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Apontamentos gerais
O Código de Defesa do Consumidor deveria ter passado por uma atualização
recentemente. Vale a pena prestar atenção! Os temas seriam: comércio eletrônico,
superendividamento, fortalecimento dos PROCONs, consumo sustentável, publicidade infantil e
passagens aéreas.
É por esta mesma razão, também, que o juiz pode, de ofício, apreciar quaisquer
matérias correlatas à defesa do consumidor. Isto só não acontece quando se trata de contrato
bancário, entendimento baseado numa alegada ofensa ao princípio tantum devolutum quantum
apelattum1, e já tornado súmula pelo Superior Tribunal de Justiça2.
1
A parte dispõe do direito de apelar daquilo que quiser, no limite do que perdeu, e o Tribunal só pode
conhecer daquilo que a parte recorreu.
2
Súmula 381 - Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das
cláusulas.
3
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...] XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
da dignidade humana em uma relação de consumo4. Além disso, é também a Carta Magna que coloca
a defesa do consumidor no rol de princípios da atividade econômica, de forma que o CDC sirva como
instrumento de compatibilização da defesa do consumidor com a livre iniciativa5. Assim mesmo que
o Código de Defesa do Consumidor era uma ordem que o constituinte deixou na ADCT, quando, no
art. 48, aduziu, in verbis: “O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da
Constituição, elaborará código de defesa do consumidor.”
4
HC 12.547 – STJ.
5
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
Por fim, é importante saber que o consumidor é tanto quem adquire como quem
utiliza o bem. Não o é, no entanto, a pessoa que compra para revenda, por força da teoria finalista.