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paciente certo, via certa, hora certa e documentação evitando erros e assegurando ao máximo
que o paciente receba a medicação corretamente. Objetivos: Descrever a qualificação dos
técnicos de Enfermagem para a realização do preparo de medicação e analisar os motivos que
impedem ou dificultam os técnicos de Enfermagem no preparo de medicações injetáveis
segundo as normas técnicas. Descrição Metodológica: A metodologia utilizada no estudo foi
o método qualitativo. A coleta de dados desse estudo foi realizada através de uma entrevista
semiestruturada, onde foram escolhidos dez técnicos de enfermagem, que atuam como
plantonistas, de forma aleatória e não foram definidos critérios de inclusão e exclusão. Todos
os entrevistados aceitaram participar da pesquisa, e assinaram o Termo de Consentimentos
Livre e Esclarecido, anonimato dos entrevistados foi garantido, orientado a partir da
Resolução nº 196/96 (CNS, 1996), no que diz respeito aos aspectos éticos. A presente
pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa – CEP, da Universidade do Grande
Rio Prof. José de Souza Herdy – UNIGRANRIO, sob o número: 05053812.2.0000.5283, 14
de Setembro de 2012. Resultados: A partir dos dados coletados construímos duas categorias
denominadas: o processo de trabalho como impeditivo na utilização de técnicas preconizadas
e as competências relativas à administração de medicação injetável e a capacitação
profissional. Relacionado ao processo de trabalho como impeditivo observamos através das
informações coletadas que, quatro entrevistados relatam realizar o procedimento de preparo
de medicações injetáveis utilizando a técnica correta, sempre demonstrando a importância
desta, para evitar suas complicações, demonstrando muita preocupação com sua própria
segurança e também com a segurança do cliente. Os outros seis entrevistados declararam não
utilizar a técnica correta durante o preparo, listando uma série de fatores para justificar tal
atitude, como por exemplo, a falta de materiais para realização do procedimento adequado, e a
grande demanda de pacientes. Quando foram questionados se alcançaram suas competências,
no curso de formação ou na vida profissional, sete dos dez depoentes disseram ter conseguido
toda informação e competência necessária para realização das suas atividades. Os outros três
depoentes afirmaram não ter alcançado durante seu curso de formação as competências
necessárias, e apenas dois obtiveram após serem lançados no mercado de trabalho, o ultimo
entrevistado declarou ter tido dificuldades por causa da deficiência do seu curso de formação.
No item capacitação profissional sete entrevistados disseram existir cursos de educação
continuada, com atualizações para o melhor desempenho da função, os outros três relataram
só existir cursos de capacitação para recém-contratados, como eles tem mais tempo na
instituição, acabam não obtendo informações novas. Todos os entrevistados acham
interessante a idéia de existir cursos regulares, desenvolvendo cada vez mais para o
fortalecimento do conhecimento. Conclusão: Após a realização desse estudo podemos
observar os reais motivos para os técnicos de Enfermagem se distanciar da teoria na prática no
preparo de medicações injetáveis. Analisamos os motivos que os levam a não praticar as
regras de preparo e o uso de EPI´s adequados para tal preparo, sendo eles: falta de materiais,
falta de profissionais e a demanda alta de pacientes. Podemos observar que a maioria não
utiliza a técnica de preparo adequada devido esses fatores, mesmo sabendo a importância de
seguir a teoria do preparo e ter alcançado a competência durante o curso técnico e os
malefícios que podem ser causados durante o preparo das medicações. A minoria relata que
apenas alcançou a competência após iniciar a carreira profissional, pois pode colocar em
prática toda a teoria ensinada e que foi dificultosa durante o curso. Observamos que a
educação continuada é um ponto importante para todos pesquisados, inclusive para os que não
alcançaram a competência durante o curso, achando interessante ter sempre cursos e palestras
para dar continuidade e estar atualizando-os, evitando possíveis erros de preparo e futuras
iatrogênias. Concluímos que os técnicos de Enfermagem sabem os malefícios que levam a
não estarem realizando as técnicas corretas de preparo de medicações injetáveis e o uso de
EPI`s, onde a maioria se atualiza das novas regras e teorias através de cursos e da educação
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continuada, porém o ambiente de trabalho não os beneficia na prática do preparo por se tratar
de uma unidade de emergência. Contribuições para a Enfermagem: Esperamos contribuir
com esse estudo, no que tange a melhoria dos fatores citados pelos técnicos de Enfermagem
para não seguir as técnicas de preparo, fortalecer a educação continuada em Enfermagem,
pois é de grande importância para esses profissionais. Referências: 1. Mozachi, Nelson. O
hospital: manual do ambiente hospitalar. 3 ed. Curitiba: Mozachi e de Souza. 2009. 2. Brasil.
Ministério do Trabalho e Educação. Norma Regulamentadora 6. Disponível em:
http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812DC56F8F012DCDAD35721F50/NR-
06%20%28atualizada%29%202010.pdf Acesso em 8 de abril de 2012. 3.Clayton, Bruce D.
Farmacologia na prática de enfermagem. Bruce D. Clayton, Yvonne N. Stock, Sandra E.
Cooper. 15 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
gestão do trabalho e da educação na saúde. Departamento de gestão da educação na saúde. A
educação permanente entra na roda: pólos de educação permanente em saúde: conceitos e
caminhos a percorrer. Brasília: MS; 2005. 5. Potter, Patrícia Ann. Perry, Anne Griffin.
Fundamentos de Enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
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