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Fontes e Controle de
Poluição Industrial
Versão 2012-1

Prof. Luiz Alberto Cesar Teixeira

teixeira@puc-rio.br
Departamento de Engenharia de Materiais
Programa Interdepartamental de Enga. Ambiental
Desenvolvimento Artesanal  Industrial através da História

Desde a antiguidade, a espécie humana sobrevive pela busca


incessante do aumento de seu bem estar.

As necessidades fundamentais: água, alimento e abrigo.

Necessidades básicas no neolítico (tempodoshomens.blogspot.com)

Fontes e Controle de Poluição Industrial - Luiz Alberto Cesar Teixeira


A evolução da espécie humana desde cedo transcorreu com o uso
inteligente de recursos naturais.

No Neolítico:
Água de rios para dessedentação e preparação de alimentos.
Madeira e lascas de pedras para armas de pesca, caça, defesa e
ferramentas de corte.
Argila para armazenamento e preparação de alimentos.
Madeira, pedra e argila para construção de abrigos.

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Os primeiros utensílios
A Expansão do Homem

 Os primeiros homens a se
estabelecerem fora da África, foram
os Homo Erectus, e por ter uma
maior capacidade cerebral,
desenvolveram uma manufatura de
ferramentas mais elaboradas, como
o machado de mão.

A – Machado de mão, Inglaterra


B – Lascas para corte
C – Ponta de lança de madeira ~400 mil anos
D – Ponta de haste, com uma extremidade quebrada
~350 mil anos

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PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES
Sistema conhecido como as três idades, segundo o
qual os utensílios foram sendo substituídos.
Idade da Pedra
Idade do Bronze
Idade do Ferro

Ponta de lança, elaborada na Idade do


Bronze, procedente da Irlanda

Reconstrução do crânio de Lucy – Primeira evidência concreta da existência do


homem. Encontrado na Etiópia, onde viveu há 3 milhões de anos.

Boucher de Crèvecoeur e Lartet (FR), trouxeram as


primeiras luzes sobre o homem pré-histórico.

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Produção artesanal de utensílios – sem impacto ambiental relevante

Utensílios do neolítico (artetempo.blogspot.com)

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A Revolução Industrial na Europa 1750 – poluição retratada por pintores

omitlu.blogspot.com

http://www.ultimoblog.tk/2012/02/industrial-revolution.html

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A segunda industrialização: 1850–1914 / Impactos ambientais mais visíveis

 Um enorme aumento da rede


ferroviaria.
 Motores com combustão interna
que funcionavam com carvão ou
petróleo
 Primeira Guerra Mundial

O processamento do aço está


representado na gravura de 1880 que
mostra a filtragem do aço, em um
transformador Bessemer, na Alemanha

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Atividade industrial a partir de 1940 – 50, grandes impactos ambientais

O consumo de recursos naturais: minérios; óleo e gás; e água


aumenta exponencialmente.

O aumento do crescimento populacional 


Aumento de produção de minerais e de materiais e químicos de
base (cerâmicas (pisos e revestimentos, cimento, vidro),
metais, cloro, soda, ácido sulfúrico, ácido nítrico, barrilha,
fertilizantes), petróleo e gás, madeira, celulose, têxteis, couro 

Para suprir o aumento de produção / fabricação / construção / bbc.co.uk


manufatura de:
edificações e obras civis em geral; máquinas; veículos de
transporte; combustíveis; alimentos; mobiliário; roupas; papel;
eletrodomésticos; eletrônicos; produtos de higiene 

A poluição gerada pela atividade industrial contaminando o ar, a


vegetação, o solo,a água e os animais, aumenta de maneira
visível e passa a incomodar o próprio beneficiário do
desenvolvimento industrial 

 Surgimento das Leis Ambientais em 1960 -70.

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Problemas ambientais de dimensão global

Controles por acordos


internacionais ONU:

• Emissões de SO2 / NOx 


Chuva ácida

• Exportação de Resíduos
Perigosos

• Uso de aerossóis de CFC 


redução da camada de O3.

• Emissão de gases estufa: CO2,


CH4, NOx
Pesadelos da vida moderna (dreamstime.com)

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Evolução da Gestão Ambiental

60 Movimento ambientalistas atuantes nos EUA conseguiram mobilizar e


motivar o governo

69 NEPA (EUA) – National Environmental Policy Act

70 Passou a vigorar o NEPA


- Avaliar o Impacto ambiental da ação proposta
- Efeitos ambientais adversos que não poderiam ser evitados
- Alternativas da ação
- Comprometimentos irreversíveis dos recursos ambientais

EIS (Environmental Impact Statement) – NEPA

Procedimentos e Metodologias que auxiliassem a elaboração dos


estudos e apresentação dos resultados

EIR (Environment Impact Report)

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Evolução da Gestão Ambiental

70 Canadá, Austrália, Alemanha, França, Japão (Formal)

UK, Alemanha Oriental, Escandinávia (Informalmente)

EIA – Environmental Impact Assessment

Brasil – AIA ou EIA (Avaliação de Impacto Ambiental)

75 Vinculação a financiamentos internacionais

80 Programa da ONU de capacitação para AIA nos países em


desenvolvimento

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Evolução da Gestão Ambiental

BRASIL

81 Lei 6938 (31 de agosto) – Política Nacional de MA

83 Decreto 88351 – Regulamenta a Política e vincula a AIA ao


licenciamento

86 Implementação de fato
Resolução CONAMA No. 001, 23 de janeiro

88 Constituição Federal (Artigo 228, inciso IV, parágrafo 1


Determina EIA prévio e a publicidade do mesmo.

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Evolução da Gestão Ambiental

RIO DE JANEIRO

75 DL 134 – 16/6/75 – Feema

77 DL 1633 – 28/12/77, No. 3, Deliberação CECA – Comissão Estadual de


Controle Ambiental

87 041 – abrangência, procedimentos e critérios para EIA, RIMA


042 – procedimentos administrativos
043 – mecanismos de participação

88 Deliberação CECA – Audiência Pública


Lei 1356, 8/10/88 – Lei máxima de AIA
Profissionais das consultoras podem ser responsabilizados civilmente

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Evolução da Gestão Ambiental

RIO DE JANEIRO

Feema  INEA Atua fiscalizando; faz auto de constatação e encaminha à


CECA para tomar as medidas cabíveis (advertências, multas, etc.)

CECA Estabelece as normas de qualidade do MA; concede as licenças


após audiências públicas

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Produção Industrial e Geração de Impacto Ambiental

Energia
Matéria Prima Água
insumos Produtos Químicos
ETA
Materiais e Componentes
Diversos
Indústria

Produtos Emissões Gasosas


Resíduos Sólidos
Efluentes Líquidos

ETE TR
Condições de Contorno para o Desenvolvimento Industrial

1) Sustentabilidade: O uso atual de recursos naturais não pode ameaçar as futuras


gerações.
É possível entender na produção de metais e vidro por exemplo, que a
reciclagem pode manter estoques de matéria prima para as futuras gerações, mas e
o petróleo ?
Seria possível pensar em sustentabilidade para a indústria de petróleo ?
Sim, não ? Por quê ? TAREFA

2) Controle de Emissões de correntes gasosas, efluentes líquidos e geração de


resíduos sólidos de modo a não alterar para pior (impactar negativamente) o meio
ambiente.
Seria possível uma indústria de extração metalúrgica operar com descarte
zero de poluentes ? Sim, não ? Como ?

3) E quanto aos produtos industriais, como lidar sustentavelmente com esses ?


O conceito dos 3 Rs (Reduzir o uso, Reutilizar várias vezes, Reciclar os materiais
ao fim da vida útil do produto evitando assim o acúmulo de passivos permanentes.)
DISCUTIR EM AULA: Caso Pneus.

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Enquanto o terceiro R de Reciclagem ainda não era realidade nos pneus

Montanhas de pneus velhos antes da viabilização da 1800recycling.com


reciclagem para pavimentação de estradas.

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Temas para estudo complementar

Custo Ambiental de produtos Ciclo de vida de produtos


Estudo de caso dos copos
Projeto Custo Ambiental de Produtos

Variáveis
M Massa (g)
TU Tempo de vida Útil (anos)
Grau de Reciclabilidade do Material
RC (%)
Tempo de Decomposição de Material Descartado
TD (anos)
FB Fabricação (USD/unidade)
Matéria Prima
Energia
Água
Impacto Ambiental
Embalagem
TR Transporte (USD/unidade)
Distância
Combustível
Impacto Ambiental

Produtos para estudo


M TU RC TD FB TR CAmb/unid
copo poliestireno 50 mL 0.6 0.001 10 200 0.0006 0.00008 0.0816
copo poliestireno 200 mL 1.75 0.001 10 200 0.0018 0.00024 0.7140
copo poliestireno 300 mL 2.7 0.001 10 200 0.0027 0.00036 1.6524
lata de alumínio 350 mL 14.5 0.001 80 50 0.00044 0.002 0.2211
copo de vidro 200
mL 113.2 1051200 90 1000000 0.05 0.02 0.0008

Modelo de Custo:
Camb = (bM*(TD/100)/(TU*RC))(FB+TR)

TR = 0,34 USD/(km.t)

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