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eo ae? VOL UY ae Yee) 1c] 4 M PAG Came > se 7 i ans a Ta Sree 2 Out ee ta tr Miceteltealele} por Waldo Russo Cariruto 8 ANALISE TENSORIAL As leis fisicas, para serem vilidas, devem ser independento dos sistemas do coordenadas usados para exprimf-las_matematica- mente. 1, justamente, o estudo das conseqiitncias désse requisito que nos leva & andlise tensorial, de grande emprégo na teoria goral da relatividade, na geometria diferencial, na mecénica, elasticidade, hidrodinAmica, teoria do eletromagnetismo e numerosos outros cam- pos da citncia e da engenharia. Espacos de N dimensdes. Num espaco tridimensional um Ponto 6 representado por um conjunto de trés ntimeros, chamados coordenadas, determinados pela especificagio de um dado sistema de coordenadas ou de referencia, Por exemplo, (#152), (9,4, 2) (r, 8, @) so as coordenadas de um ponto, respectivamente, num sis- tema de coordenadas retangulares, cilfndricas e esféricas. Um ponto num espago de N dimensdes 6, por analogia, um conjunto de N mi- meros designados por (2!,2*,...,2%) onde 1,2, ...,N nao aio ex- Poentes e sim indices, notacdo essa que se mostraré de grande utili- dade, 0 fato de nao podermos visualizar um ponto em espagos de mais do trés dimensdes nada tem a ver, naturalmente, com a sua exis téncia. Transformagies de coordenadas. Sejam (x!, x, ..., x¥) © G, Z%,..., Z¥) as coordenadas de um ponto em dois diferentes sistemas do referéneia. Suponhamos que existam N telagdes in- dependentes entre as coordenadas dos dois sistemas, com a seguinte forma: | ANAUISE TENSORIAL a B= EG, .. ay FE? = F(a, 2%, ., 2) a) EN = BN (zl, 23, ..., 2M) que podemos indicar abreviadamente por 2) wha ER(cc%,..,2%) k= 1,2,..,N onde se supe que as fungées que nelas aparecem sio unfvocas, con- tinuas, © de derivadas continuas, Entio, reclprocamente, a cada conjunto de coordenadas ',£%, ...,%¥) corresponderé. um inten conjunto (zt, 2%, ...,2%) dado por ® a= 2B. EM) 1,2... As relag6es (2) ou (3) definom uma transformagto de coordenadas, de um sistema a outro do referéncia, A convengio da soma. Podemos empregar a seguinte no- x tagio abreviada > a; +24 para significar uma expressio como it aye! + ast? +... + aye’, Hi, ainda, uma notagao mais abreviada que 6 simplesmente a, 2/, onde adotamos a convengio de que sempre que um fndice (inferior ou superior) 6 repetido num dado térmo temos que somar térmos anglogos fazendo variar o fndice do 1 a N, a nfo ser que soja especi- ficada outra coisa. Fo que se chama de convengéo da soma. Evi dentemente, poderiamos tor usado qualquer outra letra para. fndice, om vez do J, digamos p, © a soma seria representada por a,x? . 0 indice que é repetido num dado térmo, para so aplicar a con- veng&o da soma, € chamado de ‘ndice mudo. Um indice que ocorre simente uma vez num térmo 6 dito indice livre © pode ter qualquer dos valores 1,2, ...,N, como o indice k na equag&o (2) ou’ na (3), cada uma das quais representando N equagies, Vetores contravariantes e covariantes. Se N quantidades At, AY +234 num sistema de coordenadas (2, 2%, +222) eatfio 230 ANALISE VETORIAL ligadas a N outras quantidades A',A%,...,4% num outro cistema G24, ..., Z¥) pelas equagdes de transformagiio a ap . OF 3 P= At =1,2,...,N Xan “_ j que, pela convengiio acima, pode ser escrita simplesmente assim: \ Hr = OF | oze i entdo essas quantidades reccbom 0 nome de componentes de um velor contravariante ou tensor contravariante de primeira ordem, 08 Problemas 33 © 34 do Capitulo 7 que dio uma motivacso transformagiio e da scguinte, : Se N quantidades 1, A2,..., Aw num sistema do coordenadas (@, 2%, ...,2%) estilo ligndas a N outras quantidades Ay, Ay...) Aw num outro sistema (z', 2", ..., =) pelas equagies do transformagiio Veja dessa p=1,2,...,N ou 4, = app entéio recebem 0 nome de componentes de um vetor covariante ou ten- sor covariante de primeira ordem, Note-se que o indice superior 6 usado para indicar os compo- nentes contravariantes, ao passo que o fndice inferior, para os com- Ponentes covariantes, exceto na notagio das coordenadas, Em vez de falarmos de um tensor cujas componentes siio A? ou A, muitas vézes nés nos referiremos simplesmente ao tensor AP ou A». E isto nfo deve causar nenhuma confusio, Tensores contravariantes, covariantes e mistos. quantidades Ast num sistema de coordenadas (2', 2% ligadas a N? outras quantidades Av" num outro sistema @& pelas equagécs de transformagio NM axe ace Fr aS He OF yy % ae ee Se N? 2) estio 1,z pr=1,2,...5N ou gor = O28 OR axe “dae A" vs ANALISE TENSORIAL 231 pela convengdo adotada, entdo elas recebem o nome de componentes contravariantes de um tensor de segunda ordem ou ordem dois, E as N* quantidades Ag, chamam-se componentes covariantes de um tensor de segunda ordem se tivermos > A,, = Ot Oot 7 Oa Oar Analogamente as N? quantidades A,¢ reccbem o nome de com- Ponentes de um tensor misto de segunda ordem se Out dar A O delta de Kronecker, que se escreve 6,5, 6 definido por Ose jk id= f a lsoj=k. Conforme esté indicando sua notagdo, é um tensor misto de se- gunda ordem, Tensores de ordem superior a dois, Sio também facil- mente definidos. Por exemplo, A%# sao os componentes de um tensor misto de ordem 5, contravariante de ordem 3 e covariante de ordem 2, so a transformagio é feita de acérdo com as relagbes: dim azk dat det Ok “Ou mm _ died = One a Alt. Escalares ou invariantes. Suponhamos que $ scja uma fungo das coordenadas z*, e designemos por @ 0 valor da fungio sob uma transformagéo para um novo sistema de coordenadas i*. Diz-se que ¢ 6 um escalar_ou invariante em relagio A transformagio de coordenadas so $=. Um escalar ou invariante é também chamado de tensor de ordem zero. Campos tensoriais. -Dizemos que um campo tensorial est& definido se a cada ponto de uma regiéo num espago de N dimensdes corresponde um tensor definido. Esse campo 6 um campo vetorial ou um campo escalar conforme o tensor seja de ordem um ou zero. Deve-se notar que um tensor ou um campo tensorial nfio 6 apenas © conjunto de seus componentes num determinado sistema de coorde- nadas, mas todos os conjuntos posstucis sob qualquer transformacio de coordenadas. & 232 ANALISE VETORIAL Tensores simétricos e anti-simétricos. Dizemos que um tensor € simélrico em relagéo a dois indices contravariantes ou cova- riantes se seus componentes permanecem inalterados depois de uma troca dos indices entre si. Assim, se Aq?” = A?" o tensor 6 simé- trico em me p. Se um tensor 6 simétrico em relagdo a dois indices contravari- antes ¢ covariantes quaisquer, éle 6 chamado de simétrico, ‘Um tensor 6 dito anti-simétrico em relacao a dois tndices contrava- riantes ou covariantes se seus componentes mudam de sinal quando 8 trocam entre si os referidos indices, Assim, se AT” = — A™ © tensor € anti-simétrico em me p. Se 0 tensor anti-simétrico em relagio a dois indices contrava- riantes ¢ a dois covariantes quaisquer, 6 chamado anti-simétrico, Operagies fundamentais com tensores. 1. Adic&o. A soma de dois ou mais tensores da mesma ordem e tipo (isto 6, do mesmo numero de indices contravariantes @ mesmo ntimero de indices covariantes) 6 um tensor também da mesma ordem e tipo. Assim, se A7? e BY? siio tensores, temos Cy” = Ay? + Bz?, que 6 também um tensor. A soma de tensores 6 comutativa e associativa. 2. Subtracdo. A diferenca de dois tensores de mesma ordem e tipo 6 também um tensor da mesma ordem e tipo, Assim, se 47? © Bz? sao tensores, entio Dz? = A”? — B?? 6 também um tensor. 3. Multiplicaco exterior. O produto de dois tensores & um tensor cuja ordem 6 a soma das ordens dos tensores dados, Este produto que envolve multiplicagio ordingria dos componentes do tensor chama-se produto exterior. Por exemplo, AY BY = C2 € 0 produto exterior de Aq” e BY, Note-se, eptretanto, que nem todo tensor pode ser escrito como um produto de dois tensores de ordem mais baixa. Por isso, nem sempre 6 possivel a divisio de tensores. 4, Contragio. Se colocarmos um fndice contravariante igual a um indice covariante teremos, de acdrdo com a convengéo da soma, que efetuar um somatério sdbre os indices iguais, Esta soma resul- {ante 6 um tensor de ordem duas unidades menos que a do tensor original. Bisse proceso 6 chamado contragéo, Por exemplo, no ANALISE TENSORIAL 233 tensor de ordem 5, Aq?", fazondo r = s, obtemos AQ” = Bz, um tensor de ordem 3, HE, fazendo ainda p = q, obtemos By? = C™ um tensor de ordem 1, 5. Multiplicacio interior. Se fizermos um produto exte- rior de dois vetores seguido de uma contragio, obteremos um novo tensor chamado produto interior dos tensores dados. Esse processo chama-se multiplicagéo interior, Por exemplo, dados os tensores A?” © By, 0 produto exterior, 6 AQ? Bu. Fazendo q =r obtemos o produto interior AT? By. Fazendo g = r e p = s, obtemos um outro produto interior: AT? By, A multiplicagio interior ¢ a exterior so comutativas associativas, 6. Lei do quociente. Suponhamos que nfo sabemos se uma quantidade X 6 um tensor ou néo. Se um produto interior de X com um tensor qualquer for um tensor, entdo X 6 também um tensor, Esta 6 a lei do quociente. Matrizes, Chama-se matrix de ordem m por n ao conjunto das quantidades aj_, chamadas elementos, arrumadas em m linhas e n colunas e geralmente designada por: Oy 2... Oy ay an. Gat Gaz... Gag Qn as cant : ont 5 Gy Opt 6+ Onn Gy1 Ome +6 Onn ou numa forma abreviada, por (dq) ou (a4), P=1, ...,mjq=1,-...,n. Se m = na matriz 6 uma matriz quadrada de ordem m por m ou sim- plesmente de ordem m. Se m=1 temos wma matriz em linha ou vetor em linka, so n = 1 6 uma matriz em coluna ou vetor em co- luna. A diagonal de uma matriz quadrda que eontém o3 elementos uy dy «++» Gnm chama-se diagonal principal, Uma matriz quadra- da exjos clomentos so iguais a um na diagonal principal @ zero nos outros Iugares chama-so matris unildria © designada por I. Uma matriz em quo todos os elementos sio nulos 6 uma matriz nula, ¢ 6 designada por 0. 234 ANALISE VETORIAL Algebra das matrizes. Se A = (ay) e B= bp) sfio matri. zes da mesma ordem (m por n), temos; 1. A= B see sdmente 80 ag 2. A soma S ¢ a diferenca D 8&0 a8 matrizes definidas por: S=A+B= (ay +dy), D=A-B= (ay ~,), 3. O prodwo P = AB 6 de colunas em A 6 j dado por: definido sdmente quando o nimero n igual ao niimero do linhas em Bo neste caso € P = AB = (4) Op) = (Ap2by) onde apr bry = apr bye pola convengio da soma, As matrizes rar cujo produto definido chamam-se conformes, Em geral, a multi AB # BA, Entretanto a lei associativa Plicagdo de matrizes nao 6 comutativa, isto 6, Se verifica para a multiplicagso de matrizes, isto 6, A (BC)=(4B)C desde que as matrizes sejam con- formes. Também 6 vélida a lei distributiva, isto 6,4 B+Q= = AB+AC,(A+B)C= AC + Bo. 4. 0 determinante de uma matria quadrada A = (Gy) € desig- nado por |A|, det A, [4p] ou det (ap,), Se P = AB, temos [P| = |A| |B]. 5. A rectproca de uma matriz quadrada A 6 uma matriz A-1 tal que AA~ = I onde I é a matriz unitéria, A condigao noceesiria © suficiente para que A+ exisla € quo det A x0. So det A = 0, A é dita singular, 6. O produto de um escalar \ por uma matriz A= nado por AA, 6 a matriz (Aap) onde cada elemento de A cado por . (Gq); desig- 6 multipli- 7." A transposta de uma matriz A é uma matriz AT que € for- mada trocando-se as linhas e as colunas de A entre si. Assim, so A = (aq), entio AT = (ap). Designa-se, ainda, a transposta do A por 4. ANALISE TENSORIAL . 235 O elemento de linha e 0 tensor métrico, Em coordenadas retangulares (zx, y, 2) a diferencial do comprimento de arco ds 6 dada por: ds? = de? + dy? + de’, ‘Transformando essa expresso para coordenadas eurvilincas (veja 33 © Problema 17, Capitulo 7) cla se torna ds*= Dy) gyq duly dug. pel gat . Bissos espagos chamam-se espacos euclideanos tridimensionais, A goneralizago para um espago de N dimensbes imediata, De- finimos 0 elemento de linha ds neste espago, a ser dado pela forma quadrica, chamada forma métrica ou métrica, por: Now dst = SD gpg dav det pal emt ou, utilizando a conveng%o da soma, ds? = gpg dx? dat No caso particular em que h4 uma transformagdo de coordenadas de 24 para i* tal que a forma métrica 6 transformada em (dz)? + + (de)? +... + (2%)? ou di* de®, 0 espago 6 dito espaco eucli- deano de N dimensées, No caso geral, no entanto, 0 espago 6 dito riemanneano. As quantidades 5, 80 os componentes de um tensor covariante de ordem dois chamado tensor métrico ou tensor fundamental, Po- demos escolher éste tensor, e o faremos sempre, de modo a tornii-lo simétrico (veja o Problema 29). Tensores conjugados ou reciprocos. Designemos por 9 = |g.a| 0 determinante dos elementos jg, e suponhamos g ¥ 0. Definamos g* por cofator de dpe 9 Entfo g?? 6 um tensor contravariante simétrico de ordem dois chamado tensor conjugado ou rectproco de gyq (Veja 0 Problema 34). Podemos demonstrar que (Problema 33) 9'0— = 8,0 Tensores associados. Dado um tensor, podemos obter outros tensores suspendendo ou abaixando os indices, Assim, dado o tensor ANALISE VETORIAL 236 gpendendo o indice p, obtemos o tensor Av, onde 9 Ponto Ay susp osigio primitiva do indice mudado. Suspendendo 9 Indico indica @ apa Quando nao houver possibilidade do Confusiig a Sees rmuitas vézes, 08 pontos; assim podemos escreyer Am omitiremo! ‘, A™, fisses tensores derivados, podem gor obtidos em eer Ps odutos interiores do tensor dado com 9 tensor ae mo ou seu conjugado g’. Assim, por exemplo : Ar, =? Ag, A= gP gt Ay, Ala = gq AM, AM = GPF Gay gm AMM Biswas operagoes e tornam mais claras se interpretarmos a mul. tipliagio por g'? como significando: fazor r= p (ou p= +) na. gran, deaa que estiver sendo multiplicada ¢ suspender éste tndice. Analy. gamente, interpretamos a multiplicagio por gq ‘como significanda, fazer r= q (ou q =r) na grandeza que estiver sendo multiplicada o ataixar tste indice. Todos os tensores obtidos do um dado tensor pelos produtos interiores com 0 tonsor métrico © seu conjugado axe chamaudos tensores associados do tonsor dado, Por excmplo, A® o 4. ‘io tensores associados, og primeiros so componentes contravarian. tes o8 segundos, covariantes. A relagio entre éles 6 dada por: A, = Gm At ou AP = grr dy, Para coordenadas retangulares gy = 1 se p= 400 se px q, de modo que A, = A», 0 que explica porque nfo foi feita nenhuma dis, tingdo entre os componentes contravariantes e covariantes de um vetor nos capftulos anteriores, Comprimento de um vetor, Angulo entre vetores. A quantidade A» By, que 6 0 produto interior de A» por By é um ex calar andlogo a0 produto escalar em coordenadas retangulares, De- finimos 0 comprimento I de um vetor A? ou Ay como sendo dado por L? = A? Ay = gr Ay Ag = yy AP AD Podemos definir o Angulo 8 entre Ar e By como sendo dado por cos @ = alt? Be __ V (AP A,) (BP B,) ANALISE TENSORIAL 237 Os componentes fisicos de um vetor A? ou Ap, designados por Au, Ay € Aw siio as projegées do vetor sobre as tangentes as curvas coordenadas e, no caso de coordenadas ortogonais, sio dados por: — A Av=V9u4! “Fe gu gn As Ae = Von At = Se Vo Analogamente os componentes fisicos de um tensor A ou Ayy Bio dados por: A Aw =gudt ==, Ag= Vongn At = we , on gu gn Ave = Vouga AY = Simbolos de Christoffel. Os sfmbolos = 1 (20m 4 8 _ 9p toa = 5 (Se See ae" . {peor tn chamam-se stmbolos de Christoffel de primeira ¢ segunda espécie, respectivamente. Em ves do{ to } usam-se {pg, 8} eT'S,. Bste tilti- * mo sfmbolo, entretanto, sugere um cardter de tensor que nfio é, em geral, verdadeiro. Leis de transformacao dos simbolos de Christoffel. Se designarmos com uma barra um sfmbolo num sistema de coordenadas #*, teremos: —— dxe Ort axt Ore dae Uk ml= (enV oar aux aint 9 im OOF {nba {2} de dor de dm _dtae ik pS 0 Od 8.8 + Oe Ovam 238 ANALISE VETORIAL gue sio as his de transformagio dos simbolos de Christoffel, ¢ por onde verificamos-que nfo sio tensores, a menos que os segundos térmos dos segundos membros sojam nulos. J Geodésica. A distincia s entre dois pontos 4, © 4; sdbre uma curva 2" = 2° (Q) num espago riemanneano 6 dada por: =f Von te Ha S= J, Va at Num determinado espago, a curva sdbre a qual essa distdncia 6 minima chama-se geodésica désse espago. Com o auxilio do edie culo das variagées (veja os Problemas 50 ¢ 51) achamos as goodésicas da equagio diferencial @at { r \ dx dat dst pqS ds ds onde s € 0 pardmetro comprimento do arco, Num plano, por exem- plo, as geodésicas sio retas, ao passo que numa esfera, sto arcos de grandes cfrculos. A derivada covariante de um tensor A, em relagio a 28, 6 designada por Apg, é definida por aA 2 Ang = ef aha quo € um tensor covariante de ordem dois. A derivada covariante de um tensor Ap om relagio a 7, € desig- nada por A,”, ¢ definida por _ ase fly Ans se a{ aha que 6 um tensor misto de ordem dois. Nos sistemas retangulares, os simbolos de Christoffel sto nulos © as derivadas covariantes sio as dorivadas parciais usuais. As der vadas covariantes de tensores sio também tensores (veja 0 Pro blema 52), ANALISE TENSORIAL 239 As definigdes acima podem ser estendidas As derivadas covari- antes de tensores de ordem mais elevada, Assim, 6 @ derivada covariante de A%?" em relagéo a zp. As regras para a diferenciagsio covariante de somas ¢ produtos de tensores-so as mesmas da diferenciagiio ordindria, Ao ofctuar as derivadas, os tensores gp = 8? podem ser considerados como constantes, pois, suas derivadas covariantes so nulas (veja 0 Pro- blema 54). Como as derivadas covariantes exprimem taxa de va- ringo de grandezas fisieas independentemente de sistemas do refo- réncia, sio de grande importfncia na enunciagio de leis da fisica. Simbolos e tensores de permutago. Definamos ¢yer pelas relagSes aim = em =e = +1, ens = eur = em = — 1, par = 0 80 dois ou mais fndicos forem iguais e definamos e* do mesmo modo, Os simbolos epg e &%" chamam-se stmbolos de per- mutagio num espago tridimensional. ‘Além disso, se definirmos ar = We et a Vg er poderemos mostrar que €pgr e € sio, respectivamente, tensores covariantes e contravariantes, chamados tensores de permutagéo num espago tridimensional. E possfvel a generalizagio para espagos de mais dimensées. Forma tensorial do gradiente, divergéncia e rotacional. 1, Gradiente, Sendo & um scalar ou um invariante, gradiente de & 6 definido por a Vo = grad = 4, == onde ®» 6 a derivada covariante de ® em relagio a 27. 240 ANALISE VETORIAL 2. Divergéncia. A divergéncia de A? é a contragdo da sua de- rivada covariante cm relagdo a at, isto é ,a contragdo de A?,,. Entio, div Ar = Ay = = Alaa) 3. Rotacional. 0 rotacional de A, 6 . Ane yy = At — S40 Oxt xe um tensor de ordem dois. Define-so também o rotacional por = OF Ag, 4. Laplaciano. 0 laplaciano de & é a divergéncia do grad. % ou . 1a ob Vib = dB Fa ay ( Vie3t) No caso de g < 0, Vg deve ser substituida por-V—g. Os casos em que g > 0 eg <0 podem ser inclufdos colocando-se Vg] em lugar de V9. A derivada intrinseca ou absoluta de A, ao longo de uma curva at = 2100, designada por ie duto interior da derivada covariante de A» e 2, isto 6, ¢ 6 dada por 6 definida como sendo o pro- dat Area Sew the | hy ae C= ay, aed Analogamente, definimos Sar ddr, { p\ 4, den = at 2 bate Diz-se que os vetores Ay ou A? se movem paralelamente ao longo de uma curva se suas derivadas intrinsecas ao longo da curva forem nulas. ANALISE TENSORIAL 241 Definem-se do mesmo modo as derivadas intrinsecas de tenso- res de ordem mais elevada. Tensores relativos e absolutos. Um tensor AP? ma-so tensor relativo de péso w se seus componentes 0 transformam de acdrdo com a equagdio | 22|" gmegn Oot az Gate aera ae | S7™ Gari" Behm Oe“ Oatm onde J | 60 jacobiano da transformagio. Se w = 0 o tensor € chamado de absoluto ¢ & o tipo de tensor com que temos lidado. Se w = 1 0 tensor relativo recebe 0 nome de densidade de tensor. As operagées de adigéo, multiplicacao, ete., de tensores relativos sio semelhantes as de tensores absolutos. Veja, por exemplo 0 Pro- blema 64. PROBLEMAS RESOLVIDOS Convengao da soma. 1, Escrever as expresses seguintes noutra forma, empregando convengto da soma, 86 86 a6 ~-% () dpm Sedat + Si det +0. b Sp da 6 = a On ~ oF ae ©) P+ FFG +. FGM. shat (ds? = gu (az!) + gm (da*? + gaa (da). ds? = guy dzk dct, N= 3 a 3 © 2, 2, omdar act. G0 da? dat, N = 8 vate 2, Escrever os térmos de cada uma das seguintes somas. x (@) aezt. 3 aust sanz tapat+... bows’ ket x ©) Ag At, XS Apg AM = Ap AM + Ap A® +... + Ap AN nl = 242 ANALISE VETORIAL - ot dxk © Tam on Go Gary N= 8 _ 38 Ta= = im az ae? at act at ae ton Gar ge + O° Gar Gee toa Ott. O2 det ast 98 Ggr gze + Or Oz 3. Se ct, k =1,2,....N forem coordenadas retangulares, que lugares geométricos, se houver, representam as seguintes equagdes para N = 2,3e NZ 4. Admitir que as fungSes sejam unfvocas, tenham derivadas continuas e sejam inde- pendentes, quando necessério, @ ayzk = 1, onde ax sio constantes. Para N = 2, a2 + azz" = 1, 6 uma reta em 2 dimensbes, isto 6, uma reta num plano. Para N = 8, ayz! + a:2* + axc* = 1, um plano em 3 dimensées. Para N 2 4, ait ass" +... awe = 1 6 um hiperplano. @) akzk = 1, Para N = 2, (!)? + (2°) = 1, uma circunferéncia, de raio unitério, no plano. Para N = 3, (2!)? + (2%)? + (2)? = 1, uma esfera de raio unitério. Para N & 4, (21)? + (a4)?+... + (e%)=1, uma hiperesfera de raio uni- trio, (©) ak m xk (u), Para N = 2, 2! = 2! (u), 2%= 2° (u), uma curva plana de parimetro «. Para N = 3, at = at(u), 2? = 2" (u), a3 = 2¥(u), uma curva no espace de 3 dimenstes, Pa N 24, uma curva num espacgo de N dimensdes. ANALISE TENSORIAL 243 @ ak = ak (uo), Para N = 2, 2! = 2! (u,0), 2? = 2° (u, 0) 6 uma transformagio de coor- denadas de (u,v) para (2!, 2”), Para N = 3, 2! = 2! (u, 0), 2? = 2? (u,0), 2? = 23 (u, 0) & uma superficie tridimensional com parimetros ue v. Para N & 4, uma hipereuperficie. Vetores e tensores contravariantes e covariantes. 4. Fascrever a lei de transformagio para os tensores (a) Af, (6) BY» (e) ™. qe. BF? asi ash 4; © An Oat “oat Ain * Convém notar, como um subsidio para se lembrar de transformagio, que as posigdes relativas dos {ndices p, q, r no membro esquerdo sio as mesmas que as no membro direito. Como éstes indices estéo associados As coordenadas Z, e como 08 fadices i, j, k estiéo associados respectivamente aos indices p, 4, , facilmente se escreve a transformagiio procurada. az” axe zt ad zk eee oe ee mn 2) Bem Gem aan Oar “Oe azt ah pI ozP © Ge = Fon 5. Uma grandeza A (j, k,l, m) que 6 fungio das coordenadas 2! se trans- forma para outro sistema de coordenadas @ de acérdo com a regra Oxi axe az OF A@a%9) = Sep ak at Gam 4 GL m) (@) Seré essa grandeza um tensor? () Se for, escrever o tensor nums no- tacio adequada, e (c) dar a ordem do tensor, do contravariante e do covariante. (@) Sim; (0) AB"; () Contravariante de ordem 3, covariante de ordem 1, tensor de ordem 3 +1 = 4. 6. Determinar se as seguintes grandezas sto tensores, Se forem, dizer contravariantes ou covariantes e dar suas ordens: (a) dk (6) (@) Admitamos a transformagio de coordenadas Fim Z(t, = dz, logo, dz* € um tensor contravariante de ordem um, i ou um vetor contravariante. Note-se qu Entio temos dz/ = 1¢ a posigiio do {ndice ke & aproprinda. 244 ANALISE VETORIAL (©) Sob w transformagto 2#=2t (Z',..., 2%), 6 uma fungho de ate por consoguinte de af de modo que $(2',...,2%) = ¢(1,...,F%), isto 6 $ 6 a ‘um esealar ou um invariante (tensor de ordem zero), Temos que 37 ao _Ozk azk do ay q "Oak OaT 7 at “ak & ge % tantorma como Ay = Portanto, the tum tensor covariante de ordem um ou um vetor covariante: Note-se que em ~2% 0 fudiceext4 no denominador ¢ age, assim, como un Indico inferior o que indica seu carter de covariante. Referimos ao tensor # 0u 0 que 6a mesma coisa, o tensor com componentes 3, como 0 gradiente de $ designado por grad ¢ ou V6. 7. Um tensor covariante tem componentes iguais a zy, 2y — 2%, zz em coor- denadas retangulares. Achar os componentes em coordenadas esféricas. Designemos por Aj 08 componentes covariantes em coordenadas retangu- lares zt = x, 2? = y, 2? = 2, Logo, temos Arm ay mai?) Ay 2y — 2 = 2a? — (23%, Ag = ait ‘onde se deve tomar cuidado para se distinguirem os {ndices dos expoentes. Designemos por Aj, os componentes ein coordenadas esféricas } = r, Z*=6, at mg. Entiio, temos a) 4 = ggR° As As equagdes de transformagéo de coordenadas so: atm Foon Zeos Zt, at = Ftecn Fen F%, at = Z cogs? Das equagdes (1) tiramos os componentes covariantes procurados: » az! az* oz A= oer Ait oer 4st Gara - = (een F? cos 8) (ztz") + (sen F* son Z4) (2.2% — (23)8) + (cos FY Glad) = = (sen 8 cos $) (r? sen® 8 son ¢ cos $) + + (oon 8 sen $) (2 r sen B sen d — r cos? 8) + + (cos 6) (F? een 8 cos 0 cos ) = ant an Ain Fe nt Gt ha} ™ (708 6 c08 4) (1? sen® @ sen ¢ cos $) ++ + (cos 6 sen d) (27 sen 0 sen g — 22 cos? 8) + + (— ren 6) (r* sen 8 0086 cos $) ANSLISE TENSORIAL 245 ait Seat Sa Ss Gan = (= 1 sen 9 sen 9) (7 sen? @ sen ¢ cos ¢) + + (ren 8 cos ) (2r sen 8 sen § — 1! cos? + + (0) (#2 sen9 cos @ cos 4). oA 8. Mostrar que “5? nfo € um tensor embora 4p soja um tensor cova riante de ordem 1. Por hipétese, Aj Como hé o segundo térmo no membro da direita th nio se transforma como deve fazer um tensor. Mais adiante mostraremos que se somarmos uma grandeza adequada a ae poderemos transformar o resultado “num tensor i (Problems 52). 9. Mostrar que a velocidade de um fluido num ponto qualquer é um tensor contravariante de ordem 1. ‘A velocidade de um fluido num ponto qualquer tem componentes, no sistema 5 ; az 2%, iguais a SZ. No sistema de coordenadas an a az) dzk "ask dt donde tiramos que a velocidade 6 um tensor contravariante de ordem um ou um vetor contravariante, | O Delta de Kronecker. 10, Calcular (a) 84? Ast, (6) 54? 6:2 | Como 5,? = 1 se p= qe 0 se pq temos (a) BP Agr = APT, — (0) By? bet = bP 246 ANALISE VETORIAL axe oat 11, Mostrar que = by. Se p= y-Se- = 1 pols, 2? = at. Sep # oe =0 pois, 2? @ 2? sfo independentes. az? at Logo 5, az? aze 12, Provar que ‘As coordenadas 2? so fungdes das Z? que eo, por sua ves, fungdes das coor- denadas 27. Logo, do Problema 11, temos g| a 3) 2 5 =, _ am xt =, 15, Se A? =F A® provar que At = yer. <,_ a% Multiplicando a equago AP = a A® por ae —,_ ar ane a= det At = by A= Ar nas equacdes de transformagio dos componentes de tensores podemos trocar a8 grandezas barradas e as sem barra entre si; podemos demonstrar que ésse resul- | pelo Prob. 12, Fazendo r = temos o resultado procurado. Isto indica que | tado 6 geral. 14, Provar que 6,? € um tensor misto de segunda ordem. Se 6,? for um tensor misto de segunda ordem, deverd transformar-se segundo a regra: xy, oF on j_ OF bib aoe Oz oxi ax a Mas, pelo Problema 12 -5=> gag = bul. Como dx! = bdm1 se j= k © 0 80 j x k, segue-se que 5, 6 um tensor misto de ordem dois, justificando ® notagdo usada. Note-se que As vézes usamos bpq = 1 se p= ge 0 p xg, como o delta de Kronecker. Bste, no entanto, néo 6 um tensor covariante de segunda order como a notagiio parece indicar. . ANALISE TENSORIAL 247 Operagdes fundamentais com tensores. 15, Se A,?? e B,?@ forem tensores, provar que sua soma e sua diferenca so tensores, Por hipétese Ar? 6 By? sio tensores, logo, temos z, az) az dsr Oa? Oat Oz oxi ome oP Ont ‘Somando, vem mn ey, oF Ooze der (Ge + By) = SE OE 25 an 3) Subtewindo, ver a ea _ a Fe or Git — Bit) = Se See Gi ee — Bem) Logo, Ar?2 + B,?2e A;?? — B,P? sio tensores da mesma ordem e tipo que AyPt, By? 16. Sendo A;?? e B¢ tensores, provar que C?f* = A,?* B,* 6 também um tensor. Devemos provar que C2!" é um tensor cujos componentes formam-so fa~ zendo-se 08 produtos dos componentes dos tensores Ar’? @ Bit. Como A,?t j © By sio tensores, temos:

¢B/* 6 um tensor de ordem 5, com indices contravariantes Py % 8 @ covariantes 7, ¢, justificando assim & notago CR. CY = Ara Be tem o nome de produto exterior de A,?# @ Bit (@ Eccolker p= 9 @ mostrar que AM,» ondo 17. Seja A? um tensor. & um tensor. “Qual 6 sua ordem ? fe emprega a convengéo da eoms, 248, ANALISE VETORIAL () Escolher p= te q= se mostrar, anilogamente, que Ary, 6 um tensor. Qual 6 sua ordem? (@) Como A} 6 um tonsor, temos ce OFF OER Dar Ast Att ng o Finn" “QaP “Gat Oat Oz" Ga" AM ‘Temos que mostrar que AP, & um tensor, Fagamos os indices correspon- dentes j © n iguais © somemos em relagio a ¢sse indice. Entio Fie a BE OER der da Ae ym ‘my "“gae “azt “Ozt OE dai “mH az a2? Ort OE dst O24 og Oe Sa “oat “gan Ar ~ OE det ast am det al “gan Arey e assim AP, 6 um tensor de ordem 3 ¢ pode ser designado por Bf,. © processo de fazer um indice contravariante igual a um indice covariante num tensor e em ‘seguida efetuar a soma, chama-se contract. Por tal proceso forma-se um tensor de ordem duas unidades menos que o tensor primitivo. (®) Temos que mostrar que A”, € um tensor. Fazendo j = ne k = mon equacio (1) do item (a) @ efetuando a soma em relagio aj ¢ ke temos: Gx OF OE Out Ox Oz 5g i “GzP “Ont Ozt ‘© que mostra que A?, 6 um tensor de ordem um @ pode ser designado por Cr. Note-se que, contraindo-se duns vézes, a ordem foi reduzida de 4 unidade ANALISE TENSORIAL 249 18, Provar que a contragdo do tensor 4g? ¢ um escalar ou invariante. Temos, Fazendo j = k e somando, vem az an = Fe Se et a the AP Logo, Aji=Ap? o que indica que Ap? dove ser um invariante. Como Ag? 6 tum tensor de ordem dois, © a contragéo em relagdo a um tinico {indice baixo, a ordem de duas unidades, somos levados a definir um invariante como um tensor de ordem zero, 19, Mostrar que a contragio do produto exterior de AP Bg 6 um invariante. Como A? e Bg do tensores, Zi, OF) dat DBa = Sp qe A? Be Por contragéo (fazendo j = k e somando) temos ii Bee Jar “gai AP Be = Spt AP By = APB, e, entéo, A? By é um invariante. O proceso de muttiplicar tensores (produto exterior) e em seguida fazer uma contragio chama-se multiplicagdo interior @ 0 resultado tem 0 nome de produto interior. Como A? By é um escalar, ¢sse pro- duto também 6 chamado produto escalar dos vetores A? e Bg. 20. Mostrar que qualquer produto interior dos tensores 4,? e Bf* 6 um tensor de ordem 3. produto exterior de Ar? © Bt = A, Bf, ‘Vamos fazer a contragio em relagio aos indices p et, isto 6, fazer p = te somarmos. Devemos mostrar que 0 produto interior resultante, representado por AP B,0, 6 um tensor de ordem 3, Por hipétese, A;? e Bj?# siio tensores; logo, 5 Ed = im . oz Ad = Se yee?) Bim = ST ANALISE VETORIAL 250 Multiplicando, fazendo j =, € somando, temos oF det Ot OEM dz Ad BI" = “920 Oak “Ox dz" da7 Ap? Bat = ax az! omm - = be 9gt “Ger Gn7 AP BM azt az! az 7 = ae Oat Gan 47 Bo mostrando que A;? By? é um tensor de ordem trés. Contraindo em relagio a g er ouas er no produto A,? By, podemos andlogamente, mostrar que qualquer produto interior 6 um tensor de ordem trés. Outro Método. O produto exterior de dois tensores 6 um tensor cuja ordem 6 soma das ordens dos tensores dados. Logo, A,? Bé* 6 um tensor de ordem 3+2= 5. Como a contract dé um tensor cuja ordem 6 duas unidades menos que a do tensor dado, segue-se que uma contracdo qualquer de A,? B/* 6 um tensor de ordem 5-2 = 3. 21, Se X (p,g,r) 6 uma grandeza tal que X (p,q, r) B:?" = 0 para um tensor qualquer Br, provar que X (p,q, r) = 0. Como By 6 um tensor qualquer, escolhamos um componente particular (digamos 0 que tenha q = 2, r = 3) néo nulo, enquanto todos os outros sejam nulos. Entéo X (p,2,3) Bs’, =0, donde X (p,2,3)=0 pois Bi #0. De maneira anéloga com tdas as combinagées posstveis de ge r, temos X (p,q) = 0, como querfamos demonstrar. 22, Uma grandeza A (p,q, r) & tal que no sistema de coordenadas 2‘ temos A (p,q, 7) Br®® = Cyt onde B,2* 6 um tensor arbitrério e Cp" 6 um tensor. Provar que A (p,q,r) 6 um tensor. Nas novas coordenadas @, A (j, k, 1) Bem = jm, Logo, FG, uy SEH GEM Aer, AEM gue asm as AG Dae Bex Gat BO = Sr Bay Cot = ST SE A Oa. Be ou Oz™r azk . “at L Oat Gy 22 Se AGan ]Be=0 Fazendo 0 produto interior por oe (isto 6, multiplicando por ee con traindo com t = ‘n) vem SR Ox axe . et Oa AG kD — gar 9,0) |B =0 ANALISE TENSORIAL 251 ou ozt ae — Gar “gat AGH,D- Como B,t 6 um tensor arbitrério, temos, pelo Problema 21, ozt oe — en oe AGKD- Alp ar) =0 stor: a azn Fazendo 0 produto interior por #& = rem Z art az" "FG, k,) — sear - Suk 8 A Gj kD) jum ge A@ar=0 ou qu Ox? dxt OE" AGim) = 557 Jem Gar A404) ‘© que mostra que A (p, q,r) & um tensor e justifica a notagio A’, « Neste problema estabelecemos um caso particular da lei do quociente™que diz que 80 0 produto de uma grandeza X com um tensor arbitrério B for um ten- sor C, entéo X é um tensor. Tensores simétricos e anti-simétricos. 23. So um tensor A2” 6 simétrico (anti-simétrico) em relagio aos “indices p eq num sistema de coordenadas, mostrar que continua simétrico (anti-simé- trico) em relagdo a pe q em qualquer outro sistema de coordenadas. Como 86 08 indices p e g 6 que esto implicados, temos que provar o resul~ tado para BP, Se Bm 6 simétrico BP = BP, Logo zi Oz 4 _ OF Oz BY = Sr dat PM = “Gee “dev BP = BH ¢ Byq continua simétrico no sistema de coordenadas Se BP? é anti-simétrico BPY = — Ber, Entio wy oxi daze ozk ax = Bh ae aie B= — ex gp BY = — BH e Byg continua anti-simétrico no sistema de coordenadas i, Os resultados acima sio vilidos, naturalmente, para outros tensores simé- tricos (anti-simétricos). . { LIsh VETORIAL 252 ank D4, Mostrar que todo tensor pode #er expresso como ® woma do dois tone soren im doa quais 6 simétrco @ outro anti-simétrico mum par do tndices cov. riantes ou contravariantes. Consideremos, por exemplo, o tensor B™. Temos Bra = 3 (BP + Bw) + } (BM — ber) Mas Pt = (BPt + Bt?) = ROP 6 simétrico © SP — (BP — 1317) = sop 6 anti-simétrico. De modo semelhante verificamos que o resultado 6 verdadeiro para qual- quer tensor. 25, Se ® = ajz AJ A* mostrar que podomos sempre escrever Dabjy Ad AR onde bj 6 simétrico. & = ayy Ad AB = any A® AS = any Ad AB Log, 2b = ajy AT A® + an AI AR = (ajt + 013) Ai A® B=} (aj + anj) AP AB = dye Ad AR onde bje = } (ajk + ani) = big & simétrico. Matrizes. 26. Escrever a soma $= A +B, a diferenga D = A — B, ¢ 08 produtos P = AB, Q = BA das matrizes 3 1 -2 2 0-1 a-( 4-2 3), Ba(-4 1 2) 21 1-1 0 342 140 -2-1 B 1-3 S=A+B=( 4-4 -24+1 $42) - ( Oo -1 ‘) —241 1-1 -140, -1 0 = 3-2 1-0 -241 1 1-1 D=A-B=( 444 -2-1 3-2 -( 8-3 1 -2-1 141 1-0. -3 2 -1 AQ) FEV) + BAL GO) +E) + GAY MED +202) + 30) 208) + DEA) + EA) CRN) CAD + EDEN CAEN + CE) + HI) 0 3 -r =(19 -5 =) 9 2 4 8 1 -3 Q=BA -(2 -4 3) -1 3 ( G2) + CA) + 20) YO) + (DA) + 2K) oe too te) AB= 7 ANALISE TENSORIAL 253 © que mostra que AB = BA, isto 6 a multiplicagio de matrizes néo 6, em geral, comutativa. 2. se 4=(_? 3) e -(7} 2) mostrar que (A +B) (A—B)#A?—B?. Aten (3 it) 4-2= (4 5): Top (A +5) (4 - By ( 1) ( 4 t)7 (33 a ae(t 3) (4 3) (3 8): w= ("3 2) (C3 2)- (4 1) mata 0 —08=(~4 2) Portanto, (A + B) (A — B) x A? — BY, Entretanto, (A + B)(A — B) = A?- AB + BA — BY, 28, Exprimir com matrizes as equagées de transformagio para (a) um vetor covariante, (b) um tensor contravariante de ordem dois, admitindo N = 3. x. Ot (@) As equagdes de transformagio Ap = 5=> dq podem ser postas na se- guinte forma: i asl ast ast A dat “Oat azt = act ast dx? rn Ar) = | Gat On On . - de aa ast As ae? oz* Oe A Ozh oF dz* dat _dz* (Ay Ay Ay = (Ar Aa Ad) ah ast aot dz! oz? dz Eg VETORIAL 254 ANALIS a oz Gat Gav AM Podom sor postas (t) As equagdes de transformasio APY = na seguinto forma: qu ge a 1 qe ae | = qu a2 a" az! ae A Au al ae az! ost on Oz! Ot Oat Oat Oat dat oe am oe At at AB oz! az az 1 Ont “Oa? Ox% ’ aa Oz? Oat oe Oss OF oz! oR ox (ar ar ae) Lam at am oF OF as Podemos estender ésses resultados para N > 3. Para tensores de ordem mais elevada a notagfo de matriz nfio pode sor usada, O elemento de linha e 0 tensor métrico. 29, Se ds? = gj dai dz* é um invariante, mostrar que gj 6 um tensor co- variante simétrieo de ordem dois. Pelo Problema 25 temos, @ = ds, Ai = dai e A® = dak; segue-se que gjk pode ser escolhido de modo a ser simétrico, Além disso, como ds? 6 um inva- riante, temos Oxi ozk dxi__Oxk Trg Ta? dE? = gin dad de® = gi da? Se det = O58 5EF OH dz? dit, a ani axk a Logo Goa = ik Gap “geq © Gik um tensor covariante simétrico de ordem dois, chamado tensor métrico. 30. Achar o tensor métrico (a) em coordenadas cilindricas ¢ (b) em eoorde- nadas esfériens, 5 (@ Como no Problema 7, Capitulo 7, temos ds? = dp + pag" + 4 5 : eos Se al = p, at = ¢, 2? = z teremos gu = 1, gu = p%) gu th me = 92 = 902 = 0, ou ='91s = 0. | | & ANALISE TENSORIAL 25! E podemos eserever 0 tensor métrico na forma matricial ou ge oa 1 0 0 gu ga gn) =(0 0 ga gat 933 0 01 (®) Como no Problema 8 (a), Capitulo 7, temos de? om de? +7 a6! +8 gen? 8 dg?, 10 0 Se at =r, 2? = 6, 2% = 0 tensor métrico ser (3 rio ) 0 0 rf sen®@, Em geral, para coordenadas ortogonais gj = 0 para j # ke ou on 98 31. (a) Exprimir 0 determinante g = lee on 2 gui" gat 903 mentos da segunda linha e dos seus cofatéres correspondentes. () Mostrar que Gk FG, k) = 9 onde G (j,k) 6 0 cofator de gk em g € onde o somatério é sd- mente em k. (@) Obtém-se 0 cofator de gjk climinando-se em g a linha e a coluns nas * quais gjx aparece, ¢ dando-se ao determinante novo o sinal (—1)*#, Assim teremos em fungitio dos ele- ou ga gs 938 Cofator de ga = (— ye Ae el Cofator de gra =(-u| a(—pss [9 92 Cofator de pom (iyi [4 0] Designemos ésses cofatéres por G (2, 1), @ (2,2) ¢ G (2, 3) respectivamente. Logo, teremos gu @ (2,1) + 92.02, 2) + 9G (2,3) = 9 @) Aplicando-se o resultado do item (a) a qualquer linha ou coluna, temos gik @ (j, k)=g, onde o somatério 6 sdmente em k, Estes resultados sio vélidos para um determinante de ordem N. 32. (a) Provar que ga G (3, 1) + 922 (3, 2) + 92 (3,3) = 0. (b) Provar que git G (p, k) = 0 se j# p. gu giz o18 Ou ga gm ou ga 92 linhas iguais. Desenvolvendo segundo os elementos da dltima linha, vem @ Seja o determinante que 6 nulo, em virtude de ter duas 91 @ (3, 1) + gaz @ (3, 2) + 923 @ (3, 3) = (b) Fazendo os elementos correspondentes de duas linhas (ou colunas) quais- quer iguais, mostraremos, como no item (a) que git @(p, k) = Ose jp. Este, resultado 6 ainda vilido para determinantes de ordem N. 256 ANALIB® VETORIAL j,k) 35. Dofinir git = onde J, k) 6 0 cofutor do gy mo de Morminants @ = loin] #0. Provar que gjx g? = 8,?. Pelo Problema 31, tomos gj os.) = 1 ou gik 0% = 1, onde 0 womatérig é um k sdmente. Pelo Problema 32, temos ik ook) 8 =0 ou oO =O pj, Logo, Gi 9 (m1 00 Dj, 00 80 px 5) m 5p, ‘Usamos a notagho gi# embora nfo tivéssemos mostrado ainda que a notagio 6 bos, isto é que gi 6 um tonsor contravariante de ordem dois, Into rh mom trado no Problema 34. Note-se que eserevemos 0 cofator como G/(j, k)'e nko Git, Pols, podemos mostrar que no 6 um tensor no sentido umunl, Entretanto, pode. mos mostrar que 6 um tensor relativo do ptso dois quo 6 contravariante, © com essa extensio do conceito de tensor a notaciio Gk da (veja o Prow Pode rer jus blema Proposto 152). 34. Provar que g* 6 um tensor contravariante simétrico de ordem dot Como giz & simétrico @ (j,k) também o 6 logo gi! = G (3, K)ig & simétrico, Se 2? 6 um vetor contravarianto qualquor Bg = gpy B® & umn votor cove, riante qualquer. Multiplicando Por 9%, temos, 979 Be = 99 gpg BP mm bf BP = BI ou git By = Bi Como By 6 um vetor qualquer g@ 6 um tensor contravariante do ordem dois, conforme a Tei do quociente. © tensor gi chamacse tensor ‘métrico conjugado, 35. Achar o tensor métrico Conjugado (a) em coordenadaa cilfndricas & ) em coordenadas esféricas, (a) Do Problema 30 (a) temos, 9 = aie 1 0.0 o po oo 1 oi w= cofator do gy ale 9| o plo 1 gt w= S0futor de gop 43 | 1 a Plo. f9 Cofutor de gas A 11 | ° 9 e10 pt 1 git = cofator de gy 4° o} Lo a Plo 1 ANALISE TENSORIAL 257 Andlogamente gi = 0 se j sk. Na forma matricial o tensor métrico eon- jugado pode ser representado por 1 00 ' 0 tpt °) 0 oO 1 10 0 (®) Do Problema 30 (2) tiramos, g = \a a) | = heen? 8 0 0 reen? 6 bo fl Como no item (a), achamos g! = 1, g# =F, = ae eo = 0 para j x k, © entéo podemos escrover 1 0 0 (2 ye 0 ) 0 0 if sen? 0, 36, Achar (a)g e (0) g/* correspondente a +4 (det? — 6 dzlds? + 4 dz* dot, 5 (dat? + 8 (dat? + @ m= 5, 9m = 3, gs = 4, 92 = 9n = — 3, gn = on = 2, p= gn = 0 5-3 0 Logo g = |-3 3 2) = 4 0 24 @) Os cofatéres G (j, k) de gje so @ (1,1) = 8, G2, 2) = 20, &@,3) 6, G (1,2) = G2, 1) = 12, @ 2,3) = 63,2) -10, 6,3) = GG, 1) = -6 Logo git=2, 5, 9% =3/2, gtmga3, gagt=—5/2, Magi=—32 Note-ce que 0 produto das matrizes (gjt) ¢ (g/*) € a matriz unitéria I, isto 6, 5-3 0 2 8 -3/2' 100 (4 83) (3 5 —52)=(010 o 2 4/ \-32 -52 3/2 001 Tensores associados. 37. Se Aj = gj A®, mostrar que AF = gi Aj. Multipliquemos Aj = giz A® por 9. Temos git Aj = git giz A¥ = uv AF=AS, isto 6, AT=Gi7 As ou AFmgit As, Os tensores de ordem um Aj e A#, chamam-se associados, e representam o8 ‘components covariante e contravariante de um vetor.

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