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Dissertação
Santo André - SP
2015
Charles Couto de Camargo Júnior
Santo André - SP
2015
Ficha catalográfica
Aos meus filhos Thais e Arthur, pela compreensão da minha ausência, apoio e dedicação.
A meus pais, Charles e Thereza, in memoriam, pelo incentivo, sacrifício e orgulho de seus
filhos.
Agradecimentos
Ao amigo e orientador, o Prof. Dr. Sérgio Ricardo Lourenço pela orientação, apoio e
principalmente pelos grandes ensinamentos, dentro e fora do espaço acadêmico.
Ao coorientador Prof. Dr. Júlio Francisco Blumetti Facó, pelas contribuições à dissertação.
À banca composta por pelos Doutores acima citados e ainda o Prof. Dr. Douglas Alves
Cassiano, Prof.ª Dr.ª Carla Andrea Soares de Araújo, Prof. Dr. Fernando Gasi, Prof. Dr. Fabiano
Armellini, cujas contribuições constituíram de forma significativa para a conclusão deste
trabalho.
.
Epígrafe
“O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas.
”
William George Ward
Lista de Tabelas contidas nesse trabalho
EE -Eficiência Energética
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 18
2. PROBLEMA ............................................................................................................... 21
4. JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 23
7. METODOLOGIA ....................................................................................................... 43
8. DISCUSSÃO ............................................................................................................... 45
9. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 78
Energy use is part of man's progress, and from the moment we live in an environment
that have finite resources, the use of this energy is needed adaptation. The principles of energy
efficiency should be applied to everyday reality and thus the comparison of programs already
established, will meet increasing demands on our environment. The comparative study of
policies implemented in two distinct nations - where Brazil and USA - which have different
phases of development, permit a more precise adaptation to Brazilian realities of energy
efficiency projects, using best practices and abandoning those that have proven not effective.
The conjectural analysis of cases cover policies for labeling of equipment, buildings, public
agencies, vehicles, industry, biofuels and hydrogen, and renewable energy integration and
support.
The conclusion that is established is that the effective implementation of programs will
be directly responsible for the maintenance of sustainable growth and that its implementation
is quite necessary to the current Brazilian energetic situation.
Keywords: Energy efficiency. Policies. Programs. Brazil. USA. The use of energy is part of
man's progress, and in an environment with finite resources, the use of that energy is
necessary adaptation. The energy efficiency principles should be applied to everyday reality
and thus the comparison of programs already established, expand the range of energy options
for the Brazilian growth. The comparative study of the policies implemented in two distinct
nations - where Brazil and the United States - who have different stages of development, can
adapt more needs to Brazilian realities of energy efficiency projects using best practices and
abandoning those that have proven not effective. The conjectural analysis of cases cover
policies for labeling equipment, buildings, public agencies, vehicles, industry, biofuels and
hydrogen, renewable electricity and the integration and support.
The conclusion that is established is that the effective implementation of programs will be
directly responsible for the maintenance of sustainable growth and that its implementation is
quite necessary for the current Brazilian energy situation.
1. INTRODUÇÃO
500,0
400,0
300,0
200,0
100,0
0,0
Bélgica
Itália
México
Argentina
Índia
Colômbia
Espanha
Holanda
Singapura
China
Costa Rica
Alemanha
Coréia do Sul
Paraguai
Canadá
França
Uruguai
Rússia
Reino Unido
Equador
EUA
Brasil
República Checa
El Salvador
Turquia
Japão
Chile
Portugal
R$/MW Média
Com o aumento do preço das fontes de energia durante as crises do petróleo ocorridas
nas crises de 1973 e 1979, busca-se soluções que melhor utilize-se a energia disponível, de
forma mais eficaz (MME, 2011). Exemplo das medidas adotadas no Brasil para reduzir a
dependência do petróleo importado é o PROALCOOL.
Desde então, vários países vêm implementando práticas de eficiência energética (EE),
por meio das quais é possível usar uma menor quantidade de energia para produzir a mesma
quantidade de serviços ou de energia útil (PATTERSON, 1996).
Como exemplo, o governo dos Estados Unidos adotou uma série de leis entre 1975 e
1980, após a segunda fase da crise do petróleo, que promoveram padrões de eficiência,
incentivos financeiros e a educação energética, causando uma redução no consumo energético
nacional (CLINTON, 1986), com o investimento de bilhões de dólares em pesquisa e
desenvolvimento, fundos e incentivos fiscais no setor de eficiência energética, sendo um dos
países de referência de práticas de eficiência energética (GELLER, 2006).
Dessa forma, este presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar os
programas brasileiro e americano de eficiência energética, implantados e em atividade, em suas
semelhanças e diferenças, partindo-se de suas metas, objetos e meios de atuação.
21
2. PROBLEMA
3. OBJETIVO DO TRABALHO
Pesquisar quais as áreas nas quais são desenvolvidos programas de eficiência energética
nos dois países, quais são suas metas, objetos e meios de atuação.
23
4. JUSTIFICATIVA
Apesar da premissa de que para se tenha crescimento econômico existe maior consumo
energético, notadamente baseado nos anos anteriores a 80, onde o custo dos insumos
energéticos era pequeno, nota-se que de 1980 a 1998, o consumo energético elevou-se em uma
média 1% ao ano, enquanto o PIB (em valores do dólar constantes) cresceu 3,3 % anualmente.
(HINRICHS, R., KLEINBACH, M., 1998), notadamente baseado nos preceitos de eficiência
energética e conservação da energia.
Seguindo essa tendência, o Brasil tem-se desenvolvido nas últimas décadas e isso requer o
consumo de cada vez maiores quantidades de energia. Hoje a matriz energética elétrica
brasileira é eminentemente de origem hidráulica, com 70,6% do computo geral e essa geração
atingiu 570,0 TWh em 2013, resultado 3,2% superior ao de 2012 (EPE, 2014). É importante
ressaltar que devido à distribuição irregular de chuvas, a geração térmica a gás natural
(incluindo autoprodutores e usinas de serviço público) houve um acréscimo de 47,6%,
atingindo o patamar de 69,0 TWh (EPE, 2014).
Figura 3-Evolução do Consumo Final por tipo de fonte primária - 1970 a 2013
Fonte:
Fonte: adaptado de BEN 2014
Desta forma a justificativa para esse trabalho se baseia no fato do Brasil ser fortemente
dependente de fontes energéticas baseadas em petróleo e que os conceitos de eficiência
energética devem ser aprimorados para o melhor uso dessa fonte primária.
O uso de comparação para esse fim, entre os EUA - um dos maiores energo-consumidores
mundiais-país já reconhecido por suas práticas de eficiência energética, levantando as
semelhanças e diferenças entre o portfólio dos dois países, forma um parâmetro que apoia
medidas efetivas de controle e ajudem na pesquisa de novas fontes energéticas.
28
5. EMBASAMENTO TEÓRICO
Os indicadores termodinâmicos são aqueles nos quais são consideradas apenas medidas e
análises relacionadas às leis da termodinâmica, quanto à eficiência da transformação de uma
forma de energia em outra, ou seja, comparando a relação entre o processo real e o ideal quanto
à energia utilizada.
Nesta relação é considerado apenas o fato de que a energia se conserva, mas não há
indicações com relação a melhor forma de ser utilizada (GOLDEMBERG, 1983). Esta
eficiência também não leva em consideração a qualidade da energia na entrada e na saída, e não
há distinção entre os tipos de fonte utilizados, nem quais são as mais produtivas. De uma forma
geral, esta lei não fornece ideias de melhorias que podem ser realizadas no sistema a fim de
obter um melhor desempenho, pois não há sentido em comparar processos de diferentes
características.
30
A Segunda Lei da Termodinâmica tem como base a definição do limite ideal dos processos,
ponto importante para a teoria da conservação de energia. Com a definição de eficiência
termodinâmica de 100% ou a unidade, esta lei permite que se tenha ideia das melhorias que
podem ser realizadas, porém é aplicável apenas ao mundo restrito dos sistemas ideais
(PATTERSON, 1996). A eficiência da Segunda Lei dentro de um processo, analisando uma
tarefa especifica, é descrita na Equação 2.
Esta razão pode ser utilizada para mensurar o quão próximo um processo de conversão de
energia real é de uma eficiência ideal, onde o processo mais eficiente possui o resultado desta
fórmula igual a 1 (PATTERSON, 1996). A primeira restrição desta lei é que assume
reversibilidade perfeita, como se os processos pudessem ser reduzidos infinitesimalmente. De
fato, isso não é possível no mundo real, pois ocorrem perdas durante a transformação de uma
forma de energia em outra, como pode ser observado na Figura 7. Além disso, não contabiliza
as entradas indiretas de energia - voltando à questão da independência com relação à qualidade
da energia utilizada.
Sistema
Processo
Perdas
Este tipo de indicador é considerado híbrido, pois a entrada de energia continua sendo
mensurada em unidades termodinâmicas, porém a saída é medida em unidades físicas. Estas
unidades físicas tentam medir o que de fato é fornecido pelo processo, por exemplo, em termos
de toneladas do produto final (PATTERSON, 1996).
Esta comparação não ocorre de forma simples, pois há dificuldade em localizar e analisar
as diferentes entradas e saídas de energia na indústria, para cada linha de produto. O problema
torna-se determinar, especificamente, quanto da entrada de energia foi distribuído para cada um
dos diferentes processos e suas saídas, a fim de obter o restringe-se a medida da eficiência
energética geral do processo, já que permite comparar apenas processos com o mesmo uso final.
Também considerados híbridos, mas neste caso as saídas do processo são mensuradas
em termos de preços do mercado, ou seja, valores monetários. A energia de entrada, assim como
nos casos anteriores, é mensurada em termos de unidades termodinâmicas. Estes indicadores
podem ser utilizados em diversos tipos de atividades econômicas, como setorial, industrial ou
nacional. O problema encontra-se em sua metodologia, pois estes dados são facilmente
manipulados ou adaptados à teoria, podendo não representar a realidade.
Este princípio, porém, leva em consideração que todos têm acesso à melhor tecnologia
disponível no mercado, deixando de lado fatores que podem dificultar este cenário ideal, como
políticas econômicas, sociais e energéticas de cada país. Esta técnica pode resultar em valores
32
finais vagos, se utilizados sem análise complementar, pois os preços podem variar e a qualidade
do produto final também, não refletindo a eficiência energética.
1000
Mtep
100
10
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011
Ano
Brasil EUA
Nessa comparação, nota-se claramente que a produção de energia nos EUA permanece
praticamente constante, enquanto a brasileira tem crescimento no decorrer do período
analisado.
33
0,35
0,33
0,31
0,29
tep/ US$ x 103
0,27
0,25
0,23
0,21
0,19
0,17
0,15
1975
1973
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011
Ano
Brasil EUA
Nessa comparação, nota-se claramente que a produção de energia nos EUA permanece
praticamente constante, enquanto a brasileira tem crescimento no decorrer do período
analisado.
34
Figura 11
Intensidade de Energia: Oferta Interna de Energia Total/PIB (paridade de poder aquisitivo) - Tep/US$ x 103
0,35
0,30
0,25
toe / US$ x 103
0,20
0,15
0,10
0,05
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011
Ano
Brasil EUA
100
95
90
85
80
%
75
70
65
60
55
50
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011
Ano
Brasil EUA
6
toe er capita
0
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011
Ano
Brasil EUA
A figura 9 demonstra a evolução dos valores da produção total de energia dos dois países,
demonstrando que nos EUA está praticamente com em constante evolução, enquanto o Brasil
apresenta crescimento, enquanto a figura 10, demonstra a Intensidade de Energia, como a Oferta
Interna de Energia Total / PIB, demonstrando que no caso americano, como a população cresce
e a oferta é constante, essa relação decresce e no caso brasileiro, a evolução da oferta e
população tem crescimento praticamente equivalente e assim sendo, a curva se mantém
constante. Quando se mantém a mesma base de paridade de poder aquisitivo (figura 11), isso
fica mais evidente.
profissionais ignoram estes problemas, fato que pode prejudicar a precisão dos indicadores a
serem determinados.
O primeiro problema trata sobre avaliações e juízos de valor acerca de medidas de eficiência
energética e seus respectivos indicadores. Normalmente, encontra-se na literatura resultados em
unidades termodinâmicas, o que é objetivo, porém não está livre de interferências humanas.
A determinação da energia útil de saída, por exemplo, depende do que é definido como
energia útil, a qual é determinada através de valores ditos "humanos". O que é considerado
energia não-utilizada, ou energia desperdiçada, não entra no cálculo da eficiência energética
termodinâmica (PATTERSON, 1996). Assim, de acordo com Patterson, em todas as definições
de eficiência energética termodinâmica há valores de juízo implícitos, sendo aceito como parte
integrada à definição de eficiência energética.
A mensuração da entalpia, por exemplo, não faz nenhuma distinção entre fontes de baixa
qualidade, como o carvão, e fontes de alta qualidade, como a eletricidade. Isto caracteriza o
problema na construção conceitual e utilização de indicadores de eficiência (PATTERSON,
1996). O problema agrava-se quando há a tentativa de comparar a eficiência energética relativa
a processos diferentes, com entradas de diferentes qualidades, onde provavelmente as saídas de
energia também são de qualidades distintas.
Outro problema abordado por Patterson é relacionado à fronteira do sistema elou processo.
Esta fronteira é tomada como pressuposto nas condições de cálculo dos indicadores de
eficiência energética. Como já mencionado anteriormente, apenas a energia útil é incluída nos
cálculos. Na entrada, porém, não há fronteiras bem definidas ou justificadas. Dessa forma,
quando a eficiência energética é calculada, apenas alguns valores de energia são considerados
- a chamada "energia comercial".
37
A energia que não é obtida através do mercado, ou seja, que não é "comprada", é colocada
fora dos limites de fronteiras nesse caso. A energia solar, por exemplo, é usualmente excluída
dos indicadores de eficiência energética pois é considerada "gratuita", mesmo que exija um
montante considerável para seu financiamento (PATTERSON, 1996).
Outro parâmetro que envolve as fronteiras está em definir o quanto deve-se retroceder o
processo de fornecimento de energia de entrada. Para o petróleo refinado, por exemplo, seria
necessário levar em consideração as perdas do processo de refino, ou então considerá-lo como
o fornecedor primário de energia. Se for considerado o processo de refino, a energia de entrada
irá aumentar, diminuindo o indicador de eficiência. Torna-se necessário, portanto, adotar
medidas para chegar à equivalência das fontes na metodologia adotada, de forma a ser possível
realizar comparações entre os indicadores calculados.
Nos últimos cinco anos, o investimento em eficiência energética na maioria das regiões, em
grande parte tem sido estimulado por intervenções políticas, bem como pela alta dos preços de
energia. (OECD/IEA, 2013).
Os elementos que atuam nessa cadeia, de ordem pública e privada, nas mais variadas formas
(transportes, edificações, eletrodomésticos), são demonstrados abaixo:
38
Indicadores de sustentabilidade podem ser definidos pela sua capacidade para resumir,
concentrar e condensar a enorme complexidade do ambiente dinâmico em que vivemos para
uma quantidade razoável de informações significativas, que podemos analisar e tomar
decisões precisas. Segundo Meadows, 1998, “Indicadores vêm de valores (nós medimos o
que nos importa) e eles criam valores (Nos importamos com aquilo que conseguimos
medir) ”. Os principais indicadores globais do desenvolvimento sustentável são os Sociais,
Ambientais, Econômicos e Institucionais.
estufa, (iii) redução das emissões voláteis, (iv) a redução de resíduos em aterros sanitários, e
(v) redução de resíduos perigosos (FRUEHAN, 2009), indo de encontro com o preconizado
pela The United Nations Commission for Sustainable Development (UNCSD), abaixo
esquematizado, que considera outras variáveis.
Figura 16-Quadro Indicador da Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (UNCSD)
Em 1990, por meio do Decreto n° 99656, foi criada a CICE - Comissão Interna de
Conservação de Energia, onde estabelece que todos os órgãos públicos que apresentem
consumo anual de energia elétrica superior a 600 MWh ou consumo anual de combustível
superior a 15 Tep, deveria promover medidas de conservação e incremento nas ações de
eficiência energética.
Em 1997, a Lei n° 9478/1997 (Lei do Petróleo) dispõe sobre a Política Energética Nacional
e cria a ANP. Determina também, um dos princípios e objetivos da Política Energética Nacional
são as políticas nacionais para o aproveitamento racional das fontes de energia, proteger o meio
ambiente e promover a conservação de energia. Com isso a ANP tem a função de fazer cumprir
as boas práticas de conservação e uso racional do petróleo e do gás natural e da preservação do
meio ambiente.
Em 2000, é promulgada a Lei n° 9991, cujo caput dispõe sobre a realização de investimentos
em pesquisa e desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas
concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica.
7. METODOLOGIA
Item Descrição
1 Nome do Programa
2 País (Brasil ou EUA)
3 Vigorando ou encerrado
4 Objeto de atuação
5 Subobjeto de atuação
6 Órgão Responsável
7 P&D
8 Incentivos fiscais ou fundos
Fonte: Do autor
A análise dos programas foi feita mediante a divisão dos programas em grupos, sendo
considerados para essa divisão os objetos de atuação dos programas. Os grupos que foram
formados são 8, como se pode observar na tabela 2 da página seguinte.
8. DISCUSSÃO
8.1. Etiquetagem
Fonte: Inmetro
46
Fonte: Inmetro
Os produtos brasileiros e importados que são submetidos a essa etiquetagem estão descritos
na tabela abaixo:
47
Tabela 5-Resultados dos programas Selo Procel e Energy Star no ano de 2011
Tabela 6-Resultados dos programas Selo Procel e Energy Star no ano de 2012
8.2. Edificações
Fonte: ELETROBRAS
Pretende-se futuramente difundir cada vez mais o programa, possibilitando assim que
as construções com a etiqueta sejam mais valorizadas no mercado imobiliário brasileiro, assim
como ampliá-lo também para edifícios residenciais. O Procel Edifica em conjunto com
universidades públicas brasileiras, como a Universidade Federal de Santa Catarina e a
Universidade Federal de Alagoas, também realiza capacitação laboratorial e oferece cursos de
aperfeiçoamentos em eficiência energética em edificações (EEE) para posteriormente obter das
universidades retorno com a elaboração de publicações científicas e apoio técnico ao Grupo
Técnico para Eficientização de Energia nas Edificações no País (GT-Edificações), que
regulamenta e elabora as avaliações da eficiência energética de edificações ( ELETROBRAS,
2014).
52
Dessa forma, a partir da análise dos programas de edificações vemos que o Brasil possui
pouco desenvolvimento de projetos nesse setor comparado ao número norte-americano. Os
centros de pesquisa brasileiros relacionados a busca de novas tecnologias para edificações são
poucos e ainda em fase de capacitação, diferentemente do que ocorre com os norte-americanos,
dos quais alguns são referência no setor. Já em relação ao projeto de etiquetagem de residências
no Brasil, este é ainda pouco divulgado e reconhecido em comparação aos programas dos EUA,
como é o caso do Challenge Home, que avalia residências e premia as melhores com um selo e
já classificou mais de 14.000 casas como eficientes energeticamente desde 2008 (DOE, 2013).
Fonte: ELETROBRAS
Tabela 9-Comparação dos programas de eficiência energética em vigor destinados a órgãos públicos
8.4. Veículos
Devido a essa crescente demanda de viagens e motorização privada, temos elevados níveis
de congestionamento, ao custo bilhões de dólares em combustível e tempo perdido. Além disso,
o tráfego de veículos motorizados tem efeitos adversos importantes sobre a saúde, contribuindo
para doenças respiratórias e cardiovasculares devido à poluição do ar, e outras relativas à
segurança, com mais de 1,3 milhões de mortes por ano em acidentes de trânsito no mundo.
Desta forma, políticas de melhoria da eficiência dos sistemas de transporte urbano são
necessárias não só por razões de segurança energética, mas também para a melhoria do clima,
o ruído, a poluição do ar, congestionamento e impactos econômicos que resultam. (OECD/IEA,
2013).
Em 2008, através de uma parceria entre Inmetro e CONPET, foi criado o Programa
Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), que avalia os veículos, quanto a sua eficiência
energética, e os oferece uma Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) de acordo
com a sua classificação, assim como ocorre na etiquetagem dos equipamentos na qual os mais
eficientes ganham a classificação A. Também são avaliados a autonomia em quilômetro por
litro de combustível na cidade e na estrada e sua emissão de gás carbônico. A aderência dos
fabricantes de automóveis a avaliação é voluntária e são avaliados veículos de mais de dez
categorias (INMETRO, 2014).
Fonte INMETRO
O Brasil também possui outro programa que atua na área de eficiência energética para
os veículos, o programa Plano Inova Energia, de parcerias da ANEEL, BNDES e Finep. Este
programa busca incentivar projetos de inovação em diversas áreas através de ações de fomento
58
Uma outra vertente de eficiência energética seguida nos Estados Unidos em relação aos
veículos além da etiquetagem é através do programa FreedomCAR and Vehicle Technologies
(FCVT), do DOE, que apoia a pesquisa e desenvolvimento (P&D), a implantação de tecnologias
de transporte rodoviário eficientes e sustentáveis visando melhorar a economia de combustível
e menor consumo e dependência de petróleo. Estas tecnologias, que incluem veículos elétricos,
baterias, tecnologias de acionamento elétrico, motores de combustão avançadas, materiais leves
e combustíveis alternativos, que irão aumentar a mobilidade e a segurança energética e
buscando a redução dos custos e redução dos impactos ambientais. (DOE, 2006).
Tabela 10-Comparação dos programas de eficiência energética em vigor destinados aos veículos
Indústria
O governo federal também instituiu outros dois programas, que não estão mais em vigor
atualmente e que visavam medidas de eficiência energética não só a indústria, mas também a
outros setores. Em 1982, foram aprovadas as diretrizes para o Programa de Mobilização
Energética (PME), que tinha como objetivos conservar a energia nos transportes e na indústria,
produzir combustíveis substitutos do petróleo e fixar um programa de pesquisa e
desenvolvimento visando a conservação e substituição de derivados do petróleo (BRASIL,
1982). Já em 1993, o Ministério de Minas e Energia instituiu, com parcerias do Procel e do
Conpet, o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, que visava premiar e
incentivar ações de eficiência energética feitas por indústrias, empresas do setor energético,
pequenas empresas, imprensa, órgãos públicos e edificações, que contribuíssem para o
desenvolvimento sustentável do país, cuja última edição ocorreu no ano de 2009 (BRASIL,
2014).
Fonte: ELETROBRAS
Paralelamente nos EUA, existe o DOE Advanced Manufacturing Office (AMO), órgão
destinado a desenvolver programas semelhantes ao Procel Indústrias. Grande parte dos projetos
63
costumam ser de alto risco e com um alto valor agregado, buscando diminuir os consumos
energéticos da indústria enquanto estimula sua produtividade. Dentre as áreas de atuação dos
programas está o desenvolvimento de novas tecnologias para a indústria e a aplicação destas.
Nos projetos de desenvolvimento de novas tecnologias, como o desenvolvimento de avançados
sistemas de cogeração e de materiais de última geração, são realizados uma série de testes e
aperfeiçoamentos com estas tecnologias que posteriormente podem vir a ser comercializadas
em larga escala. Já a implantação dessas tecnologias nas indústrias se dá por meio de avaliações
energéticas e auditorias, ferramentas de software e suporte de especialistas qualificados no
setor, que sempre buscam mostrar às indústrias como a aderência às essas tecnologias atua na
redução dos gastos energéticos. Durante mais de 30 anos, o AMO já desenvolveu mais de 600
projetos de pesquisa e desenvolvimento na indústria que já produziram cerca de 250 novas
tecnologias destinadas ao uso comercial (DOE, 2013).
Tabela 12- Comparação dos programas de eficiência energética em vigor destinados aos biocombustíveis e
hidrogênio
Dessa forma, o governo brasileiro desenvolve projetos para aumentar o uso de fontes
renováveis pouco utilizadas, mas com grande potencial, como as citadas anteriormente. Um
deles é um programa de responsabilidade da ELETROBRAS, o Programa de Incentivo às
Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que tem como objetivo aumentar a energia
elétrica produzida por fontes renováveis como a eólica, a biomassa e a vinda de pequenas
centrais hidrelétricas (PCH), através da compra de lotes de energia elétrica de empreendimentos
brasileiros nesses setores. Em 2012, pelo Proinfa, foram comprados de 130 empreendimentos
cerca de 38.881 PJ de energia elétrica renovável provinda dessas três fontes renováveis
(ELETROBRAS, 2012).
Outro incentivo que está sendo dado a energia elétrica renovável no Brasil, é através do
aquecimento solar em residências, projeto recente lançado em julho de 2011 pela
ELETROBRAS chamado Rede ELETROBRAS Procel Solar. O programa ainda está no início,
porém já foram feitos acordos com diversas universidades e laboratórios de referência
brasileiros para criar um plano de ação para o programa, avaliando questões como a
manutenção, dimensionamento e qualidade de serviço de sistemas de aquecimento solares, bem
como para criar centros de capacitação de profissionais regionais e realizar estudos de medidas
e verificação, priorizando o programa habitacional Minha Casa Minha Vida (ELETROBRAS,
2012).
67
Já nos Estados Unidos, no ano de 2012, as fontes renováveis foram responsáveis por
apenas 12,4% da geração de eletricidade no país, um porcentual bem inferior ao brasileiro
(DOE, 2014). Para aumentar esse percentual, o país desenvolve uma série de programas
destinados a eficiência energética no setor de energia elétrica renovável: o Wind and Water
Power Technologies Office – WWPTO (DOE, 2013), o Solar Energy Technologies Office
(DOE, 2011) e o Geothermal Technologies Office (DOE, 2014), os três geridos pelo U. S.
Department of Energy – DOE e por fim o Green Power Switch, gerido pelo Tennessee Valley
Authority (TENNESSEE VALLEY AUTHORITY, 2014)
Por fim o programa Green Power Switch busca aumentar a produção de energias
renováveis através do incentivo da compra por indústrias e residências de lotes de energia
elétrica renovável, atuando como intermediário dessa venda. A compra de cada MWh, o
comprador ganha um Renewable Energy Certificates (RECs), indicando que ele comprou
energias renováveis, funcionando assim como uma commodity já que podem ser vendidos
(TENNESSEE VALLEY AUTHORITY, 2014).
Tabela 13-Comparação de programas de eficiência energética em vigor destinados a energia elétrica renovável
Em 1998, o Procel GEM em conjunto com o IBAM, criou o projeto Rede Cidades
Eficientes em Energia (RCE), que consiste em capacitar os municípios a negociar com a
concessionária de energia elétrica, destacar os municípios eficientes em suas regiões e auxiliar
o acesso das prefeituras às informações técnicas, através da troca de informações sobre
eficiência energética entre os municípios associados e da reprodução de sistemas mais eficientes
de iluminação pública e saneamento.
Já nos Estados Unidos, o programa que segue mesma essa linha tentando reduzir o
consumo de energia nas cidades é o Weatherization and Intergovernmental Program (WIP), do
U.S. Department of Energy, que é subdividido em 4 projetos. Um deles é o Weatherization
Assistance Program (WAP), o maior programa de eficiência energética no país, que oferece
subsídios para melhorar a eficiência energética das residências de mais de 100.000 famílias de
baixa renda anualmente, ajudando-as economizarem dinheiro em suas contas de luz.
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Há também o State Energy Program (SEP), que incentiva projetos para melhorar a
eficiência energética dos estados e oferece apoio para os governos desenvolverem um melhor
uso da energia, através de fundos para a pesquisa tecnológica.
Já o Energy Efficiency and Conservation Block Grant Program (EECBG), tenta reduzir
o consumo energético e as emissões de gases de combustíveis fósseis através de melhoras de
eficiência energética em construções residenciais e comerciais, modificações nos códigos de
edificações, criação de programas de transporte que conservem energia, instalações de fontes
de energia renováveis em prédios governamentais, sinais inteligentes entre outros. Por fim, há
o Tribal Energy Program (TEP) que é destinado a tribos indígenas, fornecendo a esta educação
energética, opções de energia limpas e melhorias na economia local (DOE, 2011).
8.8. Resultados
Por meio da análise dos programas brasileiros de eficiência energética, pode se observar
de um modo geral que há um diversificado conjunto de programas desse tipo sendo
desenvolvidos no país e muitos destes com objetivos e métodos semelhantes aos desenvolvidos
nos EUA. Porém comparando a quantidade e abrangência dos programas brasileiros aos norte-
americanos, o número ainda é baixo. Conforme observado durante a comparação, esse baixo
número pode ser relacionado às diferenças que foram encontradas nos objetivos e métodos dos
programas dos dois países.
8.8.1. Etiquetagem
8.8.2. Edificações
No Brasil existem projetos para a melhora de códigos de edificações, ainda que em nível
de pesquisa básica, sendo que nos EUA já há quatro projetos atuando no setor. Nos dois países,
tanto o Procel Edifica como o Building Technologies Program têm o mesmo paradigma, ou
seja, pesquisa de materiais e prática, etiquetagem e elaboração de normas e condutas. O
programa norte-americano, dentro de sua ação nos planos de 5 anos, pretende até 2030, reduzir
o consumo energético residencial em 50% (RISSER, 2014). A grande diferença notada é a
quantidade de programas e projetos abrangidos pelos dois países.
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8.8.4. Veículos
8.8.5. Indústria
A análise dos programas de eficiência energética nas indústrias nos permitiu observar
um histórico de programas brasileiros nesse setor, porém comparando o único programa ainda
estão em vigor, o Procel Indústria, com o norte-americano AMO, pode-se ver algo que já foi
abordado anteriormente nas outras seções que é um desenvolvimento menor em pesquisa e
desenvolvimento e geração de novas tecnologias.
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Da análise dos parâmetros encontrados, pode-se observar que apesar das grandes
diferenças de porcentual de fontes renováveis na matriz de geração de eletricidade nos dois
países, os programas desenvolvidos por ambos são semelhantes, notadamente nos programas
Green Power Switch e Proinfa, que buscam incentivar o uso de energia elétrica comprando lotes
de energia renovável. Outra semelhança encontrada se faz nos programas Procel Solar e o Solar
Energy Technologies Office, ambos buscam desenvolver soluções através da pesquisa e
desenvolvimento no setor, porém cabe ressaltar que o programa norte-americano já possui uma
proporção de atuação superior em comparação ao brasileiro. Em relação aos programas norte-
americanos destinados a pesquisa nos setores eólico, geotérmico, maremotriz e hidráulico, não
temos nenhum programa brasileiro equivalente. Vale destacar que a geração de energia elétrica
por fonte hidráulica é bastante implementada no Brasil, a eólica é pouca, mas é incentivada pelo
Proinfa e a geotérmica e maremotriz inexistem. Desta forma, o estudo para a ampliação do
potencial dessas duas fontes alternativas – e de especial a maremotriz devido à extensão do
litoral brasileiro - ampliando a diversidade da matriz energética, e também a implantação de
outros programas de pesquisa e desenvolvimento como os norte-americanos, até mesmo para
complementar as ações do Proinfa.
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A comparação dos subprogramas do Procel com o WIP mostra que apesar dos objetivos
dos programas serem os mesmos-melhorar a eficiência energética nas cidades por meio de
políticas públicas - os métodos utilizados e os focos dos projetos são diferentes. O programa
brasileiro tenta atuar mais através da melhoria de eficiência energética na gestão, iluminação e
saneamento públicos, enquanto o programa norte-americano atua mais na melhoria da
eficiência energética nas edificações e transportes.
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Em
Nome País Objeto Subobjeto Órgão P&D Incentivos Subprojetos
vigor
AMO EUA Sim Indústria Pesquisa e desenvolvimento para EE na indústria DOE Sim Não 600
Combustíveis
BETO EUA Sim Pesquisa e desenvolvimento de EE para Biocombustível DOE Sim Não N.D.
renováveis
BTO EUA Sim Edificações Pesquisa, etiquetagem e códigos para edificações DOE Sim Sim 59
CAFE EUA Sim Veículos Classificação da eficiência dos veículos NHTSA Não Sim N.D.
CICE Brasil Sim Órgãos Públicos EE em Órgãos e entidades da Administração Federal - Não Não N.A.
Combustíveis
Clean Fuels Grant Program EUA Sim Combustíveis limpos para ônibus DOT Sim Sim N.D.
renováveis
Energy Star EUA Sim Equipamentos Etiquetagem de equipamentos em geral e edificações EPA Não Sim N.D.
Desenvolvimento de veículos híbridos e outras tecnologias
FCVT EUA Sim Veículos DOE Sim Não N.D.
automotivas
FEMP EUA Sim Órgãos Públicos EE em Órgãos e entidades da Administração Federal DOE Não Não N.D.
Energia elétrica
Green Power Switch EUA Sim Compra de lotes de energia elétrica de fontes renováveis TVA Não Sim N.D.
renovável
Energia elétrica
GTO EUA Sim P&D em tecnologias de energia elétrica de fonte geotérmica DOE Sim Não N.D.
renovável
Hydrogen and Fuel Cell Combustíveis
EUA Sim Pesquisa e desenvolvimento de EE para Hidrogênio DOE Sim Não N.D.
Program renováveis
Inova Energia Brasil Sim Veículos Smart grids, tecnologia p/ a indústria, veículos híbridos BNDES Sim Não N.D.
Ônibus Brasileiro a Combustíveis
Brasil Proj. Implantação de ônibus de transporte público movidos a hidrogênio MME Não Não N.D.
Hidrogênio renováveis
PBE Brasil Sim Equipamentos Etiquetagem de equipamentos, edificações e veículos Inmetro Não Não N.D.
PBE Veicular Brasil Sim Veículos Classificação da eficiência dos veículos Inmetro Não Não N.D.
PME Brasil Não Indústria Conservação de energia e substituição dos derivados do petróleo - Sim Não N.D.
PNCURE Brasil Não Indústria Premiar instituições em geral que utilizam racionalmente a energia Eletrobrás Não Não N.D.
Combustíveis
PNPB Brasil Sim Implantação sustentável da produção e uso do biodiesel MME Não Não N.D.
renováveis
Procel Edifica Brasil Sim Edificações Pesquisa, etiquetagem e códigos para edificações PROCEL Sim Não N.D.
Procel EPP Brasil Sim Órgãos Públicos EE em Prédios Públicos PROCEL Não Não N.D.
Procel GEM Brasil Sim Suporte Gestão Energética Municipal PROCEL Não Não N.D.
Procel Indústria Brasil Sim Indústria Pesquisa para redução de gastos em sistemas motriz PROCEL Sim Não N.D.
Procel Reluz Brasil Sim Suporte EE na Iluminação Pública PROCEL Não Não N.D.
Continua na próxima folha
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Notas:
A seção Incentivo se refere há outras ações promovidas pelo programa, além da própria redução do consumo de energia, para incentivar a aderência de pessoas físicas e/ou
jurídicas ao programa:
1) Fiscal: se refere a deduções no imposto em caso de participação no programa, seja pela compra ou uso de tecnologias com certificado de eficiência energética;
2) Fundos: oferecem fundos financeiros para quem participa do programa;
3) Prêmio: oferecem premiações ou certificados para quem participação do programa;
4) RECs: oferecem Renewable Energy Certificates, uma commodity para quem compra lotes de energia elétrica renovável.
A seção Órgão se refere ao órgão que é responsável pelo programa.
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9. CONCLUSÃO
Apesar disso, também se observa que esforços são feitos para desenvolver esse setor no
Brasil. Praticamente para todos os programas norte-americanos analisados foi encontrado um
programa brasileiro equivalente, com objetos de atuação semelhantes. Além disso, os cinco
programas do Brasil que atuam em P&D, são recentes e foram implantados após da crise de
abastecimento de energia elétrica do ano de 2001.
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