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RICARDO BIELSCHOWSKY PENSAMENTO ECONOMICO BRASILEIRO © cicLo IineoLécico DO DESENVOLVIMENTISMO (Anpee contraponto 2. ALGUMAS CARACTERISTICAS BASICAS DO QUADRO ANALITICO SUBJACENTE AO DEBATE DESENVOLVIMENTISTA BRASILEIRO 2.4 INTRoDUgAe O objetivo deste capitulo é preparar o terreno para detect: co € as fillagdes te6ricas do pensamento econdmico bra m breve quadro da controvérsia teérica que se encontra por trés do debate brasileiro sobre o desenvolvimento econdmico no periodo contemplado neste trabalho. © quadro inclul, necessat referencia aos argumentos empregados na teoria do subdes ras, e deve dar énfa ‘0s textos de Prebisch e da Cep: Deve-se abservar que esta é uma manelra apropriada de se abordar os aspec- 10s analiticos do pensamento econdmico brasileiro, ja que, de tanto as principals controvérsias do caso brasileiro como 0s seus tantes estimulos politicos tinham, basicament contrados no niicleo da teoria do subdesenvol 2 subdesenvolvidos, ou seja, a de indust meio de superara pobreza ou de reduzica diferenga entre eles ¢ 0s paises ricos, & de atingir independencia politica e econdmica através de um crescimento eco- nomico autossustentado.’ A questio principal das disputas teéricas e paises desenvolvidos foi, nos anos 40 ¢ 50, a da conver Estado para estabelecer um nova padrao de erescimento, principal ataque contra a doutrina d ha como ab plos do livre comé locacao de recursos em interno e externo, por meio dos mecanismos de mercado. Este atague obj vva dar suporte a medidas governamentais, em partici protecionismo, que exam vistos como meios de se alcancar rapida e eficiente e, consequentemente, de se alterar 0 curso ses subdesenvolvidos. No caso especifico do debate scortincias, di I abordagem snvolvidos tomai ismo € intervengio do Estado, Desneces de que a revolugio keynesiana ajudou a estabelecer um 10 deve obscurecer 0 fato surgida na teoria do subdesenvolvi icontrado nas co! cas de roversias paises subde i cava apoio a intervencao ck adequado de po ‘omo no caso keynesiano, e sim a existéncia de yento e oultas medidas governamentais como meios de iar a renda a partir de poupangas escassas. © quadro an: gem dos ar dustrlalizac2o dos paises subdesenvolvidos, assinalando-se aqueles que for tempregados pela Cepal e aqueles que foram utilizados no Brasil (argumentos cepalinos e no cepalinos); segundo, apresenta-se o sistema tebrico que deu apoio a uma parte consideravel da andlise desenvolvimentista das economias latino-americanas, isto é, a teorla do desenvolvimento perifético de Prebisch e dda Cepal. A forma istemética com que Prebisch ¢ a equiipe da Cepal apresentaram suas ideias Jevou a que a unidade e a abrangéncia do seu pensamento econémico raramente fossem reconhecidas de forma integral, que exerceram no contexto intelectual latino- 1nos. O pensamento cepalino € conhecido prin Prebisch sobre os termos de intercAmbio e pela inter- 10 como um sistema de intelectual pretagao est specifies do debate brasi jecessirio descrever a teoria cepalina em seu todo, Isto permite reunir os varios argumentos antiortodoxos dessa escola de pensamento, que, de outra forma, poderiam parecer ideias isoladas, e mostrar ‘que a interpretagio da Cepal é bem mais ampla do que a mera soma dos argu ‘mentos Isolados. A descrigao também € necessiria porque, durante os anos 50 ‘© modelo da Cepal foi usado para interpretar 0 processo de transformagio das economias Jatino-americanas? 2.2 ARGUMENTOS ANTI JERAIS A FAVOR DA INDUSTRIALIZAGAO DOS PAISES SUBDESENVOLVIDOS (E SEU USO PELA CEPAL E NO BRASIL) trouxe aos economistas que apoiavam a industrializaca0 ham que enfrentar, no front tedrico, as te Jecidas e produzir fortes argumentos pat mercado 3s atividades exportadoras 8 economia do nivel de efic planejamento ¢ protecionismo, mas outras medidas, tals como apoio governmental ¢ investimentos estatals diretos, também estavat ‘Uma lista bastante longa de fortes argumentos de apoio a politica heterodo- xa foi produzida, ou simplesmente empregs ‘mento, Desnecessirio assinalar que nem todos esses argu ‘mesmo nivel analitico, nem tampouco se referem aos mesmos s cos. Tem havido uma certa confusdo quanto ao quadro analitico que deveria servir de referéncla para debates sobre o subdesenvolwimento, Uma discussio tedrica dessa questio seria necessariamente muito longa e ficaria deslocada do objetivo principal do trabalho. Passando diretamente ao que nteressa, mostra -se na tabela a seguir a listagem dos argumentos, assinalando-se os empregados, pela Cepal & 0s utilizadlos no Brasil, 1 Inastea ao » sma ” 5. “indivisible r ‘marginalmente io 4 *Deterioragto sion sim (tesede Prebisl 5. "Desempee sim sim teoca (exceed por bens primar) nento da indiistria infan- Vamos percorrer, brevemente, nossa lista, O argh ‘te, a mals velha entre as ideias em favor do protecionismo que tiveram legitimi- isado no Brasil sobretudo em polémicas dos industralistas, até a década de 40, Dai em diante, outros argumentos protecfonistas, bem co- ‘mo a circunstancia de que as pol is passaram a satisfazer os objeti- ‘vos protecionistas, reduziram su vimento brasileiro. Na teorla do desenvolvimento, os dois mai ideia da capacidade das teorias de eq 0 problemas de (0 sao 0s de “economias externas” e de “indi bilidade do capital”, que foram introduzidos nas discusses sobre subdesen- volvimento principalmente através da doutrina de crescimento equilibrado de Rosenstein-Rodan e Nurkse. O contexto analitico a que se refere esta doutrina azo pela qual ela nio foi muito aceita entre cabe- smo a dos autores da Cepal. © argumento das através da :ntes argumentos con- leas para enfrentar so as teorias de eq ‘as teOricas independentes, ‘economias externas entra em seus textos de forma apenas margin: sugestio de empregar, na técnica de planejamento, o concelto de produtivida- de social marginal como tos, conceito este muito empregado no de indivisibilidade do capital aparece apenas em alguns textos de autores es: ra esté cheia de referencias a qua- «s subdesenvolvidos que as te0- Hla estaticas d troca (a tese de Prebisch-Singer) (b) desemprego, visto como resultado do bai- xo crescimento da demanda Internacional por produtos primérios e como tando absorvido e! dades primérlas;* (€) desequilibrio estrutural do balango de pagamentos — vis- to como resultado nao necessariamente dependente da inflagio ¢ trequente- \dacles dos paises subdesenvolvidos em proceso de solugao definitiva seria a propria Jos econémicos resultante da espe- mente oriundo das especi izagaoy;e (d) vulneral izagdo em atividades de exportac “Desemprego” e “ul idade a ciclos econdmicos” eram ideias pré-ce- intes da chegada «os tos de Prebisch, dda Cepal deu-thes um tratamento mais refinado e sistemtico, numa analise que incluiu 0 dots outros a istados acima. portincla decrescente no de- bate econdmico bras £0 nos anos 50, enquanto 0s outros trs tiveram impor- tancia crescente. Um quinto argumento, muito comum nos textos de Prebisch eda Cepal, e que também atralu a atenco dos autores bras te de Furtado — ele mesmo um importante membro da equipe or Cepal —, de que 0 uso da mod _mente planejado nos paises subdesenvolvidos, em virtude de sua inadequagiio a disponibilidade interna de recursos. s dois tiltimos argumentos de nossa listagem nao sio cepalinos, mas tam- }bém tiveram um extenso uso no pensamento econdmico brasileiro. Um deles € a ideia de que a industrializacao permite aos paises tropicais ¢ subtropicais im- portar mais técnicas modernas do que no caso da especializacao em agricultura, atividade pouco apta a adaptacao de técnicas. © outro, elaborado por Wi fem sua tese sobre “demanda derivada”, & 0 de que o crescimento em pai subdesenvolvids resulta cle pressoes originadas no lado da demanda, com clas de intervencao estatal, ou seja, resulta num ao schumpeteriano”” processo “no clissico”, ou Alem do uso difundido de um ou mais desses argume heterodoxos no Brasil, houve uma ampla difusio do argumento geral da Cepal por planejamen- \s20. 0 to era visto to ¢ intervengio estatal em favor da indust como 0 procedimento indispensivel & racionalizacdo de um proceso de indus- trializagdo espontaneo € andrquico que, subitamente, teria passado a ocorrer nas estruturas produtivas atrasadas das economias do continente, © fato de que 4 teoria de desenvolvimento da Cepal foi a principal ferramenta analitica ant beral usada no debate econdmico brasileiro torna necessiria mais cuidadosa dessa tear 2.3 A ESCOLHA ANALITICA LATINO-AMERICANA DOS ANOS 50: A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PERIFERICO DE PREBISCH EDA CEPAL Auunidade e o escopo da teorla de Prebisch e da Ci tempo descos 8. A dificil tarefa de te interligacas de Prebisch fot realizada em dois est Copal. O primeiro consistiu em uma coleténea de extratos de textos, or por ocasiao da celebracao do vigésimo ani aque! (Cepal, 1970). Mas o passo realmente definitive naquela direcZo somente fol dado muito mais recentemente por Rod te da producao intelectual da instituicdo. Fizemos io de Rodriguez no presente texto, em queapresentamos do desenvolvimento peritérico da Cepal. objetivo do que se segue é mostrar que a Cepal formuladora de propostas protector nd (910 nos termos de intercémbio, como € c pensar fora da América Lati- sistema analitico, que consti- das economias I sete aspectos. ino-american: 2.3.1 CARACTERIZAGKO DO SUBDESENVOLVIMENTO como UMA CONDIGAO Da PERIFERIA “Centro-periferin” € 0 conceito fundamental na teora da Cepal. & empregado para descrever 0 processo de difusto do progresso técnico na economia mun a divisio capitalismo industri zendo com qu de desenvolvimento. A tese parte da Ide jente a produtividade de todos os menos ho- produtividade, em forte contraste Com base nesse di termos de troca, construida com dade por meio jsmos de mercado —, desde que prevalega a iber onde ocorre 0 cas podem ser \s ntroduzidas p los aumentos de prod A tese da deterioracao dos te de que niio apeni ‘se passa € 0 posto: sio as regides atrasadas que tr ), com a ideta dade, 0 hos os seus nto, segundo sto 6, entre o cen- ato de que o centro tende a reduzir a taxa de expansio -medida que prossegue 0 progresso técnico pou ‘modo que as taxas de erescimento da perife jf modestas taxas do centro. 2.8.2 IDENTIFICAGKO DE UM PROCESSO DE INDUSTRIALIZAGRO, A segunda idei danga de diregao do cre processo que ganharia um impulso decisivo na depressio, {80 0 crescimento havia sido “para fora”, dentro do padi tador". As transformagoes na economi centro, menor elasticidade-renda da deman coeficiente de Importagio no novo centro efel por produtos prit 1na difusio do progresso palavras empregadas por Pre rico sobre a ste ponto, reprod Nessas 4 tores da vasta rio 3 produ dos gran« forcou a convic¢io de que ‘modo a compensar, por meio de desenvolvimento interno, 0 manifesto fra- yoramericana, com todas fonte de emprego e consumo para grande e crescente parte da popula- io. (Prebisch, 1949, p. 34, tradugao nossa) um contexto dindmico, o de um mo- 1¢20, e entende que isto corresponde a uma transformagio e tanto as téenicas produtivas como os beneticios de sua maior produtividade podem ser absorvidos por re wsadlas. A perspectiva de um real desenvolvimento econdmico — que, Prebisch, vimento espont durante o processo de transfor a Cepal, conforme se passa a examinat. 2.8.8 INoUSTRIALIZAGAO NA PERIFERIA VISTA como PADRKO DE Ateoria de desenvolvimento de Prebisc uansformagio que ocorre na “peri ‘como singular, diferindo daquele que ocorreu revolugdo industrial dos pai- ‘onomias atrasadas, wwangadas. E no 0 faz, como foi 0 caso de mm de transformagao, mas para \¢ho radical. O contraste com ecor egado para destacar as caract ‘a expansio da trutura produtiva acomodar satura de constimo da sociedade; e que, mais: 1,0 viros setores produtl: vos expandiram: descontinuldade i Ierado de transformagao, inicia-se com grandes difi de poupanca nessas economias,situac’o que se complica pelos pad sumo stuntuoso praticados pelas classes socials mals dea se agravar como resultado do erescimento nos “el logica, 0 processo em curso est penbam um provocar biisico no contexto di (que simboliza a heterogencidade estrutural daquel {que tende a persistir ao longo de todo o hd o prot reduz a capacidade de absoreio do excecente de mao d pelas elevadas taxas de crescimento demog: empregar as técnicas capi Na trario, ee é independente de ambos, e 0 fato de que & eseasso € 0 trabalho @ abundante nao desempenha qualquer papel - na escolha de téenicas por empresirios. Daf resulta que a melhor 3, raramente éa importan para a tendénc prego também, clo entre as caracteristicas de progresso téenico no centro e na periferia, No centro, 0 progresso técnico tende a criar desemprego, mas ao mesmo tempo reabsorve os trabalhadores que desloca, através do aumento dos investimentos, clevam 0 emprego nos setores de bens de capital. Na periferia, entretanto, a “20 fato cle que a demanda por bens de capital, ago, nao opera como absorvedora de miio de dda compara Inexistenecia desses setores inerente ao processo de mod obr 'b) A deterioragdo nos termos de troca é, segundo a Cepal, outra das ten- dencias que dificultam 0 processo de industrializacao. Por muito tempo as eco- omias periférieas tém que continuar a depender de exportacées de bens pri- mérlos. Como existe grande excedente de mao de obra disponivel para tais atividades, e como é multo lenta a expansdo da demanda internacional de bens primatrios, a pressio baixista sobre saldrios ¢ precos na periferia tende a ‘)A tendéncia a0 dese de economias em induste nas poucas ativie dade de demanda por suas expor- tagdes. Por serem pouco diversi \s economia periféricas dependem sgrandemente de importagbes de bens de capital e intermedifrios, que nao esto Jponiveis internamente, Os “efeitos de demonstragdo” ampliam a presto por produgao interna de bens anteriormente seesso provoca é uma m seu volume, Hi um forte trial. O rest 10 da demanda por i a do desequ 4) A tenden ral. O processo de industrializa 2s disputas latino. para 0 debate br Um dos subprodutos da teoria do desenv: rallsta sobre a inflagio, Neste capitulo /é se examino ntos apresentados na economia do sul de doutrinas ortodoxas em paises atrasados, A maloria desses ar ‘veementemente defendida por economistas desenvol A maioria dos desenvolvim pel acreditando que elas obstcuiam o desenvolvimento econdmico em curso, como uma transformagao fentio, uma boa arn Deacordo con quase s ‘vamente, como resposta das autoridades monetitias a elevacoes de precos de Atinica mancia de evitar a inflagao ser provocam,e Isto deve ser felto por melo mico con fracassam no tendéncias int € retomado. Nao 6 necessério disc s Para nossos propésitos, é suficiente apresentar um breve sumario de seus ps pals elementos. A abordagem estruturalista foi formulada, g 0 longo da déca- dda de 50, como parte de um esforco para entender o processo int lrtodoxas."" Ingredientes da tese estrutural a Unica causa funcame! ras dominant pode ser latino-americano. De acor io erdnico no balango de pagamento, obser jo ansiosos por elevar a produtividade ‘que ser dife- dda em que o coeli- gacio causal entre inflacio pelos economistas artadoxos. Mas outros economistas oduair a abordagem estruturi esvalorizacao na taxa de cimb lavras, 0 desequilibtio extemo nao pode mesmo causi-! de que, por ¢ lagao € yeda doméstica, algumas distorgdes apare- de recursos, afetando seriamente as ativida équea infla- segundo a tese estrutur vando custos e precos intern: apenas independente da intlag ‘A tese estruturalista nao se opde da recorrente sobrevalorizagao da no de alocag {20 a sobrevalorizacio sto vistas com: extern. ALE 1956, a visto est sturalista da inflagio era apresentada sem o apoio de jca nessa die borada por Vi apresentar a fese estrutural e2 (1956), num ensaio sobre in de que a inflagao no isquez introduziu um novo esses inflaciondrias bi- tica yeral, nas tn das estruturas reais dessas economias, modelo de andlise, baseaclo em dois conceitos, od "eode que sur lagao em varios paises ki cada um, as pressoes inflacions sidades, ¢ entao observar se hd condigbes favordves 2 existencia de mecanis- mos de propagagio, descobrir quals so e de que maneira operam. O elo entre os dois canjuntos de conceitos é bastante dbvio. O modelo ba- sico consiste nun 1620 dos varios fatores que geram ou aceleram a Inflagao de acordo com sua importincia relativa. Mas, para descobrir sio esses fatores, & necessdrlo examinar as condigbes espe Isto é, quais sao suas caracteristicas estrutu ‘econdmica, 0 modelo de Vasquez foi desenvolvido posteriormente por Sunkel (1958), que classificou os fatores inflacionai q cunstan andlise como sendo aplicada especificamente a paises l Induzidos a adotar um novo padrio de cre’ to", como resultado do c setor exportador. O procedl nsdo hist6rica mais ob- jetiva na analise, Em seguida, Pinto afirmou que a combinacdo dos fatores q causam desequ depende das seguintes cinco principais circunstincias: da ev externo; da rapidez e dade dos teajustamentos aos quais a economia esta submetida; da fle: dos sistemas produtivos de se adaptarem as exigéncias de um tovoltado para dentro”; da habilidade da sociedade e de su adaptarem a mudancas econémicas e de facilité-as; ¢, fi das decisdes de politica ica sobte 0s objetivos perse dade do processo. Seets (1962) também estava consciente staricas baisicas dos paises subde prlado aplicar a tais paises duras. Este autor dew uma imy Desenvolvew um modelo rho qual as limitacoes f € clegincia da forma de como em termos da abrangéncta da an mesma, 04 ‘mento nos em exame, presentagao da tese estru pretendida, Masa ess Imente se traduz em desequ cortesponde estrutura produtiva. lum processo que natut nento, as exportagbes de bens primdrios, ass vente estagna- As exportagbes Ja internacional “es “pre ica sao insu De acordo com 0 argt rigida por causa das con\ cos servicos dh ibutatio. -as do crescimento so obs- econdmico. wolvendo transformagaes medida em que 0 » reside numa pk estruturais, © problema externo mico viera tornar-se ateavés de um ude aleanes ‘mentos requer re sistema tri ada, Portanto, a escolha entre a verdad, racials da infla- pesar de no abordage Jo Monet quando de sua firme ops teorla de Inflagao de longo prazo éa Roberto Campos podia ser turalismo nao é uma teoria “anti smo. Todos os keynesianas na Am iprego ¢ acreditavam haver eompati ica Latina que argumentavam hi lade entre estabilidad te, ecortomistas ‘como 0s argue A tese da subs zagao lating resultado de uma interagao demandas por importacao, resul no, advém do préprio desequili importagoes de bens finais. pouco capital. As novas edo da maioria dos produgao, que as icapazes de produzir até expansio di insuficiéncia de capacidade pa portagdes, num. processo que t finais © jos € de capi nde, primeiro, ta produtiva {internos) e, segundo, da evol Tem-se aqui, ‘mento de Prebi processo dindmico som: tempo depois por Dascada nas ideas expressas n A formulagao de T neitos textos da Cepal: de que a tendéncia ao desea te chegou a ser cu 1a_versao estivesse profundamente lextemos; € de que © processo promovt xanga na composicio das Importagdes, mas nao reel . ‘Alem disso, a explicagdo de Tavares sobre as po: processo até 0 rmentos nas lidades de aprofundar 0, igto de importagdes quanto como cidade de superar essa contradi- das mudangas da ja ¢ do tamanho do importagoes. rural do yea dos pai cessidade do programa ceuidadosa selegao das at ligao de importagoes 6 cstimar a capacidade para da externa, ¢ calcula estudo conduzide por 2.3.7 ARGUMENTAGAO DE PREBISCH POR PROTECIONISHO a em favor do protecionismo, Nos pr ‘mado que, se 0 excedente de mao de obr argumento foi re ainda mais exp desvantagens de se reduzir 0s s por raz6es socials € pol is consequéncias ec {queda nos pregos, 0s salrios reais 10 salitio-preco. J que isto nao sda correspondente nos precos de expe ‘roca, com efeitos westimento € a taxa de crescimento clo pats. ine, se o desenvolvimento éspor jposto em outro artigo de Prebisch (1959), nismo, em que se constréi um ado em dols setor cexistancia de trabalho excedente, € @ (elemento fundam« ‘cxamninada é seu melhor emprego econdmico. ‘ pergunts causanndo deterloragao nos ter da vez menos efic decrescentes. Por meio des Wvidades exportadoras, dove ser absorvido e ‘20s anteriores, conclui-se cos como constit levante que no modelo de 1959 el idente de mao de obra venha do setor de subsisténcia € lo. No conjunto de sua producso cexcedlente real e potencl Je nao tenha afirmado que 0 tenha um custo de electual, 0 conceito de mento crucial, como © comprova, A teoria de desenvol mento de Prebisch ¢ da C na economia de tr@s setores, senddo que o dese o sentido de fazer com que setores des de baixa produtividade média (e produtividade mai £ uma te pretende mostra obra em atividades de mercado interno m des ex portadoras, independentemente do al Inevitin wos dle ti ‘manda internacional por produ sinais de mercado nao antec protecionismo € necessirio, de kequivoco da alocagao de recursos em setores d Ao raciocinar em termos d e formular uma teoria dinamica dos pregos 505 das exportagdes prima defender, a partir d: que se considei 106, dos pre- mente aos precos dos hens inclus especializagio e do desempreyo foram considerados de modo a «lefender 0 pro- tecionismo em favor de pafses subdesenvolv! 2.4 Conetusio (O.sentimento geral entre grande niimero de ec paises latino-americanos nas décadas de 40 e 50 parece ter sido de descrenca e relagdo a teoria econdmica existente e de perplexicade face & {que poderiam ser adaptadas as realidades econdm tentavam entender e transformar. Fol nesse contexto de “vazio tedrico resumida, ganhou significado especi to ou de acumulagio de capital, mas, ao combina sua tese sobre as transformagoes hist6ricas do sistema centro-perifer truturas produtivas periféricas, foi capaz de prover um inst engenhoso, através do qual uma sérle de importantes ‘rescimento em paises subdesenvolvidos — tais como d rloragao nos termos de troca, desemprego ¢ in estudada de maneira particularmente acurada. O uso da teoria cepalina feito no debate brasileiro sobre 0 desenvolvimento econdmico na década de 50 inicio da de 60, a ser analisado nos capitulos que se seuem, € uma boa prova da importancia da contribuigao te6rica daquela institutgao, que a te

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