplicações difíceis.
32
• Nos transportadores que manuseiam tiras de
casca, os raspadores secundários de “braço
e lâmina” tendem a acumular material
501
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
502
Considerações sobre Setorers | Capítulo 32
da trajetória do material.
CONHEÇA SEU “INIMIGO”
• A alta aderência do material pode exigir o
uso de uma britadeira, instalada antes do Concluindo…
pré-raspador, para aumentar o desempenho Cada indústria que utiliza transportadores
geral da limpeza e a vida útil do pré-raspador de correia para manuseio de materiais a granel
e dos sistemas secundários de limpeza. possui condições exclusivas que precisam
• A limpeza da correia de retorno ser levadas em conta quando se determina a
é importante devido ao tamanho configuração do transportador e dos acessórios.
potencialmente grande e à natureza aderente Embora existam alguns itens que se aplicam ao
dos materiais. Esses materiais ficam presos uso dos transportadores em geral, as diferenças
entre a correia e as polias de curva e entre os materiais transportados, entre as
podem danificar a correia, perfurando-a condições do local em que os transportadores
ou aumentando a tensão. O acúmulo de estão localizados, entre os equipamentos e os
material também pode rapidamente causar o padrões da indústria, afetam os esforços para se
desalinhamento da correia. limitar o derramamento e o pó.
• Dispositivos de limpeza para o lado interno
da correia devem ser projetados para altos A Seguir…
impactos e para evitar que os materiais
O capítulo Considerações sobre Indústrias
no sistema de suspensão fiquem presos.
Específicas é continuação da seção Panorama
Os raspadores da polia são normalmente
do Manuseio de Materiais a Granel, explicando
aplicados além dos raspadores traseiros de
a importância de conhecer as condições
proteção.
exclusivas das indústrias envolvidas nos esforços
• Devido ao comprimento e à capacidade
para redução de materiais fugitivos. O próximo
de carga de algumas correias, transmissões
capítulo, Considerações sobre Transportadores
duplas (com a segunda transmissão sendo do
Especializados, encerra essa seção.
tipo acelerador de descarga) são instaladas
algumas vezes, o que pode ser outra fonte
de derramamento. É particularmente
difícil instalar raspadores para esses casos,
devido ao espaço limitado e aos pequenos
diâmetros das polias. O Uretano de alto
desempenho pode fornecer desempenho e
vida útil superior nas aplicações de limpeza
pesada.
Gerenciamento do Pó
• A água aplicada em forma de spray é
o método típico de supressão de pó.
Entretanto, as altas taxas da aplicação de
água irão aumentar os problemas com
materiais residuais ou obstrução dos orifícios
dos pulverizadores de água. Além disso,
a disponibilidade de água pode ser um
problema. A supressão com tensoativos ou
com espuma pode ser considerada como
alternativa.
503
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
Figura 33.1
Existe uma série de
transportadores adequados
para materiais incomuns ou
exigências especiais, que
oferecem alternativas ao
sistema de transportador
de correia côncava
convencional.
Capítulo 33
CONSIDERAÇÕES SOBRE
TRANSPORTADORES
ESPECIALIZADOS
A Necessidade de Sistemas Especializados de Transportadores........................................................... 505
Transportadores de Correia com Cabo.. ........................................................................................................ 506
Correias com Taliscas ou com Chevron......................................................................................................... 507
Transportadores com Curvas Horizontais e Transportadores com Curvas Verticais.. ..................... 508
Transportadores Pocket e Sidewall ............................................................................................................... 509
Transportadores Fechados................................................................................................................................ 510
Transportadores com Bolsa, Dobráveis, de Tubo e de Cano.. .................................................................. 510
33
Transportadores Sanduíche.............................................................................................................................. 512
O Futuro da Tecnologia do Transportador.. ................................................................................................... 513
A Necessidade de Sistemas Alternativos...................................................................................................... 513
504
Considerações sobre Transportadores Especializados | Capítulo 33
505
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
Polia da Linha
33
506
Considerações sobre Transportadores Especializados | Capítulo 33
Benefícios
• Permite maior ângulo de inclinação. Esses Figura 33.4
sistemas podem transportar material em Nas correias com
inclinações de até 45o. Isso faz com que chevron invertido, o
chevron é moldado na
a área de cobertura total do sistema do superfície da correia.
transportador seja reduzida (Figura 33.5).
Desvantagens
• Limitações à capacidade.
À medida que o ângulo de inclinação
aumenta, diminui a capacidade.
• Probabilidade de as taliscas causarem algum
tipo de dano. Objetos elevados acima da
superfície da correia podem causar danos Figura 33.5
devido ao cascalho, às vedações da saia e aos
Correias com
raspadores. chevron são eficazes
• Dificuldade para limpar a correia. para transportar
material para cima
Dispositivos especiais, como pulverizadores em transportadores
de água, cortinas de ar, batedores ou inclinados. 33
raspadores especialmente projetados com
palhetas, devem ser instalados para controlar
o material residual. O chevron invertido
507
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
508
Considerações sobre Transportadores Especializados | Capítulo 33
509
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
510
Considerações sobre Transportadores Especializados | Capítulo 33
Figura 33.10
À esquerda:
transportadores de
cano ou tubo enrolam
a correia dentro de
um tubo para conter
o material. À direita:
transportadores com
bolsa ou dobráveis
prendem a borda da
correia para formar uma
bolsa.
Desvantagens
• Maior custo.
A estrutura, as guias e o correame são mais
complicados e, portanto, mais caros.
• Exige correame especialmente projetado.
Um correame especial pode aumentar o
custo e o tempo, quando for necessário fazer
uma substituição. Aplicações Típicas
• Dificuldade de vedação nos pontos de carga. • Portos.
A transição da correia para o formato final O confinamento da carga evita o
dificulta a vedação. derramamento na água.
• Exige limpeza da correia. • Aplicações industriais, onde o espaço é
A limpeza da correia é crítica, pois o limitado.
material residual pode interferir no A capacidade do sistema de se adaptar a
equipamento que carrega a correia. caminhos com um ângulo de inclinação
• Exige energia adicional. muito alto ou com curvas permite a
instalação em espaços apertados.
O sistema pode usar até 30% a mais de
energia do que os transportadores de correia • Materiais que exigem operação livre de
côncava convencionais. contaminação.
O confinamento da carga protege a carga de
contaminantes.
33
511
Seção 7 | Panorama do Manuseio de Materiais a Granel
Benefícios
TRANSPORTADORES SANDUÍCHE
• Pode transportar grande quantidade
Transportadores sanduíche ou
de material para cima em inclinações
transportadores com inclinações acentuadas
acentuadas.
são geralmente utilizados para carregar material
para cima em ângulos acentuados. A carga é O sistema prende o material, e, assim,
colocada entre as duas correias, como a carne a correia pode ascender em inclinações
em um sanduíche (Figura 33.12). Esses acentuadas sem perda do material.
sistemas usam roldanas modificadas para • É ideal para espaços físicos limitados.
capturar a carga e formar o sanduíche. Em O ângulo acentuado de inclinação assegura
geral, esses transportadores têm forma de “S” e as exigências de área de cobertura do
são normalmente usados para elevar ou baixar transportador.
cargas verticalmente em uma área de cobertura
pequena (Figura 33.13). Desvantagens
• Manutenção difícil nos componentes de
rotação.
Figura 33.12 Esses sistemas encerram certa quantidade de
Os transportadores
componentes em espaços estreitos.
sanduíche colocam • Carregamento crítico para operação
a carga entre duas
eficiente.
correias para carregá-
la para cima em Caso o material seja posicionado
inclinações acentuadas. inadequadamente durante o carregamento,
a correia sanduíche pode não estar bem
vedada, eliminando os benefícios do
sistema.
• Limpeza difícil da correia.
A limpeza da correia apresenta desafios
especiais, uma vez que a correia superior
deve ser limpa de ponta-cabeça. O espaço
para limpeza da correia e para alinhar o
equipamento é limitado.
Aplicações Típicas
• Operações de trituração em poços.
Esses sistemas são úteis em locais como
poços, por exemplo, que exigem um ângulo
de inclinação acentuado para elevar o
material.
• Enchimento de silos.
O sistema é útil devido ao grau de inclinação
elevado que pode reduzir a área de
cobertura do transportador.
Figura 33.13
• Navios autodescarregáveis.
Os transportadores
sanduíche são Esses sistemas permitem elevar material do
vistos geralmente receptáculo para o navio.
em aplicações
como enchimento .
de silos e navios
autodescarregáveis.
33
512
Considerações sobre Transportadores Especializados | Capítulo 33
513
Chapter Title | Chapter #
Martin Engineering
• PESQUISA.................................................................................................................................. 516
515
Pesquisa | Centro de Inovações para o Manuseio de Material a Granel
516
Centro de Inovações para o Manuseio de Material a Granel | Pesquisa
Um Recurso Educacional
O CFI oferece recursos de treinamento e educação,
inclusive uma sala de treinamento de última geração, com 44
lugares, e um centro de videoconferência.
517
Programas Educacionais | FOUNDATIONS ™ Desenvolvimento de Pessoal
518
FOUNDATIONS ™ Programas Educacionais | Desenvolvimento de Pessoal
519
Serviços
Áreas de Especialidade
• Instalação de Equipamento.
• Manutenção Especializada.
• Aprimoramento de Processos.
Vistoria de Local Modelagem de Fluxo (DEM)
Censo de Equipamento Inspeção a Laser
Teste de Material a Granel Limpeza de Silo e Depósitos
Análise de Material “Morto”
Manutenção de Canhões de Ar
Monitoramento de Pó
Biblioteca com Acervo On-line
Treinamento de Pessoal Instruções sobre o Porquê e
Como Melhorar o Manuseio
de Materiais a Granel
Através de seus pioneiros livros FOUNDATIONS™ e seus programas
educacionais, a Martin Engineering ajuda funcionários do setor a
compreender a importância crítica do manuseio de materiais a granel.
Os programas voltados para o cliente irão ajudar novos funcionários,
operações em instalações e funcionários de manutenção e seus respectivos
supervisores, desenvolvedores de transportadores, engenheiros e gerentes
de instalações a controlar as variáveis que afetam os fatores críticos para
o desempenho dos transportadores. Feitos sob medida para atender às
suas necessidades, de acordo com o seu cronograma, os programas são
fornecidos in loco ou em um local acordado mutuamente.
520
Produtos
Gerenciamento de Manutenção
521
Chapter Title | Chapter #
APÊNDICES
• Apêndice A
REFERÊNCIAS.. ....................................................................................................................... 526
• Apêndice B
GLOSSÁRIO.............................................................................................................................. 532
ABREVIATURAS DE MEDIDAS....................................................................................... 542
• Apêndice C
ETIQUETAS DE SEGURANÇA.......................................................................................... 544
• Apêndice D
ÍNDICE DE EQUAÇÕES....................................................................................................... 552
ÍNDICE DE TABELAS........................................................................................................... 553
ÍNDICE REMISSIVO.............................................................................................................. 554
• Apêndice E
AUTORES & AGRADECIMENTOS.................................................................................. 560
523
Chapter Title | Chapter #
Apêndice A
REFERÊNCIAS
525
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528
Referências | TAK-WOO
529
Chapter Title | Chapter #
Apêndice B
Glossário
• Glossário................................................................................................................................ 532
531
ABR-BRE | Glossário
Glossário
Esta é uma lista de termos relacionados ao transportador de correia, palavras. Consulte também outras fontes de referência, como CEMA
como são utilizados nessa edição de FOUNDATIONS™. Ela não Publication
o
#102, Conveyor Terms and Definitions (Publicação da
pretende ser um compêndio completo de todos os termos usados CEMA N 102 sobre Termos e Definições de Transportadores de
para descrever correias, transportadores e/ou sistemas de manuseio Correia), bem como as publicações e terminologias utilizadas pelos
de materiais a granel. Se uma frase não for encontrada, divida-a em fornecedores de componentes específicos.
532
Glossário | BUC-COR
breque | Um dispositivo de breque mecânico direcionar e confinar o fluxo de material em carregamento, e em alguns casos, o ponto de
ou elétrico usado para evitar que uma correia movimento, de forma que ele flua suavemente transferência da calha-guia.
do transportador carregada, inclinada, role de e com o 1mínimo de ar induzido. ciclo | A distância ou rota coberta por uma
volta caso o motor pare de funcionar. Também carcaça | A seção de reforço de tecido, corda e/ correia 2de transportador.
denominado “embreagem de retenção” ou ou metal de uma correia, diferente da cobertura ciclone | Um dispositivo que cria um tipo de
“breque e embreagem.” de borracha. “redemoinho” de alta velocidade – e que usa a
bucha | Material colocado no lado de dentro das carga dianteira| Pressão de uma carga em força centrífuga para separar partículas de pó
superfícies de um compartimento ou recipiente, cima de um objeto, como o peso do material do ar.
normalmente para preservar o compartimento em um2recipiente acima da correia. cilindro plano | Ver roldana plana.
do desgaste. CARP | Acrônimo de “Constant Angle Radial classificação de tensão | A força de tensão
2
bucha de desgaste | Uma camada de tijolos Pressure – Pressão Radial do Ângulo de mínima de uma correia em Newtons por
Pressão”, um conceito de projeto da lâmina milímetro (lbf /pol.) da largura da correia,
cerâmicos, placas AR, ou outro material
de limpeza da correia para manter o ângulo de conforme especificado pelo fabricante do
antiabrasivo usado para revestir o interior de
limpeza conforme a lâmina se desgasta. correame. É usado algumas vezes nos EUA
um chute de transferência ou uma calha-guia 2
carregamento, ciclo de | O ciclo superior como um termo para a tensão atuante.
para melhorar o fluxo de material e evitar o de uma correia do transportador usado para
2
classificador | Uma parte do equipamento
desgaste por abrasão e o dano ao casco externo transportar material da zona de carregamento usada para classificar e separar o material por
e à estrutura. para o ponto de descarregamento. tamanho.
carregamento, lado de | O lado do CMMS | Acrônimo de Computerized
transportador ou do correame que fica em Maintenance-Management System - Sistema de
C contato com a carga de material.
2 Manutenção e Gerenciamento Computa-
CAD | Acrônimo de Computer-Aided Design. carregamento, roldana de | Qualquer tipo de dorizado, um sistema que acompanha o
caixa de lavagem | Um compartimento fechado roldana que suporta o ciclo de carregamento de trabalho e 1os custos de manutenção.
contendo uma série de raspadores de correia e carga de uma correia1
do transportador. cobertura | A camada externa do correame.
bocais de pulverizadores de água para limpeza catenária, roldana | Um conjunto de roldanas Também é a tampa ou teto para proteger o
da correia. 2
flexíveis em que os cilindros ficam suspensos transportador e os materiais contra a exposição
caixa de pedras | Uma base ou prateleira em um elo flexível, uma corda ou uma aos elementos e limitar a liberação de material.
dentro de um chute onde o material deve corrente, e as extremidades são apoiadas em coeficiente de fricção | A relação entre a força
se acumular. Isso permite que o material pinos pivotantes. O tubo ou cilindro inclinado necessária para deslizar duas superfícies e a
subsequente golpeie o material acumulado em deve firmar a inclinação. Também chamada de força que as pressiona para permanecerem
vez de golpear o chute, aumentando a vida útil roldana Garland. juntas, igual à tangente do ângulo de fricção da
das paredes. CEMA | Acrônimo de Conveyor Equip interface.
calço/cunha | Uma peça triangular inserida ment Manufacturers Association Associação coesão | Força interna do material.
para alargamento
2
ou suporte. de Fabricantes de Equipamentos de colher | Uma concavidade na parte inferior
calço | Ponto de prisão de material causado Transportadores.1 de um chute de transferência que direciona a
pela montagem de uma estrutura de pré- centro a centro | A distância entre o centro de colocação do material na correia que irá receber
raspador muito próximo a uma polia dianteira. duas polias ou roldanas. Também conhecida esse material.1
calha-guia, vedação, vedação da saia | como distância de centro a centro. concavidade | A propriedade de uma correia
O mecanismo (normalmente uma faixa de cerâmica, bucha de desgaste da face de de permitir que forme o contorno das roldanas
elastômero) instalada ao longo da parte inferior | Bucha que usa blocos de cerâmica para côncavas; a quantidade de correia que pode
dos pontos de transferência da calha-guia para aumentar a resistência à abrasão. ficar côncava.
controlar o derramamento e manter o material CFM ou cfm | Abreviação para “pés por côncavo | curvado para dentro; o arco e uma
na correia. minuto cúbico” nos cálculos de fluxo de ar curva convexa da correia.
1
calibre | A espessura de uma correia ou de seus chanfrar | Cortar em ângulo. confinado, espaço | Uma área fechada
elementos individuais. chapa, chapas | Uma camada de tecido usada potencialmente perigosa; o acesso é controlado
cama | Uma variedade de barras de baixa na carcaça de uma correia. 2 normalmente por regulamentos de segurança.
fricção ou outra superfície plana para suportar chave de desalinhamento | Uma chave de 2
conjunto soldado | Um componente de metal
o perfil da correia em vez de se utilizar uma limite montada ao longo da borda da correia fabricado mantido junto por juntas soldadas.
“caneca” na roldana. 2 que irá desligar a transmissão do motor se a consolidada, densidade a granel (ρ2) | A
cama de deslizamento | Uma série de barras correia se desviar em demasia de sua trajetória densidade de um corpo de um material a granel
longitudinais montadas em um suporte e centralizada. depois de ter sido submetido a uma força de
colocadas abaixo da zona de carregamento chave de parada de corda de puxar | Um compressão (F) ou a uma energia vibratória,
do transportador para fornecer uma superfície cabo que corre ao longo do comprimento do algumas vezes chamada de densidade a granel
contínua para que a correia carregada deslize. transportador, conectado a uma ou mais chaves. vibratória. 2
cantilever | Uma trave ou estrutura projetada Em uma emergência, um “puxão” manual do contrapeso | O peso aplicado ao conjunto do
apoiada em 1um ponto. cabo, em qualquer ponto, irá desligar o sistema tensionador da 1correia para ficar côncava.
capacidade | A carga máxima de material na do transportador. coroada, polia | Uma polia com um diâmetro
correia, carga ou rendimento.
1
chevron, correia com chevron | Uma crista maior no centro, ou em outros pontos, do que
cobertura inferior | O lado da correia que não em forma de V no lado de carregamento da nas bordas.
é o lado de carregamento em relação às polias. correia para impedir que o material role para 2
correia alimentadora | Uma correia do
captura, velocidade de | A velocidade do baixo em uma inclinação. transportador curta, plana, com velocidade
ar necessária para agrupar uma partícula de chute de carregamento | O compartimento variável, utilizada para transferir ou “alimentar”
ar transportada pelo ar para manter a tensão que deposita a carga na correia. material de um componente para outro em um
adequada da correia. chute, parede de chute | Um compartimento sistema de transporte de material. A taxa de
convexo | Curva com abertura para baixo; a usado para conter material conforme este é alimentação de material pode ser ajustada para
curvatura é uma curva convexa dentro de um transferido de uma parte do equipamento para acelerar ou não a correia.
sistema de coleta de pó. outra. correia, alinhamento da | A ação de fazer
capuz | Um defletor curvo instalado na área chute, lateral | As paredes do chute de com que a correia fique alinhada de forma
de descarregamento de um transportador para
533
COR-DIS | Glossário
534
Glossário | DOW-INC
série de discos almofadados para dar suporte a de segurança, proteção auricular, respiradores e de material.
1
uma correia do transportador. sapatos com ponta de aço 1
fricção | A resistência ao movimento devido ao
distância até a borda | Dimensão entre a parte envelhecimento / obsolescência | Exposição a contato das superfícies.
externa da calha-guia e a borda da correia um ambiente durante um determinado intervalo fricção de fronteira
2
| Ver fricção de interface.
distância da borda correia livre | A parte de tempo. fugitivo, material | Qualquer material perdido
2
sem carga da superfície de carga da largura envergamento | A ação em que as bordas que escapa de um sistema de manuseio de
da correia, em direção às bordas da correia, da correia se curvam para cima no ciclo de material em um local que não seja o ponto
normalmente onde o sistema de vedação da carregamento e para baixo no ciclo de retorno. normal de descarregamento, pode se originar
calha-guia é aplicado. Também conhecido como “enroscamento”. de material residual, de derramamento, de pó
2
downstream | Na direção dos locais que a escada de pedra | Uma série de caixas de transportado pelo ar ou de outras fontes.
correia ainda não alcançou, ou em direção ao pedra que diminuem a velocidade do material
ponto de descarregamento do transportador ou ao fazê-lo rolar em cascata para frente e para
do sistema.
1 trás entre as prateleiras.
G
dureza | Grau de resistência à indentação. estabilizador | Uma projeção que se estende gerado, ar | Fluxo de ar produzido por
durômetro | Um dispositivo que mede a dureza dispositivos giratórios que alimentam a zona
lateralmente além da estrutura central de um
de um material flexível (como um elastômero), de carregamento do transportador.
recipiente, avião ou 2máquina.
ao medir a resistência de penetração de um goma de ligação | Uma placa fina de borracha
estrutura central | O principal suporte
ponto dentado. não vulcanizada colocada entre chapas
estrutural de um raspador de correia, sobre
a qual as lâminas são montadas. pode ser no conjunto de uma emenda de correia
baixado para a superfície de carregamento de vulcanizada.
E 1
grampo de correia |Feixes ou placas de metal
uma correia para desviar material para fora
efetiva, largura ~ da correia | A medida de um transportador após o ponto normal de presas transversalmente nas duas extremidades
da largura na dimensão paralela ao cilindro descarregamento. da correia para fixá-las em na posição desejada.
inferior. grau de correia | Uma classificação da
efluente | O transbordamento de água (com cobertura da correia baseada em suas
materiais sólidos) que sai do sistema de F propriedades; projetada para fornecer uma
lavagem da correia. 1 referência aos usuários finais sobre que correias
fadiga | O enfraquecimento de um material usar em diferentes aplicações.
elastômero | Um polímero com propriedades 2
que ocorre quando a aplicação repetida de guia, cilindro | Um pequeno cilindro
elásticas que lembram a borracha natural;
tensão causa uma deformação permanente estabilizador em uma roldana auto alinhável.
normalmente, borrachas ou 1
uretanos. falha na junção com o tensor | Ver dano à
elétrica, condutividade | Uma medida de Quando a correia de um transportador fica
junção. desalinhada no cilindro guia, ela faz com que os
quanto um material aceita o transporte de carga FEA | Acrônimo para Finite Element Analysis
elétrica, medida em Ohm (Ω). cilindros pivotantes se direcionem para dentro
– Análise de Elemento Finito, uma técnica de e forçam a correia de volta ao alinhamento
elevação | A distância vertical pela qual o análise numérica computadorizada usada para
material é movimentado em um transportador; centralizado.
resolver equações diferenciais e solucionar
a alteração da altura de uma extremidade do problemas mecânicos relacionados à análise
transportador para a outra. de stress, e que é utilizada no projeto de H
emenda | A junção onde duas pontas ou duas transportadores e transferidores para manuseio 2
peças do correame são emendadas juntas a fim de materiais a granel. holdup roller | Uma roldana usada para
de oferecem um curso completo. field-trimmed | Cortado no tamanho apropriado aumentar a eficácia de um arado de proteção
emenda, ângulo de | O ângulo da parte superior no ponto de aplicação (em vez de ser cortado traseira, aplicando pressão para cima a fim de
da correia no qual duas peças de correia são na fábrica). manter a correia plana.
2
emendadas. flangeada, polia | Uma polia com um aro hidrofóbico | Que possui uma alta tensão de
2
emenda/junção a frio | Tipo de emenda/ elevado nas bordas com a finalidade de manter superfície e que não se combina com a água.
junção da correia na qual as camadas de uma a correia contida. higroscópico | Capaz de absorver umidade do
2
correia são sobrepostas e mantidas juntas com flop gate | Uma placa de metal pivotante que ar.
um composto adesivo. pode ser movida ou “dobrada” para alimentar
2
empilhadeira/recuperador | Uma barra material para os dois pontos diferentes de
montada em um transportador equipada com descarregamento. I
1
uma caçamba e roda que pode “empilhar” ou fluxo, auxiliar de | Dispositivo ou método que impacto | O golpe de um corpo sobre outro;
derramar material em um local de estocagem auxilia o fluxo de materiais através dos chutes, colisão. A força ou ímpeto transmitido em uma
para armazenamento ou para inverter a direção incluindo os vibradores lineares e rotativos, colisão.
e recuperar o material do local de estocagem canhões de ar, sistemas de aeração, buchas do impacto, cama, suporte de impacto | Uma
2
535
IND-PAR | Glossário
536
Glossário | PAR-REC
pelotas (pequenos pedaços) de resíduos ou pó. posição primária | A área ao redor da polia de radial, tensionador | Um tensionador que
perfil, rasgo de | Uma forma de dano da descarregamento onde os raspadores primários transmite torque através de uma extensão
correia, com um rasgo se movimentando da pivotante ou de uma mola de torção a um
são instalados normalmente.
raspador de correia. 2
borda em direção ao centro. pó, sistema(s) de coleta de | Um sistema
rasgo, detector de | Um sistema no qual um
permanente, estiramento | Uma alteração do mecânico usado para remover o pó do ar em
condutor elétrico é construído nas chapas da
comprimento de uma correia obaservado depois um sistema de transporte de material.
correia do transportador e que irá desligar
que a tensão foi removida; esse comprimento pó, sistema(s) de supressão de | Um sistema
o motor de1 transmissão caso a correia se rasgue.
adicional normalmente se acumula durante um de controle de pó que utiliza água ou água raspador | Um dispositivo para remover
período de tempo. tratada para reduzir o escape de partículas material aderente da correia.
pitô, tubos | Um instrumento de pressão usado transportadas pelo ar. raspador secundário | Um raspador de correia
para medir a velocidade de fluxo dos fluídos. pocket, correia | Uma correia em que as bolsas montado abaixo do lado de retorno para
PIW | Abreviação de Pounds per Inch Width – formadas pela adição de taliscas elevadas remover quaisquer resíduos remanescentes de
Libras por Polegada de Largura, uma medida e paredes laterais flexíveis, são usadas para material residual que não foram removidos
de classificação de capacidade de tensão de carregar a carga; comumente vistas em pelo pré-raspador.
uma correia. aplicações com ângulos de grande inclinação. raspador terciário | Qualquer raspador
placas de pontapé | Defletor para direcionar primário, raspador primário | Um pré- adicional acrescentado a uma correia depois
o fluxo de material depois que ele deixa o raspador, ou seja, um raspador de correia do raspador primário (pré-raspador) e raspador
primeiro ponto de contato com o chute de instalado na face de uma polia dianteira, abaixo inicial secundário instalado ao longo do retorno
transferência. da trajetória do material, para raspar o material do transportador depois 2
da posição secundária.
PLC | Ver programável, controlador lógico. a granel residual que se acumulou na correia. A raspagem, ângulo de , posição de raspagem |
plenum | Um compartimento fechado no qual o posição primária de limpeza é na face de uma Um raspador de correia instalado de forma que
ar pressurizado
2
é distribuído polia dianteira, abaixo da trajetória do material. sua(s) lâmina(s) estejam inclinadas em fechado,
pó, bolsas | Bolsas de filtragem permeáveis prensa | Uma máquina que aplica pressão que são usadas para diminuir a velocidade do
ao ar especialmente projetadas, que prendem e consistentemente em sua superfície, usada para fluxo de ar e permitir que o pó transportado
coletam pó transportado pelo ar de um sistema emendar a correia. pelo ar assente de volta no fluxo de material na
de manuseio de material. pressão, rolamento | Um rolamento instalado correia do transportador, antes de sair pela zona
2
pó, cortinas de | Cortinas de borracha ou de para manter a correia na posição correta, como de carregamento. 1
plástico segmentadas (anteparos), suspensas por ex., acima2do raspador de correia. regenerativo, transportador | Um
dentro de um duto conectar as duas pontas de pré-raspador | Um raspador de correia transportador que descarrega material em
uma correia. instalado na face de uma polia dianteira para uma altura significativamente menor do que a
2
polia | Um cilindro giratório montado em um raspar o material a granel residual que se traseira (isto é, transporta material para baixo),
eixo central que é usado para direcionar, mudar acumulou na correia; raspador primário produzindo eletricidade em vez de consumi-la.
a direção ou manter. pressão positiva | O fluxo do ar para fora do removível, coletor de pó removível, filtro
2
polia com flange | Um tipo de transportador ponto de transferência. de pó removível | Um sistema de coleta de
que usa taliscas espaçadas ou raspadores programável, controlador lógico (PLC) |
2
pó composto de filtros projetados para serem
(flights) para mover o material de um ponto a incorporados dentro do compartimento de um
Um sistema centralizado de computador que
ponto de transferência ou outra fonte de pó
outro através de um chute canalizado. controla a operação e a monitoração do sistema,
rendimento | A quantidade de material a
polia côncava | Uma polia traseira instalada de comunicando-se com placas de circuito de
granel entregue por um sistema de manuseio de
forma que sua parte superior está alinhada com entrada/saída remotas, para cada componente
material; definido usualmente em toneladas por
a parte superior dos rolos centrais nas primeiras individual do sistema.
hora. (st/h).
roldanas côncavas. protetor, proteção | Barreiras para evitar a
2 residual, surfactante/tenso ativo | Um aditivo
polia de meia calha | Uma polia traseira entrada de pessoas em áreas ou equipamentos de supressão de pó que irá continuar seu efeito
instalada de forma que sua superfície superior potencialmente perigosos. de aglomeração mesmo depois que a umidade
fique alinhada com o ponto médio dos cilindros pugmill | Máquina de processamento industrial evaporar; também chamado de aglutinante
laterais na primeira roldana côncava, usada na qual o material é simultaneamente moído e supressor. 2
normalmente para encurtar a distância de misturado com2
um líquido. retorno, ciclo de , lado de retorno | O lado de
transição exigida de um 2
transportador. pulley wrap | A área total de contato em que uma correia que não carrega carga, depois do
polia de transmissão | A polia conectada ao a correia se enrola como um arco em volta da descarregamento, conforme a correia retorna à
mecanismo de transmissão de uma correia do superfície de uma
2
polia. zona de carregamento. 2
transportador.2
pulverizador | Um dispositivo mecânico retorno, roldana | Uma roldana usada para
polia plana | Uma polia com uma superfície usado para moer material, para que fique com suportar o lado vazio, de retorno de uma
537
REF-SUR | Glossário
correia. 2
Rockwell, dureza (ou escala) | Uma escala Borracha.
recuperação, sistema | Um sistema de para avaliar a escala de dureza dos materiais, sobrecarga, ângulo de | O ângulo em relação
manuseio de material usa esse sistema para determinada pela medida da profundidade de à linha horizontal que a superfície de um corpo
recuperar e transportar material armazenado penetração de um material endentado. Escalas de material assume enquanto o material está
para um ponto onde este será processado ou diferentes são indicadas por uma única letra, a em repouso em uma correia do transportador
consumido. 1
letra “B” e a letra “C” é a mais comum. em movimento. Esse ângulo é normalmente 5
reforçador de transmissão | Usado em alguns rodo, lâmina | Uma lâmina macia de uretano a 15° menos que o ângulo de repouso, embora
transportadores longos para reduzir a energia/ que seca a correia para remover a água desta. para alguns materiais possa ser mais do que 20°
tensão sobre a polia de transmissão. reforço ROI | Retorno sobre o investimento. menor.
| Ver taliscas. rolagem, componente(s) de | As roldanas e solda de bujão | Um tipo de junta feito ao se
resíduos | Pequenas partículas 2
de material polias (e outros componentes giratórios) de um soldar uma parte a outra através de um furo
reversível, transportador | Um tipo de sistema de transportador.
2 circular na parte superior.
transportador que pode carregar material rolamento contrário | Peças espalhadas de solda fixa | Uma técnica de junção de metal
longitudinalmente nas duas direções. metal que rolam de volta em uma correia que usa uma série de soldas espaçadas, com
reverso, jato | Um método de filtros de limpeza inclinada depois que o fluxo de material foi
intervalos entre as soldas.
em uma bolsa de pó; as bolsas são limps ao se desligado. Ou o movimento em declive em
soldagem de retrocesso | Um método de
descarregar um jato de ar comprimido dentro transportadores inclinados, correndo de volta
soldagem no qual a cada solda, o filete é atraído
das bolsas, na parte superior; o jato de ar quando a energia é desligada enquanto a
de volta à extremidade soldada.
comprimido flexiona a parede da bolsa e quebra correia. 2
Spiral-wrapped pulley | Uma polia da asa
o bolo de pó, que cai no recipiente de coleta.
2
revestimento | Uma cobertura de borracha, que é enrolada em uma faixa de aço em forma
tecido ou cerâmica aplicada a uma polia para S de espiral para reduzir a vibração da correia
melhorar a tração da correia contra a polia. enquanto ainda mantém a função auto-limitável
sacrificada, superfície | Uma superfície de da polia.
RMA | Acrônimo de Rubber Manufacturers desgaste instalada para proteger uma estrutura 1
Association, Inc. splice allowance | Correame adicional
2 mais valiosa absorvendo, amortecendo ou necessário para permitir que uma emenda seja
rolamento de retenção | Uma roldana usada
isolando a abrasão, o impacto ou outras forças. instalada.
para evitar que a correia se levante, quando está 2
saddle | um comprimento curto adicional 2
suporte, polia de suporte | Uma pequena
descarregada, ou usada para aplicar pressão
de correame adicionado a uma correia do polia usada para aumentar a área para enrolar
para baixo no ciclo de retorno de uma correia, a
transportador existente a correia em volta de uma polia dianteira ou
fim de manter a eficiência da limpeza, evitando 2
saída da carga | Área na zona de traseira, para melhorar a tração.
que a pressão de limpeza altere a trajetória da 2
correia. Também conhecida como rolamento de descarregamento de um transportador, em que o stackout system | Uma série de transportadores
pressão 2 material pode ser temporariamente armazenado projetados para transportar material para uma
roldana | Um componente giratório que não é ou carregado diretamente para um dispositivo área de armazenamento.
2
movido por energia elétrica, usada para apoiar para ser transportado para
2
outro destino. steering rolls | Um conjunto de rolamentos (ou
uma correia tanto no lado de carregamento saída, ponto de saída | A área de uma zona de roldanas inclinadas) montadas em um pivô
como no lado de retorno. de carregamento em que os chutes terminam que pode deslizar para a esquerda ou para a
2
roldanas côncavas | Um conjunto de roldanas e o ciclo principal de carregamento do direita para direcionar a correia desalinhada em
que consiste de um rolamento central horizontal transportador2
começa. direção ao centro.
que inclina os rolamentos da asa em ambos os scab plate | Uma peça de metal usada skim coat | Uma fina camada de material de
lados para transformar o lado de carregamento para remendar um buraco na parede de um borracha colocada em um tecido mas não
1
da correia em uma concavidade.
2
compartimento fechado, como um chute de forçada dentro de calha-guia | As placas
roldanas de coleta | Um tipo de conjunto de transferência, por ex. 2 verticais ou inclinadas que se estendem para
roldanas inclinadas com cilindros estreitos da scavenger, transportador |Um pequeno fora de um ponto de carregamento de um
asa e um cilindro central largo. Roldanas desse transportador ou chute vibratório posicionado transportador e instaladas bem acima da correia
tipo são normalmente usadas para material que abaixo da parte dianteira de um grande para confinar o material transportado.
deve ser retirado ou classificado enquanto é transportador para capturar material morto ou slider bed conveyor | Um transportador que
transportado. 2 material derramado por um sistema de limpeza usa uma variedade de barras de baixa fricção
roldanas desalinhadas | Um conjunto de da correia e retornar o material descarregado ou outra superfície plana, em vez de roldanas,
roldanas côncavas em que os cilindros da asa para a corrente principal de material. para suportar a em uma base ajustável que,
estão em um plano vertical diferente do cilindro secundário, raspador ~ de correia, quando atuada pela correia desalinhada em
central, mas paralelo a ele. Isso permite que os secundária, posição | Posição de um raspador movimento contra ela, irá automaticamente
cilindros da asa se sobreponham ao cilindro de correia, entre o ponto onde a correia deixa ajustar sua posição para direcionar a correia
central, melhorando o suporte da correia, e a polia dianteira e contata a primeira polia
podendo também reduzir a altura do conjunto para a trajetória2 correta.
traseira ou polia de curva ou roldana de retorno. stepped splice | Um tipo de emenda com
de roldana. 2 segregação | A separação indesejada ou
roldana externa | Qualquer um dos rolamentos correame de múltiplas chapas em que as
acidental de material por tamanho chapas de tecido em uma ponta da correia são
externos em um conjunto de roldana côncava, segurança, cabo de | Uma restrição usada
montado em um ângulo com relação ao removidas de forma que irão ficar contíguas e
como medida de segurança para evitar a queda sobrepor-se às chapas adjacentes de tecido na
rolamento central 2 de um dispositivo suspenso em caso de falha do outra ponta.
roldana plana | Uma roldana onde a correia
seu sistema de montagem. STP | Acrônimo de Standard Temperature
apoiada é plana. 1
segurança, fator de | Uma fração da and Pressure – Pressão e Temperatura Padrão;
roldana, teste | Uma roldana montada em um
capacidade de uma estrutura sobre aquela 0˚C/32˚F, 1 atmosfera (101.325 kPa) (1
pivô ou como bucha do chute ou superfície de
realmente necessária, ou um multiplicador atmosfera de pressão absoluta).
suporte da correia de baixa fricção. 2
ROM | acrônimo de Run-of-mine, o material aplicado à carga máxima esperada (força, surfactante/tensoativo | Um agente tenso
bruto extraído que vem diretamente da torque, momento de curva ou uma combinação) ativo/surfactante. Na supressão de pó, é um
operação de extração antes de qualquer outro ao qual um componente ou conjunto estará aditivo que é combinado com a água em forma
tratamento. de acordo com Associação de Fabricantes de de spray ou fumaça para ajudar a capturar o pó
538
Glossário | SWI-VED
transportado pelo ar. teste de célula de enfraquecimento | Teste carregamento para evitar que o material vaze
Swinderman, Escala de Materiais Fugitivos para obter as propriedades de fluxo do material na correia atrás2 do chute.
| Um sistema de pontuação que designa valores a granel, medindo a força para raspar esse traseira, polia | Uma polia que gira o ciclo de
para o desempenho de um sistema no controle material. retorno da uma correia em 180 graus de volta
dos materiais fugitivos, para pó, derramamento testout | Tentativa de operar um dispositivo que para o ciclo de carregamento.
2
e material morto/residual. foi supostamente desativado por procedimentos traves horizontais | Os membros de suporte
superior, cobertura | A superfície de de lockout/tagout/blockout; usado como uma longitudinal da estrutura de um transportador,
carregamento de uma correia. precaução final de2 segurança. entre as polias terminais.
tight side tension | A área de maior tensão em transição, distância | A distância de uma
uma correia, localizada normalmente no ponto linha central da polia terminal para a primeira
T em que a correia
2
aborda a polia de transmissão. roldana totalmente côncava.
2
tagout | A colocação de uma etiqueta ou placa tilt switch | Uma chave elétrica projetada para transição, roldanas | Conjuntos de roldanas
com o nome em uma fonte de energia desativada desligar o fluxo de material de um transportador colocadas entre a polia traseira e a zona de
ou sistema de controle, para identificar que quando o material de retorno no ponto de carregamento que gradualmente transformam a
o sistema está “desligado” para direção à descarregamento força o material para uma correia na concavidade para carregamento.
trajetória da correia; também conhecido como posição inclinada. transferência, ponto | O local ( e o equipamento
ângulo1negativo. TLV | Limiar de valores Limites, um nível de associado) onde um transportador de correia é
talisca , correia com talisca | Objetos em pó ao qual se acredita que um trabalhador possa carregado ou2 descarregado
seções elevadas da correia, usados para ficar exposto diariamente durante sua vida ativa transmissão | Um arranjo de componentes
estabilizar o material carregado para cima em sem sofrer efeitos adversos sobre sua saúde; elétricos e mecânicos que fornecem poder
um aclive. expresso em partes por partes de milhão de ar de movimento a um transportador ou outro
2
taxa de alimentação | A quantidade de fluxo (PPM) para gases3
e em miligramas por metro equipamento 2
de material que está sendo transferido em um cúbico (mg/m ) para materiais particulados transmissão hidrostática | Um motor auxiliar
transportador, em um determinado momento, como pó, fumaça e neblina. e redutor projetado para operar uma parte do
normalmente expresso em toneladas por hora total, controle ~ do material | Êxito em conter equipamento em uma velocidade bem baixa.
(t/h ou st/h). o derramamento e o material morto e controlar Também chamado 2
de “pony drive”.
tensão | A força ao longo da correia necessária o pó, onde os materiais são mantidos na correia transportador | Uma parte de um equipamento
para ultrapassar a resistência dos componentes e dentro do sistema. projetado para transportar material de um ponto
e transportar a carga. TPH, tph | Abreviação de “toneladas por 2
a outro, ao longo de um trajeto predeterminado.
2
tensão no lado frouxo | A área de menos hora;” uma medida de capacidade. trajetória |
tensão em uma correia; essa área irá variar de O caminho feito pelo material transportado até
o ponto de descarregamento na extremidade U
acordo com a localização das polias de suporte 2
e tensoras; elas são totalmente dependentes dianteira do transportador. transição | A UHMW | Acrônimo para Ultra-High
no transportador individual e devem ser formação da correia em uma concavidade para Molecular Weight polyethylene -Fibra Ultra-
identificadas2para cada aplicação receber a carga; a área onde essa alteração high do Polietileno do Peso Molecular , um
tensionador | Um dispositivo usado para ocorre. 2 material plástico usado comumente utilizado
remover a frouxidão de uma correia e manter transição, área | A área entre a polia traseira como revestimento de chute ou suporte de
a tensão. O tensionador de correia usa um de um transportador e o início da zona de baixa fricção da correia.
contrapeso pesado para manter a tensão da carregamento em que a correia se transforma upstream | A direção dos locais que a correia já
correia; os tensionadores mecânicos usam de plana em completamente côncava ou a área passou, ou1 de volta ao ponto de carregamento.
um dispositivo hidráulico ou ajuste com um em que a correia se transforma de côncava em urdidura | Os fios cruzados em um tecido.
parafuso para manter 2a tensão. polia de descarregamento.
tensionador de água | Um tipo de tensionador transportador de arrasto | Sistema de
do raspador de correia que usa pressão regulada manuseio de material que usa barras ou placas V
de água para manter a tensão nas lâminas do em uma corrente para empurrar a carga para o 2
V, arado em | Um dispositivo em forma de
raspador. ponto de descarregamento. 2
“V” equipado com uma lâmina de borracha ou
2
tensionador da correia | Um dispositivo que transportador helicoidal | Um tipo de
uretano que se move acima do ciclo de retorno
alonga ou encolhe a correia por meio de uma transportador que usa uma broca giratória
dentro de um tubo fechado para transportar de uma correia para desviar qualquer resíduo
polia com peso para manter a tensão na correia. de material para longe d polia traseira.
tensionador, dispositivo de tensionamento | material de um ponto a outro
transportador tipo empilhadeira | Um
2
V, rolamentos em | Ver roldana de retorno em
Um dispositivo usado para manter uma pressão V. -
de limpeza dos raspadores de correia contra a transportador usado para “empilhar” 2
ou derramar material em uma área de V, roldana de retorno em | Uma roldana
superfície da correia. de retorno que incorpora dois cilindros em
tensionador, trajetória do | A distância em que armazenamento. Um transportador tipo
empilhadeira pode ser “fixado”, para derramar uma configuração em “V” para melhorar o
o tensionador pode se mover enquanto a correia
material em um único local, ou “girar”, para alinhamento da correia no ciclo de retorno.
está em funcionamento.
2
espalhar material em um movimento de vale, ângulo de | O angulo entre duas paredes
tensora, mola | Um dispositivo mecânico que
varredura sobre uma área maior. do chute criado pelo lado da parede que se junta
utiliza a força variável de uma mola ou molas
transportador unidirecional | Transportador à parede traseira.
conectadas entre a estrutura do transportador
e o bloco de montagem da polia traseira para que carrega material em uma única direção vazamento | Material que escapou do sistema
manter a tensão em uma correia. 2 transbordamento | Um problema no qual o de manuseio de material, derramando pelas
terciário, raspadores da correia , terciária, material transborda do chute, causado pelo laterais, ou caindo das aberturas ou sendo
posição | A área depois da polia de suporte para bloqueio deste2
expelido por elas.
a instalação de raspadores de correia adicionais. transversal | A direção de lado a lado, através vedação | Método para evitar derramamento
terminal, polia| A polia em ambas as da correia. 2 onde se contem os resíduos e o pó na borda da
extremidades do transportador, as polias traseira, caixa de vedação da porta calha-guia.
dianteira e traseira. | Um compartimento fechado localizado vedação, faixa(s) | O material de elastômero
teste | Ver teste da coreia. na extremidade traseira de uma zona de instalado entre a calha-guia e a correia para
539
VED-ZON | Glossário
evitar o derramamento.
vedação, sistema | Vedação de elastômero W
2
e mecanismo de grampeamento na borda wing pulley , wing-type pulley | Um tipo de
da calha-guia para conter o pó e evitar o polia auto limpante que sustenta a correia em
derramamento. palhetas individuais ao invés de uma superfície
vedada, área | A área do ponto de transferência sólida.
fechada dentro da calha-guia; a área do ponto
de transferência desde o ponto de carregamento
até a saída. X
velocidade de captação | A velocidade na
qual o ar que se move sobre uma cama de
um determinado material pode retirar o pó da Y
superfície levá-lo para fora, normalmente entre
um intervalo de 1,0 a 1,25 metros por segundo Z
(200 a 250 pés/min).
zero, ângulo | Ângulo de ataque da correia em
Vibrada, densidade a granel | Também
que a lâminas são instaladas perpendicularmente
chamada de densidade a granel consolidada
(90º) à linha da correia.
(ρ2), obtida aplicando uma força de compressão
zero, botão de velocidade | Botões elétricos
(F) ou energia vibratória a um corpo de
usados para detectar uma parada de um eixo
material; usada para determinar o peso do giratório, como em um motor de transmissão
material transportado na correia com base no de um transportador.
ângulo de sobrecarga. 2 zona de assentamento | Uma parte alargada
vibratório, alimentador | Um tipo de da área coberta do chute, depois da área de
alimentador que usa uma concavidade isolada impacto da zona de carregamento; o volume
ou suspensa com um vibrador anexado para extra designado para diminuir o fluxo de ar e
mover o material de um recipiente para um permitir que o pó transportado pelo ar retorne
chute de transferência.
1 à carga do material principal e ar limpo para
viscosidade | Resistência do material para fluir escapar. 2
sob tensão. 2 zona de carga , zona de carregamento |
Vulcanizada, emenda | Um tipo de emenda no O ponto de recebimento em que o material
qual as camadas são sobrepostas e aglutinadas é descarregado ou alimentado em um
juntas, usando calor e pressão (“vulcanização transportador.
a quente”) ou um agente de ligação químico
(vulcanização1a “frio”).
vulcanizador | um dispositivo para aplicar
calor e pressão para vulcanizar uma emenda;
também chamado de prensa.
540
Glossário |
FONTES
1 2
Conveyor Belt Guide Stahura Coveyor Products
www.ConveyorBeltGuide.com www.scp-pa.com
541
Abreviação das medidas
542
Chapter Title | Chapter #
Apêndice C
ETIQUETAS DE SEGURANÇA
543
Etiquetas de Segurança | Visão Geral
Etiquetas de Segurança
As informações a seguir e recomendações de segurança ser adquiridas através do site da CEMA (www.cemanet.org) ou
das etiquetas são publicadas com a permissão da Conveyor por correspondência para Conveyor Equipment Manufacturers
Equipment Manufacturers Association (CEMA – Associação Association, 6724 Loan Oak Boulevard, Naples, Florida 34109,
de Fabricantes de Equipamentos de Transportadores) e estão telefone 239-514-3441. Também podem ser obtidas diretamente
disponíveis no Livreto 201 da CEMA. As etiquetas podem de qualquer fabricante de equipamento para transportadores.
544
Perigo | Etiquetas de Segurança
PERIGO
Indicam uma situação de risco iminente que, se não evitada, irá resultar em morte ou graves lesões. Deve se limitar a
situações extremas.
PERIGO PERIGO
Subir, sentar, andar ou montar
em um transportador, a
qualquer momento, irá causar
lesões graves ou morte
AFASTE-SE
PERIGO
Peças em movimento irão
causar lesões graves
MANTENHA DISTÂNCIA
545
Etiquetas de Segurança | Aviso
AVISO
Indica uma situação potencialmente perigosa que, se não evitada, pode resultar em morte ou lesões graves.
546
Cuidado | Etiquetas de Segurança
CUIDADO
Indica uma situação potencialmente perigosa que, se não evitada, pode resultar em lesões pequenas ou moderadas.
Também podem ser utilizadas para alertar contra práticas inseguras.
CUIDADO CUIDADO
Risco de Choque Elétrico
Verificar se a Correia está no lugar e Nível de ruído perigoso Pode ser necessário mais de um
alinhada corretamente
A instalação, inspeção, ajuste e É necessário proteção comutador de desconexão para
manutenção incorretos auricular nessa área desenergizar o equipamento
pode resultar em derramamento, antes de realizar a manutenção
emissão de pó, tempo ocioso,
danos ao equipamento ou lesões
pessoais
547
Etiquetas de Segurança | Orientações de posicionamento
CUIDADO
Não entre
Área de Risco
Apenas pessoal autorizado
548
Orientações de posicionamento | Etiquetas de Segurança
CUIDADO CUIDADO
Verifique se o sistema da saia está Verifique se o Amortecedor de Impacto
ajustado corretamente está corretamente instalado
A instalação, inspeção, ajuste e A instalação, inspeção, ajuste e
manutenção incorretos manutenção incorretos pode resultar em
pode resultar em derramamento, derramamento, emissão de pó, tempo
emissão de pó, tempo ocioso, ocioso, danos ao equipamento ou lesões
danos ao equipamento ou lesões pessoais
pessoais
Sistema de vedação
de correia Camas & amortecedores
de impacto
Sistemas de monitora-
Limpadores & raspadores mento & alinhamento de
de correia correias
CUIDADO CUIDADO
Verifique se o Sistema de Limpeza e Verificar se a Correia está no lugar e
Raspagem da Correia está corretamente alinhada corretamente
instalado A instalação, inspeção, ajuste e
A instalação, inspeção, ajuste e manutenção incorretos
manutenção incorretos pode resultar em derramamento,
pode resultar em derramamento, emissão emissão de pó, tempo ocioso,
de pó, tempo ocioso, danos ao danos ao equipamento ou lesões
equipamento ou lesões pessoais pessoais
549
Etiquetas de Segurança | Cartaz de Segurança CEMA sobre Transportadores de Material a Granel
550
Chapter Title | Chapter #
Apêndice D
ÍNDICE
• ÍNDICE DE EQUAÇÕES........................................................................................................ 552
551
Índice de equações
552
Índice de Tabelas
553
Índice
554
Índice
351-53, 369 desalinhamento, 37, 77, 157, 216, 245, 247, 267, 299, 307, 316, 319,
chute, largura, 97, 108, 114, 156 246, 253-77, 369 345, 375, 417, 419, 435, 440-41, 486,
chute, modelagem, 97, 102, 200, 341, reparo, 56-64, 417 498-99, 502, 506
347, 349, 353, 355-59, 425, 508 por aderentes, 56-7, 61-4 dianteiro, chute, 19, 93-4, 98, 103-5, 107-
chutes de carregamento, 17, 31, 86, 92, por fixadores mecânicos, 57-9 8, 299,360,371,390
96, 104, 108, 110-11, 152, 154, 158, falha, 131-32, 136, 138, 142-43, discreto, método de modelagem de
258-59, 264, 298, 375, 489, 500 146-49, 176 elemento ~, 97, 102, 105, 347, 355-
ciclone, 324-25, 329 emendando/juntando, 61-73, 202, 56, 358
coesividade, 91, 94, 288, 290 257, 513 distância, 45, 47-8, 55, 77, 81-5, 87, 89,
colagem química, 62-64 por colagem a frio (química), 57, 160
coletor de pó, 158, 288-90, 293, 322-36, 61-5 gradual, 88
385, 427, 441, 488-89, 493, 497 por emendas mecânicas, 46, 57-8, roldana, 30, 47-8, 82-4, 87, 107
ativo, 92, 98, 158, 237, 293, 299, 61, 64-5, 67-73, 202, 208, 214, 222, dois estágios, 88
303,306,316,321,323-24 256, 369, 426, 486, 494-95 velocidade de transporte, 335
coletores centrífugos, 324-25 por vulcanização, 61-6, 70-3, 202, descarregador, 30, 82, 237, 259, 306,
coletores de filtro de cartucho, 324, 326 214, 369, 417, 426, 492, 494, 513 315, 477-9, 488, 502
como alinhador, 123, 175, 227, armazenamento, 37, 44, 48-50, 56
407 suporte, 130-151 E
nas barras de suporte de tensão, 46, 132, 148-49, 261-62, 274- e ângulo de concavidade, 30, 81 CARP
vedação, 139 75, 508 (veja raspadores da correia de ângulo
computador, modelagem (veja alinhamento, 252-277 constante)
modelagem de chute) testando, 252-277 e capacidade da correia, 47, 401, 409-10
confinado, espaço, 8, 53, 99, 104, 113, turnover (veja turnover, correia) tubo, transportador de, 510-11
147, 162, 176, 292, 317, 328, 333, lavagem, 203, 205, 211, 216, 218,
turnover, correia, 202-03
342, 344, 360, 395, 420-22, 429 220-21, 232, 238, 376-95, 403, 407,
e o alinhador da correia, 253, 263-64,
consolidadada, densidade a granel, 399- 469, 475, 489, 499
275
400 desgaste, 85, 97, 107, 136, 185, 188,
e a vedação da calha-guia, 181,
constante, limpeza de área ~, 212-13 221, 299, 356, 378
187, 191
constante, raspador de correia de ângulo cortina de pó, 95, 98, 107, 157-58, 227,
e a bucha de desgaste, 174
~ do, 212-13 289, 299-302, 307, 316, 352, 360
e o sistema de suporte da correia, 132,
consumo de energia, 44, 151, 248-49 e crosta, demolidor de, 217-18, 497, 502
135-36, 149-50
e o raspador de correia, 149, 151, e vedação da borda, 52, 155, 172-73, 185,
221, 223, 234-35, 242 D
190
contrato, manutenção, 11, 98, 214-15, da correia, 85, 97, 106-07, 136, 148, 185, efluente, 377, 382-83, 388-407
229-30, 294, 427, 430-31, 436-37, 188, 212, 221, 226, 299, 349, 356, eletrostático, precipitador, 323-26
447, 462 378 emenda estilo dedos, 62-4
coroadas, polias, 79, 267 das lâminas, 206, 213, 215, 221-24, emenda, 46, 68, 202, 208, 212, 214, 222,
correia com extremidade cortada, 44, 49 229, 379, 487, 495 256, 369, 486, 494-95
correia de alimentação, 80, 167, 191, 265 dano por intrusão, 43, 97, 440 emenda, 47-8, 78, 82-3
correia reversível, e 218, 233 induzido, ar, 91-4, 96-8, 111, 299, emergência, desligamento, 18, 21-2, 35,
correia reversível, na, 259, 265 335, 350, 357-58, 402 264, 439, 441
parede de chute modular, 298 dano, 41, 43, 50-1, 69, 80, 114, 135,440 empoçamento, 110-11
coletor de pó modular (veja coletor danos por calor, 54 entrada, vedação da área, 85-6, 175-78,
de pó removível) deck/cobrir com tábuas, 246, 344, 395, 299, 331-32
correia, 37-60 510 entranhamento, 96, 299, 316, 332, 350-
alinhamento, 252-277 defletor, 10, 80, 96, 98, 102, 108, 259, 51, 360, 371-72
relação de aspecto, e, 41-2, 55, 257 488, 497 ergonomia, 34, 436
carcaça, 37-71, 78-83, 140, 256, 341, defletor, bucha de desgaste 108, 171-74 escada de pedra, 109-10
380 degradação, 33, 105, 111, 349, 505-06 escova, 203, 219-20, 377, 381, 498, 501
limpeza (veja limpeza da correia) DEM (veja método de Modelagem de escovas rotativas, 203, 219-20, 377, 381,
cobertura, 37-47, 50-63, 68, 70, 72, Elemento Discreto) 498, 501
131, 135,183-88,203-08 desalinhamento, 5-6, 45, 51-2, 56-7, 77, espaçamento, 135-36, 147-48, 161, 225,
dano, 50-59, 69-71, 77-82, 88, 111, 79, 108, 117, 134-35, 145, 155, 159, 270
132, 134, 137-40, 154, 184, 206, 212, 185-87, 197-98, 252-77, 308, 345, inclinada, 263-64
216, 221, 277, 349, 370, 440, 490, 351, 360, 371-72, 486, 489, 495, 502 alinhada, 137, 144
492, 495 desgaste, área, 212-13 teste, 52, 102, 134-35, 268, 271-72,
distância da borda, 80-1, 145, 155- desgaste, e, 110, 171-79, 191, 352, 441 274-77, 345-46, 496
57, 172, 184-85, 187,401,410,487 desprendido, ar, 91-3, 300, 310, 350, 358 transição, 30, 47-8, 83-4, 87, 107
plano, 42, 79-80, 82, 133, 167, 401 diagonal, raspador, 79, 247-48, 250, 495 retorno em V, 134-35,496
grau alimentício, 187, 216, 218-19, dianteira, polia, 17, 21, 23, 30-31, 48, 82, espuma, sistemas de supressão de pó por
499 92, 95-6, 98, 104, 107-08, 110, 124, (veja supressão de pó)
graus de, 42-3, 62 197, 204, 209, 211-14, 217, 233-34, explosão de pó (veja explosão)
555
Índice
explosão, 8, 99, 197, 282-83, 291-93, 301- sobrecarga, ângulo de (veja modular, caixa de lavagem, 381 -82
02, 325-26, 328-29, 333, 372, 408, ângulo) Mohr, Círculo de, 404
420, 492, 494-95 Indicador-Chave de Desempenho (KPI), teor de umidade, 11, 94, 102, 197,
Extremidade/borda, cortes, 56, 245 462, 465 200, 208, 220, 226, 236-37, 290, 308,
inspeção, 16, 18, 24, 33, 59, 72, 113, 125, 320, 323, 326, 335, 351, 355, 378,
F 146-47, 188, 229, 250, 360, 390, 395, 392-94, 399-400, 402-08, 426, 495,
420-22, 424-33, 437-41, 456, 472 498
falha na emenda, 47, 54-5, 82, 134, 440 interface, 356-57, 367, 391 moldada, extremidade da correia,
fechado, transportador, 510 Inspecionar a correia, 424, 428-32 44
filtro, 8, 72, 290, 292, 301-03, 307, 310, Inspecionar a correia, 424-25, 428, 430- múltipla, raspador de lâmina,
317, 323-24, 326-35, 358, 368, 373- 31 206-07
74, 388-89 Inspecionar o transportador, 265, 425, múltiplo, sistema de raspador, 210-
Finite Elementos, Análise de ~ Finitos 428, 430-32, 437 11,215-16, 232, 235, 258, 495
(FEA), 347, 358 interna, fricção, 105, 361, 404-06 multiple-layer sealing, 87, 153, 181,
fixador (see also mechanical splice), 40,
vedação interna, 184-85, 190 186-87, 189, 192
57-8, 61, 64-7, 69-73, 202, 507
invertido, chevron, 507 multiple loading points, 30, 89, 154-55,
fixador tipo dobradiça, 65
161-62, 172
fluxo projetado, 97, 101, 298-99, 343,
J
348-62, 369, 375, 493, 497
N
fluxo, auxiliadores de, 22, 99, 102, 112-
13, 115-29, 254,357,359,421,427-28 K neblina, sistemas de supressão de pó
fluxo, propriedades, 34, 124, 356-57, 359, kilowatt power, exigências (veja consumo por (veja supressão de pó)
403-04, 410 de energia) negativa, pressão, 92, 172, 293, 316
formação de concha, 51 negativo, ângulo, 207-08, 214, 233
FOUNDATION™ , Certificação, 24, L Níveis de Limpeza, 230-31, 239, 481-82
518-19 Nível I, 232, 238, 240, 469, 475
fragmentos de ferro, detector, 30 Laboraório de Testes e Avaliação de Nível H, 232, 238-40, 469, 475,
fricção 105, 200, 276, 355, 405-06, 408, Correias (BELT), 39 480-81
429 lâmina de cobertura, 215 Nível M, 232, 238, 240, 469, 475,
lâmina mestra (veja raspador primário) 481-83
G largura eficaz da correia, 155-57, 183, non-linear, transferência, 102, 106
202
Gerado, ar, 94, 123, 301, 358 laser, inspeção a, 52, 132, 137, 260 O
grade, 110 lavadores de gás, 324-25
Gradual, transição (veja também limites resulatóriose (TLVs), 9 observação, necessidades de, 419
transição), 85, 88 Linear, ajuste, 223-24 opacidade, 11,285-87,473
Gráfico de Gantt, 456, 460 orifício/bico injetor, 118, 122-23, 290,
loco de escoamento, 405-06
307, 309-11, 313-19, 321, 327, 377,
longitudinal, rasgo, 56, 208, 245, 440
H densidade a granel inconsistente, 380, 383-85, 388, 390, 396, 440, 495
horizontal, transportador com curva, 104-05, 361, 399-400, 407, 409-10 oscilação, 225
506, 508, 510 alças, 42
P
humano, fator, 432, 436, 443-451 lubrificação, 146, 371, 416, 435, 438-39,
441 P & L, Demonstração (veja demonstração
I suspenso, 134, 143 de lucros e perdas)
retorno, 30, 134-36, 197-98, 200, para limpeza da correia, 205, 211,216,
impacto, e, 140-42, 105-09, 348-63
202, 225, 237, 239, 248, 250-51, 267, 220-21, 232, 377, 379-80, 469, 475,
lockout (veja também lockout / tagout
274, 365, 368, 375, 427, 475, 493, 487, 507
/ blockout / testout), 18-23, 125, 199,
507 para supressão do pó, 305-08, 312,
317, 421
, emperrado, 5, 37, 235 314
lockout / tagout / blockout / testout,
, autoalinhamento, 134, 274, 277 parede, fricção, 110, 402, 405-06
18, 23, 35, 37, 71, 88, 113, 125, 147,
lucro, 201, 285, 361, 466, 468, 481-82, parede de chute (veja calha-guia)
162, 176, 188, 229, 241, 250, 261,
486 Partícula, distribuição de tamanho de,
273-74, 292, 302, 317, 342, 374, 395,
104, 236, 355, 358, 402, 474
418, 430, 435, 440
impacto, M passarela, 21-2, 35, 146, 162, 250, 317,
346, 348, 371, 416, 418, 422, 430,
bara, 69, 143, 438, 440 manga, 97, 158, 301, 324, 326-29,
435, 438, 440, 474
suporte, 70, 88, 131-32, 135, 138, 331,333,358,493,501
passiva, coleta ~ de pó (veja também
140-44, 146, 148, 352, 382-83, 427, material residual 3-4, 10-2, 53, 196-242,
coleção de pó), 98, 236-37, 293, 296-
486,494, 496, 502 258, 371, 376-96, 343, 407, 469-482,
303, 306, 310, 316,323,334
incêndio, correia me retardante de, 38 487, 495, 503,507,511
peças de reposição, 438
correia plana (veja correia) material, 292, 301-02,331
perdas, demonstração de lucros e, 465,
inclinação (veja ângulo) medida de desempenho, 11, 200, 230-32,
480, 483
inclinação acentuada, transportador 240, 392, 465-83
perfil, rasgos de, 56, 245
com, 507, 509-12 medida de desempenho, 465, 467
556
Índice
permissíveis, limites ~ de exposição pulsado, tecnologoa de limpeza de jato 375, 416, 440-1,486-87,510
(PELs), 9 (veja limpeza de jato reverso), 326 alada, 77-8, 86, 202, 486 ,
Pico, Teste de Abrasão, 43, 188 pulverizador de água, 384, 390, 394 envolto/enrolado, 78
piores condições, 6, 10, 141, 201-02, 210, raspadores da correia
232, 349, 356-58, 374, 384 Q lâmina, 53, 70, 206, 219, 221, 247,
piso, estrutura do transportador, 131-32 378-79, 438, 496
qualidade, sistema, 461
placa, 108, 110 raspadores da correia, 53, 206-13, 215,
Qualitativa, medida, 230, 465, 471-72
placas de pontapé, 108 221-24, 229, 379, 487, 495
quantitativa, medida, 230, 465, 471-72
plenum, 45, 114, 145, 157-58, 163, 168, recuperação, sistema de, 211, 389, 502
360,365-68,371,373-75 relieving angle (veja Ângulos)
R
pneumático, vibrador, 121, 128 residual, sup pressão
pó, amostrador pessoal de. 285-86 rachadura na cobertura superior, 46, respirável, pó, 8, 282-83, 287, 325, 327,
pocket, transportadores, 509 54, 440 360, 494
polia magnética, 498 Radial, adjuste, 147, 213, 223, 233 retorno sobre o investimento (ROI), 34,
montagem de raio de curvatura, 46, 54, 78 175,231, 349, 372, 395, 421, 465-70,
mandril 229 rasgo, detector, 58-9, 427 481-83,513
massa, fluxo de, 399 rasgo, fixador para reparo de, 57-8, 72, reversível, correia, 209, 218, 233, 247-48,
material 438 250, 259, 265, 272-73
polia, 5-6, 11, 17, 21, 23, 29-31, 37-8, raspador de correia de mineração, 216- reverso, ar, 327
41,43,46-9,52-5,61,63 , 17 reverso, limpeza de jato, 327-28, 331,
curva, 30-1, 197 cobertura mínima da lâmina, 205-6 333
poliuretano , bucha de, 174-76 extremidade mínima da correia, revestimento, 11,41, 70, 79, 101, 202,
ponto de transferência linear, 102, 105- 108 209, 441,496
06, 494-95 desalinhamento, 37, 77, 156-57, 203, Reynolds, números de, 403
coletor de pó removível (coletor de 246, 253, 256, 262, 266, 268, 271, ribs, 42, 218-19, 507, 509-10
pó modular), 323, 330, 334-35, 372, 275-77, 369, 513 RMA (veja Rubber Manufacturers
493 raspador de correia pneumático (veja Association-Associação de
pontos de alinhamento para inspeção do lâmina de ar) Fabricantes de Borracha)
transportador, 260 raspador de grau alimentício, 218 Roldana
porta raspador múltiplo, e, 211, 215-16, 232, carregamento, 30, 133, 135, 161,
acesso, 22, 87-8, 102, 113, 299, 333, 235, 258, 476, 508 263-64, 427,440-41
357, 381, 390, 415, 420-21, 427 raspador primário (preraspador), e, 30, catenária, 80, 131, 145, 157, 497,
inspeção, 95, 299, 419-20 44, 204-05, 207-08, 211-14, 217-18, 502
porta traseira, 87 220-21, 225-26, 233, 235, 238-39, muito próximo, 135-37, 143
calha-guia de altura dupla, 161 375, 379, 383, 469, 487, 490, 493, roldanas catenárias ou garland, 145
cobrindo uma emenda, 69 495, 497, 501-02 impacto, 135, 144, 149, 235, 370,
desvio, chute do, 30-1, 103, 124, raspador secundário, e, 30, 204, 427, 440, 502
204, 209, 211, 213-14, 226-28, 233, 208, 211-18, 220-21, 225-26, intermediária, 143-44, 147
357, 407 229, 233, 235-36, 239, 248, 375, rollback
vibrador, 103, 124,227 381-83, 390, 427, 469, 487, 493, correia, 20, 218, 247
tampa de gotejamento, 344 495, 497, 502 material, 85, 370, 488, 507, 509 ROI
transmissão raspador, 30, 78-80, 161, 193, 225, 227- (veja retorno sobre o investimento)
hidrostática,438 28, 242, 245-51, 345-46, 375, 427, vibrador de rotação, 117, 121-22,
dianteira, 259 440, 486, 495-96, 502 128
intermediária, 508 raspador, 66-7, 70, 72, 77, 79, 81-6, 92-3, Rubber Manufacturers Association
polia, 30-1,259, 261-62 95-6, 98, 102-04, 107-08, 110, 146, (RMA- Associação dos Fabricantes
traseira, 259 197, 200, 202, 204-05, 208-09, 211- de Borracha), 42-3, 45, 55
positivo, ângulo, 207-08, 212, 214, 233 14, 216-19, 224, 228, 233, 235-36, bruto (ROM), 29, 145, 502
precipitador, eletrostático, 323-26 239, 245-51, 256-59, 261-63, 265,
pre-raspador (veja raspador primário) 267, 273, 299, 307, 316, 319, 343, S
pressão de limpeza, 200, 203, 205, 208, 345, 357, 375, 382, 416-19, 435,
scavenger, transportador, 103, 204, 215-
211-12, 221-23, 226, 230-31, 235, 440-41, 475, 486, 489, 496-97, 499,
16,226, 228, 233, 495
379, 381, 393, 489, 493 502-03, 506, 509 ,
secagem, 386
pressão, rolete de, 63, 248, 377 magnético, 498
secundária, posição 204, 208, 213, 220
primária, posição, 204-05 traseira, 30-1, 213-16, 219, 245, 258,
segregação, 365, 371
primário, raspador, 30, 204-05, 207-08, 261-62, 440-41
sensores de rolagem, 268-72
211-12, 220-21, 225, 233, 375, 383, tensor, 17, 20-1, 30-1, 41, 64, 78,
tanque de assentamento, 377, 388-
469, 487, 493, 497 245-46, 257-59, 261-62, 369, 380,
89, 407
proteção, equipamento de ~ individual 417-18, 440, 486
shear cell test, 403-06
(EPI), 18,24,99,302,426,430,437 traseiro, 16, 30-1, 47-8, 55, 77-9,
força de carga lateral, 171-72, 178
proteções em equipamentos, 21, 423, 520 81, 84-9, 105, 159, 197, 245-48, 250,
sieve analysis, 239, 408
pulsado, tecnologia de laser, 358-59 257, 264-5, 267, 273, 275, 286, 345,
vistoria no local, 353, 358, 425,
557
Índice
T U
tagout (veja também lockout / tagout / UHMW Polietileno
blockout /testout), 18-20 unidade de coleção de pó, 329-30
tecido, relação ar- ~ , e, 331, 334 usado, correame, 52, 67, 182-83, 201,
passive, 98, 158, 293, 296-303, 306, 205, 299, 486, 494
310,321,323,350
tensionador, raspador da correia, 201, V
213, 222-24, 229-30, 233, 235, 497 V, raspador em, 247-48, 250, 375,
tensoativo, 55, 290, 306, 308, 311-16, 440, 495
321,487,493,501,503 V-return idler, 134-35, 496
jatos/pulverizadores de água, 305- vale, ângulo vertical, guia ~ de
08, 312, 314
558
Chapter Title | Chapter #
Apêndice E
559
Autores
R. Todd Swinderman
Martin Engineering Corporate | Diretor Executivo de Tecnologia Empresarial
Andrew D. Marti
Martin Engineering Corporate | Administrador Global de Comunicações e Marketing
Andy Marti possui mais de 20 anos de experiência em escrever sobre os problemas e soluções
no manuseio de materiais a granel. Trabalhou como autor coordenador e editor em todas as quatro
edições dos livros FOUNDATIONS™ da Martin Engineering, sobre o aperfeiçoamento do
desempenho dos transportadores de correia e pontos de transferência. Marti possui B.A. (Bachelor
in Arts) em Jornalismo pela Central Michigan University e um M.A. (Master in Arts) em Meios de
Comunicações pela University of Northern Iowa.
Larry J. Goldbeck
Martin Engineering USA | Gerente de Tecnologia de Transportadores
Desde que se juntou à Martin Engineering em 1981, Larry Goldbeck viajou por todo o mundo
— da Indonésia à Islândia, de Duluth a Delhi — aplicando soluções aos problemas no manuseio
de materiais a granel. Ele combina conhecimento teórico com 40 anos de experiência prática em
operação, manutenção e solução de problemas dos sistemas de transportador de correia. Goldbeck
é o desenvolvedor e o instrutor líder dos Workshops FOUNDATIONS™ da Martin Engineering
sobre Operação e Manutenção Limpa e Segura dos Transportadores de Correia.
Daniel Marshall
Martin Engineering USA | Engenheiro de Produto
Ele se autodescreve como “o homem dos números”. Daniel Marshall possui B.S. (Bachelor
in Science) em Engenharia Mecânica pela Northern Arizona University. Juntou-se à Martin
Engineering em 2000, como Engenheiro de Pesquisa e Desenvolvimento. Durante sua carreira
na Martin Engineering, Marshall trabalhou com cada um dos produtos de transportador que a
Martin Engineering oferece. Atualmente é um instrumento no projeto e aplicação dos sistemas de
supressão e coleção de pó.
Mark G. Strebel
Martin Engineering USA | Gerente de Marketing EUA
Mark Strebel veio para a Martin Engineering depois de nove anos de experiência como
engenheiro de testes e resultados e supervisor de operações em uma usaina pública de carvão. Na
Martin Engineering, concentrou seus esforços no desenvolvimento e aplicação de tecnologias
para aperfeiçoar o manuseio de materiais a granel, ocupando as posições de Gerente de R & D e
de Produtos de Transportador, antes de assumir o cargo atual. Strebel possui um B.S. (Bacharel in
Science) em Mecânica.
560
Autores
John Barickman Greg Bierie Steve Brody Jörg Gauss Justin Malohn
Martin Engineering Martin Engineering Martin Engineering Martin Engineering Martin Engineering
Corporate Corporate USA Alemanha Corporate
Engenheiro de Desenvolvimento Gerente de Projetos Globais e Especialista em Suporte Gerente de Operações da Gerente de Produtos/
de Produtos Sênior de Vendas Técnicas Técnico Alemanha Produtos de Transportador
Fred McRae Dave Mueller Tim O’Harran Frank Polowy Brad Pronschinske
Martin Engineering Martin Engineering Martin Engineering Martin Engineering Martin Engineering
EUA EUA EUA EUA Corporate
Gerente Regional de Serviços/ Especialista de Produtos Sênior Gerente Nacional de Líder de Projetos da Martin Gerente Global de Produtos/
Região Sudeste Desenvolvimento de Negócios Service Auxílio ao Fluxo
Javier Schmal Andy Stahura Gary Swearingen Terry Thew Barbara Wheatall
Martin Engineering Martin Engineering Martin Engineering Serviços de Equipamentos & Martin Engineering
Brasil EUA EUA Suprimentos Austrália EUA
Diretor Gerente da Gerente Regional Coordenador do Gerente de Coordenadora de Vendas
América Latina Grupo de Projetos Engenharia e Marketing
Outros Escritores
David Craig, PhD | Larry Engle | David Keil
Roger Kilgore | Stephen Laccinole
Arie Qurniawan | Andrew Waters
Marty Yepsen
Martin Engineering
EUA
Gerente da Martin Services
561
Colaboradores e Agradecimentos Importantes
Existem sempre aqueles que, por trás dos refletores, fazem seu Controle do Pó & de Material Mais Limpo, Mais Seguro e Mais
trabalho em silêncio, para que as tarefas sejam cumpridas. Muitas Produtivo). Sem a dedicação, o trabalho árduo e o discernimento
vezes, esses indivíduos, os heróis anônimos, não são reconhecidos dos funcionários da Martin, Chelsea Blake, Seth Mercer, Jared
pelas contribuições que fizeram para o processo. Cinco indivíduos Piacenti e Bob Tellier, além da consultora de redação e revisão D.
constantemente deixaram suas funções, alguns por quase dois Michele Maki, PhD, a quarta edição de FOUNDATIONS™ não
anos, para produzir a quarta edição de FOUNDATIONS™ The teria sido possível.
Practical Resource for Cleaner, Safer, More Productive Dust & No Brasil, este projeto não teria sido concluído sem o primoroso
Material Control (FOUNDATIONS™ O Recurso Prático para um trabalho de revisão e supervisão de Tatiana Furlan.
Este livro também não teria sido concluído sem a compreensão e o auxílio de muitos recursos externos e de muitos
empregados da Martin Engineering. Essas pessoas forneceram informações básicas, especialização técnica, ideias abrangentes
e detalhadas, além de todas as complexidades do “feijão com arroz”. Temos uma dívida com:
562
Guia Prático para um Controle Mais Limpo,
Seguro e Produtivo de Pó e Material a Granel
Impresso no Brasil.
Guia Prático para um Controle mais Limpo, Seguro e Produtivo de Pó e Material a Granel
SEDE DA MARTIN
ENGINEERING
Rua Estácio de Sá, 2104 – Jardim Santa Genebra
Campinas – SP – Brasil – 13080-010
Tel.: 55 19 3709 7200
Fax: 55 19 3709 7201
martin@martin-eng.com.br
www.martin-eng.com.br
Quarta Edição